Gringos, Hippies E Conquistadores Em Samaipata, Bolívia: a Fama E a Infâmia Dos Forasteiros

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Gringos, Hippies E Conquistadores Em Samaipata, Bolívia: a Fama E a Infâmia Dos Forasteiros CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL Paulo da Costa Pereira Neto GRINGOS, HIPPIES E CONQUISTADORES EM SAMAIPATA, BOLÍVIA: A FAMA E A INFÂMIA DOS FORASTEIROS. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em Antropologia Social. Orientadora: Alicia Norma González de Castells Florianópolis 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL Gringos Hippies e Conquistadores em Samaipata/Bolívia: A Fama e a Infâmia dos Forasteiros Paulo da Costa Pereira Neto Orientadora: Profa. Dra. Alicia N. G. Castells Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Antropologia Socia, aprovada pela Banca composta pelos(as) seguintes professores(as): Profa. Dra. Alicia N. G. Castells (Orientadora – PPGAS/UFSC) Prof. Dr. Ramiro Segura (IDAES/UNSAM) Profa. Dra. Evelyn M. S. Zea (PPGAS/UFSC) Prof. Dr. Oscar calavia Saez (PPGAS/UFSC) Profa. Dra. Edviges Marta Ioris (Coordenadora PPGAS/UFSC) Florianópolis, 24 de fevereiro de 2015 À Mariana (Cabeça a)Berta Companheira de viagens horizontais e verticais * AGRADECIMENTOS Antes dos agradecimentos mais pontuais às pessoas que me ajudaram em campo, gostaria de agradecer a minha orientadora, Alicia Castells, pelos incentivos e pela paciência – é preciso ser muito paciente para lidar com um orientando tão relapso quanto eu. Sem ela, talvez eu tivesse desistido desse nem sempre muito gratificante percurso que é a carreira acadêmica. A modesta dissertação que você tem em mãos foi fruto de uma estadia muito agradável de 4 meses na Bolívia. Nas páginas que seguem, tentei passar o mesmo tom tranquilo que imperou com o transcorrer desse tempo por lá – ainda que a pressão dos prazos que se apertavam mais e mais a cada segundo tenham servido como um contra-ponto potencialmente anulador de minha original paz de espírito. De todos os modos, tenho uma lista imensa de pessoas para agradecer. São todos meus amigos, e como costuma acontecer, apesar da intimidade e dos anos de convivência, não temos a menor ideia do sobrenome dessas pessoas. Por isso optei em chamá-los todos apenas pelo primeiro nome. José Luiz, o comunista que nos hospedou por três meses em sua casa, é um sujeito que sempre vou lembrar com carinho. Com suas ideias mirabolantes e suas teorias da conspiração, é também detentor de um capital social fantástico. Me ajudou muito nesse trabalho; Ao pessoal do CIAAS: Saúl, nome recorrente nos capítulos a seguir, sempre bem humorado, franco e aberto para um papo sem compromisso. Aprendi muito sobre política e história boliviana com ele. Prometi que lhe enviaria uma cópia de minha dissertação (e o farei, sem dúvida); Richard, esse que me ajudou muito, me confiou material de valor inestimável; Carola, colega antropóloga, paciente com minhas visitas quase diárias na época em que esperava uma permissão para estudar as ruínas; Enzo, um sujeito tranquilo que sempre tinha um pensamento interessante para trazer na roda. Fora do CIAAS, também tenho muito o que agradecer ao clássico vivo da arqueologia boliviana, Omar Claure, que me concedeu duas longas entrevistas, e ao recém chegado Danilo, com quem troquei algumas figurinhas entre uma cerveja e outra – e alguns documentos valiosíssimos. Raúl, um informante privilegiado, um verdadeiro Leonardo da Vinci dos vales cruceños: capaz de pelar um tronco de araucária como ninguém para, logo em seguida, falar sobre a biblia e sobre Maomé. Muito respeituosamente, aproveito para agradecer também a sua mulher, Tatyana, pessoa firme e decidida. Don Danelio, um senhor falador que me contou histórias incríveis sobre o Fuerte. Don Cecilio e Don Nicolás, dois guias admiráveis que além de me apresentarem o Fuerte, foram muito gentis em se prontificarem a me conceder uma entrevista. Dona Lení, outra guia que me ajudou muito com material e com histórias do Fuerte. Cíntia, pessoa muito querida, ela que conheci ainda em minha primeira viagem. Yan, que me deu a ideia de estudar o Fuerte. E a outros, vários outros, que direta ou indiretamente, me ajudaram a captar um pouco da atmosfera samaipateña. RESUMO A crescente presença de forasteiros em Samaipata, uma pequena cidade boliviana próxima a Santa Cruz de la Sierra, faz com que, com grande frequência, o substantivo "gringo" seja usado para se referir a pessoas, bem como a locução adjetiva "de gringos" venha colada com certas coisas (festas de gringos, lugares de gringos, manias de gringos...). No entanto, as duas formas de uso se revelavam muito mais plásticas do que poderiam parecer à primeira vista: mesmo quando gringo era visto como "alguém de fora", identificar esse alguém e estabelecer o que se está se considerando como o local (Samaipata, as terras baixas, a Bolívia, a América Latina) dependiam muito mais das circunstâncias em jogo do que de qualquer forma de definição enciclopédica. Mas isso não implicava que a noção de gringo fosse, tão simplesmente, uma concepção subjetiva, que não dependesse da circulação de ideias e do compartilhamento de certas experiências dentro da cidade. Mais do que isso, havia uma certa "má-fama" bem disseminada - embora não absolutamente disseminada - que se refletia em algumas práticas instituídas pelo poder local para tentar minar os "abusos" cometidos pelos forasteiros na cidade - fossem eles turistas ou moradores estabelecidos. O objetivo de minha dissertação foi tentar entender o que fazia com que esse rótulo se tornasse tão disseminado e a razão que levava a categoria "gringo" a ser tão frequentemente associada a formas de subversão dos hábitos locais. Palavras-Chave: Relação Estabelecidos/Outsiders, Migração Internacional, Turismo, Bolívia, Samaipata, Fuerte. ABSTRACT The growing presence of outsiders in Samaipata, a tiny town near Santa Cruz de la Sierra, makes that, very often, the noun “gringo” be used to refer to people, in the same way that he adjective “gringo” is linked to certain things (gringo parties, gringo places, gringo manias…). Nevertheless, both uses showed to be much more plastic than would be expected at first glance: even when gringo was treated as someone from abroad, identifying this person and establishing what is being considered to be the local (Samaipata, the lowlands, Bolivia, Latin America) depended much more on the circunstances at stake than on any sort of encyclopedic definition. This assumption, however, didn’t imply that the idea of gringo should be treated as a strictly subjective conception, independent from the circulation of other ideas and from the share of some experiences that were going around the town. Moreover: there was a certain “bad reputation” very widespread – though not absolutely widespread – that was reflected in some instituted practices that were being performed by the local authorities in order to undermine eventual “abuses”practiced by outsiders in town – tourists and established. The main aim of this dissertation was to understand the reasons that made this label so widespread and why this category, gringo, was so frequently related to some forms of subversion of the local ways of being. Key words: Established/Outsiders Relationship, International Migration, Tourism, Bolívia, Samaipata, Fuerte. SUMÁRIO Introdução: Descobrindo Samaipata ....................................... 17 Viagem à Bolívia 17 Santa Cruz de la Sierra 19 Chegada em Samaipata 22 De volta à Samaipata 23 Descrição de Samaipata 25 Em Samaipata 26 O problema 28 Capítulo 1 - Um problema ...................................................... 33 A Variação Universal 39 Um obsoleto deslumbramento? 44 Repetição 47 Imitação como problema 53 Simbolismo 58 Guerra de Bexigas 62 Fofoca e Poder 63 A História de D 65 Afinidades Eletivas 69 Sobre Pátios e Cozinhas Coletivas (I) 73 Coesão Social nas hospedagens 74 Sobre Pátios e Cozinhas Coletivas (II) 75 Sobre Pátios e Cozinhas Coletivas (III) 78 Sobre Pátios e Cozinhas Coletivas (IV) 80 Conclusões 84 Capítulo 2 – Hippies e Gringos ............................................... 89 Reflexões nos umbrais 89 Mudanças na Cidade 92 Embate Ideológico 94 Drama e Tragédia 96 Carreteras 98 Superfícies, Intermediários e Dramas 101 Confusão conceitual 105 Uma dedução enganadora 106 Documentos 109 Ex-hippies? 111 Hippies 115 Duas formas de abordagem 116 Hippiegenia 120 Folha de coca 123 Distanciamentos 126 Nota sobre o olhar distanciado 131 A gênese dos conceitos na circulação das diferenças 135 Piadas 138 Capítulo 3 – Os gringos de hoje: Os conquistadores de ontem? ............................................................................................... 141 A Oposição 143 As marcas da exploração na Bolívia e em Samaipata 145 História como Narrativa 149 O esforço de purificação 153 Ciência versus Ciência – uma conciliação impossível 154 História versus História 158 Recapitulação 161 História e Política 162 Viés Nacionalista 164 Os Cambas 166 De atos culturais ao vandalismo 169 Financiamento 172 Conclusão: A história única do Fuerte 175 Referências ............................................................................ 181 16 17 INTRODUÇÃO: DESCOBRINDO SAMAIPATA Viagem à Bolívia Em fevereiro de 2012, quando parti para uma curta viagem de 3 semanas pela Bolívia, eu ainda ignorava completamente a existência de Samaipata. 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