A Natureza No Carnaval As Cores Da Vida Enfeitam a Avenida

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A Natureza No Carnaval As Cores Da Vida Enfeitam a Avenida *OGPSNBUJWP0mDJBMEB-*&4"twww.liesa.com.br Ano XIII – Nº 22 A Natureza no Carnaval As cores da vida enfeitam a Avenida Sonhar um sonho possível riatividade e ousadia são pala- na Avenida e na Cidade do Samba, onde as vras-chaves para as Escolas de “Forças da Natureza” são impulsionadas Samba. São instrumentos que pelos ventos do ziriguidum. Suaves brisas não devem ser usados apenas que sopram na Sapucaí, arrastando o povo no trabalho artístico apresesen- para os ensaios técnicos. tado na Avenida; são fundamentais também Criatividade e ousadia, aliadas ao talento e na administração e organização financeira, à boa gestão farão parte da fórmula perfeita buscando receitas que venham proporcionar para o sucesso. As Escolas trabalharam muito a chance de uma participação cada vez maior para alcançar seus objetivos. Se vão conseguir, dos integrantes de suas comunidades. somente o destino dirá. Mas a verdade é que É essa gente que traz o samba no sangue, todas merecem, pelo esforço e dedicação. que nos contagia e faz acreditar num futuro Bom Carnaval! melhor. São essas pessoas - com a graça do Jorge Castanheira talento e da inventiva - que nos arrebatam Presidente da LIESA ENSAIO GERAL 3 CD guerreiro já 6 está nas lojas Todo dia é dia de Samba Confissões de Nelson Sargento, Haroldo Costa e Monarco sobre 8 o 2 de dezembro O laboratório do ziriguidum O lado científico dos ensaios 10 técnicos na Sapucaí Teclou, comprou Adquira o seu ingresso sem 12 precisar sair de casa Par ou Ímpar? 14 Oriente-se, você não pode errar ÍNDICE Escolas de Domingo Escolas de Segunda Roteiros dos enredos, le- Roteiros dos enredos, le- tras dos sambas-enredos tras dos sambas-enredos 16 e fichas técnicas de: 28 e fichas técnicas de: Ano XIII – Nº 22 www.liesa.com.br *OGPSNBUJWP0mDJBMEB-*&4"t 18 – Império Serrano 29 – Porto da Pedra 19 – Grande Rio 30 – Salgueiro A Natureza no Carnaval As cores da vida enfeitam a Avenida 20 – Vila Isabel 32 – Imperatriz Nossa Capa Alegoria da Natureza 22 – Mocidade 34 – Portela recriada pela Portela, Carnaval 2009 Foto Henrique Matos 24 – Beija-Flor 35 – Mangueira 25 – Unidos da Tijuca 36 – Viradouro 4 ENSAIO GERAL A Força do Samba Público veste a fantasia, cai na folia e 38 aplaude o novo show da Cidade do Samba LIGA INDEPENDENTE DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO PRESIDENTE Jorge Luiz Castanheira Alexandre VICE-PRESIDENTE E DIRETOR JURÍDICO Nelson de Almeida DIRETOR TESOUREIRO E DE PATRIMÔNIO Zacarias Siqueira de Oliveira DIRETOR DE CARNAVAL Elmo José dos Santos SECRETÁRIO Wagner Tavares de Araújo DIRETOR COMERCIAL Sábado das Hélio Costa da Motta Campeãs DIRETOR SOCIAL Jorge Perlingeiro 42 DIRETOR CULTURAL Hiram Araújo ADMINISTRADOR DA CIDADE DO SAMBA Bee, a grife Ailton Guimarães Jorge Júnior que veste o ASSESSOR DE IMPRENSA Carnaval Vicente Dattoli 44 CONSELHO DELIBERATIVO PRESIDENTE Ubiratan T. Guedes Decoração na VICE-PRESIDENTE Hélio Ribeiro de Oliveira Informação SECRETÁRIO 46 Américo Siqueira Filho Galeria das Campeãs CONSELHO FISCAL O ranking das grandes vencedoras do Carnaval PRESIDENTE Fernando Horta em toda a história da Passarela do Samba MEMBROS 48 Paulo Vianna Wilson Vieira Alves ONDE ENCONTRAR ENSAIO GERAL SUPLENTES O informativo oficial da LIESA é distribuído nas quadras das Escolas de Samba Álvaro Luiz Caetano Luiz Augusto Duran do Grupo Especial; na Cidade do Samba; na Central LIESA de Atendimento; Uberlan Jorge de Oliveira nas agências do Bradesco, o banco oficial do Carnaval carioca; nos principais Visite a LIESANET: www.liesa.com.br hotéis do Rio de Janeiro (Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Centro e próximo aos aeroportos); agências de viagens, através Faça um tour pela Cidade do Samba: da Abav-RJ; escritórios da Riotur; no Instituto do Carnaval, da Universidade www.cidadedosambarj.com.br Estácio de Sá; no Hall dos Elevadores do Maracanã; nos táxis da Coopertramo, LIESA – Av. Rio Branco, nº 4 Transcoopass, Transcootur e da Cootramo; no Espaço Cultural do Sambódro- 2º, 17º, 18º e 19º andares Centro – Rio de Janeiro, RJ – CEP 20090-000 mo; e na sede da LIESA. O conteúdo de ENSAIO GERAL também está disponí- Tel.: (21) 3213-5151 – Fax: (21) 3213-5152 vel em LiesaNet: www.liesa.com.br ENSAIO GERAL 5 Informativo da LIESA Ano XIII – Nº 22 Dezembro de 2008 EDITOR Cláudio Vieira ARTE Janey Costa Silva Luiz Berri Patrícia Lima João Gabriel Costa Silva TEXTOS Cláudio Vieira FOTOGRAFIA Henrique Matos, André Telles, Zacarias, Laíla e Mário Jorge: esforços para fara fazer um disco melhor ainda Diego Mendes, Luís Winter, Paulo Sérgio (Guará) e Peter Iliciev REVISÃO CD guerreiro já Marta Queiroz TRATAMENTO DE IMAGENS está nas lojas Aliomar Gandra COLABORAÇÕES Os sambas-enredos que so é com a máquina. E ela Bruno Santos, Elaine Mattos, vão fazer a festa da gale- não aceita erros, por mais Elmo José dos Santos, Hélio Motta, Heron Schneider, ra a partir de dezembro já imperceptíveis sejam aos Fernando Benvindo, Jorge estão nas principais lojas nossos ouvidos” – explica. Castanheira, Patrícia Braga e do país. Saiu o CD das Es- Zacarias contou, mais Viviane Marinho colas de Samba do Grupo uma vez, com o talento de Especial – Carnaval 2009! Laíla e Mário Jorge na pro- PUBLICIDADE Apesar do momento di- dução; e os arranjos dos Hélio Costa da Motta fícil causado pela “indús- maestros Jorge Cardoso e TIRAGEM tria da pirataria”, o diretor Alceu Maia. O disco é dis- 110 mil exemplares artístico do disco, Zacarias Siqueira de tribuído pela Universal. Oliveira, 76 anos, ficou bastante feliz Dificuldades - Não faz muito tem- DISTRIBUIÇÃO GRATUITA com o resultado de seu 37° disco de po, o CD do Grupo Especial tinha uma sambas-enredos, o 25° produzido pela vendagem garantida entre 600 mil e Linha direta com o editor: GravaSamba, com o selo de qualidade 800 mil cópias, o que representava a [email protected] da LIESA. segunda fonte de receitas das agremia- ENSAIO GERAL O também Diretor Tesoureiro e de Pa- ções (a primeira era e continua sen- É criado e produzido pela trimônio da Liga evita opinar sobre as do o repasse da venda de ingressos). faixas do CD, mantendo o foco no dife- As Escolas ficavam com 48% desses rencial desse trabalho: “Investimos na recursos – o que significava um bom qualidade dos músicos. Eles deram um impulso nos trabalhos de barracão e acabamento refinado a todos os sambas ateliê. Atualmente, o CD vende pouco www.iriseditora.com.br e os próprios mestres de bateria sentiram mais de 130 mil cópias. O repasse já [email protected] isso. É muito diferente tocar no estúdio não dá para custear nem a confecção e ao ar livre. No estúdio, o compromis- de uma alegoria. 6 ENSAIO GERAL As Escolas de Samba deveriam abrir suas portas para receber aqueles que gostam de ouvir, cantar e dançar o samba. Sambas-de-terreiro, sambas-de-quadra, sambas-de-meio-de-ano - e todas as deno- minaçõesTodo dessa espécie em dia extinção – seriam é cantados dia ao longo do dia, renovando as esperanças de quem acredita que ainda existem outras pérolas sobre a face da terra além do samba-enredo. É assim que o poeta Nelson Sargento, 74 anos, baluarte da Estação Primeira de Mangueira, gostaria que o Dia Nacional do Samba fosse comemorado. Complementa a própria idéia: “A festa seria com umade grande feijoada, prática que as Escolas vem mantendo para reforçar os vínculos de amizade en- tre aqueles que aSamba compõem.” Confissões de Nelson Sargento, Páginas viradas - O jornalista e produtor cultural Haroldo Costa, 76 anos, participou, em 1964, do I HaroldoCongresso NacionalCosta doe MonarcoSamba, organizado sobre pelo folclorista Edison Carneiro e encerrado em 2 de dezembroo 2 de –dezembro data em que foi instituído o Dia Nacional do Samba, criado pela Lei no 554 de 28/07/1964, do deputado estadual Frota Aguiar. Assim como o mangueirense, Haroldo reverencia a data: “O samba é a expressão maior de nossa cultura e espelho da vida nacional. Conta nossas alegrias e tristezas. Cantado, dançado, tocado, é interpretado de diversas formas de Norte a Sul, consolidando a identidade brasileira” – disserta. Autor de diversos livros sobre cultura popular e dois deles dedicados à história da Acadêmicos do Salgueiro, Haroldo aproveita a data para segredar como nasceu o amor pela Vermelha e Branca. Foi no final da década de 50 e início de 60. Ao lado de Eneida e Lúcio Rangel, integrava o júri que analisava o desfile das Escolas de Samba – “quatro gatos pingados na escadaria da Biblioteca Nacio- nal”. A imparcialidade do julgador se transformou em paixão de torcedor no dia em que o Salgueiro apresentou Quilombo dos Palmares. “Até então, os livros de História do Brasil não dedicavam mais de meia página a Zumbi. Quando o Salgueiro decidiu contar a história do negro, mudou a nossa História” – afirma, orgulhoso. Fidelidade partidária - Aguardando a vez na fila da fisioterapia, Monarco abre o coração para a sua confissão: “O samba é tudo pra mim. Tudo o que tenho, tudo o que sou, devo a ele. Por isso devo manter a minha fidelidade. Preciso ficar bom para cantar no show da Cidade do Samba” – explica. O portelense conta que um dos momentos mais felizes de sua vida foi quando viu o samba ser de- clarado patrimônio cultural do Brasil: “Mas, ele merece mais” - alfineta: “Nem assim vemos o samba ocupar o lugar que deveria ter nos veículos de comunicação. Falam pouco na mídia impressa; tocam muito pouco no rádio e na TV” – lamenta. Autor de mais de 300 sambas, um terço deles gravados, Monarco lembra dos tempos difíceis do samba.“Não foi “Quema Mangueira cantarolava que entrou um na minharefrão vida; era malfui eu visto; as pessoas se afastavam”.
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