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EXPOSIÇÃO HISTÓRICA DA OCUPACÃO / II VOLUME agência geral das colónias 19 3 7 da EXPOSIÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO DEP. LEG. ' ;ír 0 \\ km s REPÚBLICA PORTUGUESA MINISTÉRIO DAS COLÓNIAS /V r,,i t EXPOSIÇÃO HISTÓRICA DA OC UPAÇAO II VOLUME AGÊNCIA GERAL DAS COLÓNIAS 19 3 7 ? 6 IC O 1.A GALERIA PENETRAÇÃO E POVOAMENTO ENETRAÇÃO, povoamento... — mas é tôda a coloni- zação! Obra que não é de hoje, nem de um século, — mas que começa no próprio dia da invenção pelos portu- gueses do Mundo até at ignorado. Chegados os navegadores até às novas paragens povoa- das, logo a ânsia lusíada buscava inquietamente descobrir, depois das terras, as riquezas, as gentes e os costumes; e nunca houve curiosidade mais viva e audaz, nem sensações mais frescas e perturbantes que as dos soldados, dos missio- nários, dos aventureiros portugueses entranhados na rudeza da barbarie ou no mistério subtil de milenárias civilizações. Levados pelo espirito de aventura, pelo ardor evan- gélico ou pela cobiça do oiro, ei-los que navegam rios e esca- lam montes, que travam relações com indígenas, que se em- brenham em florestas inexploradas, que palmilham a Pérsia, a China e o Japão, vivendo incríveis lances e triunfando por admiráveis rasgos. 7 Assim correu a fase heróica da penetração, de carácter sobretudo individual: quantas vezes um só português não conquista, pela persuação e pelo prestígio pessoal, tribus e reinos para os vir depor aos pés do seu rei! É que no cora- ção de cada um dêsses arrojados exploradores iam, inteiras, as aspirações imperiais e os ideais da civilização da sua pátria! Mas a penetração não se féz só assim, caprichosamente, ao sabor da imaginação e da vontade de portugueses isolados: também revestiu outras vezes aspecto metódico, seguindo um plano, ora por meio de entendimentos diplomáticos com os soberanos locais, ora por lenta infiltração pacífica, ora sob a forma de expedições punitivas ou visando a mera afirmação de poderio. Era então o desenvolvimento inteligente de uma politica, levado com persistência até estarem definitivamente abertos e seguros os caminhos da civilização. E se as terras descobertas eram ilhas desertas? ou se ofe- reciam regiões imensas e ricas sem gente que as desbravasse ou explorasse? Então, impunha-se povoá-las: mas restava sa- ber com quem. Levar do reino a gente necessária era impossível: nem a metrópole dispunha de tantos braços, nem os climas onde a obra havia de se realizar permitiam a brancos o rude tra- balho que a terra exigia. O problema resolve-se, pois, dando Portugal só os con- dutores— capitãis, letrados, soldados, artífices, mercadores. Partirá daqui a fé que tudo vence, a iniciativa, a inteligên- cia e a direcção: a mão de obra buscar-se-á algures. As possessões de maior riqueza demográfica darão para as outras. Â Guiné se vão buscar braços para as ilhas de Cabo Verde; de lá e dos reinos do Congo, Angola e Benguela partem os negros precisos para os engenhos do Brasil. E como os dirigentes também são poucos, incumbe-se ao brilhante estado maior da India, o cuidado pelas feitorias e pelos portos da costa oriental africana. 8 Persistem, ainda, se bem que às vezes ignoradas, afini- dades étnicas, psicológicas e linguisticas então criadas. A Guiné ficou para sempre associada à vida de Cabo Verde, donde ainda agora provêm muitos dos seus funcionários e dos capitalistas que a exploram. No Brasil estão fincadas in- deléveis influências angolanas — ou não fôra Angola antiga- mente uma espécie de dependência da sua economia e até da sua administração. E Moçambique continua a ser o lugar preferido pelos indianos para destino da emigração. Foi pois com o auxilio dos homens de umas possessões que povoámos outras. Mas nem só êsse processo usámos: for- maram-se colónias brancas, sobretudo em Cabo Verde, na índia e no Brasil, e pela aliança com os indígenas, multipli- cámos os mestiços que no Brasil constituem uma camada im- portantíssima da população. Hoje o povoamento branco intensifica-se. Surgem cida- des enternecedoramente portuguesas — no tipo, na língua e na alma. Abre-se um novo ciclo no destino imperial da Lu- sitânia: e olhando tudo o que já fizemos, antevemos o muito que os séculos futuros esperam do vigor da nossa raça e da persistência do nosso génio. Marcelo caetano 9 Nas paredes quatro quadros de Cunha Barros, relativos à expansão da ocupação portuguesa nos meados do século XIX, um de Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe; outro de An- gola; outro de Moçambique; e o último de Timor. Nos quadros da escada e nas vitrinas das secções acham-se expostos os seguintes documentos: SECÇÃO I Cabo Verde, Cuiné e S. Tomé e Príncipe N.8 1 —Planta da Ilha de S. Nicolau — século XVIII. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.8 2 — Planta da Ilha de S. Vicente — século XVIII. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 3 — Planta da Ilha do Sal — século XVIII. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 4 — Planta da Ilha de Santa Luzia—século XVIII. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 5 — Planta da Ilha da Boa Vista — século XVIII. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 6 — Planta do Pôrto Real da Ilha de S. Vicente— 1819. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.8 7 — Planta do pôrto da Vila da Praia da Ilha de Santiago — 1808. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 8 — Planta da bataria da Mulher Branca da Vila da Praia. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial> 10 N ° 9 — Planta das ilhas de S. Vicente e de Santo Antão — 1798. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) 1 0 Planta da cidade da Ribeira Grande da Ilha de Cabo Verde, com as suas fortificações— 1769. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) 11 — Planta da fortaleza real da cidade da Ribeira Grande na Ilha de Santiago de Cabo Verde — 1770. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 12 Tratado breve dos rios da Guiné do Cabo Verde, desde o rio de Sanagá até os baixos de Santa Ana — 1594, André Álvares de Almada. (Cedido pela Biblioteca Municipal do Pôrto) N.° 13 —Planta da praça de Bissau e suas adjacentes — 1796, 1 vol. foi., de Bernardino A. Alves de An- drade. (Cedida pela Biblioteca Municipal do Pórto) N.° 14 — Plano da baía de Ana de Chaves, compreendendo a planta da cidade de S. Tomé e a prespectiva e planta da fortaleza de S. Sebastião— 1788. (Cedido pelo Arquivo Histórico Colonial) N.# 15— Ilha de Fernando Pó — portuguesa desde o sé- culo XV —cedida à Espanha em 1774 como com- pensação do tratado de limites do Brasil. (Cedido pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 16 —Vista e planta da Ilha de Ano Bom, portuguesa desde o século XV, cedida à Espanha em 1774, como compensação do tratado de limites do Brasil. (Cedido pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 17 —Elevação e prospecto da Ilha de Ano Bom, portu- tuguesa desde o século XV, cedida à Espanha em 11 1774 como compensação do tratado de limites do Brasil. (Cedido pelo Arquivo Histórico Colonial) N.® 18— Planta da Baía de Ana de Chaves e da Cidade de S. Tomé. Anexa à consulta do Conselho Ultrama- rino de 16 de Dezembro de 1644. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 19—Elevação e fachada mostrando em prospecto a Ci- dade de Santo António na Ilha do Príncipe, no mar da Etiópia, desenhada por José António Caldas. (1757). (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 20 — Cidade de Santo António, Ilha do Príncipe—1690. (Cedido pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 21 —Planta da Baía e cidade de Santo António da Ilha do Príncipe, compreendendo as fortalezas de San- tana e da Mina, por José António Caldas— 1757. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 22-23 — Plantas (2) da Ilha do Príncipe, por Joaquim de Sousa Braga— 1814. (Cedidos pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 24—Planta Iconográfica da Cidade de Santo António na Ilha do Príncipe, no mar da Etiópia (1757), desenhada por José António Caldas. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 25 — Planta geográfica da Ilha do Príncipe, por José An- tónio Caldas. (Cedidas pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 26-27 — Plantas (4) da Ilha do Príncipe, por Joaquim de Sousa Braga (1814). (Cedidas pelo Arquivo Histórico Colonial) 12 N.° 28 — Plano da cidade de Santo António da Ilha do Prín- cipe, por Joaquim de Sousa Braga— 1814. (Cedido pelo Arquivo Histórico Colonial) SECÇÃO II Angola N.° 29 — Mapa hidro-geográfico da Costa Ocidental da Áfri- ca, compreendido entre 5o e 16° e 40' de latitude Sul, por Luiz C. Pinheiro Furtado. (Cedido pela Biblioteca Municipal do Pórto) N.° 30 — Planta da fortaleza de S. Martinho de Luango, de- senhada pelo sargento-mor engenheiro Luiz C. Pi- nheiro Furtado. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) N.° 31 —Planta de Novo Redondo, no Reino de Angola, que mandou construir o capitão-general José de Al- meida Vasconcelos no ano de 1785. (Cedida pela Biblioteca Municipal do Pórto) N.° 32— Mapa geográfico da Costa Ocidental da África com os portos, baías, rios e posição de tôda a Costa, por Luiz C. Pinheiro Furtado. (Cedido pela Biblioteca Municipal do Pórto) N.° 33 — Mapa hidro-geográfico da Costa Ocidental da Áfri- ca, compreendido entre 5o e 16° e 40' de latitude Sul, por Luiz C. Pinheiro Furtado. (Cedido pela Biblioteca Municipal do Pórto) N-° 34— Planta do forte de S. José de Cabinda, desenhada pelo sargento-mor de infantaria, engenheiro Luiz C. Pinheiro Furtado. (Cedida pelo Arquivo Histórico Colonial) 13 jsj • 35 Gravura panorâmica da vila de Mossâmedes 1865. Feita pelo Coronel Fernandes da Costa Leal. (Cedida pela Sociedade de Geografia) jsj • 36 Planta da fortaleza de S. Sebastião do Molembo, pelo sargento-mor de infantaria Luiz Cândido Pi- nheiro Furtado.