Museu De Arte Contemporânea Fronteiras
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HELOUISE COSTA FRONTEIRAS INCERTAS USP (1963-1978) Arte e Fotografia no Acervo do MAC MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA da Universidade de São Paulo DOI: 10.11606/9788594195135 FRONTEIRAS INCERTAS USP (1963-1978) Arte e Fotografia no Acervo do MAC MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA da Universidade de São Paulo HELOUISE COSTA e-book UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Museu de Arte Contemporânea MAC USP São Paulo 2019 São Paulo 2019 (Permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e autoria, proibindo qualquer uso para fins comerciais) © 2019 – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - 04094-050 - Ibirapuera - São Paulo/SP tel.: 11 2648 0254 - email: [email protected] - www.mac.usp.br Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Lourival Gomes Machado do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo Fronteiras incertas: arte e fotografia no acervo do MAC USP (1963-1978) / Helouise Costa. São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, 2019. 204 p.; il. -- (MAC Essencial 8) ISBN 978-85-94195-13-5 DOI: 10.11606/9788594195135 1. Museus de Arte – Brasil. 2. Acervo Museológico – Brasil. 3. Fotografia Artística. 4. Universidade de São Paulo. Museu de Arte Contemporânea. I. Costa, Helouise. II. Série. CDD – 770.9 PROGRAMA PRESERVAÇÃO DE ACERVOS E PATRIMÔNIO CULTURAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PRÓ-REITORIA DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA USP Ficha do Livro Registro Fotográfico da Exposição: Flávio Demarchi Obra Capa: Antoni Mikolajczyk, Sem Título (Cabeça), c.1973 Registro Fotográfico da obra da capa: Elaine Maziero Preparação Documentação: Alecsandra Matias de Oliveira Revisão de Dados Catalográficos: Cristina Cabral, Fernando Piola, Marília Lopes e Michelle Alencar Arquivo MAC USP: Silvana Karpinscki Revisão: Edméa Neiva Tradução: International Alliances Academy of Native Speakers Projeto Gráfico/Edição de Arte: Elaine Maziero Preparo de Editoração Eletrônica: Roseli Guimarães Editoração Eletrônica: Brazil Publishing - Autores e Editores Associados Realização 3 Carlos Roberto F. Brandão Diretor MAC USP É com grande satisfação que o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo retoma a coleção MAC Essencial, iniciada em 2010, que já publicou até o momento quatorze volumes. A série serve como guia e como introdução ao universo de pesquisa no âmbito do MAC USP, em formato acessível e de fácil manuseio, pensada para ampliar o acesso público ao patrimônio sob a custódia do Museu. Divulga ainda o rico pensamento construído no Museu sobre a arte moderna e contem- porânea, destinando-se a pesquisadores e aos interessados em geral nas vertentes que compõem os programas da instituição. A coleção é organizada em quatro temas: os volumes dedicados às Exposições divulgam mostras do acervo ou a ele relacionadas, com textos curatoriais e catalogação das obras expostas; Seminários enfeixam e comentam resultados de eventos, incluindo simpósios, congressos etc. Nos volumes que tratam da Pesquisa, busca-se difundir estudos sobre temas relacionados ao acervo do MAC USP ou à instituição; enquanto o tema Acervo: Outras Abordagens trata especificamente do acervo do MAC USP, seu estado, conservação, evolução e perspectivas. Nesta oportunidade, o MAC USP apresenta seis volumes adicionais, com apoio da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, à qual agradecemos. Entre esses novos títulos, estão: Novas Aquisições do Acervo, Um Outro Acervo do MAC USP, Guia do Acervo, Fronteiras Incertas: Arte e Fotografia no Acervo do MAC USP (1963-1978), Terra Brasilis: Arte Brasileira no Acervo Conceitual do MAC USP e Sobre Exposições: Conceitualismos em Mostras no MAC USP (2000-2015). Fronteiras Incertas: Arte e Fotografia no Acervo do MAC USP (1963-1978) trata do processo de legitimação da fotografia pelo sistema de arte no Brasil, tendo como estudo de caso o MAC USP. Analisa a formação do acervo foto- gráfico do Museu durante a gestão do professor Walter Zanini entre 1963 e 1978, levando em conta as exposições realizadas e os debates ocorridos no Museu. Possibilita o entendimento do acervo de fotografia do Museu em sua historicidade, apontando para novas leituras possíveis a partir das relações que podem ser estabelecidas entre os diferentes conjuntos de obras antes pensadas de maneira isolada. O livro conta também com uma listagem das fotografias e obras afins incorporadas ao acervo no período. Em resumo, a coleção MAC Essencial ajudará o MAC USP a continuar atuando como um contraponto acadêmico crítico e atento frente às pres- sões do circuito artístico atual. Essas publicações, ao investigarem com maior profundidade a dimensão singular das obras que compõem nosso acervo, possibilitarão comparar o passado recente com o presente e determinar o que é genuinamente novo e contemporâneo na atualidade. 5 SUMÁRIO IMAGEM EM CAMPO EXPANDIDO: PARA PENSAR O FOTOGRÁFICO NO ACERVO DO MAC USP 09 DA FOTOGRAFIA COMO ARTE À ARTE COMO FOTOGRAFIA: A EXPERIÊNCIA DO MAC USP NA DÉCADA DE 1970 13 FRONTEIRAS INCERTAS: ARTE E FOTOGRAFIA NO ACERVO DO MAC USP 79 ANEXO Relação de obras incorporadas ao acervo do MAC USP, entre 1963 e 1978, cujas técnicas são constituídas por processos fotográficos 119 ENGLISH 145 7 IMAGEM EM CAMPO EXPANDIDO: PARA PENSAR O FOTOGRÁFICO NO ACERVO DO MAC USP Delimitar com precisão o conjunto de obras pertencente ao campo do fotográfico no acervo do MAC USP não é uma tarefa simples. O processo de assimilação da fotografia pelo Museu deu-se, na década de 1970, a partir de duas frentes. De um lado, estava a fotografia, avaliada por suas qualidades estéticas, e de outro a fotografia inse- rida na discussão mais ampla da arte contemporânea. A primeira era a chamada fotografia de autor, ou fotografia artística, que obedecia ao formato da cópia bidimensional sobre papel. A segunda era a fotografia experimental ou fotolinguagem, segundo a nomenclatura de época, que podia assumir os mais variados formatos, desde o livro de artista, passando pelo objeto, até as instalações. Tratava-se de duas instân- cias de legitimação institucional, antagônicas em suas premissas, que contribuíram para caracterizar o “colecionismo multimídia” ao qual o MAC USP dedicou-se naqueles anos. Essa publicação tem como objetivo reunir e sistematizar os resul- tados dos esforços que realizei como pesquisadora e curadora do MAC USP, com o intuito de dar inteligibilidade à presença do fotográfico no Museu em seus primeiros anos. Esse fenômeno que hoje desperta grande interesse devido à onipresença da fotografia no sistema de arte contemporânea, ainda carece de investigações que nos permitam compreender de maneira ampla o posicionamento das diversas insti- 9 tuições museológicas brasileiras em relação à imagem fotográfica, as de fronteiras entre arte e fotografia a partir de um acervo específico, o relações que eventualmente estabeleceram entre si, com o mercado e que nos possibilitou também repensar a história institucional do Museu o circuito internacional, bem como as políticas de exposições e aquisi- segundo novos parâmetros. Uma contribuição adicional dessa mostra ções na área. O material aqui reunido pretende contribuir para adensar foi a exibição de um número significativo de obras que, desde o seu a bibliografia sobre o tema. ingresso no acervo, na década de 1970, não mais haviam sido apre- sentadas ao público devido ao estado delicado de conservação em que O livro está dividido em três sessões. A primeira apresenta o ensaio se encontravam2. Da fotografia como arte à arte como fotografia: a experiência do Museu de Arte Contemporânea da USP na década de 1970. Trata-se de um dos A terceira e última seção deste livro disponibiliza uma relação de 443 capítulos da tese de livre-docência da autora, publicado originalmente obras, incorporadas ao acervo do MAC USP entre 1963 e 1978, cujas nos Anais do Museu Paulista, e investiga a presença da fotografia no técnicas estão ligadas a processos de origem fotográfica. A divulgação MAC USP, entre 1963 e 1978, durante a gestão de seu primeiro diretor, dessa listagem, no entanto, exige alguns esclarecimentos. Trata-se de uma o historiador da arte Walter Zanini. A fim de contextualizar as ações do relação incompleta, elaborada pelo Setor de Documentação e Catalogação MAC USP foram investigadas também as iniciativas do Museu de Arte do Museu, que inclui apenas as obras catalogadas até junho de 2017. Isso Moderna e da Bienal de São Paulo no que se refere à fotografia no significa que obras pertencentes à coleção de arte conceitual, por exemplo, período que cobre desde a fundação dessas instituições até o final da podem, eventualmente, ter ficado fora dessa lista, pois parte delas neces- década de 1970. O panorama que se delineou, a partir desse ensaio, sita passar por revisão catalográfica para virem a integrar o banco de dados revela aspectos do processo de institucionalização da fotografia no do acervo. Ainda em relação a essa lista, o leitor mais atento irá observar Brasil. Isso envolve não apenas a realização das primeiras exposições que a catalogação das obras não atende às normas atuais de descrição de fotografia nos museus, enquanto modalidade artística, mas também técnica específicas da área de fotografia. O motivo desse descompasso a sua incorporação aos acervos museológicos e o interesse da grande pode ser encontrado na própria história da incorporação da fotografia ao imprensa pelo tema. Optou-se por republicar o ensaio em seu formato acervo do MAC USP, que desde o início priorizou a sua inserção no território mais amplo da arte contemporânea, para além das suas especificidades original, acrescido apenas de notas de atualização. enquanto técnica3. A segunda seção reúne o material produzido para a exposição Fronteiras incertas: arte e fotografia no acervo do MAC USP, que ficou 2 Segundo relatório interno fornecido pela conservadora do Laboratório de Papel do MAC em cartaz na sede do Museu no Parque do Ibirapuera, entre 28 de USP, Rejane Elias, pouco mais de 50% das obras selecionadas para a exposição tiveram setembro de 2013 e 03 de maio de 2015.