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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS DE CARATERIZAÇÃO

6. SISTEMA RELACIONAL II INFRAESTRUTURAS FEVEREIRO DE 2013

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 4 2. REDE DE INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS, TRANSPORTES E MOBILIDADE 5 3. REDE ELÉTRICA 25 4. REDE DE TELECOMUNICAÇÕES 31 5. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUAS 31 6. REDE DE ÁGUAS RESIDUAIS 41 7. REDE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 45 8. CONCLUSÃO 49 BIBLIOGRAFIA 50 ANEXOS 52

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Planta de Rede Viária e dos Transportes Públicos 6 Figura 2: Concessão da Via Expresso na RAM. 8 Figura 3: Via Expresso 2 – São Vicente. 9 Figura 4: Via Expresso 4 – São Vicente. 9 Figura 5 - ER 101 – Ponta Delgada. 10 Figura 6: Estrada Municipal – Feiteiras. 11 Figura 7: Estrada Municipal – Vila de São Vicente. 12 Figura 8: Estrada Municipal – Rosário. 13 Figura 9: Estrada Municipal – Lameiros. 13 Figura 10: Estrada Municipal – São Vicente. 14 Figura 11: Estrada Municipal – Terra Chã. 14 Figura 12: Estrada Municipal – Ponta Delgada. 15 Figura 13: Miradouro junto a Estrada Municipal – Ponta Delgada. 15 Figura 14: Construção da Via Expresso Boaventura – São Vicente: troço 1, Boaventura, boca Nascente. 16 Figura 15: Nó da VE4 – vila de São Vicente. 17 Figura 16: Parque de estacionamento do Parque Urbano de São Vicente. 19 Figura 17: Parque de estacionamento das Grutas e Centro de Vulcanismo de São Vicente. 19 Figura 18: Estacionamento junto à Escola Básica – Ponta Delgada. 19 Figura 19: Estacionamento junto ao Complexo Balnear – Ponta Delgada. 20 Figura 20: Meio de transporte utilizado nos movimentos pendulares – Variação do Transporte Automóvel 21 Figura 21: Transportes Coletivos – paragem na vila de São Vicente. 22 Figura 22: Paragem de transportes escolares junto à Escola Secundária. 23 Figura 23: Praça de Táxis de São Vicente. 24 Figura 24: Planta da Rede Elétrica. 25 Figura 25: Diagramas de carga na Ilha da , por estação do ano e por fonte de energia primária - 2010. 28 Figura 26: Planta da rede de Abastecimento de Água. 31 Figura 27: Necessidades de Água a Nível Regional – consumos e perdas por setor - 2003 32 Figura 28: Necessidades de Água a Nível Regional – consumos e perdas por setor - 2003 33 Figura 29: Distribuição das necessidades de água, no meio urbano, por concelho, 2001/2002 37

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Figura 30: Planta da rede de Abastecimento de Água – Rede Hidroagrícola. 38 Figura 31: Perímetros de regadio na Ilha da Madeira 39 Figura 32: Necessidades, Consumos e Retornos no setor agrícola - 2001/2002 40 Figura 33: Planta da rede de Águas Residuais. 41 Figura 34 : ETAR de São Vicente. 43 Figuras 35 e 36: Papeleiras – centro histórico de São Vicente. 47 Figuras 37, 38, 39 e 40: Ecopontos e recolha de lixo indiferenciado – vários lugares do concelho. 47 Figura 41: Distribuição, por concelhos da RAM, da recolha indiferenciada no ano de 2007 48

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Carreiras a operar em São Vicente. 22 Tabela 2: Posturas de táxi. 23 Tabela 3: Consumo de energia elétrica, por tipo - 2009 30 Tabela 4: Captações de Água no concelho de São Vicente. 36 Tabela 5: Consumos e necessidades de água no meio urbano – rede pública, 2001/2002 37

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1. INTRODUÇÃO

O estudo dos vários sistemas técnicos de suporte ao funcionamento do território no seu todo compreendem os sistemas gerais de mobilidade e circulação, a produção, transporte e distribuição de energia elétrica, a captação, tratamento e distribuição de água e a recolha, tratamento e rejeição de águas residuais e de resíduos sólidos urbanos. O seu estudo assume relevante importância, permitindo aferir carências e necessidades, e considerar – no território, em articulação e sinergia com os restantes sistemas – meios de reforço e expansão, adequados à realidade presente, partindo de uma redefinição estratégica com vista à otimização das mesmas.

Para o efeito consideraram-se dados concretos, cadastros existentes e/ou elaborados para o efeito e estudos de análise e de projetos de intervenção, dos diversos organismos que direta ou indiretamente intervêm neste campo.

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2. REDE DE INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS, TRANSPORTES E MOBILIDADE

É aqui caracterizada e analisada a rede viária do concelho de São Vicente, enquanto infraestrutura de comunicação, em articulação com as centralidades do sistema urbano. Estudam-se os padrões de mobilidade e fluxos, o serviço de transportes públicos e suas infraestruturas de apoio. A rede viária, numa perspetiva estruturante, corresponde à articulação funcional e percetiva dos diferentes aglomerados urbanos e industriais e à sequência hierárquica que estabelecem. Procura-se identificar a estrutura e debilidades de rede, através da análise dos traçados, perfis, conflitos, condicionamentos e capacidade. A rede de transportes públicos assume-se como um importante fator de conectividade, principalmente num concelho com baixo poder de compra, edificação dispersa e um elevado nível de dependência do . Analisam-se, aqui, as carreiras existentes e as estruturas de apoio, avaliando-se a eficácia deste serviço.

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Figura 1: Planta de Rede Viária e dos Transportes Públicos

A rede viária de São Vicente apresenta uma hierarquia com três níveis de classificação, apresentando uma correspondência quase sempre direta com a classificação estrutural da RAM, definida pelo DLR nº 15/2005/M, alterado pelo DLR 1/2013/M, de 2 de janeiro. A hierarquização aqui apresentada pretende apenas, como resultado de uma análise efetuada a uma escala mais próxima e em articulação com o a estrutura urbana concelhia, facilitar a compreensão da rede viária do Concelho de forma mais clara e imediata. As categorias estrutural e funcional estabelecidas no referido diploma, assim como a numeração e designação das vias, mantêm-se ao longo de todo o estudo de Revisão do PDM, como forma única e inequívoca de identificação das vias, assim como de todo o quadro legal que lhes diz respeito, nomeadamente definindo as restrições e servidões de utilidade pública.

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Para efeitos de interpretação/compreensão da rede viária de São Vicente são, assim, definidas as seguintes categorias (identificadas na planta anexa a este estudo):

- Rede Viária Principal; - Rede Viária Distribuidora; - Rede Viária Local.

A Rede Viária Principal é composta pelas estradas estruturantes na rede viária do Concelho, nomeadamente na sua ligação a outras sedes de concelho e principais centros de atividade económica, apresentando uma elevada fluidez de tráfego a velocidades mais elevadas. Incluem-se aqui, portanto, a ER101 e a ER104, e as respetivas variantes em Via Expresso.

A ER101 percorre o litoral da ilha da Madeira, atravessando assim o concelho de São Vicente, junto à costa, desde Santana a . Para este último concelho, ou seja, para oeste, a ER101 constitui-se como Via Expresso – a VE2. Para Este, em direção ao concelho de Santana, encontram-se em construção os restantes troços da VE1, variante à ER101, estando já inaugurado o troço entre a vila de São Vicente e a Fajã da Areia, que se desenvolve maioritariamente em túnel. A ER104 liga a ER101, em São Vicente, à ER101 no sul da Ilha, em Ribeira Brava, ao longo dos vales das ribeiras e do Túnel da Encumeada. A ER104 constitui-se como Via Expresso – VE4, e é umas vias mais utilizadas para a ligação entre o Norte e o Sul da Ilha.

Apesar de, com a publicação do DLR 1/2013/M, o troço da ER101 compreendido entre Ponta Delgada e Boaventura, e o troço no litoral da vila (transversal à foz da Ribeira) terem perdido a sua classificação de via regional, esses troços são aqui considerados como pertencentes à rede principal do Concelho, por se entender fazerem parte da dinâmica funcional dos lugares que servem. Para efeitos legais, nomeadamente de servidões e restrições de utilidade pública, é a classificação dada pelo referido diploma que deve ser considerada. Sublinha-se, mais uma vez, que a hierarquia aqui apresentada é resultado de uma interpretação funcional não só da via, como dos lugares que serve, e da estratégia definida pelo PDM para os mesmos.

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O perfil da VE2 é composto por duas faixas de rodagem, uma para cada sentido de trânsito, com berma, ou passeio, nos casos em que é ladeada por edificação. Ainda no concelho de São Vicente, parte da via desenvolve-se em túnel. Tal como a VE2, a VE4 tem uma faixa de rodagem para cada sentido de trânsito, tendo no entanto, na aproximação ao túnel, momentos de alargamento. A via é ladeada por bermas, não tendo passeios, e tendo muros de proteção/delimitação do lado para onde existe declive, nomeadamente quando confronta com a Ribeira. A ER101 apresenta um perfil mais estreito, composto por duas faixas de rodagem, e com passeio ou berma apenas nos núcleos mais edificados, existindo um muro nas zonas de maior declive. O seu traçado é sinuoso, e procura acompanhar as curvas de nível.

Figura 2: Concessão da Via Expresso na RAM. Fonte: www.viaexpresso.com

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Figura 3: Via Expresso 2 – São Vicente.

Figura 4: Via Expresso 4 – São Vicente.

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Figura 5 - ER 101 – Ponta Delgada.

A Rede Viária Distribuidora é constituída pelas restantes estradas regionais e outras vias interlocais, consideradas estruturantes, uma vez que estabelecem as ligações entre a Rede Viária Principal e os principais núcleos populacionais, complementando assim a estrutura viária. Foram, portanto, incluídas na Rede Viária Distribuidora as seguintes vias: - ER 208, ligando São Vicente /ER104) ao Paúl da Serra, passando pelo Parque Empresarial de São Vicente e pelo lugar das Feiteiras; - ER 220, garantindo a ligação entre o Ponta Delgada e Boaventura, em alternativa e a uma cota superior à ER101, com a qual se entronca; - ER 228, ligando o Rosário (ER104) à ER105, na Encumeada; - ER 232, desde a ER101 no lugar da Fajã do Penedo (Boaventura) até ao Lombo do Urzal; - via municipal que, nas Feiteiras, dá seguimento à ER208, sobranceira ao vale da ribeira de São Vicente, até à Terra Chã e, descendo, ao centro da Vila; - antigo troço da ER104, que, unindo as rotundas da VE4 na Vila de São Vicente, permite o acesso ao interior da sua malha edificada, e daí para a costa, até à ER101, e paralela à ribeira.

De uma forma geral, as vias distribuidoras apresentam um perfil composto por duas faixas de rodagem, uma para cada sentido de trânsito. Em alguns troços, no entanto, as estradas não estão marcadas e as bermas são substituídas por pequenas valetas, que por vezes são levadas. A delimitação para as zonas declivosas é geralmente feita por um muro. Nas zonas onde se verifica uma maior

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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II densidade de edificação, é frequente a existência de passeios, ainda que depois não tenham continuidade, uma vez que os núcleos edificados se caraterizam pela dispersão. Os casos em que as vias são ladeadas por edificação são mais frequentes onde a orografia assim o obriga e/ou nos núcleos mais antigos, onde essa forma de construir era mais comum. É exemplo disso o lugar das Feiteiras, essencialmente na proximidade do Centro de Saúde, e o centro da Vila de São Vicente. As vias que, como a ER232, a ER208 e principalmente a ER228, que conduzem às zonas altas do interior do Concelho, apenas são ladeadas por construção nas cotas mais baixas, proporcionando, a cotas mais altas, amplas vistas panorâmicas, sendo as suas bermas muitas vezes utilizadas como pontos de paragem e miradouros. Evitando o túnel, estas vias apresentam muitas vezes traçados sinuosos, acompanhando as curvas de nível. Quando tal não é possível, as estradas apresentam troços com grandes inclinações. Em alguns pontos do interior do Concelho, as estradas cruzam-se com as principais levadas e percursos pedonais.

Figura 6: Estrada Municipal – Feiteiras.

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Figura 7: Estrada Municipal – Vila de São Vicente.

A rede viária de São Vicente é ainda complementada pelas vias que compõem a Rede Viária Local : são estradas e caminhos municipais que ligam os vários lugares entre si e às estradas de superior nível hierárquico. São vias estruturantes locais. Inclui ruas que atravessam zonas urbanas mas que se revelam fundamentais na mobilidade desse centro e na sua rápida ligação ao exterior. São assim vias muito díspares entre si, com variados níveis de tráfego e a diferentes velocidades, e que apresentam perfis variados.

Em zonas urbanas, como no centro da vila, apresentam em alguns troços um só sentido, são ladeadas por passeios (ainda que por vezes muito estreitos) e por estacionamento. As vias são aqui por vezes formatadas pelas edificações. Em zonas não urbanas, estas vias apresentam um perfil estreito, de dois sentidos de trânsito, não marcados, com valetas que por vezes são levadas e muros que as delimitam e protegem para as zonas de maior declive.

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Figura 8: Estrada Municipal – Rosário.

Figura 9: Estrada Municipal – Lameiros.

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Figura 10: Estrada Municipal – São Vicente.

Figura 11: Estrada Municipal – Terra Chã.

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Figura 12: Estrada Municipal – Ponta Delgada.

Figura 13: Miradouro junto a Estrada Municipal – Ponta Delgada.

Encontram-se, portanto, em construção , os vários troços que terminam a VE1, ligando São Vicente a Santana. No concelho de São Vicente, estando já concluído e inaugurado o troço entre a Vila e a Fajã da Areia, estão em fase final de construção os restantes troços, até Boaventura. A empreitada da ligação Boaventura - Arco de São Jorge (Santana) encontra-se presentemente, de acordo com o enunciado no site da RAMEDM, em adjudicação. A Via Expresso Boaventura - São Vicente desenvolve-se maioritariamente em túnel, estabelecendo ligações, através de rotundas, com a rede viária local nas zonas mais aplanadas, nas proximidades dos lugares de Fajã da Areia e Ponta Delgada. A via apresenta, assim, 3 troços, perfazendo um total de 7054m: o troço 1, entre Boaventura e Ponta Delgada, tem uma extensão de 1342m; o troço 2 ligará Ponta

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Delgada e a Fajã da Areia, e tem 3209m; e o troço 3, já em funcionamento, com 2503m, une a Fajã da Areia a São Vicente. O traçado apresenta um perfil transversal tipo com 9m de largura na secção corrente, 9,60m nos túneis. Os túneis contemplam saídas de evacuação.

Figura 14: Construção da Via Expresso Boaventura – São Vicente: troço 1, Boaventura, boca Nascente. Fonte: www.estradasdamadeira.pt

Além das obras da construção da Via Expresso, estão de momento em construção ou recuperação, de responsabilidade camarária, várias estradas e caminhos, permitindo o acesso a alguns lugares até então apenas servidos por veredas e completando a rede estruturante local já existente. Tem procurado a Câmara que estas estradas são desde já infraestruturadas. No que diz respeito aos perfis das vias , e como já foi referido, como consequência da acentuada orografia da Ilha, muitas estradas apresentam invariavelmente troços declivosos. As estradas mais rápidas e de ligação entre principais pólos urbanos – as ER101 e ER104 - desenvolvem-se paralelamente à costa, procurando acompanhar as curvas de nível, e ao longo do vale da ribeira. Resultado de uma orografia de vales, principalmente na zona Este do concelho, e de um minifúndio, muitos acessos fazem-se somente a partir de veredas, que são por vezes pavimentadas e infraestruturadas, e alargadas, sempre que a implantação do edificado existente permite o alargamento do seu perfil (que normalmente não excede os 3m).

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Assim, além da acentuada inclinação, algumas estradas municipais apresentam um perfil estreito, não sendo possível o trânsito de veículos pesados ou de grandes dimensões, sendo muitas vezes dificultado o acesso das viaturas de emergência ou de recolha de resíduos sólidos.

Os principais nós rodoviários no concelho de São Vicente identificados são os da VE4. Estes nós não constituem, no entanto, pontos de conflito, apesar de serem os que apresentam maior volume de tráfego, pelo facto de se localizarem na via mais movimentada e de darem acesso às duas áreas urbanas de maior dinâmica funcional do concelho. De referir que nos restantes casos, e principalmente nas estradas municipais em aglomerados, os nós, entroncamentos e cruzamentos são muitas vezes estreitos e com pouca visibilidade, debilidade à qual se junta o facto de existirem entradas para habitações e não existirem estacionamentos ou alargamentos que possam ser usados para esse fim (pelo que muitos carros são estacionados na faixa de rodagem).

Figura 15: Nó da VE4 – vila de São Vicente.

No que diz respeito ao estacionamento , o concelho apresenta situações muito díspares. De uma forma geral, nos principais núcleos urbanos existe algum estacionamento, devidamente marcado, ao longo das vias, junto aos miradouros, ou ainda em pequenas bolsas em alargamentos nas vias. Apesar disso, verifica-se que o

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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II estacionamento abusivo é uma realidade, tanto ao longo das estradas como nas ruas desses núcleos, dificultando quer o acesso viário quer o pedonal. No centro da vila de São Vicente, o estacionamento automóvel é limitado, mas o Parque Urbano possui um silo automóvel com capacidade para cerca de 160 carros. À superfície, o Parque Urbano também tem lugares de estacionamento, nomeadamente para veículos coletivos de passageiros. Junto à ribeira, a norte no núcleo antigo, existe ainda um parque de estacionamento.

Os principais equipamentos de utilização coletiva, zonas de lazer e unidades hoteleiras possuem quase sempre estacionamento no interior dos seus lotes ou parcelas. As Grutas e Centro de Vulcanismo de São Vicente possuem parque de estacionamento para automóveis ligeiros e para autocarros. Também o Centro Náutico de São Vicente possui lugares de estacionamento automóvel, e existe um parque de estacionamento junto à igreja e ao Complexo Balnear de Ponta Delgada, por exemplo, assim como junto ao Campo da Baía dos Juncos. A Piscina e a Escola Secundária possuem alguns lugares de estacionamento. De referir, no entanto, a não existência de estacionamento público no Centro de Saúde de São Vicente, nem nas suas imediações.

Apesar dos melhoramentos que têm sido levados a cabo, nomeadamente no centro da vila de São Vicente e nas vias construídas mais recentemente, a normalização dos estacionamentos à superfície, também em parques mas principalmente ao longo das vias, é essencial para dotar os espaços urbanos de uma maior acessibilidade, segurança e conforto, e deste modo, de qualidade de vida. Considera-se, assim, que as questões relacionadas com o estacionamento, e simultaneamente o tráfego automóvel e a deslocação pedonal, podem ser repensadas em algumas zonas do concelho, nomeadamente nas Feiteiras, núcleo com alguma dinâmica funcional. Há ainda que precaver situações de maior afluência sazonal, associadas a atividades socioculturais.

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Figura 16: Parque de estacionamento do Parque Urbano de São Vicente.

Figura 17: Parque de estacionamento das Grutas e Centro de Vulcanismo de São Vicente.

Figura 18: Estacionamento junto à Escola Básica – Ponta Delgada.

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Figura 19: Estacionamento junto ao Complexo Balnear – Ponta Delgada.

No que diz respeito aos fluxos , o principal fluxo inter-concelhio verifica-se entre São Vicente e a Ribeira Brava. A construção da Via Expresso e do Túnel da Encumeada ( em Outubro de 2000) veio facilitar e intensificar as relações viárias estabelecidas entre ambos os centros, assim como aumentar o número de pessoas empregadas ou a viver na costa Sul e mesmo na capital, originando assim um significativo aumento do fluxo pendular casa-trabalho. Este encurtamento de distâncias acaba por contribuir, assim, para a desertificação que se tem verificado no concelho de São Vicente, ao mesmo tempo que origina um fluxo sazonal, aos fins-de-semana, para fins de lazer. Verifica-se ainda um fluxo viário proveniente dos concelhos limítrofes, embora este seja prejudicado pelas mais débeis condições das vias (principalmente a ligação a Santana). A nível intra-concelhio, os principais fluxos são registados entre os vários lugares das e a sede de Concelho e, no interior da de São Vicente, entre Feiteiras e a vila. Em 2001 o concelho de São Vicente apresentou uma duração média dos movimentos pendulares de ]9,5 ; 9,6] minutos, tendo diminuído no período intercensitário 1991-2001.1 Segundo os Censos 2001, verificou-se que a maior percentagem de indivíduos do concelho de São Vicente se deslocavam a pé, nos movimentos pendulares (à

1 Além de São Vicente, também Porto Moniz, Calheta, Ponta do Sol, Machico e Santa Cruz apresentaram em 2001 valores inferiores aos registados em 1991. 20

REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II semelhança dos restantes concelhos da costa Norte e os do Sudoeste da Ilha), revelando assim a frequência dos fluxos entre os vários lugares das freguesias. Desconhecem-se ainda, à data de elaboração deste Relatório, os dados referentes ao concelho de São Vicente verificados nos Censos 2011, mas o Inquérito apresenta a Região Autónoma da Madeira como uma das regiões onde se verificou uma maior variação na utilização do transporte automóvel entre 2001 e 2011, como demonstra a figura seguinte.

Figura 20: Meio de transporte utilizado nos movimentos pendulares – Variação do Transporte Automóvel Fonte: Censos 2011, INE

O serviço de transportes públicos coletivos no concelho de São Vicente é da responsabilidade da Rodoeste – Transportadora Rodoviária da Madeira, S.A. São efetuadas carreiras regulares para os vários lugares do Concelho, a partir do Funchal, e também entre São Vicente e Santa (Porto Moniz). A carreira nº 6 da Rodoeste faz a ligação do Funchal ao Arco de São Jorge, passando pela Ribeira Brava, São Vicente, Ponta Delgada e Boaventura, ao longo da ER104 e da ER101. A carreira 139 faz a ligação entre Funchal e Santa, passando em grande parte dos horários pelo Túnel da Encumeada, e servindo as localidades ao longo da VE4 e da VE2. A carreira 150 parte de São Vicente também em direção a Santa e a carreira 67 dá ligação, pelo norte, à . Os horários destas carreiras encontram-se distribuídos ao longo do dia, com menores intervalos no início da manhã e ao fim do dia, assim como uma menor frequência aos fins-de-semana, o que nos permite concluir que se trata

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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II essencialmente de um serviço procurado para deslocações pendulares para os locais de trabalho ou estudo, ou para aceder aos serviços localizados na capital.

Tabela 1: Carreiras a operar em São Vicente.

Empresa Carreira Lugares de origem - destino operadora 6 Funchal – Arco de S. Jorge 67 São Vicente – Ponta do Pargo Rodoeste 13 9 Funchal – Santa do Porto Moni z 150 São Vicente - Santa

Os trajetos das carreiras de transporte público coletivo de passageiros encontram- se assinalados na planta anexa a este Relatório.

O concelho de São Vicente não dispõe de Estação Rodoviária. As paragens dos autocarros localizam-se ao longo das vias, devidamente identificadas e dispondo, nas zonas urbanas, da informação relativa às carreiras e respetivos horários. São poucas as situações, no entanto, que dispõem de abrigos para os passageiros, e nos casos das zonas rurais, a espera pelo autocarro tem de ser feita na faixa de rodagem, por não existir passeio. Na vila de São Vicente, a principal paragem de autocarros fica perto da Câmara Municipal e da praça de táxis da Vila.

Existe uma paragem de autocarros, coberta, junto à Escola Secundária.

Figura 21: Transportes Coletivos – paragem na vila de São Vicente.

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Figura 22: Paragem de transportes escolares junto à Escola Secundária.

Tal como previsto na Lei, a CMSV possui um Regulamento do Transporte Público do Aluguer em Veículos Automóveis Ligeiros de Passageiros, onde são reguladas as questões relacionadas com o exercício da atividade, o transporte de passageiros em táxis e os locais de estacionamento, que são determinados pela CM e devem estar associados à respetiva licença. No concelho de São Vicente existem 7 praças de táxis, conforme o indicado na tabela seguinte.

Tabela 2: Posturas de táxi.

Freguesia Lugar Contingente

São Vicente Vila de São Vicente 10 Sítio das Feiteiras – Centro de Saúde - Sítio do Pico - Ponta Delgada Sítio da Primeira Lom bada - Sítio do Açougue 4 Igreja de Boaventura 4 Boaventura Fajã do Penedo -

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Os circuitos turísticos em táxi são atividades frequentes e oferecidos quer pela AITRAM (Associação dos Industriais de Táxi da Região Autónoma da Madeira), quer pela Cooperativa Rádio Táxis da Madeira.

Figura 23: Praça de Táxis de São Vicente.

O concelho de São Vicente é, portanto, servido por uma rede viária extensa e diversificada, importante fator de conectividade e de desenvolvimento, ligando os vários lugares entre si e a outros lugares fora do Concelho, nomeadamente a Porto Moniz e também à Ribeira Brava, já que a ligação a Santana continua muito fragilizada, até à construção do restante lanço da Via Expresso. Não obstante a eficiência da sua cobertura, condicionantes relacionados com os elevados declives, estreitos perfis (onde os passeios e os estacionamentos são muitas vezes inexistentes) e apertados nós são as principais a apontar, a par dos elevados custos de manutenção da rede. Deve ser assim adotada uma política de gestão otimizada da rede, paralelamente a um controlo de dispersão da edificação.

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3. REDE ELÉTRICA

Figura 24: Planta da Rede Elétrica.

A produção e a utilização de energia estão na origem de grande parte dos problemas ambientais (poluição do ar, por exemplo), e é nesse sentido que o Plano Regional da Política do Ambiente apresenta um diagnóstico da produção de energia no arquipélago. Além de se constatar o acentuado e constante crescimento do consumo de energia, verifica-se que a produção com recurso ao fuelóleo é a mais praticada, embora se comece cada vez mais a estudar e equacionar a exploração de fontes alternativas (incineração de resíduos sólidos urbanos e energias renováveis).

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O PRPA (datado de 2000) enuncia ainda a existência de lacunas ao nível do controlo das emissões poluentes associadas à produção de energia elétrica e ao nível da avaliação dos seus impactes ambientais.

Como resultado da geografia insular, a RAM encontra-se muito dependente dos produtos energéticos importados, motivo pelo qual o Plano de Política Energética da RAM - PPERAM (ano de 2000) alerta para a importância da valorização das energias renováveis e de implementação de medidas de utilização racional de energia. São ainda tomadas uma série de medidas para a gestão da procura de energia elétrica e adequação da oferta. O Plano diz-nos que entre 1991 e 2000 a produção de energia final na RAM aumentou 76,3% (numa média de 6,4% ao ano), tendo-se registado um baixo crescimento no setor doméstico (onde a produção de águas quentes sanitárias a maior parcela dos consumos). O setor dos transportes foi o que mais energia consumiu e a menor quantidade de energia produzida destinou-se ao setor agro- florestal (em parte porque a orografia da Ilha não permite a utilização de máquinas agrícolas). A energia hídrica é identificada como um dos principais recursos energéticos endógenos, sendo quase exclusivamente utilizada na produção de eletricidade, estando no entanto muito dependente das condições hidrológicas.

No sentido de prosseguir a diversificação da origem energética, têm vindo a ser realizados vários estudos do potencial energético para a RAM, nomeadamente: • “Introdução do Gás Natural na Região Autónoma da Madeira”; • “Avaliação do Potencial Energético da Biomassa na Região Autónoma da Madeira”; • “Avaliação do Potencial Energético Solar na Região Autónoma da Madeira”; • “Identificação do Potencial de Energia Hídrica na Região Autónoma da Madeira”; • “Caraterização do Recurso Eólico do Paul da Serra, Ilha da Madeira”.

No que diz respeito à instalação de gás natural na Ilha da Madeira, o relatório final do estudo supracitado indica tratar-se de um projeto viável de aplicar, mas apenas nos concelhos de Câmara de Lobos, Funchal, Santa Cruz e Machico, por serem dos mais populosos da RAM (e, portanto, onde se concentram as principais infraestruturas). A extensão da rede seria, no máximo, de 35 km. Relativamente ao potencial energético de resíduos de biomassa, os provenientes das atividades agrícolas e florestais são os que apresentam um maior potencial energético. O maior potencial localiza-se nos concelhos da Calheta, Porto Moniz e Santana, por terem uma grande área agrícola e florestal.

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No que diz respeito ao aproveitamento da energia solar, o concelho de São Vicente não revela condições propícias à utilização deste recurso, uma vez que as suas vertentes estão maioritariamente expostas a Norte. No entanto, e quando é possível, alguns edifícios recorrem à exploração da energia solar como recurso energético.

A água é, portanto, um recurso energético muito explorado, não sendo, no entanto, a principal fonte de produção elétrica na RAM. Da produção total (785,42 Gwh) da energia elétrica produzida no arquipélago em 2003, a de origem hidroelétrica representou cerca de 16,5%, enquanto que a energia de origem térmica foi de 78%. Não é possível aferir o consumo, por concelho, por fontes de energia primária, uma vez que a energia produzida nas diversas centrais é colocada na rede, que se encontra interligada. O estudo acima referido (“Identificação do Potencial de Energia Hídrica na Região Autónoma da Madeira”) apresenta algumas debilidades no sistema, nomeadamente: • A reduzida capacidade de armazenamento de água (associada à sua escassez no Verão) – necessidade de aumentar as câmaras de carga; e • As perdas nos canais de transporte – necessidade de restituir e impermeabilizar os canais de água. De referir ainda que o PRAM estabelece como objetivos o aumento da produção hidroelétrica e da produtividade das centrais hidroelétricas existentes, assim como a promoção da gestão dos recursos hídricos (objetivos estruturais OE.14, OE.15 e OE.16).

A energia eólica é outra das fontes que tem vindo a ser cada vez mais explorada, tendo vindo a aumentar a produção de energia elétrica a partir deste recurso. O PPERAM apresenta, entre 1992 (ano da abertura do primeiro parque eólico) e 2000, uma evolução significativa no que diz respeito à produção de energia utilizando o recurso do vento, e sua injeção na rede da Região: nesse período de tempo, a participação passou de 0,1 para 1,9%. Em 2010, e de acordo com os dados da publicação “Caraterização da Rede de Transporte e Distribuição em AT e MT - 2010” da EEM, a fonte eólica emitiu para a rede 7,4% do total de energia só na Ilha da Madeira, sensivelmente o dobro do que havia fornecido no ano anterior. Uma análise aos diagramas de carga, por fonte de energia primária, permite-nos verificar ainda que a emissão da fonte eólica na rede é superior no verão, revelando-se por isso um importante complemento à produção hidroelétrica, inferior no verão devido à escassez de água.

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Figura 25: Diagramas de carga na Ilha da Madeira, por estação do ano e por fonte de energia primária - 2010. Fonte: “Caraterização da Rede de Transporte e Distribuição em AT e MT - 2010”, EEM

Na Região, existem 2 Parques Eólicos na ilha de , 1 no Caniçal e 7 no Paúl da Serra. Delimitado por pendentes acentuadas, que propiciam a formação de fenómenos de aceleração do escoamento atmosférico e permitem a ocorrência de velocidades elevadas nas zonas de maior altitude, o planalto do Paúl da Serra é assim uma zona privilegiada no que refere à potencialidade do seu recurso eólico. O estudo acima referido, “Caraterização do Recurso Eólico do Paul da Serra, Ilha da Madeira”, avaliou e comprovou, através da instalação de 7 estações de medição das características do vento, a viabilidade destas localizações para a instalação de parques eólicos. No Paúl da Serra, além dos 7 parques eólicos presentemente em funcionamento, encontram-se previstos mais 2. A grande maioria localiza-se no concelho da Ponta do Sol, ficando situado no concelho de São Vicente (de acordo com a nova divisão administrativa) o Parque Eólico PERFORM 3 – Norte.

Ou seja, no que diz respeito à produção de energia, no concelho de São Vicente localizam-se as infraestruturas desse parque eólico, de promoção e gestão privada,

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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II a cargo da Perform 3 – Parques Eólicos, Lda. O Parque apresenta 15 equipamentos, com uma capacidade total de 2,25 Mw. O seu nó injetor (designado por BDC – Bica da Cana) foi um dos que mais energia introduziu na rede, em 2010: a sua produção de 19,50Gwh correspondeu a 2,1% do total da Ilha da Madeira, nesse ano, o que equivale a uma variação de 371% em relação a 2009 2.

Relativamente ao transporte de energia elétrica, não existe no concelho da São Vicente nenhuma linha de 60 kV (Alta Tensão). Partindo do Parque Eólico e da Central Hidroelétrica da Serra de Água e da Calheta, linhas de MT (30 kV) conduzem a energia até à subestação de São Vicente (SE LDF) e daí para a subestação de Ponta Delgada (SE STA) e para o concelho de Porto Moniz. A subestação de São Vicente (localizada no lugar das Feiteiras, freguesia do São Vicente) entrou em funcionamento em 1988, tem um transformador com uma potência unitária de 6MVA e abastece a rede em baixa (6,6 kV) das freguesias de São Vicente, , Boaventura e Ponta Delgada. Esta subestação tem 7 saídas de MT a 6,6kV: Lameiros, Feiteiras, Rª do Passo, Vila I, P. Delgada, Rosário e Ginjas .Verificou, em 2010, uma carga média de 1,3 MW, apresentando uma variação ativa de -1% em relação a 2009. A subestação de Ponta Delgada localiza-se no lugar do Açougue, funciona desde 2006, tem um transformador com uma potência unitária de 10MVA e abastece a rede em baixa as freguesias de Boaventura e Ponta Delgada. Recentemente, esta subestação passou a ter 3 saídas MT a 6,6kV: às de P. Delgada e Boaventura, acrescentou-se (2010) uma saída para as Lombadas. Nesta estação, no ano de 2010, a carga média verificada foi de 0,8 MV (cerca de -18% de que no ano anterior). De todas as subestações alimentadas a 30 kV, apenas a de Ponta Delgada e a de Santana, não têm alimentação de recurso. Segundo o documento “Caraterização da Rede de Transporte e Distribuição em AT e MT – 2010”, antevê-se, até 2015, o estabelecimento de uma ligação a 30 kV entre a SE PDG e a SE STA, fechando assim um anel de rede de transporte de toda a zona Norte da Ilha.

A rede de distribuição abastece todos os lugares do Concelho, onde se contabilizaram, em 2010, 1 Posto de Transformação (PT) a 30kV (público) e 59 Postos de Transformação a 6,6 kV (54 públicos e 5 particulares). Estes PT apresentaram uma potência instalada de 18.385 kVA.

2 “Caraterização da Rede de Transporte e Distribuição em AT e MT - 2010”, EEM 29

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Uma grande parte da rede é subterrânea, nomeadamente ao longo das ER104 e ER101.

A iluminação pública (objeto de contrato entre a EEM e o município) cobre todos os lugares servidos por rede viária, no Concelho, e é controlada nos postos de transformação ou em armários próprios. Os focos de iluminação pública são normalmente instalados nos apoios afetos à rede de distribuição em Baixa Tensão.

Segundo dados dos Censos 2001, 98,8% dos alojamentos no Concelho de São Vicente tinham instalações elétricas (2126 com eletricidade e apenas 25 sem eletricidade), à semelhança do que acontece por toda a Região. A freguesia de Boaventura é a que apresenta maior número de alojamentos sem eletricidade. Os dados disponíveis até à data, dos Censos 2011, não apresentam valores no que diz respeito aos alojamentos com eletricidade. No ano de 2010, o consumo de energia elétrica em São Vicente foi de 18 041 138 kWh, cerca de 2,05% do total da RAM 3, e distribui-se da seguinte forma:

Tabela 3: Consumo de energia elétrica, por tipo - 2010 São Vicente RAM 2009 2010 2009 2010 kw 96 142 133 012 6 052 735 5 776 828 Agricultura % 1 1 0,7 1

Domésticos kw 5 874 715 5 905 981 266 704 867 267 177 172 Normais % 31 33 29,9 30

Edifícios do kw 926 402 878 690 64 329 869 64 482 940 Estado % 5 5 7,2 7 Tipo Iluminação de kw 4 120 524 4 886 587 83 230 490 87 114 799 Vias Públicas % 22 27 9,3 10 kw 3 696 384 2 013 038 106 567 594 98 468 199 Indústria % 19 11 12 11 kw 4 358 623 4 223 830 364 627648 355 279 813 Não Doméstico % 23 23 40,9 40 kw 19 072 790 18 041 138 891 513 203 878 299 751 Total % 100 100 100 100 Fonte: DREM

É possível identificar, portanto, uma redução na ordem dos 5% em relação ao ano anterior – apesar de o consumo para uso Doméstico Normal e Iluminação Pública das Vias ter aumentado (apresentado este último uma grande diferença em relação ao resto da Região), verificou-se, de 2009 para 2010, uma significativa diminuição de energia consumida para fins industriais (sintomático da crise económica que a Região e o país atravessam).

3 DREM, com dados fornecidos pela Direção Regional do Comércio, Indústria e Energia e pela Direção Geral de Energia e Geologia 30

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4. REDE DE TELECOMUNICAÇÕES

Relativamente à rede de telecomunicações, não é possível aferir da sua cobertura no concelho de São Vicente, uma vez que não foram disponibilizados quaisquer dados.

5. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUAS

Figura 26: Planta da rede de Abastecimento de Água.

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O rápido desenvolvimento regional teve como umas das consequências o aumento da procura de água para consumo humano e para irrigação, pelo que se assistiu a um aumento da exploração dos aquíferos basais das principais ribeiras do litoral Sul da Ilha da Madeira, através de captações verticais. A exploração de aquíferos subterrâneos de altitude (intercetados por extensas galerias horizontais) e o transvase de águas superficiais (principalmente na encosta Norte, onde as águas são depois conduzidas a tratamento por uma extensa rede de túneis e levadas) continuam a ser as principais formas de captação de água. As águas de origem subterrânea satisfazem cerca de 90% das necessidades totais de consumo. 4 Apesar de ter um regime pluviométrico favorável, complementado pelo fenómeno de precipitação oculta 5, a disponibilidade de água na Ilha da Madeira é muito irregular e dependente das condições (principalmente orográfias) para a constituição de reservas. Assim, foi criado um sistema intermunicipal de adução, automizado, permitindo uma mais eficaz gestão do recurso disponível. Este sistema é aduzido pelas principais galerias de aquíferos em altitude e pelos furos para a construção de aquíferos basais construídos nos leitos das principais ribeiras. Trata-se de uma grande conduta bidirecional, preparada para transferir águas excedentárias para outras zonas urbanas deficitárias e maximizar o potencial gravítico das águas de abastecimento público. Este sistema cobre toda a encosta Sudeste da Ilha, ou seja, os concelhos de Machico, Santa Cruz e Funchal.

Figura 27:

Necessidades de Água a Nível Regional – consumos e perdas por setor - 2003 Fonte: Cenários de Reestruturação do Setor de Distribuição de Água na Região Autónoma da Madeira

4“Cenários de Reestruturação do Setor de Distribuição de Água na Região Autónoma da Madeira” 5Resultado do nevoeiro retido pela Floresta Laurissilva. 32

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O PRPA apresenta uma série de ações e recomendações relacionadas com componentes ambientais, nomeadamente com a água, entre as quais se destacam a necessidade de construir infraestruturas para o tratamento e abastecimento de água, quer para consumo humano, quer para rega. Apesar do Plano ser datado de 2000, e de terem havido significativas melhorias neste setor, desde então, as deficiências nas redes de distribuição continuam a ser um problema de capital importância, uma vez que são responsáveis por contaminações na água (o que ocorre principalmente nas redes mais degradadas) e pelas elevadas percentagens de perdas de água que se verificam, especialmente no setor doméstico, como, de resto, também dá conta o estudo da IGA “Cenários de Reestruturação do Setor de Distribuição de Água na Região Autónoma da Madeira”. Este é um problema transversal a toda a Ilha, e portanto também aplicável ao concelho de Santana.

Figura 28: Necessidades de Água a Nível Regional – consumos e perdas por setor - 2003 Fonte: Cenários de Reestruturação do Setor de Distribuição de Água na Região Autónoma da Madeira

“O Plano Regional da Água consubstancia o instrumento de planeamento de recursos hídricos, de natureza estratégica e operacional, que consagra os fundamentos e as grandes opções da política regional em matéria de recursos hídricos, tendo como principal objetivo a definição de uma política sustentável e integrada de gestão da água” (artigo 2º do PRAM – DLR nº 38/2008/M, de 20 de Agosto). Em 2008, o PRAM apresentou a questão das perdas de água como um problema por solucionar. De salientar que se tratam normalmente de fugas de água tratada, por elevadas pressões na rede ou pela sua antiguidade e má conservação, aliadas a desadequados serviços de manutenção. Assim, verifica-se ainda uma elevada percentagem de consumos não faturados/não contabilizados, pela ausência de instrumentos de apoio à gestão. Ou seja, nessas perdas incluem-se as fugas e os

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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II consumos não contabilizados 6, em parte por questões relacionadas com a tipologia das próprias redes. O PRAM, em 2008, referia valores na ordem dos 32% e 30%, respetivamente (ou seja, um total de 60%). Daqui resulta uma capitação de 590litros/habitante.dia, uma das mais elevadas no contexto nacional. 7 Por outro lado, verificam-se consumos excessivos, consequência dos baixos tarifários e por razões de natureza sociocultural. De referir, ainda, os problemas relacionados com a poluição das águas: contaminações pelo já referido mau estado das redes e também por descargas de efluentes não tratados no meio hídrico.

Face a esta problemática (aqui apresentada de forma sintetizada), o PRAM estabeleceu, portanto, um conjunto de objetivos estruturais, entre os quais se destacam: • Solucionar as carências pontuais de abastecimento; • Aumentar a eficiência dos sistemas de distribuição de água potável (redução de perdas, com a diminuição da percentagem de fugas, até 15%, no horizonte do Plano – ano de 2020); • Assegurar a contínua qualidade da água distribuída e o cumprimento da legislação em vigor; • Melhorar a qualidade do serviço ao nível da operação e da gestão dos sistemas de abastecimento; • Aprofundar o conhecimento sobre a situação atual do regadio; • Melhorar e modernizar a qualidade dos serviços de distribuição de água e o modelo de gestão da água da rega (implementação gradual de sistemas de medição e controlo dos caudais); • Promover o uso eficiente e sustentado dos recursos hídricos destinados ao regadio.

Em São Vicente, a IGA, S.A. é a responsável pela gestão em alta do sistema de abastecimento de água, sendo a Câmara Municipal a responsável pela gestão da rede de distribuição. Existem municípios, no entanto, que aderiram à ARM – Águas e Resíduos da Madeira, S.A, passando a integrar o Sistema Multimunicipal de Distribuição de Água, de Saneamento Básico e de Recolha de Resíduos da RAM (criado pelo Decreto Legislativo Regional nº 7/2009/M).

No concelho de São Vicente são identificadas infraestruturas dos sistemas adutores dos Socorridos e dos Tornos.

6Consumos que frequentemente não são alvo de medições ou faturação: rega de jardins públicos, bocas de incêndio, lavagem de ruas, instituições de serviço público, ligações clandestinas, etc. 7“Cenários de Reestruturação do Setor de Distribuição de Água na Região Autónoma da Madeira” 34

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Do Sistema Adutor dos Socorridos, fazem parte a Levada da Fajã dos Rodrigues, a Galeria de Captação da Fajã da Ama e o Sistema Elevatório da Encumeada, inaugurado em 2005. O Sistema Elevatório da Encumeada destina-se a captar as águas do túnel rodoviário da Encumeada e elevar a totalidade do caudal drenado (30 l/s) para o canal do lanço Norte do Sistema. A captação no túnel é uma captação de origem subterrânea, com drenos. A Estação Elevatória localiza-se nas proximidades do emboquilhamento norte da referida infraestrutura rodoviária e tem 2 grupos eletrobomba. A conduta, elevatória, tem 200mm de diâmetro e uma extensão de 1300m. O Sistema Adutor dos Socorridos garante o abastecimento público dos municípios da Ribeira Brava e Câmara de Lobos, assim como o regadio a partir do Canal Norte que abrange a área agrícola desses dois concelhos.

Do Sistema Adutor dos Tornos, no concelho de São Vicente, fazem parte a captação na Ribeira de João Fernandes (única captação de superfície deste sistema adutor), a Levada dos Tornos (incluindo o seu Túnel 0) e a Casa de Abrigo da Fajã do Penedo. O Sistema de Aproveitamento dos Tornos é o principal responsável pelo abastecimento do Funchal.

Os dois sistemas adutores referidos são, portanto, redes hidráulicas que transferem para sul caudais captados nas encostas viradas a norte e nordeste, para regadio e abastecimento urbano. Trata-se de complexos sistemas adutores, que comportam inclusive centrais mini-hídrica (a mini-hídrica de Santa Quitéria, no Funchal, no sistema dos Socorridos, e a Mini-hídrica das Terças, no concelho do Funchal, no sistema dos Tornos) e grandes extensões em túnel. Não são, portanto, sistemas adutores para abastecimento de São Vicente, antes garantem a captação e condução de água para a costa Sul, onde esta não é tão abundante.

No que diz respeito à captação de água que abastece a população do Concelho, verifica-se a existência de 26 captações sob responsabilidade da CMSV – 2 subterrâneas, 22 com origem em água de nascente (ribeiras) e as restantes 2 com outras origens. A IGA tem sob sua responsabilidade 23 captações de água superficial na Levada da Fajã do Rodrigues, 1 captação na nascente da EE da Encumeada e uma galeria de captação na Fajã da Ama . Estas captações pertencem todas ao Sistema Adutor dos Socorridos. O Sistema Adutor dos Tornos dispõe de 8 captações de água superficial na Levada dos Tornos – Lanço Norte.

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O quadro seguinte enumera as várias captações de água existentes no concelho de São Vicente, com os dados disponibilizados pela CMSV e pelas entidades competentes na matéria.

Tabela 4: Captações de Água no concelho de São Vicente.

Responsabilidade da IGA Responsabilidade da CMSV

CAPTAÇÃO - 23captações de água 2 C aptações de água subterrânea superficial na Levada da Fajã do Rodrigues Sistema 22 Captações de água de nascente - 1 Galeria de Captação na Fajã adutor dos da Ama Socorridos 2 outras - 1Captação de água de nascente na EE da Encumeada - 8 Captações de água Sistema superficial adutor dos Tornos

No que diz respeito ao tratamento da água, esta é feita em Postos de Cloragem, da responsabilidade da Câmara Municipal – no seu total, identificam-se 12.

O armazenamento da água é feito nos Reservatórios localizados na Planta Anexa a este Relatório, tendo sido contabilizados 16, alguns deles na proximidade das captações.

Relativamente ao transporte e distribuição , foi disponibilizada pela CMSV a área servida por água tratada, assim como o traçado das condutas, encontrando-se essa informação na Planta Anexa.

Na ausência de dados rigorosos mais recentes, a análise ao atendimento do abastecimento de água para consumo é feita com base nos dados apresentados pelo Relatório Técnico do PRAM.

Nos anos de 2001/2002, as redes públicas de abastecimento de água serviam 5888 habitantes do concelho de São Vicente, o que corresponde a um Índice de Atendimento de 95%. Este valor encontrava-se muito próximo da média verificada na Região, na altura, sendo que os objetivos do PRAM apontavam um Índice de 95% para 2006 e de 97% para 2012 (dados da DREM, referentes a 2010, indicam que 99,5% da população residente na Região se encontra servida por abastecimento domiciliário de água). O abastecimento de água cobre, portanto, a quase totalidade do Concelho, tendo o volume de perdas ter sido, nesse período, de 40% (São Vicente foi o segundo concelho da Ilha da Madeira com menor percentagem de perdas de água – fugas e caudais não faturados).

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No meio urbano, cerca de 90% do consumo de água destina-se a outros usos (usos domésticos, administração pública, beneficência, comércio e serviços diversos), 4% destina-se ao turismo e 6% à indústria. De referir que, em todos os destinos, o consumo verificado é inferior às necessidades. 6% do total de necessidades de água no Concelho destina-se ao turismo, e cerca de 10% das necessidades verificaram-se no setor industrial. Recorde-se, no entanto, que estes dados se referem aos levantamentos efetuados aquando da elaboração do Relatório Técnico do PRAM, nos anos de 2001 e 2002.

Tabela 5: Consumos e necessidades de água no meio urbano – rede pública, 2001/2002

São Vicente Ilha da Madeira RAM

Habitantes 5 888 226 605 231 079 Consumo Urbano 382 15 904 16 288 (x10 3m3) Necessidades Urbanas 636 41 852 42 309 (x10 3m3) Capitação 296 506 502 (l/hab.dia)

População ServidaPopulação Fugas e Caudais não Faturados 40 62 62 % Habitantes 6 189 240 538 245 012 Rede Publica Índice de Atendimento 95 94 94 % Necessidades nos sistemas precários 38 2 573 2 573 (x10 3m3) Necessidades Totais

População ResidentePopulação 674 44 425 44 882 (x10 3m3) Fonte: “PRAM – Relatório Técnico”

Figura 29: Distribuição das necessidades de água, no meio urbano, por concelho, 2001/2002 Fonte: “PRAM – Relatório Técnico”

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Uma outra consequência do desenvolvimento da Região tem sido a prioridade dada à água para abastecimento humano, em detrimento da disponibilidade para o setor do regadio agrícola. Em São Vicente, como em toda a Ilha, o aproveitamento hidroagrícola é composto pelas levadas principais, levadas secundárias, reservatórios de regularização diária e ramais de ligação às parcelas agrícolas. A gestão da rede hidroagrícola é da responsabilidade da IGH – Investimentos e Gestão Agrícola, S.A. Desde a época do povoamento da Ilha que as levadas estão associadas à exploração dos terrenos agrícolas, como modo de transportar água das cotas mais altas para as culturas agrícolas e engenhos de açúcar situados nas cotas mais baixas. Não sendo um sistema único da Ilha, a sua extensão (cerca de 1400 km) e engenho aplicado na construção (devido à acentuada orografia) fazem dos sistemas de levadas da Madeira valores patrimoniais a preservar e conhecer, além de importantes infraestruturas das quais está muito dependente a prática agrícola. As levadas estatais são as de maior dimensão e caudal, mas existem também levadas de domínio privado e levadas comuns, pertencentes a comissões e associações de regantes. As infraestruturas públicas de regadio agrícola presentes na área em estudo encontram-se identificadas em planta anexa a este Relatório, e na figura seguinte.

Figura 30: Planta da rede de Abastecimento de Água – Rede Hidroagrícola.

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O concelho de São Vicente inclui-se no Sistema de Regadio da Ilha da Madeira H05 – São Vicente, Boaventura e São Jorge, como demonstra a figura seguinte. O perímetro H05 tem uma área de 715,51 ha, 4997 parcelas agrícolas e 249 utilizadores. Durante o ano de 2010, verificou-se que 72,7% dos contratos se destinaram à irrigação agrícola, 26,8% ao regadio de jardins e zonas verdes privadas e os restantes 0,5 % a outras utilizações, como a indústria, a agro- indústria e a pecuária 8. Os caudais captados nos aproveitamentos hidroagrícolas da costa norte, permitem não só cobrir as necessidades das culturas, como reforçar as disponibilidades da parte sul da ilha.

Figura 31: Perímetros de regadio na Ilha da Madeira Fonte: “Relatório Contas 2010”, IGH

No que diz respeito a necessidades de água para rega, no período de 2001/2002 (a que se reportam os estudos do PRAM), São vicente apresentou valores na ordem dos 3,68 hm³, dos quais 1,66 hm³ não foram aproveitados pelas culturas (ou seja, correspondem a perdas na adução, na distribuição e nas próprias parcelas regadas). O consumo efetivo foi, portanto, de 2,02 hm³ – 55% das necessidades.

8 “Relatório Contas 2010” - IGH, Investimentos e Gestão Hidroagrícola, S.A. 39

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Figura 32: Necessidades, Consumos e Retornos no setor agrícola - 2001/2002 Fonte: “PRAM – Relatório Técnico”

Uma última nota para o facto de, dependentes do regime pluviométrico, tão caracterizado pelo rápido escoamento superficial das águas, transportando matéria sólida, as redes de abastecimento de água para consumo humano e para rega são muito vulneráveis às catástrofes naturais, exigindo uma manutenção constante e dispendiosa.

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6. REDE DE ÁGUAS RESIDUAIS

Tal como acontece noutros concelhos da Ilha da Madeira, que não tenham aderido à já referida ARM, a Câmara Municipal é a entidade responsável pela recolha e drenagem de águas residuais (sistema em baixa), assim como da exploração e manutenção das infraestruturas de destino final. É da responsabilidade do Governo Regional (SRA) a conceção e construção das infraestruturas de tratamento (emissários, EE e ETAR).

Figura 33: Planta da rede de Águas Residuais.

Segundo o documento “Gestão de Águas Residuais na Região Autónoma da Madeira” no concelho de São Vicente, no ano de 2001, existiam apenas redes públicas de drenagem de águas residuais na vila de São Vicente e na freguesia da Boaventura, que beneficiavam cerca de 400 habitantes (corresponde a 7% da população). O mesmo documento indicava, no entanto, a obrigatoriedade de completar a rede até ao final do ano de 2005, de acordo com o estipulado no DL

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REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS SISTEMA RELACIONAL II nº 152/97, de 19 de Junho, sendo no entanto admitida a hipótese de, para a população isolada e de acesso difícil, a autarquia autorizar a utilização de sistemas individuais ou outros adequados que proporcionem o mesmo grau de proteção ambiental.

Para o ano de 2009, o INSAAR não apresentou quaisquer dados acerca do volume total anual de efluente recolhido, no setor doméstico, ou sobre as infraestruturas de tratamento de águas residuais: EE e ETAR.

Apesar dos poucos dados existentes sobre a rede de drenagem , conhece-se de antemão alguns condicionamentos com que se confronta a implantação de uma rede de drenagem no concelho de São Vicente que são, de resto, transversais a toda a Ilha: • A acentuada orografia, que condiciona a expansão da rede, e de onde resulta o recurso a fossas sépticas individuais ou tanques, e a descargas (muitas vezes ilegais) na água ou no solo; • A falta de espaço nas cotas mais baixas para a construção de infraestruturas de tratamento, que obriga à construção de EE para encaminhamento dos efluentes para essas infraestruturas; • A dispersão da população e consequente ramificação da rede viária, que obrigam a uma ramificação mais complexa da rede de drenagem, o que encarece o sistema e aumenta a probabilidade de surgirem focos de contaminação, por avarias no sistema de bombagem ou rupturas na rede, por exemplo.

Estes fatores justificarão, assim, uma baixa cobertura da rede de drenagem e tratamento de águas residuais no Concelho e os baixos índices de drenagem e de tratamento de águas residuais na RAM, que foram de 64% e 62%, respetivamente, no ano de 2007 9, estando aquém do estabelecido pelo PRAM, que para o ano de 2012 estabelecia o atendimento com drenagem e tratamento só com sistemas públicos em 75%. (Os 2% de diferença entre os índices referidos dizem respeito, portanto, à população servida por sistema de drenagem, mas cujas águas são depositadas no meio recetor sem qualquer tipo de tratamento).

O traçado das condutas coletoras, assinalado na Planta Anexa a este Relatório, permite perceber que as águas residuais dos lugares de Feiteiras e vila de São Vicente são conduzidas, graviticamente, até à Estação Elevatória localizada junto à Adega de São Vicente, e daí para a ETAR, por conduta elevatória.

9 Valores superiores aos verificados na Região Autónoma dos Açores mas mais baixos que os de Continental – Fonte: “Relatório do Estado do Abastecimento de Água e da Drenagem e Tratamento de Águas Residuais” 42

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Na sede da freguesia de Boaventura, as águas dos coletores são conduzidas, graviticamente, para a ETAR de Boaventura. Em Ponta Delgada e na Fajã do Penedo também existem redes de distribuição, não se encontrando, no entanto, ainda ligadas a um sistema público de tratamento de águas.

No que diz portanto respeito ao tratamento das águas residuais, o concelho de São Vicente possui portanto 2 ETAR com tratamento secundário por lamas ativadas e desodorização: a ETAR de São Vicente (localizada junto à ER101/VE2, já perto da entrada do túnel para Porto Moniz) e a ETAR de Boaventura, localizada perto do campo de jogos. De referir ainda a existência de uma terceira ETAR, na Adega de são Vicente.

Figura 34 : ETAR de São Vicente.

Supõe-se, portanto, que o tratamento de águas residuais nos restantes lugares seja feito em Fossas Séticas Coletivas. E, à semelhança do que acontece por toda a Ilha, que muitos dos edifícios (como hotéis e industrias) tenham unidades de tratamento privadas: fossas séticas individuais ou ETAR compactas.

As insuficiências na rede acabam por conduzir a situações de descarga ilegal para o solo e para as linhas de água, originando problemas ambientais e de saúde pública, como dá conta o Plano Regional da Água.

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O PRAM (2008) aponta, para a Região, várias situações de poluição das águas interiores superficiais e águas costeiras, devido a deficiências na rede de recolha de águas residuais ou ao incumprimento do disposto na legislação. Assim, verificam-se situações de: • Descarga de águas provenientes de unidades pecuárias e industriais sem o devido tratamento (por insuficiência das estações próprias de tratamento); e • Casos pontuais de descarga de águas residuais urbanas e industriais, sobretudo nas zonas baixas que atravessam zonas urbanas da costa Sul, onde o tratamento não está, por vezes, adequado à legislação em vigor (devido à carência de infraestruturas, à dispersão do povoamento, a dificuldades técnicas e financeiras das entidades responsáveis e a vazadouros clandestinos de terras junto às linhas de água).

O Plano apresenta uma série de objetivos estruturais e medidas relacionadas com a proteção das águas e o controlo da poluição, entre as quais: • Completar as infraestruturas hidráulicas de drenagem e tratamento de águas residuais urbanas que se encontravam em curso, à data; • Assegurar o cumprimento da legislação em vigor; • Controlar os focos de poluição ainda subsistentes, através da sua caraterização, avaliação da influência na envolvente, monitorização dessas zonas e à elaboração dos respetivos programas de ação; • Dispor de informação analítica sobre zonas parcialmente críticas; • Construir, remodelar e/ou ampliar as infraestruturas de tratamento de águas residuais industriais (de acordo com o desenvolvimento industrial futuro da Região). Também o PRPA (ano de 2000) refere a existência de focos de poluição nos solos, nas ribeiras e no mar, devido às descargas de efluentes a partir de fossas e de redes de drenagem de águas residuais, sem tratamento, assim como as situações em que a poluição marítima se transfere através de correntes marítimas, provocando a contaminação de zonas servidas por estações de tratamento. No que à contaminação das águas costeiras diz respeito, verifica-se uma maior probabilidade de tal acontecer junto às infraestruturas portuárias.

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7. REDE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Na RAM a recolha indiferenciada de RSU, assim como a recolha selectiva, são da responsabilidade dos municípios (tendo no entanto alguns deles aderido à recentemente criada ARM – Águas e Resíduos da Madeira, S.A, integrando assim o Sistema Multimunicipal de Distribuição de Água, de Saneamento Básico e de Recolha de Resíduos da RAM). A ValorAmbiente – Gestão e Administração de Resíduos da Madeira, S.A. (sob tutela da SRA) é a entidade responsável pela gestão do sistema de transferência, triagem, tratamento e valorização dos resíduos. A capitação média de produção de resíduos tem vindo a aumentar, tendo atingido o valor de 1.928 g/hab/dia em 2007. 10 No que diz respeito à recolha indiferenciada, os resíduos, depois de recolhidos nos vários locais, são direcionados para as Estações de Transferência (ETZO, na Meia Légua e ETZL, no Porto Novo), antes de serem encaminhados para a ETRS da Meia Serra (com exceção dos resíduos recolhidos nos concelhos de Funchal, que passam para a ETF). Os resíduos recolhidos no Porto Santo são direcionados para o CPRS, sendo depois enviados para a ETRS. De referir ainda que parte dos resíduos indiferenciados que dão entrada na ETRS da Meia Serra são utilizados para produção de energia. Essa eletricidade, produzida na Instalação de Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos, é depois vendida para a rede pública.

Existem, no arquipélago, 4 ecocentros. A recolha de resíduos verdes, de monstros e de equipamentos elétricos e eletrónicos só é feita por solicitação. As embalagens de papel e o vidro recolhidos são enviados para a Estação de Triagem do Porto Novo, à exceção dos que são recolhidos no Funchal (que, à semelhança do que acontece com os resíduos indiferenciados, segue para a ETF). Os resíduos de plástico e metal são todos direcionados para a ET do Porto Novo, onde, após triagem, são encaminhados para a indústria recicladora, no Continente. Os resíduos produzidos no Porto Santo dirigem-se todos, após triagem, para o Continente. No caso dos resíduos específicos (como pilhas, óleos, resíduos hospitalares, etc.) estes são entregues à respetiva entidade gestora ou a um operador licenciado, para valorização, tratamento ou outro destino final adequado. A recolha seletiva aumentou mais de 25% em 15 anos. 11

10 Dados da ValorAmbiente, publicação “A Gestão dos Resíduos na Região Autónoma da Madeira”, em www.valorambiente.pt. 11 Dados da ValorAmbiente, publicação “A Gestão dos Resíduos na Região Autónoma da Madeira”, em ww.valorambiente.pt. 45

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Os resíduos orgânicos são encaminhados para a Instalação de Compostagem da ETRS da Meia Serra e valorizados como composto orgânico com propriedades de corretor dos solos.

O PERRAM, elaborado pela Secretaria Regional do Equipamento Social e do Ambiente, em conjunto com a Universidade Nova de Lisboa, em 1999, apresenta uma estratégia de gestão baseada na caraterização dos sistemas de recolha e tratamento existentes na época, que eram manifestamente insuficientes. As medidas incidiam em especial nas questões relacionadas com a redução da produção de resíduos e na reciclagem.

O PRPA (ano de 2000 e portanto anterior à abertura da ETZO, ETZE e da CPRS) apresenta um conjunto de ações e recomendações entre as quais as respeitantes aos resíduos, enquanto um dos principais fatores que influenciam a qualidade do ambiente. Nomeadamente: • A melhoria contínua das infraestruturas de gestão de resíduos e do sistema de recolha seletiva; • A caraterização sistemática dos resíduos; e • A promoção da reutilização de materiais de demolição (assim como outras ações de carácter pedagógico).

Segundo o Plano, a gestão dos resíduos é uma das áreas ambientais que movimenta os recursos financeiros mais avultados do Governo Regional, devendo- se isso, em grande parte, à característica da insularidade, que obriga, como já se viu, a uma forte dependência do exterior (com a necessidade de transportar para o continente, via marítima, os resíduos para reciclagem).

É, portanto, para a ETZO (Estação de Tratamento da Zona Oeste) que se destinam os resíduos sólidos indiferenciados recolhidos no concelho de São Vicente, sendo que as embalagens de papel, o vidro e os resíduos de plástico e metal também são encaminhados para Porto Novo, para a Estação de Triagem.

A recolha de resíduos, quer indiferenciados, quer para reciclagem, cobre todos os lugares do Concelho. Os serviços camarários dispõem de 6 carros, que fazem a recolha indiferenciada às segundas e quintas-feiras, sendo que a recolha seletiva é feita às terças, quartas e quintas-feiras. Os arruamentos e principais espaços públicos dos núcleos urbanos encontram-se ainda equipados de papeleiras.

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Figuras 35 e 36: Papeleiras – centro histórico de São Vicente.

Figuras 37, 38, 39 e 40: Ecopontos e recolha de lixo indiferenciado – vários lugares do concelho.

Como é possível verificar na figura seguinte, o concelho de São Vicente produziu, no ano de 2007, cerca de 1% dos resíduos indiferenciados da RAM, sendo um dos que menor quantidade produziu. Este facto acaba por ser mais um indicador da desertificação que afeta o Concelho.

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Figura 41: Distribuição, por concelhos da RAM, da recolha indiferenciada no ano de 2007 Fonte: “Relatório de Sustentabilidade 2007”

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8. CONCLUSÃO

Foi aqui sintetizada a informação mais relevante e capaz de transmitir uma visão global dos vários setores de infraestruturas do concelho de São Vicente. Tentou-se perceber se estes serviços se encontram de forma generalizada no território e com uma aceitável qualidade de serviços, garantindo a todos os cidadãos o acesso a serviços básicos. Pode-se concluir que embora as taxas de cobertura e a qualidade dos serviços terem vindo a melhorar significativamente, deve ainda ser feito um investimento em algumas áreas, como no setor das águas residuais, e uma gestão otimizada de setores como o abastecimento de água e a rede viária. Numa época marcada pela influência das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) é ainda essencial a sistematização de informação fiável sobre as redes de telecomunicações.

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BIBLIOGRAFIA

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• Cenários de Reestruturação do Setor de Distribuição de Água na Região Autónoma da Madeira, IGA, S.A., Aquamac, 2003

• Censos 2001 (XIV Recenseamento Geral da População e IV Recenseamento Geral da Habitação) –Região Autónoma da Madeira, Instituto Nacional de Estatística

• Censos 2011 (XV Recenseamento Geral da População e IV Recenseamento Geral da Habitação) – Resultados Definitivos

• Gestão de Águas Residuais na Região Autónoma da Madeira, AERAM, Outubro de 2001

• Identificação do Potencial de Energia Hídrica na Região Autónoma da Madeira, AREAM, Agosto de 2005

• Introdução do Gás Natural na Região Autónoma da Madeira, Instituto Superior Técnico, Outubro de 2004

• Plano de Política Energética da Região Autónoma da Madeira, Resolução nº 1468/2002

• Plano Estratégico de Resíduos da Região Autónoma da Madeira, Resolução nº 1468/2002

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• Plano Regional da Água da Região Autónoma da Madeira – Relatório Técnico, SRA, Março 2003

• Plano Regional da Água da Região Autónoma da Madeira, Decreto Legislativo Regional nº 38/2008/M

• Plano Regional da Política do Ambiente, Resolução nº 809/2000

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• Regulamento de Resíduos Sólidos, higiene e limpeza pública no concelho de Santana, Regulamento nº 824/2010

• Relatório Contas 2010 - IGH, Investimentos e Gestão Hidroagrícola, S.A.

• Relatório de Sustentabilidade 2006, Valor Ambiente, Gestão e Administração de Resíduos da Madeira

• Relatório de Sustentabilidade 2007, Valor Ambiente, Gestão e Administração de Resíduos da Madeira

• Relatório do Estado do Abastecimento de Água e da Drenagem e Tratamento de Águas Residuais, Sistemas Públicos Urbanos, INSAAR 2009 (dados de 2008), Maio de 2010

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ANEXOS

ANEXO I – Mapa da Rede de Transporte do SEPM – 2010

ANEXO II – Mapa dos Sistemas de Abastecimento de Água na Ilha da Madeira

ANEXO III - Planta da Rede Viária e Transportes Coletivos, escala 1:25000

ANEXO IV - Planta da Rede Elétrica, escala 1:25000

ANEXO V - Planta da Rede de Abastecimento de Água, escala 1:25000

ANEXO VI - Planta da Rede de Abastecimento de Água – Rede Hidroagrícola, escala 1:25000

ANEXO VII - Planta da Rede de Águas Residuais, escala 1:25000

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Anexo I - Mapa da Rede de Transporte do SEPM – 2010 (Fonte: “Caraterização da Rede de Transporte e Distribuição em AT e MT”)

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Anexo II - Mapa dos Sistemas de Abastecimento de Água na Ilha da Madeira (Fonte: http://www.iga.egeserv.pt/)

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