Compram-Se Corpos Ultramedidos. Representações Do Corpo Feminino Na Mídia Impressa No Carnaval Brasileiro

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Compram-Se Corpos Ultramedidos. Representações Do Corpo Feminino Na Mídia Impressa No Carnaval Brasileiro Compram-se corpos ultramedidos. Representações do corpo feminino na mídia impressa no carnaval brasileiro. 1 Selma Felerico2 é doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. [email protected] . GT: História da Publicidade e Propaganda Resumo Este artigo é o resultado parcial de meu projeto de doutorado intitulado “Do Corpo Desmedido ao Corpo Ultramedido. Imaginário e Significação do Corpo Feminino nas Campanhas Publicitárias de Mídia Impressa, nos períodos de 1950,1970 e 2000”, desenvolvido no Curso de Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Neste texto são feitas reflexões sobre o corpo feminino e a influência da mídia na construção do modelo de beleza no país. O período escolhido foram os meses de janeiro e fevereiro, de 2001 até 2008, considerando-se que o Carnaval é um momento de grande exposição de modelos e atrizes na mídia. Fez-se necessário o levantamento de matérias com textos e imagens jornalísticas, capas de revistas e anúncios publicitários em revistas femininas como: Dieta Já, Boa Forma, Corpo a Corpo, Pense Leve, que tratam do tema corpo e em revistas de interesse geral como: Manchete e Caras, que registram, também, de forma significativa a festa do Momo no Brasil. Observa-se no corpus mencionado que a publicidade e os meios de comunicação têm importância fundamental na comunicação, pois são as principais fontes de informação que norteiam o imaginário feminino na sociedade contemporânea. Palavras-chave: Corpo feminino; mídia impressa; publicidade brasileira. ________________________________________________ 1Trabalho apresentado ao GT de História da Publicidade e Propaganda, do VI Congresso Nacional de História de Mídia, Rio de Janeiro, 2008. 2Doutoranda e Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Coordenadora e Professora de Comunicação no Curso de Pós Graduação Lato Sensu na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP) e Professora de Graduação no Curso de Propaganda e Publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP/SP). 1 Quesito Comissão de frente: Introdução Trata-se de uma pesquisa de caráter teórico, sobre a compreensão do corpo e da mídia baseada em diversos autores: Denise Bermuzzi Sant`anna, Gilles Lipovetsky, Miriam Goldenberg, Naomi Wolf, Nizia Vilaça, Wilton Garcia, entre outros e aplicação a um corpus definido. O período escolhido foram os meses de janeiro e fevereiro, de 2001 até 2008, considerando-se que o Carnaval é um momento de grande exposição de modelos e atrizes na mídia. Fez-se necessário o levantamento de matérias com textos e imagens jornalísticas, capas de revistas e anúncios publicitários em revistas femininas como: Dieta Já, Boa Forma, Corpo a Corpo, Pense Leve, que tratam do tema corpo e em revistas de interesse geral como: Manchete e Caras, que registram, também, de forma significativa a festa do Momo no Brasil. A mídia impressa, mais especificamente, a revista feminina foi escolhida, por ter um forte contraste com a mídia eletrônica. Como possui um ritmo próprio, ela pode oferecer um grande número de informações detalhadas sobre os produtos e ainda comunicar com eficácia o imaginário do consumidor e do seu uso. Também, por ter um período de vida útil maior que os comerciais de televisão e que os anúncios de jornais, permite ao fabricante trabalhar mais intensamente a construção de uma imagem desejada na mente do consumidor. Os elementos de formato como tamanho, cor, texto e ilustração também afetam o impacto de um anúncio impresso. Das hipóteses apresentadas no projeto, duas foram abordadas neste texto: 1) Em sociedades coletivistas, o amor-próprio de um indivíduo diz mais respeito ao sistema social do que as realizações individuais. 2) O imaginário do corpo brasileiro se transforma, nos vários períodos da sociedade, significações ganham re-significações, mas não são eliminadas. Quesito Evolução: O Discurso do Corpo na Mídia O corpo tornou-se o mais belo espetáculo da sociedade contemporânea, a verdade absoluta. Verdade essa, que obriga o indivíduo, em particular a mulher, a submeter seu corpo a modernas intervenções cirúrgicas, a dietas e a exercícios físicos buscando um corpo perfeito. 2 Nem sempre a maneira de tratar os corpos foi a mesma ao longo da história. O ideal de beleza sofreu suas transformações e o modo de encarar a gordura, também. Em seu livro Corpos de Passagem, Denise Bernuzzi de Sant’anna apresenta o dilema dos gordos na história (1995:20-21): Foram inúmeras as sociedades que acolheram com alegria a presença dos gordos e desconfiaram da magreza, como se esta expressasse um déficit intolerável para com o mundo. Magreza lembrava doença e o peso do corpo não parecia um pesar. Entretanto no decorrer deste século, os gordos precisaram fazer um esforço para emagrecer que lhes pareceu bem mais pesado do que o seu próprio corpo. Ou então foram chamados a dotar sua gordura de alguma utilidade pública, transformando-a, por exemplo, em capacidade de trabalho duro, ou em travesseiro acolhedor das lágrimas alheias... Como se os gordos precisassem compensar o peso do próprio corpo, sendo fiéis produtores de alegria e consolo. ...Há quem diga: um colo magro não é um colo; o abraço de um magro não aquece, nem conforta. A antropóloga Mirian Goldenberg, em seu livro O Nu e o Vestido (2002), afirma que a aparência corporal parece ter um papel fundamental determinante nos processos de aquisição de identidade e de socialização; na condição de variável determinante e determinada. Pode-se dizer que um corpo “em forma”, com tudo o que ele simboliza, promove nos indivíduos das camadas médias do Rio de Janeiro uma conformidade a um estilo de vida e a um conjunto de normas e conduta, recompensada pela gratificação de pertencer a um grupo de “valor superior”. O corpo é um valor que identifica o indivíduo com determinado grupo e, simultaneamente, o distingue dos outros. O corpo, como as roupas, surge como um símbolo que consagra e diferencia os indivíduos. Corpos bem-construídos, com proporções equilibradas, devem ser obtidos por meio de muito esforço. Cada vez mais, há interesse pelas mediações que contemplam o consumo exacerbado da preparação do corpo na tentativa de retardar o envelhecimento corporal com cirurgias plásticas, implantes de silicones, tratamentos estéticos para pele, cabelos, além de exercícios em parques e academias de ginásticas e musculação. Com tantas obrigações e opções para o embelezamento do corpo hoje, só é feio, quem quer. Só envelhece quem não se cuida. Só é gordo quem é preguiçoso. “Não existem indivíduos gordos e feios, apenas indivíduos preguiçosos, poderia ser o slogan deste mercado do corpo” (GOLDENBERG, 2002:5). Naomi Wolf, em seu livro O Mito da beleza (1992) nos fala sobre a contribuição das revistas no discurso corpóreo da sociedade principalmente na década de 1970. À medida que as mulheres da classe média foram abandonando o seu papel de dona de casa consumidora e entrando para a força de trabalho, seu envolvimento com questões do mundo 3 exterior as levaram a perder o interesse total pela realidade isolada das revistas femininas, que tinham como centro do universo feminino: a casa, os filhos e o lar. Realidade esta, que já havia sido abalada na década de 1950, quando a mulher, ou melhor, a dona-de-casa insegura e entediada abandonou a mística feminina (conceito que, segundo a feminista Bety Friedman, significava o grande interesse feminino pelos eletrodomésticos e pelos serviços e produtos para a casa) pelo local de trabalho. Além disso, a autoridade das revistas foi abalada pela revolução da moda que teve início no mesmo período, com o fim da alta costura e o crescimento da produção especializada em escala, o pret-à-porter . Segundo a autora, entre 1965 e 1981, as vendas das revistas femininas na Grã Bretanha sofreram uma queda de 555,3 milhões de exemplares por ano para 406,4 milhões. “As revistas então foram obrigadas a encontrar outro discurso mentor em seus editoriais (WOLF:1992, 87)”. Foi necessário criar uma nova ideologia para levar as mulheres ao mesmo consumismo inseguro de antes.“O Mito da beleza assumiu as funções da religião da domesticidade... Uma heroína não pode parar de ser linda (WOLF: 1992, 87)”. A Revista Vogue começou a focalizar o corpo tanto quanto as roupas, em parte por haver pouco que eles pudessem ditar em meio aos estilos anárquicos. Destituída de sua antiga autoridade, objetivo e gancho publicitário, as revistas inventaram – de forma quase inteiramente artificial – uma nova atração. Toda uma cultura de substituição foi criada pela indicação de um problema que praticamente não existia, até então... De 1968 a 1972, o número de artigos sobre dietas aumentou em 70% ... A lucrativa transferência de culpa foi ressuscitada bem na hora. (WOLF: 1992, 88). Outro autor preocupado com o discurso midiático da beleza feminina e que merece destaque neste texto é o sociólogo Gilles Lipovetsky, que em seu livro A terceira Mulher (2000:131-132), discute amplamente o tema: A estética da magreza ocupa evidentemente um lugar preponderante no novo planeta beleza. Os periódicos femininos são cada vez mais invadidos por guias de magreza, por seções que expõem os méritos da alimentação equilibrada, por receitas leves, exercícios de manutenção e de modelagem do corpo. Prolifera a publicidade em favor de produtos emagrecedores, da mesma maneira que os livros sobre os regimes: em 1984, cerca de trezentas obras de regimes foram publicadas na América, e uma dúzia delas foi best seller. Na França, o livro de Montignac, Je mange, donc je maigris (como, logo emagreço), teve 1,5 milhão de exemplares vendidos. Estrelas como Jane Fonda ou Victoria Principal publicam seus métodos para viver bela e esbelta. As publicações científicas e técnicas sobre a obesidade se contam aos milhares. De agora em diante, culto à beleza e receitas de magreza são inseparáveis. O discurso publicitário, que antes formulava suas mensagens exaltando as qualidades do produto, passou a incentivar o consumo como estilo de vida, produzindo um indivíduo 4 eternamente insatisfeito com suas conquistas.
Recommended publications
  • CORPO E CONSUMO Roteiro De Estudos E Pesquisas Reitor Pe
    CORPO e CONSUMO Roteiro de estudos e pesquisas Reitor Pe. Josafá Carlos de Siqueira SJ Vice-Reitor Pe. Francisco Ivern Simó SJ Vice-Reitor para Assuntos Acadêmicos Prof. José Ricardo Bergmann Vice-Reitor para Assuntos Administrativos Prof. Luiz Carlos Scavarda do Carmo Vice-Reitor para Assuntos Comunitários Prof. Augusto Luiz Duarte Lopes Sampaio Vice-Reitor para Assuntos de Desenvolvimento Prof. Sergio Bruni Decanos Prof. Paulo Fernando Carneiro de Andrade (CTCH) Prof. Luiz Roberto A. Cunha (CCS) Prof. Luiz Alencar Reis da Silva Mello (CTC) Prof. Hilton Augusto Koch (CCBM) Everardo Rocha e José Carlos Rodrigues CORPO e CONSUMO Roteiro de estudos e pesquisas © Editora PUC-Rio Rua Marquês de S. Vicente, 225 Projeto Comunicar – casa Agência/Editora 22451-900 | Gávea – Rio de Janeiro, RJ Telefax: (21)3527-1760/1838 [email protected] www.puc-rio.br/editorapucrio Conselho Editorial PUC-Rio Augusto Sampaio Cesar Romero Jacob Fernando Sá José Ricardo Bergmann Luiz Alencar Reis da Silva Mello Luiz Roberto Cunha Miguel Pereira Paulo Fernando Carneiro de Andrade Projeto gráfico de capa e miolo José Antonio de Oliveira Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser repro- duzida ou transmitida por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. isbn 978-85-8006-083-6 Este livro não pode ser comercializado. Este livro é dedicado ao Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio no ano de seu sexagésimo aniversário. Sumário Apresentação 9 1. O corpo como símbolo 13 2. Roteiro de estudos e pesquisas 39 2.1 Lógica dos textos 39 2.2 Fontes de pesquisa 40 2.3 Critérios de classificação 41 2.4 Chaves para leitura 43 3.
    [Show full text]
  • A Corrosão Do Relato Falocêntrico Em a Favorita E Avenida Brasil: Vestígios De Um Certo Almodóvar?
    número 17 | volume 9 | janeiro - junho 2015 A corrosão do relato falocêntrico em A favorita e Avenida Brasil: vestígios de um certo Almodóvar? Sandra Fischer1 1 Coordenadora, docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). [email protected]. 65 DOSSIÊ número 17 | volume 9 | janeiro - junho 2015 Resumo Este artigo retoma a noção da corrosão do relato falocêntrico no cinema de Pedro Almodóvar, de Eduardo Peñuela Cañizal, com o propósito de discutir estratégias e procedimentos narrativos responsáveis por inovações temáticas e estéticas apresentadas nas telenovelas brasileiras A favorita (2008/2009) e Avenida Brasil (2012), ambas de autoria de João Emanuel Carneiro, produzidas e veiculadas pela Rede Globo de Televisão. O estudo considera aspectos atinentes à questão da discussão e da representação dos lugares e papéis nas relações de gênero e no âmbito da família, e aos valores a eles vinculados; a análise concentra-se em alterações de ordem narrativa e em transformações topológicas que promovem desestabilizações, subversões e consequentes modificações nos papéis tradicionais e nas articulações diegéticas que permeiam a produção ficcional na televisão e suas relações com a realidade do panorama cultural, político e socioeconômico do Brasil contemporâneo. Palavras-chave Eduardo Peñuela, Pedro Almodóvar, cinema, telenovela, efeitos estéticos. Abstract This article recovers the notion of the phallocentric’s report corrosion in Pedro Almodóvar cinema, developed by Eduardo Peñuela Cañizal, with the purpose of discussing narrative strategies and proceedings responsible for thematic and aesthetic innovations in two Brazilian soap-operas: A favorita (2008/2009) and Avenida Brasil (2012), both by João Emanuel Carneiro (Rede Globo television network).
    [Show full text]
  • O Discurso Melancólico Em Corpo a Corpo, De Elisa Lispector
    FERNANDA CRISTINA DE CAMPOS O DISCURSO MELANCÓLICO EM CORPO A CORPO, DE ELISA LISPECTOR Universidade de Brasília Instituto de Letras 2006 FERNANDA CRISTINA DE CAMPOS O DISCURSO MELANCÓLICO EM CORPO A CORPO, DE ELISA LISPECTOR Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de Teoria Literária e Literatura da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Literatura Brasileira. Orientador: Prof. Dr. Gilberto Figueiredo Martins Brasília 2006 II Fernanda Cristina de Campos O discurso melancólico em Corpo a corpo, de Elisa Lispector Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de Teoria Literária e Literatura da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Literatura Brasileira. BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Prof. Dr. Gilberto Figueiredo Martins – UnB Orientador __________________________________________ Profª Drª Enivalda Nunes Freitas e Souza – UFU __________________________________________ Profª Drª Elizabeth Hazin – UnB Brasília, 24 de julho de 2006. III Dedico ao meu amado esposo Christiano toda a minha persistência e luta durante essa produção acadêmica. Sem o seu amor, motivação, paciência e verdadeira amizade esta jornada teria sido muito solitária, difícil e, talvez, não valesse tanto a pena. IV AGRADECIMENTOS Este trabalho deve muito a muita gente que, através de um gesto amigo, uma palavra de apoio ou sugestões, me ajudou nessa importante trajetória que é a conclusão de um trabalho acadêmico. Ao citar alguns nomes e esquecer outros, posso cometer uma injustiça, mas acredito que vale o risco destacar aqueles que me apoiaram ao longo da realização desta pesquisa. Primeiramente, agradeço à minha família que com a sua humildade e valores influenciou demasiadamente a minha formação pessoal e profissional.
    [Show full text]
  • A Presença Da Cidade Do Rio De Janeiro Nas “Novelas Das Oito” De 1982 a 2008
    Baleia na Rede Revista online do Grupo Pesquisa em Cinema e Literatura A PRESENÇA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NAS “NOVELAS DAS OITO” DE 1982 A 2008 Daniela STOCCO1. Resumo: Como definir a identidade brasileira? Sabendo-se que a identidade é sempre uma construção, uma representação mental necessariamente arbitrária, já que devem ser escolhidos certos valores, características ou símbolos em detrimento de outros, pode-se dizer que uma das referências escolhidas para representar o país é o Rio de Janeiro. Por razões históricas e simbólicas, o Rio exerce, para muitos, o papel de síntese do Brasil. As novelas em geral procuram ser uma crônica do cotidiano e têm como ponto de partida uma visão da sociedade brasileira, e as novelas das oito da Rede Globo se apresentam privilegiadamente como espaço para pensar e discutir a sociedade. Assim, ao se apropriarem repetidamente do Rio de Janeiro como cenário elas ajudam a identificação da capital carioca com um Brasil que é ao mesmo tempo moderno, urbano e tradicional segundo não só as telenovelas, mas também de acordo com o Pensamento Social Brasileiro. Este artigo procura analisar através da presença do Rio nas novelas das oito da Rede Globo dos últimos 26 anos a força e a influência de tal cidade como referência para a construção de uma identidade brasileira mais ligada ao urbano e ao moderno, ainda que conciliada com a tradição. Palavras-chave: Identidade brasileira, Rio de Janeiro, telenovela. Introdução As telenovelas são um dos maiores fenômenos da televisão brasileira. Alguns fatores explicam a força deste fenômeno. Em primeiro lugar, mesmo que o ápice da audiência das novelas, sobretudo da Rede Globo, de acordo com os índices do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), tenha sido alcançado entre as décadas de 1970 e 1980, e que estes índices venham sofrendo queda desde a década de 1990, as novelas ainda são um dos programas mais assistidos no Brasil 2.
    [Show full text]
  • Universidade De Brasília Faculdade De Comunicação Departamento De Jornalismo
    UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE JORNALISMO Maria Letícia de Melo Silva ESPELHO, ESPELHO MEU: O CULTO AO CORPO E A PROMOÇÃO DE IDEAIS DE BELEZA NO INSTAGRAM E OS EFEITOS SOBRE A AUTOIMAGEM CORPORAL DAS MULHERES Brasília 2018 Maria Letícia de Melo Silva ESPELHO, ESPELHO MEU: O CULTO AO CORPO E A PROMOÇÃO DE IDEAIS DE BELEZA NO INSTAGRAM E OS EFEITOS SOBRE A AUTOIMAGEM CORPORAL DAS MULHERES Monografia apresentada à banca examinadora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Jornalismo, sob a orientação da professora Ana Carolina Kalume Maranhão. Brasília 2018 Maria Letícia de Melo Silva ESPELHO, ESPELHO MEU: O CULTO AO CORPO E A PROMOÇÃO DE IDEAIS DE BELEZA NO INSTAGRAM E OS EFEITOS SOBRE A AUTOIMAGEM CORPORAL DAS MULHERES Monografia apresentada à banca examinadora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Jornalismo. BANCA EXAMINADORA _______________________________________ Profa. Dra. Ana Carolina Kalume Maranhão Orientadora (FAC/UnB) _______________________________________ Profa. Dra. Renata Giraldi Dias Universidade Católica de Brasília (UCB) _______________________________________ Prof. Dr. Sérgio Ribeiro de Aguiar Santos Membro (FAC/UnB) _______________________________________ Prof. Dr. Gustavo de Castro Suplente (FAC/UnB) Brasília 2018 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, a Deus, meu carinhoso Pai, por se fazer presente todos os dias e nos mínimos detalhes. Obrigada, todo o meu amor a Ti, sempre. À minha mãe, Vanda, por ser essa mulher forte, cuidadosa, amorosa e incrível que é, desde sempre. Agradeço a Deus todos os dias pela sua vida.
    [Show full text]
  • Revistas Femininas E a Plasticidade Do Corpo: a Progressiva Modelagem Comunicativa
    Celso Agostinho Antonio Revistas Femininas e a Plasticidade do Corpo: a Progressiva Modelagem Comunicativa. Faculdade Cásper Líbero Programa de Pós-Graduação Mestrado em Comunicação na Contemporaneidade São Paulo, 2009 Celso Agostinho Antonio Revistas Femininas e a Plasticidade do Corpo: a Progressiva Modelagem Comunicativa. Dissertação apresentada por Celso Agostinho Antonio, como pré-requisito para obtenção do título de Mestre em Comunicação na Contemporaneidade, na Linha de Pesquisa “Produtos midiáticos: jornalismo e entretenimento”, sob orientação da Professora Dra. Dulcilia Buitoni. Faculdade Cásper Líbero Programa de Pós-Graduação Mestrado em Comunicação na Contemporaneidade São Paulo, 2009 2 “Meu corpo não é meu corpo, é ilusão de outro ser. Sabe a arte de esconder-me e é de tal modo sagaz que a mim de mim ele oculta. Meu corpo, não meu agente, meu envelope selado, meu revólver de assustar, tornou-se meu carcereiro, me sabe mais que me sei.” Carlos Drummond de Andrade 3 Antonio, Celso Aparecido de Agostinho Revistas femininas e a plasticidade do corpo : a progressiva modelagem comunicativa / Celso Aparecido de Agostinho Antonio. – São Paulo, 2009 124 f. ; 30 cm. Orientador: Profa. Dulcilia Helena Schroeder Buitoni Dissertação (mestrado) – Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação 1. Jornalismo. 2. Revistas femininas. 3. Beleza. 4. Cirurgia plplástica. 5. Corpo. I. Buitoni, Dulcilia Helena Schroeder. II. Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação. III. Título. 4 Banca examinadora: ______________________________ ______________________________ ______________________________ 5 Dedicatória Às mulheres da minha vida: Claudia, Ana e Bebel. Pela paciência, dedicação, ajuda, amizade, apoio, inspiração. Ao inesquecível Dudu, pela companhia, pelas conversas, pelo bom humor, pela falta que faz.
    [Show full text]
  • O AVESSO DO AVESSO DO CORPO Educação Somática Como Práxis
    ORGANIZAÇÃO Cristiane Wosniak Nirvana Marinho O AVESSO DO AVESSO DO CORPO educação somática como práxis Joinville/2011 Copyright©2011 Organização Cristiane Wosniak Nirvana Marinho Revisão Marília Garcia Boldorini Na revisão, em alguns casos prevaleceu a vontade dos autores. Assim, alguns artigos seguiram padrão individual ou mesmo mantiveram o acordo ortográfico antigo. Diagramação e Impressão Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 47 3325-5789 S471 O avesso do avesso do corpo - educação somática como práxis / Organizadores: Cristiane Wosniak, Nirvana Marinho – Joinville: Nova Letra, 2011. 256 p. Vários autores ISBN: 978-85-7682-593-7 1. Dança. I. Wosniak, Cristiane. II. Marinho, Nirvana. CDD 793.3 CDU 793.3 4 Sumário Prefácio ........................................................................................................................................................ 7 Apresentação ..............................................................................................................................................11 Homenagem ................................................................................................................................................19 Nem do lado direito, nem do lado do avesso: o artista e suas modalidades de experiência de si e do mundo Sylvie Fortin ..................................................................................................................................................................................... 25 Um avesso possível do olhar Andréa Bardawil .............................................................................................................................................................................
    [Show full text]
  • Soap Operas and Fertility: Evidence from Brazil
    Soap Operas and Fertility: Evidence from Brazil Eliana La Ferrara Alberto Chong Suzanne Duryea This version: October 2008 Abstract What are the eects of television, and of role models portrayed in TV programs, on individual behavior? We focus on fertility choices in Brazil, a country where soap operas (novelas)portrayfamiliesthatare much smaller than in reality. We exploit dierences in the timing of entry into dierent markets of Rede Globo, the network that has an eective monopoly on novelas production in this country. Using Census data for the period 1970-1991, we nd that women living in areas covered by the Globo signal have signicantly lower fertility. The eect is strongest for women of lower socioeconomic status and for women in the central and late phases of their fertility cycle, consistent with stopping behavior. The result is robust to placebo treatments and does not appear to be driven by selection in Globo entry. Finally, we provide suggestive evidence that novelas,andnotjusttelevision,aected individual choices. First, people living in areas covered by the signal were more likely to name their children after novela characters. Second, entry of a network that relied on imported shows did not have a signicant impact on fertility. Third, the impact of Globo presence was strongest for women close in age to the main novela characters. W Bocconi University and IGIER; Inter-American Development Bank. We thank Stefano DellaVigna, Elsa Artadi, Abigail Barr, Francesco Billari, Paula Bustos, Erica Field, Andrea Ichino, Tommy Murphy, Hugo Nopo, Ben Olken, Ugo Panizza, Michele Pellizzari, Fabrizio Zilibotti and seminar participants at NYU, Universitat Pompeu Fabra, University of Zurich, Oxford University, Bocconi University, University of Bologna, CEPR 2007 Development Eco- nomics Conference in Stockholm, BREAD 2007 workshop in Princeton for helpful comments.
    [Show full text]
  • O Corpo Na História
    O corpo na história José Carlos Rodrigues SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros RODRIGUES, JC. O corpo na história [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. Antropologia e saúde collection, 197 p. ISBN: 978-85-7541-555-9. Available from: doi: 10.7476/9788575415559. Also available in ePUB from: http://books.scielo.org/id/p9949/epub/rodrigues-9788575415559.epub All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0. O Corpo na História FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Presidente Paulo Gadelha Vice-Presidente de Ensino, Informação e Comunicação Nísia Trindade Lima EDITORA FIOCRUZ Diretora Nísia Trindade Lima Editor Executivo João Carlos Canossa Pereira Mendes Editores Científicos Carlos Machado de Freitas e Gilberto Hochman Conselho Editorial Claudia Nunes Duarte dos Santos Jane Russo Ligia Maria Vieira da Silva Maria Cecília de Souza Minayo Marilia Santini de Oliveira Moisés Goldbaum Pedro Paulo Chieffi Ricardo Lourenço de Oliveira Ricardo Ventura Santos Soraya Vargas Côrtes COLEÇÃO ANTROPOLOGIA E SAÚDE Editores Responsáveis: Carlos E. A. Coimbra Jr. Maria Cecília de Souza Minayo O Corpo na História José Carlos Rodrigues 3a Reimpressão Copyright © 1999 do autor Todos os direitos desta edição reservados à FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ / EDITORA 1a edição: 1999 1a reimpressão: 2001 | 2a reimpressão: 2007 | 3ª reimpressão: 2014 Projeto gráfico e editoração eletrônica Angélica Mello Capa Danowski Design Ilustração da capa A partir de desenho de Hans Arp, Indian Ink , 1917 Preparação de originais e copidesque M.
    [Show full text]
  • Corpo a Corpo: Travessia Por Um Imaginário Poético
    Anais do SILEL. Volume 2, Número 2. Uberlândia: EDUFU, 2011. 1 CORPO A CORPO: TRAVESSIA POR UM IMAGINÁRIO POÉTICO CAMPOS, Fernanda Cristina de Universidade Federal de Uberlândia (UFU) [email protected] Resumo: Em seu livro Corpo a corpo, Elisa Lispector não resistiu ao poder das imagens poéticas trilhando de maneira intensa e laboriosa os caminhos da imaginação. Valorizou como ponto essencial de sua prosa os mitos, os símbolos e as imagens-poéticas, tecendo uma narrativa lírica e catártica. Nesta obra, a autora dá uma especial atenção ao labor das imagens-palavras, que não são trabalhadas como meros acessórios, mas são fontes de inspiração poética, depositárias do tesouro das reminiscências distintivas da alma, levando o leitor a deparar-se com arquétipos universais, frutos de múltiplos imaginários, os quais revelam as origens uma autora que fez questão de afirmar sua identidade judaica-cristã. Ao lermos atentamente a prosa elisiana, deparamo-nos com uma rica mistura de imaginários, expressos por um conjunto infindável de símbolos, que se organizam e materializam em mitos, com destaque para aqueles que são frutos de crenças do povo judeu misturados com a compleição de arquétipos estritamente ocidentais. O instigante processo de criação literária da autora motivado por uma ritualística imaginação reverberante e fantástica instigou-nos a fazer uma abordagem da narrativa de Corpo a corpo na perspectiva da fenomenologia do imaginário. Palavras-chaves: melancolia, imaginário, imagens, cultura, judaica-cristã 1. A importância do estudo imagético na criação literária em Corpo a corpo A história é clara ao revelar que o homem sempre foi dependente das invenções imaginárias e míticas, pois elas sempre falaram direta e profundamente a sua alma, ocupando lugares fundamentais em seu imaginário coletivo.
    [Show full text]
  • A PRESENÇA DO CORPO FEMININO COMO OBJETO NA ARTE CONTEMPORÂNEA: As Artistas Contemporâneas E Suas Autorias
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS A PRESENÇA DO CORPO FEMININO COMO OBJETO NA ARTE CONTEMPORÂNEA: as artistas contemporâneas e suas autorias DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Carla Borin Vieira Santa Maria, RS, Brasil, 2010. 2 A PRESENÇA DO CORPO FEMININO COMO OBJETO NA ARTE CONTEMPORÂNEA: as artistas contemporâneas e suas autorias por Carla Borin Vieira Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Área de Concentração Arte Contemporânea, Linha de Pesquisa Arte e Visualidade, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Artes Visuais Orientador: Prof. Dr. Christian Hamm Santa Maria, RS, Brasil 2010 3 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Artes e Letras Programa de Pós- Graduação em Artes Visuais A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado A PRESENÇA DO CORPO FEMININO COMO OBJETO NA ARTE CONTEMPORÂNEA: as artistas contemporâneas e suas autorias elaborada por Carla Borin Vieira Como requisito para a obtenção do grau de: Mestre em Artes Visuais Comissão Examinadora: _______________________________________________ Prof. Dr. Christian Viktor Hamm (UFSM) (Presidente/Orientador) _______________________________________________ Profª. Drª. Edla Eggert (UNISINOS) _______________________________________________ Prof. Dr. Paulo César Ribeiro Gomes (UFSM) _______________________________________________ Profª. Drª. Nara Cristina Santos (UFSM) (Suplente) Santa Maria,
    [Show full text]
  • Estrelas Da Record Abraçam a Campanha Espalhe Calor Notícias Postado Em: 24/07/2013
    Provopar - Estrelas da Record abraçam a Campanha Espalhe Calor Notícias Postado em: 24/07/2013 Os atores Luiza Tomé e Alexandre Barillari, do elenco da TV Record, entraram firmes na Campanha Espalhe Calor, promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Provopar Estadual e a própria Record. Nos vídeos gravados e já inseridos na programação da emissora, tanto Luiza Tomé, destaque na novela Dona Xepa com a personagem “Meg Pantaleão”, quanto Alexandre Barillari, fazem um apelo para que os paranaenses continuem doando cobertores, roupas e agasalhos para a campanha. Os atores Luiza Tomé e Alexandre Barillari, do elenco da TV Record, entraram firmes na Campanha Espalhe Calor, promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Provopar Estadual e a própria Record. Nos vídeos gravados e já inseridos na programação da emissora, tanto Luiza Tomé, destaque na novela Dona Xepa com a personagem "Meg Pantaleão", quanto Alexandre Barillari, fazem um apelo para que os paranaenses continuem doando cobertores, roupas e agasalhos para a campanha. "Vamos espalhar calor no inverno paranaense", afirma Luiza Tomé. A atriz tornou-se conhecida por suas participações nas novelas Corpo a Corpo, Tieta, Riacho Doce, Pedra sobre Pedra, Fera Ferida, A Indomada, Porto dos Milagres, Brava Gente e Máscaras. Além do mais atuou nos programas Sai de Baixo e Você Decide. O ator carioca Alexandre Barillari formou-se em arquitetura. Fez curso de teatro escondido dos pais e passou a atuar nas maiores emissoras do País. Sua primeira aparição aconteceu em 1996, quando interpretou Antônio na novela da Rede Globo Salsa e Merengue.
    [Show full text]