Bolívia: Logística Nacional E Construção Do Estado
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Bolívia: Logística Nacional e Construção do Estado Fernando Dall’Onder Sebben 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA Bolívia: Logística Nacional e Construção do Estado Dissertação de Mestrado, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como quesito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciência Política. ORIENTADOR: Prof. Dr. MARCO AURÉLIO CHAVES CEPIK Fernando Dall’Onder Sebben Porto Alegre, 2010. 2 A idéia de desenvolvimento está no centro da visão de mundo que prevalece na época atual. A partir dela o homem é visto como um fator de transformação, tanto do contexto social e ecológico em que está inserido como de si mesmo. O homem guarda um equilíbrio dinâmico com esse contexto: é transformando-o que ele avança na realização de suas próprias virtualidades (Furtado, 1984:105). 3 Para meus avós, Silvestre João Dall’Onder e Dolores Ilda Provensi Dall’Onder (in memoriam ). 4 Sumário Introdução _______________________________________________________ p. 008 Capítulo 1 – Ciclos Econômicos, Meios de Pagamento e Território ________ p. 022 1.1 – Ciclos Econômicos: Pólos Dinâmicos, Verticalização e Território _______ p. 022 1.2 – Ciclo da prata e a Independência__________________________________ p. 025 1.3 – Bolívar e o Brasil______________________________________________ p. 030 1.4 – Um Vizinho Incômodo: a Formação da Identidade Chilena _____________ p. 032 1.5 – Nitratos: a Guerra das Ilhas Chincha e a Guerra do Pacífico ____________ p. 035 1.5.1 – Guerra do Pacífico: Conseqüências Internas__________________ p. 036 1.5.2 – Guerra do Pacífico: Conseqüências Externas _________________ p. 037 1.6 – A Borracha e a Guerra do Acre ___________________________________ p. 039 1.6.1 – Os meios de pagamento__________________________________ p. 039 1.6.2 – O Problema da Navegabilidade do Amazonas ________________ p. 040 1.6.3 – Presença Ostensiva do Enclave: o Bolivian Syndicate __________ p. 045 1.7 – Pós-Independência e Ciclo do Estanho _____________________________ p. 048 Capítulo 2 – A Guerra do Chaco e a Logística Nacional _________________ p. 052 2.1 – Antecedentes _________________________________________________ p. 052 2.1.1 – Antecedentes Remotos __________________________________ p. 052 2.1.2 – Antecedentes Mediatos __________________________________ p. 052 2.1.3 – Antecedentes Imediatos__________________________________ p. 056 2.2 – A Logística e a Guerra__________________________________________ p. 063 2.2.1 – A Logística e a Estratégia ________________________________ p. 063 2.2.2 – A Logística e as Operações _______________________________ p. 066 A) Frente Norte _____________________________________ p. 067 B) Frente Sul _______________________________________ p. 070 C) A Guerra na Frente Sul _____________________________ p. 072 2.2.3 – A Logística e a Tática ___________________________________ p. 078 A) Comando________________________________________ p. 079 B) Tática___________________________________________ p. 081 2.3 – À Guisa de Conclusão I: Reversão Político-Militar ___________________ p. 086 2.4 – À Guisa de Conclusão II: A Mudança das Dimensões da Logística Nacional p. 088 5 Capítulo 3 – Da Revolução Nacional Interrompida à Reemergência do Separatismo ___________________________________________________ p. 093 3.1 – Os Jovens Nacionalistas: Construtores de Estado_____________________ p. 093 3.2 – A Revolução de 1952 __________________________________________ p. 097 3.3 – As Ditaduras Militares (1964-82) _________________________________ p. 101 3.3.1 – Movimento Katarista____________________________________ p. 102 3.4 – A Nova Política Econômica e a Contra-revolução (1982-2000)__________ p. 103 3.5 – Anos 2000: Guerra do Gás e Reemergência do Separatismo ____________ p. 107 3.5.1 – A Guerra da Água ______________________________________ p. 108 3.5.2 – A Guerra do Gás _______________________________________ p. 108 3.6 – Desafios do Governo Evo Morales (2006 - ...) _______________________ p. 112 3.6.1 – Duas Agendas para a Bolívia _____________________________ p. 115 3.6.2 – Raízes do Separatismo __________________________________ p. 126 3.7 – Balanço: Obstáculos à Revolução Nacional _________________________ p. 131 Capítulo 4 – Estado Logístico Regional e Integração Supranacional ________ p. 136 4.1 – Revolução Nacional e Desenvolvimento_____________________________ p. 136 4.2 – As Mudanças Suscitadas pela Globalização e pela Regionalização ________ p. 139 4.3 – O Brasil e a Segurança Sul-Americana ______________________________ p. 143 4.4 – Estado Logístico Regional: 1º Pilar para a Bolívia Reescrever o Passado ___ p. 150 4.5 – Integração Supranacional: 2º Pilar para a Bolívia Reescrever o Passado ____ p. 154 4.6 – Balanço ______________________________________________________ p. 156 Conclusão ________________________________________________________ p. 158 5 – Referências Bibliográficas ________________________________________ p. 167 6 – Anexos ________________________________________________________ p. 182 6 RESUMO Este trabalho discute a História da Bolívia à luz da logística nacional. Procura demonstrar que o maior ou menor êxito da construção do Estado esteve relacionado inicialmente às vias de transporte (internas e com o exterior) e, posteriormente, à energia (combustíveis) e à capacidade produtiva. Busca evidenciar que o desenvolvimento econômico (pólos dinâmicos da economia) e a própria construção de um centro de decisão econômica (soberania) são em grande medida tributários dos limites impostos pela logística nacional. O trabalho procura investigar o quanto a logística nacional influenciou a formação social, a competição inter-estatal e a própria revolução nacional na Bolívia. Assim, examina-se, sucessivamente, a formação da sociedade boliviana, o papel da Guerra do Chaco, a Revolução Nacional (1952), o separatismo e a integração regional tendo como pano de fundo esse denominador comum – a logística nacional. Por fim, entende que as promessas não cumpridas de cidadania e soberania da revolução nacional boliviana, inconclusa, têm sua redenção no processo de integração regional – realizado a partir do paradigma do Estado logístico. Palavras-chave : logística nacional; história da Bolívia; construção do Estado. ABSTRACT This work discusses the history of Bolivia in light of the national logistics. Seeks to demonstrate that the greater or lesser success of state building was related initially to inland transport and communication (internal and external), and then to energy (fuel) and production capacity. Seeks to show that economic development (dynamic poles of the economy) and the actual construction of a center of economic decision (sovereignty) are largely tributary by the limits imposed by national logistics. The work aims to investigate how national logistics influenced the national social formation, the inter-state competition and the national revolution in Bolivia. Thus, it examines, successively, the formation of Bolivian society, the role of the Chaco War, the National Revolution (1952), and separatism and regional integration with the background of this common denominator – the national logistics. Finally, it considers that the broken promises of citizenship and sovereignty of the Bolivian national revolution, unfinished, have their redemption in the process of regional integration – made from the paradigm of the Logistic State . Key words : national logistics; history of Bolivia; state building. 7 Agradecimentos Gostaria de agradecer à minha mãe, por tudo que tem feito por mim nos últimos anos e por ter sido um exemplo de luta. Meu obrigado também a meu pai, por todo apoio prestado. A Ana Paula Almeida Menezes, pela paciência, pelo cuidado, pelo carinho. Sua companhia tornou esta empreitada uma tarefa um pouco menos árdua. A meus familiares, em especial minha irmã Cristina Dall’Onder Sebben, e meu cunhado, Rafael Stramar dos Santos. Também agradeço a meu padrinho André Nedeff Dall’Onder, e minha tia, Therezinha Dall’Onder. A Marco Aurélio Chaves Cepik, meu orientador, pelo incentivo e pelas conversas que enriqueceram enormemente este trabalho. A José Miguel Quedi Martins, que co-orientou este trabalho. O diálogo constante e o estímulo intelectual foram fundamentais nessa trajetória. A todos da Oficina de Estudos Estratégicos. O trabalho é fruto de um esforço coletivo. Nosso debate solucionou muitas dúvidas e abriu novos caminhos. Em especial, devo mencionar Igor Castellano da Silva, Eduardo Urbanski Bueno, Lucas Kerr de Oliveira e Gustavo Gayger Müller. Também quero agradecer a Nilo de Castro, Márcio Guimarães, e João Chiarelli. A meus amigos, pelas conversas e ótimos momentos que vivenciamos nestes últimos dois anos. A Luiza Galiazzi Schneider, pela leitura atenta do texto, pelas críticas e comentários inteligentes, e pelas caminhadas na Redenção. A Gustavo Dullius, pelas nossas conversas e pelo vasto material bibliográfico que me forneceu. A Fabrício Schiavo Avila, pelos livros e pelo interesse em meu trabalho. Também quero agradecer a Arthur Coelho Dornelles Júnior, Rodrigo Bertoglio Cardoso, Julio Rodriguez e Lorenzo de Aguiar Peres. Ao NERINT. Meu obrigado ao professor Paulo Gilberto Fagundes Visentini, um dos founding fathers das Relações Internacionais no Sul e no próprio Brasil. Seu exemplo de excelência sempre foi uma referência. A Luis Dario Teixeira Ribeiro, que se mostrou interessado em meu trabalho, com poucos e ricos comentários.