Jornal Mensal de Actualidade Angolana MAIO 2012 1

MAIO 2012 EDIÇÃO GRATUITA www.embaixadadeangola.org EDIÇÃO DOS SERVIÇOS DE IMPRENSA DA EMBAIXADA DE ANGOLA EM PORTUGAL

CONSULADO NO PORTO LANÇA VISTO “ON‑LINE” Pág. 5 ELEIÇÕES GERAIS QUINZENA AFRICANA EM ANGOLA MARCADAS PARA 31 DE AGOSTO

Pág. 15 FILMES ANGOLANOS NO FESTIN‑2012

EQUIPA DA COMUNIDADE VIAJOU PARA ANGOLA Pág. 19

“GALA DO FINALISTA” VALORIZA ESTUDANTES ANGOLANOS

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Pág. 20 MAISMAIS INFORMAÇÃO, INFORMAÇÃO, MAIS MAIS ANGOLA. ANGOLA.

Esta publicação está disponível em formato PDF em www.embaixadadeangola.org Reader gratuito disponível em www.adobe.com 2 Política MAIO 2012

NOTA DE REDACÇÃO VII CONFERÊNCIA DO MPLA EM PORTUGAL MOÇÃO DE APOIO AO PRESIDENTE DOS SANTOS COMO “CABEÇA DE LISTA” Militantes do MPLA em Portugal, reunidos na sua VII Conferência, aprovaram uma moção de apoio ao Presidente do partido, José Eduardo Dos Santos, como “cabeça de lista” às próximas eleições.

esta edição, o nosso/vosso Jornal N Mwangolé, deseja, pelo 1 de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, votos de mui- ta coragem à todos os laboriosos cidadãos angolanos na diáspora portuguesa. Como temas de destaque neste número do mês, marcado também pela comemoração do Dia de África, assinalado a 25 de Maio, notámos, com agrado, a convocação, pelo s militantes do MPLA em Por‑ Chefe de Estado angolano, José Eduardo O tugal consideram que o Pre‑ dos Santos, das Eleições Gerais para 31 sidente José Eduardo dos Santos de Agosto, válidas para o provimento do “tem dado provas de forma dedica‑ cargo de Presidente da República e dos deputados à Assembleia Nacional. Como da e clarividente na condução dos um direito consagrado constitucionalmen- destinos da Nação, designadamen‑ te, os angolanos marcarão mais um pas- te no combate da pobreza e da so para a consolidação da democracia e melhoria de condições de vida do da legitimidade das suas instituições. Por povo angolano”. Os trabalhos foram sua vez, assinalámos ainda o facto de o orientados pela primeira secretária embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, destacar, no decorrer do do Comité da Comunidade do MPLA “workshop mercado de Angola”, no quadro em Portugal, Rosa de Almeida, co‑ da 14ª Tektónica, em Lisboa, as “enormes adjuvada pela segunda secretária, oportunidades” de investimento actualmen- Luzia Moniz, tendo o acompanha‑ te no País, constituindo um desafio de inter- mento cabido a Marcos Barrica, nacionalização para o sector de construção membro do Comité Central do e obras públicas de Portugal. Por cá, temos também a notar o lançamento, por parte do MPLA. A Conferência contou com Consulado-geral de Angola do Porto, Região a participação de delegados eleitos Centro e Norte de Portugal, do sistema nos 17 Comités de Acção do Partido de vistos “on-line” para o País, visando a (CAP) em Portugal, de acordo com o agilização de processos e a simplificação coordenador da comissão de man‑ administrativa, iniciando-se “uma nova era nos serviços consulares”. Para assinalar do datos, Armindo Queza. O encontro Dia de África, houve algumas iniciativas da fez ainda o balanço das actividades, sociedade civil, mas, ao nível oficial, desta- tendo concluído que apesar das cámos a realização da Conferência “Parceria enormes dificuldades financeiras entre Portugal e o Continente Africano na com que se debate o Comité da Co‑ actual crise”, realizado pelo Grupo de Em- munidade, o programa de trabalhos baixadores Africanos em Lisboa. No aspecto social, e pelo facto de mais um ano lectivo saído da VI Conferência Ordinária estar a terminar, a Associação de Estudan- de Militantes está a ser cumprido na tes Angolanos em Portugal promoveu, em sua generalidade. Dada a crise que Lisboa, numa iniciativa louvável, a Gala do assola Portugal, o Comité defende Finalista, visando reconhecer o empenho e a dinamização do associativismo dedicação demonstrado pelos estudantes junto da comunidade, bem como angolanos durante o período académico, assim como incentivar o regresso dos qua- reforçar os laços de solidariedade, dros nacionais ao País, de forma a contri- sobretudo com aqueles que enfren‑ buírem no processo desenvolvimento de tam maiores dificuldades. É ainda Angola. Num momento em que a actual pelo aprofundamento da troca de crise na Europa tem afectado também ideias com as estruturas em Portu‑ muitos dos nossos dignos estudantes, so- gal dos partidos irmãos de Moçam‑ bretudo, os não-detentores de bolsas de estudos, é caso para dizer que todas as bique, Cabo Verde, Guiné‑Bissau e iniciativas são poucas. Finalmente (matéria São Tomé e Príncipe. ❚ que vamos trazer com mais pormenores na próxima edição), a selecção da comu- nidade angolana em Portugal embarcou a Angola, para disputar um amigável com a equipa “Candengues Habilidosos”, perten- ça do ex-internacional Akwá”, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda. O objectivo é que a equipa deixe uma boa imagem em Angola, apesar de algumas baixas por pro- blemas burocráticos. A deslocação teve o total apoio da Embaixada de Angola em Portugal, constituindo uma promessa do embaixador José Marcos Barrica em levar a selecção comunitária a Angola, depois de reconquistar o “Angola Avante”, torneio inter-comunitário de futebol amador, em saudação do 11 de Novembro. BOA LEITURA! www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Política 3 ELEIÇÕES GERAIS CONVOCADAS PARA 31 DE AGOSTO O Chefe de Estado convocou, este mês, por decreto, as Eleições Gerais para 31 de Agosto, válidas para o provimento do cargo de Presidente da República e dos deputados à Assembleia Nacional.

convocatória das eleições gerais foi anun‑ A ciada em comunicado da Casa Civil do Presidente da República, que refere que “se‑ rão remetidas certidões do referido Decreto Presidencial ao Tribunal Constitucional e à Comissão Nacional Eleitoral”, nos termos da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais. O Pre‑ sidente José Eduardo dos Santos exarou um Decreto que autoriza o ministro das Finanças foram impedidas de participar nas eleições a proceder à inscrição, no Orçamento Geral legislativas de 2008 por não terem reunido a do Estado de 2012, da dotação orçamental documentação exigida pelo Tribunal Constitu‑ necessária para a realização de despesas dos cional estão obrigadas a concorrer nas próxi‑ partidos políticos e coligação de partidos le‑ mas, sob pena de serem juridicamente extin‑ galmente constituídos. O Tribunal Constitu‑ tas. Fonte do Tribunal Constitucional afirmou cional divulgou, em Fevereiro, uma lista com que ficam isentos dessa obrigação os partidos 77 partidos políticos e seis coligações de par‑ com assento parlamentar, o PDP‑ANA, Bloco tidos legalmente constituídos. Para formaliza‑ Democrático (BD), as coligações Convergência rem as candidaturas às eleições gerais de 31 Ampla de Salvação de Angola (CASA‑CE) e de Agosto, os partidos e coligações vão ter Frente Unida para Mudança (FUMA). O pri‑ de reunir cinco mil assinaturas de apoiantes meiro devido ao facto de ter concorrido ao pelo círculo nacional e outras 500 para cada pleito de 2008, tendo obtido 0,5 porcento um dos 18 círculos provinciais. A lei dos par‑ dos votos, e os demais por terem sido criados tidos impõe que as formações políticas que depois das últimas eleições. ❚

ANGOLA E ARGENTINA UNIDAS PELA HISTÓRIA O Presidente da República afirmou, este mês, que o desenvolvimeno das relações entre Angola e a Argentina “têm tudo para dar certo”, e que a visita de Cristina Kirchner representa a confirmação do “grande interesse” dos dois países em concretizar esse objectivo. osé Eduardo dos Santos, que falava Angola um país em fase de reconstrução, oceano, não como elemento de afasta- acrescentou. Para o Presidente angolano J na abertura das conversações oficiais com uma economia dinâmica, faz com mento, mas sim como via para uma cada é também tempo para explorar outras entre as delegações dos dois países, na que os dois países tenham “pela frente vez maior aproximação, que possibilita “áreas de igual interesse” para cooperar, sala de reuniões do Conselho de Minis- desafios e oportunidades que podem promover e ampliar o comércio e o in- como a promoção e protecção recíproca tros, disse que o facto de a Argentina ser ser aproveitados para benefício mútuo”. vestimento, e aprofundar o conhecimento de investimentos, do sector financeiro e considerada uma economia emergente e “Os nossos países devem aproveitar esse recíproco”, sublinhou. Para o Presidente da indústria, do petróleo e gás. angolano, a Argentina é um “parceiro de cooperação internacional” que interessa ANGOLA EXPORTA GÁS a Angola. A experiência acumulada pelo PARA ARGENTINA país sul‑americano em áreas como a in- dústria alimentar, química, petroquímica, A Argentina pretende comprar o gás do têxtil, metalúrgica, coloca‑o numa “posi- projecto angolano LNG logo após a con- ção privilegiada” para identificar e realizar clusão do processo de negociação com a investimentos directos ou em parceria Sonangol, anunciou o embaixador daque- com empresas públicas e privadas ango- le país em Angola. Juan Agustin Caballe- lanas. José Eduardo dos Santos acrescen- ro disse que a intenção é diversificar e tou que Angola também pode beneficiar incrementar as trocas comerciais entre os da experiência da Argentina para formar dois países, cuja balança pende positiva- quadros, transferência de tecnologia e mente para a Argentina, com um volume para a criação ou capacitação de insti- de negócios avaliado em 230 milhões de tuições de investigação científica. A ideia dólares de produtos ligados ao sector de Angola é conseguir elevar o conheci- da agro‑pecuária e indústria alimentar. O mento técnico e científico e modernizar diplomata disse que a abertura da linha processos, métodos e infra‑estruturas, per- de crédito de 100 milhões de dólares, mitindo assim acelerar o crescimento e anunciada pela Presidente Cristina Kirch- o desenvolvimento do país. Ao referir‑se ner, vai ajudar a promover a cooperação ao vasto território angolano e ao conflito entre empresários nacionais e argentinos, armado, salientou que, “após longos anos trazendo vários benefícios na cooperação de conflito que levaram à quase total Sul‑Sul. “Esta linha de crédito tem como destruição das suas infra‑estruturas, ainda benefício, para os angolanos e argentinos, muito resta por fazer para satisfazer ple- uma taxa de juros de dois por cento e namente as necessidades das populações”. um prazo de reembolso de dez a 12 O momento é de acelerar a concretização anos, com um período de carência de dos vários acordos entre os dois Estados, cinco anos”, explicou. ❚

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MINISTRO BRITÂNICO DA ENERGIA MINISTRO DA DEFESA GARANTE: JONATHAN MARLAND MODERNIZAÇÃO DO EXÉRCITO NO PARLAMENTO ANGOLANO O ministro britânico da Energia e Mudanças Climáticas, SEGUE CONJUNTURA Jonathan Marland, manifestou, em Luanda, o desejo O ministro angolano da Defesa, Cândido da Grã‑Bretanha em trabalhar com as autoridades Pereira Van‑Dúnem, garantiu que o processo angolanas, com vista à criação de mecanismos para o de reestruturação e modernização gradual vai estabelecimento de um novo quadro de cooperação dotar as Forças Armadas Angolanas (FAA) de institucional e empresarial bilateral, durante um encontro, estratégias e modelos organizacionais compatíveis na Assembleia Nacional, com a Comissão de Relações com a nova realidade nacional e internacional. Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro. m cerimónia das comemorações E do quarto aniversário do Insti- s nossos países compreendem tuto Superior Técnico Militar (ISTM), “O que para crescer precisam de garantiu que o Executivo aposta na ter comércio. É por isso que estou aqui”, formação e construção de umas For- disse Jonathan Marland. A presidente ças Armadas Angolanas apetrechadas da Comissão de Relações Exteriores, e altamente preparadas para desem- Cooperação Internacional e Comuni- penhar as mais variadas missões. O ministro da Defesa disse que “ As dades Angolanas no Exterior, Ânge- FAA estão em processo de requalifica- la Bragança, que chefiou a comitiva ção e modernização com o objectivo angolana ao encontro, considerou a de responder à actualidade das suas presença do ministro britânico como missões”. Cândido Pereira Van‑Dúnem “um passo importante”, para o relança- defendeu que todas as instituições mento da cooperação bilateral. ❚ do Ensino Superior devem actualizar e assegurar a qualidade académica, para terem credibilidade do ponto de vista científico e técnico. O ministro não se pode pensar em crescimento Cândido Pereira Van‑Dúnem disse que e desenvolvimento, se não prestar- o Ministério da Defesa já solicitou ao mos especial atenção á formação de PARLAMENTO PORTUGUÊS Ministério do Ensino Superior e da Ci- recursos humanos. O ministro pediu ência e Tecnologia o reconhecimento aos alunos para absorverem os valores dos cursos ministrados no Instituto da cidadania, disciplina, rigor e do SAÚDA 10 ANOS DE PAZ EM ANGOLA Superior Técnico Militar, junto da Di- empenho, “porque são fundamentais recção Nacional de Desenvolvimento para o forjamento da personalidade e Extensão Universitária. Cândido Pe- do cidadão e em particular dos que A Assembleia da República Portuguesa, por reira Van‑Dúnem explicou ainda que servem o sector da Defesa”. ❚ ocasião do 10º aniversário da paz em Angola (4 de Abril), enviou “uma saudação fraternal” ao povo angolano, com votos de que o espírito da data “perdure para sempre na terra e no MORREU NACIONALISTA coração dos angolanos, ajudando‑os a construir e a enraizar uma sociedade próspera, livre e socialmente justa, num quadro de Estado de direito democrático”. JOÃO VIEIRA LOPES O secretariado do bureau político do MPLA manifestou sentimentos de pesar pelo falecimento do nacionalista angolano João Baptista de Castro Vieira Lopes. uma nota de condolências, o par- N tido no poder refere que foi com profunda dor e consternação que tomou conhecimento do falecimento de João Vieira Lopes, ex‑deputado à Assembleia Nacional (na primeira legislatura) pelo ex- uma missiva dirigida à Embai- tempo”. “A guerra civil angolana, cla- tinto partido Frente para a Democracia N xada de Angola em Portugal, o ramente influenciada pela guerra‑fria, (FpD), ocorrido no dia 10 de Maio, em Parlamento português refere que “o provocou milhões de mortos, feridos Luanda, por doença. “Antigo militante do Memorando do Luena pôs termo a e estropiados, outros largos milhões MPLA, o malogrado João Vieira Lopes, longos anos de guerra civil e, ape- de deslocados e refugiados e uma vas- médico de profissão, que perece aos 80 sar de contradições e dificuldades tíssima destruição de equipamentos e anos de idade, participou na luta de li- do MPLA apresenta, em nome de todos iniciais, tem resistido àquela que infra‑estruturas nacionais”, diz o Parla- bertação nacional, que culminou com a os militantes, simpatizantes e amigos do havia sido a prova mais difícil – e mento luso, para quem, “o dramático proclamação da independência de Ango- partido, sentimentos de pesar à família sempre impossível de vencer – de rasto” deixado pelo conflito armado la, em 11 de Novembro de 1975”, lê‑se enlutada, à Liga Angolana de Amizade outros acordos anteriores: a prova do “era absolutamente devastador”. ❚ no documento. Pelo “infausto aconteci- e Solidariedade com os Povos (LAASP) mento”, o secretariado do Bureau Político e ao Ministério da Saúde. ❚ www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Política 5

DEPOIS DE LISBOA CONSULADO DE ANGOLA NO PORTO LANÇA VISTO “ON‑LINE” O Consulado‑geral de Angola do Porto, Região Centro e Norte de Portugal, inaugurou, este mês, na cidade invicta do Porto, o sistema de vistos “on‑line” para o País, visando a agilização de processos e a simplificação administrativa. Com o lançamento de vistos “on‑line”, inicia‑se “uma nova era nos serviços consulares”, sendo que “os utentes www.consuladogeralangola‑porto.pt daqueles serviços terão os processos de concessão de vistos para Angola mais facilitados”.

Consulado‑geral do Porto, Região Centro e Nor- modernização e desburocratização dos serviços. Na ção os quadros nacionais em empresas estrangeiras O te, torna‑se na segunda área júris‑consular de ocasião, o cônsul‑geral de Angola no Porto, Região em Angola, através do seu investimento na forma- Angola em terras lusas a aderir aos serviços “on‑line”, Centro e Norte de Portugal, Bento Morgado, apelou ção e enquadramento compatível. Durante o acto, depois de, em Junho de 2008, o Consulado‑geral às empresas portuguesas com interesses em Angola o cônsul‑geral de Angola no Porto apelou, também, de Angola em Lisboa ter inaugurado o referido a interiorizarem‑se no sentido da “angolanização” à moralização dos serviços consulares, evitando que sistema, destinado, numa primeira fase, às empresas das empresas e da economia no País, referindo ser empresas e agências de viagens aliciem com “práti- que actuam em Angola e em Portugal. O projecto importante que empresas lusas que têm intenções cas ilícitas” funcionários do Consulado na aquisição pretende ainda dotar uma maior transparência e de irem para Angola “proporcionem estágios pro- de vistos para Angola. Presenciaram a cerimónia, o rapidez na emissão de vistos e conceder às empre- fissionais e concedam formação técnica aos jovens embaixador de Angola junto da CPLP, Hélder Lucas, sas as ferramentas de trabalho interactivas para o angolanos com formação superior ou com formação assim como os cônsules‑gerais de Angola em Lisboa envio de documentos necessários, com respectivo profissional, para trabalharem em Angola”. e Faro, respectivamente, Cecília Baptista e Mateus de controlo de entrega individual, simplificando as ta- Sá Miranda, e o presidente da Câmara de Comércio, refas administrativas. O projecto é encarado como Segundo Bento Morgado, no âmbito da política do indústria Portugal/Angola, Carlos Ferreira, entre outras um ganho para o país, no seu caminho para a governo angolano, a “angolanização” visa a valoriza- entidades. ❚

CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO DA UA ACÓRDÃO REFORÇA ANGOLA REAFIRMA APOSTA EM SEPARAÇÃO DE PODERES NKOSAZANA DLAMINI‑ZUMA O provedor de Justiça, Paulo Tjipilica, afirmou O secretário de Estado das Relações Exteriores que a decisão do Tribunal Supremo que anula para a Administração, Rui Mangueira, a indicação de Suzana Inglês ao cargo de deslocou‑se, este mês, a Abuja, para contactos presidente da Comissão Nacional Eleitoral oficiais junto das autoridades nigerianas, com (CNE), vem reforçar o Estado de Direito no que vista à obtenção de apoios para a candidata concerne a independência dos tribunais. da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ao cargo de presidente da jipilica precisou que o acórdão do T Tribunal Supremo traduz aquilo que Comissão da União Africana (UA). está estabelecido no artigo177º da Cons- tituição da República, segundo o qual as ui Mangueira integrou uma de- decisões dos tribunais são de cumpri- R legação conjunta da SADC, que mento obrigatório por todos os órgãos inclui o ministro da Segurança do e prevalecem sobre quaisquer outras Estado da África do Sul, Slyabonga autoridades. Neste contexto, acrescentou, Cwele, e o ministro dos Negócios fica sublinhada não só a consolidação do Estrangeiros da Namíbia, Utoni Nu- Estado de Direito Democrático no país, joma. A delegação efectuou contactos como a própria justiça, com esta imparcia- com países da região ocidental do lidade na apreciação dos factos. Por seu continente para a busca de apoios turno o jurista Inglês Pinto afirmou que a à candidatura da sul‑africana Nkosa- decisão do Tribunal Supremo “demonstra zana Dlamini‑Zuma à presidência da que estamos a consolidar o Estado de Comissão da UA, tendo sido recebida Direito e Democrático e que as institui- pelo Chefe de Estado da Nigéria, Goo- ções a que os cidadãos devem recorrer, para o poder do Estado de uma maneira dluck Jonathan. A delegação da SADC digressão que culminou ontem com quando vêm que os seus interesses, os geral e para a nossa sociedade”. Para Inglês já esteve em Cabo Verde, Senegal e uma deslocação ao Gabão. Concorrem seus direitos não estão acautelados, são Pinto a decisão do Tribunal Supremo foi Gâmbia. A Nigéria, país com fortes à liderança da Comissão da UA o precisamente as instâncias judiciais, no tomada de “forma ponderada”. Sublinhou influências na Comunidade Económi- presidente cessante, o gabonês Jean caso concreto”. Adiantou que “isto dá mais que trata‑se de decisão tomada “por um ca dos Estados da África Ocidental Ping, e a sul‑africana Nkosazana Dla- confiança aos cidadãos em relação ao órgão judicial competente e demonstra (CEDEAO), é a penúltima etapa da mini‑Zuma. ❚ sistema judicial, independentemente de claramente a existência de independência quem reclama. Isso é um ponto positivo dos órgãos de soberania em Angola”. ❚

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MINISTRO DOS TRANSPORTES, BARRAGEM DAS MABUBAS AUGUSTO TOMÁS NOVO AEROPORTO INTERNACIONAL DE REGRESSO VAI SER DOS MAIORES DE ÁFRICA A construção e a entrada em operação do novo aeroporto internacional de Luanda constituem um grande desafio para todo o sector aéreo angolano, A barragem das Mabubas, inaugurada pelo afirmou o ministro dos Transportes, Augusto Tomás. ministro de Estado da Coordenação Económica, Entre os ganhos conseguidos no sub- 20 anos depois de ter deixado de funcionar sector aéreo, o ministro dos Transpor- tes destacou a reabilitação e moder- devido à guerra, passa a beneficiar a cidade nização de cerca de uma dezena de de Caxito e parte substancial de Luanda. aeroportos, incluindo intervenções em pistas, aerogares e equipamentos de navegação aérea. barragem, cuja reabilitação custou base de produção térmica, o que acar- A 21,7 milhões de dólares, com ca- retava custos. “Gerar electricidade à base pacidade instalada de 17,8 mega watts de gasóleo é muito caro até porque (MW), aumentou a potência para 25,6 não somos auto‑suficientes na produ- alando aos trabalhadores da Em- MW. Numa primeira fase, a barragem ção deste combustível e uma boa parte Fpresa Nacional de Exploração e Na- vai fornecer electricidade para Caxito tem de ser importado”, declarou. Além vegação Aérea (ENANA), do Instituto e Luanda. Na segunda fase, a barragem de ser caro, disse, o gasóleo provoca Nacional da Aviação Civil (INAVIC) e do fornece luz eléctrica à toda a província efeitos nefastos ao ambiente. Manuel Gabinete de Prevenção e Investigação do Bengo. Manuel Vicente referiu que a Vicente sublinhou que energia eléctrica barragem, quando deixou de funcionar, produzida nas barragens “é limpa, sau- de Acidentes Aéreos (GPIAA), no âm- “Até ao final do ano, vamos elevar para em 1992, tinha uma potência instalada dável, fiável e mais segura” e que “não bito do ciclo de seminários “Empresas cerca de 15 o número de aeroportos Felizes”, o ministro dos Transportes es- completamente remodelados, incluin- de 17 mega watts e que passou a ter é possível fazer o desenvolvimento da clareceu que o novo aeroporto está do dois aeroportos internacionais, o 25 e que o fornecimento de energia actividade económica só com base na ❚ projectado para ser um dos maiores de Luanda e o da Catumbela”, subli- eléctrica à província do Bengo era à produção térmica”. de África, estando a conclusão da pri- nhou. O investimento no subsector meira fase de construção aprazada aéreo, de acordo com Augusto Tomás, ainda para este ano. orçou em centenas de milhões de dólares, e, no âmbito da nova estru- tura orgânica do Ministério dos Trans- portes, foi criado o Gabinete de Pre- NA venção e Investigação de Acidentes SONANGOL Aeronáuticos (GPIAA), “uma área de enorme exigência técnica”, realçou. ❚ REINDUSTRIALIZAÇÃO “Nos últimos três anos, o sector aé- reo em Angola tem conhecido uma grande evolução. Enfrentámos, no pas- sado, situações muito difíceis. É com agrado que podemos hoje constatar DO PAÍS que ultrapassámos momentos críticos, embora ainda persistam desafios mui- A Sonangol reafirmou o seu to importantes”, disse Augusto Tomás. engajamento no processo de reendustrialização do País definido, com objectivo, numa primeira fase, de se reduzir as importações, OLEODUTO DA SADC gerar emprego e contribuir para empresariado nacional COM APOIO DE ANGOLA forte e competitivo. secretário de Estado angolano das a ser construída em Angola possa servir, e acordo com a administradora e desenvolvimento de Angola. “Esta- O Relações Exteriores para os assun- em primeira instância, os países vizinhos”. Dda Sonangol, Ana Bela Fonseca, mos a falar da reendustrialização do tos políticos, Manuel Augusto, afirmou, Os dois países realizam no dia 16, em que falava na inauguração de cinco País, da redução das importações e da em Lusaka, que é viável um oleoduto, a Lusaka, a IV reunião da Comissão Mis- fábricas e uma unidade de tratamento criação de postos de trabalho como partir de Angola, para a Zâmbia, Namíbia, ta Bilateral‑Angola/Zâmbia. Já perdemos de águas residuais, na Zona Econó- forma de mitigar alguns problemas Congo Brazzaville e República Democráti- muito tempo, principalmente devido à mica Especial (ZEE) Luanda‑Bengo, o de índole social”, disse. Destacou, entre ca do Congo. O desafio, referiu, está nas guerra, e temos de recuperá‑lo. Espera- acto marca uma etapa importante, as unidades industriais que poderão mãos dos empresários, das empresas e mos que os operadores económicos fa- compromisso assumido pela petrolí- entrar em funcionamento este ano, dos bancos regionais, pois “o papel dos çam a sua parte”, referiu, acrescentando fera. Disse que o compromisso da So- as fábricas de ferragens, galvanoplas- Governos é criar ambiente político para que “precisamos de cruzar interesses eco- nangol visa a conclusão e o arranque tia, bombas de água, metalomecâni- a vontade se efectivar”. “Não faz sentido nómicos e financeiros para consolidar as das diferentes unidades industriais ca, embalagens metálicas, sacos de que a Zâmbia ainda tenha de comprar relações políticas e de amizade”, afirmou projectadas para a ZEE Luanda‑Bengo, plásticos, galvanização, pavilhões me- petróleo à Arábia Saudita, quando pode o secretário de Estado angolano, num referindo que o projecto é um marco tálicos, vidros para construção civil e comprá‑lo em Angola”, disse e acrescen- convite a empresários zambianos para histórico do processo de reconstrução cartonagem. ❚ tou: “Esperamos que a refinaria que está investirem em Angola. ❚ www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Economia 7

FMI COM NOVA ESTIMATIVA MANUEL VICENTE DE CRESCIMENTO DO PIB DE ANGOLA INVESTIMENTO EM PORTUGAL O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu, este mês, esta semana um crescimento de oito FORA DAS PRIORIDADES por cento da economia angolana para este ano, graças ao aumento da procura petrolífera e aos do hoje tem outras prioridades. Esta- programas de investimentos públicos. mos a olhar mais para os problemas internos do que para os problemas externos”, acentuou Manuel Vicente. A resposta de Manuel Vicente foi dada à pergunta se Angola ia participar no programa de privatizações pre- visto em Portugal nos sectores da comunicação e transportes, ou se a iniciativa ficava nas mãos de empresá- rios angolanos do sector privado. “Os ministro de Estado e da Coorde- empresários privados são livres. Onde O nação Económica, Manuel Vicen- eles encontrarem oportunidades e vi- te, disse que o investimento directo rem que há, de facto, a criatividade angolano em Portugal deixou de ser e escala para investir, só nos resta, prioritário para o Executivo. “O Esta- como governo, apoiar”, respondeu. ❚

ritmo de actividade económica os principais objectivos, sobretudo no que REFINARIA DO “O deve aumentar em 2012, com a toca ao equilíbrio das contas públicas e LOBITO produção petrolífera a recuperar. O cresci- ao pagamento das dívidas do Estado. O mento previsto deve acelerar para os oito FMI alerta ainda que, no futuro próximo, por cento. A actividade económica em cabe às autoridades angolanas preparar a diversos sectores beneficia do aumento economia do País para os possíveis efeitos REDUZ IMPORTAÇÕES dos programas de investimentos públicos”, de contágio da crise da dívida que afecta refere em comunicado Mauro Mecagni, as economias dos países desenvolvidos. líder da delegação do FMI que esteve em “Várias economias desenvolvidas estão Angola entre dois e 17 de Maio. Esta foi a a passar por uma fase de crescimento primeira missão do FMI ao País desde que mais reduzido devido à consolidação or- terminou, em finais de Março, o acordo de çamental e à redução do endividamento “stand by” com Angola, ao abrigo do qual bancário. Estes desenvolvimentos podem o fundo concedeu um financiamento de afectar indirectamente Angola devido à 1,32 mil milhões de dólares. A missão do menor procura pelas exportações e ao FMI reiterou, no comunicado, que o pro- aumento da aversão dos investidores ao grama de “stand by” com Angola alcançou risco”, destaca o comunicado. ❚

ELETROBRAS CONSTRÓI HIDROELÉCTRICA

Central Eléctrica brasileira, Eletro- bras, estuda a possibilidade de A projecto de construção da Refinaria do petróleo em cerca de 16 por cento, construir uma central hidroeléctrica do Lobito, em curso desde 2008, assim como se verificará um aumento em Angola nos próximos anos, dis- O prevê para a primeira fase de produção, do valor acrescentado às ramas ácidas e se o presidente da estatal do país com data ainda por determinar, a refi- pesadas produzidas no País. Ainda com sul‑americano. José Carvalho Neto nação de 120 mil barris de petróleo/dia, o objectivo de pôr fim à importação de afirmou que está a desenvolver es- informou o ministro dos Petróleos, José produtos derivados do petróleo, avan- tudos junto do Executivo angolano Botelho de Vasconcelos. Em declarações çou estar a ser projectada a construção para a construção de uma central hi- à imprensa, à margem da abertura da da primeira refinaria do município do droeléctrica de 350 megawatts (MW) Conferência Internacional sobre Petró- Soyo, província do Zaire, cuja capaci- em local ainda não definido. “Estamos leo e Gás, o ministro afirmou que, na dade de produção está estimada em a estudar (a construção de) uma cen- trabalhar com empresas locais e ter a segunda fase de produção, a Refinaria 200 mil barris/dia. Quanto ao futuro da tral em Angola. É um projecto que participação delas”, disse num evento do Lobito vai aumentar a sua capacida- produção de petróleo e gás, referiu que depende de estudos que levam cer- sobre oportunidades de negócios na de de refinação para 200 mil barris de as reservas provadas, em petróleo, estão ca de dois anos e seria um projecto África. A empresa assinou um acor- petróleo/dia. O projecto visa “pôr fim à avaliadas em 9,5 mil milhões de barris para cinco anos”, disse. Carvalho Neto do com o governo de Moçambique importação de produtos derivados do (o equivalente a mais 50 anos de explo- indicou que cálculos iniciais apontam para tentar viabilizar a construção de petróleo e promover a sua exportação”. ração activa). As reservas de gás estão para um investimento de 700 milhões uma grande central hidroeléctrica e O ministro assegurou que com implan- avaliadas em 11 triliões de pés cúbicos de dólares num projecto desse porte. duas linhas de transporte de energia. tação da Refinaria do Lobito vai haver e equivalem a uma produção contínua A ideia é formar uma parceria com Carvalho Neto revelou que decorrem, uma redução dos preços dos derivados de mais de 30 anos. ❚ uma empresa estatal angolana do também, conversações com a Nigéria ramo da energia para dar andamen- para desenvolver projectos no sector to ao projecto. “Sempre procuramos de energia. ❚ www.embaixadadeangola.org 8 Economia MAIO 2012

MINISTRO DA ENERGIA E ÁGUAS ANGOLA: O SEGUNDO MAIOR ABASTECIMENTO DE ENERGIA FORNECEDOR DA CHINA ESTÁVEL DENTRO DE QUATRO ANOS

ngola foi o segundo maior for- merciais entre a China e as nações A necedor de petróleo à China no de língua portuguesa aumentaram 19 primeiro trimestre de 2012, a seguir por cento nos três primeiros meses à Arábia Saudita, noticiou o jornal deste ano, atingindo 27,8 mil milhões “China Daily”. Angola vendeu à Chi- de dólares, referem dados divulgados na este ano 9,5 milhões de tonela- pelos Serviços da Alfândega daquele das de petróleo, menos 4,7 milhões País. A China comprou, nos primeiros ministro da Energia e Águas, João frisou que as centrais hidroeléctricas de do que a Arábia Saudita e mais 2,4 três meses do ano, aos oito países O Baptista Borges, assegurou que a Cambambe II, de Laúca e do Soyo vão milhões do que a Rússia, o terceiro de língua portuguesa bens no valor estabilização definitiva do fornecimento ser as principais a trazer grandes bene- maior fornecedor. A Venezuela ocupa de em 19,2 mil milhões de dólares, de energia eléctrica a todo o País vai ser fícios à população. “O défice que há em o quarto lugar, seguida pelo Iraque, mais 21 por cento do que em igual uma realidade em 2016. O titular da pasta Luanda e no resto do País agrava‑se com Irão, Omã, Kuwait, Emirados Árabes período de 2011. No mesmo período da Energia e Águas, que falava na tomada a chegada do tempo quente. É natural Unidos e Brasil. A China importa, des- a China exportou para os países de de posse dos conselhos de administração que, a partir do fim do mês de Maio, de a década de 1990, mais de meta- língua portuguesa produtos avaliados da EDEL, ENE e EPAL, argumentou que, haja uma maior estabilidade”, disse o de do petróleo que consome. Arábia em 8,6 mil milhões de dólares, o que a partir de 2016, os principais empre- ministro. Para reduzir os défices actual- Saudita, Angola e Irão foram, no ano significa um aumento de 16 por cento endimentos hidroeléctricos vão passar mente registados, estão a ser realizados passado, os três maiores fornecedores em relação a igual período do ano a injectar blocos importantes de capa- trabalhos no sentido de se introduzir de petróleo à China. As trocas co- passado. ❚ cidade energética. João Baptista Borges maior capacidade térmica. ❚

“FEITO EM ANGOLA” TEKTÓNICA – 2012 PROGRAMA RELANÇA PRODUÇÃO MARCOS BARRICA APELA AO INVESTIMENTO LUSO EM ANGOLA

O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, destacou as “enormes oportunidades” de investimento, actualmente, no país, constituindo um desafio de internacionalização para o sector de construção e obras públicas de Portugal.

programa “Feito Em Angola”, lança- por produtos e serviços nacionais”, numa O do pelo Executivo, vem estimular o altura em que há um esforço para reduzir desenvolvimento dos produtos e serviços a dependência do exterior, convergindo produzidos em Angola, afirmou o ministro esforços para substituir as importações de Estado e da Coordenação Económica, pela produção interna e promover expor- Manuel Vicente. Falando em representa- tações no sentido de acelerar a diversifica- ronunciando‑se no “workshop de positivo” entre Portugal e Angola, ção do Presidente da República, Manuel ção da economia. Manuel Vicente salien- P mercado de Angola”, no quadro da salientando que “os laços são históri- Vicente afirmou que o programa é uma tou que “ o programa ‘Feito Em Angola’ 14ª edição da Feira Internacional de cos e incontornáveis, e estamos num acção estruturante da estratégia do Exe- compromete‑se a educar o consumidor Construção e Obras Públicas (Tektó- momento bom que deve ser preser- cutivo “Angola 2025” e surge para dinami- na preferência dos produtos e serviços nica – 2012), em Lisboa, o diplomata vado”. Para a organização do certa- zar a produção, agregando valor aos pro- nacionais e garante a procura, estimulan- angolano insistiu “em aproveitarmos me, Angola é um mercado “com um dutos e serviços nacionais. Na presença do as empresas nacionais a produzirem as fortes relações comerciais e empre- conjunto de várias oportunidades e dos ministros da Economia, Abraão Gour- e servirem com qualidade os angolanos sariais” entre os dois países. Segundo desenvolvimentos em infra‑estruturas gel, do Planeamento, Ana Dias Lourenço, e o mundo”. “Angola e os angolanos dão Marcos Barrica, “é necessário que os e é muito importante para as expor- da Justiça, Guilhermina Prata, além de en- hoje um passo fundamental em direc- empreendedores e os investidores tações portuguesas”. Segundo atesta, tidades eclesiásticas e representantes da ção à promoção da produção nacional, dos dois países invistam, porque a “o empresariado angolano está a dar sociedade civil, Manuel Vicente afirmou à criação de emprego, à diminuição da internacionalização dos mercados e passos importantíssimos para a sua que o lançamento público do “Feito Em dependência face às importações e ao dos negócios são cada vez mais um afirmação, tornando‑se em bom par- Angola” oficializa o “nascimento de um equilíbrio da balança comercial”, referiu enorme desafio”. Em recentes festivi- ceiro a ter em conta”. Além de Angola, vasto programa”. O ministro referiu que, o ministro de Estado e da Coordenação dades dos 10 anos de paz em An- o “workshop” debateu ainda as con- ❚ hoje, “é efectiva a dinamização da procura Económica. gola, Marcos Barrica havia apostado, dições dos mercados de países como para os próximos cinco a 10 anos, na Argélia, Moçambique, Alemanha, Cabo contínua consolidação “do que existe Verde, Marrocos, Líbia, França e Brasil. ❚ www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Economia 9 PATRIMÓNIO ANGOLANO: SALVAGUARDA E CONSERVAÇÃO URGENTES O país atravessa actualmente uma fase de prosperidade e crescimento a muitos níveis. Há cada vez mais e melhores acessos nas cidades, há uma preocupação crescente com o desenvolvimento social mas, por outro lado, a questão do património parece não fazer parte destes planos e estratégias de desenvolvimento.

Por: Gonçalo André Pedro

O que se passa com o o passado nos deixou, a memória cultural do povo angolano, já que não se pode nosso património? compreender a actividade turística sem É de longe que vemos o actual estado de associá‑la ao património etc. Manifesto conservação do nosso património. Depois a minha preocupação com a onda de de décadas de guerra chegou a hora de demolições da nossa herança patrimo- arrumar a casa. É necessário que a so- nial por todo país. Defendo a realização ciedade em geral saiba e dê importância de uma campanha de sensibilização de aos monumentos e sítios históricos, que Cabinda ao Cunene sobre a salvaguarda, o nosso país possui para inverter o ac- valorização e preservação do património. tual quadro de degradação em que se guarda do nosso património sinto‑me, no Medidas de salvaguarda Luanda é um exemplo de uma cidade viva direito de dizer que os nossos valores es- encontram. Daí a razão para chamarmos O principal objectivo da Convenção é a e rica, com mais de 430 anos de história tão a perder‑se. Por outro lado, reconheço à atenção para necessidade de defender salvaguarda do património, cujo primeiro e com uma oferta cultural diversificada. que a globalização tem desempenhado o o nosso património. Votado ao abandono passo consiste na identificação do patri- Nos bairros históricos de Luanda é pos- seu papel e ajuda no desaparecimento corre sérios riscos de desaparecer. Se tal mónio existente através de inventários. sível encontrar, exemplos do património e na destruição do património devido a acontecer é caso para dizer que é mais O património é um importante recurso arquitectónico, estátuas, praças, igrejas, falta de meios para a sua salvaguarda. um pouco do país que vai desaparecer turístico, porque expressa o que a comuni- monumentos, museus etc. que podem ser Há que pôr em prática um trabalho de num curto espaço de tempo. dade de acolhimento foi no passado, e é de grande atractivo, mas encontram‑ se conservação e de valorização da sua im- em mau estado de conservação. portância. A concepção de um programa no presente. Os turistas que são visitantes de animação do projecto de divulgação dessa comunidade têm curiosidade em para atrair ou captar novos públicos tanto saber isso. nacionais como internacionais é somen- te uma das muitas acções que poderão contribuir consideravelmente para que o papel simbólico se mantenha vivo. Sem que isso aconteça perde‑se assim o con- ceito de continuidade histórica ou mesmo o sentido da memória que nos pertence. É Necessário despertar e consciencializar toda comunidade. Pouco se tem falado, Corremos o risco de que os testemunhos na actualidade, sobre o nosso Patrimó- da nossa história desapareçam para sem- nio. Mais do que simplesmente falar do Em cada esquina, em cada recanto, há Património, não têm sido debatidas as pre. O contacto com o passado permi- sempre uma nova experiência para des- te‑nos viajar no tempo, apreciar o que vantagens e o conjunto de mais‑valias cobrir, quer seja nas ruas, nos becos dos que este legado pode proporcionar a fomos. Segundo a UNESCO, “entende‑se musseques que contam a história da O património é uma herança, que deve por Património Cultural todos os bens um determinado destino turístico. Devem, ser respeitado para ser mantido ao longo cidade, não obstante os seus museus, portanto, ser estabelecidas parcerias en- materiais e imateriais, que pelo seu re- palácios, monumentos característicos e de vários anos para as futuras gerações. É conhecido valor devem ser objecto de tre as estruturas ligadas à cultura com assim inseparável da comunidade que o arquitectónicos, etc, estão esquecidos. É as organizações da sociedade civil para tutela do direito”. Constituem, ainda. “O urgente a compreensão da importância formou ou criou e do seu âmbito natural Património Cultural e outros bens que, que, em comum, todos se revejam nos devendo ser preservados em toda a sua da manutenção do nosso património. Foi monumentos, museus e sítios históricos. sejam considerados como tais, pelos usos diversidade, a sua originalidade e sobre- com grande pesar que soube do desapa- Devemos incansavelmente apelar à so- e costumes e pelas convenções interna- tudo a sua riqueza. Um país sem passado recimento do Palácio de Ferro em Luan- ciedade civil no sentido de se juntar aos cionais” (…) “As formas de expressão, os é, um país sem presente, e sem futuro. da. Exemplo claro da falta de valorização esforços de conservação do património, modos de criar, fazer, viver; as criações Temos que recuperar a nossa história o do património. No entanto, na busca de ou seja, conservar aquilo que representa científicas, artísticas e tecnológicas; as nosso passado, porque somos um país identidade, o homem recorre ao passado a nossa história. Devemos propor que o obras, objectos, documentos, edificações rico em história. ❚ através do património: bens edificados, estado e as autoridades locais, se com- e demais espaços destinados às mani- património arquitectónico e paisagístico, prometam a unir forças para salvaguar- festações artístico‑culturais; os conjuntos os palácios, os monumentos, os castelos darem aquilo que temos vindo ao longo urbanos e sítios de valor histórico, paisa- etc. É importante apelar no sentido de as dos anos a perder. Todas as propostas a gístico, artístico, arqueológico, paleonto- populações da região, independentemen- serem tomadas devem servir para que se ERRATA lógico, ecológico e científico”. O turismo te da idade e sexo, o nível de formação adoptem medidas que permitam valorizar cultural não tem tido um tratamento sério. o segundo parágrafo do texto etc, se empenharem na preservação do o património histórico e cultural no país, Tudo por falta de incentivos como forma “Marcos Barrica contra segmentos nosso património. Fazê‑las entender que de forma a aumentar as ofertas turísticas, N opostos ao investimento angolano”, pá- de possibilitar, principalmente ao turista o que são actualmente reflecte o que fo- ou seja, para atrair mais turistas. E que angolano, um entendimento sobre o pa- ram no passado. Quero, contudo, mostrar todas as instituições abarcadas e que gina nove, da edição de Maio, um erro trimónio. A falta de percepção do grande que o Património em geral pode ser um pertence este universo possam interagir involuntário levou-nos a referir o em- potencial turístico, a falta da conjugação lugar mobilizador e de interesse público, com os habitantes. Para que todos pos- baixador de Angola em Portugal, José de esforço como forma de salvaguardar, se assim o quisermos, e se for reconhe- samos conservar aquilo que representa Marcos Barrica, como chefe da diploma- conserva e proteger o nosso património. cido como pertença do povo. Consciente a nossa história e nosso passado temos cia angolana. Na verdade, o embaixador Ou seja, temos vindo a perder tudo o que da vontade e da preocupação em salva- em primeiro lugar de combater a falta José Marcos Barrica é o representante de cuidado que existe por parte da po- máximo do Estado angolano em Portu- pulação em preservar o património. Voltar gal, e não chefe da diplomacia angola- as origens é falar a mesma linguagem. na, pelo que pedimos as mais sinceras desculpas aos nossos leitores. ❚

www.embaixadadeangola.org 10 Sociedade MAIO 2012

DIA DE ÁFRICA EM PORTUGAL “PARCERIA ENTRE PORTUGAL E O CONTINENTE AFRICANO NA ACTUAL CRISE» O embaixador de Angola, José Marcos Barrica, participou na Conferência sobre “Parceria entre Portugal e o Continente Africano na actual crise”, realizado no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.

abertura dos trabalhos foi feita com uma in- a crise: Construir juntos um futuro melhor”. Intervie- A tervenção de boas-vindas por António Sampaio ram ainda Inocência da Mata, professora santomense da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, assim da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, como de uma intervenção da embaixadora Karima com o título: “Ensinar África em Portugal: o desafio Benyaich, do Reino do Marrocos, decana do Grupo ético do reconhecimento da diferença”. O discurso Africano. A conferência foi também marcada pelas de encerramento esteve a cargo do de Luís Amado, intervenções do embaixador António de Almeida Ri- ex-ministro português dos Negócios Estrangeiros, que beiro, secretário-geral do Ministério dos Negócios Es- falou sobre as perspectivas e desafios de África. Como trangeiros português; de Viriato Soromenho Marques, era de esperar, houve um cocktail em honra dos par- da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ticipantes com degustação de gastronomia africana e com o título: “Evitando uma corrida até à exaustão ainda uma exposição sobre o tema: “Os africanos em dos recursos naturais. O contributo de Portugal para o Portugal – história e memória: séc. XV - séc.XXI”, de desenvolvimento sustentável em África”, bem como a Isabel Castro Henriques. ❚ intervenção de Eduardo Paz Ferreira, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa com o título: “Vencer Colaboração: Mateus Silvano

LANÇADO LIVRO SOBRE “DISCURSOS INCENDIÁRIOS” DE SAVIMBI Um livro sobre os “discursos incendiários” do então presidente da UNITA, Jonas Savimbi, no período da campanha eleitoral para as eleições gerais de 1992, foi lançado, este mês, no auditório da Embaixada de Angola em Lisboa, Portugal.

rata-se da obra “O Discurso de um ao olhar histórico do seu autor, à época T candidato – O Dr. Jonas Malheiro Sa- indicado pela RNA para acompanhar a vimbi”, de autoria do jornalista Armando campanha de Jonas Savimbi”. Regozijou- Francisco, ex-editor da Rádio Nacional de se com o facto de “20 anos depois, e Angola (RNA). O trabalho é um conjunto num quadro multipartidário que o país de relatos do ex-presidente da UNITA por vive, começar a fazer-se por diferentes várias regiões do país, quando da campa- intervenientes que estiveram no con- nha eleitoral de Setembro de 1992, cujo texto da guerra”. Nascido no município pleito deu vitória maioritária ao MPLA, do Soyo (província do Zaire), Armando nas legislativas, e uma segunda volta Francisco foi também adido de imprensa nas presidenciais. Ao intervir no acto de em Washington (Estados Unidos) e em apresentação, o autor disse que “o MPLA Londres (Inglaterra); cursou jornalismo e José Eduardo dos Santos, depois de 16 anos de poder legal, conquistaram na Rádio Escola, em Luanda, e depois o poder legítimo”. Com prefácio do jor- licenciatura na Universidade do Oriente, nalista e escritor Luís Fernando, a obra em Cuba. Actualmente a trabalhar para foi apresentada pelo também jornalista uma multinacional petrolífera, o autor angolano Baguet Júnior, na presença de estudou ainda relações internacionais várias personalidades, entre as quais o na Rússia e na Alemanha; gestão de embaixador de Angola em Portugal, José segurança industrial e análise de riscos Marcos Barrica. Para Baguet Júnior, o li- na Grã-Bretanha, assim como estratégia vro, uma edição bilingue (português e in- de negócios na Universidade de Harvard, glês) da “Letras Editores”, “vai de encontro Estados Unidos. ❚

www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Sociedade 11 “CARTA AFRICANA DE JUVENTUDE” EM PORTUGAL Jovens angolanos, integrados em associações em Portugal, discutiram, no dia 12 de Maio, a Carta Africana de Juventude, visando promover e atenuar o seu desconhecimento no seio daquela camada juvenil em terras de Camões. uma parceria entre a Associação do compromisso assumido para com N Nacional Juvenil de Imigrantes ‑ a União Africana aquando do recente Diáspora Juvenil Africana em Portugal Encontro Juvenil da Diáspora Africana (ANJI‑DJAP) e a Rede de Jovens da Di- em Portugal, a organização garante que áspora Africana na Europa (ADYNE), a o evento reforçará o diálogo e a coope- iniciativa aponta para os objectivos da ração permanente entre organizações Carta e o seu reconhecimento como juvenis euro‑africanas. Durante o semi- instrumento crucial para fortalecer as nário, foram realizadas mesas‑redondas contribuições, o papel e a participa- “solidariedade em tempos de incerteza” ção dos jovens no desenvolvimento e “responsabilização política para o de- dos seus países de origem. Resultante senvolvimento”. ❚

FESTA DE ANGOLA NO ALGARVE A Casa de Angola em Algarve (CAA) realizou, no final do mês passado, um primeiro reencontro com a comunidade angolana, “sedenta de eventos do género”.

presidente da direção da Casa de dez anos após se encontrar apenas em Junta de Freguesia de Quarteira, entre O Angola no Algarve, José Manuel gestão”. Além das entidades angolanas, outros. Intervieram no evento os presi- de Freitas, disse ao Mwangolé que representada pela vice‑cônsul de Ango- dente da CAA, da Câmara Municipal de constituíram ponto alto deste evento la em Faro, Irene Neto Paixão, o evento Loulé, da Câmara Municipal de Faro, o a exibição de peças teatrais por as- contou também com a presença dos secretário‑geral da CAA e a vice‑cônsul sociados da CAA, assim como danças, presidentes dos mais importantes mu- de Angola em Faro. Na sua intervenção, coreografias musicais e farra angolana. nicípios do Algarve: Loulé e Faro. Esteve os presidentes das câmaras municipais Manuel Freitas desejou que a presença ainda presente o cônsul‑geral de Mo- prometeram continuar a apoiar as as- do Consulado‑geral de Angola em Faro çambique em Lisboa, o presidente da sociações africanas no Algarve. ❚ se torne indispensável a este tipo de eventos e a todas iniciativas da CAA. É ainda sua intenção que a comunidade angolana esteja pronta a responder aos eventos promovidos pela CAA”. A ac- ção foi realizada no complexo turístico “Aquashow” e visou angariar fundos e reunir a comunidade angolana num en- contro festivo que permitisse “avaliar o modo como os nossos compatriotas se encontravam espalhados pelo Algarve, com vista a tornar mais fácil a sua con- gregação a volta da nossa Associação,

www.embaixadadeangola.org 12 Sociedade MAIO 2012

MINISTRO DA SAÚDE III ENCONTRO JUVENIL DA DIÁSPORA AUMENTA ESPERANÇA DE VIDA AFRICANA EM PORTUGAL Os jovens presentes no terceiro Encontro Juvenil da Diáspora Africana em Portugal, no âmbito do EM ANGOLA envolvimento juvenil da Diáspora africana e da escola de igualdade e desenvolvimento, reuniram no Centro ministro da Saúde disse, recen- O temente, que a esperança de Euro Africano de Juventude em Almada entre os dias vida dos angolanos passou de 48 20 e 22 do abril de 2012 para debaterem temas que anos, em 2008, para 52, em 2011. A taxa de mortalidade neo‑natal, que afetam a comunidade juvenil africana em Portugal. era de 98 por mil nascidos, baixou, s Jovens” congratulam‑se com a tegração dos jovens africanos na so- em 2010, afirmou, para 42 por mil iniciativa de juntar num mesmo ciedade portuguesa nascidos, número que em 2011 bai- “O espaço africanos de várias nacionalidades xou para 195. José Van‑Dúnem anun-  Fortalecer a ligação de redes das or- para refletirem sobre os problemas que ciou que o acesso aos serviços de criou problemas ao longo dos anos. ganizações africanas não apenas em afetam a comunidade em Portugal. saúde subiu de 30 por cento em A conquista da paz, salientou, permi- Portugal como em outros países 2001 para 44 por cento em 2010, tiu a reconstrução da rede sanitária Recomendações: o que permite dizer que “a saúde em mais de 40 por cento, a criação, Os jovens presentes reforçam as suas  Promover uma maior aproximação com disponibilidades para: no país não está tão doente assim”. desde 2009, de cinco universidades e a secretária do estado do Desporto e Em 2008, disse, registaram‑se 250 ca- ainda, este ano, devem ser reabertos Juventude e o Conselho de Europa no  Fortalecer a participação da comu- sos de mortalidade de crianças com 13 institutos de enfermagem, o que envolvimento das organizações africa- nidade juvenil africana em Portugal menos de 5 anos por mil nascidos vai contribuir para a melhoria dos nas em Portugal com o objetivo de mediação de conflitos sociais tanto vivos. O ministro indicou que com recursos humanos. O ministro tam- dinamizar o Centro Euro Africano de no país de acolhimento como nos a guerra, cerca de 70 por cento da bém revelou que o País tem 3.431 Juventude; países de origem; rede sanitária foi destruída, o que médicos. Um dos desafios do sector criou problemas ao longo dos anos. para os próximos tempos assumidos  Reforçar as prioridade da Agência Na-  Cooperar com as instituições portu- José van‑Dúnem afirmou que, apesar pelo Executivo é a municipalização cional portuguesa do programa juven- guesas na inclusão das organizações do sector viver alguns problemas, se dos serviços de Saúde. A redução tude em ação em relação as associa- africanas na tomada de decisões rela- “deve olhar de forma positiva” para a dos índices de malária, o combate ções juvenis africanas em Portugal; cionadas com as políticas que envol- vam a comunidade juvenil em Portugal situação para não se perder a espe- às doenças infecto‑contagiosas estão  Aumentar a aproximação da afirma- rança. José Van‑Dúnem recordou que, igualmente entre os desafios do sec- ção das associações juvenis de origem  Estreitar as relações entre as organiza- com a guerra, foi destruída cerca de tor, que conta com o concurso de vá- africana em Portugal com o Instituto ções juvenis com projetos que visem a 70 por cento da rede sanitária, o que rios parceiros sociais do Executivo. ❚ Português do Desporto e Juventude inclusão dos jovens no desenvolvimen- como forma de aumentar a plena in- to comunitário sustentável em África. ❚ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA QUER QUADROS NACIONAIS NA PRIMEIRA LINHA O ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, António Pitra Neto, defendeu que a mão‑de‑obra e os quadros nacionais devem estar na primeira linha no preenchimento das ofertas de emprego, proporcionadas OTORRINOLARINGOLOGIA pelo crescimento económico do País. de, aplicar e fazer aplicar ”. Segundo o titular do MAPESS, o mercado de trabalho enfrenta desafios de como LUSO‑ANGOLANA enquadrar a mão‑de‑obra, com o ne- cessário cuidado e utilidade, em países como Angola, onde a taxa de ocupação Médicos de Angola e de Portugal proclamaram, recentemente, laboral da força de trabalho activa é em Viseu (norte de Portugal), a Comunidade de predominantemente constituída pelo Otorrinolaringologia Luso‑Angolana (CORLUSANGOL), durante grande número de cidadãos e famílias o quinquagésimo nono Congresso Nacional, realizado naquela envolvidas em actividades auto‑remu- neradas. O ministro Pitra Neto advogou, cidade lusa, entre 28 de Abril e um de Maio. por isso, a reformulação, qualificação, ma nota de imprensa saída do médicas do mundo, com características revitalização e protecção do mercado referido Congresso indica que clínicas e cirúrgicas, visando “a capa- do trabalho nacional com visão mais U ministro falava na abertura do assinaram a institucionalização da citação de quadros e um relaciona- ousada de utilidade e prioridade, e encontro sobre “Dados numéri- CORLUSANGOL os presidentes das mento técnico‑científico mais estreito”. O com instrumentos mais consentâneos. cos do mercado de emprego”, realiza- sociedades otorrinolaringológicas de Embora Angola e Portugal tenham já Aperfeiçoar e reforçar as medidas para do pelo Ministério da Administração Angola e de Portugal, respectivamente, uma “parceira privilegiada” no campo atenuar ou desalentar a migração inter- Pública, Emprego e Segurança Social Matuba Filipe e António Sousa Vieira. otorrinolaringológico, especialistas de na em direcção aos centros urbanos é (MAPESS), afirmando ser “um imperativo A referida comunidade, entre outros ambos os países acreditam que a cria- também um desafio que o mercado de programático que todos devemos, com objectivos, “pretende aproximar ainda ção da CORLUSANGOL possa aumen- trabalho enfrenta. ❚ responsabilidade, realismo e efectivida- mais os dois países na área otorrino- tar “um vasto leque de oportunidades”, laringologia (ORL)”, considerada uma envolvendo doenças que afectam o das mais completas especialidades ouvido, nariz, faringe ou laringe. ❚ www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Sociedade 13 UNIVERSIDADES ESTRANGEIRAS ENERGIAS LIMPAS VIOLAM LEI ANGOLANA As instituições estrangeiras do ensino superior que META EM ANGOLA ministram em Angola cursos de pós‑graduação (especialização, mestrados e doutoramento) estão Um dos maiores objectivos de Angola no sector a incorrer numa ilegalidade, alertou o director energético é enfrentar e vencer as principais barreiras nacional de Formação Avançada, Alfredo Buza. que se colocam na concretização de projectos de energias renováveis, segundo revelou, em Hamburgo, Alemanha, e acordo com o responsável, do triculam os estudantes angolanos como a directora nacional das Energias Renováveis, Sandra D ponto de vista legal, nenhuma ins- se estivessem a frequentar a formação tituição de ensino superior estrangeira naquele país. “Existe aqui uma incoerên- Cristóvão, no VI Fórum Germano‑Africano de Energia, que pode ministrar cursos de pós‑graduação. cia e desonestidade científica”, afirmou, decorreu de 22 a 25 de Abril, onde se debateu a energia “Quem assim procede está a actuar à referindo que a entidade controladora solar, eólica, biocombustíveis, gás e petróleo. margem da lei, concretamente dos de- dos países estrangeiros não tem meca- cretos executivos 90/09 sobre as nor- nismos para fiscalizar se o estudante está erca de 300 especialistas, empre- está identificado em todo o país. “No mas gerais reguladoras do subsistema a frequentar as aulas naquele país ou C sários e entidades governamentais, entanto, através de um estudo que le- de ensino, e do 29/11 sobre o regula- em Angola. “Neste caso, somos nós que a maioria africanos e alemães, partici- vou dois anos, sabe‑se que na província mento do processo de criação e funcio- temos que coibir isso” declarou. O aca- param no evento, que culminou com desértica do Namibe há potencial para namento de cursos de pós‑graduação démico disse ter conhecimento de que uma visita à Feira de Hanover, 151 fazendas com mais de 100 MW”, disse. ❚ em instituições de ensino superior, uma algumas universidades angolanas cedem quilómetros a sul de Hamburgo. A vez que os cursos também não foram espaços às estrangeiras para a realização República de Angola esteve presen- aprovados”, enfatizou. O director nacional deste tipo de formação. Alfredo Buza te com uma delegação chefiada pelo de Formação Avançada acrescentou que esclareceu que uma instituição angolana, titular da pasta da Energia e Águas, algumas dessas instituições leccionam com cursos de pós‑graduação aprovados, João Baptista Borges, que incluiu o cursos que, do ponto de vista legal, não pode buscar parceria estrangeira, quer vice‑ministro dos Petróleos, Aníbal da existem, porque não foram aprovados do ponto de vista de conhecimento, quer Silva. Sandra Cristóvão referiu que o pelo órgão de tutela. Alfredo Buza disse da docência ou de equipamento, para potencial para o desenvolvimento do que as instituições estrangeiras, por não que a formação seja ministrada dentro projecto de energia eólica ainda não estarem autorizadas a ministrar cursos dos padrões de qualidade e de exigência de pós‑graduação fora do seu país, ma- internacionalmente aceites. ❚

Lusofonia GOVERNO DE TRANSIÇÃO NA GUINÉ‑BISSAU

primeiro‑ministro da Gui- meou Manuel Vaz para ministro e Helena Paula Barbosa (Ju- nidade Económica dos Estados O né‑Bissau formou um go- da Presidência do Conselho de ventude, Cultura e Desportos). de África Ocidental (CEDEAO) verno de transição de 28 mem- Ministros, da Comunicação So- Os ministros são membros dos culminou num acordo entre a bros, incluindo dois militares, cial e Assuntos Parlamentares, principais partidos políticos junta militar golpista e os par- indica um comunicado oficial. Faustino Fudut Imbali, ministro que apoiaram o golpe de Es- tidos políticos que prevê uma Manuel Serifo Nhamadjo como Rui Duarte Barros nomeou o das Relações Exteriores e Coo- tado militar de Abril, que aca- transição de 12 meses como presidente de transição e exi- coronel Celestino de Carvalho peração Internacional, e Abu- bou com o processo eleitoral. passo prévio para a convoca- gem o retorno à legalidade como ministro da Defesa e dos bacar Demba Dahaba para a O Parlamento estava parado ção de eleições presidenciais. constitucional e a convocação Veteranos da Guerra, enquanto pasta das Finanças e Economia. e vários diplomas e projectos O governo legítimo do PAIGC da segunda volta das eleições o coronel António Suka Ntcha- Duas mulheres integram o go- de lei condicionados à for- e grupos políticos que forma- presidenciais entre o ex‑pri- ma é o novo ministro do In- verno: Tomásia Lopes Moreira mação do novo Governo do ram uma frente contrária ao meiro‑ministro Carlos Gomes terior. O primeiro‑ministro no- Manjuba (Orçamento Estatal) país. A “mediação” da Comu- golpe rejeitam a nomeação de Júnior e Kumba Yalá. ❚ CENSO GERAL EM SÃO TOMÉ GUEBUZA QUER MAIS RECURSOS CONTRA PIRATARIA E PRÍNCIPE bre “novas ameaças à paz e segurança em África e no Mundo”, no Instituto In- ternacional de Estudos Estratégicos, dis- O Instituto Nacional se que o fenómeno ameaça a economia de Estatística (INE) do seu país e as futuras explorações de gás. O Presidente moçambicano salien- de São Tomé e Príncipe tou a importância de “soluções globais tem tudo preparado para desafios globais” e afirmou que o para a realização do envio de navios militares para o largo da Somália não elimina a pirataria, que IV Recenseamento Geral continua a crescer e deve ser reconhe- da População e da cida como “fenómeno global”. A pirataria, Habitação, este mês. referiu, “afecta as actividades económicas correntes e representa um risco para as operação abrange todo o ter- o número de habitantes, são as uni- nossas perspectivas económicas”. O Chefe A ritório nacional e obedece a dades estatísticas a observar. Neste Presidente de Moçambique afirmou, de Estado moçambicano também falou “critérios de exaustividade e simul- censo, o país vai ficar a saber quantos O em Londres, serem precisos mais re- de problemas de segurança em África, taneidade, tanto no que respeita aos cidadãos tem São Tomé e Príncipe, cursos e maior cooperação internacional designadamente de terrorismo, tráfico indivíduos como aos alojamentos, onde vivem e como vivem. Para tal, para combater a pirataria marítima em de drogas, crime organizado, migração ❚ por mais dispersos que se encon- foram necessários vários meses de África. Armando Guebuza, que falava so- e pobreza. trem”, informou o INE são‑tomense. preparação. Realizou‑se uma experi- A quantidade, tipo de habitação e ência piloto em Riboque e Micoló. ❚ www.embaixadadeangola.org 14 Cultura MAIO 2012

FEEL GOOD CLUB “SUSSUSSU” VIVER ANGOLA EM PORTUGAL

Segundo a gestão desta casa de diversão, Feel Good Club Sussussú é o espaço que muito os apaixonados e amantes da boa música angolana (no qual se destaca o género musical “Semba”) necessitavam para melhor confraternizarem aos ritmos quentes e tropicais de Angola.

ualidade, requinte e glamour personalizado e profissional a to‑ Q são para já sinónimos de su‑ dos os seus clientes e associados. cesso, o que obriga a uma selecção Sendo que a música é um dos facto‑ privilegiada dos seus associados e res culturais de união entre povos, potenciais clientes. O espaço com‑ convidamos‑vos a fazer parte deste porta zonas “reservado” e “Vip” Club de sucesso, que conta já com para associados com cartão Platina o apoio da LS Music – Sucursal em e Gold, para além de zonas opcio‑ Portugal, dando um modesto con‑ nais mediante reserva, sendo que tributo á cultura nacional. ❚ a lotação máxima deste espaço é Localização: Rua Andrade Corvo, de 160 pessoas. O Club funcionará nº 27B ‑ 1050‑008 Lisboa. com Matinée e Soirée, onde o tra‑ je clássico ou formal é obrigatório, Email: [email protected] oferecendo também um serviço Telemóvel: +351‑ 939 554 053

www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Cultura 15

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DE ARTE AFRICANA TÍTULOS ANGOLANOS EXPOSTOS NA ESCOLA AMERICANA

Mais de 50 títulos da literatura angolana estiveram expostos na Primeira Exposição de Arte Africana na Escola Americana de Lisboa (CAISL), enquadrada na Quinzena Africana para saudar o 25 de Maio, Dia de África.

encontrar livros em que podem entrar em contacto com aquilo que nós so- mos”, disse. Cornélio Calei disse ainda que o Ministério da Cultura se congra- tulou muito mais “quando ouviu falar de títulos de alguns escritores bastan- te consagrados, como o Dr. António Agostinho Neto e de outros tantos que MINISTÉRIO DA CULTURA têm contribuído para o forjamento da AGRADADO identidade nacional”. ❚ Reagindo a esta iniciativa, o Ministério angolano da Cultura diz ter acolhido com orgulho o evento. Em declarações à Rádio Nacional de Angola, o vice‑mi- nistro da Cultura, Cornélio Calei, disse que o contentamento é ainda maior, ntre as obras expostas, contam‑se sobretudo, quando se fala de títulos E as de Agostinho Neto, Óscar Ribas, de autores angolanos consagrados, que Lopito Feijó, Uanhenga Xitu, Manuel têm contribuído muito para forjar a nos- Rui, Albino Carlos, Manuel Pedro Pa- sa identidade nacional. “Nós recebemos cavira, Boaventura Cardoso e Ondjaki, a notícia com muito agrado, porque oferecidas à escola pelo Ministério an- aqueles que não têm possibilidade de golano da Cultura, no âmbito da sua conhecer a realidade literária angolana visão na promoção da cultura africana podem, através da exposição ou outra, junto dos jovens da referida escola. Além de literatura, a exposição, inaugu- especialista em literaturas africanas, rada pela ministra‑conselheira da Em- dissertou sobre as literaturas africanas, baixada de Cabo Verde em Portugal, o seu surgimento e condicionamento Cristina Pereira, abarca ainda cerca de durante o período colonial., alertando 200 peças de escultura, pintura, tecela- os jovens para a importância de se gem e cerâmica de Angola, Cabo Ver- interessarem pela literatura africana, de, Guiné‑Bissau, Moçambique e São que “já é uma referência entre os es- Tomé e Príncipe, uma iniciativa que a tudiosos da área”. A Quinzena Africa- diplomata cabo‑verdiana qualificou de na na Escola Americana, iniciativa e “excelente”, sublinhando a necessidade organização da jornalista e socióloga de “mostrarmos a beleza da cultura angolana, Luzia Moniz, englobou ainda africana” ao mundo. A anteceder a inau- uma exposição de trajes e acessórios guração da exposição, Pires laranjeira, escolares africanos, a cargo da estilista professor da Universidade de Coimbra, angolana Eduarda Camenha. FESTIN‑2012: FILMES ANGOLANOS CAUSAM “BOA IMPRESSÃO” Filmes angolanos participantes do terceiro do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Festin‑2012), realizado, em Lisboa, entre 9 e 16 de Maio, deixaram “boa impressão, apesar de não lograrem qualquer prémio”.

fonte da organização mostrou‑se enquanto “Amanhã”, do português Bruno A “muito surpreendido” com a quali- Cativo, foi a longa‑metragem escolhida dade dos filmes angolanos, embora- la pelo público. Nas curtas‑metragens, os mente “não ver nenhum deles entre os brasileiros “Todos os Balões vão para galardoados”. Para a fonte, que, na gene- céu” e “Marcovaldo” foram escolhidos ralidade, elogiou a participação dos paí- “ex‑aequos” como os melhores, enquan- ses africanos de língua portuguesa, disse to as menções honrosas sido entregues esperar que nas próximas edições o nível aos filmes “A Ponte” (Moçambique) e a de representatividade e competividade “Revolução nos Rabelados” (Cabo‑Verde). aumente. Na terceira edição do Festin, Já “A Fábrica” (Brasil) foi a curta preferida cuja sessão de entrega de prémios foi pelo público. Angola fez‑se representar apresentada pela modelo angolana Izilda no certame com as peliculas “Outros Ri- Mussuela, o júri elegeu o filme “Febre tuais Mais ou Menos”, de Jorge António, do Rato”, do realizador brasileiro Cláudio assim como por “Teatro de Quintal” e Assis, como a “Melhor Longa‑Metragem” “Festa de Quintal”, ambos do realizador em competição. Por outro lado, os filmes Coreón Dú. A edição deste ano do Festin brasileiros “Trampolim do Forte”, de João homenageou a cinematografia brasileira, Rodrigo Mattos, e “Amor?”, de João Jardim, no âmbito das comemorações do Ano foram agraciados com menções honrosas, do Brasil em Portugal. ❚

www.embaixadadeangola.org 16 Curiosidades MAIO 2012 CIENTISTAS AUSTRALIANOS PERTO DE DIMINUI INGESTÃO DE CAFÉ CRIAR VACINA CONTRA MENINGITE RISCO DE MORTE NO MUNDO Um grupo de investigadores de uma universidade australiana afirma estar perto de desenvolver uma Os adultos entre os 50 e os 71 anos que bebam vacina contra um tipo de meningite, que ataca pelo menos três chávenas de café por dia podem ver maioritariamente na Europa e na América do Norte reduzidos os riscos de morte em dez por cento, em e mata anualmente centenas de pessoas. relação aos que não bebem café, indicou um estudo do instituto nacional norte‑americano do cancro. estes feitos em adolescentes na Aus- T trália, Polónia e Espanha demonstra- sta pesquisa foi feita a partir de de café por dia, normal ou desca- ram que eles desenvolviam imunidade E um questionário submetido a um feinado, apresentam menos riscos de sem grandes efeitos secundários, de acor- grupo de 40 mil pessoas desta faixa morrer de doenças cardiovasculares e do com um estudo publicado na revista etária, entre 1995 e 1996, e os partici- respiratórias, de AVC, de ferimentos, de médica “The Lancet Infectious Diseases”. pantes foram seguidos até 31 de De- diabetes ou de infecções. Apesar de Depois de lhes ser administrada a vacina, zembro de 2008. Os resultados, publi- tudo, os investigadores alertam, desde os membros do grupo de teste criaram cados na revista médica “New England logo, que não podem estar certos, anticorpos que são activos contra 90 por Journal of Medicine”, na edição de 17 cientificamente falando, que o consu- cento das estirpes de meningite do grupo de Maio, mostra que as pessoas que mo de café possa prolongar o tempo B, que afectam os Estados Unidos e a consomem pelo menos três chávenas de vida das pessoas. ❚ Europa. A meningite, uma inflamação das entre os cinco e os 14 por cento. Muitos membranas que envolvem o cérebro e a dos que sobrevivem à doença ficam com espinal‑medula, atinge sobretudo adoles- danos neurológicos permanentes e perda centes e tem uma taxa de mortalidade de audição. ❚ QUIABOS

O quiabo é uma planta da família da malva. O seu fruto é uma cápsula fibrosa cheia de sementes brancas redondas, muito utilizada em culinária antes da maturação.

e origem africana, o quiabo en- e mucosas em geral. A vitamina A INEXISTENTE RELAÇÃO D trou em muitos pratos típicos também protege o fígado. A vitamina angolanos e brasileiros, como o quia- B1, também presente no quiabo, é bo cozido com camarão, o refogado decisiva para o bom funcionamento de carne com quiabo, o calulu de do sistema nervoso, a vitamina B2 é ENTRE COLESTEROL BOM peixe ou a moamba de galinha. Pode importante para o crescimento. Fru- ser apreciado cozido. Os quiabos têm to de fácil digestão, é recomendado forma de cápsula, são verdes e pelu- para pessoas que sofrem de proble- dos e apresentam um tipo de goma mas digestivos. Por isso mesmo, é E REDUÇÃO DE ENFARTE viscosa. Rico em Vitamina A é de ex- eficaz contra infecções dos intestinos, trema importância para a visão, pele bexiga e rins. ❚ Um estudo publicado na revista “Lancete” garante que não há relação entre o colesterol HDL, conhecido como colesterol bom, e o risco de enfarte. s autores do estudo chegaram a colesterol bom pode não prevenir en- O esta conclusão após analisarem bio farte. “Nos testes clínicos com remédios marcadores genéticos para determinar se que aumentam os níveis do colesterol o HDL participava directamente ou não bom não se observou uma diminuição no processo que desencadeia a doença. do risco de enfarte do miocárdio”, disse A pesquisa analisou uma característica o coordenador do grupo de pesquisa em genética que aumenta os níveis do coles- epidemiologia e genética cardiovascular terol bom sem influir nos de LDL e nos do IMIM, Roberto Elosua. ❚ triglicerídeos. Esta característica genéti- ca aumenta a quantidade de colesterol bom em 2,5 miligramas por decilitro, o que, referem os estudos epidemiológicos, deve significar uma redução de 13 por cento de risco. Após mais de 115 mil casos terem sido estudados verificou‑se que os portadores desta característica não correm menos riscos de enfarte. O resultado do estudo é vital para o fabrico de novos remédios, anunciou, em Barcelo- na, o Instituto das Pesquisas do Hospital do Mar (IMIM), que participou no estudo que contraria a ideia que aumentar o www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Mundo 17 HILLARY CLINTON PRESSIONA ÍNDIA FIDEL CRITICA OBAMA A secretária de Estado norte‑americana, Hillary Clinton, pediu às autoridades indianas que reduzam mais as O líder cubano Fidel Castro criticou o presidente suas importações de petróleo iraniano e lembrou que o americano, Barack Obama, por assumir o papel desenvolvimento de uma bomba atómica por parte de de “tribunal” e “carrasco”, em referência à Teerão era algo de devastador para o mundo. operação que levou à morte de Osama Bin Laden. Índia “está a reduzir as suas com- solução pacífica para esta crise e ressaltou o completar o primeiro ano nesto jamais fica de acordo com os A pras de petróleo iraniano. Elogiamos os esforços do Presidente Barack Obama “A do assassinato de Bin Laden, actos terroristas, mas por acaso tem as medidas que foram tomadas até agora, para ajudar o povo iraniano. ❚ Obama compete com o seu adver- o Presidente dos Estados Unidos o mas esperamos que sejam maiores”, disse sário (o republicano) Mitt Romney direito de julgar e o direito de matar? Hillary Clinton num fórum em Calcutá, na justificação daquele acto perpe- De converter‑se em tribunal e, ao no leste da Índia. Hillary acrescentou que trado numa instalação próxima da mesmo tempo, em carrasco e rea- pensava que havia um fornecimento de Academia Militar do Paquistão, um lizar tais crimes, num país e contra petróleo “adequado” nos mercados para país muçulmano aliado dos Estados um povo situados do lado oposto compensar a redução das compras de pe- Unidos”, afirma Fidel Castro num ar- do planeta?”. Fidel criticou de igual tróleo iraniano. Diante de um auditório tigo publicado na imprensa oficial, modo os “colossais gastos de guerra composto principalmente por estudantes, notícia a AFP. “Ninguém que é ho- de Obama que o mundo paga”. ❚ Hillary ressaltou que o Irão pode causar problemas à Índia e lembrou o atentado contra a embaixada de Israel em Nova Déli, em Fevereiro, no qual se suspeita que agentes iranianos estiveram envolvidos. No encontro que manteve com os estudantes em Calcutá, a chefe da diplomacia america- na declarou que Washington aposta numa

OTAN COM ESCUDO PARA TRAVAR MÍSSEIS IRANIANOS O secretário‑geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, manifestou a determinação da Aliança do Atlântico Norte (OTAN) em avançar na construção de um sistema de defesa antimísseis, MEDVEDEV ADVERTE OCIDENTAIS após o êxito do primeiro teste realizado. SOBRE GUERRAS PRECIPITADAS

OTAN e a Rússia ainda não conse- et Journal” que, depois da reunião A guiram alcançar um acordo sobre de cúpula de Chicago, a organização o assunto, diante dos temores do go- vai mesmo ampliar o sistema em di- primeiro‑ministro russo alertou, embarcar para os Estados Unidos onde, verno de Moscovo de que o sistema recção à plena capacidade operacio- O este mês, os países ocidentais para em Camp David, participou na reunião ocidental está dirigido contra o seu nal. O responsável acrescentou que “as intervenções militares precipitadas” do G8. “As intervenções militares preci- próprio arsenal de dissuasão nucle- a OTAN já desenvolveu um sistema que podem levar extremistas ao poder pitadas terminam habitualmente com a ar, apesar das garantias dadas pela de comando e controlo inicial para ou a conflitos regionais que provoquem chegada de extremistas ao poder”, disse, OTAN, que afirma querer neutralizar equipar os sistemas americanos com uma guerra nuclear. Dmitri Medvedev numa referência à situação na Síria e à o Irão e outras fontes de ameaças. sensores proporcionados por aliados lançou o alerta numa reunião jurídica queda do regime de Muammar Kadhafi Rasmussen garantiu ao “The Wall Stre- europeus. ❚ em São Petersburgo, pouco antes de na Líbia. ❚

www.embaixadadeangola.org 18 África MAIO 2012 SAUDADES NA LÍBIA DA ERA DE KADHAFI Alguns meses depois do fim da guerra, a Líbia está a passar por um período muito difícil e, nalguns casos, chega‑se mesmo a ouvir cidadãos afirmarem ter saudades de Muammar Kadhafi, o que levou o CNT a tomar medidas duras, através de uma lei, para punir todos aqueles que se mostrem a favor do antigo regime, noticiou a Pana. Conselho Nacional de Transição dizem vítimas de discriminação, assaltos pelo que passou e uma outra lei res- O (CNT) da Líbia, segundo um dos seus e violações dos seus costumes, por parte ponde a essa situação, ao criminalizar a membros, Fhati Baja, espera manter as coi- de indivíduos descritos pelas autoridades glorificação de Kadhafi, dos seus filhos ou sas sob controlo e a adopção de uma lei como revoltosos. Alguns cidadãos, além de do seu regime, bem como a difusão de que põe sob a alçada da autoridade judici- clãs seguidores de Kadhafi, questionam falsas informações ou de rumores sobre ária, todos os bens e riquezas acumuladas as autoridades sobre a actual situação a situação líbia. Os mais afectados são os por Kadhafi e por diversas personalidades e queixam‑se que as coisas chegaram a clãs próximos a Muammar Kadhafi, que do seu regime, vai ajudar a desintegrar um ponto insustentável, com sinais fortes têm sido reduzidos à condição de simples esses pequenos focos. O cenário apre- de corrupção no governo e falta reco- actores pelas actuais autoridades, que os sentado é de uma Líbia com indícios de nhecimento daqueles que lutaram para deixam de fora na recolha de contributos divisões nos principais grupos armados derrubar o antigo regime. O Conselho para a restituição da ordem e segurança que derrubaram o regime de Muammar Nacional de Transição (CNT) acrescentou nacional, assim como lhes negam apoio Kadhafi e de confrontos entre clãs que se que jamais o povo líbio volta a passar social e político. ❚

DESIGUALDADES PÕEM BAN KI‑MOON CONDENA EM RISCO CRESCIMENTO ATAQUE CONTRA PRESIDENTE ECONÓMICO DE ÁFRICA DIONCOUNDA TRAORÉ O secretário‑geral das Nações Unidas condenou O forte ritmo de crescimento económico africano está em “firmemente” o ataque contra o líder interino risco devido à crescente desigualdade e marginalização do Mali, Dioncounda Traoré, que lhe causou de partes da sociedade, alerta um relatório sobre o ferimentos na cabeça. Progresso de África divulgado em Londres. m comunicado, Ban Ki‑moon exorta que possa manchar o processo de transi- E o Exército e as instituições de segu- ção e perigar a paz e a estabilidade no iferenças nas oportunidades rança do Mali “a cumprirem a sua função país”. O presidente interino do Mali está “D básicas ‑ de saúde, educação de proteger o Estado e as autoridades em Paris, capital da França, para realizar e participação na sociedade ‑ impe- legítimas” e defende o julgamento dos exames médicos na sequência da agres- dem milhões de africanos de alcan- responsáveis do ataque. O documento são de que foi alvo no seu gabinete por çar o seu potencial, travando o pro- indica que o ataque periga os “intensos manifestantes hostis à sua manutenção gresso social e económico”, lamentou esforços” de mediação da Comunidade no poder, anunciou o governo. O por- Koffi Annan, antigo secretário‑geral Económica dos Estados da África Oci- ta‑voz do governo de Bamako afirmou da ONU e presidente do Painel do dental (CEDEAO) para restaurar a ordem que o Presidente interino Dioncounda Progresso de África, responsável pelo constitucional no Mali e que o líder das Traoré “honrou um compromisso médico relatório. Na última década, a média Nações Unidas “exorta todos os actores de longa data e regressa ao país assim de crescimento económico de 70 por do país a absterem‑se de qualquer acção que o médico o decidir. ❚ cento dos países do continente foi superior a quatro por cento, mas a maioria destes países não deve alcan- çar os Objectivos de Desenvolvimen- to do Milénio em 2015, em termos de alimentação, mortalidade infantil, saúde materna e educação. O relató- rio pede maior empenho dos políti- cos na criação de empregos, justiça e igualdade social e que o fracasso em alcançar um crescimento sustentável África está a tornar‑se num local de resultará num “desastre demográfico”. investimento, de “imensa inovação e Ainda assim, Annan considera que a criatividade” e num “potencial pólo mensagem geral “é positiva” e que de crescimento global”. ❚

www.embaixadadeangola.org MAIO 2012 Desporto 19

BASQUETEBOL RECREATIVO DO LIBOLO CAMPEÃO JOSÉ CARLOS GUIMARÃES formação do Recreativo do Libolo tor- nacional foi mais do que merecido. Depois SELECCIONADOR NACIONAL A nou‑se na sexta equipa a conquistar de ter ocupado o segundo lugar na fase o maior galardão da “bola ao cesto”, numa regular, com 42 pontos, menos um que o época em que a regularidade foi a sua maior 1º de Agosto, que foi o grande vencedor, divisa. Com esta conquista, os libolenses, a equipa do Libolo surpreendeu tudo e DE BASQUETEBOL comandados por Raul Duarte, juntaram‑se todos ao terminar a fase final de forma ao leque restrito de equipas que tiveram o invicta. Na fase regular, o Libolo em 22 jogos, Federação Angolana de Basquebol privilégio de arrebatar o anel nacional ‑ 1º somou 19 vitórias e três derrotas, tendo A (FAB) indicou, para eleccionador na- de Agosto, Petro de Luanda, Sporting de anotado 2094 pontos e sofrido 1487. Já na cional de basquetebol sénior masculino, Luanda, Ferroviário de Luanda e ASA. Pela fase derradeira, a formação do Kwanza‑Sul o carismático José Carlos Guimarães, primeira vez na história do basquetebol an- somou dez vitórias em igual número de que fica à frente dos vice‑campeões qualificarmos para os jogos e ao mes- golano, o título de campeão nacional saiu da jogos. Números que ilustram na perfeição a africanos até ao Afrobasket‑2013, a ser mo tempo projectar o Afrobasket‑2013”, capital do País. Desde a sua criação, o grémio superioridade do actual campeão nacional disputado na Côte d’Ivoire. O ex‑cam- explicou. Acrescentou que a intenção da vila de Calulo vem dando mostras do seu em título, que passa a somar dois importan- peão africano como jogador e como é criar um grupo coeso na qualifica- potencial, o que culminou com a conquista tes troféus, depois de, no início da época, ter técnico‑adjunto vai preparar um grupo ção para Londres e manter o mesmo da 34ª edição do Campeonato Nacional de conquistado a Supertaça Wladimir Romero. para reconquista do título africano, co- até o próximo africano com pequenas Basquetebol em seniores masculinos. Depois Em 32 jogos disputados na 34ª edição do meçando pela participação no torneio alterações. “Angola ainda é a melhor de perder o seu esqueleto base no início Campeonato Nacional da bola ao cesto, a pré‑olímpico e de seguida nos Jogos selecção africana, vamos tentar corrigir da época desportiva, com principal realce equipa do Kwanza‑Sul somou 29 vitórias, Olímpicos. Carlos Guimarães disse que o que esteve mal no Afrobasket‑2011 para o norte‑americano Reggie Moore, os averbando apenas três derrotas. Em função cada competição em que participar vai e aperfeiçoar o que esteve bem. Deve- internacionais angolanos Domingos Bonifá- dos números, a equipa do Recreativo do potenciar as provas seguintes. “Cada mos jogar no contra‑ataque e potenciar cio e Leonel Paulo, todos transferidos para Libolo acabou por ser o justo vencedor do prova serve para preparar outra. Va- os lançadores como sempre fizemos”, o 1º de Agosto, Raul Duarte conseguiu re- campeonato. Na fase final, o Libolo somou mos ao torneio pré‑olímpico para nos salientou. ❚ estruturar a equipa e a conquista do título 20 pontos, contra 18 da equipa militar. ❚

PREPARAÇÃO PARA APURAMENTO AO BRASIL-2014 PALANCAS NEGRAS EMPATAM COM MACEDÓNIA NO TESTE EM PORTUGAL O combinado nacional de futebol, os Palancas Negras, empatou, no final do deste mês, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, com a Macedónia (0-0), no último dia de preparação em Portugal, visando o apuramento ao Mundial – 2014, no Brasil. jogar no clássico 4X3X3, com um voltava a desperdiçar flagrante oportuni- o mesmo equilíbrio, mas com as entradas A modelo ofensivo circunscrito em ata- dade de inaugurar o “placard”. Porém, a de Mateus e de Kivuvu ganhámos maior que contínuo e móvel, assim como defen- subida quase avassaladora da Macedónia equilíbrio”, apontou Romeu Filemon. Quan- dendo-se em bloco, com posicionamento encontra entrave, depois de várias mexi- to ao jogo diante do Uganda (domingo) na zona intermédia do campo de forma das, sobretudo, no ataque angolano, com as para as eliminatórias ao Mundial de 2014, pressionante, o combinado nacional teve saídas de (substituído por Miguel), no Brasil, mostrou-se convicto de que “os o controlo do jogo na primeira etapa da Mingo Bile (Manuel), Dinis (Adwá), ugandenses vão se defender bem”, mas partida, embora em alguns momentos os Mano (Kivuvu), Djalma (Kembuá) e vincou que o único resultado que interessa macedónicos pudessem equilibrar a con- (Mateus). Igualmente, as seis mudanças no a Angola é a vitória. ❚ tenda. Contudo, houve uma tentativa de esqueleto contrário, com as substituições de “inversão dos papéis” por culpa da ascensão Goran Pandev e de Filip Ivanovski, vieram da equipa do leste europeu, país balcânico a se posicionar fundamentais no declínio que até 1991 fazia parte da Jugoslávia, nos do jogo do conjunto europeu, aproveitado EQUIPA DA COMUNIDADE instantes finais dos primeiros 45 minutos. por Angola para reequilibrar a “contenda”. Apenas foi nesse período que o jovem Individualmente, além do posicionamento “keeper” angolano Neblú revelou-se ao seguro de Neblú, destacaram-se ainda as EM ANGOLA jogo, com intervenções que o potenciem investidas de Djalma; os esforços, embora “candidato natural” à baliza angolana. Na desapoiados, de Manucho Gonçalves e de selecção da comunidade an‑ segunda parte, quando se esperava que a Mateus; assim como a tranquilidade dada A golana em Portugal embar‑ entoada de jogo da primeira parte se re- por Massunguna. Pelo “reverso da moeda”, cou, no final do mês, a Angola, petisse, a Macedónia tomou conta do jogo esperava-se mais de Lunguinha, Mingo Bile “ENTRÁMOS MAL NA para disputar um amigável com e muitos dos adeptos angolanos presentes ou a “revelação” sambila, Yano. Com a arbi- SEGUNDA PARTE”, DIZ a equipa “Candengues Habilido‑ no estádio pertença do Estoril Praia, recém- tragem de “luxo”, liderada por Pedro Proença, SELECIONADOR ANGOLANO sos”, pertença do ex-internacional regressado à principal liga lusa, temiam que coadjuvada por Jorge Sousa, Duarte Gomes, No final do jogo, o treinador da selecção Akwá”, no Estádio dos Coqueiros, Angola sofresse um golo. Aos 20 minutos Bertino Miranda e Ricardo Santos (equipa em Luanda. A comitiva comuni‑ da segunda parte, Sikov cabeceia forte, que apitará no Euro – 2012), Angola jogou angolana de futebol, Romeu Filemon, ad- mitiu em conferência de imprensa que tária angolana foi composta por mas a segurança de Neblú inviabiliza os com: Neblú, Lunguinha, Bastos, Massunguna, 23 elementos e foi chefiada por intentos dos comandados de John Toshack, Amaro (Miguel), Mingo Bile (Manuel), Manu- por aquilo que fez na primeira parte, a sua equipa poderia vencer o jogo. Ro- João Santos. O treinador da equi‑ dotados de boa constituição física. Minutos cho Dinis, Mano (Kivuvu), Djalma (Kembúa), pa, Paulo Victor, disse que o gru‑ depois, novamente o inconformado Sikov Manucho Gonçalves e Yano (Mateus). meu Filemon caracterizou o jogo “muito sério, disciplinado, organizado e tranquilo po estava preparado para “deixar diante de um futebol da Macedónia, que boa imagem” em Angola, apesar é novo”. Segundo o treinador angolano, de algumas baixas por problemas “contra Portugal, a Macedónia defendeu- burocráticos. A deslocação teve se bem e saía em contra-ataque, mas era o total apoio da Embaixada de nossa convicção que contra nós eles seriam Angola em Portugal e constitui mais abertos”. “Vieram com a lição bem uma promessa do embaixador estudada, mas entrámos para jogar bem José Marcos Barrica. ❚ na defesa e sair bem para o ataque”, disse, lamentando o facto de, na segunda parte, os “palancas negras” terem entrado mal, Mais pormenores porque “alguns jogadores ressentiram o na próxima edição. peso da primeira parte”. “O Djalma não teve

www.embaixadadeangola.org 20 Destaque MAIO 2012 “GALA DO FINALISTA” VALORIZA ESTUDANTES ANGOLANOS

Associação de Estudantes Ango‑ desenvolvimento de Angola e valo‑ A lanos em Portugal (AEA ‑ Por‑ rizar os estudantes a perseguirem tugal) promoveu, no dia 19 deste com os estudos e reforçar os pilares mês, em Lisboa, uma “Gala do Fi‑ da identidade cultural e social an‑ nalista”, que reuniu perto de 300 golana no meio da classe estudantil. estudantes. O encontro visou reco‑ Indentificar e reconhecer o mérito nhecer o empenho e dedicação de‑ dos estudantes angolanos em Por‑ monstrado pelos estudantes ango‑ tugal, estimulá‑los a participarem lanos durante o período académico, dos esforços do Executivo angolano assim como incentivar o regresso na manutenção da paz e reconcilia‑ dos quadros nacionais ao País, de ção nacional no país, foram outros forma a contribuírem no processo dos propósitos. ❚

A FECHAR In Discurso do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, no almoço oferecido a Cristina Fernandez Kirchner, Presidente da República Argentina (Luanda, 18 de Maio de 2012)

ão conhecidos os relatos his- o caldo cultural de onde emana a no sentido de aprofundar os estu- «Stóricos da participação de ele- máxima expressão musical argentina, dos sobre o contributo africano para mentos da população africana na luta o tango, hoje já reconhecido como a história do país, resgatando assim comum contra a escravatura e a colo- ‘património da Humanidade’. É salutar uma memória que corria o risco de nização ibérica e pela independência constatar que existe neste momento, ficar diluída e esquecida entre a de de vários países latino‑americanos, as- por parte de sectores intelectuais e tantas outras influências idas do ex- sim como da sua contribuição para culturais da Argentina, um movimento terior (…)». ❚

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