PROGRAMA DE ACÇÃO TERRITORIAL DA ZONA ESTRATÉGICA DE DESENVOLVIMENTO DE ALENQUER – AZAMBUJA (PORTA NORTE DE LISBOA)

VOLUME I – CARACTERIZAÇÃO / DIAGNÓSTICO

VERSÃO FINAL

JUNHO 2009

PROGRAMA DE ACÇÃO TERRITORIAL da Zona Estratégica de Desenvolvimento de ALENQUER - AZAMBUJA – Porta Norte de Lisboa

ÍNDICE:

01. NOTA PRÉVIA 4

01.1 PROGRAMAS DE ACÇÃO TERRITORIAL 4

02. INTRODUÇÃO 7

02.1.1 ENQUADRAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO - ZEDAA 14

02.2 OBJECTIVOS 15

02.3 METODOLOGIA 15

03. SÍNTESE DOS INSTRUMENTOS DE ORDEM SUPERIOR E TERMOS DE

REFERÊNCIA 18

03.1 INTRODUÇÃO 18

03.2 ESTRATÉGIA REGIONAL LISBOA 2020 18

03.3 PROT-AML 19

03.4 PROT-OVT 22

03.5 PROGRAMA DE ACÇÃO PARA O OESTE 24

03.6 PLANOS MUNICIPAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO – PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE ALENQUER E AZAMBUJA 24

04. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA 32

04.1 COMPONENTE ECOLÓGICA E PAISAGÍSTICA 32

04.1.1 Introdução 32

04.1.2 As Orientações do PROT-OVT para a Área de Intervenção 32

04.1.3 A Paisagem da Área de Intervenção 34

04.1.4 Os Valores Naturais e as Áreas com Interesse Para a Conservação da Natureza e Biodiversidade 36

04.2 ESTRUTURA ESPACIAL E ENQUADRAMENTO 38

04.3 REDE VIÁRIA E ACESSIBILIDADES 45

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04.3.1 Oferta Actual – Rede Viária 45

04.3.2 Oferta Actual – Transportes Colectivos 67

04.3.3 Análise da Procura Actual 68

04.4 VALÊNCIA DA ECONOMIA URBANA 72

04.4.1 Breve Caracterização Socioeconómica das 73

04.5 CONCLUSÕES 80

05. DIAGNÓSTICO PROSPECTIVO E ESTRATÉGIA 84

06. EQUIPA 88

ANEXO

MODELO DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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01. NOTA PRÉVIA

O Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de Setembro, na sua redacção actual, define para a Programação e os Sistemas de Execução dos Planos o seguinte:

Os municípios promovem a execução coordenada e programada do planeamento territorial, com a colaboração das entidades públicas e privadas, procedendo à realização das infra- estruturas e dos equipamentos de acordo com o interesse público, os objectivos e as prioridades estabelecidas nos planos municipais de ordenamento do território, recorrendo aos meios previstos na lei.

A coordenação e execução programada dos planos municipais de ordenamento do território determinam para os particulares o dever de concretizarem e adequarem as suas pretensões às metas e prioridades neles estabelecidas.

A execução dos sistemas gerais de infra-estruturas e equipamentos públicos municipais e intermunicipais determina para os particulares o dever de participar no seu financiamento.

01.1 PROGRAMAS DE ACÇÃO TERRITORIAL

Os Programas de Acção Territorial encontram-se enquadrados de acordo com o art.º 17.º da LBOT (Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto).

Extraído da Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto

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Os Programas de Acção Territorial são ainda mencionados no art,º 121.º do RJIGT, no capítulo referente à execução, compensação e indemnização.

Extraído do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro

Entenderam os municípios de Alenquer e de Azambuja, na sequência de reuniões de trabalho efectuadas com os Gabinetes da tutela em matéria de Ordenamento do Território e Obras Públicas, que a área de intervenção do PAT integra um conjunto de elementos estruturantes que necessitam da referida coordenação integrada, nomeadamente:

1. Parte significativa do território destes municípios esteve sujeita às condicionantes impostas pelas medidas preventivas do Novo Aeroporto de Lisboa;

2. Esta área corresponde sensivelmente ao corredor de logística envolvente ao Nó do Carregado e ao longo das Estradas Nacionais 1, 3 e 366, corredor que reúne um conjunto de factores que impulsionam a procura de mercado, designadamente, acessibilidades, proximidade de mercado (ao núcleo central da Área Metropolitana de Lisboa), especialização da área (logística e transportes, serviços e apoio às empresas e parques empresariais), e capacidade de oferta de trabalho, acrescendo ainda a oferta para habitação lazer de áreas com espaço e qualidade.

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Mediante o exposto, foi acordado a elaboração a elaboração de um Programa de Acção Territorial para integral uma análise conjunta das dinâmicas deste território e conjugar objectivos e acções.

Por fim, mas não menos importante, visa-se com o presente Programa de Acção articular as intervenções das entidades competentes em função da matéria e do território, no sentido de se dar substancia e estratégia às orientações referidas no PROT-OVT relativas à Porta Norte de Lisboa, cuja síntese se refere no ponto 4 deste relatório, relativo à Estratégia para o PAT.

Sublinha-se que a legislação é omissa quanto aos procedimentos e dinâmicas dos PAT.

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02. INTRODUÇÃO

Os Concelhos de Alenquer e Azambuja, constituem, a Porta Norte da Área Metropolitana de Lisboa; tal como foi referido Nos estudos do Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo.

Integrado no quadro de uma região metropolitana alargada, os Concelhos de Alenquer e Azambuja encontram-se no centro de uma área que concentra parte significativa da produção nacional e da população residente no país.

O posicionamento da área de intervenção do PAT relativamente a outras áreas relevantes da Grande Lisboa e da Áreas Urbanas do Distrito de Leiria, proporciona ainda a este território boas capacidades para ser complementar a estes.

Para definição da área de intervenção foram atendidos os seguintes critérios:

1. Incluir na área de intervenção o território que foi mais directamente afectado pelas condicionantes impostas pelas Medidas Preventivas à Instalação do Novo Aeroporto de Lisboa na Ota;

Fig 1:Sobreposição da área de intervenção com as zonas sujeitas a medidas preventivas

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2. Incluir na área de intervenção, os sistemas ecológicos, urbanos e económicos, bem como, as redes fundamentais de Alenquer e Azambuja, na área sensivelmente sobreposta àquela que foi afectada pelas medidas preventivas, com vista a perfazer os objectivos definidos para os PAT, quer na LBOT, quer no RJIGT;

Fig 2: Sistema Ecológico de Alenquer / Azambuja (Corredores e áreas nucleares estruturantes)

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Fig 3: Sistema Viário de Alenquer / Azambuja, sobreposto à área de intervenção do PAT

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Fig 4: Sistema Urbano de Alenquer / Azambuja, sobreposto à área de intervenção do PAT

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Fig 5: Sistema Económico de Alenquer / Azambuja, sobreposto à área de intervenção do PAT

Em anexo ao presente relatório, constitui a peça gráfica n.º1, a representação à esc. 1/50000, dos sistemas acima representados esquematicamente.

3. Incluir na área de intervenção os eixos que o PROTOVT aponta para inclusão na PNL, e que são adiante explicitados em pormenor; e

4. Incluir na área de intervenção os principais investimentos que se tem perfilado para ambos os Concelhos, e que são objecto de explicitação de pormenor no corpo do presente documento.

Da conjugação destes factores resultou a área de intervenção, abaixo identificada, cuja delimitação rigorosa seguiu, sempre que possível, limites físicos identificáveis no território.

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AZAMBUJA

ALENQUER

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Fig 6:Área de Intervenção do PAT

02.1.1 Enquadramento da Área de Intervenção – ZEDAA

A área de intervenção do presente PAT – ZEDAA – é constituída por cerca de 37% e 34% das áreas dos Municípios de Alenquer e da Azambuja, respectivamente. Trata-se de uma zona inserida de forma central na Região de Lisboa e Vale do Tejo, nos termos da “Figura 2.1” a seguir reproduzida, justificando-se a sua designação de “Porta Norte de Lisboa”.

Figura 02.1– Enquadramento da ZEDAA na LVT

Alenquer possui uma área de 302 km2, localizando-se na margem direita do rio Tejo e num extremo da sua bacia hidrográfica, estando integrado na NUT III do Oeste e posicionando-se numa situação de charneira entre o Oeste e a Lezíria do Tejo. As suas principais relações de

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vizinhança são a Norte com o Concelho do , a Este com o da Azambuja, a Oeste com o de e a Sul com o de .

Azambuja, possuindo uma área de 262 km2, localiza-se também na margem direita do rio Tejo, estando integrado na NUT III da Lezíria do Tejo e assumindo do mesmo modo uma posição de charneira entre o Oeste e a Lezíria do Tejo. As suas principais relações de vizinhança são a Norte com os Concelhos do e de , a Este com o de , a Oeste com o de Alenquer e a Sul com o de Vila Franca de Xira.

Os pontos comuns aos dois Municípios originam um enquadramento da ZEDAA como uma área de charneira entre duas NUT’s III da zona norte da Área Metropolitana de Lisboa acima referidas, possuindo o Concelho de Vila Franca de Xira como o limite sul mais relevante.

02.2 OBJECTIVOS

Verificando-se as características naturais e socioeconómicas bem como as potencialidades do território sobre o qual será desenvolvido o PAT, reconhecemos a existência de alguns objectivos que deverão ser nesta fase consensuais, nomeadamente:

• Desenvolvimento de pólos económicos, considerando no seu protagonismo, a fundamental dinamização do território e a valorização dos recursos naturais e patrimoniais em presença, designadamente através de uma reflexão sobre a tipologia de intervenção;

• Introdução de sinergias positivas nas áreas envolventes, nomeadamente nos núcleos urbanos mais próximos, contribuindo inclusivamente para a melhoria das condições ao nível das infra-estruturas que influenciem a qualidade operacional do território – Ex.: acessibilidades;

• Valorização da qualidade do ambiente/proteger e potenciar os espaços naturais qualificados;

• Definição das linhas gerais a que deverão obedecer as necessárias redes de infra- estruturas de forma a implementar os sistemas de saneamento e de tratamento de resíduos adequados;

• Conferir um carácter de inovação na questão da sustentabilidade energética, tal como na introdução de tecnologias no âmbito de energias renováveis e aproveitamento das

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águas residuais para reutilização, para além de uma política sustentada da gestão de resíduos.

Deverão ainda ser ponderados no âmbito da elaboração do PAT os seguintes factores:

• Aplicação de disposições legais e regulamentares vigentes e dos princípios gerais de ordenamento do território, disciplina urbanística e de salvaguarda e valorização do património natural e cultural, bem como, a valorização e potencialização das vertentes económicas e sociais;

• Articulação com outros planos, programas e projectos de âmbito municipal e supramunicipal.

02.3 METODOLOGIA

Sendo certo que não é possível conceber o desenvolvimento socioeconómico sem território, também é certo que a maximização do grau de vivência de qualquer território está dependente da sua relação com a vida económica. Nesse sentido, no âmbito do PAT da zona estratégica de desenvolvimento Azambuja – Alenquer (Porta Norte de Lisboa), os estudos a desenvolver assumem vertentes distintas:

• Numa primeira vertente será realizado o Diagnóstico da Situação de Referência, o qual será baseado na identificação, caracterização e avaliação das principais grandezas socioeconómicas e dimensões demográficas dos dois Municípios, bem como, as características ambientais, o desenvolvimento urbano e as diversas acessibilidades;

• Numa segunda vertente, que designaremos por Diagnóstico Prospectivo e Estratégia, será caracterizada e avaliada, em termos de programação e estratégia de usos, a situação actual e potencial da área objecto deste PAT.

Esta vertente abrange não só o enquadramento da área em questão nos contextos socioeconómicos e ambientais, mas também a fixação de uma estratégia de desenvolvimento da sua ocupação, incluindo a fixação de diversas tipologias de objectivos (estruturais, de sustentabilidade e operacionais) geradoras, por sua vez, de diferentes prioridades na intervenção social, ambiental, económica e de ordenamento;

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O Diagnóstico Prospectivo, resulta da intersecção das conclusões sobre a avaliação da situação actual (pontos fortes e pontos fracos) com as conclusões sobre a avaliação da situação potencial (oportunidades e ameaças), cuja matriz definirá os “Factores de Transformação” a ter em linha de conta no modelo de intervenção a propor (competitividade, mudança, sustentabilidade, coesão);

A Concepção da Estratégia, terá em conta os usos propostos (e a sua programação), resultantes do conjunto de objectivos estratégicos que o Plano de Acção Territorial se propõe perseguir: Objectivos Estruturantes, Objectivos de Sustentabilidade e Objectivos Operacionais.

• Numa terceira vertente, que designaremos por Viabilidade e Acção, serão identificadas as acções estruturantes definindo-se as acções prioritárias e o seu escalonamento temporal. Serão também identificados e definidos os principais parceiros públicos e privados a envolver e estabelecidos os instrumentos de gestão territorial a elaborar na óptica de uma Estratégia Global. Para estas acções serão sempre tidos em linha de conta a programação e estratégia de usos concebidos na vertente anterior.

A Análise de Viabilidade Económica e Financeira, tem como objectivo final a apresentação de uma análise de viabilidade do conjunto das acções previstas no PAT para a área em estudo, bem como a optimização do modelo de financiamento correspondente, atendendo às possíveis fontes.

O Estabelecimento do Escalonamento de Investimento será determinado em função das fontes de financiamento;

A Definição das Regras para os PMOTS e das diversas Subunidades territoriais (incluído no Caderno de Encargos) são estabelecidas tendo em conta o acima referido.

O trabalho a realizar relativo às diferentes tarefas inerentes a estas vertentes será baseado nas seguintes acções:

• Breve caracterização socioeconómica dos dois Concelhos, nos contextos referidos na carta convite e correspondentes termos de referência;

• Análise de políticas e projectos municipais/regionais eventualmente complementares das acções a desenvolver ou capazes de provocarem um afastamento da instalação de pessoas e investimentos na área em análise;

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• Articulação entre os vários sectores de actividade económica locais e regionais, designadamente ao nível de actividades de requalificação urbana, valorização ambiental e animação urbana a eles associadas, sem esquecer a logística;

• Previsíveis impactes socioeconómicos de rápida identificação em termos de economia local em geral.

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03. SÍNTESE DOS INSTRUMENTOS DE ORDEM SUPERIOR E TERMOS DE REFERÊNCIA

03.1 INTRODUÇÃO

No âmbito deste PAT importa perceber o contexto em que este se insere face aos documentos de ordem superior em vigor e respectivos termos de referência que estão por base na elaboração deste trabalho.

Interessa, com base nos extractos dos referidos documentos, sintetizar o conteúdo fundamental relevante desses documentos face ao território onde se insere este PAT.

03.2 ESTRATÉGIA REGIONAL LISBOA 2020

No contexto do planeamento estratégico regional a CCDR-LVT promoveu a elaboração da “Estratégia Regional, Lisboa 2020” ao mesmo tempo que enquadra o Programa Operacional Regional 2007-2013.

Pelas singularidades excepcionais que são inerentes a esta região importou estabelecer a estratégia de potenciação das vantagens competitivas num panorama alargado no que diz respeito a recursos estratégicos, geográficos, históricos, económicos e ambientalmente importantes.

Reconhecem-se as assimetrias internas associadas à polarização e relativas condições de vida da população, o que encontra reflexo no poder de compra, nos salários e nas pensões, bem como no acesso a determinados bens e equipamentos.

Realça-se a importância do sistema Logístico como base do fomento da actividade económica agregando sempre o desenvolvimento das acessibilidades nas suas diferentes valências. Destaca-se igualmente, a função da logística metropolitana (eixo Marateca/Poceirão/Pegões e Porto Alto/Carregado/Azambuja) que, assumindo dimensão e relevância aos níveis regional, nacional e ibérico, pode funcionar como eixo de coesão territorial.

Aumenta a focalização colocada em torno das questões relacionadas com a utilização do transporte público, associadas ao ambiente e à logística.

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Também no contexto dos transportes, a mobilidade internacional torna-se fundamental, e para a área do PAT importa realçar a inclusão do Linha Ferroviária de Alta Velocidade Lisboa-Porto e a reorganização da rede viária que hoje em dia está disponível e que implicará novas ligações que darão resposta às dinâmicas geradoras da região.

Em contraponto importa enquadrar e preservar os valores naturais que, não obstante as pressões urbanas e viárias, terão o seu lugar como factores relevantes num contexto de competitividade de desenvolvimento sustentável.

No que diz respeito à actividade turística, Lisboa-região ganha a relevância de complementaridade em relação à oferta turística da Lisboa-cidade o que implicará um conjunto de acções de valorização e requalificação do património existente bem como o desenvolvimento de novas ofertas descentralizadas.

Esta sub-região deve adquirir o papel de charneira na articulação da Área Metropolitana de Lisboa com o Alentejo, a Estremadura Espanhola e o Algarve, nomeadamente através da logística e do turismo.

03.3 PROT-AML

Da leitura do PROT-AML deve-se ter em atenção a alteração das premissas sobre as quais este instrumento foi fundamentado e que é o caso da deslocação do aeroporto da Ota para .

Pela sua extensão e relevância no território a área em análise está compartimentada segundo 3 dimensões territoriais distintas:

• a Área Metropolitana Central;

• a Periferia Metropolitana;

• a Região de Polarização Metropolitana.

A área do Carregado/Azambuja aparece referenciada neste contexto como Área Dinâmica Periférica que, estando localizada fora do contínuo metropolitano, é caracterizada, em termos da sua autonomia, pela capacidade de atracção de actividades e residência.

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Figura 03.1 – Esquema Global do Modelo Territorial (PROT-AML)

O modelo territorial a implementar deverá contrariar a tendência de Litoralização da AML e que assenta na reconversão e requalificação de áreas interiores mais desqualificadas da estrutura metropolitana e dos espaços emergentes a Norte e Sul do Estuário do Tejo, apostando na criação de novas centralidades apoiadas em áreas de serviço às empresas e à colectividade, investigação e desenvolvimento, logística e centros de transporte, e valências turísticas e ambientais.

Neste sentido deve-se tirar partido das potencialidades geoestratégicas existentes. A AML está dotada de condições de articulação com o exterior, seja a nível Ibérico, Europeu ou Mundial, através das suas acessibilidades, logística ou telecomunicações e também na inclusão de pólos de internacionalização económica e cultural, e de investigação e desenvolvimento no sistema metropolitano.

Para este efeito importa estabelecer uma rede hierarquizada de pólos de actividade que ofereçam as necessárias condições para fixação de população ao mesmo tempo que resolva problemas de desigualdade social.

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Figura 03.1 – Unidades Territoriais (PROT-AML)

Paralelamente e de forma integrada deve salvaguardar e valorizar o sistema ecológico metropolitano reforçando a coesão dentro da diversidade territorial existente ao mesmo tempo que se pretende a descompressão do seu centro.

A criação da Rede Ecológica Metropolitana é o contraponto ao espaço edificado e que o complementa, segundo o seu variado conteúdo, dinâmica, heterogeneidade e complexidade.

A proposta de rede contempla e hierarquiza uma série de áreas estruturantes e ligações ou corredores sendo o Estuário do Tejo o elemento central.

A polinucleação que este PROT propõe visa contrariar os fenómenos de fragmentação e dispersão na ocupação do território, melhorando o sistema urbano valorizando a componente paisagista e a sustentabilidade ambiental para a AML.

Das 17 Unidades Territoriais identificadas por este PROT importa destacar a Unidade 14 – Carregado/Ota/Azambuja a qual é caracterizada pela grande dinâmica no sector das actividades logísticas e a tendência para o congestionamento para este tipo de actividade ao longo do eixo Carregado - Vila Nova da Rainha.

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Por outro lado as indústrias extractivas são apontadas como factores de degradação paisagística a ter em conta nas acções a tomar para a unidade.

O seu enquadramento face à AML é determinante na constituição da plataforma logística de charneira para o país.

Ao nível dos transportes é relevante o papel que o transporte colectivo deverá representar como factor de qualificação das futuras realidades urbanas ao mesmo tempo que se pretende maior equilíbrio entre oferta de emprego e as distâncias percorridas diariamente pela população destes pólos secundários dentro da lógica da AML.

No âmbito nacional e internacional é importante referir a importância crescente das ligações ferroviárias na lógica da inclusão da Linha Ferroviária de Alta Velocidade.

03.4 PROT-OVT

Este PROT, independentemente de ainda não possuir eficácia legal, uma vez que se aguarda publicação, é um documento de referência e define as estratégias para o Oeste e Vale do Tejo respeitando os princípios gerais da coesão, da equidade, da segurança de pessoas e bens, da competitividade, da sustentabilidade dos recursos naturais e da qualificação ambiental, urbanística e paisagística do território.

Prevê o desenvolvimento e a qualificação de uma rede urbana que assenta sobre princípios de competitividade económica que reforçará os factores de atracção de vários sectores de actividade.

Neste contexto são formulados 4 eixos para o território do OVT que fixam as opções estratégicas de base territorial:

• Eixo Estratégico 1: Ganhar a aposta da inovação, competitividade e internacionalização;

• Eixo Estratégico 2: Potenciar as vocações territoriais num quadro de sustentabilidade ambiental;

• Eixo Estratégico 3: Concretizar a visão policêntrica e valorizar a qualidade de vida urbana;

• Eixo Estratégico 4: Descobrir as novas ruralidades

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Demonstra-se a necessidade de estruturar e reforçar um sistema urbano policêntrico, organizar o esquema de acessibilidades, estabelecer um zonamento eficaz e atractivo para a ocupação do território, integrar e garantir a preservação das áreas ecológicas relevantes paralelamente com uma boa gestão florestal e agrícola e que resista às pressões urbanísticas.

Prevê a integração e articulação das 2 regiões – Oeste e Vale do Tejo e Área Metropolitana de Lisboa – com critérios de complementaridade quanto às opções estratégicas de ambas.

No Modelo Territorial deste PROT importa salientar o Eixo de Conectividade Central constituído por Caldas da Rainha/Rio Maior/Santarém/Cartaxo/Almeirim/Alpiarça, já que para Sul junta-se ao eixo logistico-industrial do Carregado – Azambuja – Vila Franca de Xira, encontrando suporte na A1 e na Linha do Norte, valorizando-se a autonomia sustentada num reforço complementaridade e valorização urbana.

O Eixo de Conectividade com a AML suportado pelas mesmas vias integra ainda Alenquer que estabelece com Lisboa um relacionamento pendular face à sua atractividade residencial e de serviços. É reforçada a noção da necessidade de controlo dos processos urbanos numa óptica de sustentabilidade e qualidade. Ao nível logístico-empresarial este eixo acolhe a “Porta Norte da Área Metropolitana de Lisboa”, que abrange áreas dos concelhos de Alenquer e Azambuja, prevendo-se aqui a necessidade de elaboração de um Programa de Acção Territorial.

Extracto Ampliado do EGMT

Extraído de Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo – CCDR-LVT

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Ao nível da estruturação da Região de Polarização Metropolitana, Alenquer é enquadrado no primeiro anel envolvente a Lisboa cuja lógica polinucleada deve ser reforçada.

Com este instrumento é valorizada a construção de um modelo territorial que aumente a atractividade empresarial, ao nível da indústria e serviços às empresas, sem que se perde a sua racionalização numa lógica alargada para os centros urbanos onde se inserem. É neste contexto que a “Porta Norte da Área Metropolitana de Lisboa” deve ser desenvolvida no sentido de qualificação das actividades logísticas já existentes.

É de referir ainda o potencial da região para o surgimento de produtos turísticos e de lazer de qualidade e muito diversificados (recursos patrimoniais, culturais, naturais, paisagísticos e antropológicos), complementar à oferta de Lisboa, constituindo-se como uma actividade económica impulsionadora para o desenvolvimento a vários níveis.

O PROT integra ainda as diferentes áreas de desenvolvimento agrícola e florestal cujas subáreas específicas correspondem a sistemas de produção de qualidade reconhecida cuja projecção e mais-valias deverão ser sustentadas.

Paralelamente a Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental do PROT integra um conjunto de áreas e corredores cujo valor natural ou sensibilidade ecológica merecem destaque, garantindo a manutenção da biodiversidade característica da Região. A ERPVA estruturada a 3 níveis, determina uma rede de sistemas e subsistemas ambientais para este território.

Relativamente à área do PAT, o PROT-OVT integra esse território de um modo repartido, pela Unidades Territoriais 5, 6, 7, 8, e 10 onde apronfunda as características e estratégias para as áreas abrangidas.

03.5 PROGRAMA DE ACÇÃO PARA O OESTE

O Programa de Acção (2008-2017) para os Municípios que integram a Associação de Municípios do Oeste, mais os quatro Municípios que integram a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, a saber, Azambuja, Cartaxo, Rio Maior e Santarém configura uma intervenção integrada de desenvolvimento económico e social caracterizada por um modelo inovador de

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cooperação estratégica público-público, envolvendo a Administração Central e a Administração Local, num âmbito territorial supramunicipal e numa lógica de dinamização de parcerias e investimentos dos sectores público e privado. Este plano foi aprovado em Resolução de Conselho de Ministros n.º 135/2008, publicado na 1.ª Série do D.R. n.º 174 de 9 de Setembro.

É objectivo deste programa promover o desenvolvimento sustentável deste território favorável onde se reflectem as consequências alteração da localização do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), e onde se pretende potenciar o interesse dos variados intervenientes na criação deste novo cenário.

Neste contexto, foram especialmente valorizados os seguintes eixos de acção:

• a promoção da mobilidade; • qualidade de vida; • inovação e da sustentabilidade; • cultura e património; • recursos humanos; • medidas de carácter imaterial e de simplificação de procedimentos. No análise alargada do documento é possível verificar a listagem dos projectos previstos para a região. Destes, aplicam-se directamente aos Concelhos os seguintes projectos, com respectivo cronograma e valor estimado:

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DO PROJECTO PERÍODO CUSTO EXECUÇÃO TOTAL

(mil €)

F2-103 Reabilitação Urbana dos Pólos Urbanos de 2008 - 2013 7 700 Alenquer e Carregado

F2-104 Requalificação Ambiental do Canhão da Ota 2011 - 2013 900

F2-202 Requalificação do Eixo Urbano Azambuja / 2008 - 2011 13 150 Aveiras de Cima

F2-301A Valorização da Margem Ribeirinha do Tejo e 2009 - 2012 8 000 Afluentes – Requalificação Ambiental da Zona Ribeirinha do Vale do Carregado (Município de Azambuja)

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F2-301E Valorização da Margem Ribeirinha do Tejo e 2010 - 2013 2 200 Afluentes – Requalificação Ambiental da Zona Ribeirinha do Vale do Carregado (Município de Alenquer) F2-302E Cedência de Utilização das Instalações do Instituto da Vinha e do Vinho na Abrigada e no Carregado GP-001 Biotério Central 2008 - 2010 36 000

MAI-006 Posto da GNR de Aveiras de Cima 2008 - 2010 1 415

MAI-007 Destacamento Territorial da GNR de Alenquer 2008 – 2011 2 200

ME-001.ALQ Nova Escola Básica da Guizanderia 2010 – 2011 2 500

MOPTC-003 IC11. Pêro Negro / Carregado 2008 – 2013 44 000

MOPTC-004 IC2. Carregado / Venda das Raparigas 2011 - 2013 28 000 (Construção, Operação, Manutenção)

MOPTC-005 Parque Tecnológico (Alenquer) 2008 - 2009

MOPTC-014 EN3. Vila Nova da Rainha / Santarém 2009 35

MOPTC-016 Beneficiação de Estradas Regionais e nacionais 2008 - 2009 5 500 (Carregado / Azambuja)

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03.6 PLANOS MUNICIPAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO – PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE ALENQUER E AZAMBUJA

O procedimento de execução do presente Programa de Acção Territorial, nos termos da legislação específica, não constituindo um Instrumento Gestão Territorial, terá de ser vertido sobre o território através de diferentes Planos Municipais de Ordenamento do Território, ou através dos mecanismos de dinâmica de alteração, revisão ou suspensão previstos na Lei.

Cada um dos procedimentos previstos no RJIGT terá de ser avaliado em função de cada acção prevista no presente Programa de Acção.

Neste quadro, perde sentido efectuar uma análise extensa dos Planos Directores Municipais em vigor para os territórios.

Por tal, apresenta-se tão somente figuras que ilustram claramente a multiplicidade de classificações de solo e de condicionantes legais que decorrem dos actuais instrumentos de gestão territorial.

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Figura 03.2 – Extracto da Planta de Ordenamento do PDM de Alenquer, referente á área de intervenção do PAT

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Figura 03.3 – Extracto da Planta de Condicionantes do PDM de Alenquer, referente á área de intervenção do PAT

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Figura 03.4 – Extracto da Planta de Ordenamento do PDM da Azambuja, referente á área de intervenção do PAT

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Figura 03.5 – Extracto da Planta de Condicionantes do PDM da Azambuja, referente á área de intervenção do PAT

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04. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA

04.1 COMPONENTE ECOLÓGICA E PAISAGÍSTICA

04.1.1 Introdução

A área de intervenção do PAT constitui um território que engloba um conjunto de valores naturais e paisagísticos de importância regional e nacional. Todos os estudos elaborados para a área realçam a sua importância em termos de conservação da natureza e biodiversidade e como território de excelência para actividades agrícolas e florestais, tais como o PROT da Área Metropolitana de Lisboa, e mais recentemente a Proposta de Plano, disponível para consulta pública PROT do Oeste e vale do Tejo. Apresenta-se seguidamente um sucinto enquadramento da área nas orientações decorrentes da proposta de PROTOV, assim como uma análise mais localizada sobre a paisagem da área de intervenção do PAT e dos valores naturais presentes com relevância do ponto de vista ecológico e paisagístico.

04.1.2 As Orientações do PROT-OVT para a Área de Intervenção

04.1.2.1 AO NÍVEL DA ERPVA

As orientações da proposta de PROTOVT, que se encontra disponível para consulta pública, ao nível ambiental e paisagístico centram-se na questão da sustentabilidade ambiental do modelo de desenvolvimento do território. A Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental (ERPVA) que faz parte do Modelo Territorial é uma componente fundamental para a sua sustentabilidade, e devem “todas as decisões que interessam à região ter como objectivo a salvaguarda dos princípios nela definidos e contribuir para a sua concretização” [1].

A ERPVA consiste num conjunto de áreas e corredores ecológicos de elevado valor ecológico cuja concentração das áreas com maior valor natural é relevante, hierarquizada em três níveis. O seu principal objectivo “a manutenção da biodiversidade característica da Região e dos processos ecológicos fundamentais para a manutenção dos seus ecossistemas sensíveis” [1].

O território abrangido pelo PAT abrange várias estruturas, áreas e corredores, da rede primária e secundária da ERPVA. Tal como se pode observar na figura 1, está localizado entre dois

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corredores estruturantes primários da ERPVA – o corredor do vale do Tejo e o corredor serrano - os quais interligam sistemas ecológicos regionais e inter-regionais; no primeiro caso através do vale aluvionar e no segundo caso através de um eixo de continuidade de áreas naturais com elevada importância para conservação da natureza e biodiversidade. É também atravessado por corredores ecológicos secundários – estrutura em rede da ERPVA que efectua ligações transversais entre os diferentes sistemas ecológicos – correspondentes à ribeira de Alenquer e à ribeira da OTA e respectivos vales aluvionares, e a um eixo de continuidade de vegetação natural e semi-natural. Ao nível da Rede Secundária, estão ainda presentes Áreas Nucleares Secundárias correspondentes a áreas de elevado valor ecológico e áreas com importância no equilíbrio hidrológico regional como o vale aluvionar do Rio Tejo.

Corredor serrano

Área nuclear Área nuclear secundária estruturante

Corredores ecológicos secundários

Corredor ecológico complementar Corredor vale do Tejo

Figura 04.1 – Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental do Oeste e Vale do Tejo (CCDR LVT, 2008)

04.1.2.2 AO NÍVEL DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E BIODIVERSIDADE

Os estudos sectoriais do PROTOVT no que se referem à Conservação da Natureza e Biodiversidade identificaram um conjunto de áreas e corredores associados aos principais

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recursos e valores naturais a salvaguardar e valorizar na região. Nestes incluem-se as áreas integradas no Sistema nacional de áreas Classificadas, os habitats e espécies protegidos e áreas de vegetação potencial baseadas numa cartografia desenvolvida para o efeito. Segundo o relatório sectorial sobre a Conservação da Natureza e Biodiversidade. Diagnóstico Estratégico do PROTOVT [2] as principais áreas para a conservação da natureza e biodiversidade que abrangem o território do PAT integram fundamentalmente:

• áreas de várzeas agrícolas como o do Rio Tejo, rio Ota e ribeira de Alenquer importantes sobretudo para a avifauna e para o funcionamento do sistema hidrológico;

• montados de sobro, azinhais e carvalhais;

• cursos de água e galerias ripícolas;

• matos e matagais;

• e sistemas agrícolas que constituem importantes refúgios para a biodiversidade.

Segundo o diagnóstico Estratégico do PROTOVT, estas áreas são fundamentais para a constituição da ERPVA e para a operacionalização das políticas de conservação da natureza e biodiversidade consagradas na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Resolução de Conselho de Ministros nº 152/2001, de 11 de Outubro) e referenciada no PNPOT [2].

04.1.3 A Paisagem da Área de Intervenção

A paisagem da área de intervenção do PAT é muito diversa do ponto de vista da sua forma e estrutura, facto intimamente relacionado com a morfologia do território e as formas de ocupação humana. A heterogeneidade paisagística advém directamente do contraste entre as áreas planas da Lezíria do Tejo associadas a recursos hídricos e agrícolas de elevada importância regional e nacional, e áreas com relevos mais ondulado, ou mesmo muito movimentados, localizados para o interior

A ocupação urbana, ora contida ora dispersa ou fragmentada mas com fortes indícios de dinâmica e crescimento localiza-se junto a acessibilidades rodo e ferroviárias de excelência e está concentrada, essencialmente na metade sul do concelho em Alenquer, Carregado, Azambuja e Vila Nova da Rainha. Apenas o núcleo de Aveiras de Cima e a extensa área edificada dispersa que lhe está associada se localiza na metade norte da área de intervenção.

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As áreas afectas a ocupação industrial, de logística e comércio localizam-se também junto às áreas anteriormente referidas e ocupam extensas áreas do território. No entanto, proliferam pelo território pequenas unidades junto das principais acessibilidades ou nas imediações de áreas de indústria extractiva, algumas das quais com extensas áreas e fortes impactos nas paisagem.

Apesar da área de intervenção PAT ser um território claramente humanizado, a paisagem é dominada pelos usos florestais e agrícolas, associados a valores naturais muito relevantes para a conservação da natureza e biodiversidade. As áreas agrícolas são essencialmente de áreas agrícolas de policultura – vinha, pomar e cereais, intercalada na maioria dos casos com habitações unifamiliares, armazéns de apoio à agricultura e pequenas indústrias de transformação – e várzeas agrícolas associadas aos principais cursos de água, designadamente do rio Tejo e seus afluentes. A área aluvionar do rio Tejo constitui simultaneamente uma das áreas agrícolas mais produtivas do país e um sistema ecológico de extrema relevância. De facto, os diversos estudos e planos que integram este território realçam as suas valências ao nível hídrico, ecológico e agrícola e referem a área aluvionar do rio Tejo como um elemento estruturante do território ao nível nacional.

Do ponto de vista florestal, o território engloba um conjunto de grandes manchas de povoamentos florestais, essencialmente de eucalipto e pinhal intercalados com pequenas áreas de montado e matos, dispersas pelo território mas que representam um valor natural com elevado valor patrimonial.

As linhas de água assumem aqui a forma de rios e ribeiras de vales abertos ou encaixados consoante o substrato geológico onde se localizam. Constituem elementos fundamentais para o funcionamento equilibrado do território tanto ao nível hidrológico como ecológico.

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Legenda

Lim ite do PAT

Áreas Agrícolas em Baixa Aluvion Áreas Agrícolas

Áreas Florestais e Silvestres Cursos de Agua

Figura 04.2 – Ocupação do solo na área de intervenção – áreas edificadas, indústrias e áreas agrícolas e florestais.

04.1.4 Os Valores Naturais e as Áreas com Interesse Para a Conservação da Natureza e Biodiversidade

Tal como foi referido anteriormente, o território da área de intervenção é interessante no que concerne aos recursos naturais. Engloba um conjunto de áreas com relevância para a conservação da natureza ao nível regional e local e que se referem sobretudo a valores geológicos, florísticos e faunísticos.

Estas áreas englobam locais como as áreas inundáveis e as baixas aluvionares dos rio Tejo, Ota e ribeira de Alenquer. Estes locais assumem grande importância não só do ponto de vista

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hidrológico como também do ponto de vista avifaunistico, dado que são locais com elevada importância para algumas espécies de aves aquáticas, nidificantes e invernantes e funcionam como habitats complementares à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo [2].

Outra áreas com elevado valor natural, paisagístico e geológico é o Canhão Cársico da Ota, localizado no vale escarpado do rio Ota. Esta área caracteriza-se pelas suas vertentes muito inclinadas e paredes calcárias quase verticais, com um coberto arbustivo muito denso associado a uma vegetação e fauna muito rica. As suas características cársicas contribuem para uma levada importância hídrica desta área, constituindo um local de rápida infiltração das águas e constituição para a recarga de aquíferos. É contudo um local cujos valores naturais estão ameaçados fundamentalmente pelo estabelecimento e exploração de pedreiras nas suas margens

Constituem ainda áreas com interesse para conservação da natureza e biodiversidade e fundamentais para o estabelecimento de uma estrutura ecológica na área, os montados de sobro, as áreas florestais mistas (espécies de produção intensiva como eucaliptos, pinheiros e sobreiros), sobretudo as manchas contínuas, as áreas de policultura de pequena e muito pequena propriedade onde se localizam importantes refúgios de biodiversidade e os matos e matagais localizados a norte da área de estudo.

Os montados, assumem grande importância uma vez que assumem importantes refúgios de biodiversidade mas fundamentalmente porque constituem manchas residuais no território do PAT. É de referir ainda a probabilidade de ocorrência de carvalhais de Quercus faginea nos maciços de vegetação associados às encostas inclinadas das linhas de água, as quais devem por isso ser salvaguardadas e valorizadas do ponto de vista da conservação da natureza.

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04.2 ESTRUTURA ESPACIAL E ENQUADRAMENTO A área onde se desenvolve o PAT corresponde a uma parcela dos concelhos de Azambuja e Alenquer, ocupando uma superfície de cerca de 20.300 hectares.

Figura 04.3 – Área do PAT sobre as freguesias abrangidas

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As freguesias abrangidas parcial ou totalmente pelo PAT no Concelho da Azambuja: Vila Nova da Rainha, Azambuja, Aveiras de Cima e Alcoentre; no Concelho de Alenquer: Carregado, Triana, Santo Estêvão (que dividem a vila de Alenquer), Cadafais, Ota e Abrigada.

A área abrangida pelo PAT, num enquadramento regional constitui um território de charneira entre a Área Metropolitana de Lisboa e os subsistemas do Oeste e Vale do Tejo (Lezíria). Esta situação de charneira resulta não só do seu posicionamento no enquadramento sub-regional confinando a Sul com a Área da Grande Lisboa, a Este com a Lezíria do Tejo e a Norte com a Área do Pinhal Litoral, mas resulta também do facto de ser o local de passagem das principais ligações ferroviárias e rodoviárias da Área Metropolitana de Lisboa com a região Centro e Norte.

Este posicionamento tem ganho nas últimas décadas uma grande dinâmica económica, sobretudo pela implantação de actividades industriais e de logística, complementadas pela extracção de inertes e actividade agrícola com expressão, sobretudo nas zonas mais a norte.

Esta dinâmica económica que implicou concentração de bens e serviços gerou necessariamente uma dinâmica demográfica muito positiva. De facto é a existência do principal corredor logístico e de transporte do País que posicionam a zona sul do PAT para a implantação de actividades industriais pesadas. A previsão de construção de novas infra- estruturas de transportes seguramente conduzirão a um reforço e integração desta zona na dinâmica da Área Metropolitana de Lisboa.

Esta realidade e reconhecimento no PROTAML que classifica o eixo Carregado / Alenquer, Azambuja / Vila Nova da Rainha como uma área dinâmica periférica na lógica das Dinâmicas Territoriais da Área Metropolitana de Lisboa.

Na elaboração do PAT procurou-se o acolher e desenvolver os conceitos e recomendações dos Planos Sectoriais e Regionais.

A existência na área do PAT de nós de ligação à A1 (Carregado e Aveiras) bem como a realização do futuro IC2 e o atravessamento pela linha do Norte, conferem-lhe já hoje e reforçarão no futuro, uma dinâmica que tem gerado uma fixação demográfica na década de 90 e 2000, podendo prever-se que gerará capacidade de atracção e captação de novos residentes, embora prevalecendo as qualificações médias-baixas e semelhantes níveis de rendimentos.

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O transporte ferroviário e sobretudo o serviço Lisboa / Azambuja, que sofreu melhoramentos ao nível de vias, bem como, do serviço de circulação, das estações e respectivas áreas de parqueamento, contribuiu para a atractividade desta área.

Figura 04.4 – Estação em Vila Nova da Rainha

Do ponto de vista endógeno verifica-se um envelhecimento da população sobretudo nas zonas agrícolas, uma vez que junto às zonas de maior dinâmica económica se tem vindo a fixar uma população emigrante jovem, num contexto projectivo embora expectável um aumento de população a sua variação dependerá das transformações e dinâmicas da Área Metropolitana de Lisboa e zonas limítrofes.

Relativamente à ocupação territorial pode dizer-se que do ponto de vista da fixação residencial o que se verifica é uma densificação urbanística no eixo Carregado / Alenquer – Azambuja, um declínio nos pequenos aglomerados rurais e um crescimento de construção de moradias dispersas no espaço rural.

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Figura 04.5 – Edificações e distribuição no território

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A densificação urbanística corresponde, por um lado, à maior integração da zona no contexto da Área Metropolitana de Lisboa por reforço das acessibilidades, pela oferta de emprego e também pela oferta de habitações a valores inferiores e mais competitivos que os existentes numa região alargada.

Também o enquadramento rural / proximidade da área central tem contribuído para o crescimento da construção de moradias dispersas.

Figura 04.6 – Paisagem rural com moradias dispersas

A área do PAT é atravessada pela A1 e servida por dois nós: Carregado e Aveiras; é atravessada a Poente pela EN1 / IC2, que liga o Carregado, Alenquer, Cheganças, Ota e Abrigada ao Norte; é servida a Sul pela EN3 que liga o Carregado, Vila Nova da Rainha e Azambuja; do lado Nascente é servida pela EN366 que a atravessa parcialmente e que liga Azambuja a Aveiras de Cima e Alcoentre a Norte (fora dos limites da área). Verifica-se uma ausência de ligações transversais que tornem mais permeável a área pelo que apenas se poderá considerar este território como uma acessibilidade moderada, reflectindo difíceis condições de desenvolvimento económico do Interior / Norte e fixação de população.

Figura 04.7 – Nó de ligação da A1 ao Carregado

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Na área do PAT distinguimos três aglomerados urbanos que claramente se destacam: Carregado e Alenquer (no município de Alenquer) e Azambuja (no município da Azambuja). O Carregado e Alenquer constituem uma unidade de maior escala com tendência a aglutinarem- se. Beneficiam da proximidade ao nó do Carregado sendo também servidos pela Estação de Caminho de Ferro na Vala do Carregado.

Figura 04.8 – Vista sobre o Carregado

No outro extremo (na zona Sul do PAT) a Azambuja, para além das funções administrativas que desempenha como sede do Concelho, observou um crescimento populacional nas décadas de 80 e 90. Beneficia da Estação de Caminho de Ferro da Azambuja, o que lhe confere um elevado grau de acessibilidade.

Outro aspecto relevante na ocupação construída do território é a existência de vastas áreas destinadas à logística e industrias situadas a Sul e apoiadas sobretudo na EN3. As áreas industriais e logísticas ou se apoiam nas boas acessibilidades (A1, EN3) ou se localizam e servem as vastas áreas da extracção de inertes existentes na zona (Cheganças, Ota) ou então desenvolvem-se à volta de um núcleo específico (CLC – Companhia de Logística de Combustíveis).

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Figura 04.9 – Área do PAT sobre Ortofotos

Num contexto regional a indústria extractiva situada no Concelho de Alenquer representa uma vertente económica significativa, embora com os riscos associados de desqualificação da paisagem e impacto ambiental negativo.

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As zonas industriais apresentam claros problemas de ordenamento, pelo que deverá ser equacionada a criação e infra-estruturação de novas áreas e simultaneamente reordenadas as zonas industriais existentes.

A Norte no Concelho de Alenquer, merecem ser distinguidos os aglomerados de Abrigada e Ota e de Aveiras de Cima no Concelho da Azambuja. De salientar que neste Concelho quer a Azambuja quer Aveiras de Cima suportam na sua envolvente vastas áreas de habitação dispersa, implantada ao longo de caminhos rurais.

04.3 REDE VIÁRIA E ACESSIBILIDADES

04.3.1 Oferta Actual – Rede Viária

04.3.1.1 GENERALIDADES

De modo a permitir uma melhor análise da rede viária de maior hierarquia na área de intervenção do PAT (Programa de Acção Territorial), esta foi desagregada em oito secções rotuladas de A a H como é apresentado na Tabela 04.1 – Secções da Área de intervenção do PAT. Para uma melhor caracterização destas secções foi feita, sempre que se justificasse, uma divisão em diferentes subsecções. Esta divisão teve em conta os nós mais relevantes que existem ao longo das vias e/ou características distintas nos diferentes troços viários.

Verificou-se que em todas as secções é constante a presença de veículos pesados que condiciona, em alguns casos de forma significativa, a fluidez do tráfego. Onde esta presença é mais notória é na Estrada Nacional 1/ IC2 (secções C e D) e Estrada Nacional 3 (secção H).

No âmbito do referido estudo foi efectuada uma visita detalhada aos concelhos de Alenquer e Azambuja e foram percorridas as principais estradas e percursos alternativos da zona de intervenção do PAT a fim de compreender a rede e os principais geradores da área de estudo.

A maior parte das estradas existentes são ou têm características muito semelhantes a estradas urbanas ou interurbanas (com excepção da A1 que intersecta estes dois concelhos) e apresentam limites de velocidade que variam entre 50 km/h e 120 km/h.

Os subcapítulos seguintes descrevem as vias existentes na área de intervenção do PAT por cada secção de estrada, A a H, conforme é apresentado na Tabela 04.1. Para uma melhor compreensão da área de estudo apresenta-se de seguida para cada sublanço uma breve

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discrição bem como algumas fotografias que ilustram de uma forma mais perceptível as características do troço em análise.

Figura 04.10 – Secções e Subsecções da Área de Intervenção do PAT

Tipo de Comprimento Secção Lanço Descrição Tipo de Estrada Portagem (km)

A A-i Nó do Carregado (EN1/IC2) / Nó da EN 366 3 vias / sentido Directa 15,6

B-i Nó EN1/EN366 (R. Conselheiro da Arouca)/EN366 1 via / sentido Livre 2,9

B-ii EN366 / Casais das Boiças 1 via / sentido Livre 4,6

B-iii Casais das Boiças / Nó de Aveiras de Cima 1 via / sentido Livre 3,4 B B-iv Nó de Aveiras de Cima / Nó da A1 1 via / sentido Livre 1,2

B-v Nó da A1 / Aveiras de Baixo 1 via / sentido Livre 1,7

B-vi Aveiras de Baixo / Nó da EN3 1 via / sentido Livre 4,2

C C-i Nó da EN1-IC2 / Base Aérea da Ota 1 via / sentido Livre 3,4

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C-ii Base Aérea da Ota / da Ota 1 via / sentido Livre 1,5

C-iii Freguesia da Ota / Freguesia da Abrigada 1 via / sentido Livre 3,7

C-iv Freguesia da Abrigada / Casais das Boiças 1 via / sentido Livre 8,0

C-v Casais das Boiças / São Salvador 1 via / sentido Livre 0,4

C-vi São Salvador / Nó da EN366 1 via / sentido Livre 2,0

D D-i EN1/IC2 (Alenquer) 1 via / sentido Livre 2,0

E-i Nó Norte da EN1-IC2 / EN 9 1 via / sentido Livre 1,5 E E-ii EN 9 / Nó Sul do IC 2 1 via / sentido Livre 1,5

F-i EN1 - Nó do Carregado / Nó da EN3 1 via / sentido Livre 1,2

F-ii EN1 - Nó da EN1 / IC2 1 via / sentido Livre 1,3 F F-iii EN1 - Cruzamento do IC2 - EN1 / Casal Machado 1 via / sentido Livre 0,6

F-iv EN1 - Casal Machado / Nó Sul do IC2 (EN1) 1 via / sentido Livre 1,4

G-i EM - Ota / Casais de Monte Godelo 1 via / sentido Livre 8,0

G G-ii EM - Casais de Monte Godelo / Aveiras de Cima 1 via / sentido Livre 2,2

G-iii EM - Aveiras de Cima / EN366 1 via / sentido Livre 1,8

H-i EN3 - EN366/EN3 / Rua Condes de Azambuja 1 via / sentido Livre 2,5

H-ii EN3 - Rua Condes de Azambuja / Azambuja 1 via / sentido Livre 2,9

H-iii EN3 - Azambuja / Espadanal 1 via / sentido Livre 0,9 H H-iv EN3 - Espadanal / Vila Nova da Rainha 1 via / sentido Livre 3,7

H-v EN3 - Vila Nova da Rainha / Casal Pinheiro 1 via / sentido Livre 1,1

H-vi EN3 – Casal Pinheiro / IC2 1 via / sentido Livre 1,6

Tabela 04.1 – Secções da Área de intervenção do PAT

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04.3.1.2 SECÇÃO A: A1 (IP1)

Subsecção A-i: Nó do Carregado (EN1/IC2) / Nó da EN366

A subsecção A-i é uma auto-estrada com três vias por sentido de 15,6 km de comprimento entre o Nó do Carregado (EN1/IC2) e o Nó da EN 366 o limite de velocidade é de 120 km / h. Esta é uma via de extrema importância uma vez que faz a ligação entre as principais áreas metropolitanas nacionais, nomeadamente Lisboa e Porto. Na área de intervenção do PAT esta via é única nas suas características. O lanço que intersecta a área de estudo é limitado a Norte pelo Nó de Aveiras de Cima e a Sul pelo Nó do Carregado, este último de extrema importância uma vez que este constitui o ponto de união de várias vias, sendo elas a EN3, a EN1, a A1 e a A10.

A A1 constitui uma alternativa mais rápida à EN1, no entanto a sua utilização tem intrínseco o pagamento de portagens.

A1 – Nó do Carregado A1 – Nó de Aveiras de Cima

Figura 04.11 – Fotografias da Secção A-i

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Secção B: EN 366

A secção B com orientação Noroeste/Sudeste, intersecta a norte a secção A, apresenta-se com uma via por sentido em toda a sua extensão, com um comprimento total de 18 km. A velocidade permitida varia entre os 50 e os 90 km/h, dependendo do sublanço.

Subsecção B-i: Nó EN1 / EN366 (R. Conselheiros de Arouca) / EN366

Este sublanço é, tal como se pode observar nas fotografias seguintes, com características urbanas, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Esta é uma via que em determinados locais se apresenta estreita e de má qualidade, é limitada por áreas residenciais e de comércio em grande parte da sua extensão.

EN366 – Direcção Noroeste/Sudeste (Alcoentre)

Figura 04.12 - Nó EN1 / EN366 (R. Conselheiros de Arouca) / EN366

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Subsecção B-ii: EN366 / Casais das Boiças

A Subsecção B-ii é limitada a Noroeste pelo nó de Alcoentre e a Sudeste pelo Nó de Casais das Boiças. Este sublanço da EN366 tem uma extensão de 4,6 km com uma via por sentido e uma velocidade máxima permitida de 90 km/h.

EN 366 (Alcoentre) / Nó da Freguesia de Casais das Boiças

Figura 04.13 - EN366 (Alcoentre) / Nó da Freguesia de Casais das Boiças

Subsecção B-iii: Casais das Boiças / Nó de Aveiras de Cima

Este sublanço também apresenta uma tipologia de uma via por sentido e uma velocidade máxima permitida de 90 km/h. É limitado a Noroeste pelo nó de Casais das Boiças e a Sudeste pelo nó de Aveiras de Cima.

Nó da Freguesia de Casais das Boiças / Nó de Aveiras de Cima

Figura 04.14 - Casais das Boiças / Nó de Aveiras de Cima

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Subsecção B-iv: Nó de Aveiras de Cima / Nó da A1

Tal como o sublanço anterior também este apresenta uma tipologia de uma via por sentido com aproximadamente 3,5 metros de largura e bermas relativamente largas, com um comprimento de 1,2 km e velocidade máxima permitida de 90 km/h.

Nó de Aveiras de Cima / Nó da A1

Figura 04.15 - Nó de Aveiras de Cima / Nó da A1

Subsecção B-v: Nó da A1 / Aveiras de Baixo

O sublanço compreendido entre o nó da A1 e o nó de Aveiras de Baixo apresenta características de estrada urbana com uma faixa de rodagem e uma única via em cada direcção, limitada na sua largura por habitações e espaços de comércio e com uso interdito a veículos pesados.

Nó da A1 / Nó de Aveiras de Baixo

Figura 04.16 - Nó da A1 / Aveiras de Baixo

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Subsecção B-vi: Aveiras de Baixo / Nó da EN 3

Esta Subsecção tem uma tipologia de uma via por sentido com velocidade condicionada aos 50 km/h. Atravessa a freguesia de Aveiras de Baixo. Esta via que apresenta o pavimento em bom estado e sinalização e visibilidade razoável em toda a extensão, como se pode confirmar nas fotografias tiradas no local.

EN366 – Nó Aveiras de Baixo/ Nó da EN3

Figura 04.17 – Aveiras de Baixo / Nó da EN 3

04.3.1.3 SECÇÃO C: EN 1

A secção C tem 19 km de comprimento, a qualidade desta varia entre razoável e boa qualidade, com uma única via por sentido e a velocidade limite varia entre os 50 e os 90 km / h.

Dentro dos limites do PAT faz a ligação de Alenquer com Alcoentre, com orientação Sul/Norte, constitui uma alternativa ao pagamento de portagens na auto-estrada.

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Esta via apresenta uma circulação de veículos pesados bastante acentuado devido à exploração de pedreiras no local.

Esta secção é composta por seis subsecções.

Subsecção C-i: Nó da EN1 / Base Aérea da Ota

Nesta subsecção, com 3,4 km, limitada a Sul pela rotunda Norte da EN1 e a Norte pelo cruzamento da Base Aérea Militar da Ota.

Nesta via a velocidade máxima permitida é de 50 km/h, é frequente encontrar veículos pesados que dificultam de algum modo a fluidez do tráfego, uma vez que a zona apresenta um número muito reduzido de oportunidades de ultrapassagem.

EN 1 – Nó do IC2 / Base Aérea da Ota

Figura 04.18 - Nó do IC2 / Base Aérea da Ota

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Subsecção C-ii: Base Aérea da Ota / Freguesia da Ota

Do cruzamento da Base Aérea Militar da Ota (representado na fotografia a baixo) até ao cruzamento da Ota distam 1,5 km, de apenas uma faixa por sentido e com velocidade condicionada a 90 km/h.

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Base Aérea da Ota / Freguesia da Ota

Figura 04.19 - Base Aérea da Ota / Freguesia da Ota

Subsecção C-iii: Freguesia da Ota / Freguesia da Abrigada

A Subsecção C-iii tem 3,7 km de extensão apenas possui uma via por sentido e a velocidade máxima permitida nesta zona de 90 km/h. Esta via apresenta um pavimento em boas condições.

EN 1 – Freguesia da Ota / Abrigada

Figura 04.20 - Freguesia da Ota / Freguesia da Abrigada

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Subsecção C-iv: Freguesia da Abrigada / Casais das Boiças

Esta subsecção apresenta a sinuosidade típica de uma estrada montanhosa, esta tem oportunidades de ultrapassagem escassa e a velocidade recomendada é de 50 km/h e apresenta uma via por sentido.

EN 1 - Freguesia Abrigada/Casais das Boiças

Figura 04.21 - Freguesia da Abrigada / Casais das Boiças

Subsecção C-v: Casais das Boiças / São Salvador e Subsecção C-vi: São Salvador / Nó da N 366

O troço C-v e o troço C-vi já se encontram fora da área de intervenção do PAT, no entanto é importante a sua definição e identificação para compreender a ligação da estrada nacional 1 às restantes vias inseridas neste estudo.

Estas subsecções apresentam características semelhantes à subsecção anterior, também estas apresentam uma via por sentido e a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.

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EN1 – Casais das Boiças / São Salvador

EN1 – São Salvador / Nó da EN336

Figura 04.22 - Casais das Boiças / São Salvador e Subsecção / Nó da EN366

04.3.1.4 SECÇÃO D: EN1 / IC 2 (ALENQUER)

Secção D.i: EN1 / IC 2 – Sul de Alenquer / Norte de Alenquer

A secção D compreende 2 km de estrada com limite de velocidade de 90 km / h.

Este troço constitui uma alternativa vital à EN 1 que atravessa a Alenquer. A construção recente deste troço veio possibilitar o trajecto nó do Carregado – Norte de Alenquer, um percurso mais rápido e seguro, e com menos trânsito no interior do centro de Alenquer.

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IC2 – Rotunda Sul de Alenquer IC2 – Rotunda Norte de Alenquer

Figura 04.23 - Sul de Alenquer / Norte de Alenquer

04.3.1.5 SECÇÃO E: CIRCUITO INTERNO DE ALENQUER

Esta secção apresenta características de uma estrada fundamentalmente local, com 3 km de comprimento, atravessa o centro de Alenquer, a construção da secção anterior surgiu como alternativa a esta a fim de facilitar a circulação do tráfego e possibilitar uma melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Alenquer. A secção E é composta por quatro subsecções.

Subsecção E-i: Nó Norte da EN1 - IC2 / EN 9

A subsecção E-i é um troço da EM 522 com 1,5 km entre a rotunda Norte do IC2 (a Norte de Alenquer) e o cruzamento com a EN 9.

Este troço tem um limite de velocidade máxima de 50 km/h com circulação condicionada com semáforos.

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Freguesia de Alenquer Interior de Alenquer

Figura 04.24 - Nó Norte da EN1 - IC2 / EN 9

Subsecção E-ii: EN9 / Nó Sul do IC2

Esta subsecção com cerca de 1,5 km de comprimento representa uma pequena parte da EN 9.

Esta apresenta características idênticas à subsecção anterior.

A velocidade permitida está condicionada aos 50 km/h, em certos troços menos, pois trata-se de uma estrada urbana com inúmeras lombas limitadoras de velocidade.

Freguesia de Alenquer Interior de Alenquer

Figura 04.25 - EN9 / Nó Sul da EN1 - IC2

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04.3.1.6 SECÇÃO F: EN1/IC2

Subsecção F-i: Nó do Carregado(A1) / Nó da EN 3

A subsecção F-i tem 1,2 km de estrada de boa qualidade com duas vias por sentido fazendo a ligação do Nó do Carregado (A1) com o Nó da Nacional 3 com limite de velocidade de 100 km/h. Este troço constitui uma pequena transição entre a saída da auto-estrada e as restantes estradas, nomeadamente a EN 3 (Carregado - Azambuja) e a EN 1 (Alenquer).

Nó do Carregado (Saída) Via Ligação Nó da EN3

Figura 04.26 - Nó do Carregado(A1) / Nó da EN3

Subsecção F-ii: Nó da EN3 / Cruzamento da EN1/IC2

Esta subsecção com 1,3 km, tem apenas uma via por sentido, é uma estrada de boa qualidade e um troço fundamental na ligação a Alenquer.

Nó do Carregado (Saída)

Figura 04.27 - Nó da EN3 / Cruzamento da EN1 - IC2

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Subsecção F-iii: Cruzamento da EN1 - IC2 / Casal Machado

Este troço na EN 1 regista uma elevada afluência de veículos pesados e muita acessibilidade lateral, provocando o congestionamento ao longo do dia, este congestionamento é visível na foto da direita. Esta via tem apenas uma via por sentido e velocidade limitada a 50 km/h.

Nó do Carregado (Saída) Via Ligação Nó da EN3

Figura 04.28 - Cruzamento da EN1 - IC2 / Casal Machado

Subsecção F-iv: Casal Machado / Rotunda Sul da EN1 - IC2

Esta subsecção apresenta características similares à subsecção anterior e termina na rotunda Sul do troço novo do IC2, a sul de Alenquer.

Nó do Carregado (Saída)

Figura 04.29 - Casal Machado / Rotunda Sul IC2 (EN1)

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04.3.1.7 SECÇÃO G: ESTRADA MUNICIPAL OTA / AVEIRAS DE CIMA

Esta secção é constituída por uma estrada Municipal de perfil sinuoso que faz a ligação entre Ota e Aveiras de Cima. Não sendo um percurso rápido, é no entanto a única alternativa à EN 1 (até São Salvador) e posteriormente EN366 (até Aveiras de Cima), actualmente este percurso demora cerca de 25 minutos para percorrer aproximadamente 11 km. No entanto estas duas localidades distam em linha recta 8 km.

Subsecção G-i: Ota / Casais do Monte Godelo

Esta subsecção tem início no centro da Ota mais precisamente no cruzamento visível na foto do canto superior esquerdo, este apresenta pouca visibilidade. O sentido tomado foi a viragem à esquerda.

Esta subsecção tem uma extensão de 8 km com características fundamentalmente florestais. Tal como é visível nas fotos, esta estrada apresenta o pavimento em bom estado mas com bermas estreitas. A velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Esta subsecção tem pouca carga de tráfego.

Freguesia da Ota – Casais do Monte Godelo

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Figura 04.30 - Ota / Casais do Monte Godelo

Subsecção G-ii: Casais do Monte Godelo / Aveiras de Cima

Este troço desenvolve-se em 2,2 km apresentando características essencialmente urbanas. Esta subsecção à semelhança da anterior, tem uma velocidade máxima permitida de 50 km/h.

Casais do Monte Godelo / Aveiras de Cima

Figura 04.31 - Casais do Monte Godelo / Aveiras de Cima

Subsecção G-iii: Aveiras de Cima / EN366

Este troço com 1,8 km, tem características semelhantes ao anterior, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h, podendo ser reduzida para velocidade inferior na presença de sistemas de acalmia de tráfego.

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Aveiras de Cima / EN 366

Figura 04.32 - Aveiras de Cima / EN366

04.3.1.8 SECÇÃO H: EN 3

A Secção H tem no total 12,7 km e representa a EN 3 desde o cruzamento com a N366 e o cruzamento com a IC2, com orientação Sudoeste/Nordeste. É uma estrada em que a componente logística é uma constante em toda a sua extensão.

Subsecção H-i: Cruzamento N366/N3 / Rua Condes de Azambuja

A subsecção H-i tem 2,5 km, uma via por sentido, o estado do pavimento é bom, como é visível nas fotografias infra e a velocidade máxima permitida nesta subsecção é de 70 km/h.

Cruzamento EN366/EN3 / Rua Condes de Azambuja

Subsecção H-ii: Rua Condes de Azambuja / Azambuja

Esta subsecção assemelha-se à anterior e apresenta uma extensão total de 2,9 km. A velocidade máxima permitida varia entre 50 e 90 km/h e. Esta via encontra-se em boas condições.

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Subsecção H-iii: Azambuja / Espadanal

Ao longo desta subsecção com aproximadamente 1 km de extensão a velocidade máxima permitida é de 90 km/h. É uma estrada de uma via por sentido, com boa visibilidade para ultrapassagens.

Azambuja / Espadanal

Figura 04.33 - Azambuja / Espadanal

Subsecção H-iv: Espadanal / Vila Nova da Rainha

Nesta subsecção a presença de veículos pesados é mais acentuada, o limite máximo de velocidade permitida é de 50 km/h. Este troço da EN 3 tem cerca de 3,7 km de comprimento.

Espadanal / Vila Nova da Rainha

Figura 04.34 - Espadanal / Vila Nova da Rainha

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Subsecção H-v: Vila Nova da Rainha / Casal Pinheiro

Esta via com aproximadamente 1km de extensão apresenta características semelhantes ao troço anterior.

Vila Nova da Rainha / Casal Pinheiro

Figura 04.35 - Vila Nova da Rainha / Casal Pinheiro

Subsecção H-vi: Casal Pinheiro / IC2

Este troço encontra-se bastante próximo do nó do Carregado (A1) e, tal como nos troços anteriores, é bastante utilizado por veículos pesados a transitarem entre a EN3 e a A1. A velocidade máxima varia entre os 90 e os 50 km/h.

Casal Pinheiro / Nó do IC2

Figura 04.36 – EN3 / IC2

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04.3.1.9 OUTRAS ESTRADAS

As restantes estradas não mencionadas nesta análise são vias municipais de uso meramente local e com pouca relevância para este estudo.

04.3.2 Oferta Actual – Transportes Colectivos

Relativamente ao transporte ferroviário o concelho da Azambuja apresenta uma melhor localização relativamente ao concelho de Alenquer. A área de intervenção do PAT localiza-se num ponto privilegiado da rede ferroviária, pois é servida pela Linha do Norte, que é a espinha dorsal da rede ferroviária nacional com ligações facilitadas para o resto do país e fronteiras. A linha da Azambuja e algumas estações desta encontra-se representada na figura seguinte.

Figura 04.37 – Via Ferroviária

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O transporte ferroviário é em termos de emissões de poluentes e consumo energético o mais eficiente. No entanto a sua eficácia implica a articulação com outros modos de transporte.

O Concelho de Alenquer não se encontra servido directamente por qualquer estação de caminhos de ferro, sendo a sua utilização significativamente inferior a outros modos de transporte.

Relativamente ao concelho da Azambuja, este já apresenta diferentes estações conforme o destino. As estações encontram-se em Vila Nova da Rainha, Espadanal e em Azambuja.

Ao nível do transporte colectivo rodoviário o operador responsável no concelho de Alenquer é o grupo Boa Viagem que efectua ligações entre todo o concelho de Alenquer, bem como a concelhos limítrofes a este.

No concelho de Azambuja existe um transporte rodoviário para servir a população das freguesias situadas na parte norte do concelho da Azambuja até ao centro da mesma.

O transporte entre o concelho da Azambuja e os concelhos limítrofes é realizado pela Rodoviária do Tejo.

04.3.3 Análise da Procura Actual

04.3.3.1 DADOS DE TRÁFEGO

Este Capítulo detalha os dados de tráfego existentes (e disponíveis) para a Área de Intervenção do PAT, estes dados de tráfego foram obtidos através da EP – Estradas de , S.A (entidade responsável pela gestão das estradas nacionais em Portugal).

Voltando a fazer referência às secções definidas anteriormente procede-se a uma análise detalhada do Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) registado nas mesmas. Estes valores são apresentados na tabela seguinte e indicada a respectiva localização na Figura 04.39, na ausência de valores mais recentes foram apresentados valores de 2005.

ID Posto da EP Estrada TMDA (vpd) Ano

1 582A A 1 – Vila Franca de Xira / Carregado 65.465 2007

2 582O EN 1 – Vila Franca de Xira / Carregado 13.241 2005

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3 580A A 1 – Carregado / Aveiras de Cima 3.940 2007

4 581O EN 3 – Carregado / Azambuja 16.145 2005

5 580O EN 1 – Carregado / Alenquer 9.229 2005

6 578O EN 9 – Alenquer 7.426 2005

7 574O EN 366 – Cruzamento com a A1 3.235 2005

8 570O EN 1 – Espinheira 12.091 2005

9 531B A 1 – Aveiras de Cima / Santarém 39.219 2007

10 566O EN 1 – Norte de Alcoentre 13.534 2005

Tabela 04.2 – Contagens de Tráfego (TMDA)

Figura 04.38 – Contagens de Tráfego Existentes

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04.3.3.2 TAXA DE MOTORIZAÇÃO

O gráfico apresentado em baixo mostra as taxas de motorização, dos concelhos de Alenquer e Azambuja, para os anos de 2004 a 2007. A taxa de motorização (nº de veículos por 1.000 residentes) é uma medida que varia de local para local reflectindo o nível socioeconómico e facilidade de transportes colectivos das populações.

A taxa de motorização é maior no concelho da Azambuja comparativamente ao município de Alenquer sendo ambas superiores à média nacional. Estes concelhos quando comparados com a média nacional registam a mesma tendência de ligeira subida.

Taxa de Motorização Concelhos de Alenquer e Azambuja

600 600

500 500

400 400 Alenquer 300 300 Azambuja Portugal 200 200 Tx Motorização Tx 100 100

0 0 2004 2005 2006 2007 Anos

Gráfico 04.1 – Variação da Taxa de Motorização (2004-2007)

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04.3.3.3 PRINCIPAIS GERADORES

Numa tentativa de compreender a dinâmica destes dois concelhos, fez-se um levantamento dos principais geradores de tráfego. Constata-se que no concelho de Alenquer a exploração de subsolo é um grande gerador de tráfego pesado, embora seja também significativo o trânsito de pesados gerado pela indústria e pela logística.

No concelho da Azambuja é notória a vasta área logística que existe ao longo da EN 3, onde se localizam armazéns, de grande superfície, de todas as maiores empresas nacionais. Este é um local que apesar de já possuir uma vasta área logística ainda se encontra em expansão como é visível na fotografia do canto inferior direito. Efectivamente, esta zona encontra-se na confluência dos grandes eixos de transportes nacionais, dando-lhe uma importância na logística que não é superada em mais nenhum ponto do país.

Área Logística da Azambuja (EN 3)

Figura 04.39– Área Logística da Azambuja (EN3)

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04.4 VALÊNCIA DA ECONOMIA URBANA

Nos termos do “Quadro 2.1”, os Concelhos que integram a ZEDAA são do ponto de vista demográfico dos mais dinâmicos da Região de LVT, principalmente no que se refere ao Concelho de Alenquer.

Na realidade, tendo em conta as estimativas da população residente efectuadas pelo INE – Instituto Nacional de Estatística para o ano de 2007, Alenquer cresceu 34% desde 1991, contra um crescimento de 15% registado na NUT III a que pertence e 12% em relação à Região de Lisboa.

O Concelho da Azambuja apresenta também uma evolução muto positiva, embora o ritmo de crescimento não seja tão acentuado como o de Alenquer: 11% entre 1991 e 2007, contra 7% registado na NUT III onde está integrado.

População Residente Variação Variação Região 1991/2001 1991/2007 1981 1991 2001 2007 (%) (%) Oeste 310 795 315 699 338 711 361 868 7,3% 14,6% Concelho de ALENQUER 34 575 34 098 39 180 45 687 14,9% 34,0% % de Alenquer na NUT III 11,1% 10,8% 11,6% 12,6% Médio Tejo 227 600 221 419 226 090 231 304 2,1% 4,5% Lezíria do Tejo 234 057 232 969 240 832 249 254 3,4% 7,0% Concelho da AZAMBUJA 19 768 19 568 20 837 21 800 6,5% 11,4% % da Azambuja na NUT III 8,4% 8,4% 8,7% 8,7% Grande Lisboa 1 853 729 1 836 484 1 892 903 2 025 628 3,1% 10,3% Península de Setúbal 584 648 640 493 714 589 782 786 11,6% 22,2% Portugal Continental 9 336 760 9 375 926 9 869 343 10 126 880 5,3% 8,0% Região de Lisboa 2 482 276 2 520 708 2 661 850 2 808 414 5,6% 11,4% Fonte: INE; Recenseamentos Gerais da População e Estimativas de População Residente Quadro 2.1 – Evolução da População Residente na LVT

A distribuição desta população é pouco equilibrada em ambos os Concelhos, concentrando-se no eixo Alenquer – Carregado, no caso do Concelho de Alenquer e bastante dispersa no caso do Concelho da Azambuja, registando-se embora uma certa concentração ao longo dos principais eixos viários.

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A dinâmica populacional dos dois Concelhos que integram a ZEDAA é assegurada e sustentada por uma dinâmica económica também bastante positiva (como adiante se mostra), sendo de realçar o facto de se registar um crescimento – acentuado, no caso de Alenquer e mais ou menos estabilizado, no caso da Azambuja – da participação de cada Concelho na respectiva NUT III onde estão integrados.

Esta situação é baseada no facto de no conjunto dos dois Municípios surgirem mais e melhores oportunidades para a estruturação de actividades económicas, cujos reflexos são sensíveis ao nível da estrutura etária da população, do emprego e das taxas de actividade.

04.4.1 Breve Caracterização Socioeconómica das Freguesias

A área de intervenção é repartida pelos Concelhos de Alenquer e da Azambuja, abrangendo total ou parcialmente o território das seguintes Freguesias:

• No Concelho de Alenquer, sete freguesias: Abrigada, Cadafais, Carregado, , Ota, Santo Estêvão e Triana;

• No Concelho da Azambuja, quatro freguesias: Alcoentre, Azambuja, Aveiras de Cima e Vila Nova da Rainha.

O enquadramento da área integrada por estas Freguesias relativamente ao conjunto dos dois Concelhos fica traduzido através da informação contida no “Quadro 3.1”, reproduzido na página seguinte, o qual merece os seguintes comentários mais relevantes:

• A área do conjunto destas Freguesias é superior a 560 km2 correspondendo a perto de dois terços (63%) dos territórios dos dois Concelhos;

• A população aí residente aumentou de 1991 para 2001 segundo uma taxa média de crescimento anual de 1,3% (contra 1,1% no total dos dois Concelhos), representando em 2001 dois terços da população residente nos dois Concelhos;

• Como resultado desta situação, a densidade populacional na ZEDAA em qualquer dos períodos analisados é superior às densidades populacionais registadas em qualquer um daqueles Concelhos;

• O crescimento populacional na ZEDAA possui um ritmo superior ao do conjunto dos territórios dos dois Concelhos.

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DENSIDADE POPULAÇÃO RESIDENTE POPULACIONAL ÁREA REGIÃO DESCRIÇÃO Tx.Cresc. (km2) 1991 2001 Médio 1991 2001 Anual (%)

Total do Concelho 302,2 34 098 39 180 1,4% 112,8 129,7

Freguesias da ZEDAA 172,9 20 404 26 046 2,5% 118,0 150,7

ZEDAA / Concelho 57,2% 59,8% 66,5% ------104,6% 116,2% ALENQUER

Total do Concelho 261,7 19 568 20 837 0,6% 74,8 79,6

Freguesias da ZEDAA 180,6 14 485 13 767 -0,5% 80,2 76,2

AZAMBUJA ZEDAA / Concelho 69,0% 74,0% 66,1% ------107,3% 95,7%

Total dos Concelhos 563,8 53 666,0 60 017,0 1,1% 95,2 106,4

Freguesias da ZEDAA 353,4 34 889,0 39 813,0 1,3% 98,7 112,6 ZEDAA ZEDAA / Concelhos 62,7% 65,0% 66,3% ------103,7% 105,8%

Fonte: INE; Recenseamentos Gerais da População e Estimativas de População Residente Quadro 3.1 – Evolução da População por Freguesias

Estas conclusões vêm reforçar a necessidade de se proceder a uma intervenção integrada sobre a ZEDAA, apesar de se tratar de uma área pertencente a dois Concelhos distintos, uma vez que se trata de dois conjuntos de freguesias com características semelhantes.

Face às constatações atrás apresentadas, apurou-se a evolução da estrutura etária da população e dos principais indicadores demográficos para os dois Concelhos, cujos resultados são apresentados no “Quadro 3.2” a seguir reproduzido:

• A situação dos dois Concelhos é bastante semelhante, embora o de Azambuja mostre maior deterioração na evolução da estrutura etária, principalmente no que se refere à perda de população jovem;

• De qualquer forma verifica-se que a população das faixas etárias entre os 15 anos e os 64 anos – correspondendo ao grosso da população activa – se mantém nos cerca de dois terços da população total;

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• Mas também aqui registam-se alterações negativas e significativas da população com 15 anos a 24 anos em ambos os Concelhos;

• No que aos indicadores apresentados respeita, verifica-se que os índices de envelhecimento são muito elevados e tem aumentado ao longo do tempo, principalmente em Azambuja, enquanto a dependência total está estabilizada (em Alenquer) ou a diminuir (em Azambuja), situação explicada essencialmente pela perda relativa da população jovem.

Concelho de Alenquer Concelho da Azambuja

DESCRIÇÃO 1991 2007 1991 2007

hab % hab % hab % hab % GRUPOS ETÁRIOS: 0 - 14 anos 6 066 17,8% 7 299 16,0% 3 576 18,3% 3 036 13,9% 15 - 24 anos 4 898 14,4% 4 950 10,8% 2 912 14,9% 2 243 10,3% 25 - 64 anos 17 678 51,8% 24 984 54,7% 9 901 50,6% 12 224 56,1% mais de 64 anos 5 456 16,0% 8 454 18,5% 3 179 16,2% 4 297 19,7% ÍNDICES: - Envelhecimento 89,9% 115,8% 131,6% 141,5% - Dependência Total 51,0% 51,3% 50,5% 48,9% - Dependência Idosos 24,2% 28,2% 28,4% 29,7%

Fonte: INE; Recenseamentos Gerais da População e Estimativas de População Residente Quadro 3.2 – Estrutura Etária e Indicadores Demográficos

O grau de instrução desta população, com dez ou mais anos, não é muito elevado – como se pode verificar pela análise do “Quadro 3.3” – onde se regista o facto de a população com um grau de ensino superior ao Secundário é apenas de 6,7% no conjunto dos dois Concelhos.

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Total dos Dois ALENQUER AZAMBUJA Concelhos DESCRIÇÃO hab%hab%hab% Taxa Analfabetismo 8,8% 12,7% ------População com: - S/ Instrução 6 553 16,7% 3 463 16,6% 10 016 16,7% - Ens. Básico 23 532 60,1% 12 674 60,8% 36 206 60,3% - Ens. Secundário 6 438 16,4% 3 341 16,0% 9 779 16,3% - Ens. Médio 147 0,4% 55 0,3% 202 0,3% - Ens. Superior 2 510 6,4% 1 305 6,3% 3 815 6,4%

Fonte: INE; Recenseamento Geral da População de 2001 Quadro 3.3 – População por Graus de Instrução em 2001

Embora em termos de estrutura a situação seja semelhante nos dois Concelhos, o de Azambuja apresenta uma taxa de analfabetismo bastante elevada no contexto das realidades económicas e sociais de ambos os territórios.

A actividade económica desenvolvida nos dois Municípios, aferida pela estrutura do número de empresas e pelo emprego em 2006, nos termos do “Quadro 3.4”, mostra a clara predominância do Comércio, em termos do número de empresas e da Indústria, em termos de emprego, sendo a situação muito semelhante para os dois Concelhos.

Apesar desta constatação, deve ser relevado o peso do Sector Primário, principalmente em Azambuja e na variável emprego, pelo que se trata de um conjunto de actividades que não devem ser menosprezadas, tendo em conta também a localização privilegiada da ZEDAA relativamente aos grandes mercados consumidores.

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Alenquer Azambuja Soma dos Concelhos (ZEDAA) ACTIVIDADES N.º N.º N.º Emprego Emprego Emprego Dim.Média Empresas Empresas Empresas Agric.Pec.Silv.Pesca 8% 7% 17% 14% 11% 10% 2,15 Indústria (Transf. + Extrac.) 10% 32% 8% 20% 9% 28% 7,53 Construção 17% 13% 13% 6% 16% 11% 1,61 Comércio 33% 22% 35% 16% 34% 20% 1,47 Alojam.Restauração 8% 3% 10% 4% 9% 3% 0,88 Outras Actividades 23% 22% 18% 40% 22% 28% 3,21 TOTAIS 100% 100% 100% 100% 100% 100% 2,44 FONTE: INE - Anuários Estatísticos Regionais Quadro 3.4 – Empresas e Emprego em 2006

O tecido económico existente, no entanto, é constituído essencialmente por pequenas e médias empresas, uma vez que a dimensão média das empresas para o conjunto dos dois Concelhos era, em 2006, de 2,44 trabalhadores, variando este valor entre 7,53 trabalhadores por empresa para a Indústria e 0,88 trabalhadores por empresa no Alojamento e Restauração.

Na realidade, os dados apresentados mostram a pequena relevância do conjunto de actividades associadas ao Alojamento e à Restauração relativamente à variável do emprego.

No “Quadro 3.5” faz-se a comparação das taxas de actividade e do desemprego de cada um dos Concelhos em análise com as das respectivas NUT III, apresentando Alenquer e Azambuja genericamente uma situação mais favorável no que se refere ao desemprego e mais desfavorável no que se refere às taxas de actividade.

LEZÍRIA DO DESCRIÇÃO OESTE ALENQUER AZAMBUJA TEJO

Taxa de Actividade 47,6% 42,1% 48,1% 47,1% Taxa Desemprego 5,6% 4,0% 8,1% 6,0%

Fonte: INE; Recenseamento Geral da População de 2001 Quadro 3.5 – Taxas de Actividade e de Desemprego

O dinamismo da actividade económica de Alenquer apresenta melhores resultados no que ao poder de compra diz respeito, como pode ser verificado através do “Quadro 3.6”., uma vez que o índice per capita do poder de compra concelhio publicado pelo INE é sempre superior ao da

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NUT III do Oeste e apresenta variações e taxas de crescimento médio anual também superiores.

A situação do Concelho de Azambuja não é tão positiva como a de Alenquer, mas situa-se muito próximo dos indicadores encontrados para a NUT III da Lezíria do Tejo.

ÍNDICES Variação Tx. Cres. Região 2005/2000 Médio 2000 2005 (%) Anual (%) Oeste 78,13 88,21 12,9% 2,5% Concelho de ALENQUER 80,53 93,71 16,4% 3,1% % de Alenquer na NUT III 103,1% 106,2% ------Médio Tejo 73,90 83,43 12,9% 2,5% Lezíria do Tejo 75,69 89,93 18,8% 3,5% Concelho da AZAMBUJA 74,63 87,77 17,6% 3,3% % da Azambuja na NUT III 98,6% 97,6% ------Grande Lisboa 176,31 145,56 -17,4% -3,8% Península de Setúbal 102,49 115,67 12,9% 2,4% Portugal Continental 101,65 100,52 -1,1% -0,2%

Fonte: INE; Estudos do Poder de Compra Concelhio Quadro 3.6 – Poder de Compra Concelhio per capita

Acrescenta-se o facto de, entre os dois Concelhos e as NUT’s III a que pertencem, apenas Alenquer possui valores deste indicador superiores a 100 que representa o índice médio do País.

A situação registada pelo Recenseamento Geral da População em 2001 relativamente aos principais indicadores sócio-demográficos relacionados com a habitação pode ser aferida pela leitura do “Quadro 3.7”, reproduzido na página seguinte, cuja análise merece os seguintes comentários:

• Em termos médios, para a globalidade dos dois Concelhos e para o conjunto das Freguesias que integram a ZEDAA, o número de famílias por alojamento situa-se em 0,7, mostrando existir uma boa capacidade média dos alojamentos;

• As Freguesias que integram a ZEDAA são as que apresentam, em média, maior capacidade dos edifícios relativamente aos alojamentos, quer quanto a Alenquer, quer quanto a Azambuja;

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Freguesias da Total dos Dois DESCRIÇÃO ALENQUER AZAMBUJA ZEDAA Concelhos

Alojamentos Familiares Clásicos 19056 9759 19382 28815 Famílias Clássicas 14336 7431 15096 21767 Edifícios 13839 8070 12955 21909 Famílias / Alojamento 0,752 0,761 0,779 0,755 Alojamentos / Edifícios 1,377 1,209 1,496 1,315 Dimensão Média das Famílias - 2001 2,733 2,804 2,637 2,757

Fonte: INE; Recenseamento Geral da População de 2001 Quadro 3.7 – Parque Habitacional e Famílias em 2001

• No que à dimensão média das famílias diz respeito, verifica-se que a mais elevada está no Concelho de Azambuja, encontrando-se no pólo oposto o valor encontrado para o conjunto das Freguesias que integram a ZEDAA.

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04.5 CONCLUSÕES

O enquadramento geral efectuado e a caracterização apresentada, funcionando essencialmente como uma Avaliação da Situação de Referência, visou a definição e a fundamentação daquilo que é necessário potenciar, transformar, manter ou abandonar.

As conclusões a retirar de tudo quanto foi investigado, estudado e exposto podem ser resumidas e de forma integrada nos seguintes pontos fortes (potencialidades) e pontos fracos (fragilidades) mais relevantes do ponto de vista da formulação de uma estratégia futura para o desenvolvimento socioeconómico para a ZEDAA.

04.5.1.1 PONTOS FORTES OU POTENCIALIDADES:

• Recursos naturais diversificados, e de valor significativo à escala nacional e regional ocupando uma percentagem significativa de território.

• Prevalência de uma ruralidade envolvente, não só em relação à população activa mas também em relação a quem visita o território dos dois Concelhos, possuindo valor económico significativo.

• Boas possibilidades de desenvolvimento do sector agro-florestal, em vastas zonas dos territórios dos dois Municípios, gerador de rendimentos e de produção de riqueza em particular da área da produção agrícola.

• Capacidade do território para diversificar a actividade económica, criar novas oportunidades e, através disso, atrair e fixar populações.

• Património histórico e cultural existente, com uma riqueza potenciadora para o desenvolvimento de segmentos específicos do Turismo.

• Posicionamento da área de intervenção do PAT relativamente a outras áreas relevantes da Grande Lisboa e da Áreas Urbanas do Distrito de Leiria, face às quais o território reúne boas capacidades para ser complementar.

• Boas acessibilidades e de ordem diversa, com facilidade de circulação rodoviária.

• Sensibilidade das instituições locais para o lançamento de actividades geradoras de riqueza e factores de desenvolvimento.

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04.5.1.2 PONTOS FRACOS OU FRAGILIDADES:

• Debilidade da estrutura etária e tendência para o envelhecimento populacional

• Tecido produtivo baseado numa estrutura empresarial de dimensão reduzida e pouco estruturada.

• Implantação industrial e de empresas de logística pouco ordenada e dispersa no território.

• Turismo muito pouco desenvolvido, como consequência da falta de estruturação da oferta.

• Forma pouco racionalizada do aproveitamento dos recursos, podendo gerar um ambiente pouco propício à atracção de investimento especializado.

• Algumas carências na qualificação dos recursos humanos, principalmente a nível superior.

• Baixa qualidade dos serviços turísticos.

• Imagem de desordenamento e de alguma poluição pelo excesso de circulação rodoviária de viaturas pesadas.

• Presença de grandes áreas afectas à extracção de inertes e das actividades que lhes estão directamente associadas e que contribuem para a degradação da paisagem.

• Ocupação edificada das áreas de baixa aluvionar em particular por infra-estruturas associadas à indústria e logística.

Atendendo aos factores externos da avaliação da situação de referência sinteticamente apresentada, podem ser elencadas as oportunidades e riscos ou ameaças para o futuro do território em análise e que a seguir se apresentam.

04.5.1.3 OPORTUNIDADES:

• Existência do “Programa de Acção para o Oeste” de que o território é um dos grandes contemplados.

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• Grande desenvolvimento do sector da Logística no mercado nacional, actividade para a qual o território em estudo tem já um conhecimento relevante.

• Face aos recursos existentes, à qualidade das acessibilidades e à disponibilidade de equipamentos e infra-estruturas, existem boas possibilidades de diversificação da Economia do território.

• Existência de uma ruralidade aliada à tradição e à história que podem diferenciar economicamente o território por haver potencialidades para o desenvolvimento de culturas muito valorizadas pelos mercados.

• Crescente desenvolvimento do Turismo, principalmente nas áreas em que os dois Municípios são ricos em recursos (naturais e culturais).

• Interesse institucional de várias entidades e organizações no território, públicas e privadas.

• Existência relevante de espaço social e económico (carências) ao nível do investimento produtivo pelo lançamento e fixação de actividades económicas capazes de fixarem jovens.

04.5.1.4 AMEÇAS OU RISCOS:

• Processo de despovoamento rural.

• Transformação do território dos dois Municípios numa “terra de excesso de visitantes”, embora com constante crescimento da população residente.

• Pressão urbanística inerente a um processo de dispersão da população.

• Desinteresse dos investidores se não houver ordenamento capaz de apoiar a racionalização da actividade económica.

• Dificuldade de implementação de modelos institucionais específicos de cooperação.

• Desaparecimento de meios e recursos humanos com formação adequada para assegurar o processo de desenvolvimento pretendido.

• Pressão industrial e logística em áreas de elevado valor ecológico como as baixas aluvionares dos rios Tejo, Ota e ribeira de Alenquer.

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• Descaracterização da paisagem agro-florestal face a modelos de dispersão urbana.

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05. DIAGNÓSTICO PROSPECTIVO E ESTRATÉGIA

Uma vez que situação apresentada pelo território objecto da análise é bastante singular – não só pela sua localização, mas também pela sua história e correspondente evolução, inserida num enquadramento peculiar – deverá ser a ela associada a valorização das condições de suporte à urbanização em matéria de mobilidade, energia, água e materiais a utilizar.

Daqui decorre que o modelo a conceber, terá de apontar para o eventual apuramento e sistematização dos benefícios intangíveis de natureza:

• Económica – alargamento do espectro de oportunidades no espaço territorial dos dois Concelhos em análise, principalmente ao nível do conjunto de Freguesias que integram a ZEDAA.

• Social – maior acesso a espaços públicos e a actividades culturais e integração com outros locais e actividades existentes ou a criar naqueles mesmos espaços.

• Ambiental – qualidade da paisagem e do património natural.

Cria-se verdadeiramente, por este processo, um espaço gerador de dinâmicas capazes de originarem o aparecimento de iniciativas empresariais, uma vez que o modelo conjuga condições de facilitação do aproveitamento das potencialidades existentes com a superação dos condicionalismos ao investimento, articulando de forma eficaz e eficiente o ambiente e a economia, o desenvolvimento humano equilibrado e o crescimento económico sustentado.

A fraca implantação do sector empresarial detectado em Regiões diversas, resulta muitas das vezes de factores de transformação existentes nessas Regiões serem essencialmente limitativos. Alguns desses factores são de natureza física (orografia, escassez de terrenos adequados às actividades humanas, sensibilidade ecológica da zona, falta de matérias-primas, entre outros), mas outros estão associados ao próprio modelo de desenvolvimento que está em execução, necessitando por isso de ser removidos, alterados ou de gerarem uma reorientação estratégica.

Verifica-se, nestes e noutros casos, que os factores de transformação actuam uns com os outros num processo interactivo, podendo ser condicionantes da iniciativa empresarial ou, em sentido contrário, favorecer o desenvolvimento de certas actividades (sociais, económicas, culturais, de lazer, ambientais, urbanísticas ou de outra ordem). Qualquer abordagem das

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problemáticas atrás referidas terá de ser iniciada com a análise crítica da situação actual daqueles factores que se prevê possam existir a médio/longo prazo.

Em termos de áreas de enquadramento do conjunto dos Concelhos de Alenquer e Azambuja, em geral e da ZEDAA, em particular, releva uma matriz de pertinência entre potencialidades, fragilidades, oportunidades e ameaças definidora das componentes e as características de um diagnóstico estratégico, sugerindo, simultaneamente, um conjunto de objectivos e de medidas a adoptar, nos seguintes termos:

• Relacionando os pontos fortes com as oportunidades vão sobressair as vantagens competitivas do território, gerando um conjunto de objectivos e medidas de consolidação e reforço do grau de competitividade.

Os estudos dos diferentes segmentos de mercado deverão ser então conduzidos em função dos resultados desta relação, visando criar as melhores condições de atractividade da zona de intervenção – ZEDAA. Potencia-se dessa forma o aparecimento de novas actividades e a criação de uma dinâmica socioeconómica específica, a nível local, mas também a nível do espaço territorial integrado pelos dois Concelhos, Alenquer e Azambuja, com especial enfoque para uma tipologia de serviços específicos para a zona, relacionados preferencialmente com o apoio às indústrias e às actividades de logística já estabelecidas;

• Relacionando os pontos fracos com as oportunidades realçam-se as situações estratégicas menos bem concebidas que necessitam de ser orientadas noutros sentidos, gerando um conjunto de objectivos e medidas de mudança.

• Estão neste caso duas situações:

− A criação de uma nova imagem do território da ZEDAA, limpa da carga negativa de alguma poluição ambiental e de desordenamento que lhe tem vindo a ser imposta através de um crescimento não programado;

− O relacionamento e a interacção da ZEDAA com outras diferentes áreas daqueles mesmos Concelhos ou até das NUT’s III a que pertencem, numa busca permanente de encontrar complementaridades;

• Relacionando os pontos fortes com as ameaças ficam definidas e enquadradas as capacidades de defesa do território, para as quais será necessário conceber

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objectivos e medidas de sustentabilidade relativas ao crescimento do processo de desenvolvimento.

Entronca nesta problemática a necessidade de concepção e implementação de esquemas de articulação totalmente inovadores entre os agentes interessados na ZEDAA, os quais terão de estar baseados necessariamente nos princípios cooperação entre eles, mas também num elevado grau de autonomia e independência relativa à gestão dos recursos utilizados. Releva neste aspecto, a necessidade de uma forte cooperação entre todas as entidades envolvidas perseguindo objectivos comuns.

• Relacionando, finalmente, os pontos fracos com as ameaças obtêm-se as vulnerabilidades dos sistemas que integram o modelo, cujo combate exige a formulação de objectivos e medidas de coesão e solidariedade para com a ZEDAA.

Assumem aqui particular relevância as questões relacionadas com a responsabilidade, a solidariedade e a coesão nacionais (em particular, da globalidade da zona norte da Área Metropolitana de Lisboa) para com Alenquer e Azambuja, derivadas dos custos suportados pela ZEDAA derivados do enquadramento e condicionamento da possível construção do Aeroporto de Lisboa na Ota.

Esta problemática deverá merecer uma profunda reflexão baseada no “Programa de Acção para o Oeste” já aprovado em Conselho de Ministros, uma vez que ela se coloca no contexto da necessidade de a sociedade como um todo dever assumir e internalizar uma parte, pelo menos, dos custos dos investimentos definidos com aqueles objectivos, o que passa obviamente pelo estudo alargado de fontes de financiamento para alguns deles, não o restringindo aos Concelhos de Alenquer e Azambuja.

A estratégia de desenvolvimento a adoptar para este PAT deverá assentar, por isso, necessariamente na existência e aprovação (o mais consensual possível) de uma Estratégia de Ordenamento com fortes preocupações de ordem Económica, Social e de Estruturação Territorial.

Para a concretização desta Estratégia de Ordenamento deverá ser adoptada uma postura compatibilizada com o processo actual de desenvolvimento socioeconómico dos dois Municípios em análise e das suas expectativas futuras. Atendendo, no entanto, à localização geográfica dos espaços territoriais em causa, o transporte de mercadorias, a mobilidade das pessoas e as acessibilidades, bem como as movimentações daí resultantes, assumem uma

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relevância particular, visando evitar algumas das situações mais negativas registadas na actualidade.

As opções a tomar devem assentar, por isso, numa concepção onde as várias componentes económicas (transportes, comércio, lazer, turismo, serviços, habitação, infra-estruturas) se integram de forma adequada e total com a componente urbanística. Nesta concepção, porém, não há lugar a planificações rígidas, mas apenas a um planeamento directivo e que sirva de referência a um processo contínuo de crescimento sustentado, assente sobre uma estrutura de grande robustez, na qual as alterações ocasionais não ponham em causa a coerência do conjunto nem a sua permanente evolução.

No contexto dos Concelhos de Alenquer e Azambuja, porém, esta intervenção não deverá privilegiar esta parte do território em detrimento de outros espaços com características funcionais próprias. Pelo contrário, deverão ser exploradas as relações de dependência e de complementaridade entre todas essas zonas, procurando-se avivar os seus traços distintivos. Neste domínio, o grande papel a desempenhar pela ZEDAA será o de se constituir no principal motor de ligação (leia-se “Desenvolvimento”) do território do conjunto dos dois Concelhos com as restantes zonas das NUT’s III em que estão integrados.

Neste particular, toda a estratégia a prosseguir deve privilegiar as complementaridades e dar visibilidade para os mercados das diferenças assumidas pelos Concelhos de Alenquer e Azambuja, estabelecendo-se uma relação robusta com outros projectos similares da Área Metropolitana de Lisboa.

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06. EQUIPA

Pires Marques,

Arquitecto

Leopoldo Criner, Arquitecto

Líbano Monteiro, Engenheiro

António José Sá, Economista

Filipa Monteiro, Arquitecta Paisagista

Cláudia Batista, Arquitecta Urbanista

Vítor Nobre, Arquitecto

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