Quilapayún E Inti-Illimani: a Nova Canção Chilena No Exílio (1973-1988)
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS RAFAEL RODRIGUES CAVALCANTE “LA VIDA DE LOS HÉROES DE CHILE SE ESCRIBE EN EL PELIGRO CLANDESTINO” QUILAPAYÚN E INTI-ILLIMANI: A NOVA CANÇÃO CHILENA NO EXÍLIO (1973-1988) FRANCA 2016 RAFAEL RODRIGUES CAVALCANTE “LA VIDA DE LOS HÉROES DE CHILE SE ESCRIBE EN EL PELIGRO CLANDESTINO” QUILAPAYÚN E INTI-ILLIMANI: A NOVA CANÇÃO CHILENA NO EXÍLIO (1973-1988) Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” como pré-requisito para a obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História e Cultura Social. Orientadora: Prof. Dra. Tânia da Costa Garcia. FRANCA 2016 Cavalcante, Rafael Rodrigues. “La vida de los héroes de Chile se escribe en el peligro clan- destino” : Quilapayún e Inti-Illimani : a Nova Canção Chilena no exílio (1973-1988) / Rafael Rodrigues Cavalcante. – Franca : [s.n.], 2016. 139 f. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Orientadora: Tânia da Costa Garcia 1. Chile - Política e governo - 1973-1988. 2. Exilio. 3. Direita e esquerda (Ciência politica). I. Título. CDD – 983.065 RAFAEL RODRIGUES CAVALCANTE “LA VIDA DE LOS HÉROES DE CHILE SE ESCRIBE EN EL PELIGRO CLANDESTINO” QUILAPAYÚN E INTI-ILLIMANI: A NOVA CANÇÃO CHILENA NO EXÍLIO (1973-1988) Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como pré-requisito para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História e Cultura Social. BANCA EXAMINADORA Presidente: _________________________________________________________________ Dra. Tânia da Costa Garcia (UNESP-Franca) 1º Examinador: _____________________________________________________________ Dra. Fabiana de Souza Fredrigo (UFG-Goiás) 2º Examinador: _____________________________________________________________ Dra. Virginia Célia Camilotti (UNESP-Franca) Franca, 6 de outubro de 2016. À meus pais, Sandra e Edson. AGRADECIMENTOS Agradeço ao financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo financiamento da minha pesquisa durante 12 meses. Minha gratidão à minha orientadora, Tânia da Costa Garcia, que acreditou no meu potencial e sempre me incentivou a produzir o meu melhor. Agradeço aos professores Marcos Sorrilha e Fabiana Fredrigo pelas importantes sugestões e conselhos na Banca de Qualificação. À minha família, em especial a meus pais, Sandra e Edson, irmãos, Carolina e Bruno, e tias, Zenilda e Neuma, que sempre me apoiam, com muito amor, conselhos, incentivos e revisões de texto. Amo muito vocês. À minha grande amiga e excelente pesquisadora Natália Ayo Schmiedecke, que foi quem melhor acompanhou todo o meu processo de estudo, desde muito antes do meu ingresso na pós-graduação. Nati, muito obrigado por todos os livros, conselhos, revisões de texto e apoio, sem você, esse trabalho não seria possível. Meu eterno agradecimento à Mariana Oliveira Arantes, por todos os ensinamentos e sugestões para a elaboração dessa dissertação. Muito obrigado pela disposição, paciência, conselhos e revisões, que foram essenciais para o enriquecimento deste trabalho. Aos músicos do Quilapayún, Eduardo Carrasco e Patricio Wang, que se dispuseram a conversar comigo e me indicaram textos que muito aprimoraram esta pesquisa. Um agradecimento especial ao Eduardo e à toda sua família, Bianca, sra. Berta, Cristián, Carolina, Lorena, Fernando, Pedro, Maurício, Camila, Helena e Maria Emília, que me receberam de braços abertos no Chile, fazendo com que eu me sentisse da família. À Bárbara Schneider, grande amiga e companheira de república, pesquisa e cervejas. Obrigado Bá, por estar presente em todas as minhas melhores memórias de Franca. Seu amor, apoio, paciência e companheirismo foram essenciais para a elaboração desta dissertação. Agradeço à Letícia Christmann, que esteve por quatro anos presente na minha vida em Franca e continua a ser como uma irmã aqui em São Paulo. À Bruna Watanabe, que sempre esteve ao meu lado, tanto nos melhores momentos quanto nos de dificuldade. Agradeço todos os dias por sua amizade, companheirismo e conselhos, Bru. Obrigado por me decifrar tão bem. Minha gratidão à Geyse Castori, por me proporcionar muitas conversas, risadas e alegrias fora do ambiente acadêmico. Sua companhia sempre me proporciona muita luz e felicidade. Por fim, agradeço aos meus colegas Barbara Alexandre, Diego, Neto, Leonardo, Suzana, Lara, Cris, Panco, Marina, Foto, Angélica, Fernando, Elvis, Lays, Jack, Joabe, Brigadeiro, Maranhão, Jeff, Carol Ucha, Carol Sarmento, Everton e Bruno Zaidan, que foram importantes companhias durante toda essa trajetória. “Mas eu sou o exilado. Sela-me com teus olhos. Leva-me para onde estiveres — Leva-me para o que és. Restaura-me a cor do rosto E o calor do corpo A luz do coração e dos olhos, O sal do pão e do ritmo, O gosto da terra... a terra natal. Protege-me com teus olhos. Leva-me como uma relíquia da mansão do pesar. Leva-me como um verso de minha tragédia; Leva-me como um brinquedo, um tijolo da casa Para que nossos filhos se lembrem de voltar”. Mahmoud Darwish CAVALCANTE, Rafael Rodrigues. “La vida de los héroes de Chile se escribe en el peligro clandestino”. Quilapayún e Inti-Illimani: a Nova Canção Chilena no exílio (1973-1988). 2016. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Franca. RESUMO Durante a década de 1960, surgiu no Chile a Nova Canção Chilena (NCCh). Seus integrantes, oriundos principalmente das classes média e baixa do país, mantinham, em sua maioria, intensas relações com a esquerda, o que contribuiu para a caracterização do movimento a partir de suas conexões com a política. Com o golpe militar chileno de 11 de setembro de 1973, os artistas da NCCh passaram a ser vistos como uma ameaça ao regime ditatorial de Augusto Pinochet e foram obrigados a se exilarem. Com base na produção discográfica dos conjuntos Quilapayún e Inti-Illimani no exílio, temos por objetivo investigar as permanências e/ou mudanças ideológicas sofridas pela NCCh, e analisar as táticas de resistência e condições de sobrevivência que o movimento encontrou para permanecer ativo e prosperar durante o exílio. Palavras-chave: Chile. Exílio. Nova Canção Chilena. Quilapayún. Inti-Illimani. CAVALCANTE, Rafael Rodrigues. “La vida de los héroes de Chile se escribe en el peligro clandestino”. Quilapayún e Inti-Illimani: a Nova Canção Chilena no exílio (1973-1988). 2016. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Franca. ABSTRACT During the 1960s, arose in Chile the New Chilean Song (NCCh). Its members, mostly coming from the middle and lower classes of the country, kept, most of them, intense relationships with the left political ideology, which contributed for the characterization of the movement from its connections with politics. With the military coup of 11 September 1973, the artists of NCCh were seen as a threat to the dictatorship of Augusto Pinochet and were forced into exile. Based on the record production of Quilapayún and Inti-Illimani sets in exile, we aim to investigate the ideological permanence and/or changes suffered by NCCH, and analyze the tactics of resistance and survival conditions that the movement found to remain active and prosper in exile. Key-words: Chile. Exile. New Chilean Song. Quilapayún. Inti-Illimani. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13 CAPÍTULO 1 O GOLPE MILITAR E O EXÍLIO DOS CONJUNTOS QUILAPAYÚN E INTI-ILLIMANI ................................................................................................................ 21 1.1 A consolidação da Nova Canção Chilena e o golpe militar ......................................... 22 1.1.1 “Si somos americanos, seremos una canción”. Surgimento e características da Nova Canção Chilena ....................................................................................................................... 22 1.1.2 “Tu canto y tu bandera florecer”. A Nova Canção Chilena no governo de Salvador Allende (1970-1973) ................................................................................................................ 31 1.1.3 “En Chile sangra una herida”. O golpe militar de 11 de setembro de 1973 ................. 37 1.2 A institucionalização do exílio e a condição de exilados da Nova Canção Chilena ... 43 1.2.1 A institucionalização do exílio pela ditadura militar chilena ........................................ 43 1.2.2 A condição de exilados da Nova Canção Chilena: Quilapayún e Inti-Illimani ............. 49 CAPÍTULO 2 FORMAS DE RESISTÊNCIA E TÁTICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO EXÍLIO ................................................................................................................................... 58 2.1 O exílio dos conjuntos Quilapayún e Inti-Illimani: redes de relações e formas de sobrevivência .......................................................................................................................... 58 2.1.1 O exílio do Quilapayún na França: redes de relações e formas de sobrevivência ......... 58 2.1.2 O exílio do Inti-Illimani na Itália: redes de relações e formas de sobrevivência .......... 62 2.1.3 Mapeamento da produção