Plano De Atividades E Orçamento 2021
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Plano de Atividades e Orçamento 2021 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2021 Federação Portuguesa de Vela Plano de Atividades e Orçamento 2021 No cumprimento das disposições legais e estatutárias, a direção da Federação Portuguesa de Vela vem submeter à apreciação dos associados e delegados, o plano de atividades e orçamento para o ano de 2021. O exercício de 2021, cujo plano e orçamento que aqui se apresenta, encontra-se fortemente marcado pela grave situação de incerteza que nos foi imposta pela pandemia da doença COVID-19. Numa situação económica tão grave como a que atualmente vivemos, o quadro de incerteza é grande quanto aos apoios que sustentam a atividade do desporto em Portugal e, em particular a Vela, o que torna cada vez mais difícil, preparar um orçamento realista que permita garantir a execução material das ações que se entendem necessárias à prossecução da política de desenvolvimento desportivo que, ano após ano, temos vindo a seguir. Temos de conseguir gerar mais filiações na modalidade, alargando a nossa base de praticantes, atraindo mais jovens à prática e contribuindo para os que a ela adiram, não se afastem, mantendo- se ligados à modalidade escolhida. Simultaneamente deve ser garantido que, aos nossos melhores talentos, serão proporcionadas as melhores condições para que o seu potencial seja expresso em resultados desportivos de excelência internacional. Estes desafios só serão vencidos através do envolvimento, de todos os níveis organizativos, clubes, associações regionais e federação, bem como de todos os recursos humanos da modalidade – atletas, treinadores, árbitros, dirigentes e colaboradores. Por outro lado, torna-se necessário garantir uma gestão rigorosa dos recursos financeiros existentes na modalidade, investindo-se sempre com o propósito de melhorar a nossa atuação, nos dois pilares que alicerçam a nossa missão, mais praticantes, melhores resultados, pois caso contrário, limitar-nos-emos a gastá-los de modo aleatório. O Gabinete Coordenador do Desporto Escolar continua a ser um dos maiores aliados para o desenvolvimento da modalidade. Nesse sentido foi estabelecido um protocolo com este importante parceiro, no sentido de assegurar que o mesmo seja efetivamente uma mais-valia para os clubes. Neste contexto e em resultado das verbas especificas atribuídas pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude, para aquisição de embarcações para o desporto escolar, foi acordado que essas embarcações, quando sedeadas em clubes, estes poderão usá-las quando as mesmas não estejam a sê-lo pelo Desporto Escolar. Foi igualmente assinado com esta entidade, um protocolo com o objetivo de promover a realização de ações de formação continua para docentes, no sentido de aumentar as suas competências para o ensino da vela, transmitindo de uma forma mais eficaz, os seus conhecimentos aos alunos, numa linguagem em maior concertação com a dos clubes, em prol da construção de um caminho convergente para o crescimento. Mas só teremos êxito se os clubes participarem deste projeto, acompanhando-o em continuidade e ajudando-o, a partir da escola, a formar potenciais atletas para as suas agremiações desportivas. PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2021 É igualmente nosso entendimento que o papel das Associações Regionais de Clubes de Vela, enquanto representantes autónomos da Federação Portuguesa de Vela em cada região, deve ser reforçado, pois é patente a sua insuficiência em recursos, especialmente técnicos, o que carece de uma resolução urgente para que a Vela em Portugal se desenvolva conforme o planeado. Esta lógica insere-se num princípio de que são as associações regionais, a montante, as organizações mais bem posicionadas para promover o desenvolvimento da Vela por todo território, tendo em conta a sua proximidade com as estruturas nucleares – os clubes - e pelo seu relacionamento privilegiado que mantêm com as autarquias, as escolas e o desporto escolar. Vamos continuar, de acordo com o que tem sido a nossa experiência e o que a própria prática revela, em termos de preocupação com o que nos tem e continua a orientar: melhorar quantitativa e qualitativa o nível de formação dos nossos agentes desportivos, designadamente, no que se refere à formação dos treinadores, dos árbitros e dos dirigentes. Neste último caso, é uma realidade que cada vez se torna mais difícil encontrar dirigentes e muito mais, bons dirigentes, pois o associativismo social é cada vez menor. Sente-se na prática e é cada vez mais visível, o facto de o dirigismo ser um sector em crise, de presença e de ação. As causas enraízam-se numa mudança de paradigma social, marcadas num país com fraco índice de participação social, o que torna cada vez mais complicado que as pessoas, ao abrigo das exigências impostas pelo regime jurídico das federações desportivas, assumam essa função social que é a de dirigente desportivo. Em termos de atividade internacional, tudo faremos para manter a participação nas competições mais importantes do calendário internacional, sabendo que 2021 será um ano bastante exigente, pelo que, tudo faremos para assumir o compromisso de preparar minuciosamente os atletas que já conseguiram e os que venham a conseguir a qualificação para os jogos olímpicos de Tóquio. Tal como na época anterior, pretendemos organizar diversos Campeonatos da Europa e Campeonatos do Mundo, facto que reforça Portugal no mapa como grande destino de desportivo e turístico, a saber: - 3º Portugal Grand Prix Round 2 – Vilamoura - Campeonato da Mundo 470 (qualificação olímpica) - Vilamoura - Campeonato Europeu RS:X - Vilamoura - Finn Gold Cup – Vila Nova de Gaia - Campeonato do Mundo SB 20 – Cascais - 4º Portugal Grand Prix R2 – Vilamoura Ao nível do funcionamento da própria FPV, chegou a altura de se dar mais um passo na modernização e capacitação da federação, através de um projeto com outras federações desportivas que, sob a égide da Fundação do Desporto, se candidataram ao Programa de Apoio à Desmaterialização Administrativa e que implica a cartografia de todos os processos de organização e gestão da federação, referente a serviços existentes ou a criar. No essencial, na proposta da direção, os desígnios da FPV mantêm-se. Vamos continuar a tomar medidas nas áreas identificadas e que objetivamente visem a promoção e o desenvolvimento da modalidade, destacando-se os seguintes objetivos para 2021: PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2021 - Manutenção dos modelos competitivos formais, com ajustes na diminuição das provas de âmbito nacional e potenciação de mais provas de âmbito regional, de forma a responder às condicionantes que decorrentes da Pandemia provocada pela COVID-19; - Alteração regulamentar, de forma a corrigir as lacunas identificadas na época anterior, para garantir uma simplificação dos regulamentos e a sua consonância com a política desportiva; - Publicar o livro de Regras de Regata à Vela 2020-2024; - Potenciar o desenvolvimento de novos módulos no backoffice; - Realizar o congresso da vela, o qual procurará revitalizar e unir todos os agentes em torno da modalidade; - Promover ações de formação como pilar básico do desenvolvimento federativo; - Incentivar financeiramente os clubes que se destaquem na captação de novos federados; - Melhorar o processo de deteção, seleção, orientação e desenvolvimento de talentos; - Cimentar ainda mais os laços de cooperação com o Desporto Escolar e desenvolver uma relação de cooperação efetiva entre as escolas e os clubes e entre os professores e os treinadores; - Desenvolver um trabalho na área da comunicação que permita criar mais-valias que vão ao encontro das expetativas dos clubes e praticantes, estimulando assim, cada vez mais a prática desportiva; - Promover a Vela, tornando-a um produto vendável e atraente para potenciais patrocinadores. O que consta do Plano de Atividades e Orçamento para 2021 que agora apresentamos à assembleia geral, não é, saliento, o cenário ideal. É, isso sim, aquilo que a Direção considera como o conjunto de ações adequadas para manter o processo de desenvolvimento da modalidade, principalmente ao nível das bases, e na retenção de praticantes, e para, simultaneamente, dar as melhores condições para os nossos praticantes prossigam a via do rendimento e possam lutar pela qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, bem como de criar meios para que possam desde já começar a preparar-se as bases para que, daqui a quatro anos, sejamos mais competitivos e possamos ter redobradas ambições de qualificação para os jogos de Paris. No entanto, a margem de atuação da Direção da FPV para alcançar os objetivos a que se propõe, estará sempre balizada por condicionantes externas, sendo que o atual orçamento apresenta uma previsão de resultado “zero” do exercício. Foi nossa opção construir um orçamento de um nível mais elevado, apresentando argumentos para obtenção das verbas necessárias, e só depois adequar o mesmo às efetivas dotações atribuídas pelo Estado. Assim, em cada momento, tendo em conta a evolução das várias circunstâncias e as reais disponibilidades financeiras e humanas ao dispor da FPV, poderão existir correções ao planeamento das ações previstas. Fica, portanto, claro que a Direção da FPV se vê autorizada a alterar ou mesmo cancelar algumas das ações aqui apresentadas, no caso de não ver aprovados pela Tutela, os montantes propostos. Em suma, neste último ano de mandato, a Direção faz questão de deixar a Vela em melhores condições do que aquelas que herdou, com velejadores mais felizes com a prática da modalidade regular e outros mais motivados e empenhados na busca da excelência