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Universidade Federal Do Rio Grande Do UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ---------------------- UNIVERSIDAD DE LA REPÚBLICA – FACULTAD DE HUMANIDADES Y CIENCIAS DE LA EDUCACIÓN - URUGUAY O pincel é mais forte que a espada: a construção das identidades nacionais de Brasil e Uruguai na obra de Pedro Américo e Juan Manuel Blanes (1830-1889) Luciana Coelho Barbosa Orientadora: Prof.ª Dra. Susana Bleil de Souza Coorientadora: Prof.ª Dra. Ana Frega Novales Porto Alegre 2018 LUCIANA COELHO BARBOSA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e à Universidad de la República – Uruguay (cotutela de tese), como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutora em História, sob orientação da Prof.ª Dra. Susana Bleil de Souza (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e coorientação da Prof.ª Dra. Ana Frega Novales (Universidad de la República – Uruguay). Orientadora: Prof.ª Dra. Susana Bleil de Souza Coorientadora: Prof.ª Dra. Ana Frega Novales LUCIANA COELHO BARBOSA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e à Universidad de la República – Uruguay (cotutela de tese), como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutora em História. BANCA EXAMINADORA Prof.ª Dra. Susana Bleil de Souza – PPGH – UFRGS (orientadora) Prof.ª Dra. Ana Frega Novales – UDELAR (coorientadora) Prof. Dr. Nicolás Duffau (UDELAR) Prof. Dr. Fábio Kühn (PPGH – UFRGS) Prof. Dr. José Augusto Costa Avancini (PPGAV – UFRGS) Prof. Dr. João Paulo Garrido Pimenta (FFLCH – USP) Porto Alegre 2018 Ao meu pai, Rui, e à minha mãe, Diva. Aos professores da Rede Pública de Ensino de Goiás. Quadro nenhum está acabado, disse certo pintor; se pode sem fim continuá-lo, primeiro, ao além do quadro que, feito a partir de tal forma, tem na tela, oculta, uma porta que dá a um corredor que leva à outra e a muitas outras. João Cabral de Melo Neto – A lição de pintura AGRADECIMENTOS Começar uma lista de agradecimentos é sempre uma tarefa difícil. Ao longo dos anos de pesquisa, foram muitas as pessoas que contribuíram para que o caminho fosse percorrido da melhor forma possível. À Professora Dra. Susana Bleil de Souza, agradeço por ter acreditado no projeto e ter acompanhado a trajetória da pesquisa com orientações e incentivos fundamentais para a escrita da tese. À Professora Dra. Ana Frega Novales, agradeço por ter aceitado a proposta de trabalho em convênio de Cotutela, com a pesquisa já em andamento. Suas orientações e sugestões foram essenciais. Às duas, expresso aqui minha admiração pela excelência das aulas e pelo protagonismo como Historiadoras. Aos professores que participaram da Banca de Qualificação, Professor Dr. Fábio Kühn e Professor Dr. José Augusto Costa Avancini, pelas críticas certeiras, considerações e sugestões generosas quando da etapa da qualificação e agora também na defesa. Ao Professor Dr. João Paulo Pimenta, agradeço pela disponibilidade para a participação na Banca Examinadora. Mas agradeço também pela excelência do curso ministrado na Universidad de la República, pelas indicações bibliográficas e sugestões de caminhos na investigação. Ao Professor Dr. Nicolás Duffau agradeço por aceitar prontamente fazer parte da Banca Examinadora. Gostaria de agradecer também aos professores do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com os quais tive oportunidade de aprender, em especial, ao Professor Dr. Francisco Marshall pelas aulas ministradas no Instituto de Artes. À Secretaria Estadual de Educação Cultura e Esporte do Estado de Goiás (SEDUCE), agradeço, apesar do sucateamento latente da Educação Pública no Brasil, pelo respeito ao meu direito à Licença para Aprimoramento Profissional, garantindo a dedicação integral à pesquisa. A Marcos das Neves, José Eduardo Siqueira e Maria Abadia Silva, agradeço pelas novas oportunidades de trabalho na Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico (SPHA/SEDUCE). Há que se mencionar também a importância da Bolsa Capes com duração de 18 meses que possibilitou a estadia em Montevidéu, Rio de Janeiro e Petrópolis, fundamental para o levantamento de fontes, como correspondência dos pintores, periódicos, catálogos e obras raras não disponíveis on-line. Agradeço imensamente aos funcionários de todas as instituições visitadas. Em Montevidéu, além do acesso às fontes de pesquisa, devido ao convênio entre UFRGS e UDELAR, foi possível frequentar cursos e demais atividades disponibilizadas pelo Mestrado em Historia Rioplatense, nas quais pude contar com a contribuição dos professores, além da minha orientadora, Ariadna Islas (UDELAR), Ernesto Beretta (UDELAR), Gabriel Di Meglio (UBA), dentre outros. Agradeço, portanto, à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e à Universidad de la República pela oportunidade da realização do Doutorado em Convênio de Cotutela, em especial aos Programas de Pós-Graduação em História de cada instituição. A Gabriel Peluffo Linari, diretor do Museo Blanes por vinte anos, agradeço imensamente por todas as informações, sugestões e disponibilidade. Também agradeço a Andrés Azpiroz, diretor do Museo Nacional, por todo apoio à investigação. A Lia Ceron pela revisão rápida e precisa da tese. Ao meu irmão Rui Jr. por toda a ajuda e por ser sempre o meu primeiro leitor. Sem você eu não teria conseguido. A minha mãe, por todo amor e por sempre ter me incentivado a buscar caminhos de independência. Ao meu irmão Henrique pela amizade e apoio, à minha cunhada Karliene e aos amigos Clayton e Wesley pelos momentos compartilhados. Também agradeço ao meu Habib (papai), presente mesmo na ausência, por ter me ensinado que existe sempre a possibilidade de versões diferentes para uma mesma história. A Rafael, meu amor, pelo apoio e por caminhar ao meu lado desde certa noite de outono em Goiás. Agradeço também à família dele por ter me recebido tão bem. Aos meus queridos amigos de longa data de Goiânia, Anna Maria, Atílio, Eunice, Lidiane, Lídia, Manoel, Valdivan, Rafael, Carlos Augusto, Gildete e Roberta por terem me apoiado, cada um à sua maneira, durante todo esse tempo. É muito bom contar com vocês! À Professora Dr.ª Libertad Borges Bittencourt, minha orientadora na graduação e no mestrado, por ter sempre me estimulado a seguir. Ao Professor Dr. Jaime de Almeida (UnB) pela leitura atenta quando o projeto era ainda um esboço. Agradeço também a todos os professores do curso de História da Universidade Federal de Goiás. Aos meus amigos “hasta siempre” Aline e Hernán pelos momentos compartilhados e por sempre terem me acolhido quando tive que cruzar o Rio da Prata. Aos amigos que conheci por meio do PPG da UFRGS, Cléber, Carolina Sigüenza, Maíne, Jane, Franciele, Carolina Figueiredo, Pâmela, Bruno, Mateus e Santiago por todos os momentos compartilhados dentro e fora da Universidade. Aos amigos e colegas da SPHA, em especial, Lucas, Solange, Renata, Keith, Natcha, Juliana, Amanda, Josélia e Rodrigo por todo apoio na reta final do trabalho e por tornarem o cotidiano instigante e leve. Aos amigos Jônia e Enéias (e ao Dani) pela amizade pautada na crença de que uma sociedade mais justa é possível. Minha estadia no Uruguai não teria sido a mesma não fosse o encontro com Luciana, Rocío, Letícia, Karina, Bea (e Morena, claro!), as melhores amigas que alguém poderia ter. Agradeço também às minhas queridas amigas Faby e Mary pelo privilégio de conviver com elas e saber fortalecer os laços de amizade em meio à rotina da vida. Juntas transformamos uma casa em lar. Impossível não registrar minha grande amizade e gratidão a Maria Júlia e Edilson no meu cotidiano em Montevidéu e para além dele. A Juan Maisonneuve, uma das pessoas mais generosas que conheci, por ter tornado a vida de uma estrangeira infinitamente mais fácil e por sempre me lembrar que “todo cambia a la esquina”. Muito obrigada! RESUMO O pincel é mais forte que a espada: a construção das identidades nacionais de Brasil e Uruguai na obra de Pedro Américo e Juan Manuel Blanes (1830-1889) A presente tese de doutorado tem como objetivo central analisar a construção das identidades nacionais de Brasil e Uruguai por meio das obras dos pintores Pedro Américo e Juan Manuel Blanes. A vinculação das identidades nacionais a perspectivas de cunho estético-político foi fundamental para a consolidação dos Estados Nacionais latino- americanos. Na segunda metade do século XIX, por meio da pintura histórica, os governos de Brasil e Uruguai tentavam forjar em imagens a memória nacional que assumia a missão de educar seus espectadores por meio de eventos exemplares do passado. Como pintores de História, Juan Manuel Blanes e Pedro Américo buscavam, mesmo considerando que a liberdade artística deveria ser respeitada, atuar em consonância com determinados projetos políticos. Nesse sentido, pode-se inferir que a análise da trajetória dos pintores contribui para a compreensão da formação da memória institucional em seus respectivos países. Palavras-chave: Pedro Américo; Juan Manuel Blanes; identidade nacional; pintura; arte; política; Brasil; Uruguai. ABSTRACT The brush is stronger than the sword: the construction of national identities in the work of Pedro Américo and Juan Manuel Blanes (1830-1889) The present thesis aims to analyze the construction of the national identities of Brazil and Uruguay through the works of the painters Pedro Américo and Juan Manuel Blanes. The linkage of national identities to aesthetic-political perspectives was fundamental for the consolidation of the Latin American National States. Therefore, through historical painting, in the second half of the XIX century the governments of Brazil and Uruguay tried to forge into images the national memory that assumed the mission of educating its spectators through exemplary events of the past. As painters of History, Juan Manuel Blanes and Pedro Américo sought, although still considering that artistic freedom should be respected, to act in accordance with certain political projects. In this sense, it can be inferred that the analysis of the trajectory of the painters contributes to the understanding of the formation of the institutional memory in their respective countries.
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