Downtown Filmes, Paris Filmes, RioFilme, Funcine, Globo Filmes e O2 Filmes apresentam

Um filme de Luciano Moura 99 minutos | 35mm | Dolby SRD | 1:2.35 | Cor

Seleção oficial do Festival Sundance 2012 Melhor filme pelo voto popular – Festival do Rio 2012 APRESENTAÇÃO

Wagner Moura é um pai que parte à procura do filho desaparecido em A Busca, nova produção da O2 Filmes. Estreia de Luciano Moura na direção de longa-metragem, o filme participou da mostra competitiva da Première Brasil do Festival do Rio e venceu o prêmio de melhor filme pelo voto popular. A Busca – que conta ainda com Lima Duarte, Mariana Lima e o estreante Brás Moreau Antunes no elenco – fez parte da competição oficial do Festival de Sundance 2012. O filme é coproduzido pela Globo Filmes e tem distribuição da Downtown Filmes, Paris Filmes e RioFilme. Estreia dia 15 de março de 2013.

“Eu me interesso muito por histórias de pais e filhos e, quando li o roteiro desse filme, fiquei comovidíssimo. É um tipo de história que não vejo muito sendo feita no Brasil: ao mesmo tempo um filme de estrada, um thriller psicológico e também um filme intimista, sobre uma relação de família”, descreve , que interpreta o médico Theo Gadelha.

O diretor Luciano Moura assina o roteiro ao lado de Elena Soarez. “A Busca é um thriller emocional. Conta a história de um homem que, ao ir atrás de seu filho, reencontra seu pai e a si mesmo”, diz Luciano, premiado diretor de publicidade e de episódios das séries Antônia e Filhos do Carnaval.

No filme, Theo é casado com a também médica Branca (Mariana Lima), pai do adolescente Pedro (Brás Moreau Antunes), filho de um pai ausente, Sal (Lima Duarte). Sua mulher pede a separação, seu filho rejeita sua orientação e a casa que construiu para a família vai ser posta à venda. Aos poucos, Theo constata que seu mundo está desabando. Mas nada se compara ao que está por vir: no fim de semana em que completa 15 anos, Pedro some de casa. Theo pega a estrada em busca do filho. A viagem Brasil adentro vira um caminho de auto-conhecimento, um percurso para transformações e descobertas.

Com fotografia de Adrian Teijido e direção de arte de Marcelo Escañuela, o filme foi rodado em São Paulo durante seis semanas e teve orçamento de R$ 6,1 milhões. O lançamento está previsto para março de 2013.

SINOPSE MÉDIA

Um pai – o médico Theo Gadelha, 35 anos – é obrigado a jogar-se na estrada em busca de seu filho Pedro que desaparece no fim de semana em que completaria 15 anos. O repentino e inexplicável sumiço do filho é a última carta a desabar no castelo de Theo. Seu casamento de 15 anos com Branca – médica como ele – acaba de ruir. Theo saiu em busca do filho, mas acaba encontrando seu pai, com quem não fala há vários anos. De cara para o pai, enxerga a si mesmo, redescobre o filho e se desarma com a mulher que nem por um momento deixou de amar.

SINOPSE CURTA

A Busca é um thriller dramático. No fim de semana em que completaria 15 anos, Pedro viaja mas não volta. Seu pai, o médico Theo, cai na estrada seguindo pistas desconcertantes. A viagem – que seria para resgatar o filho – acaba transformando o pai.

NOTAS DE IMPRENSA

"A explosão de um grande filme nacional” O Estado de São Paulo - Luis Carlos Merten

“A Busca é um encantador, envolvente e visualmente bem acabado filme de estreia do diretor veterano em TV e comerciais Luciano Moura” The Hollywood Reporter - Stephen Dalton

“Altamente cativante” Variety – Andrew Barker

FESTIVAIS

Sundance Film Festival – Estados Unidos – Jan/ 2012 Dallas Film Festival – Estados Unidos – Abril / 2012 Utrecht Latin American FF – Holanda – Abril / 2012 Open Doek Film Festival - Belgica - Abril/ 2012 Minneapolis-St. Paul FF – Estados Unidos – Maio /2012 Brazilian Film Festival Miami – Estados Unidos -Agosto / 2012 Quebec City Film Festival – Canada - Setembro / 2012 Brazilian Film Festival – Londres - Setembro / 2012 Festival do Rio – Setembro/2012 Cockatoo Island Film Festival - Australia – Outubro / 2012 Mumbai International Film Festival - India - Outubro / 2012 Heartland Film Festival – Estados Unidos - Outubro / 2012 Seattle Latino Film Festival – Estados Unidos - Outubro / 2012 Brazil Film Festival – Toronto - Outubro / 2012 Tamil Nadu International Film Festival – India - Outubro / 2012 Brazilian Film Festival of Montevideo (Inffinito) – Uruguai - Outubro / 2012 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo – Outubro/ 2012 Brazil Film Festival – Montreal – Canada - Novembro / 2012 Naples International Film Festival – Estados Unidos - Novembro / 2012 Festival de Cine Latino americano de Flandes - Belgica – Novembro/ 2012 Stockholm International Film Festival - Suecia - Novembro / 2012 Ourense Film Festival – Espanha – Novembro / 2012 Habana Film Festival – Cuba – Dezembro /2012 Latin American Film Festival at the University of Illinois – Estados Unidos - September, 2012 Kerala International Film Festival – India – Dezembro / 2012

ENTREVISTA / WAGNER MOURA “A ideia de ter um filho sumido, para quem é pai, é desesperadora”

O que o motivou a aceitar o convite para o filme? O roteiro. O Claudio Torres (diretor) me falou do Luciano, recebi o roteiro e fiquei comovidíssimo quando li. Eu me interesso muito por histórias de pais e filhos. Não por acaso eu gosto de ter filho, tenho três (risos). E perdi meu pai este ano, ele já estava doente na época em que o roteiro chegou. Então, o filme me comoveu muito. Além disso, tecnicamente, é um roteiro muito bem escrito. Também é um tipo de história que não vejo muito sendo feita no Brasil. Tenho tido muito interesse de participar de iniciativas diferentes no cinema brasileiro. É um filme que escapa um pouco do que se costuma fazer. É um filme de estrada, mas ao mesmo tempo é um thriller psicológico, também um filme intimista, uma relação de família. Achei que era interessante em vários aspectos. Mas especialmente me comoveu a história, a relação do Theo com o filho, Pedro.

O fato de ser pai influencia na sua visão sobre o personagem? Influencia muito. Eu me lembro de quando eu fiz o filme O Caminho das Nuvens, tinha uns 27 anos e fazia um personagem com cinco filhos. Eu não tinha filhos ainda e gosto muito do jeito que eu fiz aquele personagem, mas se fosse fazê-lo de novo hoje, certamente faria de outra forma. Porque você não passa pela paternidade incólume. As coisas te comovem muito depois que você tem filho. Tudo muda. É lugar comum falar isso, mas é verdade. A perspectiva de ter um filho desaparecido, para quem é pai, é completamente diferente. Por mais que um sujeito que não seja pai se comova com aquilo, pensar que seu próprio filho pode sumir é desesperador. E também a gente entende melhor a relação com o filho. Educar uma criança é uma aventura extraordinária: você erra, acerta, enfim, a forma de se relacionar com aquele ser humano que é uma pessoinha diferente dos outros. A história do Theo e do Pedro me comoveu. A falta de comunicação entre eles, o fato de haver uma barreira entre eles de tal maneira que não havia comunicação possível. Não era falta de amor, não era falta de nada: havia uma barreira entre eles.

Como você define o Theo? O Theo é um personagem controlador, que queria muito que a vida dele fosse perfeita, então ele cria ali um círculo de controle que vai sufocando aquela família, a Branca e o Pedro. É bonita a forma com que a Elena e o Luciano constroem o roteiro de modo a fazer com que o Theo enxergue o filho e a mulher, primeiro se enxergando. Porque esse é o movimento natural do autoconhecimento.

Além disso, você não faz um filme de estrada sem que a pessoa que passe por aquela estrada se transforme. Essa talvez seja a natureza de um filme de estrada: propor uma transformação naquele que passa por aquele caminho. O Theo passa por uma transformação bonita. Ele vai se enxergando, vai se vendo, vai se deixando ir... Eu gosto muito da cena em que ele se deixa levar pela correnteza do rio. Aquela cena me emociona. Ele se deixa ir, é uma imagem bonita e muito a propósito do que está acontecendo com ele naquela hora. Ele sabe que o filho não está ali, mas ele se deixa ir.

É interessante como nós vamos descobrindo o personagem do Pedro sem que ele apareça muito... Theo vai conhecendo o filho pela ausência dele, pelas pistas que o menino deixa pelo caminho, pelas pessoas que ele encontra. Isso me chamou muita atenção no roteiro, achei muito bonito e inteligente, que ele conhece o filho pela ausência. E isso é verdadeiro, a gente dá valor e sente falta quando perde, né? E assim ele vai descobrindo como o menino é. Tem a cena em que Theo vê as fotos do menino no meio de um monte de amigos, durante a viagem. Theo começa a perceber melhor o filho, a pensar: “As pessoas gostam desse cara, que cara legal esse... É meu filho”. Assistindo ao filme eu me emocionei muito com essa cena. Ele vê que o filho é um menino que ele não conhecia e que é um menino ótimo, um garoto incrível.

O Theo é um personagem tenso, até fisicamente, que vai mudando ao longo do filme. Como você foi construindo esse personagem? Foi uma parceria muito boa com o Luciano, nós fomos cuidando de cada mudança do Theo e construindo gradativamente essa mudança. Theo sai de casa dizendo “Esse menino é um irresponsável” e termina tendo orgulho do filho. A transformação é sutil, acontece em momentos que talvez no detalhe façam sentido só para mim, mas que na construção toda do personagem termina aparecendo. E o Luciano foi sempre muito parceiro nisso, a gente conversava muito sobre essa curva do Theo, do começo e do fim. Eu me via na posição do Theo, pensando: Quando é que eu deixei de ser filho para ser pai? Quando é que eu deixei de ser um cara livre, e também doido, para ser o cara que olha o outro, que vigia e que cuida? E o filme culmina naquela cena com o Lima (Duarte), que é sensacional. Contracenei com Lima Duarte! Eu me emocionei tanto! Eu estava com Lima Duarte, um dos maiores atores do Brasil, um dos maiores representantes da nossa arte, foi um momento bem especial. E como ele é um ator poderoso, numa cena só ele traz tanta coisa... Da história dele com o Theo, do olhar dele para o menino, do orgulho que ele tem do menino, da vontade que ele tem estar com aquele menino, do quanto aquele menino trouxe vida para ele, do quanto ele sabe que errou com o Theo... Tem tanta coisa que o Lima faz numa cena, é realmente comovente.

A relação do Theo com o filho reflete a relação dele com o próprio pai, não é? A relação que você tem com seus filhos, inevitavelmente, passa pela relação que você teve com seus pais. Mesmo que seja para negar o que foi ruim, ou afirmar o que foi bom. Freud não estava aí de bobeira.

Você tem feito muitos personagens diferentes. É um aspecto que conta quando você aceita um trabalho? Conta, mas conta menos que a história, o personagem, o diretor, isso vem antes. Um bom personagem não é uma coisa que esteja aí fácil. Cada vez mais, o que conta para mim é procurar trabalhar em coisas que façam sentido na minha vida. Não consigo mais separar muito o artista de quem eu sou. Eu lembro da minha vida pelos personagens que eu fiz. Então, os trabalhos têm que fazer sentido na minha vida, de alguma forma me levar para algum lugar que me faça aprender alguma coisa, me transformar, me emocionar. Chega uma hora na vida – estou com 36 anos, três filhos – em que não me interessa mais estar num projeto que não me diga nada, que seja só mais um trabalho.

Sobre Wagner Moura O baiano Wagner Moura é um dos atores mais talentosos de sua geração. Começou a ganhar projeção nacional com a peça ‘A Máquina’, de João Falcão, na qual atuava ao lado de Vladimir Brichta e Lázaro Ramos. Em apenas dez anos de carreira no cinema, já participou de 18 longas- metragens, como ‘Carandiru’, ‘O Caminho das Nuvens’, ‘Cidade Baixa’, ‘Ó Paí Ó’, ‘Saneamento Básico’ e ‘Romance’. Seu papel de maior repercussão no cinema é o Capitão Nascimento de ‘Tropa de Elite’ 1 e 2. Na TV, teve papel de destaque nas novelas ‘A Lua Me Disse’ e ‘Paraíso Tropical’ e na minissérie ‘JK’. No teatro, fez longa temporada como o personagem-título de ‘Hamlet’. Seu trabalho no filme ‘Vips’ lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no Festival do Rio.

ENTREVISTA/ LUCIANO MOURA “O filme fala da necessidade de se abrir mão de ter controle”

Como surgiu a ideia do roteiro? Você e a Elena escreveram a quatro mãos? Eu queria falar sobre um certo mal-estar no mundo, esse sentimento de que ‘viver é perigoso’. E chegamos a essa história do casal e da relação entre pais e filhos. Para fazer o roteiro, a gente conversava muito sobre a história, sobre os rumos dos personagens. E sobre a essência do Theo, um cara que idealizou um modelo de vida e agora vê que esse ideal está ruindo. Ele não entende por que não deu certo. A gente foi trabalhando esse processo de entendimento do Theo com ele mesmo e com o filho. Criamos juntos a estrutura e os personagens, depois a Elena escrevia, ela dava a alma aos personagens.

O filme é também muito emocionante... O filme é simples, um filme de ator e uma história que emociona. É uma história que tem um alcance muito grande porque todo mundo é filho e muita gente é pai. Mas procuramos não forçar a mão na emoção além do que a história já pede. A gente juntou duas coisas bem interessantes. É um filme emocional, com um drama, com relações maduras, e de repente vira a busca do pai pelo filho, passando por situações que não são só a aventura pela aventura: toda situação que o Theo passa tem como objetivo algum aprendizado. Ele entende alguma coisa através daquelas pessoas que encontra pelo caminho. Além da viagem na estrada, o filme tem também essa viagem para dentro. Eu diria que ele é um thriller emocional.

Como foi o trabalho com os atores? Eu, desde o início, sabia que não queria ninguém preparando elenco. Queria eu mesmo trabalhar com os atores. E o Wagner e a Mariana se envolveram muito, eles são muito intensos, entram realmente na viagem do personagem. Essa preparação foi uma experiência incrível e fundamental para fincar a direção na hora em que a gente foi para o set. Os dois acharam uma química de casal perfeita, eles são um casal perfeitamente crível. E nós discutíamos muito o roteiro. O Wagner sempre diz: “Ator também opina”. Então, tínhamos vários embates criativos, foi uma troca espetacular. Wagner tem uma inteligência para o personagem, ele deu uma alma ao Theo que fez o personagem ser muito mais do que estava escrito.

Mariana Lima é uma atriz incrível, uma amiga queridíssima, não podia haver junção melhor com o Wagner. Ela entra na mesma intensidade de emoção que ele. Esse filme vai numas camadas bem profundas de relacionamento, de casal, dessa dureza mesmo que é ficar casado tanto tempo e ao mesmo tempo se gostar e ter todas as diferenças que as pessoas têm. Mari e Wagner entenderam isso com perfeição, talvez pela maturidade em nossas próprias relações.

E o Brás Moreau Antunes, como vocês chegaram a ele? A gente queria achar alguém novo para esse personagem do Pedro. Fizemos várias peneiras, foram seis meses de pesquisa. E a gente achou um garoto que, além de tudo, é a cara da Mariana. O Brás tem uma mistura excelente: tem um olhar doce, é um menino introspectivo, mas é bastante esperto. Fez um processo com a gente muito legal de ensaios. E acho que ele chegou num ponto muito bom, principalmente nas cenas de embate entre ele, Wagner e Mariana. Ele estava bem pronto quando aconteceu. Além disso, ele imprime muito bem, a câmera gosta dele.

A participação do Lima Duarte é muito emocionante... Incrível o Lima participar desse filme, não só eu, o elenco todo ficou emocionado. Ele entende a crueldade do Sal Gadelha, que é o avô do Pedro, brigado com o Theo há muitos anos. Na verdade, a vida inteira. Ele nunca criou o Theo, daí o grande problema do Theo. Ele se criou sem esse pai e tendo que tapar esse buraco que o pai deixou. O Theo é um cara que se fez por ele mesmo. É um cara que batalhou para fazer a vida sem depender desse pai que nunca serviu a ele para nada. Mas o pai ao mesmo tempo é uma figura interessante, é um artista, que viveu e vive a vida intensamente. Foi egoísta, sim, mas é um cara que tem uma sabedoria de viver e de ter aproveitado a vida que o Theo não tem.

Uma preocupação era não transformar o Theo em um chato, por ele ser muito controlador. Sim, essa foi uma preocupação. Theo é um cara muito controlador e isso está afastando todo mundo dele. Mas ao mesmo tempo é um cara muito bem-sucedido, um cara que corre atrás das coisas. A partir do sumiço desse menino, ele cai na estrada, enquanto Branca fica em casa na esperança de descobrir o que aconteceu. Com o tempo, eles começam a perceber que o filho está fazendo essa viagem com um plano. A viagem se dá sem que a gente veja o Pedro, só os vestígios que ele deixa. E esses vestígios fazem com que Theo aprenda e entenda melhor o seu filho. É por aí que acontece a transformação desse personagem. Essa viagem vai fazer com que Theo acabe por entender um pouco o jogo da vida: que você não pode impor o tempo todo, que você às vezes tem que aceitar, tem que ser mais maleável. Theo, por ser um cara inteligente e sensível, começa a entender o filho dele, a descobrir um filho insuspeito. Um garoto que faz coisas que nem o pai sabia, é um rito de passagem para o moleque e para o Theo. E o desafio se conclui ao fim dessa viagem.

A Busca é um road movie, mas não tem a intenção mais comum de mostrar um retrato do Brasil, de fazer um panorama do país, não é? Acho que o filme ajuda a abrir outros perfis para o cinema brasileiro. Ele fala de coisas íntimas, de relações humanas, de relações de pais e filhos. É um tipo de filme que não tem sido muito feito ultimamente no Brasil. A Busca mostra o país porque se passa no Brasil: é um fato, não uma bandeira. Theo entra numa favela, por exemplo, porque é uma paisagem que existe no Brasil, assim como outros cenários. Engraçado é que as paisagens são muito diferentes, mas na verdade são 38 locações todas filmadas em São Paulo. É uma região muito interessante, em que você tem cidade, canavial, paisagens áridas, tudo em distâncias pequenas.

Como foi a parceria com a equipe do filme? Trabalhei com parceiros de longa data. Eu, Adrian Teijido e Marcelo Escañuela concebemos o filme desde o início. Na procura por locações, Marcelo encontrou a casa do casal nos escombros, a casa perfeita, anos 50, e restaurou inteira. Já a casa do Sal tem uma riqueza de detalhes que mostra a vivência naquela casa, a personalidade do pai. Além deles, tenho que destacar a Isabel Valiante, minha assistente de direção há 15 anos. A Bel Berlinck, produtora executiva, que estava presente no set diariamente, bem como a Andrea Barata Ribeiro que levantou o projeto e o tornou uma realidade e o direcionamento do foram fundamentais para o filme.

A reação do filme no Festival de Sundance foi muito boa, não é? O filme teve uma recepção maravilhosa lá. Foi mágico. A reação do público foi muito boa, uma emoção legítima. Fizemos sessões na cidade de Salt Lake City que foram impressionantes. Cidadezinha pequena, típica dos Estados Unidos, com público de dona de casa, gente comum. Depois da exibição, o público pode fazer perguntas e um termômetro do desempenho do filme é quanta gente fica para esse debate: no nosso filme, todo mundo ficou. Não saiu ninguém, todos muito interessados e tocados pela história.

É interessante como o filme tem muito de não-dito, situações que não ficam explícitas mas ... A primeira cena é a pedra fundamental do filme, tudo fica claro ali sem precisar ser dito: a crise do casal, o mal-estar na relação com o filho. Tudo no filme tem uma intenção. A Busca fala da necessidade de se abrir mão de ter controle da vida. Quando o Theo abre mão de ter controle de tudo, quando ele não tem mais nada a perder, é que ele se encontra. Ninguém controla o destino. Você não controla como seu filho vai ser – você dá as ferramentas que acredita serem importantes, mas não controla nada.

Sobre Luciano Moura Luciano Moura, 48, nasceu em São Paulo e entrou para o universo das artes visuais ainda adolescente, como fotógrafo still. Estreou na direção com o curta-metragem Os Moradores da Rua Humboldt – premiado por Melhor Filme nos Festivais de Havana, Cartagena e RioCine; Melhor Filme pelo Júri Popular em Upsala (Suécia), e escolhido para a Seleção Oficial do New York International Festival, dentre outros. Também foi um dos diretores do documentário Todos os Corações do Mundo, Filme Oficial da FIFA sobre a Copa do Mundo de 94. Na O2 Filmes desde 2003, integra o quadro dos principais diretores da produtora. Na publicidade, dirigiu mais de 400 comerciais e ganhou diversos prêmios na área. Seu talento o fez ser hoje um dos diretores mais requisitados, dirigindo grandes produções nacionais e internacionais. Para ficção, Luciano dirigiu episódios do seriado “Filhos do Carnaval”, uma coprodução da O2 Filmes e da HBO, finalista do Emmy International além do primeiro episódio da série Antônia, uma coprodução da O2 Filmes e da TV Globo. A Busca é seu primeiro longa metragem.

ELENCO

MARIANA LIMA “Branca passa por um momento agradavelmente solitário”

“Quando o filme começa, minha personagem está passando por um momento agradavelmente solitário. É um momento complicado do casal, eles estão se separando, mas ela está gostando de ficar sozinha. Com o desaparecimento do filho, ela é trazida novamente para essa vivência de família. A Branca é um contraponto a uma certa frieza do Théo que foi desenvolvendo.

Por também ser mãe, tenho empatia total com os sentimentos dela. Nos ensaios, nas leituras, as conversas era o tempo todo sobre os meus filhos, os do Luciano e da Elena, os do Wagner. A relação entre pais e filhos é sempre apaixonada e conturbada. Na nossa relação com os filhos, sempre vamos negar ou afirmar o comportamento dos nossos pais. Todo pai passa por essa afirmação ou negação dos seus próprios pais. Às vezes vemos irromper comportamentos deles em nós, sem nos darmos conta. O filme é todo sobre essa relação filial e paternal.

A personagem fica muito tempo sozinha, mas essa construção não foi solitária. Nós construímos muito juntos essa família, eu, Wagner e Brás, com o Luciano e a Elena. Ensaiamos bastante com o Luciano, foi muito importante esse período de ensaios. A solidão é um elemento do filme, mas não do processo de criação.

A Branca vai conhecendo o filho pelos resquícios que ele deixa. As pistas estão todas lá, dentro de casa, mas cotidianamente não vemos pelos limites de privacidade, é natural. Aqui em casa já está acontecendo isso, tenho uma filha de 7 anos que já não me deixa mexer na mochila da escola. Aí de vez em quando eu encontro bilhete da amiga junto com resto de sanduíche, uma loucura! Fico só imaginando quando chegar a adolescência, estou perdida (risos).”

Sobre Mariana Lima Mariana começou a sua carreira no teatro no início da década de 90. Aos 25 anos, entrou para a equipe do Teatro da Vertigem, um dos grupos mais significativos da década de 1990, inovador nas linguagens cênica e dramatúrgica concebidas em espaços não-convencionais. Seu primeiro trabalho no cinema foi em 1994, com Ugo Giorgetti, no longa-metragem ‘Sábado’. Outros projetos de que ela participou para o cinema foram ‘Olga’, de Jayme Monjardim; ‘Suprema Felicidade’, de Arnaldo Jabor; e ‘Eu e meu guarda chuva’, de Toni Vanzolini.

LIMA DUARTE “Preparar esse personagem foi um período de excitação intelectual”

“Foi um trabalho muito intenso, muito profundo, que me deixou bastante emocionado. Fiquei muito lisonjeado por ter sido convidado. Quando li o roteiro, um bom tempo antes de começarem as filmagens, fiquei logo muito interessado, porque era um papel pequeno em número de falas, mas muito intenso. A preparação desse personagem foi um período de muita excitação intelectual. E acho que consegui transmitir a minha visão profunda e ampla desse personagem do avô, com uma carga de humor também.

O roteiro é muito bonito: um homem que corre o mundo atrás do filho e encontra o pai, que reencontra a família. É o ciclo de beleza da vida mesmo. E contracenar com o Wagner Moura foi excepcional, ele tem um trabalho impressionante no filme, o roteiro exige muito dele até fisicamente. A cena do Theo com o pai, Sal, é muito bonita. Eu brinco que, se eu sou o pai do Capitão Nascimento, então posso ser o General Nascimento.”

Sobre Lima Duarte Lima Duarte é um ator e diretor brasileiro, considerado um dos mais importantes atores do Brasil. Entre seus principais trabalhos no cinema estão O Auto da Compadecida (2000), Eu Tu Eles (2000) e 2 Filhos de Francisco (2005).

BRÁS MOREAU ANTUNES “Eu amadureci muito e me descobri a partir do Pedro”

“Nunca fiz nenhum curso de atuação, então os ensaios e toda a preparação foram muito importantes. A gente trabalhou muito para que eu conhecesse bem a Mariana e o Wagner, para que a gente tivesse intimidade mesmo, porque eles seriam meus pais. Esse período foi fundamental.

A cena mais difícil foi o confronto do Pedro com o Theo. Foi difícil inspirar aquela raiva do Pedro pelo pai. Eram questões que estavam encucando o Pedro há muito tempo, até que ele explode. É um momento muito importante de ele dizer ‘Agora eu vou botar a minha voz para fora’.

Tenho um jeito de ser bem parecido com o do Pedro, só que sou mais alegre. Mas ele usa o estilo de roupa que eu uso, as músicas que imagino que ele ouve são as que eu gosto, temos personalidades parecidas.

Quero trabalhar como ator profissionalmente, se surgirem novas oportunidades. Como amadurecimento no trabalho, esse filme foi genial. Aprendi muito sobre cinema, sobre atuação. E amadureci muito pessoalmente, porque eu também me descobri a partir do Pedro.”

Sobre Brás Moreau Antunes Brás Moreau Antunes tem 15 anos e A Busca é seu primeiro filme. É filho dos músicos e Zaba Moreau.

ROTEIRO/ ELENA SOAREZ “A história, eu e Luciano fomos achando – e nos perdendo – juntos”

“Eu e Luciano tínhamos trabalhado juntos um pouco em ‘Filhos do Carnaval‘ (Luciano foi um dos diretores da série) e, a partir do momento em que resolvemos que realmente iríamos fazer um filme juntos, ele me deu uma lista de interesses, com umas 12 possibilidades de histórias. Criamos algumas versões de roteiro, até chegarmos a esse casal e fomos percebendo que era a história mais forte a ser contada. Essa história a gente foi achando – e se perdendo – junto.

Nós queríamos falar de personagens que fossem próximos da nossa realidade. É um casal de classe média, urbano, com filho, como nós. A gente quis falar sobre essa questão da paternidade, sobre como você vive com medo depois que passa a ter filhos e ao mesmo tempo não pode deixar esse medo tomar conta da sua vida.

A gente conversava muito sobre a essência desse cara, do Theo, que idealizou a vida e vê que esse ideal está ruindo. O filme tem um drama, mas também tem thriller, tem ação. Ação e personagem se alimentam. Então, ao longo do processo de fazer o roteiro, eu corria de um para o outro. Quando resolvíamos a ação – as sete paradas/ episódios de estrada de Theo –, voltávamos para a refundação da família: o casamento de Theo e Branca, a relação de Theo e Pedro, a relação de Theo e Sal. Essa refundação dos personagens foi algo que especificamente fizemos depois do Laboratório SESC de 2010. Ouvimos bastante que o filme estava resolvido no nível da peripécia, mas não dos personagens e suas relações. O que foi curioso de ouvir porque começamos nos personagens, obviamente. Faz parte do processo alternar investimentos nesses dois flancos.

Eu me emociono sempre em três momentos do filme, todas as vezes em que vejo. Uma é a cena do parto – porque choro em todos e neste, especificamente, porque o Theo está “zerando” o percurso dele e nascendo de novo. A segunda é quando ele vê a foto de Pedro com cavalos e amigos: alívio de mãe. Porque o menino está bem - e rindo, a aventura deu certo - e porque, como não o vemos há horas, eu estava com saudade. E na cena final: avô vendo neto, pai vendo filho... Completude. E aceitação. Cada um de nós só faz o que pode. Dá tudo errado. Mas é um amor brutal.”

Sobre Elena Soarez Elena Soarez é autora dos longa-metragens ‘Eu Tu Eles’ (Certain Regard Cannes 2000 e Melhor Roteiro APCA 2000), ‘Casa de Areia’ (Prêmio NHK / Sundance de Roteiro Original e indicada ao Satélite Award 2006) e ‘Gêmeas’, ambos dirigidos por . É também roteirista de ‘Redentor’ em parceria com Claudio e Fernanda Torres, ‘Vida de Menina’ (Melhor Roteiro 2005), ‘Cidade dos Homens – O Filme’, de Paulo Morelli; e “Nome Próprio”, de Murilo Salles. Criadora e roteirista da série ‘Filhos do Carnaval’, junto com Cao Hamburger, produzida pela O2 Filmes e HBO. A série foi finalista do Emmy International 2006 e vencedora do prêmio APCA em 2006. Realizou roteiros para TV, como o episódio ‘Atração Fatal’ para o seriado “Cidade dos Homens” - produção O2 Filmes e exibido na TV Globo. E o episódio ‘De Volta para Casa’ do seriado ‘Antonia’. Escreveu o roteiro do filme ‘Xingu’, dirigido por Cao Hamburger e produzido pela O2 Filmes. Graduada em economia pela PUC–RJ e mestra em Antropologia Social (Museu Nacional – UFRJ). É roteirista de cinema e TV e consultora dos laboratórios de roteiro do Sundance Institute e do Sesc.

FOTOGRAFIA / ADRIAN TEIJIDO “O filme fica mais frenético a partir do desaparecimento do Pedro”

“Como A Busca é um road movie, desde o início entendemos que deveríamos ter agilidade com o equipamento. Por isso optamos por filmar 90% do filme em 16 mm e rodamos planos gerais e sequências noturnas em 35 mm. O filme começa na cidade, onde a câmera tem uma atitude mais estável, mas adquire um comportamento mais frenético (câmera na mão) a partir do desaparecimento do Pedro e da angústia de Theo e Branca.

O Luciano sabia muito bem o que queria de clima e soube nos orientar com muita precisão, as locações foram aparecendo e o filme foi naturalmente se desenhando. O Theo é um homem em conflito e durante sua trajetória vai tendo experiências que mudam de vez sua vida e seus valores. Ilha Comprida, o cenário onde termina o filme, retrata exatamente isso: um homem em conflito mas se reencontrando. Foi fácil falar de conceito com o (Marcelo) Escañuela e o Luciano, falávamos a mesma língua.

Gosto de várias sequências do filme, mas tenho um carinho especial pela que chamamos de ‘homem grande’, quando o Theo é atropelado e o homem o leva para sua casa. Acho essa sequência estranha e recheada de significados: é o momento, na minha opinião, em que cai a ficha do Theo, o momento em que ele se transforma, se reencontra.”

SOBRE ADRIAN TEIJIDO Adrian Teijido nasceu em Buenos Aires, em 1963, e naturalizou-se brasileiro. Começou a carreira em 1979, fazendo assistência de câmera. Trabalhou na produtora Firehouse, em Nova York, e em médias-metragens da HBO, em Los Angeles, Califórnia. Fotografou ‘Todos os corações do mundo’ (1995), documentário de Murilo Salles. Assinou a direção de fotografia das minisséries da TV Globo ‘Capitu’, ‘A Pedra do Reino’ e ‘Afinal o que querem as mulheres?’, de Luís Fernando Carvalho; ‘Filhos do carnaval’, de Cao Hamburger; e ‘Antonia’. Diretor de fotografia de filmes como ‘O Palhaço’ (2011), de Selton Mello; e ‘Gonzaga de Pai para Filho’ (2012), de Breno Silveira.

PRODUÇÃO/ FERNANDO MEIRELLES

- O que mais te atraiu no projeto A Busca?

"Quando li o roteiro de A Busca pela primeira vez pensei: finalmente um filme brasileiro que parece um filme Argentino: Bem escrito, inteligente e que fala diretamente aos corações de quem vai ao cinema hoje. Embarcamos no ato."

PRODUÇÃO/ ANDREA BARATA RIBEIRO

- O filme tem feito uma bonita trajetória pelos principais festivais do mundo. Qual a importante de participar de festivais para o histórico do filme? E como tem sido a recepção do público?

Os festivais são as vitrines do filme. Quando um filme consegue uma boa carreira em festivais, como é o caso de A Busca, é uma oportunidade de você revelar lentamente o filme para o publico. Tanto através das criticas, como dos prêmios como das matérias jornalísticas o público acaba ouvindo sobre o filme. Também é um termômetro de como o público reage com o filme, Os Festivais impulsionam também as vendas internacionais e muitas vezes chancelam o filme como se fosse um selo de qualidade, afinal não é nada fácil estar ser escolhido entre centenas de filmes.

- Como esse projeto foi viabilizado? Encontrou dificuldades para a captação?

Todo filme tem dificuldades de captação. A Busca até que não foi dos mais difíceis. Nós filmamos em Paulínia pois ganhamos um edital lá. Além do edital do Polo Cinematográfico de Paulínia, os investidores do filme foram: SABESP, Grupo Newcomm, Correios, Pernambucanas, Volkswagen, Funcine Lacan e Fundo Setorial do Audiovisual.

PRODUTORA / O2 Filmes

Considerada uma das mais criativas e importantes produtoras brasileiras no mercado mundial, a O2 Filmes realiza projetos independentes e em parceria com grandes estúdios internacionais e emissoras de televisão. Criada em 1991 pelos sócios Fernando Meirelles, Paulo Morelli e Andrea Barata Ribeiro, a empresa já realizou cerca de 9 mil peças publicitárias e conquistou diversos prêmios, como Cannes Lions, Clio Awards, e é a maior vencedora do Prêmio Profissionais do Ano, promovido pela Rede Globo.

Para o cinema, produziu nove curtas e doze longas-metragens, entre eles o premiado “Cidade de Deus” (2002) – citado recentemente pelo site IMDB como um dos cinco melhores filmes da década – e o consagrado “Ensaio Sobre a Cegueira” (2008), ambos dirigidos por Fernando Meirelles. Em 2009, apresentou “À Deriva”, exibido no Festival de Cannes. Produziu também os filmes “Contra Todos” (2004), “Antônia – O Filme” (2007), “Não por Acaso” (2007), o premiado “O Banheiro do Papa” (2008), os documentários “José e Pilar” e “Lixo Extraordinário”, indicado ao Oscar de Melhor Documentário, e “Xingu”, (2011), além de “A Pele do Cordeiro” (dos diretores Paulo e Pedro Morelli), que será lançado em 2013.

Para a TV, realizou séries para a Rede Globo, como “Cidade dos Homens” (2002 a 2005), “Antônia” (2006 a 2007) e “Som & Fúria”, uma adaptação da série canadense “Slings and Arrows”. Para a HBO, além de “Filhos do Carnaval”, dirigida por Cao Hamburger, que teve duas temporadas, a série “Destino São Paulo” estreou em novembro de 2012, em seis episódios, que retrata grupos de migrantes que vivem na cidade de São Paulo. Outro destaque é para “Contos de Edgar”, produzida para o FX e que traz, para os dias de hoje, contos do escritor norte-americano Edgar Allan Poe.

COPRODUÇÃO / Globo Filmes

Desde 1998, quando foi criada, a Globo Filmes produziu e/ou coproduziu mais de 120 filmes, levando para as salas de exibição mais de 140 milhões de pessoas. Com a missão de contribuir para o fortalecimento da indústria audiovisual nacional, apostando em obras de qualidade e valorizando a cultura brasileira, participou dos dez maiores sucessos de bilheteria da retomada. “Tropa de Elite 2” lidera a lista com público de mais de 11 milhões de espectadores. O filme bateu recorde de bilheteria e foi o mais visto na história do cinema brasileiro. Em seguida, “Se Eu Fosse Você 2”, que conquistou mais de 6 milhões de pessoas. O longa-metragem “2 Filhos de Francisco” alcançou um público de 5 milhões, pouco mais que “Carandiru, Nosso Lar” e “De Pernas pro Ar 2”, produções que chegaram à casa dos 4 milhões. Outros sucessos como “Se Eu Fosse Você”, “De Pernas pro Ar”, “Chico Xavier”, “Até que a Sorte nos Separe” e “Cidade de Deus” – com quatro indicações ao Oscar - atingiram mais de 3 milhões de espectadores cada um.

A Globo Filmes também tem por objetivo promover a sinergia entre o cinema e a televisão, sempre atenta ao reconhecido padrão Globo de qualidade. Sua filmografia contempla vários gêneros, como comédias, infantis, romances, dramas e aventuras. Suas atividades se baseiam nas parcerias com produtores independentes e distribuidores nacionais e internacionais, em uma associação de excelência para levar ao público o que há de melhor no cinema brasileiro.

COPRODUÇÃO / Telecine

Em 2012, a Rede Telecine completou 21 anos de sucesso levando o melhor do cinema mundial para os brasileiros. Joint-venture entre a Globosat e os quatro maiores estúdios de Hollywood – Paramount, MGM, Universal e Fox – também exibe com exclusividade as produções da Disney e da DreamWorks, além de sucessos do mercado independente. Visando investir cada vez mais na produção cinematográfica nacional, a Rede Telecine lançou em 2008 o Telecine Productions. O selo garante a coprodução de títulos em parceria com grandes produtoras brasileiras, estimulando a criação de novos filmes e garantindo sua exibição com exclusividade nos canais da Rede. A Rede Telecine é líder absoluta entre os canais de filmes da TV por assinatura. Em 2012, pelo sexto ano consecutivo, exibiu o filme mais assistido na TV paga brasileira. Com o menor índice de repetição e os maiores e mais recentes longas do mercado brasileiro, o Telecine reúne em sua grade 17 das 20 maiores bilheterias do cinema em 2011. Nos últimos 20 anos, estreou com exclusividade 13 vencedores do Oscar de Melhor Filme.

DISTRIBUIÇÃO / Downtown Filmes

A Downtown Filmes é uma distribuidora dedicada exclusivamente ao lançamento de filmes brasileiros. Fundada em 2006, sua estratégia de atuação é distribuir o melhor do cinema nacional, em parceria com os principais produtores e diretores brasileiros. Isso garantiu à Downtown Filmes, a partir de 2008, a distribuição de grandes sucessos de bilheteria, como ‘Meu Nome Não é Johnny’, ‘Divã’ e ‘Chico Xavier’.

Em 2011 foi responsável pela distribuição dos dois maiores sucessos do ano: as comédias ‘De Pernas Pro Ar’ e ‘Cilada.com’, que juntos venderam mais de 6,6 milhões de ingressos.

Outro lançamento importante foi documentário ‘Lixo Extraordinário’, indicado ao Oscar® de melhor documentário em 2011.

A empresa é dirigida por Bruno Wainer, que tem no seu currículo a distribuição de alguns dos maiores sucessos do cinema brasileiro, entre os quais se destacam ‘Olga’, ‘Os Normais’, ‘Central do Brasil’ e ‘Cidade de Deus’.

CODISTRIBUIÇÃO / Paris Filmes

A Paris Filmes é uma empresa brasileira que atua no mercado de distribuição e exibição de filmes .

A empresa está alicerçada em uma estrutura independente, onde a qualidade de seus produtos, a credibilidade e o respeito com que se trabalha são ingredientes indispensáveis para o resultado de grandes conquistas. Unidos, esses fatores fizeram e fazem da Paris Filmes uma das mais respeitadas e tradicionais distribuidoras do país.

Desde 2004, a Paris Filmes vem com força total, trazendo grandes sucessos de público como ‘Presságio’, ‘Jogos Mortais’, ‘O Clã das Adagas Voadoras’, ‘P.S. Eu Te Amo’, além de filmes premiados com ‘Boa Noite e Boa Sorte’, ‘No Vale das Sombras’, ‘A Partida’ e o maior fenômeno da atualidade ‘A Saga Crepúsculo’.

No ano de 2009 foi líder de mercado dentre as distribuidoras nacionais, trazendo para o público brasileiro grandes sucessos mundiais como o segundo filme da ‘Saga Crepúsculo’, ‘Lua Nova’. Em 2010, bate um novo recorde com ‘Eclipse’.

Em 2011, fechou o ano como a maior distribuidora independente e a terceira maior em participação de market share. Todos esses resultados refletem a enorme lista de filmes bem-sucedidos lançados durante o ano de 2011 entre eles, ‘Meia-Noite em Paris’, do aclamado diretor Woody Allen, ‘O Discurso do Rei’, vencedor de estatuetas no Oscar® incluindo Melhor Filme, e de blockbusters como ‘Sem Saída’ e ‘A Saga Crepúsculo Amanhecer – Parte 1’.

No ano de 2012, a Paris Filmes lançou a mais nova franquia cinematográfica ‘Jogos Vorazes’ e se destacou como a distribuidora com maior número de prêmios no ano com oito estatuetas do Oscar®: cinco para ‘O Artista’, incluindo melhor ator, melhor diretor e melhor filme; dois para ‘A Dama de Ferro’, incluindo o prêmio de melhor atriz para Meryl Streep; e um para melhor roteiro original por ‘Meia-Noite em Paris’.

CODISTRIBUIÇÃO / RioFilme

A RioFilme é uma empresa da Prefeitura do Rio de Janeiro vinculada à Secretaria Municipal de Cultura e atua nas áreas de distribuição, apoio à expansão do mercado exibidor, estímulo à formação de público e fomento à produção audiovisual, visando o efetivo desenvolvimento da indústria audiovisual carioca.

Fundada em 1992, a RioFilme desempenhou papel fundamental na revitalização do cinema brasileiro, e tem mantido sua importância, tendo lançado mais de 200 filmes nacionais no mercado - sucessos de público e crítica, como ‘Baile Perfumado’, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, ‘Central do Brasil’, de , ‘Lavoura Arcaica’, de , ‘Terra Estrangeira’, de Walter Salles e Daniela Thomas, distribuição em vídeo, ‘Amarelo Manga’, de Claudio Assis, entre vários outros.

Em 2009, ‘Divã’, de José Alvarenga Jr., que fez mais de 2 milhões de espectadores, e ‘Simonal: ninguém sabe o duro que dei’, de Calvito Leal, Cláudio Manoel e Micael Langer, documentário com mais de 70 mil pagantes, obtiveram retorno muito superior ao valor investido.

Além da distribuição de filmes, a RioFilme apoia eventos, como festivais, mostras e feiras ligadas ao mercado audiovisual. Exemplos de eventos apoiados pela empresa são o Festival do Rio, o Curta Cinema e a mostra de documentários É Tudo Verdade, além de premiações e pré-estreias. A RioFilme tem longo histórico de fomento à produção independente: entre 1995 e 2008, foram produzidos 91 curtas com verba do Edital para Filmes de Curta-Metragem.

Em 2009, sob nova gestão, a RioFilme passou a atuar como uma agência de desenvolvimento, voltada para o mercado carioca e para o investimento em projetos capazes de combinar valor comercial e artístico.

A nova administração da RioFilme abriu novas frentes de trabalho e criou projetos estratégicos para promover o desenvolvimento econômico da cidade, por meio de investimentos no setor audiovisual. Firmou parcerias com o Governo do Estado, a partir da Secretaria Estadual de Cultura, e lançou o ‘Rio Audiovisual’, uma plataforma criada para abrigar as diversas ações voltadas para a promoção do Rio de Janeiro em outros estados e no exterior, e para a atratividade de produções de fora da cidade. Além do investimento direto em produção e lançamento de filmes, o plano de investimento 2009/2012 da RioFilme prevê a criação de um Funcine (Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica), o apoio a projetos por meio de editais e o estímulo a iniciativas de democratização do acesso, de promoção da cidade e de melhoria do ambiente de negócios.

Este conjunto de ações, em sintonia com as políticas da Secretaria Municipal de Cultura, visa estabelecer a cidade como pólo latino-americano de cinema, televisão e novas mídias. As metas previstas no contrato de gestão são de dois tipos: eficiência (desempenho gerencial da empresa); e eficácia (impacto no mercado e na sociedade).

PATROCINADOR /VOLKSWAGEN DO BRASIL

Instalada no Brasil desde 1953, a Volkswagen do Brasil é a maior fabricante de veículos e é uma das maiores empresas privadas do País. A empresa conta com a maior rede de distribuição, com mais de 600 concessionárias no território nacional, e mais de 24 mil empregados em suas quatro fábricas: São Bernardo do Campo, a primeira a fábrica construída pela Volkswagen fora da Alemanha, Taubaté e São Carlos, em São Paulo, e São José dos Pinhais, no Paraná, Ao longo de sua trajetória de quase seis décadas no País, a Volkswagen do Brasil acumula marcas expressivas: mais de 20 milhões de veículos produzidos, mais de 3 milhões de veículos exportados, vendas internas que superam 17 milhões de unidades, além da liderança de vendas do Gol no mercado brasileiro por 26 anos consecutivos. Pioneira no desenvolvimento da tecnologia bicombustível, a empresa desenvolve a sustentabilidade como princípio de gestão. Entre alguns exemplos de iniciativas ligadas à sustentabilidade estão o desenvolvimento de veículos com índices reduzidos de consumo e de emissões (BlueMotion), o investimento em geração de energia limpa e renovável por meio de PCH (Pequena Central Hidrelétrica), e a utilização de softwares para monitoramento e redução dos impactos ambientais nos processos produtivos. Atualmente, a Volkswagen do Brasil é a segunda maior operação da marca Volkswagen no mundo. E, para continuar crescendo no País, o presidente do Grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, anunciou em 2011 um novo ciclo de investimentos na operação brasileira da marca, totalizando R$ 8,7 bilhões até 2016, destinados ao desenvolvimento de novos produtos e a ampliação da capacidade produtora no Brasil.

ELENCO:

Wagner Moura

Mariana Lima

Participação Especial: Lima Duarte

Apresentando: Brás Moreau Antunes

FICHA TÉCNICA: Direção: Luciano Moura Produção: Fernando Meirelles, Andrea Barata Ribeiro, Bel Berlinck Roteiro: Elena Soarez Corroteirista: Luciano Moura Direção de Fotografia: Adrian Teijido, ABC Direção de Arte: Marcelo Escañuela Montagem: Lucas Gonzaga Música: Beto Villares Som Direto: Paulo Ricardo Nunes Produção de Elenco: Francisco Accioly, Anna Luiza Paes de Almeida Figurino: Andrea Simonetti Maquiagem: Martín Macías Trujillo Supervisão e Edição de Som: Miriam Biderman, ABC, Ricardo Reis Mixagem: Paulo Gama Colorista Senior: Sérgio Pasqualino Jr. Supervisão de Pós Produção: Renato Briano 1o. Assistente de direção: Isabel Valiante Direção de Produção: Fernanda Polastri Produção Executiva: Bel Berlinck Patrocínio: Sabesp, Grupo Newcomm, Correios, Pernambucanas, Volkswagen, Fundo Setorial do Audiovisual, Polo Cinematográfico de Paulínia, Funcine Lacan

ASSESSORIA DE IMPRENSA – PRIMEIRO PLANO

Anna Luiza Muller e Aline Martins [email protected] (21) 2286-3699 / (21) 2266-0524