Música, Cosmologia E Filosofia Entre Os Wauja Do Alto Xingu

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Música, Cosmologia E Filosofia Entre Os Wauja Do Alto Xingu O CANTO DO KAWOKÁ: MÚSICA, COSMOLOGIA E FILOSOFIA ENTRE OS WAUJA DO ALTO XINGU ACÁCIO TADEU DE CAMARGO PIEDADE 2004 PPGAS / UFSC 2 O CANTO DO KAWOKÁ: MÚSICA, COSMOLOGIA E FILOSOFIA ENTRE OS WAUJA DO ALTO XINGU ACÁCIO TADEU DE CAMARGO PIEDADE Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Antropologia Social. Orientador: RAFAEL JOSÉ DE MENEZES BASTOS FEVEREIRO DE 2004 Capa: Trio com flautas kawoká. Desenho de Kam. Waurá. 3 Para Mig, minha companheira nas coisas mais importantes da vida. 4 SUMÁRIO Resumo/ Abstract 5 Agradecimentos 6 Nota sobre a língua wauja 7 TOQUE DE ABERTURA 8 I. TOQUE INICIAL 18 os xinguanos; cerimonial xinguano: ritual e política; música xinguana; flautas sagradas Wauja; os Wauja. II. TEMA A 45 apapaatai; pessoa; potalapitsi; extensão existencial; doença; morte; cura; os pajés; pukai; feitiçaria; um caso de transe; sonho; visão; som e espacialidade; sexo e cosmologia; igualitarismo/dominação; a festa do pequi. III. TOQUE CENTRAL 107 casa dos homens; casa dos homens e complexo das flautas sagradas; complexo das flautas sagradas; flautas sagradas na Amazônia e povos aruak; kawoká: as flautas sagradas Wauja; pesquisando kawoká; mitos; 3 situações de performance; quem toca kawoká; o ritual intertribal de flautas; repertório kawoká: suítes e peças. IV. TEMA B 140 descrição de um ritual de kawoká; comentários preliminares; nota sobre as transcrições; motivo-de-tema / motivo-de-toque; toque de abertura e encerramento; toque inicial; toque central; toque final; toque central com imitação; temas A e B ; esquema das peças; acompanhamento do kawokatopá; conceito: do gênero à célula; suíte patokuwá; comentários a patokuwá; suíte ielatujata; comentários a ielatujata; suíte uialalakakipitsana; comentários a uialalakakipitsana; suíte maiyuwatapi; comentários a maiyuwatapi; suíte mututute; comentários a mututute; suíte kisowagakipitsana; comentários a kisowagakipitsana; sobre a análise musical; princípios de variação; sobre A e B ; toque / tema; ornamentação; repetição; nota conclusiva. V. TOQUE FINAL 206 pensamento musical; kawokaonaapá: gênero musical; sistema musical; sistema tonal; sistema motívico; ritmo e métrica; contraponto: organum às avessas; significados na música de kawoká; poética musical; som e musicalidade: tempo e disciplina. TOQUE DE ENCERRAMENTO 232 REFERÊNCIAS 234 MOTIVO ANEXO 254 5 RESUMO Esta tese é uma etnografia do ritual das flautas kawoká entre os índios Wauja do Alto Xingu. Elas fazem parte do chamado “complexo das flautas sagradas”, observado em várias sociedades amazônicas e em outras partes do mundo. A investigação da música das flautas kawoká envolve o estudo da cosmologia e do xamanismo, e igualmente questões da socialidade, tais como relações de gênero e política. Seguindo pistas do discurso nativo, o trabalho focaliza o sistema motívico, entendido como cerne da música de kawoká. Neste nível, estão em operação princípios de repetição e diferenciação que constituem a base do pensamento musical nativo, um dos pilares de sua cosmologia e filosofia. ABSTRACT This dissertation is an ethnography of the kawoká flute ritual amongst the Wauja Indians of Upper Xingu. These flutes are part of the so-called “sacred flutes complex”, which is observed in various Amazonian societies and in other parts of the world. The investigation of the kawoká flute music involves the study of cosmology and shamanism, and also of questions of sociality, typically gender relationships and politics. Following the clues of the native discourse, this dissertation focuses the motivic system, central in kawoká music. At this level, principles of repetition and differentiation constitutes the fundamental operational rules, which designs the basis of native musical thought, one of the crucial nexus of Wauja cosmology and philosophy. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço a todas as professoras e professores do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina, onde toda minha formação em antropologia se deu, pois estes mestres me guiaram de forma sempre muito instigante pelos caminhos do aprendizado da antropologia. E especialmente a meu orientador, Rafael José de Menezes Bastos, que desde o mestrado orientou minhas leituras e viagens, ancorando minhas inquietações intelectuais nas questões mais profundas discutidas na antropologia, na música e na filosofia. Além disso, sempre com sua cordialidade e senso ético, conquistou minha amizade, que certamente irá para além desta tese. Aos meus colegas na Pós-Graduação e aos integrantes do Núcleo de Pesquisa “Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe” (MUSA), onde realizamos muitas discussões importantes para minha formação e minha pesquisa. Pelo apoio financeiro à minha pesquisa, expresso aqui meu agradecimento: ao CNPq, através do projeto integrado de pesquisa “Arte, Cosmologia e Filosofia nas Terras Baixas da América do Sul” e do projeto “Música, Cosmologia, Relações de Gênero e Construção do Espaço nas Terras Baixas da América do Sul”, ambos coordenados pelo meu orientador; à Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Santa Catarina, especialmente ao Pró-Reitor, Prof. Álvaro Prata Toubes; à Fundação Bradesco; ao Museu do Índio (RJ), especialmente ao diretor José Levinho, e à FUNAI, pelo apoio ao projeto “Encontro Interétnico Wauja-Bakairí”; ao colegas do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina; à Universidade do Estado de Santa Catarina, onde trabalho como professor do Departamento de Música, pela concessão de afastamento para capacitação. Agradeço ao Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (LABSOLAR), pelo empréstimo de uma placa solar que me foi muito útil no Xingu; à Sra. Joan Richards, que foi muito atenciosa e me passou um material sobre língua wauja que me ajudou muito; ao meu colega Luís Fernando Hering Coelho, que me auxiliou na edição das partituras no editor Finale. Aos meus pais, que sempre me estimularam e acreditaram em mim, especialmente à minha mãe, que cuidou de minha filha durante a segunda etapa de meu trabalho de campo. A todo o povo Wauja, que recebeu minha família com muita hospitalidade, carinho e bom humor, especialmente ao chefe e sua família, que generosamente nos hospedou, e ao meu sogro Wauja e informante principal, que foi tão paciente e solícito. Agradeço à minha filha Júlia, por agüentar tanto doutorado, e à minha companheira Maria Ignez, a quem dedico esta tese, com muito amor e alegria. 7 Nota sobre a língua wauja As letras1 do alfabeto Wauja são: a, e, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, r, s, t, ts, u, w, x, y As vogais podem ser duplas: waalama Sons diferentes do português são: o – vogal central (fechado, não arredondado) w – semivocóide bilabial y – semivocóide alveopalatal g – semivocóide velar h – consoante “r”, como em “rio” x – consoante alveopalatal ty Afixos verbais mais usuais: -pai estativo -neke iminente -tãi pequeno -to- cilíndrico -a-, -ta-, -ka, -tsa causativo -nau coletivo -we futuro -wiu passado -naku no lugar -taku lugar do -tua frustrativo -ga locativo 1Segundo a lingüista Joana Richards, não haveria a necessidade da letra “o” ser grafada sublinhada “o”, já que sempre a vogal central é a mesma. No entanto, nativos que estiveram envolvidos nos trabalhos da lingüistas argumentaram que seria melhor utilizar o sublinhado, pois o som é diferente do “o” em português. Uma demanda nativa ponderada e justa, e que portanto merece ser seguida. 8 TOQUE DE ABERTURA Esta tese é uma etnografia da música do ritual de flautas kawoká entre os índios Wauja do Alto Xingu. Pretendo apresentar uma descrição densa da música e do sistema musical Wauja no contexto do “complexo das flautas sagradas”. Este toque de abertura não é propriamente uma introdução ao trabalho, mas sim um relato acerca do outro lado da tese: trato aqui de como esta pesquisa foi feita, de como foi o meu relacionamento com os Wauja, das dificuldades e satisfações do trabalho de campo, destacando algumas questões que me parecem relevantes. Ao final deste toque, farei uma curta apresentação dos capítulos. Meu interesse pela temática das “flautas sagradas” surgiu quando realizei pesquisa de campo entre os Yepa-masa, índios Tukano orientais do noroeste amazônico, no segundo semestre de 1996. Fiquei muito impressionado com a penetração do sistema simbólico dos instrumentos jurupari na cosmologia local, e a observação de um ritual de flautas e trompetes miria-pora me causou um forte impacto. Realizei uma investigação deste repertório musical em minha dissertação de mestrado, defendida em 1997. No ano seguinte, minha companheira Maria Ignez Cruz Mello realizou pesquisa de campo entre os Wauja, e voltou do Alto Xingu com um material muito interessante, me motivando a realizar uma pesquisa de doutorado sobre “flautas sagradas”. Sua dissertação de mestrado, defendida em 1999, abriu muitos horizontes para que eu pudesse pensar a minha pesquisa. Os Wauja disseram a ela que não poderia pesquisar as flautas kawoká, pois as mulheres não podem vê-las, mas que se quisesse, que trouxesse o marido. E foi isso o que acabou acontecendo. Desde o final do mestrado, minha companheira e eu começamos a elaborar nossos projetos de doutoramento pensados a partir de um trabalho de campo em conjunto. Esta opção foi movida tanto por fatores intelectuais, como a idéia de trabalhar gêneros musicais sob a perspectiva do gênero sexual, quanto por questões práticas, como o fato de termos
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