Maria Silva Cunha
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
Maria Silva Cunha SELEÇÃO DE SÍTIO DE VOCALIZAÇÃO PELO ANFÍBIO BROMELÍGENO Phyllodytes melanomystax (ANURA, HYLIDAE) Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento Universidade Federal da Bahia Salvador, 2011 i Salvador, 2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E BIOMONITORAMENTO SELEÇÃO DE SÍTIO DE VOCALIZAÇÃO PELO ANFÍBIO BROMELÍGENO Phyllodytes melanomystax (ANURA, HYLIDAE) Maria Silva Cunha Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, sob orientação do Prof. Dr. Marcelo Felgueiras Napoli, como pré- requisito para a obtenção do título de Mestre em Ecologia e Biomonitoramento. Salvador 2011 ii Ficha Catalográfica Cunha, Maria Silva. Seleção de sítio de vocalização pelo anfíbio bromelígeno Phyllodytes melanomystax (Anura, Hylidae) / Maria Silva Cunha. - 2011. 69 f. : il. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Felgueiras Napoli. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Salvador, 2011. 1. Anfíbio. 2. Perereca. 3. Bromélia. 4. Ecologia. I. Napoli, Marcelo Felgueiras. II. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Biologia. III. Título. CDD - 597.8 CDU - 597.8 iii Maria Silva Cunha Seleção de sítio de vocalização pelo anfíbio bromelígeno Phyllodytes melanomystax (Anura, Hylidae) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramentto do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia como partes dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Ecologia e Biomonitoramento. Aprovada por: Prof. Dr. Marcelo Felgueiras Napoli Orientador Prof.ª Dr.ª Flora Acuña Juncá Universidade Estadual de Feira de Santana Prof. Dr. Mirco Solé Universidade Estadual de Santa Cruz iv Dedicatória À minha mamãe, sempre! v Epígrafe (...) de qualquer forma, eu gostaria de saber se alguma vez aparecerei em histórias e canções (...), quero dizer, ser posta em palavras, sabe, contadas ao pé da lareira ou lida de um grande livro grosso com letras douradas, anos e anos depois. E as pessoas dirão “Vamos ouvir a história de Maria e dos Phyllodytes”! E elas dirão “Essa é uma das minhas preferidas”. J. R. R. Tolkien, O senhor dos anéis (adaptado). vi Agradecimentos Ao meu bom Deus, que me guarda a cada segundo, ilumina e protege os meus passos por onde quer que eu passe. A ti, Senhor, toda a glória. À, minha mamãe, Adenita, por ser esta figura única na minha vida, que tantas vezes esqueceu-se de si para me proporcionar o melhor e que faz de tudo pela filhota aqui. Ao meu pai, Antônio (in memorian), sou grata por ajudar tanto na formação do que eu sou hoje, mesmo estando ausente. Às minhas tias “Anas” e ao meu tio/pai Adelson, por mais uma vez acompanharem e apoiarem as minhas decisões e pela boa educação que sempre me deram. Hoje compreendo a importância de vocês apagarem toda a palavra quando eu errava apenas a última letra no dever de casa do primário! Aos meus avós, às minhas primas Brunna e Mariana e ao meu afilhado Bruno, obrigada por existirem na minha vida. À Mariza, Marcely e toda sua família, por terem me acolhido em Salvador como se eu fosse um deles, pela confiança e cuidado que só na minha própria família eu encontraria. Muito obrigada! Ao meu namorado lindo, Élton, por ser tão fofo! Por ser sempre uma companhia maravilhosa, pelo carinho e por cuidar tão bem de mim. E a toda a família Milanês, em especial à minha sogra Ozelita. Ao meu orientador, Marcelo, pela oportunidade, confiança e experiência passada. Obrigada por me ensinar tanto sobre o curioso mundo dos sapos e por ser um exemplo de dedicação à ciência. Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento, por me mostrar o que é Ecologia de verdade. Obrigada a cada professor que contribuiu tão fortemente para minha formação profissional e que, através de suas disciplinas, colaborou para a qualidade deste trabalho. E à Jussara, que facilitou a minha vida burocrática na pós-graduação. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), que me proporcionou a bolsa de mestrado durante os meus dois anos de curso. vii Ao Sr. Alberto Bolzico, por ter permitido a realização da coleta de dados na área da Fazenda Praia do Forte. Ao Samuel, por ajudar alguns procedimentos logísticos do campo e pela disponibilidade em cooperar conosco. E ao Seu Anísio! Que nos conduziu tão bem pelas areias escaldantes da restinga de Praia do Forte e que, no final, já estava até coletando os Phyllodytes conosco! Aos meus super ajudantes de campo, que se revezaram durante as semanas de coleta com toda a boa vontade do mundo! Obrigada a Rafa, Júnior, Lucas, Vanessa Bonfim (VaiNessa!), Joice Ruggeri, Manu, Joice Herrera, Daniele, Jucilene, Ariane, Thiago Filadelfo e Thaís (Kuen). A Rafael e Fila pelas fotos maravilhosas e a Lucas pela ótima ilustração da bromélia. Aos meus super amigos da “Liga da UESC”, Euvaldo Júnior, Marlla (sem alça) e Camila “Pitty”, por tornarem meus dias na UFBA mais familiares, por assim dizer. Agradeço ao Júnior por me transmitir o vírus da herpetologia, à Marlla por ser tão “Marlla” e à Pitty por ter se transformado de uma simples colega da graduação a uma das minhas melhores amigas. Ao amigo Gilson Ximenes, por ser um exemplo de professor e de pessoa, pela sua humildade e simplicidade e por não nos abandonar, mesmo nos intitulando de “pragas”! E aos meus demais amigos que, mesmo não estando presentes no meu dia-a-dia, torceram muito para que desse tudo certo. Amo muito vocês! Aos meus colegas da turma 2009.1 do PPGEcoBio, pelas tantas risadas e pelas contribuições ao meu trabalho. Agradeço imensamente ao povo do Laboratório de Taxonomia e História Natural de Anfíbios (AMPHIBIA), por terem me recebido da melhor forma possível! Eu que cheguei meio tímida e que aos poucos fui me deixando levar por essas pessoas maravilhosas! São essas figuras pitorescas e tão especiais: Ariane Xavier (Aribio – a alça), Thaís Dória (Kuen), Deise Cruz (“Valeu Neymar”!), Patrícia Fonseca (Pati – Amuu!), Emanuela Petersen (Manuuuu!), Milena Camardelli (“Se eu pudesse eu matava Mil, Mil Mil, ê iê!), Rafael Abreu (que gosta de biscoito de morango e faz biscuit...), Joice Ruggeri (Cota), Lucas Menezes (Loucas), Laís Encarnação (Lai), viii Euvaldo Jr. (Juninho da Baêa, pai!), Joice Herrera (Joicebunda), Tamiris, (Têimiris) e aos novatos Camila e Robson. E não posso esquecer do nosso mais ilustre anexo, Tiago Porto (Tiko). Não dá para contar quantas resenhas surgiram, de quantas idiotices de Rafa nós rimos, de quantas alucinações de Kuen, Pati e/ou Manu nós tivemos crises de gargalhadas, mas dá pra saber que vocês foram essenciais nestes dois anos de convivência. E, finalmente, aos Phyllodytes (tão fofinhos), que permitiram que eu conhecesse um pedacinho do curioso mundo em que vivem. ix Sumário Texto para divulgação 1 Introdução Geral 2 Referências 8 Figura 1 13 Figura 2 14 Artigo. Revista Journal of Animal Ecology 15 Título do Artigo: Calling site selection by the bromeliad-dwelling treefrog 16 Phyllodytes melanomystax (Amphibia: Anura: Hylidae) in a coastal sand dune habitat Summary 17 Introduction 19 Material and Methods Study area 22 Research Design and Field Methods 22 Data Analysis 25 Results Microhabitat variables and natural history notes 27 Statistical analyses 28 Discussion 29 Acknowledgements 34 References 35 Figure captions 40 Figure 1 41 Figure 2 42 Figure 3 43 Table 1 44 Table 2 45 Table 3 46 x Table 4 47 Regras para publicação no Journal of Animal Ecology 48 xi Texto De Divulgação Bromélias-tanque são plantas capazes de acumular água da chuva dentro de suas rosetas. Tal capacidade permite a formação de pequenos corpos d‟água conhecidos como fitotelmos. Esse micro-hábitat é usado por uma grande variedade de vertebrados e invertebrados. Além disso, algumas espécies chegam a passam todo o seu ciclo de vida dentro das bromélias, como as atuais onze espécies de pererecas do gênero Phyllodytes. É sabido que anfíbios anuros, que utilizam as bromélias-tanque, as selecionam de forma não aleatória. Entretanto, os fatores ambientais que direcionam essa seleção ainda não estão claros. Na presente dissertação, foram investigadas as variáveis associadas à seleção de bromélias por machos vocalizantes do anuro bromelígeno Phyllodytes melanomystax. Ademais, foram feitas observações acerca da história natural dessa espécie e um experimento de marcação e recaptura. O estudo foi conduzido em um ambiente de restinga arbóreo-arbustiva, localizada no município de Mata de São João, litoral norte do estado da Bahia, Brasil. Duzentas e duas bromélias terrestres foram amostradas, 101 com e 101 sem machos vocalizantes de P. melanomystax. Foram medidas nove variáveis ambientais que, de acordo com a literatura, possivelmente influenciam a seleção de bromélias por anuros. Os dados foram analisados através da análise de regressão logística múltipla e do teste de Wald. Foi encontrada uma relação significativa entre a presença/ausência de machos de P. melanomystax e duas das variáveis medidas: quantidade de detrito acumulado no tanque da bromélia e número de bromélias em um raio de 2m. O experimento de marcação e recaptura indicou que os machos possuem alta fidelidade ao sítio de vocalização. As observações de história natural sugeriram que as bromélias escolhidas para vocalização são também utilizadas para reprodução, oviposição e crescimento dos girinos. A partir dos resultados, entendemos que P. melanomystax segue um dos padrões já descritos para alguns invertebrados (aranhas e opiliões) que utilizam as bromélias-tanque. Para esses animais já foi demonstrado que o detrito acumulado pela bromélia os impede de utilizar o tanque de modo eficiente. Ao conjugarmos as observações de história natural ao fato de que P. melanomystax parece evitar bromélias que estão isoladas espacialmente, assumimos que a área de vida dos machos é restrita, e que o número de bromélias com potencial de serem usadas pode ser uma variável importante na escolha dos machos pelas fêmeas.