Universidade Estadual Do Sudoeste Da Bahia – Uesb Programa De Pós-Graduação Em Genética, Biodiversidade E Conservação
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA, BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO ESTUDOS CITOGENÉTICOS DOS GÊNEROS Phyllodytes E Hypsiboas (AMPHIBIA, ANURA) MARCELLE AMORIM CARVALHO PPGGBC Jequié-BA 2012 MARCELLE AMORIM CARVALHO ESTUDOS CITOGENÉTICOS DOS GÊNEROS Phyllodytes E Hypsiboas (AMPHIBIA, ANURA) Dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Genética, Biodiversidade e Conservação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, como requisito para obtenção do título de Mestre em Genética, Biodiversidade e Conservação. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Siqueira Júnior. Co-orientadora: Profa. Dra. Caroline Garcia PPGGBC Jequié-BA 2012 Jequié, 23 de Março de 2012 BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Sérgio Siqueira Júnior (Orientador) – UESB / Jequié ________________________________ Prof. Dr. Marco Antônio Costa – UESC / Ilhéus ________________________________ Prof. Dr. Paulo Roberto Antunes de Mello Affonso – UESB / Jequié ________________________________ SUPLENTE Profa. Dra. Débora Diniz – UESB / Jequié ________________________________ PPGGBC PPGGBC Dedico meu trabalho aos professores Dra. Caroline Garcia e Dr. Sérgio Siqueira Jr.; e a minha família amada (Weliton, Jane, Denise, Jamille, Vinícius, Pedrinho...) AGRADECIMENTOS Agradeço, À UESB e ao Programa de Pós Graduação em Genética, Biodiversidade e Conservação, pela oportunidade; À Fapesb pela concessão da bolsa, muito importante nessa caminhada; Ao prof. Dr. Sérgio Siqueira Jr. pelo convite à orientação, pelas coletas, por me ensinar a buscar, pela confiança, compreensão, paciência, conselhos, incentivo, e por tudo que pôde me ensinar. A profa. Dra. Caroline Garcia, pela incessante ajuda, mesmo antes de se tornar minha co-orientadora; pelo exemplo de professora/orientadora; por ter persistido junto comigo nas técnicas da cito, por se mostrar sempre acessível e feliz por ajudar, por ter tornado possível muito desse trabalho, por ter sido um anjo no meu caminho... faltam palavras pra dizer o quanto foi importante nessa caminhada. Por sua leveza, amizade... por vibrar comigo a cada conquista! Nunca vou conseguir te agradecer o suficiente! Aos meus pais, que sempre me incentivaram, fizeram e fazem tudo o que podem para me proporcionar a melhor educação/formação possível. Por me acudir sempre que precisei, pelas palavras e gestos de força e carinho, por serem responsáveis pela melhor parte do que eu sou; pelo amor incondicional, que me da segurança pra tanto nessa vida; Às minhas irmãs, companheiras, cada uma a sua maneira; sempre torcendo por mim; Ao meu namorido, ou noivorido por me compreender, me fortalecer, incentivar... por sempre ter uma palavra otimista pra me oferecer, por me cuidar nos momentos mais difíceis e me reconhecer como batalhadora no caminho que escolhi. Pelo carinho e amor todos os dias... À Doce, minha princesa linda, por ser tão companheira, e me fazer rir sempre ao chegar em casa, mesmo depois dos dias mais cansativos; Aos meus colegas de laboratório, em especial: Lívia, Isabel, Roque, Oziel, Aline, Jamille, Naiana, Milena por tornarem essa jornada mais alegre, mais leve. E pela ajuda, de uma forma ou outra no decorrer do trabalho; ao colega Paulo Borges, pela ajuda com coletas e fotos; Aos outros professores do programa, em especial aos da Genética, por tudo que me ensinaram, pelos bons exemplos; À Deus, acima de tudo, pois Ele, mais que qualquer pessoa, me permitiu, me fortaleceu, me ajudou a vencerPPGGBC os obstáculos; Enfim, a todos que participaram direta ou indiretamente desse trabalho, muito obrigada! BIOGRAFIA Marcelle Amorim Carvalho, filha de Weliton Santana Carvalho e Janísia Antunes Amorim Carvalho, nasceu em Itapetinga-Bahia aos 12 dias do mês de Janeiro de 1985. Estudou nas escolas O sossego da Mamãe e na Cooperativa Educacional de Itapetinga, onde concluiu o ensino médio, no ano de 2002, aos 17 anos. Desde criança dizia querer ser cientista, sonho que começou a se realizar aos 20, quando foi aprovada na Faculdade de Ciências Biológicas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Desde então, passou a morar no município de Jequié-Bahia. Já no ensino superior, participou do Grupo Ecofau, no laboratório de Invertebrados/Ecologia da UESB, onde obteve auxílio para a construção dos primeiros alicerces científicos, e para a realização dos trabalhos e escritos da monografia intitulada: Inventário da Espongiofauna da Baía de Camamu e seu entorno-BA, orientada pelo Prof. Dr. Ulisses Pinheiro. Em 2009 formou-se Bacharel Ciências Biológicas com Ênfase em Ecologia de Águas continentais. No ano seguinte, foi aprovada no Programa de Pós Graduação em Genética, Biodiversidade e Conservação, onde, em conjunto com o Prof. Dr. Sérgio Siqueira e a Profa. Dra. Caroline Garcia, desenvolveu projeto de pesquisa relacionada à citogenética de anuros. Está concluindo, em 2012, o mestrado, aos 27 anos de idade. PPGGBC PPGGBC "Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve" (Charles Chaplin) 1 RESUMO 2 A família Hylidae é constituída por aproximadamente 900 espécies agrupadas em três 3 subfamílias: Phyllomedusinae, Pelodryadinae e Hylinae, sendo a última a maior, 4 compreendendo 37 gêneros, incluindo Hypsiboas e Phyllodytes. Apresentam 2n=18 a 52 5 cromossomos, sendo que, em sua maioria, apresentam número cromossômico 2n=24. O 6 gênero Hypsiboas, possui 84 espécies, distribuídas principalmente em áreas de Mata 7 Atlântica, Cerrado adjacente à Caatinga e formações de Cerrado, ocorrendo também na 8 Floresta Amazônica. Os indivíduos deste gênero variam em tamanho e coloração e são 9 organizados em grupos, tais como H. benitezi, H. punctatus, H. similineatus, H. pellucens, H. 10 albopunctatus, H. faber e H. pulchellus. Destas espécies, apenas 21 foram analisadas 11 citogeneticamente, das quais 7 apresentam apenas dados de número diplóide. O gênero 12 Phyllodytes, composto por animais de pequeno porte e endêmicos da Mata Atlântica, é 13 também dividido em grupos (P. auratus, P. luteolos e P. tuberculosus). Das 11 espécies 14 descritas para o gênero, apenas três foram submetidas a estudos moleculares e nenhuma 15 apresenta dados cromossômicos. De acordo estudos de dados moleculares, morfológicos e 16 número diplóide, as espécies de ambos os gêneros apresentam incertezas em suas relações 17 filogenéticas e encontram-se ameaçadas principalmente pela perda de habitat, pelas mudanças 18 ambientais globais e doenças infecciosas emergentes, estando inseridos em biomas 19 considerados hotspots. Desta forma torna-se importante a sua caracterização genética, tanto 20 para sanar as dúvidas em relação a sua filogenia, quanto para, em conjunto com estudos 21 ecológicos, ser utilizado em programas de manejo e conservação. No presente estudo foram 22 analisados citogeneticamente três espécies do gênero Phyllodytes: P. luteolos, P. 23 melanomystax e P. tuberculosus, e quatro espécies do gênero Hypsiboas: H. atlanticus, H. 24 crepitans, H. semilineatus e H. pombali; todas provenientes de fragmentos de Mata Atlântica, 25 utilizando coloração convencional, bandamento C e impregnação por nitrato de prata. Todas 26 as espécies em questão apresentaram o mesmo número diplóide e número fundamental 27 (2n=24 e NF=48), com pequenas diferenças no que diz respeito à morfologia cromossômica e 28 a quantidade e localização das regiões de heterocromatina constitutiva e das RONs, 29 possibilitando inferências sobre os possíveis rearranjos cromossômicos envolvidos na 30 evolução cariotípicaPPGGBC desses grupos. 31 Palavras-chave: Ag-RONs, bandamento C, cromossomos, evolução cariotípica, inversões 32 pericêntricas. 33 1 ABSTRACT 2 The Hylidae family comprises nearly 900 species grouped into three subfamilies: 3 Phyllomedusinae, Pelodryadinae and Hylinae, the last being the largest, comprising 37 4 genera, including Hypsiboas and Phyllodytes. They present 2n=18 to 52 chromosomes, and, 5 mostly, have a chromosome number 2n=24. The genus Hypsiboas has 84 species, distributed 6 mainly in the Atlantic Forest areas, Cerrado adjacent to the Caatinga, and Cerrado domain, 7 also occurring in the Amazon Rainforest. The individuals of this genus vary in size and color 8 and are organized into groups, such as: H. benitezi, H. punctatus, H. similineatus, H. 9 pellucens, H. albopunctatus, H. faber and H. pulchellus. Among these species, only 21 were 10 analyzed cytogenetically, of which 7 present only diploid number data. The genus 11 Phyllodytes, composed of small animals and endemic of the Atlantic Forest, is also divided 12 into the groups P. auratus, P. luteolos and P. tuberculosus. Among the 11 species described 13 for the genus, only 3 were subjected to molecular studies and none presents chromosomal 14 studies. According to molecular data, morphological, and diploid number studies, the species 15 of both genera present uncertainties in their phylogenetic relationships and also are threatened 16 primarily by habitat loss, the global environmental changes, and emerging infectious diseases, 17 being inserted in biomes considered hotspots. Thus, it becomes important to their genetic 18 characterization, both to address the questions regarding their phylogeny, and for, in 19 conjunction with ecological studies to be used in management and conservation programs. In 20 the present study were analyzed cytogenetically 3 species of the genus Phyllodytes: P. 21 luteolos, P. melanomystax and P. tuberculosus, and four species of the genus Hypsiboas: H. 22 atlanticus,