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VIDA E OBRA DO “MAIOR ARTISTA DO VERSO” NO BRASIL BREVES NOTAS NO CENTENÁRIO DE SEU FALECIMENTO Antônio Martins De Araújo (UFRJ/ABRAFIL) [email protected]
FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES VIDA E OBRA DO “MAIOR ARTISTA DO VERSO” NO BRASIL BREVES NOTAS NO CENTENÁRIO DE SEU FALECIMENTO Antônio Martins de Araújo (UFRJ/ABRAFIL) [email protected] 1. O contexto histórico Tantas e tão diversas as forças motrizes da fermentação social nas três décadas compreendidas entre 1870 e 1900, que a ela bem se pode a- plicar, segundo já disseram, o epíteto de Renascença Brasileira. No plano político-social, o perfil da nação brasileira se transformou com a Aboli- ção da Escravatura e a proclamação da República. No plano da literatura, de um lado, assistiu-se à quase total substi- tuição do Romantismo pelo Naturalismo, pelo Realismo e pelo Parnasia- nismo; e, de outro, pelo Simbolismo. No plano da filosofia e da sociolo- gia, o chamado Idealismo Romântico deu lugar ao Racionalismo e ao Po- sitivismo nas ideias. Desde os pródromos desse período, nos centros universitários do eixo Rio-São Paulo, assistiu-se ao advento do que se convencionou cha- mar “Ideia Nova”, trazendo em seu bojo o realismo, o socialismo, o re- publicanismo, o anticlericalismo, o objetivismo e o determinismo de base tainiana. Participando ativamente tanto das lides acadêmicas paulistas, co- mo, depois, colaborando intensamente com suas ideias nos periódicos da cidade mineira e das fluminenses por onde exerceu com a integridade de sempre a magistratura, Raimundo Correia pôde divulgar para as mentes idealistas suas progressistas posições. 206 SOLETRAS, Ano XI, Nº 22, jul./dez.2011. São Gonçalo: UERJ, 2011 DEPARTAMENTO DE LETRAS 2. Um nome nobre Conforme nos mostra seu principal biógrafo e editor, crítico, o a- cadêmico Waldir Ribeiro do Val, Raimundo Correia. -
Actors and Accents in Shakespearean Performances in Brazil: an Incipient National Theater1
Scripta Uniandrade, v. 15, n. 3 (2017) Revista da Pós-Graduação em Letras – UNIANDRADE Curitiba, Paraná, Brasil ACTORS AND ACCENTS IN SHAKESPEAREAN PERFORMANCES IN BRAZIL: AN INCIPIENT NATIONAL THEATER1 DRA. LIANA DE CAMARGO LEÃO Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, Paraná, Brasil ([email protected]) DRA. MAIL MARQUES DE AZEVEDO Centro Universitário Campos de Andrade, UNIANDRADE Curitiba, Paraná, Brasil. ([email protected]) ABSTRACT: The main objective of this work is to sketch a concise panorama of Shakespearean performances in Brazil and their influence on an incipient Brazilian theater. After a historical preamble about the initial prevailing French tradition, it concentrates on the role of João Caetano dos Santos as the hegemonic figure in mid nineteenth-century theatrical pursuits. Caetano’s memorable performances of Othello, his master role, are examined in the theatrical context of his time: parodied by Martins Pena and praised by Machado de Assis. References to European companies touring Brazil, and to the relevance of Paschoal Carlos Magno’s creation of the TEB for a theater with a truly Brazilian accent, lead to final succinct remarks about the twenty-first century scenery. Keywords: Shakespeare. Performances. Brazilian Theater. Artigo recebido em 13 out. 2017. Aceito em 11 nov. 2017. 1 This paper was first presented at the World Shakespeare Congress 2016 of the International Shakespeare Association, in Stratford-upon-Avon. LEÃO, Liana de Camargo; AZEVEDO, Mail Marques de. Actors and accents in Shakespearean performances in Brazil: An incipient national theater. Scripta Uniandrade, v. 15, n. 3 (2017), p. 32-43. Curitiba, Paraná, Brasil Data de edição: 11 dez. -
Aluísio Azevedo: Naturalismo, Pornografia E Mercado Livreiro
A PROMOÇÃO PUBLICITÁRIA DE O HOMEM (1887), DE ALUÍSIO AZEVEDO: NATURALISMO, PORNOGRAFIA E MERCADO LIVREIRO Cleyciara dos Santos Garcia Camello1 Resumo: Este artigo busca contar a promoção publicitária de O homem (1887), articulada estrategicamente por Aluísio Azevedo (1857-1913) e seu grupo na imprensa do final do oitocentos. Para divulgação, eles apostaram no aspecto licencioso do livro para atrair leitores, ao mesmo tempo que destacavam o viés cientificista da obra. Fizeram isso porque sabiam que livros naturalistas eram confundidos com literatura “pornográfica” naquela sociedade. Graças a campanha publicitária, o livro foi sucesso de vendas e garantiu ao seu autor o fechamento dos primeiros contratos com a aclamada editora Garnier. O homem, obra esquecida e relegada pela historiografia, foi crucial no processo de ascensão da carreira de Aluísio Azevedo. Palavras-chave: Aluísio Azevedo; naturalismo; pornografia; publicidade; mercado livreiro. Aluísio Azevedo (1857-1913) passou a ganhar notoriedade nos círculos intelectuais brasileiros com o aparecimento de O mulato (1881) e Casa de pensão (1884), duas obras aceitas com ressalvas pela tradição crítica. Com O cortiço (1890), o maranhense garantiu a sua entrada na lista de escritores canônicos da literatura nacional e se consagrou como o maior nome do naturalismo no Brasil. Todavia, o triunfo literário de Aluísio deveu-se, em parte, ao seu romance esquecido pela historiografia em virtude, entre outros fatores, do seu aspecto licencioso – O homem (1887), fundamental nesse processo, e apropriado como escrita “pornográfica” por leitores não especialistas durante a primeira recepção da obra. No final do sec. XIX, não havia distinção entre os termos “obscenidade”, “erotismo” e “pornografia”. Tais separações só aparecem na metade do sec. -
A Preface to a Theory of Art-Fear in Brazilian Literature
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8026.2012n62p341 A PREFACE TO A THEORY OF ART-FEAR IN BRAZILIAN LITERATURE Julio França Universidade Estadual do Rio de Janeiro Luciano Cabral da Silva Universidade Estadual do Rio de Janeiro Abstract There is no tradition in the study of horror in Brazilian literature; with Álvares de Azevedo”s tales of Noite na Taverna generally considered as the only example of Gothic, terror or horror narrative quoted in literary history. This article aims to demonstrate that there are several works in Brazilian literature which could be classified as “fear literature”—a fictional narrative that produces “artistic fear”. In fact, some of the most important Brazilian authors, including Machado de Assis, Bernardo Guimarães, Aluísio Azevedo, Inglês de Souza, João do Rio, Humberto de Campos and Coelho Neto, penned works in the macabre during the nineteenth and early twentieth centuries. However, critics were either unable to identify them as works of horror or paid no attention to an area of fiction in which social problems were not realistically represented. Therefore, research in this field must first identify the basic characteristics Ilha do Desterro Florianópolis nº 62 p. 341- 356 jan/jun 2012 342 Julio França e Luciano Cabral da Silva, A preface to a Theory of Art... of fictional horror in our country. We are interested in (i) the real fears represented in Brazilian fiction, be them caused by either the natural or supernatural, and in (ii) the narrative features which produce the effect of “artistic fear” upon the reader. Keywords: Horror literature, Terror, Fear literature, Brazilian Literature, Artistic fear. -
A Presença Dos Ausentes": a Tare a Acadêmica De Criar E Perpetuar Vultos Literários
"A Presença dos Ausentes": a Tare a Acadêmica de Criar e Perpetuar Vultos Literários Alessandra El Far Uma imortalidade tangível No início da década de 1920, o romancista e membro da Academia Brasileira de Letras Coelho Neto publicava nos jornais um artigo em que explicava aos leitores a importância de se erguer um monumento a Machado de Assis por subscrição nacional. Desta vez, em lugar de o governo ou alguma instituição privada tomar as rédeas do empreendimento, Coelho Neto clamava pela participação conjunta da população que, ao doar dinheiro para a construção de uma égide comemorativa ao nosso grande escritor, tomaria consciência da importância dos "vultos dos seus heróis" na vida nacional. ''A presença dos ausentes", para Coelho Neto, era imprescindível na configuração de uma memória comum, capaz de unir a nação em torno de um mesmo culto. Isto porque, através dos monumentos, "os mortos continuarão a trabalhar na vida pela glória da terra de que se geraram e à qual reverteram no giro da perpetuidade, estimulando, com o exemplo do que fizeram, as gerações que por eles passarem" (Coelho Neto, 1924: 53). 119 estudos históricos. 2000 - 25 A idéia de construir um monumento a Machado de Assis assinado pelo povo partia da Academia Brasileira de Letras. Na época, a Academia já havia l herdado os milhões do livreiro Francisco Alves e podia patrocinar qualquer estátua sem precisar da ajuda financeira de ninguém. No entanto, os acadêmicos, representados por Coelho Neto, consideravam de suma importância que o culto à figura do grande romancista não fosse algo circunscrito apenas a seus pares, e sim abrangesse a cumplicidade de todo o país. -
O Momento Literário
Literatura Literatura GENIRA CHAGAS COELHO NETO JOÃO RIBEIRO SILVA RAMOS JÚLIA LOPES DE ALMEIDA INGLÊS DE SOUSA SÍLVIO ROMERO SOUSA BANDEIRA JOÃO PAULO EMÍLIO CRISTÓVÃO O momento literário DOS SANTOS COELHO BARRETO (JOÃO DO RIO), EM 1909 COLETÂNEA DE ENTREVISTAS COM ESCRITORES PUBLICADA NO SÉCULO XX RESGATA O PAPEL DA IMPRENSA COMO SUPORTE PARA AS PRODUÇÕES LITERÁRIAS momento literário, obra de João do Rio 1891 realizou para o jornal L’ Éch o de Paris Garnier, que quatro anos depois publicou em O lançada em 1909 pela Garnier, foi re- uma série de entrevistas com importantes livro as entrevistas com Coelho Neto, João edita neste 2019 por Rafael Copetti Editor. escritores, publicadas no ano seguinte no Ribeiro, Silva Ramos, Júlia Lopes de Almei- A ideia de organizá-la é das professoras Sil- livro Enquête sur l’évolution littéraire, a fim da e Francisco Felinto de Almeida, Inglês de via Maria Azevedo e Tania Regina de Luca, de averiguar, desde problemas sociais de seu Sousa, Rocha Pombo, Magnus Söndhal, Me- ambas da Faculdade de Ciências e Letras país, até as tendências do campo literário. deiros e Albuquerque, Garcia Redondo, Félix (FCL) da Unesp, Câmpus de Assis, após Com esse projeto, a que chamou de “repor- Pacheco, Osório Duque-Estrada, Guimarães terem oferecido um curso de pós-graduação tagem experimental,” Huret destacou-se no Passos, Afonso Celso, Sílvio Romero, Mário em que trabalharam temas das disciplinas cenário midiático da época. Pederneiras, Clóvis Beviláqua, Rodrigo Otá- de História e Literatura. O objeto de estudo João do Rio, pseudônimo do escritor João vio, Fábio Luz, Padre Severiano de Resende, do curso foi a imprensa como suporte para Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Alberto Ramos, Augusto Franco, Júlio Afrânio, as produções literárias. -
O MOMENTO LITERÁRIO João Do Rio
MINISTÉRIO DA CULTURA Fundação Biblioteca Nacional Departamento Nacional do Livro O MOMENTO LITERÁRIO João do Rio Palestras com Olavo Bilac, Coelho Neto, Júlia Lopes de Almeida, Filinto de Almeida, Padre Severiano de Resende, Félix Pacheco, João Luso, Guimarães Passos, Lima Campos; cartas de João Ribeiro, Clóvis Beviláqua, Sílvio Romero, Raimundo Correia, Medeiros e Albuquerque, Garcia Redondo, Frota Pessoa, Mário Pederneiras, Luís Edmundo, Curvelo de Mendonça, Nestor Vítor, Silva Ramos, Artur Orlando, Sousa Bandeira, Inglês de Sousa, Afonso Celso, Elísio de Carvalho, etc. etc. ———— A MEDEIROS E ALBUQUERQUE. Permita v. que eu dedique ao jornalista raro, ao talento de escol e ao amigo bondoso este trabalho, que tanto lhe deve em conselhos e simpatia. João do Rio. ———— ANTES — O público quer uma nova curiosidade. As multidões meridionais são mais ou menos nervosas. A curiosidade, o apetite de saber, de estar informado, de ser conhecedor são os primeiros sintomas da agitação e da nevrose. Há da parte do público uma curiosidade malsã, quase excessiva. Não se quer conhecer as obras, prefere-se indagar a vida dos autores. Precisamos saber? Remontamos logo às origens, desventramos os ídolos, vivemos com eles. A curiosidade é hoje uma ânsia... Ora, o jornalismo é o pai dessa nevrose, porque transformou a crítica e fez a reportagem. Uma e outra fundiram-se: há neste momento a terrível reportagem experimental. Foram-se os tempos das variações eruditas sobre livros alheios e já vão caindo no silêncio das bibliotecas as teorias estéticas que às suas leis subordinavam obras alheias, esquecendo completamente os autores. Sainte-Beuve só é conhecido das gerações novas porque escreveu alguns versos e foi amante de Mme. -
PARA LER O TEATRO ROMÂNTICO BRASILEIRO João Roberto Faria
PARA LER O TEATRO ROMÂNTICO BRASILEIRO João Roberto Faria (DLCV) 1. Dramaturgia A produção dramática em nosso romantismo foi razoavelmente extensa, mas hoje conhecemos apenas uma parte do repertório encenado, uma vez que muitas peças não foram publicadas. Destas só sabemos do que tratam porque os jornais da época costumavam resumir seus enredos ou porque receberam pareceres do Conservatório Dramático, que estão depositados na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Há também as peças que foram publicadas apenas no século XIX e não são fáceis de se encontrar, precisando para isso que recorramos aos acervos das obras raras das nossas principais bibliotecas. Felizmente, a mais representativa literatura dramática do romantismo está ao nosso alcance, em publicações que podemos consultar nas bibliotecas, adquirir em livrarias ou ler na internet, nos sites que disponibilizam obras em domínio público. Quatro foram os gêneros de peças cultivados pelos nossos escritores românticos: a tragédia neoclássica, o melodrama, o drama e a comédia de costumes. A tragédia neoclássica já havia sido abandonada pelos dramaturgos europeus dos anos de 1830, depois de ter sido substituída no gosto popular pelo drama e pelo melodrama. Mas como o debate entre clássicos e românticos chegou tarde ao Brasil, nossos antepassados vivenciaram um fenômeno cultural no mínimo curioso: o romantismo teatral entre nós iniciou-se com uma tragédia, o que é um contrassenso, uma vez que o drama é o gênero de peça que Victor Hugo reivindicara para os novos tempos, em seu conhecido prefácio de Cromwell, de 1827. Assim, a primeira peça importante que devemos ler para iniciarmos o estudo do teatro romântico brasileiro é a tragédia Antônio José ou O poeta e a Inquisição, de Gonçalves de Magalhães, que o ator João Caetano encenou com enorme sucesso no Rio de Janeiro, em 1838, fazendo nascer o que os seus contemporâneos chamaram de “teatro nacional”. -
João Do Rio E Os Africanos: Raça E Ciência Nas Crônicas Da Belle Époque Carioca
JOÃO DO RIO E OS AFRICANOS: RAÇA E CIÊNCIA NAS CRÔNICAS DA BELLE ÉPOQUE CARIOCA Juliana Barreto Farias Doutoranda em História Social pela Universidade de São Paulo (USP).* Resumo Reverenciado como o cronista da belle époque carioca, João do Rio (1881-1921) não economizava nos comentários racistas e evolucionistas em seus textos jornalís- ticos e literários. Para compreender essa faceta ainda tão pouco explorada na obra do famoso jornalista, examinarei, neste artigo, um conjunto de reportagens sobre religiosidades, festas e costumes africanos, publicadas na imprensa carioca nos anos de 1904 e 1905. Palavras-chave Rio de Janeiro • João do Rio • africanos • raça. Abstract Although he was revered as the belle époque chronicler of Rio de Janeiro, João do Rio's chronicles and fiction are filled with racist comments. To understand this yet little explored facet in the work of the famous journalist, I will examen a series of reports on African beliefs, celebrations, and customs published in Rio de Janeiro’s press during the years 1904 and 1905. Keywords Rio de Janeiro • João do Rio • Africans • race. * Bolsista do CNPq. Agradeço as leituras generosas feitas por Lilian Schwarcz e Maria Cristina Wissenbach a uma primeira versão deste texto. 244 Juliana Barreto Farias / Revista de História 162 (1º semestre de 2010), 243-270 Em 11 de maio de 1912, João do Rio publicou um pequeno texto, meio escondido na segunda página da Gazeta de Notícias, rebatendo um editorial divulgado pelo jornal A Noite no dia anterior. Travestido de Joe, um dos seus muitos pseudônimos, criticava o tom “excessivamente indignado” do artigo que girava em torno da história de um empresário esperto, que andava contra- tando artistas negros e mulatos brasileiros para tocar, cantar e dançar maxixe nos boulevards de Paris. -
João Do Rio E As Ruas Do Rio
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE LETRAS JOÃO DO RIO E AS RUAS DO RIO por CLAUDIA GONÇALVES RIBEIRO Niterói Março de 2013 Claudia Gonçalves Ribeiro João do Rio e as ruas do Rio Dissertação de mestrado apresentada ao programa Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Estudos Literários. Subárea: Literatura Brasileira e Teorias da Literatura. Orientadora: Profª. Drª. Diana Irene Klinger. Niterói Março de 2013 i Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá R484 Ribeiro, Claudia Gonçalves. João do Rio e as ruas do Rio / Claudia Gonçalves Ribeiro. – 2013. 214 f. Orientador: Diana Irene Klinger. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Letras, 2013. Bibliografia: f. 127-135. 1. João, do Rio, 1881-1921; crítica e interpretação. 2. Crônica brasileira. 3. Memória. 4. Jornalismo. 5. Literatura. I. Klinger, Diana Irene. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Letras. III. Título. CDD B869.3009 Claudia Gonçalves Ribeiro João do Rio e as ruas do Rio Dissertação de mestrado apresentada ao programa Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Estudos Literários. Subárea: Literatura Brasileira e Teorias da Literatura. Aprovado em ___________________________________________________________ Banca Examinadora: _____________________________________________________ _________________________________________________________ Profª. Drª. Diana Irene Klinger (Orientadora) Universidade Federal Fluminense – UFF _________________________________________________________ Prof. Dr. Pascoal Farinaccio Universidade Federal Fluminense – UFF _________________________________________________________ Profª. Drª. Daniela Versiani Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio ii Aos meus pais e esposo. iii AGRADECIMENTOS A Deus por ter me dado alento e força em todos os momentos da minha vida. -
Álbum De Caliban: Coelho Neto E a Literatura Pornográfica Na Primeira República
O eixo e a roda, Belo Horizonte, v. 26, n. 3, p. 205-228, 2017 Álbum de Caliban: Coelho Neto e a literatura pornográfica na Primeira República Álbum de Caliban: Coelho Neto and pornographic literature during the First Republic Leonardo Mendes Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro / Brasil [email protected] Resumo: A partir de 1880, configura-se no Brasil um espaço novo de circulação de histórias licenciosas. O impresso pornográfico começa a aparecer nos anúncios de livrarias nos jornais de grande circulação. Surgem novos editores e livrarias, como a Livraria do Povo e a Livraria Moderna. A percepção de que havia um mercado para esse gênero de literatura era crucial para a decisão dos editores de investir nessas edições. Sob o pseudônimo Caliban, da peça A Tempestade (1611), de William Shakespeare, Coelho Neto criou uma persona para atender à demanda de literatura pornográfica, fabricando contos e crônicas licenciosos que foram publicados nos jornais de todas as regiões do país até o começo do século XX. Entre 1897 e 1898, os textos foram editados pela Livraria Laemmert em fascículos e reunidos no volume Álbum de Caliban. Neste estudo, vamos conhecer a faceta de autor licencioso de Coelho Neto e investigar sua atuação no incipiente mercado de literatura pornográfica na Primeira República. Palavras-chave: pornografia; Coelho Neto; Brasil Republicano. eISSN: 2358-9787 DOI: 10.17851/2358-9787.26.3.205-228 206 O eixo e a roda, Belo Horizonte, v. 26, n. 3, p. 205-228, 2017 Abstract: From 1880 on, a new space for the circulation of licentious stories was set up in Brazil. -
Escrivaninha Do Poeta Olavo Bilac, Conservada Na Biblioteca Da Academia Brasileira De Letras
Escrivaninha do poeta Olavo Bilac, conservada na Biblioteca da Academia Brasileira de Letras. Guardados da Memória A morte de Eça de Queirós Machado de Assis 23 de agosto de 1900. Machado de Assis, que recusava os Meu caro H. Chaves. – Que hei de eu dizer que valha esta ca- direitos autorais, lamidade? Para os romancistas é como se perdêssemos o melhor legados ou da família, o mais esbelto e o mais válido. E tal família não se supostamente legados – quem compõe só dos que entraram com ele na vida do espírito, mas trata da questão também das relíquias da outra geração e, finalmente, da flor da é Josué Montello nova. Tal que começou pela estranheza acabou pela admiração. – por Eça de Queirós, Os mesmos que ele haverá ferido, quando exercia a crítica direta admirou-o. e quotidiana, perdoaram-lhe o mal da dor pelo mel da língua, Quando lhe pelas novas graças que lhe deu, pelas tradições velhas que con- chegou a notícia de seu servou, e mais a força que as uniu umas e outras, como só as une falecimento, a grande arte. A arte existia, a língua existia, nem podíamos os escreveu esta dois povos, sem elas, guardar o patrimônio de Vieira e de Ca- página sobre o grande mões; mas cada passo do século renova o anterior e a cada gera- romancista. ção cabem os seus profetas. (N. da Redação) 307 Machado de Assis A antiguidade consolava-se dos que morriam cedo considerando que era a sorte daqueles a quem os deuses amavam. Quando a morte encontra um Goethe ou um Voltaire, parece que esses grandes homens, na idade extrema a que chegaram, precisam de entrar na eternidade e no infinito, sem nada mais dever à terra que os ouviu e admirou.