João Do Rio E As Ruas Do Rio

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João Do Rio E As Ruas Do Rio UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE LETRAS JOÃO DO RIO E AS RUAS DO RIO por CLAUDIA GONÇALVES RIBEIRO Niterói Março de 2013 Claudia Gonçalves Ribeiro João do Rio e as ruas do Rio Dissertação de mestrado apresentada ao programa Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Estudos Literários. Subárea: Literatura Brasileira e Teorias da Literatura. Orientadora: Profª. Drª. Diana Irene Klinger. Niterói Março de 2013 i Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá R484 Ribeiro, Claudia Gonçalves. João do Rio e as ruas do Rio / Claudia Gonçalves Ribeiro. – 2013. 214 f. Orientador: Diana Irene Klinger. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Letras, 2013. Bibliografia: f. 127-135. 1. João, do Rio, 1881-1921; crítica e interpretação. 2. Crônica brasileira. 3. Memória. 4. Jornalismo. 5. Literatura. I. Klinger, Diana Irene. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Letras. III. Título. CDD B869.3009 Claudia Gonçalves Ribeiro João do Rio e as ruas do Rio Dissertação de mestrado apresentada ao programa Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Estudos Literários. Subárea: Literatura Brasileira e Teorias da Literatura. Aprovado em ___________________________________________________________ Banca Examinadora: _____________________________________________________ _________________________________________________________ Profª. Drª. Diana Irene Klinger (Orientadora) Universidade Federal Fluminense – UFF _________________________________________________________ Prof. Dr. Pascoal Farinaccio Universidade Federal Fluminense – UFF _________________________________________________________ Profª. Drª. Daniela Versiani Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio ii Aos meus pais e esposo. iii AGRADECIMENTOS A Deus por ter me dado alento e força em todos os momentos da minha vida. A Ele dedico minha vida e todo o meu louvor. A Maria Cristina Ribas que me incentivou a continuar esta pesquisa sobre João do Rio. A Diana Klinger, minha orientadora, que me acolheu e aceitou caminhar comigo nesta trajetória de minha vida. A ela, minha sincera gratidão pelas leituras de meus textos, pelas indicações, pelas reflexões e por todo apoio durante nossas conversas. Tudo isto foi fundamental para eu permanecer e acreditar em minha pesquisa. Aos professores do Programa de Pós-Graduação da UFF pelas contribuições ao longo do curso. Aos professores Maria Elizabeth Chaves e Pascoal Farinaccio que aceitaram participar da minha Banca de Qualificação, trazendo sugestões que enriqueceram ainda mais esta pesquisa. Agradeço a Daniela Versiani e novamente a Pascoal Farinaccio por participarem de minha Banca de Defesa. Aos funcionários da secretaria do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Letras que sempre se mostraram atenciosos. As professoras e amigas Josinete Pereira, Márcia Freitas e Marilda Flores pelas palavras de incentivo e conversas inspiradoras. Aos meus pais, meus melhores amigos, pela dedicação que sempre mostraram a mim. Ao meu marido que se fez presença constante neste momento de minha vida enquanto convivia com minha ausência em sua vida. Agradeço ao meu amado por toda compreensão. A todos que participaram direta e indiretamente desta pesquisa. iv RESUMO: O presente estudo discute as contribuições deixadas por Paulo Barreto enquanto cronista das duas primeiras décadas do século XX. Em meio a tantas críticas e/ou elogios, Paulo Barreto apresentava os indivíduos comuns e o cotidiano da cidade do Rio de Janeiro como assunto para suas crônicas. Tendo em João do Rio seu pseudônimo mais famoso, Paulo Barreto adotou as máscaras do flâneur e do dândi para transitar pelas ruas cariocas a fim de captar e registrar suas impressões sobre o observado. Era através do flâneur e do dândi que João do Rio visitava as diferentes camadas sociais do Rio de Janeiro, indo dos morros da cidade aos espaços nobres frequentados pela elite como a Confeitaria Colombo e tantos outros lugares. Com isto, autores como Antonio Candido, Renato Cordeiro Gomes se farão necessários para tratar das críticas e dos elogios como também da presença de pseudônimos, disfarces ou máscaras em João do Rio. Ao registrar suas impressões sobre as consequências oriundas do Projeto “bota-baixo” de Pereira Passos, tal cronista deixava uma memória, ou melhor, um determinado ponto de vista da cidade carioca em seus textos. Neste estudo, a memória é apresentada como um processo de construção social que não deve ser entendida como uma verdade absoluta. Cabe ressaltar que, uma reflexão acerca do conceito de memória será empreendida de acordo com Durval Muniz de Albuquerque Júnior, Michael Pollak e demais. E mais, o interesse de João do Rio em inovar sua escrita a partir da associação entre jornalismo e literatura terá destaque segundo Antonio Edmilson Martins Rodrigues e outros. Em suas crônicas, João do Rio incorporava características provenientes do jornalismo como o questionamento de fontes. Além disso, a relação entre o jornalismo e a literatura também fará parte deste estudo a partir de Cristiane Costa. PALAVRAS-CHAVE: João do Rio, crônica, memória, jornalismo, literatura v ABSTRACT: The present study discusses Paulo Barreto’s contribution as a chronicler in the first two decades of the twentieth century. Among various critics as well as compliments, Paulo Barreto presented ordinary people and the routine of the city of Rio de Janeiro as a topic for his chronics. Being João do Rio his most famous pseudonym, Paulo Barreto adopted the masks of the flâneur and the dandy to move through the streets of Rio in order to capture and register his impressions about what he had observed. It was through the flâneur and the dandy that João do Rio visited the different social classes of Rio de Janeiro, going from the hills of the city, where the poorest people dwelled, to the noble spaces frequented by the elite such as the Confeitaria Colombo (Confectionary Colombo) among many others. Thus, authors such as Antonio Candido, Renato Cordeiro Gomes among others will be necessary in order to deal with the criticisms and the compliments, pseudonyms and disguises or masks in João do Rio. By registering his impressions about the project known as bota-abaixo (pull down) from the former Rio’s mayor Pereira Passos, the chronicler left a memory, i.e., a specific point of view about the Carioca’s city in his texts. In this study, memory is presented as a process of social construction which must not be understood as an absolute truth. It is also important to highlight that a discussion about the concept of memory will be undertaken according to Durval Muniz de Albuquerque Júnior, Michael Pollak, and others. Moreover, João do Rio’s interest in innovating his writing style by associating journalism and literature will also be discussed in conformity with Antonio Edmilson Martins Rodrigues and other authors. In his chronicles, João do Rio incorporated characteristics originated in journalism as the questioning of sources. Besides, the relation between journalism and literature will be part of this study from the point of view of Cristiane Costa. KEYWORDS: João do Rio, chronic, memory, journalism, literature vi ... a rua é o motivo emocional da arte urbana mais forte e mais intenso. João do Rio vii SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 CAPÍTULO 1. PAULO BARRETO ENQUANTO JOÃO DO RIO Morte e Vida de Paulo Barreto ........................................................................................... 5 João do Rio: amigos e desafetos; críticas e elogios .......................................................... 10 Nome ou nomes: múltiplas máscaras do cronista .......................................................... 24 O papel da flânerie em João do Rio .............................................................................. 32 Além da flânerie, o dandismo em João do Rio .............................................................. 37 CAPÍTULO 2. JOÃO DO RIO E SUAS IMPRESSÕES SOBRE AS RUAS DA CIDADE João do Rio pelas ruas da cidade ...................................................................................... 43 Novas ruas, nova cidade ................................................................................................... 47 A construção de uma memória ......................................................................................... 62 A memória construída do Rio através de João do Rio ..................................................... 66 CAPÍTULO 3. JOÃO DO RIO: O REPÓRTER Escritas que surgem por diferentes influências ................................................................ 85 A crônica através dos tempos... ........................................................................................ 89 Jornalismo e Literatura numa sociedade em transformação ........................................... 106 A realização de um momento literário ........................................................................... 115 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 124 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 127 ANEXOS – Reprodução das crônicas utilizadas de João do Rio ............................
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