O Sino E O Relógio
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
Load more
Recommended publications
-
Machado De Assis E Oliveira Lima
LEITURAS ENTRE ACADÊMICOS: MACHADO DE ASSIS E OLIVEIRA LIMA Ao cair da tarde, depois das quatro, encontrava-se invariavelmente o autor em casa do seu antigo editor, na livraria Garnier, onde tem sua sede um círculo, diria um cenáculo se não fosse franco a todas as opiniões e aberto a todas as idéias. Estes "five o'clocks" intelectuais já se tornaram mesmo uma tradição, pois que datam de meio século. Machado de Assis, que lhes ficou de todo tempo fiel, serviu de traço de união entre épocas diferentes e gerações também diferentes. O depoimento é do historiador e diplomata Oliveira Lima, mas também poderia ser validado por um Joaquim Nabuco, um Euclides da Cunha, um Graça Aranha, entre outros. Machado de Assis, já reconhecido entre seus pares como o grande mestre da literatura brasileira, de certa forma oficializou esse círculo da livraria Garnier com a criação da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Na passagem do século XIX para o XX, as relações entre o velho Machado e os escritores em início de carreira ou em plena maturidade concretizavam-se a partir de artigos na imprensa, conferências, ou cartas, quando mais de um colega se encontrava em serviço diplomático no exterior. O caso de Oliveira Lima, membro da ABL desde 1897, não seria diferente: o diplomata, que passou a maior parte da sua vida fora do Brasil, trocou cartas e livros com Machado. Seis das cartas do romancista ao historiador, depositadas no acervo da Oliveira Lima Library, na Catholic University of America (Washington), foram transcritas por Antonio Dimas, em 1977. -
Actors and Accents in Shakespearean Performances in Brazil: an Incipient National Theater1
Scripta Uniandrade, v. 15, n. 3 (2017) Revista da Pós-Graduação em Letras – UNIANDRADE Curitiba, Paraná, Brasil ACTORS AND ACCENTS IN SHAKESPEAREAN PERFORMANCES IN BRAZIL: AN INCIPIENT NATIONAL THEATER1 DRA. LIANA DE CAMARGO LEÃO Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, Paraná, Brasil ([email protected]) DRA. MAIL MARQUES DE AZEVEDO Centro Universitário Campos de Andrade, UNIANDRADE Curitiba, Paraná, Brasil. ([email protected]) ABSTRACT: The main objective of this work is to sketch a concise panorama of Shakespearean performances in Brazil and their influence on an incipient Brazilian theater. After a historical preamble about the initial prevailing French tradition, it concentrates on the role of João Caetano dos Santos as the hegemonic figure in mid nineteenth-century theatrical pursuits. Caetano’s memorable performances of Othello, his master role, are examined in the theatrical context of his time: parodied by Martins Pena and praised by Machado de Assis. References to European companies touring Brazil, and to the relevance of Paschoal Carlos Magno’s creation of the TEB for a theater with a truly Brazilian accent, lead to final succinct remarks about the twenty-first century scenery. Keywords: Shakespeare. Performances. Brazilian Theater. Artigo recebido em 13 out. 2017. Aceito em 11 nov. 2017. 1 This paper was first presented at the World Shakespeare Congress 2016 of the International Shakespeare Association, in Stratford-upon-Avon. LEÃO, Liana de Camargo; AZEVEDO, Mail Marques de. Actors and accents in Shakespearean performances in Brazil: An incipient national theater. Scripta Uniandrade, v. 15, n. 3 (2017), p. 32-43. Curitiba, Paraná, Brasil Data de edição: 11 dez. -
Pau-De-Arara, Cabeça-Chata
t Quinta-feira, 31 de outubro de 1996 O GLOBO OPINIÃO* 7 Pau-de-arara, cabeça-chata JOSÉSARNEY pois, o cearense "cabeça-chata", o "arataca", o "pau- vidão". Acabada esta, iniciou-se, com a ajuda da ser mar Cavalcanti, Manuel Diegue Júnior, Glauber Ro de-arara", o "paraíba". Hoje, finalmente, nordestino ca impiedosa naquelas vastas regiões, a corrente mi cha, Ariano Suassuna, Ferreira Gullar, Dias Gomes, história do homem é a história da discri é sinal de atrasado, provinciano. gratória que iria substituir a escravidão, sob outras Barbosa Lima Sobrinho... ao lado de Guimarães Ro minação. Desde que surgiu na face da Ter Eu fui presidente da República e senti na carne o capas. Esse sistema, com a industrialização, vigorou sa — mineiro, mas garimpeiro da mesma fonte. Pois ra, apareceram meios e modos de segregar, peso dessa discriminação. Não perdoavam que um e foi mantido. Hoje, com a modernização, o proces bem, agora surge a tentativa de destruição destes Aí.d e excluir, de separar. Este sentimento con- homem do Nordeste, um "pau-de-arara", pudesse so de desemprego estrutural, com a liberação de nomes numa manifestação racista e segregacionis- : funde-se com o sentimento de egoísmo, de ódio, de ocupar aquele posto. No fundo, esse sentimento co mão-de-obra, os desempregados, em sua maioria ta. "A subliteratura do regionalismo"—assim se ata Í superioridade, e é a negação do próprio homem: meçava nos grandes líderes políticos que tinham vi nordestinos, foram expulsos para a periferia das ca — e por aí saem esses reacionários sem nenhuma ^Amai-vos uns aos outros", foi a sentença cristã da sibilidade e espaço nos editoriais de ai- ^^^^^^ ,^^____ grandes cidades, onde se localizam es- contribuição dada ao país, por esnobásmo puro, mo * revolução moral, mas, também, social. -
PARA LER O TEATRO ROMÂNTICO BRASILEIRO João Roberto Faria
PARA LER O TEATRO ROMÂNTICO BRASILEIRO João Roberto Faria (DLCV) 1. Dramaturgia A produção dramática em nosso romantismo foi razoavelmente extensa, mas hoje conhecemos apenas uma parte do repertório encenado, uma vez que muitas peças não foram publicadas. Destas só sabemos do que tratam porque os jornais da época costumavam resumir seus enredos ou porque receberam pareceres do Conservatório Dramático, que estão depositados na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Há também as peças que foram publicadas apenas no século XIX e não são fáceis de se encontrar, precisando para isso que recorramos aos acervos das obras raras das nossas principais bibliotecas. Felizmente, a mais representativa literatura dramática do romantismo está ao nosso alcance, em publicações que podemos consultar nas bibliotecas, adquirir em livrarias ou ler na internet, nos sites que disponibilizam obras em domínio público. Quatro foram os gêneros de peças cultivados pelos nossos escritores românticos: a tragédia neoclássica, o melodrama, o drama e a comédia de costumes. A tragédia neoclássica já havia sido abandonada pelos dramaturgos europeus dos anos de 1830, depois de ter sido substituída no gosto popular pelo drama e pelo melodrama. Mas como o debate entre clássicos e românticos chegou tarde ao Brasil, nossos antepassados vivenciaram um fenômeno cultural no mínimo curioso: o romantismo teatral entre nós iniciou-se com uma tragédia, o que é um contrassenso, uma vez que o drama é o gênero de peça que Victor Hugo reivindicara para os novos tempos, em seu conhecido prefácio de Cromwell, de 1827. Assim, a primeira peça importante que devemos ler para iniciarmos o estudo do teatro romântico brasileiro é a tragédia Antônio José ou O poeta e a Inquisição, de Gonçalves de Magalhães, que o ator João Caetano encenou com enorme sucesso no Rio de Janeiro, em 1838, fazendo nascer o que os seus contemporâneos chamaram de “teatro nacional”. -
Restaurado Prêmio Literário Nacional Pen Clube Do Brasil 2011
REGISTROS RESTAURADO PRÊMIO LITERÁRIO NACIONAL PEN CLUBE DO BRASIL 2011 Este ano, ao completar 75 anos de fundação, o PEN Clube do Brasil restabeleceu seu tradicional Prêmio Literário, um dos mais antigos e prestigiosos certames brasileiros, criado em 1938. Agora, em sua nova fase, será oferecido anualmente a escritores que tenham publicado obra nas categorias Poesia, Ensaio ou Narrativa. Nesta edição, excepcionalmente, será permitida a inscrição de livros publicados entre 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2010. As editoras também poderão inscrever livros de seus autores. Os escritores inscritos concorrerão à primeira colocação em cada categoria e receberão troféu denominado “PEN”, especialmente concebido e executado pelo escultor Cavani Rosas, além de valor em dinheiro e certificado. Eis alguns escritores que, ao longo das décadas passadas, conquistaram o Prêmio do PEN Clube do Brasil: Gastão Cruls ■ Gilberto Amado ■ Brito Broca ■ Antonio Callado ■ Jorge Amado ■ Antonio Candido ■ Dalcídio Jurandir ■ Miécio Tati ■ João Guimarães Rosa ■ Carlos Drummond de Andrade ■ José Condé ■ Fernando Sabino ■ Marques Rebelo ■ Álvaro Lins ■ Cyro dos Anjos ■ José Paulo Moreira da Fonseca ■ Cassiano Ricardo ■ Augusto Meyer ■ José Cândido de Carvalho ■ Dalton Trevisan ■ Josué Montello ■ Nelson Werneck Sodré ■ Rubem Fonseca ■ Homero Homem ■ Octávio de Faria ■ Otto Maria Carpeaux João Cabral de Melo Neto ■ Herberto Salles ■ Eugênio Gomes ■ Adonias Filho ■ Nilo Aparecido Pinto ■ Raymundo Magalhães Jr ■ Emílio Moura ■ Macedo Miranda ■ Autran Dourado ■ Waldemar Lopes ■ Fausto Cunha ■ Alceu Amoroso Lima ■ Érico Veríssimo ■ Odylo Costa Filho ■ Orígenes Lessa ■ Pedro Nava ■ Ledo Ivo ■ Afonso Arinos de Mello Franco ■ Permínio Asfora ■ Alphonsus de Guimaraens Filho ■ Stella Leonardos ■ Antonio Carlos Vilaça ■ Murilo Rubião ■ Pedro Calmon ■ Guilherme Figueiredo ■ Mauro Mota ■ J. -
Escrivaninha Do Poeta Olavo Bilac, Conservada Na Biblioteca Da Academia Brasileira De Letras
Escrivaninha do poeta Olavo Bilac, conservada na Biblioteca da Academia Brasileira de Letras. Guardados da Memória A morte de Eça de Queirós Machado de Assis 23 de agosto de 1900. Machado de Assis, que recusava os Meu caro H. Chaves. – Que hei de eu dizer que valha esta ca- direitos autorais, lamidade? Para os romancistas é como se perdêssemos o melhor legados ou da família, o mais esbelto e o mais válido. E tal família não se supostamente legados – quem compõe só dos que entraram com ele na vida do espírito, mas trata da questão também das relíquias da outra geração e, finalmente, da flor da é Josué Montello nova. Tal que começou pela estranheza acabou pela admiração. – por Eça de Queirós, Os mesmos que ele haverá ferido, quando exercia a crítica direta admirou-o. e quotidiana, perdoaram-lhe o mal da dor pelo mel da língua, Quando lhe pelas novas graças que lhe deu, pelas tradições velhas que con- chegou a notícia de seu servou, e mais a força que as uniu umas e outras, como só as une falecimento, a grande arte. A arte existia, a língua existia, nem podíamos os escreveu esta dois povos, sem elas, guardar o patrimônio de Vieira e de Ca- página sobre o grande mões; mas cada passo do século renova o anterior e a cada gera- romancista. ção cabem os seus profetas. (N. da Redação) 307 Machado de Assis A antiguidade consolava-se dos que morriam cedo considerando que era a sorte daqueles a quem os deuses amavam. Quando a morte encontra um Goethe ou um Voltaire, parece que esses grandes homens, na idade extrema a que chegaram, precisam de entrar na eternidade e no infinito, sem nada mais dever à terra que os ouviu e admirou. -
Você Sabia? EXERCÍCIOS
literatura literatura apostila 01 Uma planta se dá também nesta província, que foi da PADRE MANUEL DA NÓBREGA ilha de São Tomé, com a fruta da qual se ajudam muitas (Minho, Portugal, 1517 – Rio de Janeiro, 1570) famílias a sustentar na terra. Esta planta é mui tenra e não -Cartas do Brasil muito alta, não tem ramos senão umas folhas que serão -Informações das Terras do Brasil seis ou sete palmos de comprido. A fruta dela se chama -Diálogo sobre a Conversão dos Gentios bananas. Parecem-se na feição com pepinos, e criam-se em cachos: alguns deles há tão grandes que têm de cento FERNÃO CARDIM e cincoenta bananas para cima (...) Como são de-vez (Alentejo, Portugal, 1540 – Salvador, BA, 1625) colhem estes cachos, e dali a alguns dias amadurecem. -Tratados da Terra e da Gente do Brasil (1583) (Pero Magalhães Gândavo em: “Tratado da Terra do Brasil”) Trechos: A SANTA INÊS NA VINDA DE SUA IMAGEM Cordeirinha linda LITERATURA DOS JESUÍTAS Como folga o povo, Porque vossa vinda São textos produzidos pelos missionários da Companhia de Lhe dá lume novo. Jesus e tinham, como finalidade principal, a preocupação com a catequese dos nativos brasileiros. Cordeirinha santa, De Jesus querida, Principais características: Vossa santa vida, O diabo espanta. -Na poesia, versos redondilhos; -Preocupação com a conquista espiritual; Por isso vos canta -Tom didático-pedagógico de caráter catequético; Com prazer o povo -Temas teocêntricos (vinculado à Contra-Reforma); Porque Vossa vinda -Preocupação estética. Lhe dá lume novo (...) (José de Anchieta) Autores e principais obras: você sabia? PADRE JOSÉ DE ANCHIETA (Ilhas Canárias, 1534 – Anchieta, ES, 1597) -Enquanto, no Brasil, tínhamos o registro dos europeus em relação ao território recém- Nascido nas Ilhas Canárias, Pe. -
Literatura Das Secas: Ficção E História
ANDRÉ LUIZ MARTINS LOPEZ DE SCOVILLE LITERATURA DAS SECAS: FICÇÃO E HISTÓRIA CURITIBA 2011 ANDRÉ LUIZ MARTINS LOPEZ DE SCOVILLE LITERATURA DAS SECAS: FICÇÃO E HISTÓRIA Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Letras, área de concentração de Estudos Literários, Programa de Pós-Graduação em Letras, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Paulo Astor Soethe CURITIBA 2011 Mesmo sob um sol de lacraus, eu irei... Para Carla. Sempre. AGRADECIMENTOS CAPES, pela bolsa de estudos que possibilitou a realização deste trabalho. DAAD - Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, pela bolsa de auxílio para estadia que possibilitou a pesquisa na Alemanha. Universidade de Potsdam. IAI - Instituto Ibero-Americano de Berlim. Prof. Dr. Paulo Soethe, pela orientação do trabalho. Prof. Dr. Ottmar Ette, pela orientação da pesquisa na Alemanha. Profª. Drª. Marilene Weinhardt, Profª. Drª. Naira de Almeida Nascimento, Prof. Dr. Fernando Cerisara Gil, Prof. Dr. Luís Gonçales Bueno de Camargo e Prof. Dr. Wolf- Dietrich Sahr, membros das bancas de qualificação e de defesa de tese. Professores, funcionários e colegas do Curso de Pós-Graduação em Letras da UFPR. Maria Cecília, Francis e Eduardo. Priscila e Felipe. RESUMO Neste estudo sobre a literatura das secas, é proposto um diálogo entre discursos ficcionais e não ficcionais, em especial entre a Literatura e a História, a partir da percepção de que a seca é um fenômeno climático e social. O trabalho abrange uma revisão conceitual sobre a literatura das secas, bem como sobre os termos “Nordeste” e “sertão” que a ela estão diretamente associados. -
Na Imprensa Republicana Da Primeira Hora - Um Estudo Das Liberdades E Censuras Observadas Pelo Jornalista Olavo Bilac
ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Fortaleza, 2009. 'Balas e sustos' na imprensa republicana da primeira hora - um estudo das liberdades e censuras observadas pelo jornalista Olavo Bilac Marta Eymael Garcia Scherer* Resumo: A história da imprensa no Brasil foi marcada por contradições entre dispositivos reguladores da censura e supostas liberdades de expressão. Este trabalho analisa a imprensa brasileira no período dos primeiros anos republicanos através das crônicas de um dos jornalistas mais atuantes da época: Olavo Bilac. Apesar de ser mais conhecido como o grande poeta parnasiano, Bilac escreveu durante 20 anos para jornais e revistas, legando relatos minuciosos da vida de imprensa de então, que nos falam do cerceamento explícito do governo, da falta de seriedade dos jornalistas, da autocensura e do jogo de interesses dos proprietários dos jornais. Eram as condições de trabalho que os homens de letras dispunham e que moldaram o fazer jornalístico desde sempre, num eterno jogo de poder e disputa entre o interesse do público e os mandos e desmandos de governantes, poderosos e proprietários. Palavras-chave: Olavo Bilac, Imprensa, República 'Bullets and frights” in the early time of the republican press - a study of the expression freedom and repression observed by the journalist Olavo Bilac Abstract: The history of the press in Brazil was marked by contradictions between repression and the supposed freedom of expression. This work analyzes the Brazilian press in the period of the early republican years through the chronicles of Olavo Bilac: one of the most active journalists of that period. Bilac writing during 20 years for newspapers and magazines. -
Print 106 . DISCURSO DE POSSE DO
DISCURSO DE POSSE DO ACADÊMICO MARCO MACIEL E DISCURSO DE RECEPÇÃO DO ACADÊMICO MARCOS VILAÇA - . " ._-..- .~- : .' ".,~ .. ' ACADEMIA 8RASrtEIRA DE LETRAS 2004 DISCURSO DE POSSE DO ACADÊMICO MARCO MACIEL E DISCURSO DE RECEPÇÃO DO ACADíMCIO MARCOS VILAÇA ACADBMIA BRASILBIR.A DB LETR.AS 2004 Cadeira 39 Academia Bruileira de Letras Patrono F. A. de Vamhagen........(1816-1878) Oliveira Uma (1867-1928) "_ Alberto de Faria (1865-1931) Rocha Pombo (1857-1933) Rodolfo Garda (1873-1~9) Elmano Cardim (1891-19'79) Otto l...IU'a Resende (1922-1992) Roberto Marinho (I9(M..2003) ""''' Mo=Mad<1 Eleito em 18.12.2003 e f'l!Cebido em 3.5.2004 arco Maciel tomou posse no dia 3 de maio de 2004, passando a ocupar a cadeira 39, que pertenceu a M Roberto Marinho, falecido em 6 de agosto de 2003. Nacerimônia, nosalão nobre do PetitTrianon, Marco Maciel foi recebido pelo acadêmico Marcos Vinidos Vilaça. Advogado e professor de Direito Internacional na Universidade Católica de Pernambuco, Marco Maciel foi vice-presidente da República, por duas vezes; presidentedaCâmarados Deputados;ministro da Educação; ministro-chefe da Casa Civil da Pre sidência da República; deputado estadual; deputado federal, também por duas vezes; governador de Pemambuco; e atualmente exerce seu terceiro man dato de senador. Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira deCiêndas Políticas, Marco Maciel tem quatro livros publicados, além de plaquetes com discursos e palestras versando espe c::ialD'\ente sobre educaçlO, cultura e questões ins titucionais. Discurso de posse do acadêmico Marco Maciel a imortal peça Dúflogo das Cannelitas, o sempre lembrado escritor francês George Bernanos- tão ligado ao Brasil pelo N tempo emque viveuno interior deMinas Gerais, durante a ocupação de seu país pelas tropas alemãs - fez a superiora do Convento diur estas sábias palavras: "0 que chamamos acaso talvez seja a16gica de Deus". -
CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL XII — Explorar, Diretamente Ou Mediante Autcrrização Ou Concessão, Os Serviços De Telégrafos, De Radiocomunicação
ESTADOS UNIDOS DO E3PASIL pp 11A OHO t SEC ANO LXXXV -- N.° 214 CAPITAL FEDERAL. QUINTA-FEIRA, 19 DE SETEMBRO DE 1946 ATOS DA ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE A Mesa da Assembléia Constituinte promulga a Con..,tituição tivas, plebiscito das populações diretamente interessadas e apro- dos Estados Unidos do Brasil e o Ato dai Disposições Cons'itu- vação do Congresso Nacional. cianais Transitórias, nos têrmos dos seus arts. 218 e 36, respectiva- Art. 3.° Os Territórios poderão, mediante lei especial, cons- mente, e manda a Vidas as autoridades, às quais coubet o conheci- tituir-se em Estados, subdividir-se em novos Territórios ou volver a mento e a execução dêsses atos, que os executem e façam executar .participar dos Estados de que tenham sido desmembrados. e observar fiel e inteiramente como nêles se contém. Art. 4 0 O Brasil só recorrerá à guerra, se não couber ou se malograr o recurso ao arbitramento ou aos meios pacíficos de Publique-se e cumpra-se em todo o território nacional.! solução do conflito, regulados por órgão internacional de segurança, de que participe; e em caso nenhum se empenhará em guerra de Rio de Janeiro, 18 de setembro de 1946, 125.° da conquista, direta ou indiretamente, por si ou em aliança com outro Independência e 58.° da Rpública. Estado. FERNANDO DE MELLO VIANNA Art. 5.° Compete à União: Presidente I — manter relações com os nstaaos estrangeiros e com Men celebrar tratados e convenções; GEORGINO AVELINO II — declarar guerra e fazer a paz; 1.° Secretário III — decretar, prorrogar e suspender o estado de sítio; IV — organizar -
O Romance-Folhetim Francês No Brasil: Um Percurso Histórico
O romance-folhetim francês no Brasil: um percurso histórico Yasmin Jamil Nadaf Instituto Cuiabano de Educação, Cuiabá, Brasil Resumo: Texto que busca resgatar e divulgar o percurso histórico do romance-folhetim da França, seu país de origem, ao Rio de Janeiro, cidade que representava o núcleo intelectual do Brasil oitocentista. Interessa-nos apontar a sua acolhida na imprensa carioca, bem como a assimilação dessa escrita pela ficção brasileira no mesmo período. Palavras-chaves: Romance-folhetim francês; Ficção brasileira; História e Crítica. Abstract: This paper aims to rescue and disclose the history of the roman-feuilleton of France, its country of origin, to Rio de Janeiro, a city that represented the intellectual core of the nineteenth Brazil. The author shows its welcome in the Rio de Janeiro’s press, as well as the assimilation of fiction written by the Brazilians in the same period. Key Words: French roman-feuilleton; Brazilian fiction; History and Criticism. O ROmance-fOlHeTIm: sua ORIgem na FRança A imprensa francesa do século XIX reservava o rodapé da página do seu jornal, geralmente a primeira, a escritos de entretenimento – artigos de crítica, crônicas e resenhas de teatro, de literatura, de artes plásticas, co- mentários de acontecimentos mundanos, piadas, receitas de beleza e de cozinha, boletins de moda, entre outros assuntos. Esse espaço a quem davam o nome de Feuilleton, que para nós traduz-se em Folhetim, nasceu da necessidade de gerar prazer e bem-estar aos leitores ou ouvintes de jornais, cansados de verem os enfadonhos reclames oficiais ocuparem as páginas dos periódicos. Isto, em decorrência da autoritária medida de Na- poleão I de restabelecer a censura à imprensa e aos livros que se haviam acostumado a respirar livremente durante a Revolução Francesa.