Contribuição Indígena Tremembé No Processo De Formação

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Contribuição Indígena Tremembé No Processo De Formação UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UEVA) PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO (PRPPG) CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS (CCH) MESTRADO ACADÊMICO EM GEOGRAFIA (MAG) CONTRIBUIÇÃO INDÍGENA TREMEMBÉ NO PROCESSO DE FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DO CEARÁ MARIA SOUZA DE ARAÚJO SOBRAL-CE 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ MESTRADO ACADÊMICO EM GEOGRAFIA CONTRIBUIÇÃO INDÍGENA TREMEMBÉ NO PROCESSO DE FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DO CEARÁ MARIA SOUZA DE ARAÚJO SOBRAL-CE 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ MARIA SOUZA DE ARAÚJO CONTRIBUIÇÃO INDÍGENA TREMEMBÉ NO PROCESSO DE FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DO CEARÁ Dissertação apresentada ao Mestrado Acadêmico em Geografia, da Universidade Estadual Vale do Acaraú, como requisito obrigatório para obtenção do Título de Mestre em Geografia. Área de Concentração: Organização, Produção e Gestão do Território no Semiárido. Linha de Pesquisa: Dinâmica territorial: campo e cidade ORIENTADOR: Prof. Dr. Luiz Cruz Lima SOBRAL/CE 2015 MARIA SOUZA DE ARAÚJO CONTRIBUIÇÃO TREMEMBÉ NO PROCESSO DE FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DO CEARÁ Dissertação defendida e aprovada em: ___/___/___ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Cruz Lima Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA (Orientador) __________________________________________________________________ Prof. Dr. José Mendes Fonteles Filho Universidade Federal do Ceará – UFC ___________________________________________________________________ Prof. Dra. Aldiva Sales Diniz Universidade Estadual Vale do Acaraú - UEVA SOBRAL/CE 2015 Dedicatória Aos meus pais Edvar (in memórian) e Tereza por me amarem incondicionalmente; Ao meu esposo Eranildo Albuquerque, que, nesse período em que estive em Casulo, esteve comigo me apoiando nas horas necessárias. De um modo especial dedico, aos Tremembé do Córrego João Pereira, Telhas e Queimadas. A todos, meus sinceros agradecimentos, pelas contribuições, ensinamentos e aprendizado nesses dois anos de idas e vindas às comunidades indígenas. AGRADECIMENTOS A realização deste trabalho não teria sido possível sem o auxílio das inúmeras pessoas que cotidianamente deram suas contribuições para o enriquecimento da pesquisa e amadurecimento desta pesquisadora. Um agradecimento especial acompanhado de um sincero pedido de desculpas pelas ausências à minha progenitora, que mesmo sem entender as razões desta pesquisa esteve ao meu lado me apoiando nos momentos mais difíceis, não permitindo que eu desistisse quando as dificuldades pareciam insuperáveis. Obrigada pelo cuidado, carinho, respeito e compreensão. Não poderia deixar de expressar minha gratidão ao meu esposo Eranildo Albuquerque, que desde a construção do pré-projeto para a seleção do Mestrado tem sido um companheiro. Sua atenção e carinho foram fundamentais durante esses dois anos da pesquisa. Em nossa caminhada acadêmica nos encontramos com diversos mestres, alguns passam quase despercebidos, outros deixam marcas que são como tatuagens, que nem mesmo o tempo consegue apagar. Assim, agradeço especialmente ao mestre Dr. Luiz Cruz Lima, por quem tenho grande apreço e admiração por sua trajetória acadêmica e pela pessoa íntegra que é. Sua cuidadosa orientação, confiança e zelo foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho. Às professoras Dr. Aldiva Diniz e Ms Tereza Vasconcelos, Dr. José Mendes Fonteles Filho, agradeço pela leitura atenciosa e contribuições propostas no artigo para o seminário de projetos e também da qualificação que muito contribuíram para o resultado final desta pesquisa. Aos professores que lecionaram disciplinas no Mestrado Acadêmico em Geografia: Fábio Cunha, Falcão Sobrinho, Isorlanda Caracristi, Aldiva Diniz, Marize Vital e Virgínia Holanda. Aos colegas da primeira turma do Mestrado Acadêmico em Geografia: Valdelúcio Fonseca, Joffre Fontenele, Francisco Ielos, José Costa, Juscelino Lima, Laerton Bernardino, Rachel Facundo, Analine Parente e Vanessa Freire. Agradeço pelos momentos juntos e pelas discussões travadas em sala de aula no período das disciplinas. Em Itarema, agradeço imensamente a recepção do chefe administrativo da Coordenação Técnica Local (CLT – FUNAI) Antônio Neto que me recebeu no escritório da CLT e também em sua casa. A este, meu profundo agradecimento pelo carinho, paciência, zelo e respeito para comigo no período em que estive coletando dados junto às comunidades indígenas e depois na tabulação dos mesmos no escritório da FUNAI. Um agradecimento especial aos sujeitos pesquisados, que não pouparam esforços para contribuir com o desenvolvimento desta pesquisa. Os Tremembé do Córrego João Pereira, Comunidade de Telhas e Queimadas meu profundo agradecimento por me receberem em suas comunidades e minha profunda admiração pela história de vida e de luta de cada comunidade indígena, bem como de todos os povos Tremembé que vivem em território cearense. Um agradecimento acompanhado de um sincero pedido de desculpas a minha amiga Cássia Sá, que por muitas vezes, colocou sua dor no bolso e se dispôs a me ajudar. Algumas vezes eu nem percebi que você precisava falar e mesmo assim você me ajudou sem de nada reclamar. Nesse período em que estivemos em Casulo escrevendo nossas dissertações nos encontramos muitas vezes para discutirmos nossas dúvidas e desilusões e foram esses encontros que permitiram fortalecer nossos laços de amizade e compreensão uma para com outra. Obrigada por me ajudar nesta caminhada que muitas vezes nos é espinhosa. À Janete Braga, agradeço por me ajudar a compreender o meu caminho. Amiga dos tempos de infância que com o tempo se tornou uma irmã. Nestes poucos rabiscos te agradeço pelo carinho, respeito, dedicação e amizade sincera durante todos esses anos, desde o nosso primeiro encontro. Ao Manoel (nosso eterno Manu) agradeço pelo trabalho primoroso com os mapas. Marcelo Mascarenhas falta-me palavras para agradecer pelo imenso carinho. Nossa amizade será eterna. Dalyne, Ilany e Deylane, Daniele Menezes, Maria Moreira, amigas de república, sempre lembrarei de vocês com carinho e afeição. Ao Fabrício Frota, Adriano e Rodrigo Souza, agradeço pelo zelo, cuidado e dedicação com que realizaram seus trabalhos na Secretaria do MAG. À Dona Antonieta, agradeço imensamente pelo carinho, cafezinhos e pelos conselhos nas horas difíceis e, sobretudo, pela dedicação e zelo com que exerce seu trabalho na Casa da Geografia. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) pela concessão de bolsa de estudo, imprescindível ao desenvolvimento e conclusão desta pesquisa. RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar a contribuição indígena Tremembé para a formação socioespacial do Ceará. Para alcançar este objetivo, elegemos como objeto de estudo as comunidades indígenas do Córrego João Pereira (Cajazeiras, Capim-açu e São José), Telhas (Itarema) e Queimadas (Acaraú). O povo Tremembé habita em território cearense desde o século XVIII, antes desse marco temporal, este povo vivia migrando desde o litoral maranhense até a costa litorânea do Rio Grande, atual estado do Rio Grande do Norte. O povo que habita estas comunidades é originário de Almofala e migrou para estas terras no século XIX, no ano de 1888 fugindo da seca dos três oito. No que se refere aos objetivos específicos da pesquisa, propomos três momentos. No primeiro, embasados por um referencial teórico dialogamos com pensadores que discutem o conceito de formação socioespacial e também com autores que versam sobre a questão indígena no Ceará. No segundo, buscamos fazer um resgate das origens Tremembé em Itarema. No período colonial, os Tremembé resistiram a presença de estrangeiros em suas terras, mesmo com ações de resistência as investidas do colonizador, no ano de 1702 foram aldeados no Aracati-Mirim e em, 1766 realdeados em Almofala, que atualmente é o núcleo central do povo Tremembé no Estado do Ceará. Para encerrar abordamos os conflitos e as disputas territoriais na demarcação da Terra Indígena que compõem as comunidades já citadas, trazendo à tona as lutas vividas pelos Tremembé até conseguirem a demarcação da Terra Indígena Córrego João Pereira, única terra demarcada e homologada até o presente momento no Estado do Ceará. PALAVRAS-CHAVE: Formação socioespacial; Ceará; Indígena; Tremembé ABSTRACT This essay aims to analyze the Tremembé Indian socio spatial contribution. By trying to achieve this objective, we have selected, as the main form of studies, the Indian communities at Córrego João Pereira (Cajazeiras, Capim-açu e São José), at Telhas (Itarema) and at Queimadas (Acaraú). The people of Tremembé community have lived at Ceará state since the XVIII century. Before that, though, they have been moving from the Maranhão coastland, to Rio Grande shore, which is in Rio Grande do Norte. Those people are originally from Almofala, and they migrated to those areas in the XIX century, in 1988, when they ran away from the dry. The study has three main purposes. Firstly, based on theories, previously studied, we have discussed through researches that have been studied and discussed about the social spatial formation, and also, about questions involving the Indians at Ceará State. Secondly, we have been looking forward to explore the origin of the Tremembé people, at Itarema town. During the colonial time, the Tremembé people resisted against the forces of foreign people in their area. Although, the Indians have resisted to the settlers attacks. In 1702, Tremembé people were settled at Aracati-Mirim, and then, in 1766, they were taken again to Almofala, where is the currently the heart of Tremembé people
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