Impacto Da Construção Ferroviária Sobre a Cidade De Lisboa

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Impacto Da Construção Ferroviária Sobre a Cidade De Lisboa Impacto da construção ferroviária sobre a cidade de Lisboa Magda Pinheiro- CEHCP-ISCTE Em 1856, quando o primeiro troço de caminho de ferro é inaugurado em Portugal, do plano de construção de estradas de 1842/1843 apenas algumas centenas de quilómetros estavam concluídas. No entanto Lisboa estava situada na foz do maior rio navegável do País e, como mais importante porto nacional, estava ligada por barco a vapor à sua segunda maior cidade, o Porto. Ao Norte Viana do Castelo, no centro Figueira Foz, ao Sul Setúbal e os vários portos do Algarve punham a capital em contacto com o litoral e com as zonas servidas por transportes fluviais. Estas circunstâncias geográficas explicam em parte que os primeiros projectos de construção ferroviária tivessem por objectivo uma ligação com a fronteira de Espanha. Ao analisar a rede ferroviária portuguesa é-se inevitavelmente levado a concluir que a sua construção contribuiu, a partir dos anos sessenta do século XIX, para aumentar o fosso entre a velocidade de crescimento demográfico do País e a da sua capital1. A rede ferroviária, construída após 1853, tem o seu ponto de partida em Lisboa e em menor medida no Porto, desenvolvendo-se por ramificação. Esta forma arborescente facilita as trocas entre Lisboa e os diversos pontos do interior ao mesmo tempo que mantém as dificuldades de comunicação entre as diversas zonas situadas longe da plataforma costeira. Em termos de crescimento económico poder-se-à ainda considerar relevante o facto de, em 1897, o preço da condução das mercadorias e passageiros desde as sedes de concelho até às estações ferroviárias ser ainda muito elevado, exprimindo a baixa densidade de caminhos de ferro e a permanência de um défice na construção de estradas2 . Os constrangimentos que produziram esta rede ferroviária têm de origens variadas e em grande parte preexistentes à sua construção. Num contexto de penúria financeira as escolhas foram feitas no sentido de concentrar um máximo de procura de transporte em cada linha e não de fornecer o melhor serviço a cada zona ou localidade. O resultado não foi revolucionário pois apenas acentuou características existentes de longa data que faziam de Lisboa uma cidade mais facilmente ligada ao exterior do que ao interior do País. Os interesses das companhias ferroviárias, que procuravam defender o seu tráfico ou o escoamento de produtos de companhias com administradores comuns, tiveram o seu papel mas também será relevante lembrar que a rede ferroviária se instala num contexto de concorrência portuária em que a estratégia de transformar Lisboa num porto com importância ibérica e internacional também contou. A transformação de Lisboa num grande porto internacional, recuperando posições de redistribuição de géneros coloniais perdidas, permanecerá um grande desígnio para Portugal ao longo de todo o século XIX. Se invertermos a perspectiva e quisermos analisar o contributo dos caminhos de ferro para a expansão urbanística na actual área metropolitana, então é forçoso considerar Lisboa uma capital ainda hoje muito mal servida em linhas férreas. A própria ligação de Lisboa à rede de caminhos de ferro nacional é defeituosa não existindo uma ligação directa à rede de Sul e Sueste mesmo depois da inauguração, em 1999, do caminho de ferro sobre a ponte Vinte Cinco de Abril. A história desta relação não se avalia no entanto só em termos dos resultados ( manifestem–se eles pela positiva ou por uma negativa expressa em termos de inexistência) e teve um pulsar que procuraremos explicitar nesta comunicação. Esse pulsar associa as elites de políticos e engenheiros que delinearam as vias férreas e dirigiram a sua construção, encontrando os recursos para a levar a cabo, aos milhares de trabalhadores que as construíram. As primeiras escolhas 1853-1866 Lisboa, sendo uma cidade situada na embocadura de um rio navegável tem na amplitude desse rio um limite geográfico muito marcado. Em 1846 o engenheiro Dupré afastou a ideia de fazer seguir o caminho de ferro pela margem esquerda do rio considerando a localização no Cais dos Soldados como a mais desejável. Salientou que “ As cidades capitais “eram” essenciais no rendimento dos caminhos de ferro e haveria uma grande quebra nos rendimentos do caminho de ferro Luso- Espanhol se, porventura, a capital ficasse separada do seu ponto de partida, não só por uma distância de mais de três léguas, mas pelo inconveniente da defesa de um trajecto que era algumas vezes difícil, muitas vezes moroso, e outras impossível”3. Em 1852, com a partida pela margem direita assegurada, o engenheiro inglês Rumball, considerou a localização da estação na zona ribeirinha como pondo problemas de expropriações de terrenos industriais, sendo passível de inundações e cortando a zona oriental da cidade do rio. Propôs que a gare se situasse no nordeste da cidade, no largo do Intendente, e daí se dirigisse a Sacavém. Esta opção não contemplava as necessidades de um embarque de mercadorias provenientes do caminho de ferro e foi abandonada, primeiro em proveito do cais das Carvoarias ( 1853), depois do cais dos Soldados (1855). O Estado aceitou a existência de despesas extraordinárias com expropriações e com aterros. A opção de instalar o terminus do caminho de ferro na zona ribeirinha oriental de Lisboa veio reforçar a expansão da cidade nesse eixo4. Houve, é certo, um corte em relação ao rio mas o cais do caminho de ferro era, em 1865, um dos poucos acostáveis da cidade5. Esta opção também duplicava o trajecto até então feito rio a baixo e rio acima por barcos a vapor e faluas que no entanto sobreviveram longamente no transporte de mercadorias6. O troço comum às linhas de Norte e de Leste estendeu-se até ao Entroncamento e veio a servir também o ramal de Cáceres (1882) e as linhas da Beira Alta (1882 )e Beira Baixa (1897). Viadutos, aterros e trincheiras à saída de Lisboa foram difíceis de construir, e as crises demográficas originadas pelo cólera ( 1855) e pela febre amarela (1857) abateram-se sobre os trabalhadores tornando necessária a instalação de um hospital de campanha. No entanto as dificuldades iniciais não nos podem fazer esquecer a lógica da implantação escolhida face aos objectivos finais da construção da linha e até às localizações da indústria na cidade7. Ainda antes da crise de 1856 foi aprovada a construção de uma linha de caminhos de ferro em direcção ao Alentejo e ao Algarve. Neste caso a gare terminal foi a, 26 de Agosto de 1854, provisoriamente estabelecida no Barreiro, na margem esquerda do Tejo, onde ainda hoje permanece8. Em 1861 o primeiro troço abriu à circulação ligando o Barreiro às alturas de Bombel e em 23 de Janeiro de 1861 o caminho de ferro chegava a Vendas Novas e a Setúbal para só atingir o Algarve em finais dos anos oitenta. Os trabalhos de construção de uma linha de caminho de ferro de lazer ligando Lisboa a Sintra, falada desde 1851, foram solenemente inaugurados em 1855 junto à Torre de Belém9. O caminho de ferro deveria partir de um cais que se estendia até junto ao do Arsenal de Marinha, que a empresa se propunha também construir, e dirigir-se a Sintra por Barcarena. A construção desta linha, em direcção a Sintra, foi vítima da luta entre o Crédit Mobilier dos irmãos Pereire e o banqueiro Prost sendo abandonada para só ser construída, com outro trajecto, 32 anos mais tarde10. Assim em 1866 Lisboa tinha apenas uma estação ferroviária onde desembocava o tráfico vindo das linhas do Porto e de Leste. Esta última ligava a cidade a Madrid por Elvas e Alcazar de San Juan. A estação ferroviária de Santa Apolónia, cuja primeira pedra foi lançada em 1862, e cuja inauguração se fez no 1º de Maio de 1865, foi desenhada por engenheiros portugueses e espanhóis e não se tornou num edifício arquitectonicamente marcante na cidade. Era servida por uma ponte cais e estava parcialmente construída num aterro. Em frente à estação formou-se um largo. O tráfico proveniente das linhas de Sul e Sueste era trazido no vapor até ao cais da Alfândega, junto ao Terreiro do Paço, onde não existia uma estação definitiva para o receber. A crise financeira que se abateu na Primavera de 1866 sobre as companhias ferroviárias teve reflexos noutras obras públicas provocando o desemprego de muitos milhares de trabalhadores. Em Março e Abril de 1868 atingiu o seu auge quando um grande bando precatório percorreu as ruas da cidade pedindo pão e trabalho 11. Junto à estação de Santa Apolónia foi estabelecida em meados dos anos sessenta uma oficina de reparações e construção de vagons. Esta ardeu, em 1895, após um conflito laboral em torno de um novo regulamento de trabalho12. A oficina da Companhia Real tinha então 600 trabalhadores e, na pobreza do panorama industrial do país, era uma unidade de grandes dimensões. Contribuía também para a feição marcadamente industrial da zona oriental da cidade13. Jorge Custódio considera que o caminho de ferro constituiu um elemento fundamental no crescimento da zona industrial que se estende até Sacavém e Santa Iria, as empresas podendo beneficiar da instalação de ramais particulares. Na margem esquerda do Tejo, a oficina dos caminhos de ferro de Sul e Sueste foi sendo sucessivamente ampliada pelos engenheiros portugueses e constituiu um importante foco de mão de obra especializada na metalurgia no Barreiro mas foi sempre muito mais pequena do que de Santa Apolónia14. A presença do caminho de ferro no Barreiro tem sido associada ao crescimento da grande viticultura nos campos que se estendem até Pinhal Novo. A margem Sul era ainda, se excluirmos os núcleos antigos das sedes de concelho e alguns lugares que se começavam a industrializar, largamente agrícola. Até ao fim dos anos setenta esta situação não conheceu nenhuma alteração e o contributo dos caminhos de ferro para a transformação urbanística da cidade de Lisboa não se traduzira em grandes novidades.
Recommended publications
  • Plano De Mobilidade E Transportes De Albufeira Fase 3 – Planos De Ação E Monitorização
    Plano de Mobilidade e Transportes de Albufeira Fase 3 – Planos de Ação e Monitorização ÍNDICE 1. NOTA INTRODUTÓRIA ............................................ 11 1.1. ENQUADRAMENTO .................................................................................................................... 11 1.2. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PMT DE ALBUFEIRA .......................................................................... 11 1.3. METODOLOGIA E FASEAMENTO .................................................................................................... 12 1.4. ORGANIZAÇÃO DO PRESENTE RELATÓRIO ....................................................................................... 14 2. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO ..................................... 15 2.1. ENQUADRAMENTO .................................................................................................................... 15 2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO 1 – ARTICULAR A POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E USOS DO SOLO COM O PLANEAMENTO DE TRANSPORTES ................................................................................................. 16 2.2.1. Enquadramento e Linhas de Orientação ......................................................................................................... 16 2.2.2. LO 1.1. – Definir requisitos para a localização de novos polos geradores/atractores de deslocações .................. 17 2.2.3. LO 1.2. – Promover a elaboração de estudos de mobilidade e transportes ....................................................... 19 2.2.4. LO 1.3.
    [Show full text]
  • PLANO NACIONAL DE IMPLEMENTAÇÃO Do ERTMS
    PLANO NACIONAL DE IMPLEMENTAÇÃO do ERTMS (22-06-2017) ÍNDICE 1 ENQUADRAMENTO ............................................................................................................................... 3 2 ESTRATÉGIA ........................................................................................................................................... 3 3 PLANOS DE IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................................................. 4 3.1 Planeamento ................................................................................................................................. 4 3.2 Curto Prazo ................................................................................................................................... 4 3.2.1 No âmbito da Sinalização, ETCS e ATP .................................................................................. 4 3.2.2 No âmbito das Telecomunicações ........................................................................................ 7 3.3 Médio Prazo .................................................................................................................................. 8 3.4 Longo Prazo ................................................................................................................................... 9 4 OPERADORES FERRÓVIARIOS ............................................................................................................. 10 4.1 CP - Comboios de Portugal, E.P.E ...............................................................................................
    [Show full text]
  • Estudos De História Empresarial De Portugal O Setor Ferroviário
    Série Documentos de Trabalho Working Papers Series Estudos de História Empresarial de Portugal O setor ferroviário Ana Tomás Nuno Valério DT/WP nº 68 (GHES –CSG–ISEG –ULisboa) ISSN 2183-1785 Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade de Lisboa Estudos de História Empresarial de Portugal O setor ferroviário Ana Tomás Nuno Valério (GHES – CSG – ISEG – ULisboa) Resumo Este documento de trabalho pretende ser o primeiro de um conjunto a preparar e publicar nos próximos anos, tendo como objetivo final elaborar uma História Empresarial de Portugal. Nele é sintetizada a evolução do setor dos caminhos-de-ferro em Portugal, quer sob a ótica da disponibilidade de serviços ferroviários, quer sob a ótica das empresas que construíram as infraestruturas ou prestaram esse serviço. Abstract This working paper aims to be the first one of a set to be prepared and published along the next years, with the final purpose of preparing a Business History of Portugal. It summarizes the evolution of the railroad sector in Portugal, both from the perspective of the availability of the railway service, and from the perspective of the firms that built the infrastructure or provided that service. Palavras-chave Portugal, caminhos-de-ferro, empresas ferroviárias. Keywords Portugal, railroads, railway firms. Classificação JEL / JEL classification L92 – caminhos-de-ferro e outros transportes de superfície / railroads and other surface transports 1 Plano Apresentação geral O setor ferroviário 1 – Projeto na década de 40 do século XIX 2 – A construção da rede
    [Show full text]
  • Research Report
    MARVILA/BEATO RESEARCH REPORT João Carlos Martins João Mourato Institute of Social Sciences University of Lisbon Document produced for the Horizon 2020 project ‘ROCK’. Year: 2018. Status: Final. Disseminaon Level: Public. 1 Contents Figures Graphics Tables Introduction 1 Intervention Area 1.1 ROCK integration on Lisbon: 1998-2018. Between planning and the constructed city. Territorial Management, Strategic Plans. From late 1990’s to contemporary practices. Eastern Waterfront of Lisbon 1.2 ROCK Space, Internal borders, urban frontiers and mobilities 1.2.1 Zone 1: Marvila’s Library and Alfinetes Palace. PRODAC, Quinta do Chale, Cooperative Housing and Palace, Alfinetes and Marques de Abrantes Areas 1.2.2 Zone: 2: Island. Marvila and Beato Island Areas 1.2.3 Zone 3: Harbour. Marvila and Beato Harbour Areas 2 Socioeconomic Outline 2.1 Demographic features: people and families 2.2 Old and New Economic profiles 3. Built Space, Green Spaces and Voids 3.1 Housing Stock: Private and Public Funded Initiatives 3.2 Heritage and Culture related Spaces 3.3 Local Agriculture and Lisbon´s Green Belt. Urban Voids, empty spaces and future perspectives 4. Political and Institutional Outline 4.1 Elected governments and other political groups in Marvila and Beato 4.2 Local based groups. Public Funded initiatives and projects References 2 Figures Figure 1 Soil uses of Chelas Masterplan. Font: Gabinete Técnico da Habitação, CML Figure 2 ROCK Zones and Areas Figure 3: Zone 1 Library and Palace Figure 4: Bairro Chines Graffiti Figure 5: Collective Toilet on Bairro do Chines in the 1960’s. Figure 6: Library and Alfinetes Area Figure 7 Bairro Chines on the 1960’s Figure 8: Bairro Chines today.
    [Show full text]
  • O Transporte Ferroviário De Passageiros E De Mercadorias
    O TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS E DE MERCADORIAS Manuel Seabra Pereira Ordem dos Engenheiros, 12 Janeiro 2012, Lisboa Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica Para reflexão • Quais as mudanças que o sistema ferroviário (SF) enfrenta • Quais as implicações: – Tecnológicas, demográficas, estruturais, legais e financeiras e no domínio regulatório • Identificar aspectos de: – Atractividade, custos, segurança – O comboio é um modo de transporte fiável, ambientalmente limpo e competitivo, • Sector mais ágil e competitivo – Implementação de novos enquadramentos legais, económicos e financeiros • Desenvolver conhecimento, aptidões e competências investindo em: – Investigação e desenvolvimento – Actualização tecnológica • Novos talentos e pessoal qualificado com ambições para enfrentar os desafios do SF. Ordem dos Engenheiros, 12 Janeiro 2012, Lisboa 2 Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica Indicadores • Declives – Passageiros < 30 m/km – Mercadoria 12 – 18 m/km • Massa/passageiro – Inter-cidades 1000 kg/pass – Suburbano 240 kg/pass • Cargas por eixo 22.5 - 30 t • Reperfilagem de rodados 0.2-1.0 x106 km • Velocidade de detecção de defeitos 40-80 km/h • Ruído exterior (25 m) 90 dBA • Ruído interior 65 dBA • Crashworthiness: Energia absorvida na frente 5 MJ • Custos – Metro 4.5 M€ – LRV 2.5 M€ – Locomotivas 4 M€ – Nova linha convencional 3 M€/km – Reconversão bitola ibérica p/ bitola europeia .45 M€/km Ordem dos Engenheiros, 12 Janeiro 2012, Lisboa 3 Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica Pontos fortes do SF 1. Mais eficiente energéticamente e o mais amigo do ambiente – Um passageiro a viajar num comboio gasta 3 a 10 vezes menos combustivel por km que um passageiro no sistema rodoviário 2.
    [Show full text]
  • A Linha Do Douro: Importância No Plano Económico E Demográfico Da Região Duriense
    Nuno André Cerqueira Esteves A Linha do Douro: Importância no plano económico e demográfico da região duriense Relatório final de Estágio pedagógico no Mestrado de Ensino em História e Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Secundário , orientada pelo Doutor António Campar de Almeida e coorientada pelo Doutor Fernando Taveira da Fonseca, apresentado à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 2013 1 Faculdade de Letras A Linha do Douro - importância no plano económico e demográfico da Região Duriense Relatório Final de Estágio Pedagógico em Ensino de História e de Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Ficha Técnica: Tipo de trabalho Relatório de estágio pedagógico Título A Linha do Douro: Importância no plano económico e demográfico da Região Duriense. Autor Nuno André Cerqueira Esteves Orientador António Campar de Almeida Coorientador Fernando Taveira da Fonseca Júri Presidente: Doutor João Paulo Cabral de Almeida Avelãs Nunes Vogais: 1. Doutora Irene Maria de Montezuma de Carvalho Mendes Vaquinhas 2. Doutor Paulo Manuel de Carvalho Tomás 3. Doutor António Campar de Almeida Identificação do Curso 2º Ciclo em Ensino de História e Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Secundário Área científica História Especialidade/Ramo Geografia Data da defesa 22-10-2013 Classificação 16 valores 2 Dedicatória Á minha avó Angelina por ter rezado por mim até à sua partida e ao avô e avó Cerqueira por me terem criado e ensinado os valores da vida. 3 Agradecimentos Aos meus Orientadores da Faculdade de Letras, Professor António Campar de Almeida e o Professor Doutor Fernando Taveira da Fonseca.
    [Show full text]
  • Atlas Do Sado Processo De Recriação De Uma Infraestrutura Férrea Desativada
    PT | P02 | EP13 | s2018 Atlas do Sado Processo de recriação de uma infraestrutura férrea desativada Raquel Vicente [email protected] Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal Para citação: VICENTE, Raquel – Atlas do Sado. Processo de recriação de uma infraestrutura férrea desativada. Estudo Prévio 13. Lisboa: CEACT/UAL - Centro de Estudos de Arquitetura, Cidade e Território da Universidade Autónoma de Lisboa, 2018. ISSN: 2182- 4339 [Disponível em: www.estudoprevio.net]. DOI: https://doi.org/10.26619/2182-4339/13.3 Creative Commons, licença CC BY-4.0: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Artigo recebido a 15 de fevereiro de 2018 e aceite para publicação 15 de abril de 2018. Resumo A perceção de um lugar é determinada por vários fatores. À primeira vista, olhamos para as partes que o definem enquanto elementos individuais, diferentes uns dos outros. Somente quando são agrupados lado a lado como fragmentos, revelam o que os relaciona indiretamente. É através de uma interpretação experimental e coletiva do território do rio Sado que o presente trabalho se desenvolve. Alcácer do Sal apresenta-se hoje, dentro do cenário nacional, como um lugar em esquecimento, apesar de todas as qualidades que constituem o seu território. Como construir uma nova possibilidade para a cidade e como potencializar o seu significado foram as primeiras questões levantadas. É a partir da descoberta de, aproximadamente, quarenta quilómetros de uma infraestrutura férrea parcialmente descativada que o processo se inicia. O trabalho “Atlas do Sado”, resulta de duas condições distintas: da situação real desta infraestrutura e do processo de descoberta do território onde se implanta.
    [Show full text]
  • I.0 Tino —Setembro De 1929 N.0 3 BOLETIM DA C. P. ÓRGÃO DA
    I.0 Tino —Setembro de 1929 N.0 3 BOLETIM DA C. P. ÓRGÃO DA INSTRUÇÃO PROFISSIONAL DO PESSOAL DA COMPANHIA PUBLICADO PELA DIRECÇÃO DA COMPANHIA S U M Á R. I O Apreciaçào e comparação de Caminhos de Ferro.—Armazéns de Víveres.—A C. P., desde a sua origem. — Estatísticas referentes a 1929. — Consultas.— As môscas (Continuação). — Agricultura e jardinagem. — Um consultório de dentista instalado numa carruagem construída para ôsse fim. —Concursos entre jardins de estações. —Keconstituíçào da locomotiva 0 Fogueie de Jorge Stephenson.—Nova estaçào de Búfalo.—Educação o instrução. — Agentes que completam êste môs 40 anos de serviço. — Louvor,—Ileíormas. — Falecimentos. Apreciação e comparação de Caminhos de Ferro II A antiga rêde da Companhia tem como linhas prin- cipais as linhas de Leste, Norte, Oeste e Beira-Baixa, No artigo precedente acèrca dos elementos de com- num total de 960 Qm., em que a linha de Oeste com a paração de rêdes de caminhos de ferro em exploração, do Norte forma uma grande malha. ocupámo-nos dos números estatísticos que traduzem Destas linhas partem os seguintes ramais ou linhas o volume de tráfego duma rêde. secundárias: ramal de Alcântara, linha Urbana, linha Para comparar rêdes diversas, é indispensável co- de Cintura; linha do Setil a Vendas-Novas, ramal de nhecer, além da sua extensão e do volume ou quanti- Cáceres, linha de Tomar, linha da Figueira da Foz, dade de tráfego, também as condições em que a ex- ramal de Coimbra e linha da Louzã, que formam ape- ploração é feita e quais os seus resultados financeiros.
    [Show full text]
  • Contrato 2005
    CONTRATO DE CONCESSÃO PARA A EXPLORAÇÃO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE SUBURBANO DE PASSAGEIR0S NO FIXO FERR0vIÁRI0 NORTE-SUL 2 tNDICE CONSIDERANDOS PARTE 1- OBjEcro E ÂMBITO DA CONCESSÃO 1.0 — Definições 2.’ — Objecto da Concessão 3•a — Outras actividades integradas no objecto do contrato 4.’ — Prazo da Concessão 5a — Prestações de serviço público 6.’ — Regime do risco 7•0 — Reposição do equilíbrio financeiro 8.0 — Tarifário — Responsabilidade do Concessionário perante terceiros 10.0 — Exclusividade lia — Estabelecimento da Concessão 12.0 — Contratos Acessórios PARTE II- DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE A EXPLORAÇÃO CAPÍTULO 1- INFRA-ESTIUJTURAS 13.’ — Utilização da infra-estrutura 14í — Tarifa pela utilização da Infra-estrutura e outros pagamentos 15.’— Utilização e gestão das estações, interfaces, parques e silos de estacionamento 16.’ — Canal Horário e Horário Técnico CAPÍTuLo II- MATERIAL CIRCULANTE 3 17i— Manutenção do Material Circulante 3•a — Implementação de estrutura de locação 19.— Aquisição de Material Circulante CAPÍTULO III - PRINcÍPIOS E OBRIGAÇÕES DE EXPLORAÇÃO 20Y — Princípios da exploração — Sistemas e manuais 22) — Regulamentos e normativos de segurança 23.a — Indicadores da qualidade da oferta 24.a — Estatísticas e indicadores — Relacionamento com os passageiros PARTE III - OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DO CONCESSIONÁRIO 26.a — Informação contabilística e financeira 27!’ — Seguros 28!’ — Acordos com entidades de protecção civil PARTE IV - OBRIGAÇÕES RESPEITANTES À SOCIEDADE CONCESSIONÁRIA — Estrutura da Sociedade Concessionária 30!’ — Obtenção de licenças e outras certificações PARTE V - FISCALIZAÇÃO E MONITORIZAÇÃO 31!’ — Fiscalização e monitorização 32!’a — Obrigações de informação 33 — Intervenção directa do Concedente PARTE VI - RESGATE E FORÇA MAIOR 34!’ — Resgate 4 35” — Força maior PARTE VII- INCUMPRIMENTO DO CONTRATO E SUAS CONSEQUÊNCIAS 36.”—.
    [Show full text]
  • Official Journal C 122 Volume 40 of the European Communities 19 April 1997
    ISSN 0378-6986 Official Journal C 122 Volume 40 of the European Communities 19 April 1997 English edition Information and Notices Notice No Contents page I Information Commission 97/C 122/01 Publication of main points of decisions to grant financial assistance under Regulation ( EC ) No 1164/94 establishing a Cohesion Fund 1 EN Price: ECU 25 19 . 4 . 97 EN Official Journal of the European Communities No C 122/1 I (Information) COMMISSION Publication of main points of decisions to grant financial assistance under Regulation ( EC ) No 1164/94 establishing a Cohesion Fund ( 97/C 122/01 ) LIST OF PROJECTS Page Page SPAIN 95/09/61 /005 80 96/11/61/007 2 96/09/61/085 81 96/11/61/009 4 96/11/61 /012 7 93/09/65/011 and 94/09/65/011 83 96/11/61 /015-017 10 96/11/61 /019-1 15 94/09/65/010 85 96/11/61 /019-2 17 94/09/65/0 12a and 012b 87 96/11 /61/020 19 94/09/65/012-c 89 96/11/61 /021 21 94/09/6 5/0 12-d 91 96/11/61 /023 24 94/09/65/0 12-e 92 96/11/61/024 26 94/09/65/0 12-f 94 96/11/61/026 30 94/09/65/0 13-a 95 96/11/61 /027 35 94/09/65/0 13-b 97 96/11 /61 /030-1 38 94/09/65/028-a 99 96/11 /61/030-2 41 94/09/65/028-b 100 96/ 11 /61 /036 45 94/09/65/028-c 102 96/11 /61/038 47 96/11 /61 /051 49 96/11/61/052 53 IRELAND 95/07/65/006 104 GREECE 93/09/61/023 57 93/09/61 /044 .
    [Show full text]
  • Centro De Estudos Interculturais Klçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçzxc Repositório De Conteúdos Dos Periódicos Vbnmqwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmq Fevereiro De 2017
    Qwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwert yuiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopa sdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdfghj Centro de Estudos Interculturais klçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçzxc Repositório de Conteúdos dos Periódicos vbnmqwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmq Fevereiro de 2017 (página em construção) wertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwerty Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto uiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopas dfghjklçzxcvbnm qwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwert yuiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopa sdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdfghj klçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçzxc vbnmqwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmq wertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwerty Conteúdo Análise Social – Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Nº 107 Vol. XXV Ano 1990 ........................................................................... 17 Análise Social – Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Nº 111 Vol. XXVI Ano 1991 .......................................................................... 18 Análise Social – Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Nº 112 e 113 Vol. XXVI Ano 1991 .............................................................. 19 Análise Social – Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Nº 114 Vol. XXVII Ano 1991 ........................................................................ 21 Análise Social – Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Nº 121 Vol. XXVIII Ano 1993 ......................................................................
    [Show full text]
  • Leading Lisbon Against Carbon Emissions a Paradigm Shift in Urban Mobility
    Susana Carvalho, Nuno Domingues, Jorge Lucas, Afonso Sebastião, Leading Lisbon against carbon emissions, 45th ISOCARP Congress 2009 Leading Lisbon against carbon emissions A paradigm shift in Urban Mobility Introduction and Framework One of the EU concerns transmitted in the Commission Communication of 15 May 2001 – Sustainable Development in Europe for a Better World: European Union Strategy, in favour of sustainable development, states that “Traffic congestion has been increasing rapidly and is reaching a situation of paralysis. This phenomenon essentially affects urban areas which are also facing other problems such as, for example, city centre degradation, expansion of suburban areas and concentration of serious poverty and social exclusion”. The Stockholm European Council, in March 2001, determined that the Lisbon Strategy should be completed with the inclusion of an environmental dimension, thus bringing together the three dimensions of sustainable development - economic development, social cohesion and environmental protection. This policy guideline was put into practice by the Gothenburg European Council in June 2001, with the adoption of the EU sustainable development strategy, which recognised the need for urgent action to be taken in four priority intervention areas: climate change, sustainable transport, public health risks and natural resources. An increase in internal wealth of a country leads to an increase in car ownership, given that cars are associated with a certain social status. However, it can be seen that in countries with a higher Gross Domestic Product (GDP) people are more environmentally aware, opting in much larger percentages for the use of public transport (PT). In Portugal, there has been a reduction in the annual rate of increase in wealth production since 2000; this, however, has not been accompanied by a corresponding reduction in primary energy consumption and in greenhouse gas emissions ( Relatório de Estado do Ambiente, 2006 ).
    [Show full text]