Universidade De São Paulo Faculdade De Filosofia, Letras E Ciências Humanas Departamento De História Programa De Pós-Graduação Em História Social

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Universidade De São Paulo Faculdade De Filosofia, Letras E Ciências Humanas Departamento De História Programa De Pós-Graduação Em História Social UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Tese em co-tutela com a Università degli Studi di Padova Dipartimento di Scienze Storiche, Geografiche e dell’Antichità IDENTIDADES POLÍTICAS E POLÍTICAS IDENTITÁRIAS NA GÁLIA MEROVÍNGIA E HISPÂNIA VISIGODA Le identità politiche e politiche identitarie in Gallia Merovingia e Hispania Visigota Verônica da Costa Silveira Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de Doutora em História Social Orientadores: Prof. Dr. Marcelo Cândido da Silva Profa. Dra. Maria Cristina La Rocca São Paulo 2015 Para Nair de Almeida Costa A melhor avó que alguém poderia ter 2 Resumo A pesquisa se dedica ao estudo comparado das construções identitárias como estratégias políticas no cenário de polarização política da Gália Merovíngia e Hispânia Visigoda a partir da análise de diversos gêneros narrativos: Historiae, Leges, Hagiografias. O argumento defendido é que os discursos identitários, especificamente aqueles em torno da Gens Francorum e da Gens Gothorum, eram deliberadamente plurais uma vez que voltados para resolução de conflitos que se desenvolviam no plano político. Palavras-chave: Gália Merovíngia; Hispânia Visigoda; identidades; política Abstract The research is a comparative study about the construction of identities as political strategies in the context of political polarization of Merovingian Gaul and Visigothic Hispania. Working with the analysis of diverse narrative genrers as Historiae, Laws and Hagiographies the inquiry aims to indicate the deliberate plurality of the identity discourses in the Gens Francorum and the Gens Gothorum due to the complexity and diversity of political issues. Keywords: Merovingian Gaul; Visigothic Hispania; identities, politics Compendio La ricerca è dedicata allo studio comparativo delle costruzioni identitarie, come strategie politiche nello scenario di polarizzazione politica della Gallia Merovingia e Hispania Visigota, per mezzo dell'analisi di diversi generi narrativi. Il punto sollevato è che i discorsi sull’identità, in particolare quelli sulla Gens Francorum e sulla Gens Gothorum, erano volutamente diversi in quanto dedicati a risolvere una serie di questioni politiche variabili. Parole chiave: Gallia Merovingia; Hispania Visigota; identità; politica 3 Índice Lista de Mapas, tabelas, imagens e gráficos .................................................................. 6 Agradecimentos .................................................................................................................... 8 Introdução .......................................................................................................................... 11 OS GODOS E OS FRANCOS ....................................................................................... 21 CAPÍTULO I – Em busca dos godos e dos francos ............................................................ 22 Os godos e os francos: as narrativas das migrações ........................................................... 23 Posicionamento da pesquisa na historiografia ..................................................................... 53 Apontamentos teórico-metodológicos .................................................................................... 74 Identidades étnicas – o problema das migrações bárbaras na historiografia ............... 86 DEFININDO OS SUJEITOS ....................................................................................... 102 Capítulo II – A realeza ........................................................................................................... 103 Os reis francos e os reis visigodos da legitimidade teórica à prática ........................... 103 A realeza cristã na historiografia ......................................................................................... 105 A teoria política cristã na historiografia sobre a Gália Merovíngia e a Hispânia Visigoda .................................................................................................................................................................... 113 Os reis ........................................................................................................................................ 121 Isidoro de Sevilha e os reis visigodos ........................................................................................... 124 Isidoro de Sevilha, Viterico e a nobreza “goda” de Mérida ................................................... 126 Gundemaro e as epístolas de Bulgarano ....................................................................................... 132 Sisebuto e Isidoro de Sevilha ........................................................................................................... 135 A fragilidade dos reis .......................................................................................................................... 141 Os reis francos – estratégias de uma dinastia ............................................................................. 148 Alianças estratégicas e a autoridade dos reis francos ............................................................... 149 A divisão de 561 ................................................................................................................................... 155 Clotário II e as oposições regionais – a gens francorum num contexto de disputas ..... 161 Capítulo III – A Nobreza ....................................................................................................... 171 Um grupo difícil de nomear: aristocratas, nobres ou élites? .................................................. 171 A nobreza ................................................................................................................................................ 179 As tantas faces das gentes – a gens gothorum e a gens francorum à luz das disputas políticas da Gália Merovíngia e da Hispânia Visigoda ........................................................... 210 Capítulo IV – Definindos os sujeitos: as contribuições da arqueologia ...................... 213 Quadro geral da distribuição demográfica na Hispania .......................................................... 214 Os Godos na Hispânia ........................................................................................................................ 220 O nascimento dos “francos” – as contribuições da arqueologia ........................................... 236 A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA ........................................................................... 246 Capítulo V – As Histórias ...................................................................................................... 247 1. Das possibilidades da narrativa histórica na Alta Idade Média ............................... 247 2. A “narrativa dos tempos” ................................................................................................. 251 Os godos na história e a construção e uso da memória na Hispania Visigoda – João de Biclaro, Isidoro de Sevilha e Juliano de Toledo ................................................................ 254 Os francos nas Historiae da Gália Merovíngia – a memória das origens ................... 279 A Chronica de Fredegário ..................................................................................................... 301 O liber Historiae Francorum ................................................................................................ 325 Manuscritos ............................................................................................................................................ 325 O Liber Historiae Francorum – a força de elites locais e o predomínio das identidades regionais .................................................................................................................................................. 331 Capítulo VI – Hagiografias ................................................................................................... 359 4 I. A vida dos santos, a vida política dos santos ................................................................. 359 2. A especificidade das Hagiografias ............................................................................................ 364 II. Hagiografias visigodas ...................................................................................................... 367 1. Problemas gerais da tradição manuscrita das hagiografias visigodas ............................ 368 2. Os santos visigodos – contrastes e alianças entre poderes locais e poderes centrais nas Vitas Sanctorum Patrum Emeretensium ....................................................................................... 375 3. Isidoro de Sevilha e memória familiar no De Viris Illustribus ........................................ 381 III. Hagiografias Merovíngias .............................................................................................. 387 1. Problemas gerais da tradição manuscrita das hagiografias Merovíngias ..................... 387 2. A Vita Columbani – política e santidade na Gália Merovíngia ....................................... 398 3. A realeza e a santidade na Gália Merovíngia ..................................................................... 417 4. Nobres santos, santos nobres – nobreza
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