Viana Do Castelo» Baptismo Do

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Viana Do Castelo» Baptismo Do PUBLICAÇÃO OFICIAL DA MARINHA • Nº 434 • ANO XXXIX SETEMBRO/OUTUBRO 2009 • MENSAL • € 1,50 BAPTISMOBAPTISMO DODO N.R.P.N.R.P. ««VIANAVIANA DODO CASTELOCASTELO»» Fotografias Antigas, Inéditas ou Curiosas Milhares de jovens tiveram o seu primeiro con- tacto com a Marinha na Escola de Alunos Mari- nheiros (EAM) que esteve instalada, cerca de seis décadas (1938-1996), na Quinta das Torres, em Vila Franca de Xira. Converter os mancebos que lhe são confiados em bons militares e bons cidadãos a fim de bem servi- rem a Pátria e a Armada, foi a missão da Escola. A recruta mais propriamente denominada a Ins- trução Militar Básica, terminava com o Juramento de Bandeira, evento este de alto significado não só para os alunos como também para o sempre eleva- díssimo número dos respectivos familiares e ami- gos, alguns vindos propositadamente do estrangeiro onde se encontravam emigrados. A foto acima apresentada, datada de 1976, capta o momento em que, terminada a cerimónia do Ju- ramento, os 750 alunos saem da EAM e entram na Parada das Escolas Técnicas do Grupo nº 1, prontos para iniciar a sua formação técnica e tornarem-se dignos Marinheiros da Armada Portuguesa. Esta imagem, que jamais se repetirá neste local, faz parte da História da Marinha e da memória dos muitos que frequentaram ou prestaram serviço nas Escolas da Marinha em Vila Franca. SUMÁRIO Publicação Oficial da Marinha Periodicidade mensal Nº 434 • Ano XXXIX 5 Setembro/Outubro 2009 Baptismo do Director NRP “Viana do Castelo” CALM EMQ Luís Augusto Roque Martins Chefe de Redacção CMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira Redacção 2TEN TSN Ana Alexandra Gago de Brito Secretário de Redacção SAJ L Mário Jorge Almeida de Carvalho 9 Colaboradores Permanentes Viagens de Instrução CFR Jorge Manuel Patrício Gorjão CFR FZ Luís Jorge R. Semedo de Matos CFR SEG Abel Ivo de Melo e Sousa 1TEN Dr. Rui M. Ramalho Ortigão Neves Administração, Redacção e Publicidade Revista da Armada 16 Edifício das Instalações Centrais da Marinha Farol de Cacilhas Rua do Arsenal 1149-001 Lisboa - Portugal Telef: 21 321 76 50 Fax: 21 347 36 24 Endereço da Marinha na Internet http://www.marinha.pt e-mail da Revista da Armada [email protected] 20 Fotocomposição, paginação electrónica, fotolito, Oito Décadas da Marinha montagem e produção na Quinta das Torres Página Ímpar, Lda. 1925-2009 Estrada de Benfica, 317 - 1º F 1500-074 Lisboa Tiragem média mensal: 24 6000 exemplares Nos 100 Anos do Engº João Rocheta Preço de venda avulso: 1,50 € FOTOGRAFIAS ANTIGAS, INÉDITAS OU CURIOSAS 2 Registada na DGI em 6/4/73 com o nº 44/23 PONTO AO MEIO DIA 4 Depósito Legal nº 55737/92 O NRP “BARTOLOMEU DIAS” NO OPERATIONAL SEA TRAINING (OST) - PLYMOUTH 6 ISSN 0870-9343 NRP “ÁLVARES CABRAL”. NAVIO-ALMIRANTE DA SNMG1 8 A ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS DA MARINHA 12 LOCALIZAÇÃO DA EMBARCAÇÃO “TROMBAS” 13 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA MARINHA • Nº 434 • ANO XXXIX SETEMBRO/OUTUBRO 2009 • MENSAL • € 1,50 INICIATIVA CRIATIVIDADE. QUALIDADES RELEVANTES DO DESEMPENHO 14 A MARINHA DE D. SEBASTIÃO (I) 15 DOUTRINA NAVAL 2 18 NOTÍCIA / UM DESCUIDO FATAL 28 VIGIA DA HISTÓRIA 14 29 O ALMIRANTE CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA RECEBE O NÚCLEO DE RADIOAMADORES DA ARMADA / REVISTA DA ARMADA - INQUÉRITO DE OPINIÃO 30 BAPTISMO DO N.R.P.N.R.P. «VIANA DO CASTELO» Foto SAR FZ Pereira HISTÓRIAS DA BOTICA (67) 31 QUADRO DE FOLGA / ACADEMIA DE MARINHA 33 ANUNCIANTES: ROHDE & SCHWARZ, Lda. NOTÍCIAS PESSOAIS / CONVÍVIOS 34 INSTALAÇÕES DA MARINHA CONTRACAPA Revista da Armada • SETEMBRO/OUTUBRO 2009 3 PONTO AO MEIO DIA Arsenal do Alfeite – rumo ao futuro, aproveitando as lições do passado. cessação da actividade do Arsenal do A partir de meados da década de 80 estabili- adequada política de valorização dos recursos Alfeite e o início efectivo da concessão zou-se o modelo de manutenção dos navios da humanos, preservando e valorizando os conhe- Ado estaleiro à sociedade Arsenal do Armada, que no essencial ainda se mantém e cimentos e as competências, mas não descuran- Alfeite S.A., em 1 de Setembro de 2009, é um onde o Arsenal é um dos protagonistas. do elementos de produtividade. acontecimento bastante significativo que inter- Nestas últimas décadas, as características As motivações da mudança radical que se fere com todo o sector do material da Armada e essenciais do Arsenal foram disponibilidade vai operar no Arsenal, foram sobretudo de ín- que marca o fim de um ciclo e o arranque para para ocorrer às necessidades operacionais da dole administrativa e financeira, mas também uma nova etapa no modelo organizativo e de Marinha e a constituição de uma relativa au- incluíam considerações sobre a qualidade e a gestão da manutenção dos navios da Armada tonomia nacional de intervenção em sistemas produtividade. e na restante produção industrial no Alfeite. militares complexos com vincada importância O novo ciclo, balizado por termos de re- Justifica-se que neste momento se faça uma na substituição de importações de serviços tec- ferência bastante rígidos, fixados por diplo- singela evocação. nológicos prestados pelos fabricantes, normal- ma jurídico e por um exigente contrato de Com o início da actividade em 1939, o Ar- mente extremamente onerosos. concessão, deverá ter em conta a experiência senal do Alfeite completou recentemente 70 Na área dos submarinos, duma forma mais passada, nas metodologias usadas e nas li- anos de laboração. Para além da importância institucional, e na manutenção das armas e ções aprendidas. da longevidade, a presente transição tem maior electrónica, o Arsenal projectou-se muito para O que se pretende com a mudança é manter significado quando é relacionada com a últi- além na mera prestação de serviços, actuando o que de bom existia no “velho” Arsenal, que ma grande reestruturação da Superintendência os seus técnicos, militares e civis, como peritos era o saber e as competências dos seus trabalha- dos Serviços do Material, ocorrida há 32 anos e conselheiros cujos pareceres e sugestões fo- dores qualificados em todos os sectores, e em e onde se lançaram as bases da integração e ram sempre apreciadas pelas guarnições e pe- acréscimo, criar condições para uma mudança subordinação orgânica do Arsenal do Alfeite los técnicos do material naval. de atitude profissional, possibilitar a reformu- à Superintendência dos Serviços do Material Pelo lado do Arsenal manteve-se uma per- lação da organização da produção e a melhoria que se foi consolidando até 1989, altura em que manente preocupação interna com a formação da capacidade de gestão. Igualmente se preten- se tornou plena e efectiva. profissional dos aprendizes e dos restantes tra- de melhorar o potencial tecnológico através da Quem nos princípios da década de 80 do sé- balhadores em todas as categorias profissio- renovação física de instalações e equipamentos culo passado, viveu intensamente a época dos nais. O esforço, ainda a decorrer, associado aos e reforçar a racionalidade económica. estudos e da realização dos ensaios de soluções novos meios que estão a chegar do estrangeiro A mudança vai ocorrer no Arsenal, mas destinadas a melhorar a capacidade de respos- é mais um marco na política de qualificação dos sabe-se, que irá igualmente arrastar mudan- ta do sistema de sustentação técnica e logística recursos humanos orientada para as necessida- ças no Sistema de Gestão do Material Naval dos navios e restante material naval, não pode des objectivas de intervenção. da Marinha. deixar de sentir alguma nostalgia e até alguma Para os militares que prestaram serviço no A viabilidade económica da nova sociedade saudade do convívio da geração dos que pro- Arsenal, o organismo foi igualmente uma es- tem se ser preservada para que não se venha curaram afincadamente fazer transitar o Ar- cola de aprendizagem muito reconhecida e a gerar instabilidade nem motivação para so- senal duma situação de distanciamento e total valorizada. luções expeditas que não foram consideradas independência face às estruturas da Marinha O reforço da capacidade tecnológica , a pro- no modelo agora decidido. para uma forma de estar colaborante e partici- cura de soluções de reparação mais eficazes e A transição foi acompanhada de algumas pativa que se veio a consolidar com o ingresso mais racionais e a obtenção de processos pa- dificuldades que poderiam ter sido evitadas. maciço de oficiais e sargentos no Arsenal. dronizados de intervenção, foram sempre um Acabou por existir um afastamento de pro- A renovação naval operada nas décadas de objectivo estratégico, mas nem sempre foram fissionais qualificados, alguns com formação 60 e 70, implicou substanciais mudanças nas alcançados, por uma multiplicidade de razões aplicada recém obtida, que transitaram vo- políticas de manutenção do material naval, cuja enumeração não cabe nesta evocação. A luntariamente para a mobilidade especial ou onde o Arsenal se foi gradualmente inserindo passagem de processos artesanais para pro- que foram seleccionados para executar tarefas e tornando cada vez mais indispensável. cessos industriais racionalizados e de elevada generalistas em outros organismos dos Estado Deve-se citar, pela sua relevância, as impor- produtividade nem sempre foram bem recebi- onde o manancial de experiência profissional tantes decisões tomadas em meados da década dos internamente por desconfiança e por falta e os conhecimentos específicos não vão ser de 70, de atribuir ao Arsenal responsabilidades de suficiente capacidade de engenharia, que aproveitados. especiais na manutenção dos submarinos “Al- concedesse credibilidade às soluções que se A expectativa é grande e a observação dos bacora” e de inserir no Arsenal as OGAE, ofici- ensaiavam. A cultura instalada aceitava com resultados da mudança vai ser rigorosa. Não nas gerais de armas e electrónica. Foram créditos facilidade a importação de tecnologia “pronta é a primeira vez que ocorrem mudanças orga- de confiança na altura depositados no Arsenal a usar”, mas via com alguma reserva e até dis- nizacionais na Marinha.
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