As Revoltas Dos Engenhos (1822), De Achada Falcão (1841) E De Ribeirão Manuel (1910)
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL POLÍTICA E CULTURA: AS REVOLTAS DOS ENGENHOS (1822), DE ACHADA FALCÃO (1841) E DE RIBEIRÃO MANUEL (1910). Eduardo Adilson Camilo Pereira São Paulo 2010 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL POLÍTICA E CULTURA: AS REVOLTAS DOS ENGENHOS (1822), DE ACHADA FALCÃO (1841) E DE RIBEIRÃO MANUEL (1910). Eduardo Adilson Camilo Pereira Tese apresentada ao programa de Pós-Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em História Social. Orientadora: Profª Drª Leila Maria Gonçalves Leite Hernandez. São Paulo 2010 1 Aos meus pais, Emídio dos Reis Pereira e Mariana Manuel Camilo. 2 AGRADECIMENTOS Antes de mais, quero reconhecer que esta pesquisa não teria chegado ao bom porto sem a ajuda de Deus. Enquanto fonte de toda a sabedoria me ensinou que jamais podemos desistir, que é preciso manter-se perseverante em nossa caminhada, porque se quisermos vencer teremos que carregar a nossa cruz e atravessar os desertos da nossa vida. Nos momentos difíceis sempre esteve ao meu lado, demonstrando amor, paciência, fidelidade, confiança, compreensão e fé. À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Leila Maria Gonçalves Leite Hernandez, não só pela sábia orientação que possibilitou a realização desse trabalho de pesquisa, como também pela amizade que tem demonstrado nesta árdua jornada. Pude compartilhar, ao longo desse tempo, a sabedoria e um grande conhecimento sobre a realidade cabo- verdiana. Cabe também destacar a sábia insistência para que continuasse a pesquisar as revoltas dos rendeiros em Cabo Verde no doutorado, abrangendo novas abordagens. Além da rigorosidade científica, também queria realçar a amizade, a dedicação e a confiança ao longo desses oito anos. Igualmente quero agradecer a Marly Spacachieri e o seu esposo Magno Nascimento pela paciência na organização do meu exame de qualificação, da minha defesa, na editoração do texto, tratamento de imagens e revisão dos mapas utilizados neste trabalho de pesquisa. Agradeço a leitura atenta da minha Banca de Qualificação, composta pelas Professoras Drªs Sara Albieri e Raquel Glezer. As sugestões generosas de ambas professoras serviram de estímulo para terminar esta tese. À Profª. Drª. Sara Albieri, pelos conhecimentos adquiridos desde a minha defesa de mestrado e pela recepção no programa de pós-graduação em História Social. Não poderia deixar de reconhecer a importante colaboração do Prof. Dr. José Carlos Gomes dos Anjos, pela partilha e discussão de vários assuntos pertinentes à minha pesquisa. Com toda generosidade se propôs a levantar diversos questionamentos para o trabalho. Ao Arquivo Histórico Nacional de Cabo Verde, na pessoa do seu presidente, Humberto Lima, pela desponibilização dos materiais de pesquisa. Igualmente queria agradecer a Sandra Mascarenhas, pelo apoio nas pesquisas em Cabo Verde. Ao Arquivo Histórico Ultramarino, na pessoa do seu presidente, Ana Cannas. Ao Arquivo Nacional 3 da Torre do Tombo, ao Arquivo Histórico Militar, à Biblioteca Nacional de Lisboa, à Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, todas pelo apoio e orientação que me deram no decurso da minha estada em Portugal. À CAPES pela bolsa de pesquisa que auferi ao longo destes 4 anos e que possibilitou realizar este trabalho de pesquisa. Igualmente quero agradecer à Pró-reitoria de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo pela calorosa recepção e todo o apoio recebido. Igualmente queria agradecer ao povo brasileiro, do qual considerado fazer parte. Durante esses 10 anos, aprendi que a simplicidade, a vontade e a perserverânça são os instrumentos fundamentais para vencer uma batalha. À Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas da Universidade de São Paulo, através do Gabinete de Cooperação Internacional e seus funcionários, pela calorosa recepção ao longo da minha estadia no Brasil. Também queria agradecer a Universidade de São Paulo, por me ter recebido, apoiado e incentivado, casa aonde me senti realizado enquanto homem. Quero igualmente agradecer a Sra. Priscila Carvalho, secretária do setor de pós-graduação do Departamento de História da USP, pela atenção dispensada durante a minha pós-graduação. À minha família pelo apoio que sempre me deu, possibilitando a realização deste trabalho de pesquisa. À minha esposa, Gemima Elisa Gomes de Pina Pereira, pelo apoio, confiança e compreensão. Aos meus pais, Emídio dos Reis Pereira e Mariana Manuel Camilo, pelo apoio e confiança. Às minhas irmãs, Eurisa dos Reis Pereira e Jaqueline dos Reis Pereira, um obrigado pela confiança em mim depositada. Um obrigado ainda aos meus tios: Elmano Livramento, Bernarda Tavares, pelo apoio moral. À Josefina Lobo Gomes de Pina, pelo apoio incansável. Ainda quero expressar minha gratidão a Fernanda Cruz e a Rita Lima. Por último, quero agradecer aos meus amigos: Fernando Jorge Pina Tavares e a Angelo Correia, pela amizade; a Amândio Augusto Brito Martins Tavares, Dirceu Leônidas Fortes, Euclides Felomeno Tavares, Ido Carvalho, Mafaldo Carvalho, Manuel Joaquim, Ulisses Barbosa, Adilson Barradas, Egídio Andrade Barbosa, Jeremias Fernandes, Adilson, Eduardo, Alberto Nunes, José Pedro Vieira pela amizade de sempre, no Brasil e em Cabo Verde. Quero agradecer aos meus primos, Wladimir dos Reis Tavares e Rosy, pelo acolhimento e atenção dispensada a quando da minha estadia em Lisboa. Porém, esta caminhada também ficou marcada por tristezas. Por isso, queria 4 lembrar duas pessoas que me marcaram profundamente. Primeiro, o meu irmão, Jorge Emídio dos Reis Pereira, falecido em 2004, pela coragem e determinação. Segundo, “Djonsa”, um amigo que infelizmente padeceu em 2008 e que na sua conduta humilde, atenção e auxílio junto aos amigos, nos deixou uma grande lição: jamais desistir da vida. Tentei introduzir essa perserverâça nas minhas pesquisas, destacando a alegria e a forma própria de viver do homem santiaguense. Queria homenagear a todos os santacarinenses, da qual faço parte, por ser um povo batalhador e com vontade de viver. Quero a todos expressar os meus sinceros agradecimentos e dizer que, enquanto tiver saúde, coragem e vontade continuarei a pesquisar. 5 A história cultural, tal como a entendemos, tem por principal objecto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler (…) As percepções do social não são de forma alguma discursos neutros: produzem estratégias e práticas (sociais, escolares, políticas) que tendem a impor uma autoridade à custa de outros, por elas menosprezadas, a legitimar um projecto reformador ou a justificar, para os próprios indivíduos, as suas escolhas e condutas. Por isso esta investigação sobre as representações supõe-nas como estando sempre colocadas num campo de concorrências e de competições cujos desafios se enunciam em termos de poder e de dominação. As lutas de representações têm tanta importância como as lutas económicas para compreender os mecanismos pelos quais um grupo impõe, ou tenta impor, a sua concepção do mundo social, os valores que são os seus, e o seu domínio (…). (Chartier, 1990, p. 16-17). 6 RESUMO PEREIRA, Eduardo Adilson Camilo, 2010. Política e cultura: as revoltas dos rendeiros dos Engenhos (1822), de Achada Falcão (1841) e de Ribeirão Manuel (1910). 400 f. Tese (Doutorado em História Social). Departamento de História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo. Este trabalho tem como principal objetivo fazer uma reflexão sobre três revoltas dos rendeiros na ilha de Santiago em Cabo Verde, entre os anos de 1822 a 1910. Propõe mostrar a especificidade das revoltas dos Engenhos (1822), de Achada Falcão (1841) e de Ribeirão Manuel (1910), compreendendo além do panorama cultural, a importância das confrontações políticas, como elementos condicionadores dessas revoltas. Por outro lado, propõe demonstrar que além das causas econômicas e culturais apontadas pela historiografia, as revoltas foram buscar sua inspiração nas disputas políticas. Propõe ainda demonstrar como as elites políticas locais apropriaram das festas religiosas para mobilizar os rendeiros do interior da ilha de Santiago. Além disso, analisa como as revoltas dos rendeiros devem ser compreendidas a partir das reivindicações pelo livre acesso às terras cultivadas. Palavras-chave: Cabo-Verde, história, propriedade da terra, relações de trabalho e mobilizações políticas. 7 ABSTRACT PEREIRA, Eduardo Adilson Camilo, 2010. Politics and culture: the revolts of the tenant farmers of Engenhos (1822), of Achada Falcão (1841) and of Ribeirão Manuel (1910). 400 s. (Thesis Doctoral in Social History). Departamento de História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo. This work has as objective principal to do a reflection on three tenant farmers revolts in Santiago's island in Cape Verde, among the years from 1822 to 1910. He/she/you intends to show the specificity of the revolts of Engenhos (1822), of Achada Falcão (1841) and of Ribeirão Manuel (1910), understanding besides the cultural panorama, the importance of the political confrontations, as conditioning elements of those riots. On the other hand, he intends to demonstrate that, besides the economical and cultural causes pointed for the historiography, the revolts went to look for your inspiration