Modos De Circulação E Transformação De Pessoas E Saberes Entre Os Huni Kuin (Kaxinawá)
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA ALICE HAIBARA DE OLIVEIRA JÁ ME TRANSFORMEI: Modos de circulação e transformação de pessoas e saberes entre os Huni Kuin (Kaxinawá) SÃO PAULO 2016 VERSÃO REVISADA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA JÁ ME TRANSFORMEI: Modos de circulação e transformação de pessoas e saberes entre os Huni Kuin (Kaxinawá) Alice Haibara de Oliveira Dissertação de mestrado, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em Antropologia Social. Orientadora: Profa. Dra. Dominique Tilkin Gallois São Paulo 2016 VERSÃO REVISADA Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. H285“ Haibara, Alice. “Já me transformei”: modos de circulação e transformação de pessoas e saberes entre os Huni Kuĩ (Kaxinawá) / Alice Haibara; orientador Dominique Tilkin Gallois. - São Paulo, 2016. 316 f. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de Antropologia. Área de concentração: Antropologia Social. 1.Antropologia Social. 2. Etnologia Indígena. 3. Modos de Saber Ameríndios. 4. Kaxinawá. 5. Xamanismo e Transformação. I. Gallois, Dominique Tilkin, orient. II. Título. JÁ ME TRANSFORMEI: Modos de circulação e transformação de pessoas e saberes entre os Huni Kuĩ (Kaxinawá) Alice Haibara de Oliveira Dissertação de mestrado, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em Antropologia Social. Aprovada por: Profa. Dra. Dominique Tilkin Gallois – Orientadora PPGAS/Universidade de São Paulo Profa. Dra. Esther Jean Matteson Langdon PPGAS/Universidade Federal de Santa Catarina Profa. Dra. Marina Vanzolini Figueiredo PPGAS /Universidade de São Paulo São Paulo 2016 RESUMO “Já me transformei”: modos de circulação e transformação de pessoas e saberes entre os Huni Kuĩ (Kaxinawá) Esta dissertação é um trabalho sobre regimes de conhecimentos e seus modos de circulação e transformação entre os Huni Kuĩ (Kaxinawá), tendo como linhas condutoras, narrativas, cantos e práticas rituais, relacionados a processos de aprendizado e transformação da pessoa. A partir do encontro com colaboradores huni kuĩ que atuam em diferentes áreas de saber e realizam ampla circulação, foi constituída a base deste trabalho, fundamentado em seus discursos, que trazem experiências, percepções e reflexões acerca de seus modos de saber e de relações estabelecidas com outros regimes de conhecimentos, especialistas que são, nos encontros e traduções de mundos, linguagens e perspectivas. Palavras-chave: modos de saber ameríndios; transformação; pessoa; etnologia pano. ABSTRACT I have already shifted: modes of circulation and transformations of people and knowledge among Huni Kuĩ People (Kaxinawá)" This dissertation is a study on the knowledge regimes and modes of circulation and transformation among the Huni Kuĩ People (Kaxinawá), conducted by narratives, songs and ritual practices related to learning processes, preparation and transformation of the person. this work is based on through the encounter with huni kuĩ contributors who work in different areas of knowledge and who conduct wide circulation of this knowledge. The study was based on their speech conveys their experience, perceptions and reflections on their modes of knowledge and the relations to other knowledge regimes, since they are specialists in encounters, translation of worlds, languages and perspectives. Keywords: Amerindian ways of knowledge, transformation, person, panoan ethnolog Ao meu irmão Felipe Narayan, caminhos de transformação e gratidão AGRADECIMENTOS São muitas pessoas que contribuíram para a realização desta pesquisa, e que de diferentes formas estão dentro dela também. Começo agradecendo ao meu pai e grande amigo Maurício Fonseca, que me abriu as possibilidades de conviver desde criança e posteriormente trabalhar junto a diferentes povos indígenas, me ensinando a dar um grande valor a esses diferentes modos de vida, além de sempre me apoiar nos meus caminhos e escolhas. Agradeço infinitamente a minha querida amiga mãe Monica Haibara, por todo o imenso apoio e paciência que possibilitaram esta pesquisa ser realizada, me dando força em todos os momentos sempre, mostrando caminhos com simplicidade e equilíbrio e sendo uma super avó. À minha querida super orientadora Dominique Tilkin Gallois, não tenho palavras para agradecer por tudo, desde a iniciação científica, todos os incentivos, paciência, apontamentos de caminhos e possibilidades, força, compreensão e carinho, em todos os momentos sua presença foi muito fundamental para esta pesquisa acontecer. Aos Huni Kuĩ que me abriram as portas de suas casas, em que sempre fui muito bem recebida e tenho aprendido muito. Da região dos rios Jordão e Alto Tarauacá agradeço Ozélia Sales e sua família da aldeia Novo Natal, ao seu companheiro Ednaldo Macário e seus filhos e filhas José Paixão Bixku, Cristina Ayani, Roseli, José Bento e Nilda. Também à Gesuíno, João, ao jovem pajé Thiago Paulino e às meninas Mawapei. Um agradecimento muito especial ao velho txana Miguel Macário (in memorian). Da comunidade São Joaquim-Centro de Memória, agradeço ao querido e eterno pajé Agostinho Manduca Mateus Ĩka Muru (in memorian) por todas as sementes plantadas e brotadas, aos seus filhos e grandes colaboradores da pesquisa, Tadeu Siã, Vivilino Inu Busẽ, Osvaldo Mateus Isaka, José Mateus Itsairu e suas filhas Maria Dalva Mateus Ayani e Eva Mateus Ayani. Agradeço também Mazenilda Mateus Dani por sempre nos receber muito bem, Carlos Mateus Ĩkamuru, Angelo Mateus Ĩkamuru, Antonieta Batani, Maspã, Ana Ikuani, Raimunda, Dani, Genilda e toda a comunidade. Da aldeia Coração da Floresta, agradeço especialmente ao querido pajé Manoel Vandique Dua Busẽ, por todo o carinho e por toda sabedoria que generosamente compartilhou. À sua esposa Nete e toda sua família. Da aldeia Boa Vista, um agradecimento mais que especial ao Txana Ĩkakuru (José Sales Paulino) querido companheiro das andanças e sementes da vida. Agradeço também toda a comunidade, Maria Socorro, Elias Paulino, Rufina e as crianças Txana Uri, Yube, Nixiani e em especial minha companheira de viagens, Nanke (Lucineia Paulino). Da aldeia Novo Segredo agradeço o pajé Ixã Sabino, Francisco Nivaldo, o professor Fernando e sua companheira Nixiani e o jovem pajé Dua Busẽ. Da aldeia Bari agradecimento à Angélica Sales e Raimundo Paulino e à toda comunidade. Da aldeia Belo Monte um agradecimento muito especial ao professor Anastácio Maia. Da aldeia Astro Luminoso agradeço João Sales (in memorian), ex-secretário indígena municipal, por abrir as portas das Terras Indígenas possibilitando nossas parcerias, agradeço também seu filho Abel e toda a comunidade. Da aldeia Boa Esperança, agradeço especialmente o txana Nilo Pereira e seu sobrinho Txana Txanu. Na região do Seringal Independência, agradeço muito especial para o pajé Txana Ixã Virgulino, seu filho Ederaldo Maya e o jovem Francisco Pinheiro Ibã (Ibãzinho). Um agradecimento muito grande ao cacique Osair Sales Siã, por nos receber no Jordão, por todo o respeito e consideração, e aos seus filhos jovem pajé Fabiano Txana Bane, José Bane e Leopardo Yawa Bane. Um grande agradecimento ao professor Isaias Ibã Sales, pelas contribuições com a pesquisa. Ao grupo Kayatibu, coordenado pelos filhos de Ibã: Cleudon Sales, Rita Sales Dani e Edilene Sales Yaka. Aos Huni Kuĩ da região do Humaitá, da aldeia Novo Futuro, agradeço especialmente Ninawá Pai-da-Mata (Francisco de Assis Mateus), minha xarapinha Rosinha Yeke e sua irmã Ana. Da aldeia Boa Vista, à querida amiga Parã (Alciene Oliveira) e sua família, sua irmã Rosa, seu pai velho Baima, à Dena e João Nilson. Da aldeia São Vicente agradeço a Nilson Sabóia Tuwe, por me acompanhar pela primeira vez no Humaitá, e aos seus irmãos Manoel Sabóia, Jocemir Sabóia e Linda Sabóia. Agradeço também o jovem pajé Txana Mashã e a jovem Jardelina. À sua mãe dona Bibita e seu pai Vicente Sabóia. Agradeço também o agente agroflorestal Tuim Nova Era (Antonio Ferreira) pelas lindas cantorias. Da Terra Indígena Praia do Carapanã agradeço especialmente a família do professor Joaquim de Lima Maná e sua esposa Maria Ayani. Ao seu filho e atual secretário indígena estadual, José de Lima (Zezinho Yube), sua companheira Jarlene e as crianças Luciana e Joaquim. À querida amiga Maria do Socorro Lima, seu companheiro Chula, seus filhos Anita, Willin e Wendel. À Lira, Gilson e Cristina. E um agradecimento especial à velha Erondina. Da Terra Indígena Colônia 27, agradeço especialmente a grande amiga Anelise, seu companheiro Ibã Terri, Ibã Edes e o pajé Afonsinho Kupy. Um agradecimento especial ao meu amigo e compadre Guilherme Meneses, pelo imenso apoio em muitos aspectos, nas caminhadas nas aldeias e pela leitura da dissertação. Agradeço imensamente à Ana Yano pela leitura atenta, as sugestões importantes e todo apoio e incentivo desde o projeto de pesquisa até a finalização