Signotica 26 N. 1.Indd
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
Load more
Recommended publications
-
Discurso Do Presidente Da República No Acto Constitutivo Da Academia
Discurso do PR no Acto Constitutivo da Academia Cabo-verdiana de Letras . 28 de Setembro de 2013 às 15:47 O acto constitutivo da Academia Cabo-verdiana de Letras – ACL é prova irrefutável da saúde da nossa Nação. Em boa verdade, quando uma Nação, com raízes tão profundas no tempo como a nossa, demonstra ter ainda húmus para continuar a afinar a sua organização e sistematização é porque está bem. A Nação cabo-verdiana antecede o Estado cabo-verdiano. Muito antes da constituição do ente que confere personalidade jurídica à Nação cabo- verdiana, esta já se havia constituído e consolidado. E se dúvida houvesse a esse respeito, o rol de Imortais da nascente Academia Cabo-verdiana de Letras está aí para elucidar os mais cépticos. Todos eles nasceram e assumiram a sua cabo-verdianidade muito antes do 5 de Julho de 1975, e mesmo deram contribuição decisiva para a orientação dos movimentos sociais e políticos que viriam a liderar a luta para a autodeterminação e independência de Cabo Verde. Todos eles, de André Alvares D' Almada (1555 – 1650) a João Baptista Rodrigues (falecido recentemente), passando Por Antónia Gertrudes Pusich, José Evaristo de Almeida, Guilherme Dantas, Luís Loff de Vasconcelos, Januário Leite, Eugénio Tavares, Pedro Monteiro Cardoso, João Lopes, António Aurélio Gonçalves, Jorge Barbosa, Manuel Monteiro Duarte, Jaime de Figueiredo, Manuel Lopes, Baltasar Lopes da Silva, Manuel Ferreira, António Nunes, Henrique Teixeira de Sousa, Amílcar Cabral, Yolanda Morazzo, Ovídio Martins, Gabriel Mariano, Leopoldina Barreto, João Varela, Mário Fonseca, João Henrique de Oliveira Barros e tantos outros valorosos descendentes desta pátria que, pelo seu engenho e pela sua arte, se foram da lei da morte libertando, nasceram, medraram e deram a sua contribuição para a construção desta Nação valente, ainda antes das lutas que conduziriam ao nascimento do Estado cabo-verdiano. -
Brasil E Cabo Verde: Afinidades Identitárias
CORE Metadata, citation and similar papers at core.ac.uk Provided by Institutional Repository of the Ibero-American Institute, Berlin Brasil e Cabo Verde: afinidades identitárias Maria do Carmo Cardoso Mendes Universidade do Minho Passa a serenata Mas no coração dos que temem a luz do dia que vai chegar Ficam os gemidos do violão e do cavaquinho Vozes crioulas neste nocturno brasileiro de Cabo Verde. (Alcântara 1948: 21) Introdução A construção da identidade literária cabo-verdiana está intrinsecamente as- sociada ao aparecimento de Claridade (1936), uma revista que se constitui como movimento de afirmação da cabo-verdianidade. Neste ensaio, pro- curarei demonstrar que o influxo da cultura brasileira enforma o ideário de Claridade, em particular em dois dos seus mais influentes intelectuais e fundadores – Jorge Barbosa (1902-1971) e Baltasar Lopes da Silva (1907- 1989) –, mas também a própria poética dessa revista e ainda a apropriação de Pasárgada, mito criado por Manuel Bandeira. Procurarei mostrar ainda que a influência do modelo brasileiro não se esgota nos números de Claridade; ela prolonga-se em diversos textos de ficção romanesca de escritores claridosos, designadamente no romance de Baltasar Lopes da Silva Chiquinho, considerado o texto fundador da lite- ratura cabo-verdiana, ou ainda no romance Os flagelados do vento leste, de Manuel Lopes (1907-2005). Através da análise das relações intertextuais entre a literatura brasileira e a literatura cabo-verdiana, mostrarei que o Brasil representou no arquipélago uma alternativa ideológica e literária à influência da cultura e da literatura portuguesas. Um estudo comparativo de Chiquinho de Baltasar Lopes da Silva e Vidas secas de Graciliano Ramos permitirá aprofundar o influxo da literatura brasileira sobre a literatura cabo-verdiana. -
O Mar Na Obra De Jorge Barbosa: Propostas De Leitura a Partir De Uma Abordagem Comparatista
UNIVERSIDADE ABERTA O Mar na obra de Jorge Barbosa: propostas de leitura a partir de uma abordagem comparatista António Santos da Luz Mestrado em Estudos de Língua Portuguesa 2019 UNIVERSIDADE ABERTA O Mar na obra de Jorge Barbosa: propostas de leitura a partir de uma abordagem comparatista António Santos da Luz Mestrado em Estudos de Língua Portuguesa Dissertação orientada pela Professora Doutora Maria Paula Mendes Coelho 2019 2 Resumo Tendo em conta que o comparatismo nos estudos literários é uma ferramenta imprescindível para a compreensão dos textos literários e que o estudo de temas transversais além de proporcionar conhecimento cria a curiosidade de ir sempre mais além na procura de novos conhecimentos através de práticas comparatistas. É objetivo principal do presente trabalho, apresentar uma proposta de leitura analítico-interpretativa da temática do mar presente nas três obras publicadas pelo autor Jorge Barbosa: Arquipélago, Ambiente e Caderno de um Ilhéu. No segundo ponto do trabalho corresponde a uma breve apresentação e contextualização histórico-literário do autor Jorge Barbosa, um dos mais prestigiados poetas da moderna poesia cabo-verdiana. A sua poesia está virada para os problemas de Cabo Verde. No terceiro ponto, através de uma metodologia que assenta na revisão da literatura procurou-se definir conceitos como: leitura literária, comparatismo, temas, motivos e mitos. No quarto ponto procura-se traçar um percurso do mar na literatura cabo-verdiana desde os primórdios até aos escritores contemporâneos. No quinto ponto através de uma metodologia comparatista foi feito uma análise transversal da temática mar nas obras Arquipélago, Ambiente e Caderno de um Ilhéu. Por último foi apresentado algumas estratégias para ler melhor a partir do que se analisou e apresenta algumas propostas de estudos literários no ensino secundário recorrendo à metodologia comparatista. -
Cape Verde and Brazil Musical Connections
Cape Verde and Brazil Musical Connections Juliana Braz Dias Universidade de Brasília / University of Pretoria Introduction The insertion of Brazilian music in contexts outside of the country is no lon- ger a novelty. Indeed, the media often reports on these musical flows. For instance, newspapers and specialized magazines have played a crucial role in highlighting the presence of Brazil on the international stage through reports on Grammy Awards won by Brazilian musicians (namely, Sérgio Mendes, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso e João Gilberto). Another example is the increased visibility of concerts featuring Brazilian artists in other countries, such as the Brazilian Day in New York, which attracts more than a million people to the streets of that city – above all Brazilians, but also North-Americans and migrants from other countries. However, it should be noted that the presence of Brazilian music outside of the country’s borders is not necessarily related to the global cultural indus- try, neither to the impact of recent migration processes. Musical exchanges involving Brazilian musicians have been going on for some time, in multiple ways, following diverse routes and movements of people. In this article, I focus on a particular trajectory that some forms of Brazilian music have taken. I refer to the Atlantic flows that allowed for the arrival of music and musicians from Brazil to Cape Verde, deeply influencing musical productions in the archipelago. Adopting an anthropological ap- proach, I seek to engage with discourses articulated by Cape Verdeans on the role of “Brazilian music” (as they understand it) and its relationship to the music produced in Cape Verde. -
The Whale in the Cape Verde Islands: Seascapes As a Cultural Construction from the Viewpoint of History, Literature, Local Art and Heritage
humanities Article The Whale in the Cape Verde Islands: Seascapes as a Cultural Construction from the Viewpoint of History, Literature, Local Art and Heritage Nina Vieira 1,*, Cristina Brito 1 , Ana Catarina Garcia 1 , Hilarino da Luz 1, Hermano Noronha 2 and Dúnia Pereira 3 1 CHAM—Centre for the Humanities, NOVA University of Lisbon, 1069-061 Lisbon, Portugal; [email protected] (C.B.); [email protected] (A.C.G.); [email protected] (H.d.L.) 2 APCM—Associação Para as Ciências do Mar, 1069-061 Lisbon, Portugal; [email protected] 3 IPC—Instituto do Património Cultural, Praia 7600, Cabo Verde; [email protected] * Correspondence: [email protected] Received: 1 July 2020; Accepted: 19 August 2020; Published: 24 August 2020 Abstract: Cultural constructions of landscapes, space and environments, and of people’s relationship with nature, have in the Cape Verde Islands a perspective of their own and might have been mediated by the whale. To address perceptions about these marine mammals, historical sources, literature, art, memory and heritage were considered. Whaling influenced history and diaspora and is reflected in literary productions. Remains of whales are found in museums and used as decorative pieces and local art. We found the Cape Verdean seascapes as being culturally and naturally constructed and the whale occupies a true ‘place’ of convergence. Keywords: blue humanities; marine environmental history; littoral landscapes; heritage; memory; representations; coastal environments; cetaceans-people encounters 1. Islands, Peoples and Whales “Um rugido constante e fragoroso/Vem das praias e espalha-se no ar ::: /São as ondas do mar a soluçar/Um cântico magoado e misterioso” “As Ondas” (The Waves), poem by Jorge Barbosa 1929. -
Investigação-Ação Numa Escola Básica Do Interior Da Ilha De São Vicente
Erenita Simone Monteiro Fernandes A MÚSICA TRADICIONAL CABO-VERDIANA – MORNA – NO CONTEXTO ESCOLAR Investigação-Ação numa escola básica do interior da ilha de São Vicente Mestrado em Educação Área de especialização Educação Artística Trabalho efetuado sob a orientação de Professor Doutor Carlos Almeida Professora Doutora Margarida Martins Dezembro de 2017 Dedicatória Com muita humildade dedico este trabalho à minha mãe e ao meu pai que envolveram-se no trabalho deixando-me sempre palavras amigas e de incentivo. Palavras motivantes que em momentos difíceis serviram de apoio e encorajamento para seguir adiante. iii Agradecimentos Ao Professor Doutor Carlos Almeida pela disponibilidade e incentivo durante este percurso, pelas suas recomendações e correções ao longo do desenvolvimento do trabalho. À Professora Doutora Margarida Martins pelas sugestões de atividade e recomendações para a implementação do estudo. Ao Professor Mestre Manuel Fortes pelo encorajamento e incentivo na busca de novas experiências académicas. Ao Professor Mestre Jair Pinto e Ednilson Almeida pela disponibilidade e atenção. Aos alunos da escola Olinda Silva, que participaram do estudo com dedicação. À agência turística NOBAI, pela disponibilidade em custear as despesas das visitas de estudo. Aos preciosos colaboradores do estudo, o músico Carlos Tanaia, professor Valério Miranda e artista Tito Paris pela disponibilidade imediata e apoio na realização do projeto. Ao musicólogo Vasco Martins pela amizade, disponibilidade e cedência de informações importantes para o trabalho. Aos colegas e amigos de Mestrado, Cilene, Dilma, Evanilda e Maria Piedade. À minha querida família pelo encorajamento sem medida. iv Resumo O trabalho que aqui se apresenta espelha o percurso da realização de uma intervenção educativa à luz da investigação-ação. -
Afirmando Outras Versões Da História... Memória E Identidade Nas Poéticas De Éle Semog E José Luis Hopffer Almada
AFIRMANDO OUTRAS VERSÕES DA HISTÓRIA... MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS POÉTICAS DE ÉLE SEMOG E JOSÉ LUIS HOPFFER ALMADA Ricardo Silva Ramos de Souza Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Relações Etnicorraciais como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Relações Etnicorraciais. Orientador: Sérgio Luiz de Souza Costa, Dr. Rio de Janeiro Dezembro / 2014 ii AFIRMANDO OUTRAS VERSÕES DA HISTÓRIA... MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS POÉTICAS DE ÉLE SEMOG E JOSÉ LUIS HOPFFER ALMADA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Relações Etnicorraciais como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Relações Etnicorraciais. Ricardo Silva Ramos de Souza Aprovado por: ______________________________________________ Presidente, Sérgio Luiz de Souza Costa, D. Sc. (Orientador) ___________________________________________ Prof. Roberto Carlos da Silva Borges, D. Sc. ___________________________________________ Prof.ª Fernanda Felisberto da Silva, D. Sc. (UFRRJ) ___________________________________________ Prof. Renato Nogueira dos Santos Junior, D. Sc. (UFRRJ) Rio de Janeiro Dezembro / 2014 iii Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do CEFET/RJ S729 Souza, Ricardo Silva Ramos de Afirmando outras versões da história... Memória e identidade nas poéticas de Éle Semog e José Hopffer Almada / Ricardo Silva Ramos de Souza.—2014. x, 146f. + anexos ; enc. Dissertação (Mestrado) Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, 2014. Bibliografia : f. 136-146 Orientador : Sérgio Luiz de Souza Costa 1. Racismo. 2. Racismo na literatura. 3. Literatura africana – História e crítica. 4. Literatura brasileira. 5. Negros na literatura. I. Costa, Sérgio Luiz de Souza (Orient.). II. Título. CDD 305.8 iv Agradecimentos Aos meus pais e toda minha família que sempre contribuíram com votos de confiança e força nos momentos mais difíceis. -
Literatura Cabo-Verdiana: Leituras Universitárias
Simone Caputo Gomes Antonio Aparecido Mantovani Érica Antunes Pereira (Organizadores) Grupo de Estudos Cabo-verdianos de Literatura e Cultura CNPq-USP Literatura Cabo-verdiana: leituras universitárias Cáceres-MT 2015 UNEMAT Editora Editor: Maria do Socorro de Souza Araújo Diagramação: Ricelli Justino dos Reis Foto da capa: Genivaldo Rodrigues Sobrinho, tirada na Ponta do Sol – Ilha de Santo Antão, Cabo Verde, em 2009, no âmbito do Grupo de Estudos Cabo-verdianos CNPq/USP Revisão: Simone Caputo Gomes Publicação Online Conselho Editorial: Maria do Socorro de Souza Araújo (Presidente) Severino de Paiva Sobrinho Ariel Lopes torres Tales Nereu Bogoni Luiz Carlos Chieregatto Roberto Vasconcelos Pinheiro Mayra Aparecida Cortes Fernanda Ap. Domingos Pinheiro Neuza Benedita da Silva Zattar Roberto Tikau Tsukamoto Júnior Sandra Mara Alves da Silva Neves Gustavo Laet Rodrigues CIP – CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO G6331 Gomes, Simone Caputo. Literatura Cabo-verdiana: leituras universitárias / Simone Caputo Gomes, Antonio Aparecido Mantovani, Érica Antunes Pereira (organizadores). Cáceres: Ed. UNEMAT, 2015. 205 p. ISBN: 978-85-7911-145-7 1. Literatura Cabo-verdiana. 2. Literatura Comparada. 3. Letras. I. Mantovani, A.A. II Pereira, É. A. III Gomes, S. C. IV. Título. V. Título: leituras universitárias. Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Luiz Kenji Umeno Alencar - CRB1 2037 Unemat Editora Avenida Tancredo Neves n° 1095 Fone (0xx65) 3221-0023 Cáceres - MT - Brasil - 78200-000 Proibida a reprodução de partes ou do todo desta obra sem autorização -
Enquadramento Teórico
View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Portal do Conhecimento Introdução Apresentação e justificação do tema “Da pobreza envergonhada à prática da prostituição - uma abordagem literária” é o tema do trabalho de fim de curso que ora apresentamos. Nele, expomos o resultado da pesquisa levada a cabo, com incidência na relação pobreza- prostituição e no tratamento literário que recebeu de alguns dos nossos escritores, entre os quais Baltasar Lopes e António Aurélio Gonçalves. Este tema coloca-nos de forma clara perante o problema da pobreza nas ilhas, com um enfoque especial na ilha de São Vicente, o espaço geo-literário e social que enquadra as narrativas – contos e novelas – dos autores em estudo. O drama da miséria traz consigo outros tantos graves problemas sociais, de entre os quais se destaca a prostituição feminina, tema central do conto A Caderneta de Baltasar Lopes da Silva bem como a novela Virgens Loucas de Aurélio Gonçalves. Localizadas numa época e num tempo histórico, marcados por grandes convulsões sociais, num contexto sociocultural, político e ideológico adverso, as narrativas reconstituem uma sociedade onde imperam as dificuldades de sobrevivência de uma população encurralada pelos dramas de uma existência dramática e sem futuro. As mulheres das camadas sociais mais desfavorecidas, socialmente fragilizadas, são as vítimas directas deste estado de coisas, apresentando-se neste quadro como as presas fáceis de um submundo que as atrai e faz delas marionetas manipuladas pela força e pela lei do mais forte. Sabemos que pobreza é um tema importantíssimo em África, em geral, e em Cabo Verde, em particular. -
Cape Verde and Its People: a Short History, Part I [And] Folk Tales of The
DOCUMENT RESUME ED 137 132 95 SO 009 813 AUTHOR Almeida, Raymond, A.; Nyhan, Patricia TITLE Cape Verde and Its People: A Short Hi_Atory, Part I [And] Folk Tales of the Cape Verdean People. INSTITUTION Department of Communications, Ottawa (Ontario). Communications Research Centre. SPONS AGENCY Office of Education (DHEW), Washington, D.C. PUB DATE 76 NOTE 46p. AVAILABLE FROMAmerican Committoe for. Cape Verde; 14 Beacon Street, Boston, Massachusetts 02108 ($1.50 each, paperbound, 20% discount 20 copies or more) EDRS PRICE MF-$0.83 Plus Postage. He Not Available from EDRS. DESCRIPTORS *Cultural Education; Rlementary Secondary Education; Folk Culture; Folklore Books; *Foreign Countries; History; *Resource Units; Social History; *Social Studies IDENTIFIERS *Cape Verde Islands ABSTRACT Two booklets provide an overview of the history and folklore of Cape Verde, a group of islands lying 370 miles off the west coast of Africa. One booklet describes the history of the islands which were probably settled initially by Africans from the west coast of Africa. By the 15th century the islands were colonized by Portuguese and other Europeans. The language, Crioulo, is a mixture of Portuguese vocabulary and African grammar. Geographical position was the main reason for settlement of Cape Verde: located near the African coast, with good winds and currents, the islands were an ideal stopping place for ships sailing between North,America and Africa and Europe and South America. Salt and hand-woven cloth were exported from the islands, and in the 15th and 16th centuries slave trade provided another basis for.commercial activity. Cape Verdeans came to America in the 17th century as slaves, and-irclater years,others immigrated to New England to work in cranberry bogs. -
Biobibliografia De MANUEL LOPES
2 A Semana - Sexta-Feira, 28 de Jan. 2005 K R I O L I D A D I MANUEo últimoL POR: JOSÉ VICENTE LOPES Logo agora que já nos tínhamos, todos, acostu- flagelados do vento leste (1960). mado com a eternidade de Manuel Lopes, prepa- Ainda que os primeiros sinais de Chuva braba, rando-nos para comemorar o seu centenário em cujo nome inicial era Terra viva, tivessem surgido vida, eis que ele morre aos 97 anos, em Lisboa, no número 4 de Claridade (Janeiro, 1947), os dois onde residia há 45 anos. Com ele extingue-se tam- romances são de um autor que se encontra em ple- bém o último sobrevivente dos fundadores de Cla- na maturidade pessoal e estética, porque publica- ridade, revista criada por ele, Baltasar Lopes da dos quando ele tinha 49 e 53 anos, respectivamen- Silva, Jorge Barbosa e Manuel Velosa, já lá vão te, portanto, numa altura em que encontrara já o ca- quase 70 anos, marcando para sempre a literatura minho que todo o artista tem de procurar. E, nessa cabo-verdiana em antes e depois dessa publicação. busca, quem quiser haverá de encontrar ressonân- E nesta hora ficamos também a saber que, afinal, cias dos regionalistas brasileiros (José Lins do Rego, Manuel Lopes era o único cabo-verdiano “natural” Graciliano Ramos...), dos neo-realistas portugueses de três ilhas: de S. Nicolau onde nasceu realmente; e até do americano John Steinbeck, de que Manuel de S. Vicente para onde foi levado e registado dias Lopes era um assumido admirador. depois do seu nascimento, até ser levado, criança Na terça-feira, a propósito da sua morte, ouvi ainda, para Coimbra (Portugal), de onde retornaria Germano Almeida dizer à Rádio de Cabo Verde que jovem adulto por não aguentar as saudades; e, fi- Manuel Lopes era o mais politizado dos claridosos, nalmente, de Santo Antão, por obra e graça de Ma- bastando para isso a leitura das suas “tomadas de nuel Ferreira que, No reino do Caliban I, lhe fixa vista”, publicadas na Claridade. -
THE LANGUAGE DEBATE in CAPE VERDE a Thesis Presented to The
THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE A thesis presented to the faculty of the Center for International Studies of Ohio University In partial fulfillment of the requirements for the degree Master of Arts Patrick J. Coonan June 2007 This thesis entitled THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE by PATRICK J. COONAN has been approved for the Center for International Studies by __________________________________________________ Ann R. Tickamyer Professor of Sociology and Anthropology __________________________________________________ Drew McDaniel Interim Director, Center for International Studies Abstract COONAN, PATRICK J., M.A., June 2007, International Development Studies THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE (138 pp.) Director of Thesis: Ann R. Tickamyer In many countries around the world, controversy surrounds state policy on language. The West African archipelago of Cape Verde is no exception. Ever since the country’s independence from Portugal in 1975, a movement of bilingual Cape Verdeans has spearheaded planning efforts for the national language (Cape Verdean Creole) in an attempt to build the case for making that language the country’s co-official language. Nevertheless, these individuals face resistance from other Cape Verdeans who view the project as an attempt to marginalize the current official language (Portuguese) and/or certain regional dialects of Cape Verdean Creole. This study looks at texts taken from the discourse of language policy in Cape Verde in order to identify the language ideologies, i.e. “sets of beliefs about language articulated by users as a rationalization or justification of perceived language structure or use” (Silverstein, 1979, p.497), that Cape Verdeans use to support or to resist certain language policy and planning options.