RAFAELA ARIENTI BARBIERI 2018.Pdf
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA RAFAELA ARIENTI BARBIERI ALUCINÓGENOS E SATANISMO EM O BEBE DE ROSEMARY (1968) MARINGÁ 2018 RAFAELA ARIENTI BARBIERI ALUCINÓGENOS E SATANISMO EM O BEBE DE ROSEMARY (1968) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual de Maringá, como requisito obrigatório para a conclusão do curso de Mestrado em História, Área de Concentração: História, Cultura e Política. Linha de Pesquisa: História, Cultura e Narrativas. Orientadora: Profª. Dra. Solange Ramos de Andrade MARINGÁ 2018 RAFAELA ARIENTI BARBIERI ALUCINÓGENOS E SATANISMO EM O BEBÊ DE ROSEMARY (1968) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual de Maringá, como requisito obrigatório para a conclusão do curso de Mestrado em História, Área de Concentração: História, Cultura e Política. Linha de Pesquisa: História, Cultura e Narrativas. Orientadora: Profa. Dra. Solange Ramos de Andrade Aprovada em_____________________ __________________________________________________________________________ Profa. Dra. Solange Ramos de Andrade - Presidente __________________________________________________________________________ Profa. Dra. Edilece Souza Couto - 1ª. Examinadora __________________________________________________________________________ Prof. Dr. José Henrique Rollo Gonçalves – 2º. Examinador Maringá Julho de 2018 Para minha mãe, Sandra Arienti, a borboleta que me ensinou a voar. Para Ronaldo Barbieri, meu pai e grande exemplo de carinho e companheirismo. Para meu irmão, Gabriel Arienti Barbieri, cujas descobertas espirituais eu invejo. Para o LERR, a família que encontrei fora de casa. AGRADECIMENTOS […] Los otros son nuestros verdaderos viajes”. […] la práctica de la comunicación es el lugar real de la vida religiosa. Cada partida cambia, amplía, renueva ese lugar, que sin embargo sigue siendo la referencia y el desafío de una verdad. (CERTEAU, 2006, p. 29) Para Michel de Certeau, se a vida religiosa é fundada no ato de crer, na experiência compartilhada que guia o sujeito ao espaço infinito da fé, minha trajetória acadêmica quebrou algumas jaulas, cascas, algumas ideias prontas. Iniciei uma viagem, adotei um gesto de partida, longe da minha casa e das minhas seguranças. Uma viajem inesgotável, rumo a outras verdades, outras percepções da realidade, outras crenças, enfim, rumo ao Outro. Mas não fiz isso sozinha, afinal, essa é uma prática construída coletivamente, no intercâmbio e diálogo. Essa partida é dolorosa. Esse universo de possibilidades causa medo, gera angústia, pressiona corpo, ideias, certezas e sufoca. Eu só aprendi a respirar e viver essa viagem com o auxílio de algumas pessoas que me acompanham desde 2012. Atribuo o meu fôlego e todas as felicidades vividas às amizades que construí, àquelas que fortaleci, à família que tenho e também àquela que descobri fora de casa. São relações que transformaram boa parte dessas angústias em algo muito mais bonito, desobstruíram minha visão, trouxeram-me lucidez e proporcionaram as condições de finalizar minha dissertação. Agradeço aos meus pais, Sandra e Ronaldo. Sem vocês absolutamente nada disso seria possível! Vocês me dão todas as condições de fazer aquilo que mais amo: estudar. Agradeço ao companheirismo, ao apoio, às inúmeras vezes que olharam para mim e repetiram: “calma, vai dar tudo certo, tenha paciência”; aos vinhos e risadas na frente de casa, junto com o gato; as conversas filosóficas e políticas com vocês e o Gabriel, que também não escapou da área de humanas; por sempre me ensinarem coisas que eu pensava já saber. Sem esse apoio fundado em amor e carinho eu não teria finalizado este trabalho. Quando cheguei a Maringá, no ano de 2012, tive o privilégio de conhecer a família LERR, e a primeira integrante com a qual tive contato foi minha orientadora, a Prof. Dra. Solange Ramos de Andrade. Você foi minha professora, logo no primeiro ano da graduação na disciplina de Introdução aos Estudos Históricos. Quando saí de Toledo, não imaginava que encontraria alguém que me inspirasse tanto, que despertasse em mim, até então atéia, a vontade de estudar História das Religiões. Isso atribuiu sentido à minha vida. Você me ensinou o que é respeitar o outro diferente de mim, me ensinou a paixão pelo estudo, a ter disciplina e despertou em mim a vontade de passar horas a fio lendo autores que não iria entender tão cedo assim e nem sei se ainda entendi. Você me ensinou, por meio dos livros, aulas, mas também por meio de conversas e conselhos que vão muito além de sua função de orientadora. E por todos esses limites ultrapassados eu também agradeço. Eu ainda não sou uma mulher borboleta como você, mas meu casulo só começou a ser quebrado porque você apareceu em minha vida e avisou que existe um mundo fora dele que merece ser vivido. “Eu quero que vocês conquistem o mundo”. Profa. Dra. Vanda Fortuna Serafim, é oficial, sou sua agregada. Como já disse em outra ocasião, você não foi minha orientadora, mas sem dúvida indicou caminhos, maneiras de viver e sobreviver. Você estava ali, durante inúmeras tardes no laboratório, mostrando que a vida de pesquisadora está longe de ser fácil e indolor, mas que toda essa experiência pode me tornar uma pessoa melhor. Obrigada pelas reuniões de laboratório, pelos puxões de orelha, mas também pelos abraços e incontáveis palavras de conforto ao longo desses quase sete anos. Você e Solange estavam ao meu lado quando o mundo ameaçava desabar ao redor, roubando pessoas que eu amo, levando minha vontade de continuar caminhando. Vocês estavam ali segurando minha mão e me lembrando que, às vezes, era preciso perder o sentido, para poder viver a beleza de reencontrá-lo. Galera do LERR, se eu fosse falar aqui tudo que já passei com vocês renderia outra dissertação e ela, certamente, se chamaria “moranguinhos na cerca: entre presepadas e crenças”. Eu já vivi algumas fases do laboratório; vi membros saindo, voltando, chegando, mas alguns deles marcaram a minha trajetória e estiveram ao meu lado nesses últimos tempos. André Rocha Cordeiro e Carol Paes, vocês são as melhores pessoas com quem já morei. Agradeço pelas idas a NY, por cada almoço, filme e vodka para brincar de “Eu Nunca”; pelas risadas que suavizam os pesos do dia-a-dia, pelos abraços e limpezas da casa ao som de Rouge, Lady Gaga, Nickelback e Linkin Park. Mariane Emerenciano, Mariana Valentini, Juninho Plath, Giovane Gonzaga, Ana Paula de Souza, Fernanda da Silveira, Gabriela Bertrami, Gabriela Harumi, Andressa Paula, Giovana Mantovani, Tônia Kio, Leide Schuelter, Maria Helena Azevedo, Lucas Passoni, Murilo Toffanelli e Laís Guelis, são algumas das pessoas que conheci por meio do LERR e que também marcaram minha caminhada acadêmica em diferentes momentos. Agradeço por todas as viagens, seja de avião, 20 horas de ônibus ou de carro, com as janelas abertas cantando para abafar o som do vento; pelas discussões de textos, no laboratório ou nos banquinhos; por cada convite para correr, pelos desabafos, por cada vinho, dogão e risadas compartilhadas. Vocês garantiram minha sanidade e, por vezes sem saber, garantiram que eu não esquecesse quem sou. Minha gratidão por vocês é inesgotável! Minha caminhada por Maringá ainda me presenteou com amigos que conheci logo nos primeiros dias na cidade: Susan Emi Matsumoto, em uma cidade onde eu não conhecia absolutamente ninguém, você foi minha primeira amizade construída, obrigada por compartilhar comigo as primeiras loucuras e descobertas da vida de estudante. André Casotti, sua pasta “Mestre André” ainda está em meu computador com filmes que não assisti, me lembrando de todas as conversas nerds de domingos endomingados. Jeferson Ribeiro, Gi Carvalho, Patrick Trento, Rafael Heller, Carolina Eleutério, Vitor Zamboti, obrigada por todos os churrascos, por todas as idas a Dona Olga, e por todas as vezes que vocês me lembraram que existe vida fora da universidade. Camila Fernanda, obrigado por me apresentar o universo da dança. Luigi Ricciardi, agradeço por 4 anos de aulas de francês, por todos os Cine Luigi, cervejas e desabafos. Gabriela Lima, Tiago Paisana, Marcus Melo, Matheus Labatute, Cinthia Zúniga, a graduação me presenteou com a possibilidade de conhece-los e, sem vocês, eu provavelmente não teria sobrevivido àqueles quatro anos. Daniely Ayumi Shomokawa, você esteve ao meu lado nos momentos mais felizes e nos mais difíceis durante esses anos. Nós criamos rituais, compartilhamos Skol Beats, rodízios de sopa, mojitos, e memes de gato, nossos sucessos, aprendizados e, paulatinamente, minha confiança em você tornou-se inabalável. Obrigada pelo privilégio de ter você ao meu lado durante essa caminhada. Agradeço também aos meus amigos de Toledo, que permaneceram ao meu lado e me auxiliaram nessa trajetória acadêmica: Lucas Strefling, Gabriel Manzatti, Bruno Hang, Felipe Angeli, Pedro Grezzi Lima, Alceu Dal Bosco Junior, Jaqueline de Moura e Gustavo Malacarne. Vocês são prova de que a amizade sobrevive à distância. Obrigada por escutarem minhas descobertas da pesquisa, por me tirarem de casa toda vez que vou para a cidade e pelas jornadas de Age Of Mythology ou de Senhor dos Anéis. Obrigado por tornarem minhas memórias de Toledo tão felizes e reconfortantes. Vocês são meu fôlego. Agradeço também aos meus professores de história, filosofia e sociologia do Ensino médio Marco Sella, Marcelo Hansen e Rodrigo Donin que despertaram em mim o gosto inicial pelas ciências humanas. Agradeço também CAPES, que possibilitou a bolsa de mestrado. A amizade se constrói na partilha, quase como a crença da qual fala Certeau. Ela só existe na troca. É a presença de vocês, é poder compartilhar cada momento, certeza, dúvida e emoção; é com vocês que o sentido se constrói. RESUMO Analisar as representações do satanismo e dos alucinógenos no filme O bebê de Rosemary (1968), constitui o principal objetivo da dissertação. A produção norteamericana, dirigida por Roman Polanski, apresenta o casal Woodhouse (Mia Farrow e John Cassavetes) que, ao mudarem para Nova York, entram em contato com um grupo satanista.