Universidade Do Algarve Faculdade De Ciências Sociais E Humanas 2015
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Glória Marina Sousa de Almeida Évora A indústria óssea do Paleolítico Superior do sul da Península Ibérica: a gestão do risco e da incerteza Universidade do Algarve Faculdade de Ciências Sociais e Humanas 2015 Glória Marina Sousa de Almeida Évora A indústria óssea do Paleolítico Superior do sul da Península Ibérica: a gestão do risco e da incerteza Dissertação de Doutoramento em Arqueologia Trabalho efectuado sob a orientação de Professor Doutor Nuno Gonçalo Viana Pereira Ferreira Bicho FCHS, Universidade do Algarve Professor Doutor Valentín Villaverde Bonilla Departamento de Prehistoria y Arqueologia, Universitat de València Universidade do Algarve Faculdade de Ciências Humanas e Sociais 2015 II A indústria óssea do Paleolítico Superior do sul da Península Ibérica: a gestão do risco e da incerteza Declaração de autoria do trabalho Declaro ser a autora deste trabalho. Autores e trabalhos consultados estão devidamente citados no texto e constam da listagem de referências incluída. Copyright Glória Marina Sousa de Almeida Évora A Universidade do Algarve tem o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicitar este trabalho através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou em forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, de o divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objetivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor e editor. III Dedicado à Bé e ao Quim ao Carlos e ao meu Afonso IV "Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores. (...) Basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias (...)" José Saramago, in A Jangada de Pedra (1986) Este trabalho não segue o novo acordo ortográfico. V Agradecimentos Estão reunidos neste trabalho os meus últimos seis anos de investigação em indústria óssea. A isso se deve a boa colaboração de muitas pessoas e instituições, permitindo que este projecto se desenvolvesse. A todos os que poderão ficar involuntariamente esquecidos, o meu agradecimento. Em primeiro lugar à Fundação para a Ciência e Tecnologia pela atribuição da bolsa de doutoramento, que permitiu financiar a maior parte deste projecto. Ao Nuno Bicho e ao Valentín Villaverde, pela vossa amizade, por terem aceite a orientação deste trabalho e pelas vossas sugestões e críticas ao texto à medida que ele se foi desenvolvendo. Ao Miguel Cortés, agradeço a simpatia com que sempre me recebeu na Universidade de Sevilha, de todas as vezes que ali estive a estudar os materiais de El Pirulejo. Agradeço- lhe também a troca de ideias, sugestões e críticas ao trabalho. À Ana Navarro, directora do Museu de Almeria e ao Manuel Ramos pela disponibilidade que demonstraram logo de início, pela bibliografia cedida e pela possibilidade de aceder, sem restrições, ao materiais da Cueva Ambrosio, a qualquer hora do dia ou da noite! Não conheço nenhum outro museu que permita aos investigadores trabalharem nas suas instalações durante a noite. Sem restrições de horário, o trabalho flui mais rapidamente. Agradeço à Maria Borao, por me ter recebido tão bem e acompanhado quando estive em Valência. Pela troca de ideias sobre a metodologia de análise tecnológica e trabalho experimental. E também pelo passeio à beira do Mediterrâneo. Mais uma vez ao Nuno Bicho e ao Jonathan Haws por me permitirem aceder sem restrições às colecções de Vale Boi e da Lapa do Picareiro. Agradeço, de igual forma, ao João Cascalheira e ao João Marreiros por terem tido a paciência de santo para ler e criticar profundamente o texto. A vossa ajuda foi fundamental para esta dissertação fazer algum sentido. Em troca pago-vos uma Guiness. Agradeço à Maria João Valente, a amizade e a sua paciência em ouvir-me e pelos conselhos sobre a melhor forma de levar este projecto até ao final. À Cleia Detry, por um milhão de coisas. Ao longo destes anos muitas pessoas me foram enviando bibliografia, umas porque lhes pedi, outras de livre iniciativa. Agradeço a todos os investigadores, poucos portugueses e muitos estrangeiros, pelo envio de artigos sempre que os solicitei. Agradeço ao Txemi pela sua amizade, pela troca de ideias, formação e a bibliografia especializada. Este agradecimento estende-se também à Aline Averbouh e a Marienne Christensen, que conheci em Pincevent numa acção de formação sobre tecnologia óssea. VI Obrigada por partilharem de forma tão apaixonada os vossos conhecimentos sobre indústria óssea. E um obrigada muito especial à Aline por acreditar em mim e dar-me o privilégio de fazer parte do grupo de investigadores que desenvolvem o léxico de termos técnicos sobre indústria em matérias ósseas. Aos meus companheiros de viagens, congressos e de escavações arqueológicas, Telmo Pereira, Cláudia Umbelino, Célia Gonçalves, João Cascalheira, Rita Dias e João Marreiros, Cleia Detry, Lino André, Patrícia Monteiro, Cláudia Manso, Olívia Figueiredo, Eduardo Paixão e claro o Nuno Bicho. Obrigada a todos pelos óptimos momentos que sempre proporcionaram, particularmente em Vale Boi no verão de 2009. À minha família, não tenho palavras que cheguem para agradecer toda a paciência que tiveram comigo ao longo destes últimos anos, por não estar sempre disponível. Aos meus Pais e à Ana por estarem sempre ao meu lado e pelo apoio que sempre me deram. Aos meus Sogros, por tomarem conta do meu Afonso de todas as vezes que eu estive fora, e foram muitas vezes. Ao Carlos, por compreender e aceitar as minhas ausências e pelo apoio que me deu ao longo destes anos em que estive a trabalhar neste projecto. Agradeço-te a paciência. VII Índice Agradecimentos 6 Resumo 13 Abstract 14 Índice de Figuras 15 Índice de Gráficos 20 Índice de Tabelas 22 Capítulo 1 - Introdução 24 1.1 Introdução 24 1.2 Estrutura da dissertação 25 Capítulo 2 - Enquadramento geográfico e paleoambiente 31 2.1 Enquadramento geográfico 31 2.2 Reconstrução paleoambiental 34 2.2.1 Grutas 36 2.2.2 Turfeiras 37 2.2.3 Cores sedimentares marinhos 38 2.2.4 Cores sedimentares lacustres 40 2.2.5 Carvões 41 2.2.6 Macrofauna 42 2.2.7 Microfauna 44 Capítulo 3 - Enquadramento teórico e problemática 46 Capítulo 4 - Enquadramento crono-cultural 52 4.1 O Gravetense 52 4.1.1 Sul de Espanha 52 4.1.2 Portugal 54 4.2 O Proto-Solutrense 57 VIII 4.3 O Solutrense 60 4.3.1 Sul de Espanha 60 4.3.2 Portugal 64 4.4 O Magdalenense 66 4.4.1 Sul de Espanha 66 4.4.2 Portugal 70 Capítulo 5 - A investigação sobre indústria óssea do Paleolítico Superior no sul da Península Ibérica 74 Capítulo 6 - Metodologia 79 6.1 Metodologia da análise morfo-tecnológica 81 6.1.1 Orientação do artefacto 82 6.1.2 Análise morfológica 83 6.1.3 Análise tecnológica 84 6.2 Metodologia da análise traceológica 86 6.2.1 Equipamento macroscópico e microscópico 86 6.2.2 Análise da superfície óssea 88 Capítulo 7- Os sítios arqueológicos e a indústria óssea 91 7.1 Lapa do Picareiro 7.1.1 O sítio arqueológico 92 7.1.2 A indústria óssea 98 7.2 Vale Boi 7.2.1 O sítios arqueológico 103 7.2.2 A indústria óssea 110 7.3 El Pirulejo 7.3.1 O sítio arqueológico 115 7.3.2 A indústria óssea 119 7.4 Cueva Ambrosio IX 7.4.1 O sítio arqueológico 123 7.4.2 A indústria óssea 133 Capítulo 8 - Use-wear methodology on the analysis of osseous industries 138 8.1 Introduction 138 8.2 Current Status on use-wear analysis of bone artefacts 139 8.3 Methods 142 8.3.1 Artefact orientation 143 8.3.2 Artefact recording 143 8.3.3 Microscopic analysis 144 8.4 Final remarks 145 Capítulo 9 - Raw material used in the manufacture of osseous artefacts during the Portuguese Upper Palaeolithic 155 9.1 Introduction 156 9.2 The location of the sites and Radiocarbon Dates 157 9.3 The sample 158 9.4 The raw materials 161 9.5 Conclusions and perspectives 163 Capítulo 10 - Exploitation of bone and antler in the Upper Palaeolithic of Portugal 167 10.1 Introduction 168 10.2 Exploitation of bone and antler 169 10.2.1 Mechanical properties 169 10.2.2 Fracturing and extraction techniques 170 a) Fracturing 171 b) Sectioning 171 c) Longitudinal grooving and bipartition 171 10.2.3 Shaping 172 a) Scraping 172 X b) Abrasion 173 c) Incision 173 10.3 Conclusion 173 Capítulo 11 - Bone technology during the Gravettian in Vale Boi (Southwestern Iberian Peninsula):a use-wear approach 180 11.1 Introduction 181 11.2 Methodology 182 11.2.1 Experimental test 182 11.2.2 Use-wear analysis 183 11.3 Bone tool assemblage 184 11.4 Lithic use-wear analysis 186 11.5 Conclusion 187 Capítulo 12 - A Review of the Osseous Projectile Points from the Upper Palaeolithic of Portugal 193 12.1 Introduction 194 12.2 The archaeological sites and the sample 195 12.3 Functional aspects 201 12.3.1 Surface modifications 201 12.3.2 Fracture types 202 12.4 Discussion and conclusions 203 Capítulo 13 - Osseous industry and exploitation of animal resources in Southern Iberia during the Upper Palaeolithic 211 13.1 Introduction 212 13.2 Geography and regional paleoenvironments 213 13.3 Hunting strategies and the bone tools assemblages 217 13.4 Discussion 221 13.5 Conclusion 225 XI Capítulo 14 - Discussão e conclusão 238 Anexo Terminologia 254 1. Categorias de artefactos 254 2. Técnicas de fracturação, extracção e supressão de matéria-prima 256 2.1 Técnicas de fracturação 257 2.2 Técnicas de extracção 258 2.3 Técnicas de supressão 258 Bibliografia 262 XII Resumo Neste trabalho, apresentam-se os resultados da análise das colecções de utensílios em matéria dura animal, de quatro sítios arqueológicos localizados na região sul da Península Ibérica.