Por Uma Teoria De Fãs Da Ficção Televisiva Brasileira II: Práticas De Fãs No Ambiente Da Cultura Participativa
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Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira II: práticas de fãs no ambiente da cultura participativa Por uma teoria de fãs da fi cção televisiva brasileira II: práticas de fãs no ambiente da cultura participativa Maria Immacolata Vassallo de Lopes (org.) Ana Paula Goulart Ribeiro Clarice Greco Gabriela Borges Gisela G. S. Castro João Carlos Massarolo Maria Aparecida Baccega Maria Carmem Jacob de Souza Maria Immacolata Vassallo de Lopes Nilda Jacks Renato Luiz Pucci Jr. Veneza Mayora Ronsini Yvana Fechine COLEÇÃO TELEDRAMATURGIA VOLUME 5 © Globo Comunicação e Participações S.A., 2017 Capa: Letícia Lampert Projeto gráfico e editoração: Niura Fernanda Souza Preparação de originais e revisão: Felícia Xavier Volkweis Editores: Luis Antônio Paim Gomes e Juan Manuel Guadelis Crisafulli Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária Responsável: Denise Mari de Andrade Souza – CRB 10/960 P832 Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira II: práticas de fãs no ambiente da cultura participativa / organizado por Maria Immacolata Vassallo de Lopes. -- Porto Alegre: Sulina, 2017. 415 p. ISBN: 978-85-205-0804-6 1. Televisão – Programas. 2. Produção Televisiva – Ficção. 3. Meios de Comunicação Social. 4. Comunicação de Massa. I. Lopes, Maria Immacolata Vassallo de. CDD: 794.455 CDU: 316.77 654.19 659.3 Direitos desta edição adquiridos por Globo Comunicação e Participações S.A. Editora Meridional Ltda. Av. Osvaldo Aranha, 440 cj. 101 – Bom Fim Cep: 90035-190 – Porto Alegre/RS Fone: (0xx51) 3311.4082 Fax: (0xx51) 2364.4194 www.editorasulina.com.br e-mail: [email protected] Novembro/2017 Sumário APRESENTAÇÃO Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira II: práticas de fãs no ambiente da cultura participativa ........................9 PRIMEIRA PARTE Fãs e práticas criativas ..........................................................................17 #MeuLadoJoaquina: convocações do feminino e narrativas autobiográficas na cultura participativa ............................................19 Ana Paula Goulart Ribeiro, Igor Sacramento, Patrícia D’Abreu, Tatiana Oliveira Siciliano, Izamara Bastos, Amanda Rezende, Lilian Durães Amados amantes narrados nas fanfictions de telenovelas brasileiras .....................................................................57 Maria Carmem Jacob de Souza, Maíra Bianchini, Rodrigo Lessa, Daniele Valois, João Araújo, Amanda Aouad, Inara Rosas, Marcelo Lima, Renata Cerqueira, Débora Fernandes, Rodrigo Bulhões Fãs de Liberdade, Liberdade: curadoria e remixagem na social TV ...................................................................93 Gabriela Borges, Maria Cristina Brandão, Daiana Sigiliano, Soraya Vieira, Guilherme Fernandes SEGUNDA PARTE Fãs, recepção e consumo ...................................................................137 Espectadores, fãs e supernoveleiros: Velho Chico na cultura participativa ................................................139 Maria Aparecida Baccega, Gisela G. S. Castro, Andréa Antonacci, Antônio Hélio Junqueira, Beatriz Braga Bezerra, Camilla R. N. C. Rocha, Felipe C. Correa de Mello, Fernanda Elouise Budag, Maria Amélia Paiva Abrão, Rosilene M. A. Marcelino, Virginia Patrocínio Distinção e comunicação na apropriação da moda pelos fãs de telenovelas ......................................................173 Veneza Ronsini, Liliane Brignol, Sandra Depexe, Camila Marques, Otávio Chagas Velho Chico: mais um episódio na busca pelo fã de telenovela ...........................................................................211 Nilda Jacks, Lírian Sifuentes, Daniel Pedroso, Denise Avancini, Erika Oikawa, Fabiane Sgorla, Fernanda Chocron Miranda, Lourdes Silva, Mônica Pieniz, Sara Feitosa Práticas de binge-watching nas multiplataformas ...........................249 João Massarolo, Dario Mesquita, Naiá S. Câmara, Gustavo Padovani, Carolina R. Rezende, João P. P. Zago, Ana T. Alves, Silvio H. V. Barbosa TERCEIRA PARTE Fãs e modos de produção ..................................................................289 Dinâmicas de mediação entre produtores e fãs: o caso de Supermax ............................................................................291 Renato Pucci, Rogério Ferraraz, Maria Ignês Carlos Magno, Ana Márcia Andrade, João Paulo Hergesel, Anderson Gonçalves, Renan Villalon, Priscila Sozigam TV social como estratégia de produção na ficção seriada da Globo: a controvérsia como recurso .............................335 Yvana Fechine, Diego Gouveia Moreira, Cecília Almeida Rodrigues Lima, Gêsa Cavalcanti Sujeito acadêmico e seu objeto de afeto: aca-fãs de ficção televisiva no Brasil .............................................................367 Maria Immacolata Vassallo de Lopes, Clarice Greco, Fernanda Castilho, Ligia Prezia Lemos, Tissiana Nogueira Pereira, Mariana Marques de Lima, Lucas Martins Néia, Daniela Ortega Sobre os autores e colaboradores ......................................................405 Apresentação A Rede Obitel Brasil completa em 2017 dez anos de pesquisas ininterruptas sobre a ficção televisiva brasileira, e com esse feito temos o grande prazer em apresentar o quinto volume da Coleção Teledrama- turgia1, com o tema Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira II: práticas de fãs no ambiente da cultura participativa. A continuidade desta coleção reforça a importância da parceria com a Globo Univer- sidade, além de reafirmar a consolidação da Rede Obitel Brasil, braço brasileiro de pesquisadores do Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva (Obitel).2 1 Obitel Brasil – Rede Brasileira de Pesquisadores de Ficção Televisiva Fundado em 2007, o Obitel Brasil surge como uma rede nacional que conecta renomados pesquisadores de ficção televisiva. Essa rede é composta por mais de 70 investigadores que atuam em universidades e centros de pesquisa espalhados por três regiões e seis estados brasileiros (Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul). Em 2017, a rede se mantém constituída por dez grupos 1 Os quatro volumes anteriores da Coleção Teledramaturgia são: Ficção televisiva no Brasil: temas e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora Globo/Globo Universidade, 2009; Ficção televisiva transmidiática no Brasil: plataformas, convergência, comunidades virtuais. Porto Alegre: Sulina/Globo Universidade, 2011; Estratégias de transmidiação na ficção televisiva brasileira. Porto Alegre: Sulina/Globo Universidade, 2013; Por uma teoria de fãs da ficção televisiva brasileira. Porto Alegre: Sulina, 2015. 2 Criado em 2005, na cidade de Bogotá, o Observatório Ibero-Americano de Ficção Televisiva (Obitel) é um projeto que articula uma rede internacional de pesquisadores e tem por objetivo o estudo sistemático e comparativo das produções de ficção televisiva no âmbito geocultural ibero-americano. O foco está voltado para compreender e analisar os diversos aspectos envolvidos na produção, circulação e consumo de ficção televisiva nos países que participam do projeto. Atualmente, esses países são 12: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos (de língua hispânica), México, Peru, Portugal, Uruguai e Ve- nezuela. O Obitel trabalha com base no monitoramento permanente da grade de programação, horas e títulos produzidos anualmente, conteúdos e audiência de ficção das redes nacionais de televisão aberta desses países. Os resultados são publicados em forma de anuário – o Anuário Obitel – e de seminários internacionais em que debatem pesquisadores e produtores de teledramaturgia, culminando neste trabalho. A série de anuários teve início em 2007 e, em 2017, publicou-se o 11º anuário consecutivo. 9 de pesquisa e com apoio de universidades públicas e particulares, de agências regionais e nacionais de fomento à pesquisa. Uma rede com esse tempo de existência, de amplitude nacional, dedicada ao estudo da ficção televisiva brasileira, é fato inédito no campo da comunicação no Brasil e se caracteriza como um efetivo trabalho coletivo e colaborativo articulado pelos princípios da interdis- ciplinaridade. Todos os grupos de pesquisa trabalham sobre um tema de pesquisa comum e publicam a cada dois anos os resultados em livro da Coleção Teledramaturgia (Globo/Sulina). A rede promove também seminários nacionais que reúnem pesquisadores e produtores da área da ficção televisiva. Neste ano, as pesquisas dão continuidade à temática dos fãs, impulsionadas pela crescente apropriação das mídias digitais e intera- tivas por parte do público de ficção televisiva. Esse cenário cria novas configurações do universo dos fãs, que a Rede Obitel Brasil começou a mapear no biênio passado. A decisão de prosseguir com esta cartografia se baseia no fato de que a compreensão da figura e das práticas dos fãs ainda carece de pesquisas contínuas, a fim de acompanhá-las nas rápidas mudanças do que Jenkins chamou de cultura da convergência. Devido à importância e ao constante fortalecimento do campo dos estudos de fãs, resolvermos continuar com o tema realizando pesquisas com enfoques e métodos variados para aumentar a compreensão das atividades e criações dos fãs no ambiente da cultura participativa. Os pesquisadores da Rede Obitel têm admitido chamar de fã o telespectador participativo, que consome ou produz conteúdos sobre os programas de que gosta. São diferentes os níveis de seu engajamento: do “curtir” ao criar. A inserção do fã nesse amplo arco de possibilidades nos mostra que, independentemente de seu nível de engajamento em uma produção, ele se percebe fazendo parte de uma comunidade