Músicas E Danças Europeias Do Século Xix Em Cabo Verde Percurso De Uma Apropriação

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Músicas E Danças Europeias Do Século Xix Em Cabo Verde Percurso De Uma Apropriação Gláucia Aparecida Nogueira MÚSICAS E DANÇAS EUROPEIAS DO SÉCULO XIX EM CABO VERDE PERCURSO DE UMA APROPRIAÇÃO Tese no âmbito do Programa de Doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa, Estudos Culturais, orientada pelo Professor Doutor Carlos Sandroni e co-orientada pelo Professor Doutor António Sousa Ribeiro e apresentada ao Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra. Setembro de 2020 Instituto de Investigação Interdisciplinar/Centro de Estudos Sociais MÚSICAS E DANÇAS EUROPEIAS DO SÉCULO XIX EM CABO VERDE Percurso de uma Apropriação Gláucia Aparecida Nogueira Tese no âmbito do Programa de Doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa, Estudos Culturais, orientada pelo Professor Doutor Carlos Sandroni e co-orientada pelo Professor Doutor António Sousa Ribeiro e apresentada ao Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra. Setembro de 2020 À memória de Avelino Barreto, Desiré Bonnaffoux e José Alves dos Reis, que no seu tempo, tal como eu agora, recolheram materiais e pensaram sobre a música de/em Cabo Verde, os seus personagens, as suas hipóteses, os seus caminhos. Dentro das suas possibilidades e interesses, deixaram um legado que fertiliza todos os trabalhos que tenho realizado sobre temas relacionados com a cultura cabo-verdiana. À memória de Henrique Teixeira de Sousa e Fernando Quejas, pelo que partilharam comigo em várias entrevistas, fundamentais para muito do que tenho escrito, às quais acabo sempre por voltar, e a cada vez me parecem inesgotáveis. À senhora das mazurcas, Celina Pereira. iii Agradecimentos Aos meus orientadores, Carlos Sandroni e António Sousa Ribeiro. Aos docentes do programa de doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa. Ao grupo de músicos e amigos participantes na sessão de escuta partilhada – Amílcar Spencer Lopes, Antero (Tey) Santos, Daniel (Nhelas) Spencer e Henrique (Djick) Teixeira Oliveira – pela discussão indispensável à concretização deste trabalho e a outros músicos a quem recorri em busca de informações ou opiniões: Ângelo Barbosa (Djinho), Humberto Ramos, Maria Inês Guimarães, Paulo de Figueiredo (Paló), Vasco Martins, Vuca Pinheiro. Aos responsáveis dos arquivos da Rádio de Cabo Verde Francisco V. Sequeira e Tony Andrade Pires. Aos historiadores que vez por outra tive de contactar em busca de esclarecimentos: Ângela Coutinho, Daniel Pereira, Iva Cabral, João Nobre de Oliveira (in memoriam). A todos os entrevistados e pessoas, espalhadas pelas ilhas e pela emigração, que contribuíram, com esclarecimentos e outras formas de colaboração, para que uma ideia se transformasse nesta tese. Agradeço especialmente, em São Nicolau, a Joaquim António Lopes (Jack Toy Pedro), António José da Cruz (Da Cruz), Maninho Almeida e Ricardo Lima de Brito, e ainda a Aldina Vitória Lopes, Alécia Pereira, Hermínia Cruz, José Manuel Duarte Monteiro, Lindaci Oliveira, Manuel dos Santos e Maria Natalina Silva Leitão. Na ilha do Fogo, o meu agradecimento a Júlio Monteiro, Domingos de Barros (Domingona), Martina Gomes Soares (Lídia), Florêncio Gonçalves, Venâncio Gomes e Marco de Pina. Agradeço a Tibau Tavares, na ilha do Maio; a António Tavares e Natal Maurício Miguel, em São Vicente; e, de Santo Antão, António Pedro Costa Delgado, João Fiel Miranda e José Pedro Costa Delgado. A Celina Pereira (Portugal), Neuza Monteiro (Luxemburgo) e Raimundo Barbosa (França). E, por colaborações diversas e pelo seu apoio de modo geral, o meu agradecimento a Albertino Martins, Alcides Delgado Lopes, Antero Veiga, Carlos Reis, César Lélis, Elsa Fontes, Eutrópio Lima da Cruz, Graham Douglas, Homero Fonseca, Iná Camargo Costa, João Freire Oliveira, João Lopes Filho, Joaquim Fernandes, Joaquim Saial, Jonathan Ward, Jorge Tolentino, José Brito, Leão Lopes, Luís Mota Figueira, Manuel Brito Semedo, Manuel de Jesus Tavares, Marcel Balla, Margarida Fontes, Maria de Lourdes Jesus, Mário Silva, Monique Widmer, Neizinho Gomes, Patrick Regnier, Rosy Sousa (in memoriam), Silvia Punzo, Vicência Nascimento. E a Manuel Delgado (in memoriam) e Gilberto Lopes (in memoriam), a quem eu gostaria tanto de poder ter dado estas páginas para corrigir e opinar, mas que já não estavam aqui para o fazer, como fizeram em outras ocasiões, mas obrigada, mesmo assim. iv O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES-Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil v O estudo da alma de um grupo humano compreende não só o estudo da música que ele cria mas também daquela que o atrai, que o inspira, que ele adota, adapta e faz sua. Desiré Bonnaffoux, Música Popular Antiga de Cabo Verde Os músicos são os nossos arquivos. Registam na imaterialidade do som a nossa História e dão-na ao vento. Por vezes traduzem mais do que ninguém os novos ventos que sopram nas esquinas no Tempo. António Correia e Silva Combates pela História As gerações passam. A dança permanece. Ramalho Ortigão, Histórias Cor-de Rosa vi Resumo Práticas de música e dança que no século XIX eram formas de entretenimento social na Europa difundiram-se pelo mundo seguindo as rotas do colonialismo. Cabo Verde, colónia portuguesa, recebeu essas influências por várias vias: provenientes da metrópole, como é previsível, mas também diretamente de outros países, já que a localização do arquipélago no Atlântico favorecia os contactos com outros povos, por via do transporte marítimo. Duas origens foram decisivas na entrada dessas músicas e danças: os Estados Unidos, onde desde o século XIX uma comunidade de cabo-verdianos imigrados mantém fortes vínculos com a terra natal; e o Brasil, com o qual Cabo Verde manteve, no período em questão, contactos que propiciaram uma influência cultural que deixou várias marcas no arquipélago. Em ambos os casos, as músicas e danças que Cabo Verde recebe são já recriações locais das expressões europeias. Seja qual for a proveniência imediata, estas músicas, tocadas e dançadas em bailes da elite num primeiro momento, por músicos que só frequentavam os salões abastados por serem necessários à animação das festas, acabaram por ser apropriadas por esses violeiros e rabequistas, ganhando feição local. Ao mesmo tempo, por meio deles, passaram do salão para o quintal, isto é, difundiram-se entre as camadas populares. Valsas, polcas, galopes, mazurcas, schottisches eram o que se dançava nas primeiras décadas do século XX em Cabo Verde, assim como sambas, maxixes e a morna, que se ia afirmando como expressão musical popular até tornar-se um ícone da cultura cabo-verdiana. Havia por outro lado, como prática de dança em grupo, a contradança, ou quadrilha. A partir da metade do século XX, esse conjunto de práticas musicais e coreográficas cedeu lugar a novas tendências no gosto do público e muitas dessas expressões desapareceram da memória da maior parte das pessoas. Depois de cerca de três décadas de obscurecimento dessas músicas e danças, após a independência de Cabo Verde políticas do novo poder instituído procuraram valorizar essas – entre outras – tradições, que são então encaradas como parte do património cultural do país. Acompanhar e discutir o percurso dessas expressões desde a sua entrada no arquipélago até os dias atuais é o objetivo deste trabalho. O foco da investigação incide sobretudo na mazurca e na contradança, que são as que chegam mais pujantes à atualidade, e procura-se mostrar como, ao longo do tempo, elas se foram tornando uma tradição cabo-verdiana. Pesquisa bibliográfica, privilegiando a imprensa de várias épocas ao longo do período abrangido; entrevistas e discussões, presenciais e por outros meios, com fontes primárias ligadas ao processo; levantamento e audição de peças musicais relativas à área de interesse foram os métodos de investigação principalmente postos em prática. A elaboração da tese levou, por outro lado, à análise do papel de Portugal no contexto internacional da época em que essas músicas e danças chegaram a Cabo Verde, permitindo compreender a sua posição de colonizador – e portanto emissor de uma influência portuguesa – que tinha a especificidade de ser também um recetor da influência dos países europeus dominantes, como França e Inglaterra. Influência que se traduzia, para o que aqui interessa, em bens de consumo, modas, músicas, danças… Em síntese, pode-se afirmar que a influência portuguesa ocorreu em conformidade com o próprio perfil de Portugal como colonizador – central, mas ao mesmo tempo periférico, sendo um intermediário mas também estando à margem, quando as influências vieram de outros espaços. Reflete-se também, quanto ao momento histórico pós-independência, em que o fervor revolucionário ditava uma reafricanização da mentalidade vigente, sobre como as músicas de origem europeia não foram encaradas como um vínculo ao passado colonial, como aconteceu em outros territórios. Em Cabo Verde, foram vistas como um item, entre vii outros, da diversidade cultural do país e, assim, do seu património cultural. Finalmente, são explicitados os modos como mazurcas e contradanças são praticadas nos tempos atuais, seja em recriações de pendor folclórico ou obras autorais contemporâneas, em diferentes formas de expressão artística, sempre vinculadas a discursos identitários e assumidas como tradição de Cabo Verde. Palavras-chave Cabo Verde; património imaterial; influência portuguesa; mazurca; contradança viii Abstract Practices of music and dance that were forms of entertainment in Europe in the 19th Century spread across the world following the paths set by colonialism. The Portuguese colony Cape Verde received these influences from various
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