Maíra Kubík Taveira Mano Legislar Sobre “Mulheres”
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MAÍRA KUBÍK TAVEIRA MANO LEGISLAR SOBRE “MULHERES”: RELAÇÕES DE PODER NA CÂMARA FEDERAL CAMPINAS 2015 i ii Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ciências Humanas MAÍRA KUBÍK TAVEIRA MANO LEGISLAR SOBRE “MULHERES”: RELAÇÕES DE PODER NA CÂMARAFEDERAL Orientadora: Profa. Dra. Maria Lygia Quartim de Moraes Tese de Doutorado apresentada ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do Título de Doutora em Ciências Sociais. Esse exemplar corresponde à versão final da tese, defendida pela aluna Maíra Kubík Taveira Mano orientada pela Profa. Dra. Maria Lygia Quartim de Moraes e aprovada no dia 06/02/2015. _______________________ CAMPINAS 2015 iii iv v vi Resumo Nessa tese, investigo a atuação da Bancada Feminina na Câmara dos Deputados na 54a Legislatura (2011-2014). Considero as parlamentares que a integram como sujeitos posicionados do mesmo lado da divisão sexual do trabalho e que se agrupam para fazer uma oposição sistemática à sua inferioridade hierárquica socialmente construída. São também, contudo, um coletivo heterogêneo. Dessa maneira, debruço-me sobre sua atuação para compreender suas convergências, divergências e limitações. Palavras-chave: hegemonia; classe; mulheres; sexo; deputados; Parlamento vii viii Abstract In this thesis, I investigate the activities of the “Bancada Feminina” of the House of Representatives in the 54th Legislature (from 2011 to 2014). I believeparliamentarian womenare positioned on the same side of the sexual division of labor and that they formed this group to make a systematic opposition to its socially constructed hierarchical inferiority. They are, however, a heterogeneous collective. Therefore, I researchtheir actions in order to understand their similarities and differences, as well as their limitations. Keywords: hegemony; class; women; sex; representatives; Parliament ix x Sumário INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 1 PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................................................................................. 3 OBJETO, OBJETIVOS E HIPÓTESES .................................................................................................................... 13 METODOLOGIA .................................................................................................................................................... 16 “MULHERES” ....................................................................................................................................................... 20 TRADUÇÃO DOS CONCEITOS .............................................................................................................................. 27 PARTE I ...................................................................................................................................................29 CAPÍTULO 1 ..........................................................................................................................................31 UMA HISTÓRIA DAS MULHERES NA POLÍTICA INSTITUCIONAL BRASILEIRA ..............31 1.1 ENTRE O PATRIARCADO E A PATRONAGEM ............................................................................................. 34 1.2. A LUTA PELO SUFRÁGIO ............................................................................................................................. 40 1.3. O DIREITO CONQUISTADO ......................................................................................................................... 46 1.4. ANOS DE CHUMBO ...................................................................................................................................... 53 1.5. REDEMOCRATIZAÇÃO E O LOBBY DO BATOM ......................................................................................... 62 1.6. CONSOLIDAÇÃO DA BANCADA FEMININA E A PRESIDENTA ................................................................. 72 1.7. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ....................................................................................................................... 76 CAPÍTULO 2 ..........................................................................................................................................79 PRÁTICAS SOCIAIS E GÊNERO NO LEGISLATIVO......................................................................79 2.1. VOZES INSISTENTES, VOZES REPETITIVAS .............................................................................................. 82 2.2. MATERNIDADE E FAMÍLIA ........................................................................................................................ 85 2.3. A DISCRIMINAÇÃO NOS PARLAMENTOS .................................................................................................. 98 2.4. QUEM MANDA AQUI? .............................................................................................................................. 101 2.4.1. Mesa Diretora da Câmara Federal ............................................................................................ 102 2.4.2. Colégio de Líderes.............................................................................................................................. 103 2.4.3. Comissões .............................................................................................................................................. 105 2.4.5. Frentes parlamentares e bancadas ........................................................................................... 115 2.5. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES .................................................................................................................... 119 PARTE II .............................................................................................................................................. 122 CAPÍTULO 3 ....................................................................................................................................... 124 AGÊNCIA INDIVIDUAL E A ORGANIZAÇÃO DA BANCADA FEMININA ............................. 124 3.1 – CONSCIÊNCIAS DIFERENCIADAS .......................................................................................................... 125 3.2 – ORGANIZAÇÃO COMO BANCADA FEMININA ...................................................................................... 134 3.2.1 – Só mulheres, nada mais do que mulheres............................................................................ 134 3.2.2. Participação ativa ............................................................................................................................. 137 xi 3.2.3. A coordenação .................................................................................................................................... 142 3.2.4 – Uma nova formatação: a Secretaria da Mulher ............................................................... 145 3.2.5. Assento no Colégio de Líderes ...................................................................................................... 156 3.3 – OS LIMITES DA UNIDADE BIOLOGIZANTE .......................................................................................... 160 3.3.1 – Onde elas concordam .................................................................................................................... 160 3.3.2 – Onde elas discordam ..................................................................................................................... 179 3.4 – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................. 187 CAPÍTULO 4 ....................................................................................................................................... 190 O AMÁLGAMA CONJUGAL SOB A ÓTICA DO LEGISLATIVO: TRÊS CASOS EM ESTUDO190 4.1. AS AMARRAS SOCIAIS, ECONÔMICAS E PSÍQUICAS DO AMÁLGAMA CONJUGAL ............................... 193 4.1.1. A conscientização sobre a violência ........................................................................................ 197 4.1.2. Os meios para apropriação do corpo feminino ................................................................... 203 4.1.3. Em busca de uma saída .................................................................................................................. 212 4.1.4. A frente ideológica ............................................................................................................................ 221 4.2. AS AMARRAS RELIGIOSAS DO AMÁLGAMA CONJUGAL ........................................................................ 225 4.2.1. As oscilações ideológicas ................................................................................................................ 230 4.3. AS AMARRAS DE CLASSE E “RAÇA” DO AMÁLGAMA CONJUGAL ......................................................... 243 4.3.1. Trabalho reprodutivo durante o Brasil escravocrata ...................................................... 245 4.3.2. Unanimidade? ..................................................................................................................................... 250 4.3.3. A perda da mucama ......................................................................................................................... 259 4.4. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ...................................................................................................................