ATIVIDADE DE REVISÃO DE LITERATURA ROMANTISMO - PROSA SEMANA DE 11 A 15 DE MAIO PROFESSORA ROSANA 2º ANO

01 –Sobre o romance Lucíola é correto afirmar (assinale a ou as corretas) a) É de autoria de Bernardo Guimarães. b) O amor puro resgata uma mulher de uma vida de luxúria c) Há uma critica à sociedade e ao casamento. d) É um romance de critica ao celibato clerical e) O amor redime a personagem

02 – Use V ou F conforme a afirmação seja verdadeira ou falsa.

( V ) A obra de Joaquim Manoel de Macedo A moreninha possui uma visão simplificadora da realidade. ( F ) Fernando Seixas e Aurélia Camargo são os protagonistas de Inocência, que tem como característica o amor como redenção. ( V ) A idealização do índio brasileiro é parte do projeto nacionalista que os românticos brasileiros implementaram através da sua literatura. ( F ) Cinco Minutos, e são romances urbanos de José de Alencar. ( V )Normalmente, as heroínas românticas são desprovidas de opinião própria, dominadas pela emoção.

03-Considere as seguintes afirmações sobre a obra de José de Alencar:

I- Em ,narram-se as aventuras e desventuras de Martim Francisco, português e Iracema, a indígena dos lábios de mel, casal que simboliza a união dos dois povos na mata brasileira inexplorada. II- Em , Aurélia herda uma fortuna que a salva da pobreza e lhe permite comprar um marido, Seixas com quem manterá um casamento perturbado por conflitos e acusações mútuas. III- Em O guarani,as aventuras de Peri, bravo guerreiro indígena, são norteadas pela necessidade de proteger a jovem virgem loira Ceci, cuja integridade física é ameaçada.

Qual (is)afirmação (ões) está(ão) correta (s)? a) Apenas I b) Apenas III c) Apenas I e II d) Apenas II e III e) I, II e III

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04 – Sobre o romance Senhora , responda: a – Protagonista masculino FERNANDO SEIXAS b – Protagonista feminino . AURÉLIA CAMARGO c- Temas : . CRITICA AO DOTE / O AMOR REDIME / TRANSFORMA. d – Autor: JOSÉ DE ALENCAR

05 - Em relação ao romance Lucíola, de José de Alencar, é INCORRETO afirmar que: a) o narrador conta sua própria história e a de Lúcia/Maria da Glória através de uma carta endereçada a uma senhora que o achara muito indulgente para com as prostitutas. b) Lúcia – cujo nome verdadeiro é Maria da Glória – assume o nome e a identidade de uma colega que morrera tuberculosa. c) ao saber que Lúcia se prostituíra para salvar a família, Paulo aceita casar-se com Ana, sua irmã mais moça. d) Lúcia, ao retomar sua identidade como Maria da Glória, revela o desejo de se reabilitar para ser digna do amor de Paulo. e) a morte de Lúcia/Maria da Glória revela o preconceito social da época em relação às prostitutas.

05 - Leia o trecho do romance Senhora, de José de Alencar, em que Aurélia fala com Seixas, e responda.

– Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e sim por seu dote, um mesquinho dote de trinta contos! Eis o que não tinha o direito de fazer, e que jamais lhe podia perdoar! Desprezasse-me embora, mas não descesse da altura em que o havia colocado dentro de minha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degradação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime; a sociedade não tem leis para puni-lo, mas há um remorso para ele. Não se assassina assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio.

Em seu discurso, Aurélia revela sentir, com relação a Seixas, a) pena. b) satisfação. c) indiferença. d) mágoa. e) compaixão.

06 - Sobre o romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, leia o trecho reproduzido e responda à questão seguinte.

“Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será porque no tal jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?... não! ele esperava isso como castigo da sua inconstância. A causa é outra: a alma da ilha de ... não está na sala! Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho muito em ordem; não se rasgou ainda nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum beliscão, tudo se faz em regra e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está aí: D. Carolina está ausente!... Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela idéia absolutamente diversa da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a interessante Moreninha é, na verdade, travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça, que tudo se lhe perdoa. D. Carolina

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é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, ligeiro como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue flor e voeja nos ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”

MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto Alegre, 2001.p. 123-124.

A única alternativa incorreta sobre a obra e o trecho lidos é: a) O cotidiano burguês do século XIX é apresentado em diversos capítulos, detalhando os hábitos e costumes da época. b) A comparação de D. Carolina a um beija-flor é um recurso estilístico próprio do Romantismo, e serve para enfatizar o caráter idealizador sobre a figura feminina. c) A inquietação de Augusto é causada pela ausência de D. Carolina, e não pelo fato de o jogo estar monótono. d) Augusto começa a enxergar a jovem D. Carolina como uma mulher sedutora e extravagante, após alguns dias devidamente instalado na ilha de... e) A obra sugere, em seu final, que o romance é resultado da derrota de Augusto na aposta realizada com seu amigo Filipe.

07 - O texto abaixo, extraído do romance A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) é fragmento da carta escrita por Fabrício, estudante de medicina, a seu colega e amigo Augusto, pedindo-lhe ajuda para que passa safar-se de namoro não mais desejado.

“Malditos românticos, que têm crismado tudo e trocado em seu crismar os nomes que melhor exprimem as idéias!... O que outrora as chamava em bom português, moça feia, os reformadores dizem menina simpática!... O que numa moça era antigamente, desenxabimento, hoje é ao contrário: sublime languidez!... Já não há mais meninas importunas e vaidosas... As que o foram chamam-se agora espirituosas!... A escola dos românticos reformou tudo isso, em consideração ao belo sexo.”

(MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo: FTD, 1991. p.31.)

De acordo com o texto e considerando o período em que a obra foi escrita, é correto afirmar: a) A figura de linguagem utilizada no texto para se referir ao modo como as mulheres passam a ser tratadas pelos artistas românticos é a hipérbole, que consiste no exagero com o intuito de realçar uma ideia. b) O termo “românticos”, utilizado no texto, diz respeito a estado de espírito, desviando-se do movimento artístico dominante na primeira metade do século XIX brasileiro. c) O movimento romântico teve caráter contestador, trazendo mudanças não somente para a arte como também para o comportamento. d) Percebe-se, no texto, forte influência do Positivismo, pois o personagem preocupa-se com a maneira através da qual os escritores românticos referem-se às mulheres. e) A referência ao modo de tratar a figura feminina exprime uma tentativa de aproximar dois pólos considerados inconciliáveis e opostos, denotando profundo gosto pelo paradoxal e antitético.

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08 - De acordo com a leitura da obra Lucíola, de José de Alencar, julgue as afirmativas e, a seguir, marque a alternativa CORRETA.

I. Há, em Lucíola, um clima de sensualidade constante, combinado com o ardor e sofrimento, bem no clima da literatura romântica que predominava na segunda metade do século XIX.

II. O romance entre os protagonistas, Lúcia e Paulo, “sacode”a Corte e provoca um excitado burburinho na sociedade. De um lado, a mulher que, sendo de todos, jurava não se prender a nenhum homem; de outro, o homem em dúvida entre o amor e o preconceito.

III. O foco narrativo é em 3ª pessoa; o narrador-observador não participa da história; com isso, há um forte apelo à imaginação do leitor.

IV. Em Lucíola, o amor não resiste às barreiras sociais e morais. Assim é o romance da bela Lúcia, a mais rica e cobiçada cortesã do Rio de Janeiro, e Paulo, um jovem modesto e frágil. a) Apenas a afirmativa I é correta. b) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas. c) Apenas as afirmativas I e IV são corretas. d) Apenas as afirmativas I e II são corretas. e) Apenas as afirmativas I, II e III são corretas

09 - Assim como as novelas de televisão da atualidade, os romances românticos foram inicialmente editados em capítulos nos jornais, aumentando extraordinariamente a tiragem dos periódicos. Esses “folhetins” caíram no gosto do público burguês, e para atender a essa demanda, os escritores precisavam satisfazer aas expectativas e os valores ideológicos dessesleitores. Nessa perspectiva, leia os trechos abaixo e analise as proposições que vêm a seguir.

- Isto tudo me parece um sonho, respondeu Augusto, porém, dê-me este breve! A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosêlo precipitadamente. Aquela relíquia era sua última esperança. Só falta a derradeira capa do breve... ei-la que cede e se descose...salta uma pedra... e Augusto, entusiasmado, cai aos pés de D. Carolina, exclamando: - O meu camafeu! O meu camafeu! A srª D. Ana e o pai de Augusto entraram nesse instante na gruta e encontraram o feliz e fervoroso amante de joelhos e a dar mil beijos nos pés da linda menina, que também chorava de prazer. (Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha)

O que é isto, Aurélia?- Meu testamento. Ela despedaçou o lacre e deu a ler a Seixas o papel. Era efetivamente um testamento em que ela confessava o imenso amor que tinha ao marido e o instituía seu herdeiro universal. – Essa riqueza causa-te horror? Pois faz-me viver, meu Fernando. É o meio de a repelires. Se não for bastante, eu a dissiparei. As cortinas cerraram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam o hino misterioso do santo amor conjugal. (José de Alencar, Senhora)

( V )Os finais felizes, com a resolução dos conflitos que quebraram, por instantes, a harmonia da ordenação social burguesa, são característicos do gênero folhetinesco. (V )Os folhetins, assim como as novelas, trabalham com a estratégia do suspense, interrompendo a narrativa num ponto culminante, de modo a prender o leitor/telespectador até o capítulo seguinte. ( V )Ao submeter-se às exigências do público e dos diretores de jornais, o escritor romântico não podia criticar os valores da época, cria ndo uma arte de evasão e alienação da realidade.

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( V )O gênero folhetinesco pretendia atender às necessidades de lazer e distração do público leitor. ( F )O gênero folhetinesco pretendia formar um público exigente e crítico, capaz de mudar os rumos de sua história.

10 - Considere os dois fragmentos extraídos de Iracema, de José de Alencar.

I. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.

II. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?

Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que o enredo apresenta a) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil. b) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela conquista e preservação do território brasileiro contra o invasor estrangeiro. c) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra. d) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo. e) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia.

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