Adriana Picheco Rolim

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Adriana Picheco Rolim UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA NÍVEL MESTRADO ADRIANA PICHECO ROLIM CONSTRUÇÃO DO INIMIGO INTERNO: circulação de imagens e informação como metodologia repressiva no Brasil entre os anos de 1968 e 1975 São Leopoldo 2018 ADRIANA PICHECO ROLIM CONSTRUÇÃO DO INIMIGO INTERNO: circulação de imagens e informação como metodologia repressiva no Brasil entre os anos de 1968 e 1975 Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História, pelo Programa de Pós- Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS Orientador: Prof. Dr. Hernán Ramiro Ramírez São Leopoldo 2018 R748c Rolim, Adriana Picheco Construção do inimigo interno : circulação de imagens e informação como metodologia repressiva no Brasil entre os anos de 1968 e 1975 / por Adriana Picheco Rolim. – 2018. 230 f. : il. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado) — Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em História, São Leopoldo, RS, 2018. “Orientador: Dr. Hernán Ramiro Ramírez”. 1. Ditadura – Brasil. 2. Inimigo interno. 3. Cartazes. 4. Imprensa. I. Título. CDU: 981.088 Catalogação na Publicação: Bibliotecário Alessandro Dietrich - CRB 10/2338 ADRIANA PICHECO ROLIM CONSTRUÇÃO DO INIMIGO INTERNO: circulação de imagens e informação como metodologia repressiva no Brasil entre os anos de 1968 e 1975 Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História pelo Programa de Pós- Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS Aprovado em (04) (06) (2018) BANCA EXAMINADORA Prof.ª Dr.ª Mariana Rangel Joffily- UDESC Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence Prof.ª Dr.ª Caroline Silveira Bauer-UFRGS Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence Prof.ª Dr.ª Marluza Marques Harres-UNISINOS Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence Prof.º Dr. º Hernán Ramíro Ramírez (Orientador)-UNISINOS Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence AGRADECIMENTOS Ao longo de muitos anos, o tema “Ditadura Militar” permeou a minha curiosidade. Vivenciando as muitas denúncias de tortura, a partir de movimentos de redemocratização, da volta dos exilados políticos e do desvelo das ações repressivas, foi através da leitura nos periódicos à época e do compêndio Brasil Nunca Mais, que se iniciaram os questionamentos referentes a temática. Este trabalho resultou de anos de pesquisa e da busca por informação relacionadas ao período, por indícios que trouxessem respostas às inúmeras perguntas formuladas, acerca dos mecanismos do regime repressor. No limiar dos anos 1980, as denúncias de tortura tomaram forma, ainda que inicialmente, estas se avolumaram com o passar dos anos e, hoje, expõem uma miríade de pessoas, grupos, órgãos públicos e setores da sociedade, entre outros, atingidos por esta forma de imposição governamental. Se a curiosidade era, a princípio, por aqueles que passaram nos horrores dos porões da ditadura, depois de um tempo, passou a ser sobre a instituição e estruturação deste aparato, e de que forma como o Estado praticou ações “legitimadas”, sob a égide da Doutrina de Segurança Nacional. Meus agradecimentos vão a muitas pessoas, a minha família, meus amigos, meus colegas, professores, entre outros. De início agradeço ao programa de pós- graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos por ter me acolhido, proporcionando-me o convívio e o usufruto das suas unidades. Agradeço, também os professores, cujas disciplinas me foram de grande utilidade, em especial ao Prof. Dr. Luís Fernando Medeiros que possibilitou o “desmanche” e a organização do conteúdo dos meus cartazes. Às meninas da secretaria do PPG em História, em especial a Saionara Brazil. Agradeço ao meu orientador Hernán Ramiro Ramírez, que sem ao menos me conhecer, acreditou na proposta deste trabalho. Agradeço, igualmente, pela indicação das leituras relacionadas, dos vídeos dos IPES, dos textos em espanhol, possibilitando uma familiaridade maior com o idioma; enfim sou grata pela sua orientação. Agradeço aos meus colegas do curso de mestrado, ao Júlio pelas horas de debate, pelo incentivo quanto à importância da temática escolhida e pelo compartilhamento das leituras. Às “Carolinas” Rippe, pela parceria nos encontros de história, a Poletto, a Giane Flores, sempre pronta a ajudar, ao Carlos Otoniel por partilhar o estudo de um tema “fora de moda”; à política, ao Vinícius Almeida, que durante a escrita desta dissertação, na escolha das palavras certas, a sua lembrança vinha me “assombrar” quando deparava-me com a repetição delas, além do necessário e também, por digitalizar textos indicados para as leituras nas disciplinas cursadas, facilitando a vida de todos; ao Thiago Arcanjo pelo incentivo em não deixar de lado a nossa “judia predileta”; ao Fúlvio pelos debates em relação à análise do meu tema; aos colegas Liane, Mateus, Priscila, Lidiane, Estela, Felipe, Marcelo e todos os demais com os quais pude de forma direta ou indireta trocar dúvidas, experiências, textos, etc. Agradeço aos amigos de fora do mestrado, que de muitas maneiras me ajudaram, em especial a Daniela Gonzalez, ao Vanderlei Neri e Bernard Prietto, pela leitura, pelos conselhos e pelas “luzes” em momentos tão necessários; e aos meus “colaboradores” Carla Cristina Picheco Cidade e Lúcio dos Santos pela contribuição na análise de algumas fontes utilizadas para este estudo. Agradeço aos meus familiares pelo apoio, compreensão e principalmente pelas ausências em função deste trabalho, em especial ao meu marido Lúcio e ao meu filho Jan, que vivenciaram as descobertas, as alegrias, os desesperos, as inseguranças e tudo mais que envolveram todos os dias de pesquisa e de escrita deste trabalho. RESUMO O objetivo desta dissertação é analisar a construção da imagem do inimigo interno através de alguns exemplares de cartazes impressos produzidos pelos órgãos de informação e segurança, compostos de slogans e imagens relacionados a indivíduos considerados “terroristas”, destinados a exposição pública em um período que compreende os anos de 1968 e 1975, no contexto da Doutrina de Segurança Nacional, DSN. Os chamados “cartazes de terroristas procurados” foram propostos dentro de uma normativa de caça e combate ao elemento dito “subversivo”. Inicialmente, foram difundidos com o intuito do conhecimento e da delação do inimigo interno, o que os coloca dentro de uma prática metodológica e repressiva, cuja repercussão no âmbito social envolveu a população não somente para a vigília e a delação, como para inserir o medo e a insegurança no tecido social. Um conjunto de reproduções destes cartazes, chamados de “coleções”, somados a documentos produzidos pelos órgãos de informação e segurança, pelo DEOPS e pelos periódicos da época, como a revista Veja , Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo , possibilitaram o cruzamento destas fontes, a fim de proceder com as devidas inferências resultantes nesta dissertação. Dividida em quatro capítulos, esta dissertação parte da introdução sobre a temática e seus entornos, no capítulo seguinte discorre sobre o serviço de informações e sua extensa rede de comunicação, depois sobre a análise de conteúdo das coleções compostas de exemplares de cartazes, segundo a sua composição e apresentação e por fim, no último capítulo, um estudo sobre as efemérides nos periódicos supracitados e suas relações com os cartazes e as versões oficiais atribuídas às mortes dos “terroristas”, advindas dos órgãos de segurança e informação e divulgadas pela imprensa, selecionadas conforme o protagonismo destes indivíduos em ambas as situações. A produção e difusão destas coleções de cartazes configurou-se como uma propaganda do regime, disposto a construir a imagem do inimigo interno, a fim de apresentá-lo à sociedade como uma ameaça à nação. Esta prática repressiva embasou-se nos princípios da Lei de Segurança Nacional e da DSN, advindo de um governo autoritário que se instituiu como legítimo, caracterizando-se como um método de coação e repressão dentre outros já conhecidos. Palavras-chave : Ditadura. Brasil. Inimigo interno. Cartazes. Imprensa. ABSTRACT This dissertation aims to analyze the building of the inside enemy image through some printed posters copies produced by security and information public agencies, composed of images and slogans related to people considered “terrorists”, used to public exposure in the years of 1968 and 1975, during the Brazil national security Civil- Military Dictatorship’s period, in the National Security’s Doctrine. These posters, called “wanted terrorist posters” were proposed considering a hunt and fight regulation towards a so-called “subversive” element. Initially, these posters were publicized in order to identify, recognize and report the inside enemy, defining them as a repressive and methodic praxis, whose repercussion in the social context drew in the population not only to a watching and denouncing’s process, as well as would infuse fear and insecurity in the social fabric. A set of copies of these posters, called “collections”, added to documents made by security and information public agencies, as well as other ones produced by DEOPS and some newspapers from that period, like Veja, Folha de São Paulo, and O Estado de São Paulo, made possible a proper sources crossing, in order to achieve the adequate inferences resulting from this dissertation. Divided into four chapters, this dissertation starts from the introduction about the
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