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224 TEORIA E CULTURA Keywords: popular music, , 80’s, youth. Keywords: popular music, brazilian rock, 80´s,youth as well as reasons the that made youth acentral category about to think process. this strategies and obstacles that explain success the of brazilian rock inits search for market and prestige, imagea certain of youth that one became of its main of signs. articleis The this to purpose the detail to of arrival Due the agroup of musical journalists it gathers legitimacy. In meantime, the it constructs 1980s,brazilian the During rock establishes itself as most musical the inthe style successful industry. Abstract Palavras chave: música popular, rock brasileiro, anos 80,juventude. categoria central para processo. pensar esse do gênero emsua busca por mercado eprestígio, como bem que as juventude razões da fizeram uma marcas principais. Oobjetivo deste as artigo estratégias édetalhar que epercalços explicam oêxito cultural. Ao longo doprocesso, constrói imagem uma certa dejuventude que torna se uma desuas brasileiro demúsica. Pela deuma ação nova decríticos musicais leva conquista, também, legitimidade Durante de 1980, o rock como a década nacional de maior o estilo firma-se sucesso no mercado Resumo Afro-brasileira (Unilab). 2 Doutor USP pela eprofessor emSociologia Universidade da desociologia Integração da Internacional Lusofonia da 1 Doutor USP pela eprofessor emSociologia visitante Universidade da (UEC). doCeará Estadual Autonomy and Hetoronomy of youth, Brazilian rock: music and lifestyle inthe80’s Autonomia ehetoronomiadorockbrasileiro: Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) juventude, músicaeestilodevida na décadade1980 Marcelo Garson Lucas Souza 2 1

Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 225 Grupos Juvenis nos anos 80 em São Paulo: um estilo de de estilo um Paulo: 80 em São anos nos Juvenis Grupos Nessa época, o rock nacional firma-se época, nacional como o rock Nessa O rock dos 80 e suas singularidades anos é um e juventude música A associação entre produção de seus antecessores é bastante rarefeita rarefeita é bastante de seus antecessores produção a ainda, importante Mais inexistente. quase ou e instituições agentes constituem como maneira há Não incipiente. especializadas é extremamente constituição à necessário continuidade de elo um Assim, estruturado. musical de um universo essas “rock”, rótulo o compartilharem de apesar e das outras umas distinguem-se expressões 1980. anos viria nos do que a surgir também brasileiro mercado no sucesso o estilo de maior leva de críticos nova ação uma de Pela de música. legitimidade também, conquista, musicais uma constrói do processo, longo Ao cultural. de uma se torna que de juventude certa imagem é artigo deste O objetivo principais. marcas suas explicam e percalços que detalhar estratégias as e mercado por busca em sua do gênero o êxito fizeram da razões as que bem como prestígio, esse pensar para central categoria uma juventude processo. os anos sobre investigações nas marcante elemento trabalho no de claro mais ainda 80, tornando-se nessa (1994). Segundo a autora, Abramo Helena espantoso no embalo tomou décadaa juventude passados ao anos dos econômico crescimento trabalho. de mercado no maciçamente ingressar como mostram ela por dados apresentados Os da PEA rejuvenescimento um sensível houve desde urbana ativa) economicamente (população a taxa de “Enquanto meados da década anterior. de mercado da no população geral crescimento (entre de 85%, a dos adolescentes trabalho foi de 91,5%” (...). Em 1980, os foi 15 e 19 anos) 4 de Marcelo Dolabela (1987). de Marcelo Brasileiro Rock (2004) e ABZ do Vilella de Oswaldo que se debruçaram sobre esses dez sobre se debruçaram que 3 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa De Lugar nenhum a bora bora: identidades e fronteiras simbólicas nas narrativas do Rock brasileiros dos anos 80, anos dos brasileiros Rock do narrativas nas simbólicas e fronteiras identidades bora: a bora nenhum De Lugar , é de 1955. No final da década, , é de 1955. No já tínhamos Introdução de anos nos brasileira popular A música A produção musical na década na de 1980 musical A produção no inexistisse rock o que dizer quer não Isso Rock and Roll é o nosso Trabalho: A Legião Urbana Urbana A Legião Trabalho: é o nosso Roll em Sociologia, and 1992) e Rock (Mestrado Abramo de Helena social, atuação em Sociologia, 2011). (Mestrado de Érica Magi Mainstream, ao Underground do de Ricardo 80, anos dos e o Brasil o rock luta: (1995), Dias de Dapieve 80, de Arthur anos dos brasileiro o rock Brock: 4 Ver: Bryan 80, de Guilherme (2004), Umaanos nos brasileira jovem cultura dança: não sonho um (2013), Quem tem Alexandre brasileiro de rock década Os filhos da revolução: A juventude urbana e o rock brasileiro brasileiro rock e o urbana juventude A revolução: da em Sociologia, filhos 2005), Os (Mestrado Ribeiro Naves de Júlio consumo de mercado do e a formação 2011), O rock em Historia, do Carmo 1980, de Aline Rochedo (Mestrado anos dos produtos de consumidor em mercado juventude da transformação na pop-rock música da a participação juvenil: cultural Sociologia,em 1996), (Mestrado Groppo Antônio Luis de culturais, 3 Ver: Ver: 3 1980 já despertou o interesse de uma série de uma o interesse 1980 já despertou Seja de trabalhos meio de pesquisadores. por acadêmicos é entendida como a época como da consolidação é entendida a ascensão de uma brasileiro, do rock definitiva (tanto juvenil marcadamente cultural produção dos no quanto dos produtores universo no da de resposta e um momento consumidores) o crises assolavam às que fonográfica indústria de discos. mercado O primeiro então. até brasileiro musical cenário das Ronda Brasil, no lançado de rock compacto Horas nossos primeiros astros do gênero, Celly Campelo Celly Campelo gênero, do astros primeiros nossos Nos em português. cantando e Sérgio Murilo, instrumental o rock tanto 1960, tivemos anos sucesso o quanto Blacks Jet The como bandas de dos artistas da efêmero, porém estrondoso, cuja seguidos Mutantes, pelos Os Guarda, Jovem psicodélica se em bandas sentir faria orientação década na seguinte. Secos como Molhados, e o rock conheceram 1970 também anos Os Bolha.e A Casa Máquinas das d’A progressivo produções nessas é difícil enxergar entanto, No cada dessas uma de um sistema: a constituição de mercado nichos para apontou iniciativas à se remeteram como e a maneira distintos que analisaram as produções culturais nessa nessa culturais produções as analisaram que sobre considerável bibliografia uma década, existe esses trabalhos, Sobre período. nesse música rock/ trilogia a certopaira consenso: “juventude/ fonográfica”. indústria anos, seja em reconhecidas obras de jornalistas obras seja em reconhecidas anos, 226 TEORIA E CULTURA fermentaram a cena punk àquela dosjovens proletários que ingleses, proporções, uma vivia situação semelhante que,um segmento guardadas social as devidas 1977 e 1978. Aqui, encontrou a receptividade de tempo depois desua explosão internacional, entre jogo. nos ajuda acompreender melhor oque estava em atingiu proporções nacionais. Achegada dopunk nicho demercado que privilegiado rapidamente a forma como ajuventude fez música da um do entretenimento. jovem que tornou se ocarro chefe indústria da devida deumestilo ligadoànoção nessa década, parte de um mercado de consumo que floresce (Abramo, 1994,p. 60).Orock, portanto, faz as pistas depatinação, as lanchonetes, etc” danceterias (...),as lojas dediversões eletrônicas, de dança nos as bairrossalões deperiferia, voltados para adiversão juvenil, como imensos anos, desenvolveram-se numerosos espaços aos poucos, no transcorrer dosanos 70.“Nesses relacionados aroupas ediversão, foram surgindo, direcionados público, aesse principalmente deconsumo Bens específicos. e serviços aquisitivo,poder ansiavam produtos por certos que, mesmo limitados aumrelativamente baixo consumidores jovens entre os setores populares e respeito no interior família” da (Idem, p. 60). confere (...),poisde ação otrabalho maturidade no sentido demaior independência eliberdade crescente “autonomia emrelação àfamília, tanto juventudepela brasileira, e osegundo, sua de “consumo pessoalmente debens valorizados” primeiro relaciona se àpossibilidade financeira juvenil na produção cultural dosanos 80.O importante para aefetiva segmento desse ascensão 58). Dissoresulta umefeito duplo esumamente zona urbana dopaís” (ABRAMO, 1994,p. 57- jovens entre 14 e24anos estavam na ocupados indicavam doCenso dados que mais de70%dos A chegada dopunk O punk Mas, apenas econômica aascensão não explica Abramo,Segundo havia umcontingente de Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) noBrasil ao Brasil se deupouco aoBrasil se . Alguns trabalhos sobre. Alguns trabalhos

década, falavam-sedécada, emtorno jovens de15mil Paulo. Bivar (1982)dizque, naquele iníciode entrealastrasse ajuventude suburbana deSão ainda não institucionalizado. própriospelos atores aumesquema obedecia shows efanzines confeccionados edistribuídos um mercado denicho. Aformação debandas, às margens grande da indústria, atrelando-se a confecção daquela cena punk atédiscográficos, oiníciodosanos 80.A jornais ou revistas, como emempreendimentos projeto de exploração dopunk Mesmo assim, não houve nenhum grande frequente eviolência. deimagens depodridão por jovens pobres e marginalizados, e o uso Europa,pela deprotesto cunho seu empreendido caráter decontestação espalhando que se vinha Veja. As reportagens chamavam atenção para o anos 70,através dasrevistas Pop, Manchete e punk assolava osjovens londrinos epaulistanos. Um clima erevolta dedesesperança realmente desemprego econômica ecrise 2010). (GUERRA, jovens por uma devastados onda ingleses, de p. 59).Asituação éanáloga àquela pelos vivida muito, muito raivosos” 2013, (ALEXANDRE, e que sentiam se excluídos, marginalizados e ao consumo. Jovens que buscavam informações hora para outra, perderam à diversão o acesso e eraode“garotos dogrupo O perfil que, deuma e jogava para mais osubemprego. milhões sete em 1982,atingia depessoas cerca milhões deseis batiados100%aoano,já acasa odesemprego, assolava oBrasil no iníciodosanos 80.Ainflação que mais com econômica padeciam acrise que mercado, e suas famílias de proletários, aqueles jovensesses recém-inseridos no deperiferia, a força dosanos anteriores. Eram exatamente de um“milagre econômico” ofôlego sem já e que sofrendosegmento vinha as agruras social suburbanos efamílias debaixa renda. Um deSãoPaulo,periferia deproletários filhos deu, principalmente, se inicial entre jovens da 1994; BIVAR, 1982)mostram que sua entrada o surgimento dopunk Mas isso não impediu que opunk As primeiras informações sobre omovimento começaram aaportar no Brasildos no fim no Brasil (ABRAMO, paulistana dava se , tanto em se se Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 227 paulistanas foi, paulistanasfoi, . 5 , mal chegou às finais, mas em pouco pouco em mas finais, às , mal chegou A new wave encontrou ótima guarida no clima clima guarida no ótima encontrou newA wave de perto de conhecer Depois o movimento viria o rock para maior o estímulo Mas ensolarado do , ao formar uma uma formar ao Riodo Janeiro, de ensolarado público série e seduzir um considerável de bandas rock carioca, sonoridade uma capital Na jovem. e adocicado àquela de cunho ameno bemmais punks pelas bandas produzida de comunicação. os meios ganhando aos poucos, um estilo de vida com dialogavam que Músicas um grande média de classe obtiveram jovem o arranque para fundamental de público, sucesso brasileiro. inicial do rock Barrosoinscreveu Júlio o jornalista new wave, no Absurdettes 90 & As Gang seu conjunto pela Rede Globo promovido Shell, MPB festival na Perdidos concorrente, em 1981. A canção Selva na rolando e minha gata “Eu seus versos tempo, pirados/ Covil piratas de de tudo/ Rolava relva/ rádios nas ouvidos eram selva” na Perdidos que radiofônico um sucesso Era de todo país. “viria tendência a ser o que a primeira antecipava 80: bom-humor, dos anos brasileiro do rock e apresentações femininos corinhos romantismo, 17). (VILELLA, 2004, p. teatralizadas” por formado conjunto Um seguinte. ano no do grupo carioca teatral Asdrúbal componentes o bloqueio furar conseguiu o Trombone Trouxe as entre existente então até inicial anti-roqueiro, um compacto de discos, e gravar companhias 1995). Era o pela (DAPIEVE, EMI-Odeon Mesquita. Evandro liderado por grupo Blitz, de trabalho música amar”, soube me não “Você falada mais letramuita tinha “uma conjunto, do outra uma ainda “apresentava e cantada” que pela mídia: menosprezada então característica até e coloquial” urbana essencialmente linguagem o então tempo, 1995:52). Em pouco (DAPIEVE, 100 mil à marca chegava compacto desacreditado seu já renegociava o conjunto e vendidas cópias o lançamento para à EMI-Odeon junto contrato de um LP

, . majors , após 1978. , após se proliferou seproliferou , a chamada new , a chamada paulistano, foi o foi paulistano, underground de São Paulo ao de São Paulo underground é um termo “guarda-chuva” “guarda-chuva” é um termo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa – foram mais uma vez resgatados. As roupas roupas As resgatados. vez uma mais – foram New-wave e pós-punk New-wave wave New Mas, não foram pelas vozes dessas bandas bandas dessas pelas vozes foram não Mas, Internacionalmente, o punk Internacionalmente, 5 Sobre a trajetória do conjunto Blitz ver: Rodrigo Blitz Rodrigues (2009). do conjunto a trajetória 5 Sobre wave prezava por roupas mais leves e coloridas, leves e coloridas, mais roupas por prezava wave e contestadoras. bem enérgicas menos cunhado para designar algumas tendências tendências algumas cunhado designar para se ao punkseguiram que musicais do estilo invés Ao bastante. mudaram também dos punks e chamativo agressivo Neste período, abriram-se espaços para músicas músicas para espaços abriram-se período, Neste e ameno mais conteúdo de agressivas, menos divertida alegre, mais veia uma com adocicado, singela mais considerada onda Nessa e colorida. – então e sintetizadores os teclados e inocente, pelos antecessores desprezados completamente punks de periferia que o rock, inicialmente, ganhou o ganhou inicialmente, de periferia o rock, que se nacional do rock inaugural O impulso Brasil. do pós-punk e tendências influências deu por através de gravadoras independentes, que que independentes, de gravadoras através à alternativos de produção esquemas buscavam esse tipo de gravadora Brasil, No indústria. grande de anos dos início no surgir a começou somente (2004, p. Fenerick Adriano 1980. Segundo José buscando acabaram 166), os selos independentes às relação em diferenciadas alternativas se em gigantescos fundiam mais vez “cada que selo O principal empresariais”. conglomerados da época, mais brasileiro e o que independente do punk bandas as abrigou Carlos fundado Afins, Luiz em 1978, por Baratos seminal um papel teve Calanca.A gravadora punk cena nessa de trabalhos das bandas os principais lançar Que Akira S., Garotas Vultos, Kafka, Fellini, rock: e Smack Gueto, da Pátria, Voluntários Erraram, Mercenárias. rock brasileiro. brasileiro. rock desfilando uma série de códigos de vestuário, desfilando série uma códigos de de vestuário, a expressavam que comportamento e conduta punk o específico, pertença grupo a um muito 228 TEORIA E CULTURA sua lona como em janeiro de 1982, eserviu transferido para oCirco aLapa, Voador ergueu rock feito nodeJaneiro. Rio de então, as grandes gravadoras abriam se ao 2013).Apartir Carlos (ALEXANDRE, Roberto alcançado, na maioria dasvezes, apenas por mais decópias deummilhão vendidas –número Voo Coração de algumas dascanções que com fizeram que oLP no elevador tem (A vida dessas coisas), foram coração por meio deimagens holográficas (Vôo de tecnologia (Pelo interfone bastante evidente. deamor Casos pela mediados restrita devida estilo às classes ealtas médias é Nessa imagem, abusca por naturalizar um hedonista dosprazeres edoconsumo. docorpo passageira centradafase vida da na celebração ainda mais para construir ajuventude como uma apelo pop nas mãos, Menina Veneno, contribuiu wave new figurino ecom uma canção deforte partiu doimigrante inglês Ritchie que, com um star...”. Vou decinema/ artista Omeu destino ser éser vou pra Viver Califórnia/ sobre avida as ondas/ juventude através carioca dosversos: “Garota eu condensava os sonhos e pretensões de uma canção de Lulu Santos, repente De Califórnia, mulheres.e belas Epara embalar oenredo, a povoado fotógrafos esportistas, por surfistas, a juventude enquanto umuniverso dediversão como nodeJaneiro, Rio surfista constrói ofilme abandonara Santa Catarina para tentar avida Ricardo Graça Mello), umadolescente órfão que o drama dePepeu (personagem interpretado por mainstream para aentrada definitiva dosegmento jovem no OMeninodo filme do Rio, também abria portas que prenunciava isso. Osucesso debilheteria era apenas oreconhecimento comercial Blitz da uma tendência naquele Enão iníciodedécada. dejuventude ideia uma certa parecia, realmente, Montado na Praia e depois do Arpoador Mas, omaior sucesso comercial período desse A procura por uma sonoridade que traduzisse Janeiro, de Rio Paulo São eBrasília ) e trocas deconfidências) etrocas entre umcasal Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) da indústria da fonográfica. Ao contar (CBS,1983)chegasse amarca de ), musas que surgem a Copacabana eFermata concordata pediram vendida à Polygram e empresas nacionais como a RGE àRCA eassociou-se Victor, aAriola foi acabaram fundir. por se Livre ASom comprou minimizar gastos em produção e distribuição, em 1981.Gravadoras como Odeon eWEA,para em1980,e43milhões parapassaria 56milhões número dediscos, cerca de63,8milhões que indústria fonográfica brasileira vendido tinha começavade discos aarrefecer. Em 1979,a anos afebre 70,passada discoteca, da omercado indústriada fonográfica nacional. No dos fim surgiu emummomento complicado na história fartar-se podiam discos com facilidade. um banquete debandas doqual as empresas de rádio Fluminense. Como resultado, montava-se de maior repercussão eraempreendida pela feito no Circo Voador e, depois, uma avaliação de novas bandas. Um primeiro teste aovivo era uma excelente oportunidade para orecrutamento Fluminense representou, para as gravadoras, sido consumada (ESTRELLA, 2012). entrada” do rock brasileiro Fluminense da havia repercutiu Brasil, pelo de“porta avocação de Depois que aBlitz tocou na rádiodeNiterói e as principais bandas donascente rock brasileiro. e começavam aencher orepertório rádiocom da Circo Voador, chegavam aosmontes àFluminense aos ouvintes. As demo,fitas gravadas ao vivo no era construir aprogramação emissora da junto apenas por mulheres. radialistas Uma dasideias projetos visionários, com uma equipe formada Fluminense deNiteróiRádio levava alguns acabo consolidou emrock. A uma rádioespecializada 2010). No Brasil, somente nos anos 80se principalmente Unidos nos Estados (GUERRA, papel fundamental do rock, para a difusão deexplosão.vias força e exuberância de uma cena roqueira em um público jovem evibrante, dando mostras de principais bandas derock apresentavam se para teatrais,grupos dança, etc. Nesse as local, surgindo. Oespaço exibia shows musicais, incubadora para as bandas de rock que vinham Mas énecessário ressaltar que orock brasileiro A conexão entre oCirco Voador eaRádio Em nível internacional, orádioteve um Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 229 e Tic Tic . A banda paulistana de origem de origem paulistana . A banda . A também paulistana a Rigor Ultraje paulistana . A também e Óculos , Magazine, emplacava Sou Boy emplacava , Magazine, A solução imediata para a crise havia sido a crise para havia imediata A solução Midani André dessa fórmula E o resultado Fluminense representava um termômetro de termômetro um representava Fluminense rock, de bandas das mercadológica aceitação pesquisasmercado de com de dirimir custos capaz que e danceterias, Casas de show e divulgação. Rio e em São Paulo dezenas às se proliferavam da dimensão uma davam também Janeiro, de boates existiam Rio, No do rock. popularidade Be, Let it Emoções Baratas, Club, Western como Açúcar, com Mamão Metrópoles, Manhattan, em Cariocas. Já e Noites Fina, Mistura Mamute, e bares Lira Paulistana O Teatro havia São Paulo, além Lunar, Pierrô Vitória, Pub Calabar, como Rádio Rose Satã, Clube, Madame das danceterias 14. e Carbono Napalm Bom-Bom, Clash, Tífon, seus lançando de rock bandas encontrada: custo, baixo de trabalhosplataformas em que, dessa forma Foi e fitas cassete. compactos & Abelha Kid como bandas e 1983, 1982 entre ao disco e logo chegavam Selvagens os Abóboras Pintura Íntima, como de sucesso hits estouravam Paralamas . Os quero eu e Como Eu? não Porque Cinema Moto, e sua Vital lançaram do Sucesso Mudo punk Nervoso amo me Eu Quer Tocar, Mim Inútil, com chegava sem causa. e Rebelde Discos “Os memorialístico: em seudescreve livro (MIDANI, da Warner” dentro choviam de Ouro essa música, rapidamente, 203). Muito 2008 p. hedonista, de juventude imagem a sua atrelada Em 1984, do país. e gravadoras rádios as invadia de 80% das vendas cerca já representava o rock 14 conjuntos; detinha da sob contrato WEA, que das 50% de mais por respondia o rock Odeon, na artistas novos 10 lançado a CBS havia e vendas de outros 2 intérpretes e apenas ligados ao rock portas as o para abriu Se Fluminense a gêneros. duas em 1984, as rádios nacionais, as entre rock a Rádio FM do Brasil, 98 e a emissoras maiores 20% e 30% de já entre reservavam Pan, Jovem . 6 . 7 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa A parceria entre o Circo Voador e a Rádio Voador o Circo entre A parceria As companhias de discos vinham procurando de discos procurando vinham companhias As O jornal O Globo promoveu um debate, em um debate, O jornal O Globo promoveu 6 O Globo 9/11/1981, p. 15. 6 O Globo 9/11/1981, p. 15. O Globo 9/11/1981, p. 7 Ver: um material artístico que tivesse uma relação relação uma tivesse artístico que um material de vendas e número de produção custo entre de crise. Segmentos contexto aquele para aceitável espaço pelo ganhavam sertanejos e populares surgiu E o rock dos LPs. confecção na custo baixo indústria”, a para “‘apetitoso’ produto um como do econômica viabilidade grande devido “à a MPB, 85). Do contrário, 2000, p. (Dias, gênero” importante 60 e 70 uma os anos entre teve que de discos, mercado no participação comercial inviável. economicamente um produto tornara-se e principalmente a crueza sonora, A simplicidade, um fizeram do rock de produção custos os baixos limitações sofridas às artístico ajustado material diz Ricardo Como fonográfica. pela indústria em de rock, bandas 144), as p. (2013, Alexandre repertório, seu “próprio compunham maioria, sua e músicos orquestras arranjadores, dispensavam de e quintetos quartetos, Trios, convidados. baixo, Guitarra, e eficiente. simples estrutura providencial geração uma e voz, teclado bateria, do livre a queda com lidar tinha que quem para de discos país”. no mercado 1981, com os principais executivos da indústria daindústria executivos os principais 1981, com venda na a queda compreender para fonográfica as sobre questionados de discos. foram Quando quase a crise, houve se para superar alternativas a combater respostas: nas unanimidade uma artístico de produto um e encontrar pirataria barata mais confecção (GUERREIRO, 1994). Segundo dados da ABPD, Segundo 1994). dados da ABPD, (GUERREIRO, discos de fitasno e venda a 1980, de agosto em 1,2 bilhão. de Cr$ um faturamento obteve Brasil a passou a quantia em 1981, mês, mesmo Nesse significa, inflação uma o que com bilhão, Cr$ 1,45 queda uma ao ano, cento de cem por a mais se tornam Esses números de faturamento. grande se leva em consideração quando alarmantes mais 78 elepês lançados 1980, foram de em agosto que, 35 em 1981 para nacionais, 230 TEORIA E CULTURA 1983, a Rede Globo estreou Globo 1983, a Rede programa Record exibia do Rio A TV semanalmente o rock eaimagem dejuventude nele embutida. Jovemda Pan (GUERREIRO, 1994,p. 197). saltaram 98,e70%no para da caso 50%no caso sua programação para o gênero, números que ao rock nacional. politizada, contribuiu para dar outras conotações e Capital Inicial, cuja sonoridade, densa e de bandas Urbana, como Legião Rude Plebe de sonoridade de Brasília rock através viria de fortes conotações políticas esociais. público quanto com de crítica, e um rock pesado de1983,alcançarama partir sucesso, tanto de assíduas frequentadoras doTeatro que, Lira, bandas derock como Ira!, Ultraje aRigor eTitãs, Grupo Um e Premeditando o Breque. Mas foram apresentavam deTrapo, por Língua lá: Rumo, conjuntos musicais alternativos também se tarde denominado Vanguarda Paulista. Outros Negreiros Eduardo e Zé Nazário mais – grupo Assumpção, Tetê Espíndola, Moreira, Cida Eliete comoartistas Ná Ozzetti, Barnabé, Arrigo Itamar vanguarda aopop manifestações que fundiam referências de de SãoPaulo. Oespaço abrigava as principais cerca de150lugares, na ZonaOeste localizado o Teatro Paulistana, Lira umgrande porão com “rock paulista”. dessas bandas Orefúgio inicial era torno debandas que ficaram conhecidas como universitários ecolegiais, articulavam em se desmembrado emoutras que, tribos dosmeios Os rock que açucarado emanava deJaneiro. doRio Brasil, fator importante para dar uma guinada no conjuntos advindos dediferentes lugares do a novas bandas possibilitou oaparecimento de Bandeirantes.e Rede primeiramente depois Gazeta, na Record na TV Perdidos na Noite, apresentado por Fausto Silva, programa televisivo daquela cena roqueira, aoar Em1984,ia do Som. omais reconhecido Culturaa TV deSãoPaulo oprograma Fábrica punks A televisão demorouA televisão pouco para abraçar o Um impulso ainda maior para tipo esse empreendidaA caça indústria pela dodisco paulistanos, entre haviam 82e83,já se Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) Realce ediariamente oVibração industrializado. Eraoreduto de Cometa Loucura Cometa . Em , e manifesto lia-se: liberdade!”. defalsa MPB! ideia da Fimda No movimento Inocentes, escreveu, em1982,ummanifesto do integrante das bandas punks de diferentes formas. Clemente Nascimento, ataques àMPB dediferentes partiam frentes e ocupava no campo musical brasileiro. Os prestigiada deuma posição quee erudição militar eàcensura, aMPB ostentava virtuosismo forjada anos pelos decombate cultural àditadura dos anos linguagem 80. De complexa e intrincada, emergentes foram encontrados emoutro lugar. e articulado, logo os antagonistas às sonoridades rótulo de rock não constituía um sistema coeso questionado.ser Tudo oque antes com fazia se o que propriamente umcânone estético vitorioso a precárias, uma cena muito mais underground bandas de rock brasileiras eram extremamente 1970, as estruturas quais pelas trafegavam as geração demúsicos dosanos 80.Na de década eleitoser como o“inimigo comum” daquela progressivo nem dequalquer outro –para tipo campo consolidado dogênero –nem dotipo punk do originandoque se vinha dasirradiações progressivo. No Brasil, no entanto, o rock, virtuosismo musical e o No exterior, opunk A MPB foi eleita agrande “inimiga” dorock A MPB ataque sob , não encontrava emsua história um aqui para revolucionar amúsica popular brasileira, produção detelevisão. rede da globo Nós estamos que nunca revivido por ser nenhuma mais poderá que ficou perdido nos antigos festivais Record da e Procuramos algo que aMPB não já tem mais e disfarces,sem não queremos enganar ninguém. liberdade.uma defalsa idéia Relatamos a verdade Brasileira, com nossa música não damos a ninguém os popular uma música massificante echata. (...)Nós, repetem tudo que foi já feito, tornando amúsica e cansados, eosnovos astros que surgem apenas Nossos astros vez MPB mais da cada estão velhos Punks punk , somos uma nova Música face da Popular intitulado: “Fora com omofo investiu contra o star system star Restos deNada e do rock do Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 231 . Denunciando uma espécie uma de . Denunciando 9 . O diretor artístico e produtor artístico e produtor . O diretor 8 Em nenhum outro momento de sua história, nem nem história, de sua momento outro Em nenhum A forma como a maioria das bandas de bandas das maioria a como A forma MPB, de abertura, a consagrada anos Nos fundamental um agente foi A crítica musical rock chegava ao disco também marca um marca disco ao também chegava rock relação com importante distinção de processo o comum era período, Neste setenta. aos anos daMPB nomes dos grandes apadrinhamento Caetano Veloso, Jobim, – Elis Regina, Tom Gal Gilberto Costa Gil, Maria e ChicoBuarque, Bosco, – João Bethânia – aos recém-chegados Baianos. e Novos Melodia Luiz Belchior, Fagner, dos brasileiro rock de bandas das maioria A depender ao não da esse ciclo 80 quebrou anos Eles forjaram velhos. de artistas mais chancela e rádios em sua gravadoras as com elo um novo se pudesse fresco que um produto por demanda do mercado. de retração contexto ao novo adaptar que intrincado pelo linguajar prezava ainda que perdeu o censor, enganar tentava sombriamente décadas possuía nas de 60 e que a centralidade surgia, do rock e despojado direto 70. O linguajar o seu ocupava que musical forma como então, de ser um processo Longe mercado. no lugar agentes com contou ele sucessão, de “natural” a e forjaram o antagonismo alimentaram que Trata- modoatuação. de esse novo para aceitação simbólica. de luta de um processo se, assim, contribuía a MPB, desacreditar ao sentido: nesse Okky O Jornalista o rock. a consagração para a revista para de Souza, em 1984, escreveu o vácuo deixado pela mesmice “ocupando Veja: dividem artistas os do rock ídolos, velhos dos os nomes de discos com lojas o rádio e as hoje consagrados” decadência da MPB, no início dos anos 80, Sílvio 80, Sílvio início dos anos no decadência da MPB, de São Paulo: a Folha para escreve Lancellotti da rádio Jovem Pan, Antônio Carvalho Filho, Antônio Pan, da rádio Jovem brasileira música diz: “a a Veja em depoimento nada nos aconteceu Não estagnou. tradicional espaço para (...) Criou-se assim tempos. últimos nacional” o rock busca distinguir-se como como distinguir-se busca . ALEXANDRE, 2013, p. 71) . ALEXANDRE, p. 2013, punk no festival MPB-Shell, de 1981, MPB-Shell, festival no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa para dizer a verdade sem disfarces (e não tornar tornar (e não sem disfarces verdade dizer a para a Asa de negro pintar realidade): Para bela a imunda flores as sobre pisar das onze, o trem atrasar Branca, mulher uma da e fazer Amélia de Geraldo Vandré (Apud qualquer. o trem atrasar Branca, a Asa de negro “Pintar forma tomava e simples direta música Uma 8 Veja 01/02/1984 p. 71. 01/02/1984 p. 8 Veja 37-38 02/01/1985, p. 9 Veja das onze, pisar sobre as flores de Geraldo Vandré de Geraldo flores as Vandré sobre pisar das onze, é uma qualquer” mulher uma e fazer da Amélia das tradições e apontar da MPB de zombar forma Segundo (1974), Bourdieu o seu engessamento. estabelecidos e denunciar os cânones desacreditar dos recém- típica estratégia é uma ortodoxia sua De subversão. de seuem esforço chegados intenção uma “havia Viana: Herbert com acordo falasse não das que música a uma de se contrapor vocêpoderia tocar “Agora, (...). da rua” coisas e se comunicar. acordes três com música uma e ser não poeta rápidas Poderia coisas e escrever a Assim, acontecendo”. estava o que sobre simples acabava virtude, uma outrora literária, formação falsa e enganadora. como sendo denunciada o seuEm lugar, e direta. enérgica rock, sob sonoridade uma operandi” um “modus Difundia-se, assim, já consagrado daquele artístico bem distinto Areias ao defender Santos, Lulu pela MPB. Escaldantes, “mais verdadeiro” e “sem disfarces”. A ausência A ausência disfarces”. e “sem verdadeiro” “mais convertida assim, é, legitimo cultural de capital em virtude. a canção feito havia que ao público afirmou Corria que a lenda também minutos. em cinco pelo, lançada grupo Abelha Kid eu Quero Como maiores dos um Selvagens, Abóboras Os & de 1984, era um rascunhosucessos musical da banda, pelotirado produtor do lixo verdadeiros, (ALEXANDRE, ou 2013). Falsos como funcionavam esses relatos importa, pouco da MPB, ao preciosismo simbólicos ataques legitimidade por busca parte de uma fazendo agentes. pelos novos empreendida 232 TEORIA E CULTURA 11 Jornal doBrasil 27/10/1985,p. 49. 10 Folha deSãoPaulo 27/04/1983, p. 25. Brasil: Nêumanne Pinto, assim escreve para oJornal do brasileiro” (GUERREIRO, 1994,p. 135).José que o varreria rapidamente do mapa musical componente intrínseco demodismo/diluição “uma onda avassaladora etemporária, com um caracterizar de1980como orock década da Guarda. Uma que ligação como tinha objetivo em, pejorativamente, àfebre associá-lo Jovem da ao assistirem dogênero, aascensão não tardaram unanimidade junto Alguns àcrítica. jornalistas, MPB, da de fraqueza orock ainda não era do rock nacional. Mesmo apontando ossinais significava, deimediato, acompleta consagração Mas, não decadência o diagnóstico da incomoda eassusta. Tudo nivelado é igual, por baixo, uma mesmice que parahá comprar. discos Não há shows para ver. ridiculamente como trivial este agora. (...).Não atravessou grotesco, tão período obscuro, tão tão quintal pais, deseus amúsica popular brasileira Gonzaga matava no com passarinhos bodoque mesmo nos tempos emque airrequieta Chiquinha simples, deacorde emeio, dovelho iê-iê-iêde tem pouco derock. Éapenas uma diluiçãozinha a verdade. (...)Na verdade, rock tupiniquim otal produtores ejornalistas faltou intimidade com as preocupações ehábitos deuma geração. A eidentificou inspiraçãosociológico emversos sem consumistas, confundiu com retrato poesia demúsicaA crítica popular, ávida por novidades oscustossabem mais deuma produção. pesados gastar nada em estúdios de gravação, como todos mais àtona, vinha umdisco muitas se vezes sem levavamgrupos escritórios, aseus emmatrizes e Bastavacrise. transformar as que fitas, ospróprios brasileiro, porque ele significava uma resposta à As gravadoras aonovo aderiram fácil rock de semana. O que éoRock- Brasil: Apenas um iê-iê-iê de final Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) 10

de outras esferas de legitimação. um circuito ainda demandava o desenvolvimento passageira.moda No entanto, aconsolidação de que orock chegava mais para ser doque uma praticamente restrito à MPB eram indícios fortes invadir um espaço de atuação político-cultural ponto deadentrar osmais diversos espaços. Inútil Nacional, canção, da valeu-se oque mostra como célebres pró-diretas, discursos no Congresso e 1984.Até Ulysses Guimarães, em umdosmais dopresidentede escolha república, da entre 1983 entoados multidão pela que reivindicava odireito A gente somos inútil” foram inúmeras vezes gringo pensando que nóis éindigente/ Inútil/ gente não nem sabemos escovar osdente/ Tem A gente não tomar sabemos conta gente/ da A versos “A gente presidente/ não escolher sabemos (WEA, 1983), do conjunto Ultraje a Rigor. Os impulsionada irreverente pela canção Inútil oitenta, conhecida como “Diretas Já”, sendo vinha (NAPOLITANO, 2001). resistência antiditatorial eluta democrática gênero consagrou-se sonora como atrilha da era uma novidade. sua emergência, Desde o sonoracomo trilha artistas as canções deseus pública de protesto político que não tivesse prestígio. No entanto, ver uma manifestação os cantores românticos nunca arranhou seu de grande popularidade. Vender menos que estava habituada aenfrentar gêneros musicais Carlos. vendedor deentão, dediscos o“Rei” Roberto Veneno, vendidos,discos por conta dosucesso Menina Quando ocantor Ritchie atingiu de ummilhão Chegar a ameaçar a “coroa do Rei” e Mas, amaior manifestação pública dosanos A MPB, durante de1970,já adécada toda Alguns no dados, entanto, surpreendiam. era suficientemente plástica e popular a Wave desemana. defim Carlos eMartinha. deNewRoberto Éuma espécie ele chegou arivalizar com omaior 11

Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 233 . 12 Os cadernos culturais de maior prestígio no no prestígio de maior cadernos culturais Os de São Paulo, daO caderno Folha cultural assunto oitenta, anos era, nos O rock protagonismo volta a se a o Rio para deslocar volta protagonismo devido ao poder da Rede Globo de Janeiro Com a decadênciafestivais dos de Televisão. pela TV e a cassação da transmitidos Record, de a emissora militar, TV pelo governo Excelsior disputado ocupaRoberto o espaço antes Marinho um polo de tornando-se paulistas, os canais entre artística importante atração jornalismo impresso brasileiro, até os anos de de os anos até brasileiro, impresso jornalismo cariocas, nomeadamente, eram 1970, também a Mas, Brasil. do Jornal do Globo e O Jornal do paulistano o jornalismo 1980, de partiranos dos Segundo Ricardo importante. um salto deu período nesse 191), foi que (2013, p. Alexandre jornal do o maior se tornou de São Paulo a Folha pró-diretas, os meses de comício “Durante Brasil. imagem uma construiu o diário paulistano apoiando editorial e arrojo de independência da eleições, as diferentemente abertamente seus tradicionais Estadão, o Globoe O de postura concorrentes”. seu prestígio aumentou também a Ilustrada, a chegada após principalmente contexto, nesse Suzuki, Matinas como jornalistas jovens de Costa. Segundo Escobar e Caio Túlio Pepe os anos “até 69), a Ilustrada (2013, p. Érica Magi e ouvido era um caderno1980 não prestigiado ascensãosua coincidiu cultural; pelocircuito e profissionais desses novos a entrada com militar”. da ditadura o desmantelamento com de fez-se pelaA ascensão da inclusão Ilustrada se produzia o que com antenadas mais pautas o projeto, consumar E, para internacionalmente. tradição uma enfrentaram jornalistas esses jovens brasileiro cultural já estabelecidajornalismo no parte tinha grande à música, tange que no que, do seu significado baseado – suas à MPB culto no (MAGI, política e importância tradições, origens 2013). Começava- internacionais. jornais nos constante no o rock a abertura para de espaços se então, . ALEXANDRE, 2013, p. 126). . ALEXANDRE,p. 2013, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa Jornalismo como instância de instância consagração como Jornalismo da início década Imperial de 60, Carlos No Maria de Souza, Ana Tárik Neves, Ezequiel São Paulo popular, da música campo No 12 Veja 11/11/1970, p. 88. 11/11/1970, p. 12 Veja publicou uma coluna chamada O Mundo é dos O Mundo chamada coluna uma publicou época Revista mesma na do Rádio, em Brotos A Revista bancas as do Rock.No chegava que dedicado ao era mais esse jornalismo entanto, se que críticas análises às do que de ídolos culto a um nicho 70, ligadas anos nos desenvolvem época, a Nessa específico. bastante de mercado experimentava o rock que consagração enorme algumas de a emergência incentivou exterior no criação “a bem pelo como Brasil, e festivais bandas jornal no fixa destinada ao gênero coluna de uma Gouvêa, Carlos por assinada de S. Paulo, Folha de revistas o surgimento Rioe no de Janeiro e Presença do Mal, especializadas Flor como 223). (SOUZA, 2015, p. Stone” Rolling Penido, Márcio José Maciel, Carlos Bahiana, Luiz dos Cortez alguns eram e Márcio Gouvêa Carlos o jornalismo encabeçavam que nomes principais 70. Esse anos nos brasileiro do rock impresso uma como e funcionava pouco vendia material Okky de Souza que Lembra de nicho. imprensa anos nos visãomídia: “juventude na da grande quem que (...) “achava-se ibope” dava 70 não os pais, eram de um tênis compra na influenciava consumidor como jovem no acreditava ninguém (Apudpotencial” a partir de destaque um papel desempenha de o espaço seda torna década de 60 quando através e do Tropicalismo da MPB consolidação e dos Festivais televisionados dos musicais o década na seguinte, entanto, No da Canção. A formação de um jornalismo especializado de um jornalismo em A formação algo se tornará e ressonância, de prestígio rock, a consolidação para fundamental absolutamente dessa crítica roqueira O desabrochar do gênero. um deslocamento por acompanhado foi que brasileira, cultural história na importante a um protagonismo a cidade de São Paulo alçou ao Rio de Janeiro. pertencente antes 234 TEORIA E CULTURA e onacional. Apesar disso, deuumimpulso abismo que existia entre orock internacional o evento, inicialmente, escancarou oenorme das bandas nacionais (algumas foram vaiadas), em relação dasapresentaçõesseja àqualidade entre outros. KidDusek, Abelha &Os Abóboras Selvagens, Paralamas doSucesso, BarãoVermelho, Eduardo aos conjuntos nacionais Blitz, Lulu Santos, Os Jarreau foram alguns nomes que somavam se AC/DC, Scorpions, Ozzy Osbourne, Yes eAl JamesBenson, Taylor, Stewart, Nina Rod Hagen, internacionais. Iron Queen, Maiden, George assistiram de bandaspessoas de a rockuma série 11 e20dejaneiro de1985,mais de1.300.000 de profissionalização dorock. Entre osdias representou uma guinada importante no sentido na história dorock nacional. O Já em1985,umevento marcou uma virada falta deorganização deeventos 2015). (SOUZA, na obtençãodificuldades deinstrumentos e dos qualidade equipamentospéssima sonoros, bastante com oamadorismo empresarial, a principal revista derock brasileiro. fotógrafo Rui Mendes, consolidando-se como a Pucci, ThomasCelso Pappon, Bia Abramo eo tempo, ela reuniu dejornalistas corpo no seu Antunes e José Eduardo Mendonça. Em pouco José Rondeau, Emílio José Augusto Alex Lemos, teve, na editorial, sua chefia jornalistas como aBizz adireção dojornalista CarlosSob Arruda, de tecnologia, vídeo-clips eprincipalmente rock. Hits, voltava-se aopúblico adolescente, falando inspirado inglêsgráfico Smash no periódico em 1985, através Bizz. projeto Com Revista da (MAGI, 2013). Um importante passo deu se Pucci atuaram na legitimação dorock brasileiro Pappon, Volpato, Cadão Jamari França eCelso imprensa. Nomes como Antunes, Alex Thomas internacional”, começaram a trabalhar na grande familiaridade com expressões “modernidade da traziam consigo, bagagem da além universitária, momento, dejovens uma série jornalistas que produzido no exterior, ou Brasil. Nesse jornalismo impresso brasileiro, aquele seja Seja emrelação aoequipamentoSeja utilizado, Nos anos de1970,orock brasileiro sofreu Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print)

êxito traduziu se emsucesso depúblico eelogios roteiro, efeitos de luz, ambiências e climas. O dos shows do RPM,que agora contavam com que ficou responsável produção pela e organização banda. estava aretornar decido ao Brasil eformar asua visuais encheram osolhos dePaulo Ricardo, que Teclados, sintetizadores, cênicose espetáculos chamado pra Londres, ocontato com as bandas do na Universidade deSãoPaulo. Emuma viagem militar, crítico musical eestudante dejornalismo Ricardo, de banda da RPM, era filho vocalista com ossucessos Loiras Geladas e Por Minutogravava oLPRevolução instalação, abanda RPM,agenciada CBS, pela para osucesso dorock. Um ano antes desua decomprao poder população, da contribuiu prazoa curto controlou e aumentou ainflação efetiva nos principais de rock discos dos anos 80. importantes, que tiveram uma colaboração tornaram-se (Liminha) Filho Lima produtores comode 1980,figuras Pena Schmidt eArnolpho dogênerodisco 2015).Mas (SOUZA, nos anos profissional, com habilidade em construir um umavivia completa carência de tipo desse produtores musicais. Nos anos de1970,orock jornalistas emdiversos revistas, e, principalmente, gravação, iluminadores, músicos, afinadores, sido renovada eagora contava com estúdios de de produção anterior dorock década da havia 2013, p. 244). desapareciam instante” atodo (ALEXANDRE, Paulo, ou oSuper na Special, Band, surgiam e deSão Gazeta Manchete,da TV da oCrig-Rá, de rádioeTV, aorock, dedicados como “FMTV, de1984”,do que no mesmo período programas Rio programas de televisão. No janeiro do nacional eram convidados ainúmeros shows e 2004,p.(VILELLA, 24). viabilidade para aindústria doestilo fonográfica fantástico para orock brasileiro, confirmando a , “as vendas foram dediscos 240%maiores Seu planoSeu foi endossado por Ney Matogrosso, disso,Além o Plano Cruzado, de 1986, que de1985,aoutroraA partir precária estrutura Passado oevento, osconjuntos derock tecnopop lhe abriu lhe novos horizontes. Olhar 43.Paulo , que contava Rock in Programa dePós-Graduação - UFJF v. emCiências Sociais 13n.2Dezembro. 2018ISSN 2318-101x(on-line) ISSN 1809-5968 (print) TEORIA E CULTURA 235 14 Por mais que a matéria elevasse os jovens elevasse jovens os a matéria que mais Por Bibliografia: semanário, uma longa reportagem intitulada “Um “Um intitulada reportagem longa uma semanário, letras das dos jovens Através musicado. retrato se o dia-a-dia80 e de como da geração roqueiros, a leitores os convidava A revista país”. no hoje vive “mesmo de rock das bandas à proliferação atentar o som excluam ouvidos, os tapem isso, para que, Chamando letras das músicas”. as apenas e leiam improvisados”, os letristas de “antropólogos de sua de cronistas irreverência “a sentenciava: estão época da e a velocidade era do computador, fidelidade de alta da vida um retrato compondo do precisamente, Mais dias de hoje. nos país no e classe-média do Brasil jovem urbano, universo 80”. dos anos roqueiros ao patamar de “antropólogos de “antropólogos ao patamar roqueiros juventude” “rock/ dueto o improvisados”, para anos alguns mais demoraria ainda campo legitimidade de espaços no conquistar e os problemas Aqui, acadêmico brasileiro. ordem. de outra eram tradições enfrentados e os universitários os estudantes que Mesmo parte perdido tivessem estudantis movimentos devidode 1980, anos nos seudo protagonismo do início e da ditadura desmantelamento ao esse era, ainda, de abertura política, processo dos trabalhos social, ícone segmento o grande 1994). (ABRAMO, juventude acadêmicos sobre de espaços que para anos alguns Demoraria e consumo de produção símbolos diversão, ao legitimidade junto encontrassem cultural Brasil, No juventude. escopopesquisasde sobre a partir de 1990 da metade dos anos somente foi outros a ganhar começou essa categoria que a indústria tange que no entanto, No contornos. tinha o rock cultural, e o jornalismo fonografia ficar. para chegado nos juvenis (1992), Grupos Helena ABRAMO, Dissertação social. atuação de estilo 80. Um anos Ao

, EMI- RádioPirata . Lançado no auge daquela daquela . Lançado auge no 13 jornalistas e bandas de diferentes tipos, de diferentes e bandas jornalistas Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 13 n. 2 Dezembro. 2018 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) ISSN 2318-101x (on-line) 2018 ISSN 13 n. 2 Dezembro. Sociais Ciências em - UFJF v. de Pós-Graduação Programa (CBS, 1986) Considerações Finais e recordes comerciais ganhos Entre O Plano Cruzado não favoreceu apenas o apenas Cruzado favoreceu não O Plano 13 Sobre a trajetória do conjunto RPM ver, p. Moraes (2007). Moraes p. RPM ver, do conjunto a trajetória 13 Sobre 132. 08/05/1985, p. 14 Veja o aparecimento de produtores musicais, musicais, de produtores o aparecimento sex pop, ídolos iluminadores, empresários, symbols, construído havia realmente rock o que é fato o de dotado simbólico universo seu próprio específicas. de consagração e instâncias agentes produções das rédeas as assumiu juventude A uma de 1980 e tornou-se anos nos musicais anos dos compreensão a cabal para categoria e o rock à imprensa, Junto se passavam. que emblemas como utilizados eram a juventude Veja, A revista sociais em curso. das mutações do parte cultural na de 1985, trouxe, em maio Liberdade para Marylou, Marylou, para (Liberdade a Rigor Ultraje Odeon), (Selvagem?, do Sucesso Paralamas Os WEA), (Cabeçae Titãs EMI-Odeon) Dinossauro,WEA) Na expressivas. vendas alcançaram também um todo como fonográfico o mercado verdade, desse ano, julho em 1986. Até bastante cresceu crescido “já do disco brasileira havia a indústria período mesmo ao relação em 30% No 1985. de assombravam: (...) os números segundo semestre milhões em setembro, de discos vendidos nove final de 1986, o Ao milhões em outubro. nove ao ano relação 43% em crescido havia mercado 265). (ALEXANDRE, p. 2013, anterior” RPM. Bandas como Legião Urbana (Dois Legião como Urbana RPM. Bandas fase mais otimista do Plano Cruzado, o novo novo o Cruzado, do Plano otimista fase mais de 2 milhões e a marca discodo RPM chegava “o assim, tornando-se, vendidas, 200 mil cópias da indústria bem-sucedido dadisco história mais (ALEXANDRE, 2013, p. nacional” fonográfica da mídia multiplicou respaldo 280). O intenso um Ricardo de Paulo e fez do RPM o sucesso sexual.símbolo da crítica. Em maio de 1986, as apresentações apresentações as de 1986, dacrítica. maio Em LP ao origem deram dabanda vivo 236 TEORIA E CULTURA Paulo nos anos 70/80. MÉTIS: história &cultura indústria fonográfica eos “Independentes” de São FENERICK, José Adriano (2004),Aditadura, a anos deJaneiro: 80.Rio Outras Letra. FM, APorta deentrada dorock brasileiro nos Fluminense ESTRELLA, Maria (2012),Rádio Brasileiro. SãoPaulo: Estrela doSul. MarceloDOLABELA, (1987), da cultura. SãoPaulo: Boitempo Editorial. Indústria fonográfica brasileira emundialização Dias, Marcia Tosta (2000),Os donos da voz, dos anos 80.SãoPaulo: Editora 34. DAPIEVE, Arthur (1995),Brock: orock brasileiro deJaneiro:Rio Editora Record. dança: não BRYAN, Guilherme (2004), trocas simbólicas BOURDIEU, Pierre (1974),A economia das Brasiliense. BIVAR, Antonio (1982), Editores.Zahar ensaios de sociologia da arte. deJaneiro, Rio sociais. ______(1977),Mundos artísticos etipos Livros Horizonte.Lisboa: HowardBECKER, (2010),Mundos da Arte. 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