Trabalho E Mudanças Sociais 89 Capítulo 5

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Trabalho E Mudanças Sociais 89 Capítulo 5 CAPÍTULO 4 – Trabalho e mudanças sociais 89 O trabalhador e o trabalho 90 O sentido do trabalho 91 Organização do trabalho no século XX 95 Trabalhador: a chave dos sistemas flexíveis de produção? 100 Novo perfil do trabalhador 102 O trabalho é central na vida em sociedade contemporânea? 105 O trabalho em crise 105 Os sindicatos e seus desafios na atualidade 107 O labirinto do mercado de trabalho 110 Desigualdades no mercado de trabalho: questões de gênero e étnico-raciais 112 Diálogos interdisciplinares 115 Revisar e sistematizar 116 Descubra mais 117 Bibliografia 117 CAPÍTULO 5 – A cultura e suas transformações 119 Comunicação e cultura 120 O que é cultura? 122 Cultura e civilização 124 O relativismo cultural 126 Nós e os outros 127 Diversidade cultural na sociedade brasileira 132 As dinâmicas culturais 136 Mudanças culturais na sociedade global 137 Indústria cultural e práticas sociais 140 A cultura que se mundializa 142 Diálogos interdisciplinares 145 Revisar e sistematizar 146 Descubra mais 146 Bibliografia 147 CAPÍTULO 6 – Sociedade e religião 149 A religião como instituição social 150 A religião na visão dos autores clássicos da Sociologia 153 Auguste Comte 153 Émile Durkheim 154 Max Weber 154 Karl Marx 155 A religião em tempos de globalização 156 Fundamentalismo religioso 159 Desfazendo mitos 160 Conflitos religiosos no mundo 161 A religiosidade no Brasil 164 Diálogos interdisciplinares 167 Revisar e sistematizar 168 Descubra mais 168 Bibliografia 169 6 s SUMÁRIO Sociologia_vu_PNLD15_001a008_Iniciais.indd 6 5/27/13 5:14 PM Salmo Dansa /Arquivo da editora Salmo Capítulo 4 Trabalho e mudanças sociais ESTUDAREMOS NESTE CAPÍTULO: que o significado e as características do trabalho variam conforme o tempo e as diferentes organizações sociais. Na so- ciedade ocidental, por exemplo, a moderna racionalização teve como consequência o aumento da produtividade, do controle e da subordinação do trabalhador ao processo produtivo. Com as inovações tecnológicas propiciadas pela mi- croeletrônica, a robótica e a informática, as empresas reestruturam sua produção, introduzindo novas formas de gestão da mão de obra. Disso resultaram a redução, em diversos setores, do contingente de trabalhadores empregados e a ampliação dos lucros, às quais se somaram outras formas de flexibilização resultantes das políticas neoliberais. Essas mudanças implicam alterações no perfil dos trabalhadores e novos desafios às organizações sindicais. 89 Sociologia_vu_PNLD15_089a118_C04.indd 89 5/27/13 5:22 PM O trabalhador e o trabalho Eu às vezes fico a pensar Em outra vida ou lugar Estou cansado demais a r o t i Eu não tenho tempo de ter d e a d o O tempo livre de ser v i u q r A / De nada ter que fazer a h c o R É quando eu me encontro perdido e p i l i F Nas coisas que eu criei [...] Eu acordo pra trabalhar Eu durmo pra trabalhar Eu corro pra trabalhar VALLE, Marcos; VALLE, Paulo Sérgio. Capitão de indústria. In: OS PARALAMAS do Sucesso. 9 Luas. EMI, 1996. 1 CD. A letra dessa música nos alerta para o fato de o trabalho poder criar um conflito entre o ser, o ter e o fazer. Muitas dessas questões decorrem de pro- blemas históricos da formação do país e do sistema capitalista. Outras medi- das, mais recentes, como o estabelecimento de metas diárias e prêmios por produtividade, aperfeiçoam os métodos de controle sobre o trabalhador que, intensif icando sua atividade, aumenta a produtividade das empresas; ou seja, em menor tempo e com menos recursos, cresce a produção. Por estar intensamente integrado ao trabalho, o trabalhador tende a dei- xar de lado aspectos importantes de sua vida, como sugere a música: “Eu não tenho tempo de ter / O tempo livre de ser”. Essa sobrecarga de trabalho não leva em conta as necessidades do indivíduo e de sua família. Considere-se, por exemplo, as empregadas e os empregados domésticos que pernoitam em seus locais de trabalho, distanciando-se de seus familia- res; ou, ainda, os caminhoneiros que f icam mais de 24 horas sem dormir para cumprir os prazos das entregas e garantir a rentabilidade das empresas que os contratam, pondo em risco suas próprias vidas e as de outros. Hoje em dia, principalmente nas metrópoles, além de cumprirem a jor- nada normal de trabalho, muitos trabalhadores carregam o notebook (ou uti- lizam o computador pessoal) para terminar tarefas em casa. Os contatos por e-mail ou telefone celular também os mantêm conectados à empresa. O re- frão da música revela essa imposição da rotina de trabalho que interfere nas outras atividades: “Eu acordo pra trabalhar / Eu durmo pra trabalhar / Eu corro pra trabalhar”. A letra da música remete também às incertezas que rondam o trabalha- dor, seu trabalho e sua vida: “É quando eu me encontro perdido / Nas coisas que eu criei”. As condições de trabalho reduzem o espaço da criati- vidade, do livre pensar, do aperfeiçoamento, e parecem impedir o traba- lhador de viver plenamente. Elas podem levar a um trabalho alienado, aquele em que o trabalhador não se reconhece no produto do seu traba- lho nem consegue apreender o processo de produção como um todo. Ele não se vê como semelhante a outros trabalhadores e não se identif ica com eles. A teoria da alienação, desenvolvida originalmente por Karl Marx, nos 90 s CAPÍTULO 4 Sociologia_vu_PNLD15_089a118_C04.indd 90 5/27/13 5:22 PM mostra que o trabalhador não se apropria de toda a riqueza que gera no processo produtivo. William Andrew/Photographer’s Choice/Getty Images Choice/Getty Andrew/Photographer’s William Na imagem ao lado vemos um pai estadunidense dividindo-se entre os cuidados com o filho e as atividades de trabalho. Essa imagem exemplifica como os computadores ampliaram as possibilidades de trabalho para além do espaço da empresa. Foto de 2010. O geógrafo britânico David Harvey (1935-) alerta que, nas condições de produção capitalista, a socialização do trabalhador envolve o controle social amplo das suas capacidades físicas e mentais. Ou seja, o controle do traba- lho, utilizado para f ins de acumulação, envolve elementos organizados não somente no local de trabalho como fora dele, estimulando a familiarização do trabalhador com os objetivos da empresa e convencendo-o a participar e a cooperar com o processo produtivo, estratégias típicas das novas formas de gestão do trabalho. O sentido do trabalho hh suplício: tortura, punição corporal. A origem latina da palavra trabalho está rela- cionada ao tripalium, instrumento de suplício composto por três estacas. Isso porque, ao longo da História, o trabalho tem sido relacionado a esforço físico e cansaço e, em muitas sociedades, Marcus Pedrosa/Acervo do artista Marcus Pedrosa/Acervo ele constituiu uma obrigação à qual os seres hu- manos deveriam se submeter. Atualmente, o tra- balho é necessário para que se obtenha, em tro- ca, uma remuneração que permita ter uma vida digna. Mas trabalho é só isso? Inicialmente, o tripalium era um instrumento utilizado na agricultura, sendo apenas posteriormente empregado com fins de tortura. Na foto de 2012, uma réplica. Trabalho e mudanças sociais s 91 Sociologia_vu_PNLD15_089a118_C04.indd 91 5/27/13 5:22 PM O signif icado atribuído ao ato de trabalhar tem variado ao longo do tempo. Nas antigas Grécia e Roma, por exemplo, a base da mão de obra era escrava, constituída geralmente por prisioneiros de guerra ou escravizados por dívida. O trabalho manual era considerado indigno pelas elites, que usavam os escravos para a produção, dedicando seu tempo às atividades in- telectuais, políticas e artísticas. Naquelas duas sociedades também não exis- tia remuneração para o trabalho intelectual, político e artístico. Os proprie- tários de terras e escravos, que acumulavam riqueza, tornavam-se mecenas dos intelectuais, f ilósofos e artistas, ou seja, sustentavam-nos com seus bens para que continuassem produzindo pensamento, obras de arte, peças de teatro, etc. O trabalho político, por sua vez, era realizado pelos mecenas e pelos intelectuais, f ilósofos e artistas. Também é importante ressaltar que as mulheres, salvo exceções, eram excluídas tanto do trabalho político quanto da f ilosof ia, da arte e da intelectualidade. Na Idade Média, a sociedade europeia era hierarquizada e os trabalhado- res, chamados servos, estavam na posição mais baixa da estrutura social. Isso signif ica que sua função era trabalhar para que as camadas sociais mais altas, a nobreza e o clero, pudessem se dedicar a outras atividades, como as bata- lhas e os compromissos ligados à religião. Naquela época, nas sociedades feudais europeias, o que depois Marx chamou de meios de produção (ou seja, Filipe Rocha/Arquivo da editora Filipe Rocha/Arquivo as ferramentas e recursos necessários para produzir qualquer coisa, desde alimentos até objetos, máquinas, etc.) já se encontravam concentrados nas mãos de alguns poucos homens, que transmitiam esses bens por meio de herança aos f ilhos homens e/ou dotes de casamento aos que desposassem suas f ilhas. A maioria da população trabalhava para esses proprietários, numa relação de dominação de classe da qual somos ainda herdeiros. O momento histórico de transição do regime feudal para o modo de produção capitalista, incluindo os contextos revolucionários estudados no capítulo 2, marcou uma fase de profundas transformações institucionais que resultaram no chamado capitalismo industrial. Durante a constituição do capitalismo industrial, no século XVIII, f ir- mou-se o trabalho assalariado, reservado aos indivíduos que não dispunham de posses (leia-se: de meios de produção). Por isso, eles precisavam vender ou alugar sua força de trabalho – energia despendida para realizar ativida- des – em troca de uma remuneração que garantisse seu sustento. No entan- to, o pagamento que o trabalhador recebe não corresponde ao valor daqui- lo que ele produziu. Essa diferença, que é apropriada pelo detentor dos meios de produção, é denominada mais-valia por Marx.
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