A Canção Engajada Nos Anos 80: O Rock Não Errou
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGÜÍSTICA MARIA DO LIVRAMENTO RIOS OSTERNO A CANÇÃO ENGAJADA NOS ANOS 80: O ROCK NÃO ERROU ORIENTADOR: PROF. DR. NELSON BARROS DA COSTA FORTALEZA 2009 MARIA DO LIVRAMENTO RIOS OSTERNO A CANÇÃO ENGAJADA NOS ANOS 80: O ROCK NÃO ERROU Dissertação apresentada à banca examinadora do Programa de Pós-Graduação em Lingüística da Universidade Federal do Ceará-UFC, como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Lingüística. Orientador: Prof. Dr. Nelson Barros da Costa. FORTALEZA 2009 MARIA DO LIVRAMENTO RIOS OSTERNO A CANÇÃO ENGAJADA NOS ANOS 80: O ROCK NÃO ERROU Dissertação apresentada à banca examinadora do Programa de Pós-Graduação em Lingüística da Universidade Federal do Ceará-UFC, como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Lingüística. Aprovada em: 04 / 09 / 2009 BANCA EXAMINADORA __________________________________ Prof. Dr. Nelson Barros da Costa - UFC Presidente – Orientador ___________________________________ Profª. Drª. Claudiana Nogueira de Alencar - UECE 1º Examinador ___________________________________ Profª. Drª. Sandra Maia Farias Vasconcelos - UFC 2º Examinador À minha mãe ( in memoriam ) e primeira professora, Maria Giffoni Rios Através de uma fala polifônica, sempre utilizando canções e provérbios nas conversas cotidianas, instigou-me a refletir sobre o discurso do outro, ensinando-me as primeiras lições em análise do discurso . AGRADECIMENTOS, Ao meu filho Abel, por me apresentar ao mundo do rock cearense, em 1999, levando-me para o FORCAOS. À minha filha Ludmila, por atuar como colaboradora de meu projeto sobre rock fazendo pesquisas na internet. Ao meu pai, in memoriam, Francisco das Chagas Neves Osterno, o homem mais feminista que conheci. Gostava de cabelos curtos para mulheres e calças compridas, e empurrava minha mãe para o trabalho fora de casa, há 60 anos atrás. Ah!... Ia me esquecendo...adorava varrer a casa. À minha irmã Regina, minha segunda mãe, e minhas sobrinhas Lana e Adriana que me ajudaram a atravessar algumas perdas quase insuperáveis. Ao meu irmão Chiquinho, pelos préstimos na hora da necessidade da compra de livros. À minha irmã Rosário, que tem me dado suporte logístico para poder escrever a dissertação. Às amigas, Felícia, Helena, Margareth, Bruxinha, Zezé e Betânia, mulheres que influenciaram minha opinião na decisão pelo mestrado. Ao amigo Martin, por me deixar roubar sua mulher, Felícia, por alguns momentos, para formatar minha dissertação. Ao amigo Yan, que tem me salvado no momento de pane no computador. À amiga Lena, pela amizade, e por me alugar seu ouvido nas confabulações de mulher e conversas sobre saudades. Ao amigo Zé Júlio, pela amizade, e como colaborador da pesquisa nas composições das bandas de rock 80. Ao amigo Mafinha, pelas conversas sobre Edgard Scandurra, (equivocadamente ele pronunciava Escandura, sem o segundo “r”, modificando a pronúncia), Dinho Ouro Preto e Marcelo Nova. Essas conversas de happy hour pelos bares da cidade, sobre rock, me foram inspiradoras. Aos colegas da sala do mestrado, em especial Fabiana Lima, uma mulher de grande peito. Ao amigo e pesquisador de Rock, Mário Bolacha, proprietário da casa de vinil Bolacha Preta , pela gentileza na busca dos meus vinis. Aos camaradas da corrente O Trabalho, corrente Trotskysta na qual milito internamente no Partido dos Trabalhadores. Ao meu orientador, Nelson Barros da Costa, cuja paciência tibetana permitiu minha chegada à reta final do curso. Nele encontrei um amigo. De fato um achado em minha vida. Aos velhos amigos do clube da esquina, Omar, Corrinha e Márcia, pelas horas e horas de conversas jogadas fora sobre música e arte, até uma da manhã, na periferia da cidade, sem nenhum risco de vida, em 78, escutando os velhos bruxos psicodélicos Pink Floyd. Através do Omar conheci Deep Purple e Mick Jagger. Aos companheiros da direção do SINDIUTE, sindicato combativo e intransigente na defesa dos direitos dos professores da rede oficial do ensino do Ceará e de cuja diretoria faço parte, por permitirem meu breve afastamento para escrever o projeto. Ao camarada Eudes Baima, pelos exemplares das revistas Bizz e General que me emprestou e até hoje ainda não devolvi. Aos meus colegas de trabalho da Escola Neudson Braga, em especial, Luzimar, Carmem e Sérgio por flexionarem meus horários de trabalho. A todas as bandas de rock dos anos 80 por me propiciarem o deleite dessa pesquisa. A todos os meus professores da escola pública que de alguma forma me ensinaram a ser curiosa. Ao meu colega de trabalho, Alexandre, pelas horas de paciência na tradução dos textos de francês. Ao Waldick Soriano, graças a ele cheguei até o rock. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Linguística, em especial a Profª. Drª. Maria Elias Soares, por ocasião da elaboração do projeto e por elastecer os prazos referentes à qualificação e dissertação em andamento. Sou como professora aquilo que fui como aluna. No Programa, fui como aluna aquilo que fui como professora da Escola pública. De alguma forma, àqueles que jogaram sobre o meu corpo a lança e, na dor e no sofrimento, eu respondi, assim como a ostra, produzindo pérolas. MUITO OBRIGADA!!!!!! Estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira, para pintar de negro a asa branca, atrasar o trem das onze, pisar sobre as flores de Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer. Clemente , dos Inocentes. ABSTRACT This research joins Costa’s (2001) conception that the literary and musical speech as a discursive practice serves as a reference to the subjects, legitimizing truths and spreading ways how those subjects interact with reality, with other subjects and with themselves. Our association with Costas’s mind increased further when the objective of our project was defined as the engaged songs and the songs of protest and neoprotest of the speech community of rock80, called Brock, a musical moment with great integration of youth, when the amused discourse of the rockers served as interaction and was confused with the copyright word of those young people, changing their ideas and the way they thought, felt and acted. The theory that guided our paper was the Speech Analysis by French line, the theoretic material provided by Maingueneau (2001). Our research set out to investigate the following categories ethos , set design and linguistics code in the speech of those songs, taking as reference the seminal engagement of the protest line which was in the songs of the sixties, choosing original songs of Geraldo Vandré, Zé Kéti e Sérgio Ricardo as emblem. In this paper, we proved the involvement of rock songs of eighties observing the linguistics materiality inside the code, at the capture of its ethos by those speakers, which was reflected in the construction of the scenery. The research clarified and confirmed our initial position about the existence of marks of protest in both the gestures: the literary and musical community of the sixties and the rock tribe of eighties, as well. The first one left its trademark in an analog, black and white speech, whereas the last one left its speech in a colorful, digital format. Using a visual media language, only the formats were subservient to the protest of those songs. Keywords; Literary and musical speech: songs of protest; rock80; speech analysis RÉSUMÉ Cette recherche s’inscrit dans la conception de Costa(2001) selon laquelle le discours littéro- musical en tant que pratique discursive sert de référence aux individus, comme légitimateur de vérités et dissiminateur de manières par lesquelles les individus interagissent avec la réalité, avec les autres individus et avec eux-mêmes. Notre association à la pensée de Costa(2001) exacerbe encore plus puisque le but de notre projet a été les chansons engagées, de protestation ou de néo-protestation de la communauté discursive du rock1980, surnommé Brock, un moment musical de grande insertion en milieu jeune où le discours d’autrui des rockeurs a servi d’altérité et dans la plupart des cas s’est confondu avec le mot qui appartenait à cette jeunesse en changeant ses idées, sa manière de penser, de sentir et d’agir. La théorie de base qui a orienté notre travail a été celle de l’analyse du discours de tendence française de Dominique Maingueneau(2001). Notre recherche s’est proposé à investiguer les catégories ethos , scénographie et code linguistique dans le discours de ces chansons, ayant pour référentiel l’engagement séminal de la lignée de protestation des chansons des années soixante en choisissant des chansons matrices emblématiques du répertoire de Geraldo Vandré, Zé Kéti et Sérgio Ricardo. Nous avons prouvé l’engagement des chansons de rock de 1980 par le biais de matérialité linguistique exprimée dans le code, dans la captation de l’ ethos de leurs énonciateurs lors de la construction de la scénographie . La recherche a expliqué et a prouvé notre position initiale à propos de l’existence des marques de protestation dans les deux gestes énonciatifs : autant dans la communauté littéro-musicale des années soixante comme dans la tribu des rockers de années 1980, la première en brevetant sa marque en noir et blanc , de façon analogique et la dernière en ponctuant dans son discours le coloré et la taille numérique .En utilisant un langage des médias visuelles, nous n’avons que les tailles qui sont soumises à la protestation des chansons. Mots-clés : Discours littéro-musical ; chansons de protestation ; rock1980 ; analyse du discours. RESUMO Essa pesquisa