Déborah Scheidt a FICÇÃO RURAL-SERTANISTA NA

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Déborah Scheidt a FICÇÃO RURAL-SERTANISTA NA Déborah Scheidt A FICÇÃO RURAL-SERTANISTA NA FORMAÇÃO DAS LITERATURAS BRASILEIRA E AUSTRALIANA: UM ESTUDO DE JOSÉ DE ALENCAR E HENRY LAWSON Curitiba 2014 Déborah Scheidt A FICÇÃO RURAL-SERTANISTA NA FORMAÇÃO DAS LITERATURAS BRASILEIRA E AUSTRALIANA: UM ESTUDO DE JOSÉ DE ALENCAR E HENRY LAWSON Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná como requisito parcial à obtenção do título de Doutora em Letras. Orientador: Prof. Dr. Luís Gonçales Bueno de Camargo. Curitiba 2014 Catalogação na publicação Fernanda Emanoéla Nogueira – CRB 9/1607 Biblioteca de Ciências Humanas e Educação - UFPR Scheidt, Déborah A ficção rural-sertanista na formação das literaturas brasileira e australiana: um estudo de José de Alencar e Henry Lawson / Déborah Scheidt – Curitiba, 2014. 242 f. Orientador: Prof. Dr. Luís Gonçales Bueno de Camargo Tese (Doutorado em Letras) – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná. 1. Literatura comparada - brasileira e australiana. 2. Alencar, José de, 1829- 1877. 3. Lawson, Henry, 1867-1922. I.Título. CDD 809 Ao meu filho Luca, companheiro de aventuras brasileiras e australianas. À minha mãe Bárbara, que me emprestou seu sonho de Austrália. À memória de minha avó Margarida, que me mostrou desde pequena que era possível viajar nas páginas da National Geographic. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Luís Bueno, por ter aceitado embarcar nessa jornada inusitada. Ao Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas da UEPG, por uma das coisas mais preciosas: o tempo. À minha família, sempre e por tudo. Aos Larcombe-Solomons, BMF (“best mates forever”). Ao Prof. Dr. Ian Alexander, pelas dicas de leitura e respostas às minhas perguntas. À Profa. Dra Heloisa Toller Gomes, pelo acolhimento afetuoso. Especialmente, ao Prof. Dr. Eduardo Marks de Marques, grande estudioso das questões australianas no Brasil e uma das pessoas mais prestativas e generosas que conheci nos últimos tempos, pelas muitas portas que se abriram. RESUMO Brasil e Austrália possuem, no coração de seus territórios, vastas extensões de terras menos propícias à habitação humana do que suas áreas litorâneas. Independentemente de sua representatividade em termos demográficos e/ou econômicos, o sertão e “the bush” assumiram, ao longo da história dos dois países, grande relevância simbólica. Este trabalho pretende comparar os processos de apropriação desses espaços pela ficção do Brasil e da Austrália em momentos “formativos” de suas histórias literárias, na segunda metade do século XIX. Parte-se da teoria de “formação literária” de Antonio Candido, como o momento em que, em sua história cultural, um povo passa a ostentar uma literatura no sentido exato da palavra, diferentemente de um conjunto de manifestações literárias. Para que uma literatura exista “como sistema”, Candido preconiza a presença de cinco denominadores “em interação dinâmica”, divididos em dois grupos. No contexto desta pesquisa, os dois “denominadores internos” são as variantes brasileira e australiana das línguas portuguesa e inglesa servindo como matéria-prima às obras literárias e o emprego literário da temática rural-sertanista, na qual, com base em seu suposto conhecimento aprimorado do meio e capacidade de sobrevivência, o homem comum (sertanejo/ “bushman”) é elevado à posição de herói. Nesse respeito, o papel desempenhado pelo regionalismo na tradição rural-sertanista brasileira é comparável à oposição mais generalizada entre o urbano e o rural na cultura australiana. Um sistema literário capaz de produzir uma tradição – que Candido define como uma continuidade de padrões – advém principalmente da articulação de três denominadores externos (ou “psicossociais”): autores conscientes de seu papel, um público para as produções desses autores e uma linguagem literária materializada em obras. José de Alencar (1829-1877) e Henry Lawson (1867-1922) são apresentados como autores especialmente dispostos a engajar seus públicos na construção da nação como “comunidade imaginada” teorizada por Benedict Anderson. O corpus literário desta pesquisa inclui o romance O sertanejo, de Alencar e uma seleção de contos de Lawson, dentre eles “The drover‟s wife”, “The bush undertaker”, “Send round the hat”, “Telling Mrs. Baker”, “The union buries its dead” e as quatro narrativas protagonizadas por Joe Wilson. Palavras-chave: Brasil. Austrália. Formação literária. Ficção rural-sertanista. José de Alencar. Henry Lawson. ABSTRACT Brazil and Australia have, in the hearts of their territories, extensive lands that are not as suitable to human inhabitation as their coastal areas. Regardless of their status in economic and/or demographic terms, the “sertão” and the bush have achieved, along the histories of both countries, a great deal of symbolic relevance. This work aims at comparing the processes of appropriation of such spaces by the fiction of Brazil and Australia in “formative” moments of their literary history, in the second half of the 19th century. It departs from Antonio Candido‟s theory of “literary formation”, as the moment in which, in its cultural history, a society begins to present a literature in the proper sense of the word, as opposed to a group of literary expressions. For the existence of literature “as a system”, Candido stipulates the presence of five factors working in “dynamic interaction” and divided into two groups. In the context of this research, two of the “internal factors” are the Brazilian and Australian variants of the Portuguese and the English languages as raw material for literary works, and the literary employment of rural/bush themes, in which the common man (“sertanejo”/bushman), deemed to have special knowledge of the environment and survival skills, is elevated to the condition of hero. Regarding that aspect, the role of “regionalism” in the rural/bush tradition in Brazil is comparable to a more general distinction between city and the bush in Australian culture. A literary system able to produce a tradition – that Candido defines as a continuity of patterns – is the result of the articulation of three main external (or “psychological/social”) factors: authors who are conscious of their role, a public for the productions of such authors and a literary language materialized into artistic creations. José de Alencar (1829-1877) and Henry Lawson (1867-1922) are presented as authors especially eager to engage their publics in the construction of the nation as an “imagined community” theorised by Benedict Anderson. The literary corpus of this research includes Alencar‟s novel O sertanejo and a selection of short stories by Lawson, among which are “The drover‟s wife”, “The bush undertaker”, “Send round the hat”, “Telling Mrs. Baker”, “The union buries its dead” and the four Joe Wilson narratives. Key words: Brazil. Australia. Literary formation. Rural/bush fiction. José de Alencar. Henry Lawson. LISTA DE FOTOGRAFIAS FOTOGRAFIA 1 - JOSÉ DE ALENCAR, 1876 .................................................... 10 FOTOGRAFIA 2 - HENRY LAWSON, ENTRE 1900-1912................................ 10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - JOSÉ DE ALENCAR, HENRY LAWSON E A FORMAÇÃO DAS LITERATURAS BRASILEIRA E AUSTRALIANA: ALGUNS EVENTOS-CHAVE ..................................................... 25 LISTA DE PUBLICAÇÕES E APRESENTAÇÕES DECORRENTES DESTA TESE Aspectos da história da língua literária no Brasil e dos usos alencarianos dessa língua (Capítulo 1) estão em SCHEIDT, Déborah. Liberdade, libertinagem, libertação: Apropriação literária em José de Alencar, Mário de Andrade e Guimarães Rosa. Miscelânea, v. 10, jul.- dez. 2011. Algumas das posturas do herói alencariano (Capítulo 2), bem como o caráter nacionalista de O sertanejo (Capítulo 3) figuram em SCHEIDT, Déborah. Nacionalismo e ambivalência em O sertanejo, de José de Alencar. Uniletras. n. 32, 2010. Esse mesmo tema também foi apresentado em 2011 no III SELL – Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários da UFTM, Uberaba, MG. Várias das especificidades geográficas, históricas e culturais da comparação entre o sertão brasileiro e o “outback” australiano presentes ao longo desta tese aparecem em SCHEIDT, Déborah. Um olhar além: o sertão brasileiro e o outback australiano comparados. Revista de História Regional, v. 15, n. 2, 2010. Certos aspectos da heroicização do homem comum (Capítulo 2) foram apresentados em SCHEIDT, Déborah. Cordel e bush ballads: representações da autoridade na poesia popular do Brasil e da Austrália. Anais do XII Congresso Internacional da ABRALIC. Curitiba, 2011. Disponível em http://www.abralic.org.br/anais/cong2011/AnaisOnline/resumos/TC0759- 1.pdf. SUMÁRIO INTRODUÇÃO – OS TERMOS DA COMPARAÇÃO ...................................... 11 CAPÍTULO 1 – A EMERGÊNCIA DE DUAS LÍNGUAS LITERÁRIAS........ 26 1.1 LÍNGUA E ESPAÇO........................................................................................... 26 1.1.1 Alencar e a variante brasileira do português..................................................... 32 1.1.2 Lawson e a língua literária na Austrália............................................................ 54 CAPÍTULO 2 – A TEMÁTICA RURAL-SERTANISTA.................................... 83 2.1 O SERTÃO, “THE BUSH” E A CIDADE.......................................................... 83 2.1.1 Alencar e o herói regionalista/sertanista na literatura brasileira....................... 101 2.1.2 Lawson e o “bushman” como herói da tradição australiana.............................. 128 CAPÍTULO 3
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