223

Fig. 68. Salvador. Venda de roupas.

ível de produtos. Fig. 69. Salvador. Nas ruas pode-se encontrar uma variedade incr pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 224

Fig. 70. Salvador. Nas ruas ças pode-se encontrar das pe é a tampa da de ventilador at panela.

Fig. 71. Salvador. Mercado de Sete portas

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 225

Fig. 72. Salvador. Verduras a ço com venda disputam espa ção materiais de constru

ão vende Fig. 73. Salvador. Nos carros de m -se frutas no meio da rua.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 226

Fig. 74. Salvador. Nos tabuleiros dos ôs pode camel -se encontrar realmente

de tudo.

Fig. 75. Salvador. Carnes expostas na rua.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 227

ças na rua. Fig. 76. Salvador. Venda de hortali

çada. Fig. 77. Salvador. Vendedora improvisada na cal

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 228

4 FILUMENA MARTURANO (ORIGINAL E TRADUÇÃO DA PEÇA)

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 229

ÇÃO A PEÇA 4.1 I NTRODU

ílias napolitanas Eduardo o explorou em profundidade, eviden O tema das fam ciando as üidades que, intrelaçando zonas de sombras onde se instalam os conflitos e as ambig -se ília em família, criam o tecido social, e antropológico de Nápoles. Entre as várias de fam ça Filumena Marturano familias descritas por real -se a de , um dos seus textos mais poderosos, aquele que desbarata muitos lugares comuns sobre a ão pequeno ções ao seu teatro. dimens -burguesa da sua dramaturgia e de muitas imita

ão obstante a “Espaçosa sala de jantar em claro “estilo 900” (detalhadamente de N scrita ônoma da comédia), juntamente aos personagens, quase constituindo uma parte aut Filumena Marturano ça arcaica, cujo arquétipo é a tragédia possui de um lado uma for ão é por acaso que falando de Filumena sejam freqüentes as referências a grega (n ígona); do outro deixa intraver, debaixo do monte de palavras que as Medeia ou a Ant âneo de vazio e personagens jogam um contra o outro, um fundo todo contempor incomunicabilidade.

ção pequen Engana-se quem pense que o desejo de casar de Filumena seja uma aspira o- é exatamente o contrário. Filumena deixou a sua violenta família para ser burguesa: úmeros homens, (“De quem são estes filhos? De homens prostituta, juntou-se com in ê...”). Ela viveu com Domenico dia após dia agüentando a mesquinharia que como voc êm em relação às mulheres, sobretudo no sul da Itália da muitos homens ainda hoje t écada de quarenta. d

Enquanto Filumena parecia agonizar, Domenico namora com a enfermeira. Filumena ão uma família, mas a família, o ideal me precisa daquele sobrenome para fundar n smo ília, nos escombros das hipocrisias, das mentiras, dos abusos vividos em primeira de fam À Filumena não interessa participar dos vazios rituais das famílias burguesas pessoa. ídas encima de tais ruínas, a analfabeta Filumena, poderia pertencer ao constru mundo ‘900, Raffaele Viviani, cujos dramas se popular do outro grande autor teatral do ão em casa, mas nas ruas. ão é uma subida social, desenrolam n O que esta mulher quer n é justiça. ça para que os ma Filumena apela-se ao direito que conseguiu com a trapa us õe o próprio modelo de justiça ao da sociedade tratos subidos sejam reparados, contrap .

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 230

ão as armas de Filumena? Astutas, agressivas, capazes de envolver pedaços Mas quais s às fortunas herdadas de Domenico inteiros da microsociedade que vive amarrada çar até com a morte se necessário, são armas de um chefe Soriano, capazes de amea ça de Filumena não é estranha aquela tribal, armas similares a de uma mafiosa. A for ápoles Pupetta Maresca, Rosetta Cutolo, Anna Moccia, ou seja que possuem em N ília o do “clã” tratando os homens de mulheres da mafia que assumiram o poder da fam Filumena Marturano õem ígua relação par para par. Em contrap -se assim, na mesma amb ças que tem na comunidade Napolitana, a burguesia e a sociedade do beco, no de for úmplices e mesmo tempo c inimigas. A mesma tormentada e aparentemente ível coexistência de vinte e cinco anos de Filumena e Domenico é a cruel incompreens áfora disso. met

O pano abre-se sobre o choque de Filumena e Domenico, jogados um contra o outro, como dois Pit Bulls nas lutas clandestinas de cachorros: se abre assim no ponto de íbrio, sobre o conflito, porque só no conflito pode ruptura do equil -se revelar a realidade, ão consegue logo ter supremacia sobre a sociedade “das e muda-la. Mas, Filumena n ” sua inimiga: um advo leis gado, amigo da amante-enfermeira, consegue achar o jeito de “mis em cene” da agonia tinha conseguido realizar. anular o casamento que a é dele, Emparedada Filumena consegue reagir: revela a Domenico que um dos filhos ês. Assim ça o outro grande movimento do texto, mas sem lhe dizer qual dos tr come ém ele em dois sentidos: a aquele que diz respeito a Domenico Soriano, a ser visto tamb ção de homem nasce assim da sua entrega. Depois da revelação, com efeito, sua matura õe ao casamento, mas na re Domenico se disp alidade busca o filho. Encontra, conhece e ês filhos de Filumena para intuir qual possa ser o dele, busca todas as estuda os tr íveis “semelhanças” no desejo obcecado de encontrar e transmitir, num jovem do poss seu mesmo sangue, o modelo social no qual se reconhece e com o qual afirmou-se na ás da ternura para o filho a o sentimento sociedade. Filumena intuiu que Domenico, atr “sangue, esconde, como todos os bons (e mulherengos) pais burgueses, a ligado ao ção de pai, é necessidade do mantimento da ordem social a qual pertence e que, na fun ém as riquezas de Domenico são herdadas, chamado a perpetuar. Por outro lado tamb “um rico e sabido doceiro que não tinha olhos senão que por ele”. Esta herdadas de ção foi o Às na manga de Filumena, mas a mulher, irremi ível, agora que intui ss ão fala. Não diz qual é o filho dele: e se a razão imediata, Domenico quer saber n êncio é de não criar disparidade no destino dos três garotos, na maternal deste sil

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 231

ância também neste caso Filumena se rebela a um mundo que despreza e subst contra o é capaz de opor gestos de autêntica revolta. Terá que ser Domenico Soriano a qual é o verdadeiro filho dele; vai ceder. Ele casa com Filumena sem nunca descobrir qual ês filhos de Filumena derrubando de uma só vez todos os acolher todos os tr á pai de três homens preconceitos sociais nos quais foi formado e em que acreditava: ser ês desgraçados, três filhos de uma prostituta. Este marcados pelo destino, tr ólico: no plano humano, acolhimento, com efeito, tem um enorme significado simb á próximo à porque Domenico sai da casca do homem que foi para se transformar, j “os filhos são filhos” velhice, em um homem diferente; no plano coletivo, porque se é porque todos os filhos são como fala Filumena na mais famosa replica do texto, ão importa a quem ou a coisa eles pertençam, iguais, ou seja, todos os seres humanos, n à vida. Mas é também o êxito final de uma luta, com todo o e sim o direito deles êncio e o sentido de morte que envolve o campo depois da batalha: o pano cai sobre sil ágrimas de Filumena, a as l s primeiras depois de vinte e cinco anos.

ça, todas as ambigüidades e as Para que pudessem ressaltar, com tamanha for ções do teatro de De Filippo (não podemos esquecer que, neste texto ele cria estratifica ês personagens sem pai, sendo, ele mesmo, um fi ão reconhecido) precisava de tr lho n uma personagem do tamanho de Filumena, um dos verdadeiros, grandes personagens do “a mais querida das minhas criaturas” dizia Eduardo). Personagens como teatro italiano ( Filumena e Domenico destroem as teses de quem considera a dramaturgia de De Filippo à recitação do próprio ator: propõe, pelo contrário, enormes indissoluvelmente ligada âneo. possibilidades para quem queira enfrenta-lo sob um olhar contempor

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 232

4.2 FILUMENA MARTURANO: TEXTO BILINGUE

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 233

EDUARDO DE FILIPPO

FILUMENA MARTURANO Versão em Português

EDUARDO DE FILIPPO

FILUMENA MARTURANO (1946)

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 234

Personagens

Filumena Marturano Domenico Soriano, rico doceiro “o cucchieriello” Alfredo Amoroso, ál Ros ia Solimene, confidente de Filumena Diana, jovem amante de Soriano Lucia, camareira Umberto, estudante Riccardo, comerciante ário Michele, oper O advogado Nocella Teresina, costureira Primeiro carregador Segundo carregador

ção na Um agradecimento especial ao Professor Dr. Leonardo Boccia, pela colabora ão da tradução desta peça. revis

PRIMEIRO ATO

Na casa de Soriano. çosa sala de jantar em evidente “estilo 900”, ostentosamente decorada mas com Espa íocre. Alguns qu gosto evidentemente med adros e alguns enfeites, que lembram com çura a época umbertina e que, evidentemente, faziam parte da antiga mobília da casa do óveis, paterna de Domenico Soriano, dispostos com cuidado nas paredes e sobre os m

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 235

à esquerda, é contr astando violentamente com o restante. A porta na primeira coxia à esquerda, atravessa aquela que leva para o quarto do casal. Na segunda coxia, sempre ângulo da sala uma grande porta ça de vidro que permite a visão sobre o -janela com treli ço florido, protegido por uma um amplo terra cortina de tecido com tiras coloridas. No à direita, a porta de entrada. Á direita, a sala alarga fundo -se penetrando profundamente ão e de uma cortina sedosa nos bastidores e deixando entrever, por meio de um grande v “escritório” do dono d ém para os móveis do seu “escritório” entreaberta, o a casa. Tamb “estilo 900”. É do mesmo estilo o móvel Domenico Soriano preferiu o -vitrine que ças de metal variado e diferentes dimensões protege e exibe uma grande quantidade de ta “Primeiros prêmios” ganhos po “bandeiras” e formas: r seus cavalos de corrida. Duas ás de uma escrivaninha, testemunham as vitórias cruzadas na parede frontal, atr çadas na festa de Montevergine. Nem um livro, nem um jornal, nem uma carta. alcan “escritório” é ordenado e Aquele canto que apenas Domenico Soriano ousa chamar de á preparada para duas bonito, mas sem vida. A mesa central do quarto de jantar est ém com requintes: não falta um “centro” de rosas pessoas, com certo bom gosto e tamb ão. á anoitecendo. As vermelhas muitos frescas. Primavera adiantada: quase ver Est últimas luzes do dia se dispersam pelo terraço.

é, quase na entrada do quarto de dormir, os braços cruzados, em uma atitude de Em p á Filumena Marturano. Veste uma cândida e linda camisola. Cabelos desafio, est à é descalços nas pantufas. Os traços do rosto dessa desarrumados e ajeitados s pressas. P ão atormentados: signo de um passado de lutas e tristezas. Filumena não tem mulher s ão pode esconder a sua origem plebéia: e nem o quer. Os seus aspecto vulgar, mas n ão largos e aberto é sempre franco e decidido, de mulher gestos s s; o tom da sua voz ência instintiva e de força moral, de mulher que conhece as consciente, rica de intelig leis da vida do seu jeito, e do seu jeito as enfrenta. Tem apenas quarenta e oito anos, áreas temporais. Mas os olhos denunciados por alguns fios de cabelos brancos nas “negro” napolitano. Ela está pálida, cadavérica, um conservam a vitalidade juvenil do ção de que ela se fez protagonista, ou seja de deixar que todos pouco pela fic óxim à morte, e um pouco pela tempestade que, acreditassem que ela estava pr a á enfrentar. Mas ela não tem medo: tem, pelo contrário, uma inevitavelmente, dever ário. postura de fera ferida, pronta a pular contra o advers à direita, Domenic No canto oposto, mais precisamente primeira coxia o Soriano ão conhece nem limites nem enfrenta a mulher com a decidida vontade de quem n áculos, para fazer triunfar a própria sagrada razão, para quebrar a infâmia e obst ível enganá desvendar, perante ao mundo, a baixeza com a qual foi poss -lo. Sente-se ão pode nem quer ofendido, ultrajado, afetado em algo, a seu ver, de sagrado, que n éia de que ele possa parecer um derrotado perante os outros, deixa admitir. A id -o É um homem robusto, sadio, totalmente alterado, absolutamente enlouquecido. üenta anos. Cinqüenta anos bem vividos. As facilidades e a aproximadamente de cinq ção financeira o têm conservado de espírito inflamado e de aspecto juvenil. O boa condi “finado” seu pai, Raimundo Soriano, um dentre os mais ricos e sabidos doceiros de ápoles, que tinha fáb ém de lojas extremamente N ricas em Vergini e em Forcella, al concorridas em Toledo e em Foria, tinha-o como filho preferido. Os dengos de dom “o senhorzinho dom Mimí”), não Domenico (quando jovem era conhecido como: ân época; ainda tinham limites, nem pela extravag cia, nem pela originalidade. Fizeram ão comentados em Nápoles. Apaixonado por cavalos, é capaz de passar metade de um s ísticas, os “feitos” dos mais importantes exemplares dia lembrando as proezas agon üinos que pertenceram às suas conspícuas á, em calça e eq estrebarias. Agora ali est álido e convulsivo perante Filumena, jaqueta de pijama, sumariamente abotoados, p

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 236

“de nada” que, por tantos anos, foi por ele tratada como uma escrava e aque la mulher ão, para esmagá que agora o tem em sua m -lo como um pintinho. À esquerda da sala, no canto, quase perto do terraço, mostra é, a mansa e -se, de p ália Solimene. Tem setenta e cinco anos. A cor dos seus humilde figura de dona Ros é incerta: mais tendente para o branco que para o cinza. Endossa um ve cabelos stido “desbotado”. Um pouco curva, mas ainda cheia de vitalidade. Morava em uma escuro, “baixada”, no bairro de San Liborio, em frente de onde morava a família Marturano, de “vida, morte e milagres” Conhecera Filumena, desde a primeira infânci quem conhece a, ência, sem nunca lhe poupar ficou-lhe perto nos momentos mais tristes da sua exist ão, de ternura que somente as nossas aquelas palavras de conforto, de compreens ão um verdadeiro bálsamo para o coração de mulheres do povo sabem dizer e que s ê quem sofre. Ela observa, ansiosa, os movimentos de Domenico, sem perd -lo de vista ó instante. Conhece, por dura experiência, os efeitos da irascibilidade daquele um s ão pisca olho, como petrificada. homem, pelo que, invadida pelo terror, n É um No quarto canto da sala, mostra-se um outro personagem: Alfredo Amoroso. ático com aproximadamente sessenta anos, de estrutura sólida, musculoso e homem simp “O cucchieriello”232 vigoroso. Pelos companheiros lhe foi dado o apelido de . Era, com efeito, cocheiro habilidoso, e por isso foi empregado por Domenico,e ao seu lado éis de peão, bode expiatório, rufião, permaneceu em seguida, desempenhando os pap É suficiente observar o jeito com o qual amigo. Ele resume todo o passado do seu dono. é que ponto lh áxima olha Domenico, para entender at e foi fiel e devoto, com a m ção. Veste um paletó cinza um pouco “gasto” mas de corte perfeito, calças de abnega éu “scorz’ ‘e nucella”233 ça ligeiramente torto. Ostenta, outra cor e chap ajeitado na cabe é á em atit É, talvez, o mais no meio do gil , uma corrente de ouro. Est ude de espera. üilo entre todos. Conhece o seu dono. Quantas vezes apanhou por ele! Quando tranq ão as quatro personagens, nesta posição de “quatro cantos”. sobe o pano, assim est ão ali, para curtir que nem crianças e, pelo c ário, é a vida que os Parece que est ontr jogou assim, um contra o outro. Longa pausa.

(estapeando-se várias vezes com veemência e exasperação) 1. DOMENICO Louco, louco, cem vezes, mil vezes louco!

(Com um gesto tímido intervém) á faz 2. ALFREDO Mas o que o senhor est endo?

ália aproxima õe Ros -se de Filumena e p -lhe sobre os ombros um xale que pegou de uma cadeira no fundo.

3. DOMENICO Eu sou um homem de nada!, Eu tenho que ficar em frente a um espelho Com faíscas de ódio nos olhos e continuar, sem nunca cansar, a cuspir na minha cara. ( para Filumena ê tenho arruinado a minha vida: Você tomou de mim vinte ) Perto de voc úde, e a força, e a cabeça e a juventude! e cinco anos, e a sa ê mais quer? O que é que Domenico Soriano tem que te dar ainda ? Até o E o que voc ê usou como bem quis e entendeu? (Insultando todos, fora de resto desta pele, que voc si) (Contra ele mesmo, com desprezo) Todos fizeram o que bem entenderam! Enquanto ê se achava o próprio Jesus Cristo descido em terra, todos faziam aquilo que voc (Apontando para todos em um ato de acusação ) ê, você. queriam a suas costas! Voc

232 “cucchieriello” cocheiro

233 éu típ ália muito popular nas décadas de 40 “casca de noz”. Chap ico do sul da It -60 de cor marrom pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 237

ê... a rua, o bairro, Nápoles, o mundo... Todos têm A Voc -me feito de trouxa, sempre! ( lembrança da maracutaia armada por Filumena volta de repente deixando-o furioso)

É, devia esperar por isso! Somente uma mulher como você Eu nem posso pensar nisso! ão podia se desmentir! Vinte e cinco anos não podiam podia chegar onde chegou! N ão pense que ganhou a parada: Esta não ganhou, não! Eu mato você e satisfaze-la! Mas n ês contos! Isso é o que v ê: três contos! E a todos pago tr ale, uma mulher como voc édico, o padre... ( apontando Rosália que estremece e aqueles que a ajudaram: o m Alfredo que, pelo contrário, é tranqüilo, ameaçador) ... estes dois asquerosos, a quem firme) á o trinta e dei comida por tantos anos... mato todos!... ( O trinta e oito!... Me d oito!

(calmo) 4. ALFREDO Levei os dois ao armeiro para limpar. Como o senhor mandou.

çado a dizer! Mas agora 5. DOMENICO Quantas coisas tenho dito eu.. e quantas fui for Para Filumena) ê vá acabou, entenderam?! Estou de saco cheio, entendi tudo!... ( Voc ão sair com os seus pés, garanto que sai morta desta casa. Não existe lei, embora.. e se n ão tem Deus que possa dobrar Domenico Soriano. Ataco e mato todo mundo! Mando n çar, Filume’! Você vai dançar como eu todos pra cadeia, eu tenho dinheiro e vamos dan é você e o que fez nesta casa, me darão razão de mandar. Quando souberem quem ê, Filume’, eu acabo comj você! (pausa) qualquer jeito! Eu acabo com voc

em nada abalada, segura das próprias razões) ão tem mais 6. FILUMENA ( Acabou? N nada para dizer?

(de repente) ão fale, não consigo nem te ouvir! (é 7. DOMENICO Cala a boca, n suficiente ouvir a voz daquela mulher para abalá-lo)

ó quando tiver dito tudo o que tenho embrulhado aqui no estômago, 8. FILUMENA S indica o estômago) í não olho mais na sua cara, nunca mais vai ouvir a minha ouviu? ( A voz!

com desprezo) 9. DOMENICO ( Vagabunda! Vagabunda sempre foi e assim ficou!

ê ê o diz? Cadê a 10. FILUMENA E tem necessidade de diz -lo assim como voc ão o sabem todos quem eu era, onde estive? Mas onde eu estive era você novidade? N ê junto com os outros e, como os outros, eu tratava você. Porque quem vinha, voc ê de outro jeito? Não são os homens todos iguais? Aquilo que eu fiz é deveria tratar voc ência. Agora sou sua mulher. E daqui não saio nem com a entre mim e a minha consci policia!

’, você não está batendo bem 11. DOMENICO Mulher? Mas mulher de quem? Filume ça hoje? Com quem você se casou? da cabe

(fria) 12. FILUMENA Contigo!

ê é doi ça é evidente. Tenho testemunhas. (indica 13. DOMENICO Mas voc da! A trapa Alfredo e Rosália)

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 238

ÁLIA (prontamente) ão sei de nada. (não quer ser envolvida em uma 14. ROS Eu n questão tão grave) ó sei que dona Filumena foi dormir, piorou e entrou em agonia. Eu s Nada falei e nada entendi.

(para Alfredo) ê também não sabe de nada? Você também não 15. DOMENICO Voc ção? sabia que a agonia era fic

é’, pelo amor a nossa Senhora! Ela, dona Filumena, não me 16. ALFREDO Dom Dom ências logo a mim? suporta, ia fazer confid

ÁLIA (para Domenico) 17. ROS E o padre? O padre, quem foi que o mandou chamar? ão foi o senhor quem mandou? N

(indica Filumena) ê 18. DOMENICO Porque esta... o queria. E eu, para faz -la feliz...

ão lhe parecia verdade que eu fosse para o outro mundo 19. FILUMENA Porque n . Tamanha era a sua felicidade, pensava que, enfim, ia-se livrar de mim.

(Pirracento) 20. DOMENICO Bravo! Enfim entendeu! E quando o padre, depois de ter ê, me disse: “Se case com ela “in extremis” é o único falado com voc , pobre mulher, çoe este seu vínculo com a benção do Senhor” Aí eu falei... desejo dela; aperfei

“O que tenho a perder? Ela está morrendo. É questão de umas horas 21. FILUMENA ... ”. (zombando) e fico logo livre dela Se deu mal, dom Domenico, quando logo o padre “Dom Domé’ parabéns: somos marido e mulher!” se foi, me levantei da cama e falei:

ÁLIA Eu dei aquele pulo! E me veio aquela gargalhada! (Ainda tem vontade 22. ROS de rir) ça. Jesus, mas como parecia natural aquela doen

ém a agonia! 23. ALFREDO E tamb

ão quem vai fazer entrar em agonia vocês, sou 24. DOMENICO Fiquem calados, se n (excluindo qualquer possibilidade de fraqueza por seu lado) ão eu! A todos os dois! N ão pode ser! (De repente, lembrando de uma outra personagem que, a seu pode ser, n ver, poderia ser o único responsável) édico? Mas como, se ele for médico...! A E o m ência onde foi parar? É médico e não reconhece que você está boa, que está fazendo ci ele de bobo?

25. ALFREDO Talvez, para mim, ele se enganou.

(com desprezo) ’. (Decidido) édico vai me 26. DOMENICO Fique calado, Alfre O m ão pagar. Aquele vai pagar, por Deus que vai me pagar! Porque isso foi um acordo, n é. (Para Filumena, com malícia) ão dele, foi assim?... Lhe pode ser de boa f Molhou a m deu dinheiro...

(enjoada) É só isso que você enten É com o dinheiro 27. FILUMENA de: O dinheiro! ê quis! Até a mim você conseguiu com o dinheiro Porque que conseguiu tudo o que voc ê era Mimí Soriano” com o melhor alfaiate, a melhor comida... e os seus cavalos voc ê os fazia correr... Mas Filumena Marturano f ê! E você corria corriam: voc ez correr voc

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 239

sem nem perceber... E tem que correr ainda mais e ainda tem que cuspir sangue para édico não sabia de entender come se vive e como se comporta um homem honrado! O m nada. Por isso mesmo acreditou, e como tinha que acreditar! Qualquer mulher, depois ê, acabaria em agonia. Fui a sua de vinte e cinco anos que tivesse passado perto de voc (para Rosália e Alfredo) ês sabem serva! Fui a serva dele por vinte e cinco anos, e voc ão disto. Quando ele viajava para se divertir: Londres, Paris, nas corridas, eu era o c -de- ábrica em Furcella, aquela de Virgene e dos armazéns em Toledo e em Funa, guarda da f ão, se dependesse de você, teriam te depenado vivo! (Imitando um tom porque se n hipócrita de Domenico) “Se não tivesse a ti...” “Filume’, ” Tenho levado que mulher! és! E não agora que pra frente esta casa melhor que uma esposa! Tenho lavado os seus p óxima, apreciada, reconhecida, sou velha, mas quando jovem. E nunca me senti pr nunca! Sempre como uma empregada que, de uma hora para outra, se pode botar pra fora!

ê conformada, sei lá?, compreensiva, por 28. DOMENICO E eu nunca vi voc ção que existia entre mim e você. Sempre com a cara fechada, completo, da real situa ê se tivesse perguntado: “E se eu estiver errad insolente... nunca que voc a?... Se lhe tiver ” Tivesse eu visto uma lágrima dentro daqueles olhos! Nunca! Quantos anos feito algo? ê chorar! ficamos juntos, e nunca vi voc

ê? Era bonita demais como enfeite! 29. FILUMENA E devia chorar por voc

á o enfeite. 30. DOMENICO Deixa pra l . Uma alma penada, sempre sem paz. Uma ão chora, não come, não dorme. Tivesse visto você dormir uma só vez. mulher que n é o que você é. Uma alma danada, isto

ê se esquecia de como se 31. FILUMENA E quando queria me ver dormindo? Voc ão. Sabe volta para casa. E as festas, os Natais tenho passado todos sozinha como um c é o bem e não se pode tê quando se chora? Quando se sabe o que -lo! Mas Filumena ão conhece ó o mal, não se chora. A Marturano, n o bem... e quando se conhece s ção de chorar, Filumena ê sempre me tratou como a satisfa Marturano nunca a teve! Voc última das mulheres! (Para Rosália e Alfredo, únicas testemunhas das sagradas verdades que ela diz) ão falar que, quando era jovem, podia “Tem E para n -se dizer: ça...” Mas agora, olhem aí í, com cinqüenta e dois anos, volta sorte e presen , olhem a ços sujos de batom, que nojo... (Para Rosália) ão? com os len Onde est

ÁLIA Estão bem guardados. 32. ROS

“É melhor que os bote no 33. FILUMENA Sem um pingo de vergonha e sem pensar: ” í, se ela os achar, o que vai fazer? Quem é ela? Que meio... e se ela os achar? E da ás daquela... direito tem? E fica babando atr

(como que apanhado em flagrante reage, furioso) 34. DOMENICO Aquela quem?... Aquela quem?

(em nada intimidada, e com maior violência do que a de Domenico) 35. FILUMENA ás daquela nojenta! Ou você acha que eu não sei ? Você não sabe mentir, este é o seu Atr üenta e dois anos e vai se juntar com uma menina de vinte e dois! E não se defeito. Cinq

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 240

á de corno! E a bota dentro de casa dizendo que é enfer d meira... Porque acreditava (como contando algo de incrível) mesmo que eu estava morrendo... E nem faz uma hora, pouco antes que chegasse o padre para nos casar, convencidos de que eu estivesse çando prestes a devolver a alma a Deus, que os vi ao lado do meu leito abra -se e (com incontrolável náusea) ê me dá nojo! E beijando-se! Nossa Senhora... como voc ê o que fazia? Eu, aí morrendo e a mesa posta (a enquanto eu estava morrendo, voc indica) ê e aquela sonsa... para voc

ó porque você está morrendo, eu não tenho mais que comer? 36. DOMENICO Mas, s ão preciso mais me alimentar? N

37. FILUMENA Com rosas na mesa?

38. DOMENICO Com rosas na mesa!

39. FILUMENA Vermelhas?

(exasperado) 40. DOMENICO Vermelhas, verdes, roxas. Por que, se eu queria rosas? ão p ê morra? N osso ter o prazer de que voc

ão estou morta! (despeitada) é’. 41. FILUMENA Mas eu n E nem vou!, Dom

É, isto é um pequeno contratempo. (Pausa) ão estou 42. DOMENICO . Mas n ê entendendo uma coisa. Se sempre fui tratado como todos os outros, porque, para voc ão todos iguais, por que quis casar comigo? Estou apaixonado por outra os homens s mulher, e queria me casar com ela... e vou me casar, sim, porque eu vou casar com ão vinte e dois anos? Diana , o que importa se ela tem ou n

(irônica) á pena! O que me importa 43. FILUMENA Quanto me faz rir! E quanto me d ê, e da menininha que fez você perder a cabeça, e de tudo o que você fala? de voc ê? Eu não dou a mínima, nunca dei. Com Acredita mesmo que eu fiz tudo isso por voc é você, e são vinte e cinco anos que o repete, só uma mulher como eu, e quem diz isto É útil... Você me é útil! Você acredita que, depois de vinte e cinco anos se faz de conta. ão na frente e outra atrás? sendo sua serva , ia-me embora assim, com uma m

(com ar triunfante por ter entendido a verdadeira razão da burla de 44. DOMENICO Filumena) É dinheiro! Você acha que não daria para você? Você acha que Domenico

(altivo, com soberbia) Soriano, filho de Raimundo Soriano um dos mais importantes e ápoles, não teria pensado em ajeitar uma casa para você, e conceituados doceiros de N sem que fosse precisar de coisa alguma?

(aviltada pela incompreensão, com desprezo) á 45. FILUMENA Mas cala a boca! Ser ível que vocês homens nunca entendam nada?... Que dinheiro, Domé’? Tenho boa poss ú É outra coisa que quero de você! Tenho três filhos, Domé’! sa de e dinheiro.

ônitos. Rosalia, pelo contrário, permanece impassível. Domenico e Alfredo ficam at

ês filhos?! Filume’, o que está dizendo? 46. DOMENICO Tr

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 241

(mecanicamente repete) ês filhos, Domé’! 47. F ILUMENA Tenho tr

(perdido) ão estes filhos? 48. DOMENICO E... de quem s

(que tinha percebido o receio de Domenico) ê! 49. FILUMENA De homens como voc

’... Filume’, você está brincando com o fogo! O que quer 50. DOMENICO Filume “De homen ê”? dizer s como voc

ês são todos iguais. 51. FILUMENA Que voc

(para Rosalia) ê sabia? 52. DOMENICO Voc

53. ROSALIA Sim senhor, disso eu sabia.

(para Alfredo) ê? 54. DOMENICO E voc

(pronto para se desculpar) ão. Dona Filumena me odeia, já fale 55. ALFREDO N i.

(ainda não convicto da realidade dos fatos, como para si mesmo) 56. DOMENICO ês filhos! (para Filumena) êm? Tr E quantos anos eles t

57. FILUMENA O mais velho tem vinte e seis anos.

58. DOMENICO Vinte e seis anos?

ão faça esta car ão fique com medo não são filhos seus . 59. FILUMENA E n a! N

(visivelmente aliviado) ê? Vocês se falam, sabem que 60. DOMENICO E conhecem voc ê é a mãe deles? voc

ão. Mas os vejo e sempre falo com eles 61. FILUMENA N

ão? O que fazem? Como se sus 62. DOMENICO E onde est tentam?

63. FILUMENA Com o seu dinheiro!

(surpreso) 64. DOMENICO Com o meu dinheiro?

É , com o seu dinheiro. Roubei você! Roubei o dinheiro da sua 65. FILUMENA ê debaixo do seu nariz. carteira, Roubei voc

(com desprezo) 66. DOMENICO Safada!

(destemida) 67. FILUMENA Roubei sim! Vendia as suas roupas e os seus sapatos! E ê reparou em nada! Aquele anel de brilhantes, lembra? Aquele que falei ter nunca voc í. È com o seu dinheiro que criei os meus filhos. perdido: Eu o vend

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 242

(desgostoso) 68. D OMENICO Eu mantendo uma patife em minha casa! Mas que é você? mulher

(como se não tivesse ouvido, contínua) 69. FILUMENA Um deles tem um boteco em é encanador. um beco, aqui perto:

(a quem não parece verdade poder falar disso, corrige) Hibráulico. 70. ROSALIA

(que não entendeu) 71. DOMENICO Como?

(tentando pronunciar melhor a palavra) áulico. Aquele que 72. ROSALIA Hidr (Depois pensando no segundo filho) concerta torneiras, os jatos das fontes... O outro... (Lembrando de repente) é lindo! Um garotão! Está como se chama? Riccardo. Como é costureiro... de camisas. E tem uma boa em Chiaia, tem uma loja no numero 74, clientela. Umberto pois...

É contador e até escreve para um jornal. 73. FILUMENA ...tem estudado, quis estudar.

irônico) é escritor temos em família! 74. DOMENICO ( At

exaltando os sentimentos maternais de Filumena ãe que ela 75. ROSALIA ( ) E que m á sou velha e, muito foi! Nunca deixou faltar nada para eles! E agora que vou embora, j ê, considera e perdoa, e que em breve vou estar na frente de Nosso Senhor, que tudo v ão se enrola com papo furado... Posso jurar que, desde pequenos, nunca faltou o leite n aos filhotes.

76. DOMENICO ... com o dinheiro de dom Domenico!

espontânea, com instintivo sentido de justiça 77. ROSALIA ( ) O senhor, o dinheiro, jogava fora!

ém? 78. DOMENICO E tinha que prestar contas a algu

ão, pelo amor de Deus! Mas nem se deu conta... 79. ROSALIA Senhor n

com desprezo á! Vai discutir com ele? 80. FILUMENA ( ) Deixa pra l

dominando a raiva ’, você quer que use a força? Vai me 81. DOMENICO ( ) Filume ê entende o que fez? Você me fez de trouxa, me faz passar por levar ao limite? Mas voc ário! Enfim, este três senhores, que não conheço nem de vista, que nem sei onde ot ão, de repente podem até rir da minha ca ““Tá” ótimo, com a est ra! Porque pensam : ”! grana de dom Domenico

excluindo esta hipótese ão, isto não! Eles estão por fora!... 82. ROSALIA ( ) Senhor n ência e com a dona Filumena sempre fez as coisas como deviam ser feitas: com prud ça no lugar. O tabe ão dava o dinheiro ao hidráulico, enquanto ela esperava cabe li na rua ão queria se fazer reconhecer... E ao lado, mandando dizer que era de uma senhora que n

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 243

ém foi com o camiseiro. E o tabelião ainda tem de passar a mesada a assim tamb á estu ão, você nada tem a ver com isso. Umberto porque est dando. N

Amargo ó pago! 83. DOMENICO ( ) Eu s

de repente á É isso que devia fazer, Domé’? 84. FILUMENA ( ) E devia mat -los?... á é assim, assim Devia mat -los como fazem muitas outras mulheres? Assim sim, (insistente Filumena teria sido boa? ) Responda!... Era isto que me aconselhavam todas á no cortiço (fazendo alusão ao lupanar) “O que você as minhas companheiras l ” (Consciente) espera? Sai desta encrenca! Assim sim que teria ganho uma grande encrenca! Quem teria conseguido viver com um remorso como aquele? E depois falei Para Rosalia ê lembra? com Nossa Senhora. ( ) Nossa Senhora das Rosas, voc

ça a cada dia! 85. ROSALIA E como, Nossa Senhora das Rosas! Aquela faz uma gra

relembrando o seu encontro místico) ês da madrugada . 86. FILUMENA ( Eram as tr á se faziam sei meses que tinha saído da minha casa. Caminhava sozinha pela rua. J (aludindo à sua primeira sensação de maternidade) Era a primeira vez! O que fazer? “O que você Com quem falar? Ouvia na minha mente a voz das minhas companheiras: ço um cara muito bom...” Sem querer, espera? Sai desta encrenca! Eu conhe à entrada do meu velho beco, bem na frente do caminhando, caminhando, cheguei Bota as mãos fechadas nos altarzinho de Nossa Senhora das Rosas, e a enfrentei assim ( flancos e levanta o olhar em direção a uma imaginária imagem, como para falar com a Virgem de mulher para mulher): “O que devo fazer? Você sabe tudo... Sabe até porque ” E ela calada, não respondia. (excitada) “É assim vivo no pecado. O que devo fazer? ê faz? Como é? Quanto mais você fica calada, tanto mais a gente acredita em que voc ê?... Estou falando com você! (com arrogância vibrante) ”(Refazendo voc Me responda! mecanicamente o tom de voz de alguém desconhecido que, naquele instante, falou de algum lugar) “Os filhos são filhos!” Fiquei gelada. Assim, parada. (enrije-se fixando a imagem imaginária) Talvez, se me virasse teria visto ou entendido de onde vinha aquela ço, do beco vizinho, de cima da janela... Mas voz: de dentro da casa, do terra pensei: por É foi ela, com certeza, que logo agora? O que os outros sabem dos meus problemas? ão, Nossa foi Nossa Senhora! Viu-se enfrentada cara a cara, e quis falar... Mas ent ós... E quando me disseram: “Sai dessa encr ”, Senhora, para falar se serve de n enca! ão sei se fui eu ou porque foi isto mesmo que me disseram, foi para me testar!... E n ça (Balança a cabeça como para Nossa Senhora das Rosas que fez assim com a cabe dizer ”Sim, você entendeu” ) “Os filhos são filhos ” Eu jurei. Por isso fiquei ta ntos üentado o que você me fez e o jeito com que você anos ao seu lado... Por eles tenho ag me tratava! E quando aquele rapaz se apaixonou por mim e queria casar comigo, ávamos já juntos há cinco anos: você era casado, você em sua casa , e eu lembra? Est útito naquele três quartos e cozinha... a primeira casinha que me arrumou, em San P íamos, quando você me tirou de lá, da putaria depois de quatro anos que nos conhec (fazendo alusão ao lupanar). ê deu E o coitado do rapaz queria casar comigo... Mas voc “Eu sou uma de ciumento. Ainda me lembro: ão posso casar. Se você casar com ele...” E aí você começou a chorar. Porque casado, n ê voc

ário de mim: você, sabe chorar! E eu pensei: “Está bem, vai ver sabe chorar! Ao contr é o meu destino! Domenico me qu que este er bem, nem com toda a sua boa vontade á está casado..” E fomos pra frente em San Pútito dentro dos três pode casar comigo; j

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 244

quart os! Mas, depois de dois anos, sua mulher morreu. E o tempo passava... e eu sempre á em San Pútito. E pensava: “É jovem, não l quer se ligar para toda a vida com outra á o momento que vai ficar mais quieto, vai considerar os sacrifícios que mulher. Chegar ” E esperava. E quantas vezes lhe dizia: “Domé’, sabe quem se casou?... tenho feito! ”, você ria, você começava a Aquela garota que estava aqui na frente, nas janelinhas... ê saía com os seus amigos, para o brega onde eu rir, do mesmo jeito de quando voc útito. Aquela risada que não dá para confundir. Aquela morava antes de ir para San P ça a meia escala... Aquela r é sempre a mesma, qualquer um a risada que come isada que ê ria assim, (Paciente) reconhece!, Quando voc queria te matar! E esperei. E tenho á tem cinqüenta e esperado vinte e cinco anos! E esperei, e obrigada dom Domenico! J é velho! Quem disse que você fosse en dois anos: tender? Que lhe possa azedar o ê acredita que é ainda um garotão! Corre atrás das minininhas, fica sangue, voc ço sujo de batom, e a coloca aqui em casa! (Ameaçadora) emburrecido, volta com o len ê ê e Tente, agora que sou sua mulher, traz -la aqui em casa. Jogo no olho da rua voc çada. Agora somos casados, o padre nos casou. Esta é a minha casa! aquela desgra

Campainha interna. Alfredo sai pelo fundo a direita

(Ri forçosamente, irônico) é você que está me 87. DOMENICO Sua casa ? Agora fazendo rir!

(incentivando-o com perfídia) á tenho prazer em ver 88. FILUMENA Ele ri, ri! Agora j ê rindo... Porque, de agora em diante , não vai mais rir. voc

á dizer Alfredo volta, olha para todos, preocupado pelo que ir

(vendo-o, interpela-o grosseiramente) ê, o que quer? 89. DOMENICO Voc

90.ALFREDO Hein .. O que quero?... Trouxeram o jantar!

é que tem? Você acha que não devo mais comer? 91. DOMENICO E o que

(como dizendo “eu nada tenho a ver com isso”) é’ 92. ALFREDO Eh...dom Dom (Falando para o fundo a direita) Podem entrar !

çons de um restaurante, que trazem um carrinho para Entram dois carregadores, gar comida e uma cesta com a ceia.

(serviçal, adulador á a ceia (para o outro) 93. PRIMEIRO CARREGADOR ) Aqui est (Apóiam a cesta no local indicado pelo carregador) é um só Bota aqui Senhor, o frango é grande e pode bastar até pra quatro pessoas. Tudo o que pediu, de primeira porque (começa a abrir a cesta). qualidade.

(Parando o garçom com um gesto irritado) á sabe o que tem que 94. DOMENICO J fazer? Caia fora.

(Pega da cesta um doce, apoiando-o na 95. PRIMEIRO CARREGADOR Sim, senhor. mesa) é o doce que a senhorita tanto gosta... (E botando uma garrafa) ém o Este E tamb

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 245

(As palavras do garçom caem no mais profundo silêncio. Mas o homem não vinho . desiste: fala ainda. Desta vez para pedir algo com voz melosa) E.... o senhor esqueceu?

ê? 96. DOMENICO De qu

97. PRIMEIRO CARREGADOR Mas como? Quando o senhor veio hoje pedir a ceia, ão lembra? Eu lhe perguntei se não tinha uma calça velha. E o senhor falou: “Venha n à noite, e se mais tarde acontecer uma coisa que espero , se tiver uma boa notícia, hoje ”. (O silêncio dos outros é tenho um terno novinho, novinho. Vou lhe dar de presente pesado. Pausa. O carregador ingenuamente desculpando-se) ícia ainda não A boa not chegou?

agressivo) á falei, se manda ! 98. DOMENICO ( J

(admirado pelo tom de Domenico) 99. PRIMEIRO CARREGADOR Estamos (olha ainda Domenico, depois com tristeza) “imbora”, Carlos, a boa notícia não indo... (Suspira) (sai pelo fundo à direita veio.... Que falta de sorte a minha! Boa noite. seguido pelo companheiro).

(depois de uma pausa, sarcástica para Domenico) Pode comer. 100. FILUMENA Por ão come? Passou o apetite? que n

( Embaraçado, raivoso) 101. DOMENICO Vou comer, sim! Mais tarde como e bebo!

(aludindo à jovem mulher nomeada pouco antes) 102. FILUMENA Claro, quando chegar aquela sonsa.

(Entra pela porta principal. É uma bela jovem de vinte e dois anos, ou 103. DIANA melhor, se esforça para demonstrar vinte e dois anos, mas tem vinte e sete. É de uma elegância afetada, um pouco esnobe. Olha para todos de cima para baixo. No seu jeito de falar, fala um pouco com todos sem nunca olhar diretamente para nenhum dos presentes, demonstrando assim desprezar todos. Não repara, por isso, na presença de Filumena. Leva consigo uns pacotes de remédios que apóia mecanicamente, na mesa. Pega em uma cadeira um avental de enfermeira branco e o veste). Gente, muita gente ácia. (Grosseira, com ar de dona) (Vê as na farm Rosalia, prepare um banho para mim. rosas na mesa) (Cheirando a comida) Oh, as rosas vermelhas!... Obrigada, Domenico. (Pegando na mesa uma caixinha de ampolas) Que cheirinho: tenho bastante fome . ânfora e a adrenalina. Nada de oxigênio. (Domenico está como petrificado. Achei a c Filumena não pisca olho: espera. Rosalia e Alfredo estão quase se divertindo. Diana senta-se perto da mesa em frente ao público e acende um cigarro ) Pensei: Se... meu ão queria dizer esta palavra, mas a esta altura... se morrer esta noite, amanhã de Deus, n ã viaj ó ficaria manh o bem cedo. Achei uma carona no carro de uma minha amiga. Aqui s ário, tenho certos negócios para resolver. Voltarei atrapalhando . Em Bolonha, pelo contr (aludindo a Filumena) á?... em dez dias. Virei visita-lo, Domenico. E... ela como est á veio? Sempre em agonia?... O padre j

(dominando-se com afetada cortesia, aproxima-se devagar da jovem) 104. FILUMENA padre (Diana surpresa levanta-se e recua uns passos) confómme O veio...... e viu que agonização (felina) ço! estava em ... Tira este tro

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 246

(que não entendeu realmente) ê? 105. DIANA O qu

(como acima) ço! 106. FILUMENA Tira este tro

(que repara que também desta vez Diana não entendeu e para evitar 107. ROSALIA que o pior possa acontecer, a aconselha prudentemente (E sobre si mesma ) Tire isto. balança, com dois dedos, a camisola do seu vestido para que, enfim, Diana possa entender que Filumena está falando do avental de enfermeira).

Diana, com medo instintivo, tira o avental.

(que seguiu o gesto de Diana, sem tirar os olhos dela) í, no 108. FILUMENA Bota a í no encosto. encosto... Bote a

(prevendo o não entendimento de Diana) 109. ROSALIA Bote ali, na cadeira.

Diana executa

(retomando o tom cortês de antes) agonização 110. FILUMENA Viu que eu estava em çoar o nosso vínculo “in extremis” e aconselhou a dom Domenico Soriano de aperfei (alude ao padre. Diana para se recompor, não sabendo o que fazer, pega da mesa uma rosa e finge cheirar o perfume. Filumena a queima com o tom opaco da sua voz) Larga s’ta rosa!

(prontamente) 111. ROSALIA Reponha a rosa.

ônica, a deixa na mesa Diana, como obedecendo a uma ordem teut

(volta a ser cortês) 112. FILUMENA E dom Domenico achou isso justo porque pensou: “É justo, esta desgraçada está comigo há vinte e cinco anos...” e muitas outras üências e desconseqüências ão temos o dever de explicar conseq que n -lhe. Se aproximou (sempre aludindo ao padre) ênção da cama e nos casamos... com duas testemunhas e a b sarcerdote do . Devem ser os casamentos que fazem bem, com certeza porque, logo ão tem enfermos ou logo, fiquei boa. Me levantei e adiei a morte. Naturalmente, onde n ão se precisa de enfermeiras... e das nojeiras... (com o dedo indicador da mão doentes n direita tencionado dá em Diana uns leves golpes no queixo, que a obrigam a dizer rápidos e involuntários “não” com a cabeça) (repete o gesto) ...e das porcarias... na á morrendo... porque você sabia que eu estava morrendo... certas frente de uma que est á fazê ãe! (Diana sorri como uma boba, como a dizer: coisas v -las em casa de sua m “não a conheço” ê já era. Sai andando e procura outra casa que aqui voc

(sempre sorrindo recua até o limite da porta de entrada) “Tá” bom. 113. DIANA

á no brega onde eu 114. FILUMENA E se quiser um lugar bacana mesmo, tem que ir l (Alude ao lupanar) estive...

115. DIANA Onde?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 247

116. FILUMENA Dom Domenico pode lhe explicar direitinho, que aquelas casas ele frequentejava frequenteja as e as ainda. Pode ir.

(dominada pelo olhar ardente de Filumena, quase tomada por um 117. DIANA repentino orgasmo) (Encaminha-se para o fundo à direita). Obrigada.

Volta para o seu lugar à esquerda). 118. FILUMENA De nada. (

(Sai) 119. DIANA Boa noite.

(que até então estava pensativo, absorvido em estranhas 120. DOMENICO elucubrações, aludindo a Diana, fala com Filumena é esse? Olhe ê ) Que jeito como voc a tratou!

(faz um gesto de despeito) 121. FILUMENA Como ela merecia .

ê é uma diaba... Com você tem que 122. DOMENICO Me deixe dizer uma coisa. Voc ê diz tem que ser bem se ficar com todos os dois olhos bem abertos... E o que voc ço. Você é que nem um cupim. Um cupim lembrado, bem medido. Agora a conhe ói. Pouco antes você falou uma coisa em que venenoso que onde se assenta, tudo destr ê falou: “... É uma outra coisa que quero de você e tem que me eu estava pensando. Voc ” Não é dinheiro, não ê sabe que eu daria ... (Como obcecado) dar! , porque voc O que ê botou na cabeça? Em que foi que você pensou, ainda mais quer de mim? O que voc ão disse... Fala logo! n

(com simplicidade) é’, você lembra daquela canção?... 123. FILUMENA Dom Começa a cantarolar alusivamente) “Estou criando um lindo passarinho... quantas ( ”... coisas terei que lhe ensinar

(levantando os olhos ao céu) 124. ROSALIA Ah, minha Nossa Senhora!

(desconfiado, suspeitoso, assombrado para Filumena) 125. DOMENICO E que quer dizer?

(certeira) é você! 126. FILUMENA O passarinho

’, fale claro... Não brinque comigo... Estou ficando nervoso, 127. DOMENICO Filume ’... Filume

(séria) ão filhos! 128. FILUMENA Os filhos s

129. DOMENICO O que quer dizer?

êm que sa é a mãe deles... Têm que saber o que eu fiz 130. FILUMENA Eles t ber quem êm que me querer bem! (Acalorada) ão têm que baixar a cabeça em para eles... T N ão devem se sentir menores quando vão pegar um papel, um frente a um outro homem: n ília a casa... a famíl úne para se aconselhar, para documento: a fam ia que se re êm que ter o meu nome! desabafar... Eles t 131. DOMENICO O nome de quem?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 248

132. FILUMENA Assim como o meu... Estamos casados: Soriano!

(revoltado) á sabia! Mas queria ouvir isso de você... quer 133. DOMENICO Eu j ia ouvir ílega, és, vou esmagar a isso desta boca sacr nunca farei isso, vou expulsaa-la a pontap ça, como se esmaga a de uma cobra: uma cobra venenosa que se mata sem sua cabe ãos com quem ela poderia cruzar . (Aludindo piedade para a liberdade dos pobres crist ao plano de Filumena) Aqui, aqui? Dentro da minha casa? Com o meu nome? Aqueles filhos da...

(agressiva para impedi-lo de pronunciar a palavra) ê? 134. FILUMENA Da qu

ém perguntar: De quem? posso responder: dela ! Se 135. DOMENICO ...Seus!... Se algu ão posso responder, porque não sei! E nem você sabe! Ah!, perguntarem: Com quem? N ê pensava conseguir esta façanha, de limpar a sua consciência, de se salvar do voc ês estranhos?... pecado, trazendo para dentro da minha casa tr Nem se me furar os ão botar os pés aqui dentro! (solene) olhos! Nunca ir Juro sobre a minha alma e em nome de Deus...

(de repente, com um ímpeto sincero, o interrompe para avisá-lo de 136. FILUMENA um castigo que poderia vir de um sacrilégio feito por causas imponderáveis) ão j N ure! á vinte e cinco anos... Que eu, por ter feito um juramento, estou lhe pedindo esmola h ão jure porque é um juramento que não vai poder manter... E você morrerá danado, se, N ão for você a pedir esmola pra mim... um dia, n

(sugestionado pelas palavras de Filumena, como perdendo a 137. DOMENICO razão) á pensando?... Bruxa! Eu não tenho medo de você! Eu não tenho! Mas o que est

(desafiando-o) á dizendo, então!? 138. FILUMENA E por que o est

(Para Alfredo, tirando o pijama) á o paletó! 139. DOMENICO Cala a boca! Me d (Alfredo sai pelo “escritório” sem falar) ã você se manda! Vou chamar o Amanh ão me advogado, dou queixa. Fui trapaceado. Tenho testemunhas... E se a lei n ê Filume’ Tiro você deste mundo! amparar, mato voc

(irônica) 140. FILUMENA E onde vai me botar?

ê sempre esteve (está exasperado, agressivo. Alfredo volta 141. DOMENICO Onde voc com o paletó. Domenico o arranca das mãos e o veste, dizendo-lhe) ê, amanhã, tem Voc (Alfredo confirma com a cabeça) que ir chamar o meu advogado, entendeu? .. E ai ’! vamos ver, Filume

142. FILUMENA E ai vamos ver!

ê vai saber quem é Domenico Soriano e do que ele é capaz! 143. DOMENICO Voc (encaminha-se para o fundo) .

(indicando a mesa) ’, sente ém você deve estar 144. FILUMENA Rosali -se... que tamb (senta perto da mesa de frente para o público) com fome!

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 249

napulitana 145. DOMENICO Passe bem... Filumena a !...

(cantarolando) “Estou criando um lindo passarinho... quantas coisas 146. FILUMENA ”... terei que ensinar-lhe

(em cima do cantarolar de Filumena, ri forçosamente como para 147. DOMENICO ofender e esculhambar Filumena) (Sai Lembre-se desta risada... Filumena Marturano!... seguido por Alfredo, do fundo à direita, enquanto cai o pano sobre o primeiro ato) .

SEGUNDO ATO

Dia seguinte. A mesma cena do primeiro ato.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 250

ão, a criada removeu todas as cadeiras: algumas no terraço, outras pelo Para limpar o ch “Escritório” de Domenico. O avesso em cima da mesa, outras ainda confinadas no é dobrado nos quatro lados. Luzes tapete, sobre o qual faz centro a mesa de jantar, ã de sol. normais de uma linda manh é a criada da casa: moça simpática e sudável de aproximadamente vinte e três Lucia última vez o pano de chão no balde de água anos. Terminou o seu trabalho. Torce pela õe todas os aparelhos de limpeza no terraço suja, em seguida rep

(cansado, com sono, entra pela porta de serviço, enquanto Lucia 148. ALFREDO apressa-se a recolocar o tapete) ’, Luci’. Bom dia

(Parando-o com um tom de ressentimento na voz e com um gesto) ão 149. LUCIA N és! comece a caminhar com os p

ãos! 150. ALFREDO Agora vou caminhar com as m

(Mostra o chão ainda 151. LUCIA Acabei agorinha mesmo de suar o meu sangue... em parte molhado) ê se apresenta com este sapatão! E voc

ão?... é morto! (Senta-se perto da mesa) 152. ALFREDO Que sapat Estou Entende o ás de dom Domenico, sem pregar olho, e com que quer dizer morto? A noite inteira atr ça. Agora já começa a fazer mais frio... Logo aqui o as traseiro colado no banco da carro ão, não estou Padre eterno me devia mandar, logo como empregado dele! Olhe que n íssima Virgem! Tenho vivido, ele me deu para viver, e me queixando, pelo amor da Sant é grandes momentos, eu com ele e ele comigo. O Senhor deveria fazê temos tido at -lo üilo! ão um dia! E quem agüenta viver mil anos, mas quieto, tranq Tenho sessenta anos, n ’, traga uma xícara de café. mais perder noites com aquilo... Luci

(que já botou todas as cadeiras nos lugares sem dar ouvido ao desabafo 153. LUCIA de Alfredo, com simplicidade) ão. Tem n .

(contrariado) ão tem? 154. ALFREDO N

ão. Tinha o de ontem: eu tomei uma xícara, outra dona Rosalia 155. LUCIA Tem n ão quis mas levou para dona Filumena, e mais uma está guardada para dom n Domenico, se ele...

(fixando-a pouco convicto) 156. ALFREDO Se ele o que?

ão fez o café. 157. LUCIA Eh, se ele quiser. Enfim, dona Rosalia n

ão podia fazê ê? 158. ALFREDO E n -lo voc

é? 159. LUCIA E eu por acaso sei fazer caf

(com desprezo) é sabe fazer. E por que Rosalia não o fez? 160. ALFREDO Nem caf

ês cartas urgentes de dona 161. LUCIA Saiu bem cedo. Falou que tinha que levar tr Filumena.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 251

(suspeitoso) ês cartas ? 162. ALFREDO ...De dona Filumena? Tr

ês: uma, duas e três. 163. LUCIA Eh, tr

(considerando o próprio estado de cansaço) 164. ALFREDO Mas eu preciso tomar um é. Sabe o que vai fazer Luci’? A xícara de dom Domenico você a divide em gole de caf água. duas partes e a dele vai completar com

165. LUCIA E se ele chegar?

ícil que chegue. Está no quarto daquele jeito... E 166. ALFREDO Acho muito dif mesmo que ele chegue, quem precisa mais sou eu que sou velho. Afinal, quem foi quem quis ficar na rua a noite inteira?

á vou dar um jeito e trago para você. (Vai pela porta de serviço a 167. LUCIA J esquerda, mas vendo chegar Rosalia do lado direito, pára e adverte Alfredo) Dona (Vendo que Alfredo a encara sem falar) ço? Vou ou não pegar o Rosalia... O que fa é? caf

á chegando! Ela faz o café na hora 168. ALFREDO Ainda mais que dona Rosalia est ícara! (Lucia sai. Rosalia entra da porta de serviço e para dom Domenico. Quero meia x repara em Alfredo. Mas faz de conta não tê-lo visto e, concentrada na sua tarefa, vai para o quarto de dona Filumena. Alfredo que reparou no comportamento de Rosalia, deixa-a chegar até a entrada da porta à esquerda, quando, ironicamente, a chama) ’, o que foi... perdeu a língua? Rosali

(com indiferença) ão, nem tinha reparado em você. 169. ROSALIA N

ão me viu? E o que é que sou, um boneco em cima da cadeira? 170. ALFREDO N

(ambígua) (tosse levemente). 171. ROSALIA Eh, um boneco com a tosse...

(que não entendeu a alusão) (Tentando indagar) ê 172. ALFREDO Que tosse?... Voc saiu de pressa?

(Misteriosa) 173. ROSALIA Sim.

174. ALFREDO E pra onde foi?

175. ROSALIA Pra missa.

(desconfiado) ês cartas de dona 176. ALFREDO Pra missa?! E por que levou tr Filumena...

(como apanhada em flagrante, dominando-se) á que sabia, por que 177. ROSALIA J perguntou?

(simulando também indiferença) ó para exportação. 178. ALFREDO Assim, s E para quem eram?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 252

á falei : você é um bon 179. ROSALIA J eco com tosse.

(incomodado, por não ter entendido, sombrio) 180. ALFREDO Com tosse? Mas o que tem a ver a tosse?

(como para dizer: “Você não sabe manter um segredo”) ê 181. ROSALIA Fala, voc É isso: você é um espião! fala.

ê? 182. ALFREDO Por que? Alguma vez tenho espiado voc

ão tem nada para se espiar. Sou límpida como a 183. ROSALIA A mim? De mim n água que sai da fonte. Não tenho nada para esconder de ninguém. (Como uma cantilena que, por ter repetido, quem sabe quantas vezes, conhece de cor) ça Nascida em 70. Fa ê mesmo a conta de quantos anos tenho, de pobres, porém honestos, pais. Minha voc ãe, Sofia Trombetta, era lavadeira, e meu pai, Procopio Solimene, ferrador de m animais. Rosalia Solimene, que sou eu, e Vincenzo Bagliore que consertava guarda- chuvas e afins, casaram de papel passado no dia dois de novembro de 1887...

184. ALFREDO No dia de finados?

é da sua conta? 185. ROSALIA E isso

(divertido) ão. (Incentivando-a a falar) 186. ALFREDO N Pode continuar.

ã ês filhos todos de uma só vez. 187. ROSALIA Desta uni o vieram neste mundo tr ícia para meu marido que estava ali no beco trabalhando, Quando a parteira deu a not ça dentro da bacia... achou o coitado com a cabe

188. ALFREDO Vai ver que estava se lavando!

(com tom marcado, repete a frase, como para fazê-lo entender da 189. ROSALIA inoportunidade da brincadeira) ça dentro da bacia por um enfarte ... com a cabe Órfã dos pais... de ambos os dois... fulminante que, antes do tempo, o levara.

ê 190. ALFREDO Pudera, queria ter tr s?...

(como acima ês filhos para criar, fui morar no beco 191. ROSALIA ) Os dois, e com tr úmero 80, e comecei a vender doces, quebra és San Liborio, no n -queixos, p -de-moleque çoca. Os doces os fazia eu mesma e ganhava aquele pouco para levar pra frent e pa e as ças. Foi no beco San Liborio que conheci dona Filumena, que, ainda criança, crian ão achando brincava com os meus filhos. Depois de vinte e um anos, os meus filhos, n ália, e dois para a América... e nunca mais tive emprego, se foram: um para a Austr ícias deles. Fiquei sozinha; eu, com os quebra és çoca. E not -queixos, p -de-moleque e pa ão falamos mais disso porque me sobe o sangue à cabeça! E se não fosse por dona n

Filumena que me trouxe com ela, para casa, quando se juntou com dom Domenico, é logo e obrigada, o filme acabou. estaria pedindo esmola nos degraus de uma igreja! At

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 253

(sorrindo) ã um novo programa! Mas para quem eram as três 192. ALFREDO Amanh ém sabe! cartas, ainda ningu

ência delicada que me foi proferida ão a posso 193. ROSALIA Esta incumb n desproferir á ínio público. para torn -la de dom

(desiludido, com despeito) ê é antipática! “Tá” cheia de 194. ALFREDO Quanto voc ê é feia! maldade. E quanto voc

ão tenho que achar marido! 195. ROSALIA N

(esquecendo a troca de ofensas, com o tom costumeiro de 196. ALFREDO confidência) ão do paletó. (Mostra o lugar). Tem que costurar este bot

(indo para o quarto, com ligeiro ar de vingança) ã, se tiver 197. ROSALIA Amanh tempo.

ém tem que remendar as minhas cuecas! 198. ALFREDO E tamb

ça. (com muita dignidade 199. ROSALIA Compre o pano que eu costuro. Com licen sai pela porta da esquerda).

à esquerda, entra Lucia trazendo uma xícara, pela metade, de café. Ouve Do fundo -se a ço. campainha. Lucia, que estava indo para Alfredo, volta e sai pela porta de servi

(após uma pausa, pálido, sonolento, entra do fundo, seguido por 200. DOMENICO Lucia. Vê o café). é café? Isto

(olhando com intenção para Alfredo que, com a chegada de dom 201. LUCIA Domenico, levantou-se) Sim senhor.

ê. (Lucia entrega a xícara a Domenico que bebe o conteúdo 202. DOMENICO Me d quase de vez) é! Estava mesmo querendo um pouco de caf

(nada satisfeito) ém. 203. ALFREDO Eu tamb

(para Lucia) ícara de café. (Senta-se à mesa, o 204. DOMENICO Traga-lhe uma x rosto entre as mãos, envolvido em obscuros pensamentos).

ícara de café que Lucia faz entender a Alfredo, com os gestos, que a outra metade da x á trazer, já foi misturada com água. ir

(sem paciência, enraivado) 205. ALFREDO Traga mesmo assim.

à esquerda Lucia sai pelo fundo

206. DOMENICO O que foi?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 254

(sorrindo forçosamente) é está frio. Eu respondi: Traga 207. ALFREDO Falou que o caf mesmo assim.

É só esquentar e trazer. (Voltando aos seus pensamentos) ê foi 208. DOMENICO Voc é o advogado? at

209. ALFREDO Claro que sim.

210. DOMENICO E quando ele vem?

úvidas, hoje mesmo. 211. ALFREDO Logo que tiver tempo. Mas, sem d

ícara de café. Aproxima Lucia entra pelo fundo trazendo uma outra x -se de Alfredo e a entrega, olhando-o ironicamente, depois, divertida, sai pelo fundo. Alfredo, desconfiado, se prepara para beber.

(completando em voz alta o seu pensamento, apreensivo) É ruim? 212. DOMENICO

(acreditando que Domenico aluda ao seu café, com resignação) 213. ALFREDO O é’, não lig que posso fazer, dom Dom o. Quer dizer que, quando sair, vou tomar um no bar.

(desorientado) 214. DOMENICO O que?

(convencido) é. 215. ALFREDO Um caf

é, Alfre’. Eu digo, deixa ver se você entende.... no 216. DOMENICO Eu me lixo do caf ão tem mais nada a fazer... sentido de que se o advogado disser que n

(depois de uma tragada de café com uma cara desgostosa) ão é 217. ALFREDO N ível... (põe a xícara sobre um móvel no fundo) poss .

ê entende disso? 218. DOMENICO O que voc

(como um entendido) É uma porcaria! 219. ALFREDO Como o que eu entendo disso?

é uma porcaria. Isso mesmo. Foi mal feito. Não soube fazer... 220. DOMENICO Isso:

é’, ela nunca soube fazer! 221. ALFREDO Dom Dom

é o tribunal, vou recorrer até a suprema corte! 222. DOMENICO Mas eu vou at

(espantado) é’, Pela Virgem Santíssima! Por um gole de 223. ALFREDO Dom Dom é? caf

é? Eu estou falando do meu problema! 224. DOMENICO Ainda com este caf

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 255

(que ainda não entendeu, indeciso) É isso aí... (entende divertido o 225. ALFREDO equivoco) Ri) (depois temendo a ira de dom Domenico, fica de repente co- Ah!... ( Eh... partícipe da gravidade do estado de alma do seu dono) Ah... Eh.... Meu Deus!

(ao qual não passou despercebida a metamorfose espiritual do seu 226. DOMENICO interlocutor, fica mais terno, resignado para aceitar a incompreensão de Alfredo) O ê? Do que posso falar com você? Do passado... Mas posso que adianta falar com voc (Olha-o como se o tivesse conhecido agora. A sua voz assume um falar do presente?... tom de desconforto) í, olha... Alfre ás acabado! O rosto Olha a do Amoroso, como est çados, meio gagá.... enrugado, os cabelos brancos, os olhos emba

(admitindo tudo, também porque nunca ousaria contradizer o seu 227. ALFREDO patrão e como se resignando a uma fatalidade) Meu Deus!

(considerando que também ele, na realidade, sucumbiu às 228. DOMENICO metamorfoses da idade e das peripécias humanas, reevoca) Os anos passam, e passam í Soriano, dom Mimí, lembra? para todos... Lembra de Mim

(distraído, falsamente interessado) ão, dom Domé’, 229. ALFREDO Senhor n morreu?

(com amargura) í Soriano morreu! 230. DOMENICO Morreu, isso mesmo. Dom Mim

(entendendo de repente a gafe) í... 231. ALFREDO Ah... Estava dizendo.. Dom Mim (Sério) Mas meu Deus!

(como revendo a própria imagem quando jovem) 232. DOMENICO Os bigodes pretos! Magro como um palito! Da noite fazia dia... Quem pensava em dormir?

(bocejando) ? 233. ALFREDO Diz isso para mim

234. DOMENICO Lembra daquela menina em Capemonte?... Que linda garota: – “Fuimencene” – Gelsumina! Ainda a tenho nos meus ouvidos... E a esposa do ário? veterin

235. ALFREDO E como... Ah, o que o senhor me faz lembrar! Aquela tinha uma é perto da abundância. Eu fiquei vidrado, mas ela era muito cabeleira que chegava at geniosa...

236. DOMENICO E melhor ainda, quando eu descia ao fundo da Vila! Quando ainda ódromo. existia hop

237. ALFREDO Todo emperiquetado.

238. DOMENICO O terno marrom casca de noz e o cinza: aqueles eram as minha éu duro, chicote na mão... Os melhores cavalos eram os meus. V ê lembra cores. Chap oc “Olhos de prata”?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 256

ão lembrar?... Meu Deus! “Olhos de prata”, a tordilha?... 239. ALFREDO Como n (com saudade) égua! Tinha um traseiro que parecia uma lua cheia! Quando Que grande ressurgimento se olhava de cara o traseiro dela, parecia uma lua cheia no ! Eu me égua! Foi por ela que larguei toda aquela abundância. apaixonei por aquela E, quando o senhor a vendeu, Alfredo Amoroso teve uma dor profunda.

(abandonando-se no vôo das suas lembranças) 240. DOMENICO Paris, Londres... as corridas... Me sentia um Deus! Sentia que podia fazer tudo o que queria: sem regras, (exaltando-se) ém, nunca, nem Deus, podia me tirar do topo do sem controle... ningu mundo! Me sentia dono das montanhas e do mar, da minha vida... E agora? Agora me ço o faço para demonstrar à sinto acabado, sem vontade, sem entusiasmo! E o que fa ão é verdade, que sou ainda forte, que posso ainda vencer os homens, mim mesmo que n ço assim com tamanha naturalidade, que até eu acredito, me as coisas, a morte... E o fa ço, me leva (resolvido) ão se conven nto e luto! E quantas lutas! Domenico Soriano n (Retomando o seu tom decidido) ê não soube de mais dobra. O que aconteceu aqui? Voc nada?

(esquivo) “Não soube de mais nada?” Aqui todos me mantêm no 241. ALFREDO Eh... ão me suporta. Queria saber o que foi que lhe escuro. Dona Filumena,o senhor sabe, n ês cartas fiz... Rosalia, dito por Lucia e confirmado por ela mesma, falou que levou tr rgentes o por conta de dona Filumena.

(remoendo, mas seguro das suas suposições) 242. DOMENICO A quem?

ém vendo entrar, da esquerda, Filumena. Alfredo se apresta a responder algo, mas se det

(vestida à vontade, um pouco desarrumada, seguida por Rosalia que 243. FILUMENA traz uns lençóis e faz de conta que não os enxerga. Chama em direção da porta de serviço) ’... (Para Rosalia) ê a chave. Luci Me d

(entregando as chaves) ão aqui. 244. ROSALIA Est

(botando-as no bolso, sem paciência, aludindo a Lucia que atrasa) 245. FILUMENA (Chama com um tom de voz mais forte e autoritário) ’! Vamos ver se aquela vem... Luci

(entra do fundo à esquerda, apressada) 246. LUCIA O que foi, senhora?

(cortando) çóis. (Rosalia entrega as roupas) 247. FILUMENA Pegue estes len No ório tem um sofá, prepare a cama. quartinho, perto do escrit

(um pouco surpresa) “Tá” (começa ir). 248. LUCIA bem

(parando-a) (Lucia cai das nuvens) 249. FILUMENA Espere. Preciso do seu quarto. ão os lençóis limpos: dois pares. Você se ajeite na cozinha. Estes s

(visivelmente contrariada) á bem. E as minhas coisas? Tenho que tirar 250. LUCIA Est ém as minhas coisas? tamb

á falei que preciso do seu quarto! 251. FILUMENA J

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 257

(aumentando um pouco o tom da voz) 252. LUCIA E as minhas coisas as boto onde?

253. FILUMENA Pode ficar com a gaveteira no corredor.

“Tá” bom. (Sai pelo fundo a esquerda). 254. LUCIA

(fazendo de conta de, só agora ver Domenico) ê está aqui? 255. FILUMENA Voc

(Frio) ê de todas estas 256. DOMENICO Sim estou aqui na terra... Posso saber o porqu ças na minha casa? mudan

ão? Tem segredos entre marido e mul 257. FILUMENA E como n her? Preciso de mais dois quartos.

258. DOMENICO E para quem?

(categórica) ês, mas sendo 259. FILUMENA Para os meus filhos. Teriam que ser tr á casado e tem também quatro filhos, fica na sua casa, cuidando dele mesmo. que um est

ó?! Tem até netinhos?... (Provocador) 260. DOMENICO Ah, veja s E como se chama esta tribo que mantinha escondida?

(segura) êm o meu nome... Mais tarde vão ter o teu. 261. FILUMENA Por enquanto t

ão, não creio mesmo! 262. DOMENICO Sem minha permiss

é’... Vai dar! (Sai pela porta da esquerda). 263. FILUMENA Vai dar, Dom

(para Domenico com ostensivo sentido de respeito) ça. 264. ROSALIA Com licen (Segue Filumena) .

(com um incontrolável arrebatament,o grita através da porta para 265. DOMENICO Filumena, aludindo aos filhos) Boto eles no olho da rua! Entendeu? No olho da rua!

(do interior, com voz irônica) Rusali’. 266. FILUMENA Feche a porta

A porta se fecha na cara de Domenico

(entra do fundo, e fala com Domenico com tom reservado) 267. LUCIA Senhor, fora á a senho est rita Diana, com um outro senhor.

(interessado) 268. DOMENICO Mande entrar.

ão posso. Eu insisti, mas quer que o senhor vá até lá. Tem medo de 269. LUCIA N dona Filumena.

(exasperado) ás vendo! Tenho um mafioso 270. DOMENICO Meu Deus, est dentro de (Aludindo a Diana) casa! Diga-lhe para entrar que eu estou aqui.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 258

Lucia sai

(acompanha a palavra com o gesto, como 271. ALFREDO Se a dona a encontrar... dizer “Vai apanhar”)... ão sei não... n

(gritando para ser ouvido também além da porta fechada do 272. DOMENICO quarto, como para prevenir a eventualidade) ’? O que você Quem vai rolar pau, Alfre á dizendo?... Eu sou o dono! (Aludindo a Filumena) ão é de nada! Acabo est Aquela n com elas todas dentro desta casa!

(volta do fundo, para Domenico) ão quis entrar. Falou que 273. LUCIA Senhor, n “aquela” é doida varrida.

á com ela? 274. DOMENICO Mas quem est

(pensando) 275. LUCIA Um senhor. Ela o chamou de advogado. Mas acho que ém ele tem medo... tamb

ês 276. DOMENICO Mas como?... Somos tr homens!

(sincero) ão conte comigo... Porque hoje não estou com nada! 277. ALFREDO N (Decidido) ás, vocês têm que falar... Eu vou lavar a cara na cozinha. Se precisar, Ali (Sem esperar a resposta, sai pelo fundo à esquerda). pode chamar...

278. LUCIA Senhor, o que devo fazer?

(Lucia sai pelo fundo à esquerda, Domenico pelo 279. DOMENICO Agora eu vou! fundo à direita, introduzindo, logo após, Diana e o advogado Nocella) Nem brinquem! é a minha casa. Esta

(parada na porta, e atrás o advogado, tomada por um evidente orgasmo) 280. DIANA ão querido Domenico, depois do escândalo de ontem não quero absolutamente N

reencontrar-me cara a cara com aquela mulher.

(reassegurando-a) ê me envergonha. 281. DOMENICO Mas por favor, Diana, voc ão têm d Entrem, n o que ter medo.

ó não quero chegar aos excessos. 282. DIANA Medo? Eu? Mas nem em sonho! S

ão é o caso. Eu estou aqui. 283. DOMENICO N

ém ontem à noite o senhor estava. 284. DIANA Tamb

ão de repente... Mas agora pode ter certe á 285. DOMENICO Mas foi t za que nada h à vontade. para temer. Entre advogado, fique

(avançando alguns passos, alude a Filumena) á? 286. DIANA Onde est

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 259

ão se preocupem. Fiquem à vontade, sentem (Indica as 287. DOMENICO Repito: n -se. cadeiras. Os três sentam-se ao redor da mesa: Nocella no meio, Domenico à direita, Diana à esquerda. Ela não deixa de olhar o quarto de dormir). ão? Pois n

(é um homem de quarenta anos, normal, insignificante. Veste-se com 288. NOCELLA certa elegância contida. Está ali para falar do caso Soriano porque foi empurrado por Diana. Nota-se claramente, na voz, um certo desinteresse) ão onde Eu moro na pens á que nos conhecemos, faz tempo. mora a senhorita. Foi l

289. DIANA O advogado pode dizer quem sou eu e que vida levo.

(que não quer ser envolvido) 290. NOCELLA Nos encontramos de tardinha no jantar. ão, fico raramente... Tribunal, clientes; e em geral, não me interesso... Eu, pois, na pens

(não conseguindo disfarçar sua apreensão, depois de ter olhado mais 291. DIANA uma vez, à esquerda, a porta de onde teme a saída repentina de Filumena, para Domenico) Desculpe, Domenico... Prefiro sentar no seu lugar. Algum problema?

292. DOMENICO Mas de jeito nenhum...

Os dois trocam de lugares

(retomando o discurso começado por Nocella). à noite mesmo 293. DIANA Foi ontem Filomena que, ainda na mesa, lhe contei o seu caso e de .

294. NOCELLA Eh... A gente riu bastante...

Olhar significativo de Domenico

ão, não, eu não ri por nada, mesmo. 295. DIANA Oh, n

ção Nocella a olha com inten

á aqui porque eu a fiz passar por enfermeira. 296. DOMENICO A senhorita est

297. DIANA Me fez passar? De jeito nenhum! Eu sou enfermeira de verdade: com

diploma e tudo! Nunca lhe falei, Domenico?

(surpreso) ão, não fazia idéia. 298. DOMENICO N

ça faria?.. ... (retomando o discurso) 299. DIANA Mas, no fundo, que diferen Falei ê se sente e da sua preocupação em ter que ficar preso a uma para ele de como voc ínimo desejo. E o advogado explicou mulher, sem nunca ter tido por isso o m

exaustivamente...

Campainha interna

(preocupado) ês se incomodariam de passar para o 300. DOMENICO Desculpem, voc ório? Tocaram a campainha. escrit

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 260

à esquerda Lucia atravessa o fundo

(levantando-se) 301. DIANA Sim, talvez seja melhor.

ém se levanta Nocella tamb

(mostrando para eles o “escritório”) 302. DOMENICO Por favor.

(sai primeiro) 303. NOCELLA Obrigado

304. DOMENICO Alguma novidade?

(para Domenico, com intimidade) (Domenico está 305. DIANA Vai ouvir... impaciente). ê está pálido... (Assim dizendo, Diana acaricia a bochecha dele e sai. Voc Domenico invocado, a segue).

(introduzindo Umberto) 306. LUCIA Por favor entre.

(é um jovem alto, de porte. Veste-se com modesta dignidade. Ama 307. UMBERTO convencido os estudos. O seu jeito de falar, o seu olhar agudo de observador, dão um senso de subjeção. Entrando) Obrigado.

ão sei se dona Filumena vai demorar. 308. LUCIA Se o senhor quiser sentar... n

(senta-se à esquerda perto do 309. UMBERTO Obrigado, sim, vou sentar com prazer. terraço. Começa a escrever em um caderno que trouxera consigo. Lucia encaminha-se para a porta da esquerda mas, ouvindo tocar a campainha da porta, volta atrás e sai pelo fundo à direita. Depois de alguns instantes volta introduzindo Ricardo). Entre.

(é um jovem esperto, simpático, vestido com vistosa elegância. 310. RICCARDO Quando entra, olha o relógio de pulso) (Lucia encaminha-se para a Vai dar meio-dia... porta à esquerda. Ricardo que a olhou, a detém com uma desculpa) á licença ... Oi, d (Lucia aproxima-se) á quanto tempo você t H rabalha aqui?

311. LUCIA Faz um ano e meio

(gentil, charmoso) ê sabia que é uma linda moça? 312. RICCARDO Voc

(envaidecida) ão estragar com o tempo... 313. LUCIA Se n

ão vem conhecer a minha loja?... 314. RICCARDO Por que n

ê tem 315. LUCIA Voc uma loja?

úmero 74, em Chiaia, dentro do portão... Vou lhe fazer uma 316. RICCARDO N

camisa.

É mesmo? E o que faço com uma camisa de homem? Que coisa! 317. LUCIA

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 261

318. RICCARDO Eh! Eu sirvo homens e mulheres... Aos homens eu visto a camisa, e, às mu (Dizendo esta última, frase tenta abraçar a moça). lheres, a tiro!

saindo-se, ofendida) consegue soltar-se) ê está louco? 319. LUCIA ( Neh, neh! ( Voc ê acha que sou o quê? Vou contar tudo para a patroa. (aludindo para Umberto que Voc olhou a cena sem ligar a mínima) ém aquele... E tem tamb

Campainha interna. Lucia encaminha-se para o fundo

(observando Umberto, divertido) é mesmo... Eu nem tinha 320. RICCARDO Ops,

reparado.

ressentida) ê não repara nem nas moças de bem que não querem 321. LUCIA ( Voc (encaminha-se). encrencas...

insinuante) à loja? 322. RICCARDO ( Vai vir

(Tentada) úmero 74?... (Olhando o jovem com admiração, sorri). 323. LUCIA No n

(com um aceno que quer dizer: “vou te esperar”) 324. RICCARDO Em Chiaia...

(E sai pelo fundo à direita, lançando para Ricardo uma 325. LUCIA Eh... vou sim! última olhada de cumplicidade).

(passeia um pouco pelo quarto, olha para mberto e sentindo-se 326. RICCARDO U indagado sente a necessidade de justificar o seu comportamento em relação a Lucia)

ça bonita... Mo

327. UMBERTO E eu, o que tenho a ver com isso?

(um pouco ressentido) ê é padre? 328. RICCARDO Puxa, voc

ão responde e continua escrevendo. Umberto n

(do fundo, introduzindo Michele) ’, por aqui. 329. LUCIA Entre Miche

(Com um macacão azul de encanador e com a maleta das 330. MICHELE ferramentas, avança displicentemente. É um jovem de boa saúde, bem criado e gordinho. Tem um caráter simples e jovial. Tira o gorro) ’? O sanitário O que foi Luci á vazando de novo? Foi a solda que fi est z....

ão, está funcionando. 331. LUCIA N

á vazando? 332. MICHELE E o que mais est

’, não está vazando nada. Espere, agora vou chamar dona 333. LUCIA Oh Miche (Sai pela esquerda) Filumena. .

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 262

(para Riccardo, com respeito) (Riccardo responde à 334. MICHELE Bom dia. saudação com um ligeiro movimento da cabeça). á o cigarro... (Tira do bolso Aqui est um cigarro) ês têm fósforo? Voc

(soberbo) ão, não tenho. 335. RICCARDO N

ão fumam. (Pausa). é parente? 336. MICHELE N O senhor

ê é promotor de justiça? 337. RICCARDO E voc

338. MICHELE Como assim?

ê gosta de falar, eu não. 339. RICCARDO Voc

ção você poderia também ter. Quem você 340. MICHELE Mas um pouco de educa é, Deus? acha que

(intervindo) ão, não é Deus, é um safado 341. UMBERTO N .

342. RICCARDO Como assim?

ê entrou e nem se tocou de que estava na casa dos 343. UMBERTO Desculpe, voc çou a paquerar a criada... Me viu e nem deu um bom dia... Agora começa outros e come

a zombar daquele pobre diabo...

(ressentido, para Umberto) é isso, você acha que sou de 344. MICHELE Oh, o que ó... Não se pode sair de casa para cuidar me deixar fazer ora na cara.... Meu Deus olha s ópria vida... (Para Riccardo) ê tem razão, não vou mesmo com a sua cara. da pr Voc

ê sabia qu á encheu meu saco? Quer um soco na cara?... 345. RICCARDO Voc e j

(fica pálido de raiva. Deixa cair a maleta e se aproxima devagar, 346. MICHELE ameaçador) Manda ver.

(vá de encontro a ele com a mesma calma aparente) 347. RICCARDO Vai ê? encarar?...Acha que tenho medo de voc

Umberto aproximou-se dos dois para intervir e prevenir a iniciativa de um ou do outro

(raivoso) Fila (Com um gesto rápido tenta dar um tapa em 348. MICHELE da... Riccardo, mas ele o evita, também pela intervenção de Umberto. Para Umberto) ê Voc ão se meta... n

ça uma briga entra Michele e Riccardo, na qual entra também Umberto. Voam Come és que nunca chegam no alvo. Os três jovens sempre mais se exaltam, tapas e pontap falando, entre os dentes, palavras de raiva e ofensa.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 263

(entrando pela esquerda, , intervém em tom enérgico) é isso?... 349. FILUMENA Que (Rosalia que a seguiu, pára atrás dela. Os três jovens, assim chamados, se recompõem assumindo um atitude de indiferença, ficam alinhados na frente da mulher). Quem ês acham que são? ão no meio da rua? voc Acham que est

(tocando-se o nariz dolorido) á 350. UMBERTO Eu estava tentando separ -los.

ém eu. 351. RICCARDO Tamb

ém. 352. MICHELE Eu tamb

çou? 353. FILUMENA E quem foi que come

ÊS (juntos) ão... 354. OS TR Eu n

(censurando) (Pausa. Filumena 355. FILUMENA Porcaria! Um contra o outro! retoma a sua postura habitual) ão, rapazes.. (Não acha o jeito para começar a Pois n fala) ão os negócios? Como v

ças a Deus! 356. MICHELE Gra

(para Michele) ças? 357. FILUMENA E as crian

358. MICHELE Bem. Na semana passada, o do meio teve um pouco de febre. Mas á está bem. Comeu dois quilos de uva escondido da mãe. Eu não estava. Ficou agora j ças... um ou com uma barriga dura que parecia um tambor. A senhora sabe, quatro crian á trabalho. Sorte que todos os quatro gostam do óleo de rícino. Imagine outro sempre d ês revoltam a casa: choros gritos... E se não purgar quando purgo um, os outros tr ém eles não acabam mais. Ficam todos quatro, em fila, alinhados... São crianças. tamb

sic et simpliciter ão me 359. UMBERTO Senhora, recebi o seu recado. O seu nome, , n ço e me lembrei que esta tal de dona Filomena a dizia nada. Sorte que tinha o endere encontro quase todas as noites, quando saio para ir ao jornal, e que, certa vez, tive o á ço porque não conseguia andar, por causa prazer de acompanh -la neste mesmo endere é que doía. Assim reconstruí e... de um p

É, me doía o pé. 360. FILUMENA

(mais explícito) é o assunto? 361. RICCARDO Mas qual

(para Riccardo) 362. FILUMENA A loja vai bem?

363. RICCARDO E por que deveria ir mal? Claro que se todos os clientes fossem ês, teria que fechar. Quando a senhora entra na loja é como a senhora, no prazo de um m ça. Manda pegar todos os tecidos: este não, como se tomasse uma porrada na cabe

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 264

ão... preciso pensar... E deixa a loja de um jeito que para arrumar de novo aque la n preciso contratar dois ajudantes.

(maternal) ão irei mais incomodá 364. FILUMENA Quer dizer que n -lo.

é quem manda, porém me faz suar c 365. RICCARDO Nada disso, a senhora omo um danado!

(quase divertida) ão, mandei chamar vocês, por uma coisa 366. FILUMENA Pois n éria. Se, por favor, quiserem entrar um momento por aqui... (indica a porta a esquerda) s üilos. estaremos mais tranq

(do escritório, seguido pelo advogado Nocella, intervém. Retomou 367. DOMENICO o seu tom normal de homem decidido. Fala com Filumena com energia amistosa)

á Filume’, não é o caso de embaralhar ainda mais as coisas... (para o Deixa pra l advogado) ê. Es (Filumena o olha Eu, sem ser advogado, falei antes que voc tava claro. duvidosa). ão, aqui está o advogado Nocella que pode lhe esclarecer tudo o que Pois n ê quiser. (Aos três moços) ão. voc A senhora se enganou. Foram incomodados em v Lhes pedimos desculpas e... se quiserem ir...

(parando os três que já iam ão me enganei. 368. FILUMENA ) Um momento... Eu n ê quer? Quem os mandou chamar fui eu. O que voc

(com intenção) 369. DOMENICO Temos que falar na frente de todos?

(entendeu que algo de sério aconteceu, e que as coisas mudaram 370. FILUMENA completamente. O tom calmo da voz de Domenico deu-lhe a certeza disso. Fala com os três jovens) ça, cinco minutos...Querem esperar no terraço? Licen

ímidos. Umberto e Michele encaminham-se um pouco t

(olhando o relógio) á! E ão abusando da 371. RICCARDO Olha l u acho que est bondade alheia! Eu tenho mais o que fazer...

(perdendo a calma) ê, aqui é um assunto sério, já falei! 372. FILUMENA U (Tratando-o como um moleque, com um tom de voz que não admite réplica) á no V ço. Assim como os outr ém você espere. terra os, tamb

(desconcertado com o tom decidido de Filumena) “Tá” Bom! 373. RICCARDO (Segue os outros dois de má vontade)

(para Rosalia ícara de café. 374. FILUMENA ) Traga-lhe uma x

É pra já. (Aos três) ão para o terraço. F á no fundo... (Indica 375. ROSALIA V iquem l um lugar) á vou trazer uma gostosa xícara de café. (Sai pelo fundo à esquerda J enquanto os três jovens saem pelo terraço).

(para Domenico) ão? 376. FILUMENA Pois n

(indiferente) á o advogado, está 377. DOMENICO Aqui est vendo?... Fale com ele.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 265

(sem paciência) 378. FILUMENA Eu com a lei tenho pouca amizade. Em todo caso, o que foi?

É assim, repito senhora, eu não tenho nada a ver com isso. 379. NOCELLA

ê quer? 380. FILUMENA Mas afinal, o que voc

É ass 381. NOCELLA im, eu nada tenho a ver com isso, no de sentido que o senhor ão é meu cliente, e nem me mandou chamar. aqui n

ê veio assim porque quis? 382. FILUMENA Quer dizer que voc

ão... 383. NOCELLA N

(irônica) 384. FILUMENA Foi mandado?

ão, se É difícil que eu consinta a qualquer um mandar em mim 385. NOCELLA N nhora.

(para Filumena) 386. DOMENICO Quer deixar ele falar?

á me falou deste fato... (Não a vendo atrás dele, olha no 387. NOCELLA A senhorita j escritório) á? Onde est

(impaciente de voltar com a discussão nos termos essenciais) 388. DOMENICO ’, Eu... ela... seja quem falou não tem importância. Vamos à conclusão. Advoga

(aludindo a Diana com sarcasmo feroz mas conteúdo no tom de 389. FILUMENA interrogação) á lá dentro, onde mais? Não tem a Est coragem de sair aqui fora. Vamos ’ em frente advoga

390. NOCELLA Pelo caso por ele exposto... do outro lado.... todavia... pelos (Tira do bolso uma folha e a acontecimentos, tem o artigo 122, que eu transcrevi aqui. mostra) “No caso de grave perigo de Artigo 122: Casamento em grave perigo de vida. ” explica todas as modalidades. Mas o grave perigo de vida não existia, vida... ecc... ão do senhor, foi uma farsa. porque o seu, segundo a vers

(prontamente) 391. DOMENICO Tenho as testemunhas: Alfredo, Lucia, O porteiro, Rosalia...

392.FILUMENA A enfermeira...

393. DOMENICO A enfermeira! Todo mundo! Logo que o padre se foi, levantou da (mostra Filumena) “Domé’, somos marido e mulher!” cama... e falou:

(para Filumena) ência e 394. NOCELLA E assim ele tem a seu favor o artigo 122: Viol Lê) “O casamento pode ser impugnado por aquele cônjuge cujo consentimento erro. ( ência ou excluído por efeito de erro“. A extorsão teve: na base foi extorquido com viol do artigo 122, o casamento pode ser impugnado.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 266

(sincera) ão entendi 395. FILUMENA N

(convicto de dar uma interpretação correta ao artigo do código, 396. DOMENICO para Filumena, querendo dominá-la) ê tinha que morrer... Eu a esposei porque voc

ão, o casamento não pode ser submetido a ções. Tem o 397. NOCELLA N condi ão lembro... Mas enfim diz: “Se as partes acrescentar sem um termo ou artigo... Agora n ção, o oficial encarregado, ou o sacerdote, não pode proceder à celebração do uma condi ”. casamento

ê falou que não tinha o grave pe 398. DOMENICO Voc rigo de vida...

(ríspida) ém você não entendeu. Advoga’ se 399. FILUMENA Cale a boca, que tamb à napolitana. explique

(dando a folha para Filumena) é o artigo. Leia você mesma. 400. NOCELLA Este

(rasga a folha sem nem olhá-la) ão ão 401. FILUMENA Eu n sei ler e por carta n aceito!

(um pouco ofendido) ão esteve em ponto de 402. NOCELLA Senhora, sendo que n ão valeu. morte, o casamento pode ser anulado, n

403. FILUMENA E o padre?

ê de 404. NOCELLA Vai dizer a mesma coisa. Ainda mais vai dizer que voc srespeitou ão tem valor! o sacramento. N

(lívida) ão valeu? Tinha que morrer? 405. FILUMENA N

(prontamente) 406. NOCELLA Isso.

407. FILUMENA Se morresse...

í teria sido validíssimo. 408. NOCELLA A

(mostrando Domenico que ficou impassível) 409. FILUMENA E ele podia se casar de novo, podia ter filhos...

úvo. Esta outra mulher teria casado o viúvo da 410. NOCELLA Sim, mas como vi defunta senhora Soriano.

411. DOMENICO Ela teria virado a senhora Soriano... Morta!

(irônica, mas com amargura) ção! Assim, eu gastei a 412. FILUMENA Bela satisfa ília, e a lei não o permite? Que justiça é essa? minha vida para fazer uma fam

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 267

ão pode sustentar o seu princípio, mesmo que humano, 413. NOCELLA Mas a lei n úmplice de uma trapaça feita em prej ízo para um outro. Domenico fazendo-se c u ão quer se casar com você. Soriano n

úvida, pode chamar um advogado 414. DOMENICO Pode acreditar. Se tiver alguma d ça. de sua confian

ão, eu acredito Não porque quem o diz é você e tem todo o 415. FILUMENA N ã ão o conheço... Mas interesse... N o porque o diz o advogado, porque o advogado, eu n ê acha que não te conheço? Está de novo com a mesma cara de olhando na sua cara, voc ê a diria sem olhar nos meus dono do mundo. Ficou mais calmo... Uma mentira, voc ça ê nunca soube dizê á certo... olhos, com a cabe baixa... porque uma mentira, voc -la. Est

’, pode proceder. 416. DOMENICO Advoga

417. NOCELLA Se me der a delega.

(Filumena fica por um momento pensativa. De repente responde à 418. FILUMENA última frase que o Nocella tinha-lhe dito. O seu tom é altivo, mas vai crescendo em fervor, até chegar ao máximo) (para Domenico (para Nem eu! ) Nem eu quero! Nocella ’ pode ir em frente. Também eu não o quero. Não é verdade que ) Advoga estava morrendo. Queria trapacear mesmo! Queria me apoderar do sobrenome! Mas ó a minha lei: aquela que faz sorrir, não aquela que faz chorar! (Grita em conhecia s direção do terraço) ês, venham aqui! Voc

(conciliador) 419. DOMENICO Quer parar com isso?

(revoltada) (Do terraço reaparecem os três jovens que 420. FILUMENA Cale a boca! avançam alguns passos no quarto. Do fundo, quase contemporaneamente, Rosalia entra com uma bandeja com três xícaras de café, entende a delicadeza do momento e, depois de apoiar a bandeja sobre um móvel, fica ouvindo aproximando-se de Filumena, a qual, olhando para os filhos, assim francamente fala) ês já são homens! Rapazes, voc (Mostra Domenico e o Nocella) ão eles, o mundo. O mundo Fiquem ouvindo. Ali est com todas suas leis e com todos os seus direitos... O mundo que funciona com papel e (mostrando a si mesma) caneta: Domenico Soriano e o advogado... E aqui eu: ão sabe chorar. Porque, Filumena Marturano, aquela que tem a sua lei , e que n “Nunca vi uma lágrima senhores, Domenico Soriano, sempre me falou: nos seus ” E eu sem chorar... Estão vendo?! Os meus olhos estão enxutos como sempre... olhos! (Fixando os três jovens nos olhos) ês são meus filhos! Voc

’! 421. DOMENICO ...Filume

(resolvida) é você, para querer me impedir de 422. FILUMENA E quem dizer, aos ão meus filhos? (Para Nocella) ’, isso a lei do mundo o meus filhos, que s Advoga ão?... (mais agressiva que comovida) ês são filhos meus! E eu sou permite, ou n Voc ão se fala mais nisto. Vocês, mesmo jovens, já devem ter Filumena Marturano, e n (Os três jovens ficam petrificados: Umberto embranquecido no ouvido falar de mim. rosto, Riccardo cabisbaixo como se estivesse com vergonha, Michele com o seu jeito de bobão pela maravilha e comoção. Filumena continua decidida ) ês E sobre o que voc é completar dezessete anos, sim. (Pausa) ouviram nada tenho a acrescentar! Mas at

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 268

’, você sabe das favelas... (Marcando a palavra) Advo ga A periferia... Em San Giuvanniello, e em Virgene, em Furcella, e em Tribunale, no Pallunetto! Bairros pretos, ç ão não se respira pelo calor e porque tem gente demais, e enfuma ados... onde no ver é de bater o queixo... Onde não se vê o sol nem quando está rachando no inverno o frio ão tem luz nem ao meio no centro... Eu falo napolitano, desculpe... Onde n -dia... Gente é melhor o frio do que o calor... Lá, na periferia, no beco San demais! Tanta assim que ília. Quantos éramos? Uma multidão! Liborio, estava eu com a minha fam ília foi parar? Não sei e nem quero saber. Não lembro!.. Onde a minha fam . Sempre com Íamos dormir sem dizer: ”Boa as caras amarradas, sempre brigando um com o outro... ” Acordávamos sem dizer: “Bom Dia!”. Uma palavra boa, lembro que me foi dita Noite! por meu pai... e quando lembro me arrepio ainda hoje... Tinha treze anos. E ele me “Você está crescendo, e aqui não tem o que comer, você sabe, né?” E o calor!... A disse: ão se podia respirar. De noite, a gente ficava ao redor noite quando se fechava a porta, n ão da mesa... Com um prato grande e nem sei quantos garfos. Talvez n fosse verdade, mas, todas as vezes que metia o garfo dentro do prato, me sentia olhada. Parecia como se estivesse roubando aquela comida!... Tinha dezessete anos. Passavam as senhoritas çada bem vestidas, com belos sapatos, e eu as olhava... Passavam abra s com o namorado. Uma noite encontrei com uma companheira minha, que nem reconheci de ão bem que estava vestida... Talvez, na época, isso me parecesse a mais linda de todas t (silabando) “Assim... assim... assim...” Não consegui dorm as coisas... Ela disse : ir a ê! (Domenico estremece). noite inteira... E o calor... o calor... E assim conheci voc ê lembra?... Aquela “Casa” me parecia um palácio... Voltei anoitecendo, o beco Voc ção batia forte. Pensava: “Talvez não vão nem olhar para minha San Liborio, o cora ão me jogar no olho da rua!” Ninguém falou nada: quem me oferecia a cadeira, cara, v ém a quem me acariciava... E me olhavam como se fosse superior a eles, como algu ãe, quando fui saudá ágrimas... temer... Somente mam -la, tinha os olhos cheios de l (Quase gritando) ão matei os meus filhos! A família... Nunca mais voltei pra casa! N ília! Vinte e cinco anos pensei nisso! (Para os jovens) ês, até a fam E criei todos voc “disto” (mostra Domenico) ês! serem homens, tenho roubado para fazer crescer voc

(aproxima-se de sua mãe comovido) á bem, agora chega! (se 423. MICHELE Est comove ainda mais) á certo, o que você podia ter feito a mais do que você já fez?! Est

sério, se aproxima da mãe) 424. UMBERTO ( Queria lhe dizer muitas coisas, mas me é difícil fala r. Escreverei uma carta para a Senhora.

ão sei ler. 425.. FILUMENA N

(Pausa) 426. UMBERTO Eu mesmo vou ler para a Senhora. .

(olha Riccardo na espera de que se aproxime. Mas ele sai pelo fundo 427. FILUMENA sem dizer uma palavra) Ah, ele se foi...

(compreensivo) É o seu caráter. Não entendeu. Amanhã, eu vou até a 428. UMBERTO loja dele para lhe falar.

(para Filumena) ê pode vir comigo. A casa é pequena, mas a gente 429.MICHELE Voc é uma varandinha. (Com felicidade sincera) ças, perguntam cabe. Tem at Elas, as crian ó... minha avó... E eu sempre dizendo uma bobagem ou outra... sempre: Minha av

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 269

ó! (como dizendo: “Está aqui!”) ê vai se sentir Agor a vou entrar e dizer: Sua av Voc (Incitando Filumena) feliz! Vamos.

(decidida) 430. FILUMENA Sim, vou contigo.

431. MICHELE Vamos.

ê espere lá embaixo. (Para Umberto) çam 432. FILUMENA Um momento. Voc Des juntos. Dez minutos. Tenho que dizer uma coisa para Dom Domenico.

(feliz) “Tá” bom, mas depressa, depressa. (Para Umberto) ê vai 433. MICHELE Voc descer?

ço, vou com você. 434. UMBERTO Sim, des

(sempre alegre) (Encaminhando-se para o 435. MICHELE Senhores, para todos... . fundo) (Sai com Umberto). Eu sentia algo... Por isso queria falar...

’, com licença, dois (indica o “escritório”). 436. FILUMENA Advoga minutos...

ão, eu vou embora. 437. NOCELLA N

ó dois minutos a mais. Faço questão que você esteja presente, após 438. FILUMENA S À vontade. (Nocella, contrariado, sai pelo ter falado com Dom Domenico. “escritório”. Rosalia, sem precisar falar-lhe, sai pela anterior à esquerda. Filumena, pondo as chaves na mesa). é’. Diga para o advogado que pode Eu vou embora, Dom ão vou negar nada, vou te deixar livre. prosseguir como manda a lei. N

ê podia levar u 439. DOMENICO Cruz Credo! Voc m bom dinheirinho sem fazer toda esta zoada...

(sempre calmíssima) ã mando pegar as minhas coisas. 440. FILUMENA . Amanh

(um pouco perturbado) ê é uma louca, isto sim. Quis arruinar a 441. DOMENICO Voc ês jovens. O que deu em você, porqu paz daqueles tr e quis falar?

(fria) ês é filho seu! 442. FILUMENA Porque um daqueles tr

(fica com o olhar fixo em Filumena pregado com aquela absurda 443. DOMENICO verdade. Depois de uma pausa, buscando reagir à enchente dos seus sentimentos) E ê quem acredita em voc ?

ês é filho seu! 444. FILUMENA Um daqueles tr

(não ousando gritar, com gravidade) 445. DOMENICO Cale a boca!

ês filhos seus, você teria acreditado... 446. FILUMENA Podia dizer que eram todos tr ê acreditar! Mas não é verdade. Podia ê ê Eu podia fazer voc t -lo dito antes? Mas voc ções. teria desprezado os outros dois... E eu os quero todos do mesmo jeito, sem distin

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 270

ão é verdade! 447. DOMENICO N

É verdade, Domé’, é verdade! Você não lembra. Você viajava, ia 448. FILUMENA para Paris, Londres, e as corridas, as mulheres... Foi uma noite, uma das muitas, que, ê me deu de presente uma nota de cem... naquela noite você falou: antes de viajar, voc “Filume’, mostramos um para outro que nos amamos”, e apagaste a luz. Eu, naquela ê de ê não, você tinha tido o que queria... noite, amei voc verdade. Voc ê acendeu de novo a luz, me deu sempre a mesma nota de cem. Eu anotei E quando voc ê sabe que eu sou boa com os números... Depois você foi viajar e eu a data e o dia: Voc ê ê não lembra quando foi... E eu fiquei calada... esperei voc como uma santa!... Mas voc ê Falei que a minha vida era sempre a mesma... E, assim, quando tive certeza de que voc ão tinha entendido nada, voltei a ser eu mesma. n

(com tom peremptório que mascara o seu inconsciente gozo) 449. DOMENICO E é? quem

(decidida) É... não, isto não vou dizer! Tem que ser igual para todos 450. FILUMENA ês... os tr

(depois de um momento de hesitação, como obedecendo a um 451. DOMENICO impulso) ão é verdade... Não pode ser ê o teria dito na época, para me N verdade! Voc ãos. A sua única arma teria sido um filho... e você, prender, para me ter firme nas m Filumena Marturano, esta arma a teria usado logo.

ê me forçaria a matá ê pensava, naq 452. FILUMENA Voc -lo... Do jeito que voc uela época... E também agora! Você não mudou! Não uma mas cem vezes me teria feito á ó por minha causa o seu filho está vivo! mat -lo! Tive medo falar! S

é? 453. DOMENICO E quem

ês! 454. FILUMENA Tem que ser igual para os tr

(exasperado, mau) ão iguais!... São filhos seus! E não quero vê 455. DOMENICO E s - ão os conheço... não o conheço... Vá embora! los. N

ê lembra, ontem, quando falei: “Não jure, que vai morrer 456. FILUMENA Voc ão for você a pedir esmola para mim”? Por isso falei. F danado, se um dia n ique quieto, é’. E não esqueça: se você disser uma só palavra do que eu falei para você com os Dom ê! Mas não da boca pra fora como você disse pra mim meus filhos... Eu mato voc ê! durante vinte e cinco anos... Mas como digo eu,Filumena Marturano: Mato voc (Em direção ao “escritório” enérgica) ’, pode vir... (Aludindo a Entendeu!??... Advoga Diana) ém você, não vou fazer nada... Você ganhou o ponto. Vou embora. Venha tamb (Chamando pela esquerda) ’, venha. Vou embora. (Abraça Rosalia que entra, e Rosali para ela) ã vou mandar levar as minhas coisas. (do “escritório” comparece Amanh Nocella, seguido por Diana, enquanto do fundo, sem falar, entra Alfredo). Passar bem, ças para todo mundo. Também para você advogado, e desculpe. (Do fundo lembran entra também Lucia). é’... (Com ostentada jovialidade) Entendeu bem Dom Vou repetir ão diga nada daquilo que eu disse a você. A ninguém! Que na frente de todo mundo: n ó para você. (Pega entre os seios um camafeu, abre-o e tira dele, redobrada fique s

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 271

várias vezes, uma gasta nota de cem. Arranca-lhe um pedacinho, depois para

Domenico) úmero, um número que eu preciso. Tome. (Apóia a Tinha anotado um n nota na mesa e, com um tom quase alegre, mas com profundo desprezo, lhe fala) Os ão se pagam! (Sai pelo fundo à esquerda falando) filhos n Um bom dia para todos.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 272

TER CEIRO ATO

A mesma cena dos atos anteriores. ários lugares. Não faltam arranjos bem cuidados com, fixados Flores espalhados em v ão de cores delicadas, não ver neles, os bilhetes dos doadores. As flores ser melhas, mas ém não brancas. Um ar de festa se percebe em cada canto da casa. A cortina que tamb ório está completamente fechada. Passaram divide a sala de estar do escrit -se dez meses á anoitecendo. do segundo ato. Est à direita vesti “de festa”. Contemporaneamente, do escritório Rosalia entra do fundo da á completamente mudado. Nem um gesto, nem uma intonação que entra Domenico: est ária, estão visíveis. Ficou manso, quase humilde. caracterizavam a sua natureza autorit ão um pouco mais brancos. Ven Os cabelos s do Rosalia, que vai para a esquerda, chama- a.

ê foi, saiu? 457. DOMENICO Onde voc

458. ROSALIA Fui fazer uma tarefa para dona Filumena

459. DOMENICO Que tarefa?

(insinuante, amável) é, o senhor está com ciúmes? Fui ao beco 460. ROSALIA O que San Liborio....

ê? 461. DOMENICO Fazer o qu

(brincalhona) á mesmo com ciúmes! 462. ROSALIA Olha, est

úmes que nada.. Não está mais aqui quem falou. 463. DOMENICO Ci

(Olhando desconfiada na direção do quarto de 464. ROSALIA Estava brincando. dona Filumena) ão diga a dona Filumena, porque não quer que o Eu vou contar... mas n senhor saiba.

ão conte. 465. DOMENICO Se for assim, n

ão... Eu acho que é bom o senhor saber, porque é uma coisa que a 466. ROSALIA N üenta velas para Nossa Senhora das Rosas honra. Me mandou levar mil contos e cinq no beco San Liborio, e me pediu para acertar com uma velha moradora do beco, que às seis em ponto. E sabe cuida das flores e das lamparinas, para acender sempre as velas ê? Porque às seis está marcado o ca o porqu samento. Enquanto casarem aqui, se acendem as velas em frente a Nossa Senhora das Rosas.

467. DOMENICO Entendo.

é ficou mais jovem. Parece 468. ROSALIA Uma santa, vai casar com uma santa. E at é linda! Eu sempre o dizia: “Que nada uma mocinha: como , dom Domenico esquecer ê? Quis anular o casamento porque é teimoso... Mas eu a cerimonia, a tinha de voc ”. como em frente aos olhos

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 273

(um pouco chateado pela falação de Rosalia) “Tá” bom, dona 469. DOMENICO ’, pode ir com dona Filumena. Rosali

(Mas quase sem querer, continua falando) É, se não fosse 470. ROSALIA Estou indo por ela... eu acabaria mal. Me tomou em casa e aqui fiquei, e aqui fico, e aqui vou morrer.

ê quiser! 471. DOMENICO Como voc

(Aludindo ao seu 472. ROSALIA Eu tenho tudo arrumado. O que posso fazer?... último vestido) çola, as A camisola comprida e branca com o babado e o bordado, a cal á tudo dentro da gaveta, arrumado. O sabemos eu e dona meias brancas, e a touca. Est é que tem que me vestir. É que eu não tenho ma ém. Se voltassem Filumena. Ela is ningu ça... Com licença. ( E sai pela esquerda) os meus filhos, nunca perdi a esperan .

(que ficou sozinho, anda um pouco pelo quarto, observa as flores, 473. DOMENICO lê alguns bilhetes, depois, maquinalmente, completa em voz alta o seu pensamento)

á bem! Est

à direita se ouvem as vozes confusas de Umberto, Riccardo e Michele. Do fundo

(do interior) Às seis, a cerimonia é às seis. 474. MICHELE

(como acima) 475. RICCARDO Mas quando se toma um compromisso...

(como acima) 476. UMBERTO Mas eu fui pontual

ês jovens entram falando Os tr

ós falamos às cinco. Eu atrasei quarenta e cinco minutos. 477. MICHELE Mas n

478. RICCARDO Como dizer nada!

“Tá” certo, mas os compromissos se entendem sempre meia hora mais 479. MICHELE às cinco... das cinco às cinco e meia, quinze para seis... tarde. Se for

(irônico) ês que vêm... 480. RICCARDO ... o dia depois, o m

ão tenho mais relógio... Porque 481. MICHELE Olha aqui, eu tenho quatro filhos e n aquele que eu tinha eles o quebraram todinho!

(vendo Domenico o saúda respeitosamente) 482. UMBERTO Dom Domenico, boa noite.

(com o mesmo tom de respeito) 483. RICCARDO Dom Domenico...

484. MICHELE Dom Domenico...

ês se enfileiram na frente de Soriano, em silêncio. Todos tr

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 274

(Longa pausa). í, não falam mais? Continuem 485. DOMENICO Boa noite. E a falando.

(um pouco confuso) 486. UMBERTO Isso...

ós falávamos... mais ou menos. 487. RICCARDO Ou seja... n

á acabou o assunto. 488. MICHELE J

(para Michele) ê chegou atrasado? 489. DOMENICO Logo que me viram... Voc

é’. 490. MICHELE Senhor sim, dom Dom

(para Riccardo) ê chegou no horário. 491. DOMENICO E voc

é’. 492. RICCARDO Senhor sim, dom Dom

(para Umberto) ê? 493. DOMENICO E voc

é’. 494. UMBERTO Em cima da hora, dom Dom

(repete como falando consigo mesmo) 495. DOMENICO Em cima da hora, dom é’... (pausa) (Os três jovens se sentam) ônia é às seis. Dom . Podem se sentar. A cerim Às seis chega o padre. E... nós estamos entre nós. Filomena não quis mais Tem tempo. ém. Eu q ês... já falei também da outra vez... eu acho que este ningu ueria dizer para voc “dom Domé’”... Eu não gosto.

tímido) É. 496. UMBERTO (

(como acima) É. 497. RICCARDO

(como acima) É. 498. MICHELE

ão falou de como gostaria de ser 499. UMBERTO Mas o senhor n chamado

ão falei porque queria que entendessem sozinhos. Esta noite 500. DOMENICO Eu n ãe; já falei com o advogado pelos documentos de vocês. Amanhã vou casar com sua m ão o meu nome: Soriano... ter

ês jovens se olham perguntando um para outro sobre Os tr como responder. Cada um espera que o outro fale primeiro.

(tomando coragem) 501. UMBERTO Assim, veja... respondo eu porque acho que ês temos o mesmo sentimento. Não somos crianças, somos homens... e não todos tr õe de podemos, com ligeireza, lhe chamar como, justamente e generosamente, nos prop ser chamado. Tem coisas... que precisam vir de dentro.

(com ansiedade interrogativa) ê, dentro, não sente esta... 502. DOMENICO E voc ém... a mim, por exemplo, de digamos vontade... esta necessidade de chamar algu pai?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 275

ão saberia mentir e você não o merece. Por enquanto não! 503. UMBERTO N

(um pouco decepcionado, para Riccardo) ê? 504. DOMENICO E voc

ão, eu também não 505. RICCARDO N

(para Michele) ê? 506. DOMENICO E voc

ém não, dom Domé’! 507. MICHELE Eu tamb

É, com o tempo, acabam se acostumando. Eu gosto, estou contente 508. DOMENICO ês, sobretudo porque são três bons rapazes. Todos trabalham, um em de estar com voc uma coisa, outro em outra; mas com a mesma boa vontade, com a mesma garra. éns. (para Umberto) ê é empregado, e pelo que eu sei, faz o seu trabalho com Parab Voc seriedade e orgulho. Escreve artigos.

509. UMBERTO Alguns contos.

É... a sua ambição seria de ser um grande escritor. 510. DOMENICO

ão tenho esta pretensão. 511. UMBERTO N

ão? É jovem. Entendo que, para conseguir nesta área, 512. DOMENICO E por que n tem que ter habilidade, tem que se ter o dom...

ão acredito em ter este dom. Você não sabe quantas vezes, 513. UMBERTO E eu n ânimo, digo entre mim “Umbe’, você err é outro”. tomado pelo des ou... O teu caminho

(interessado) 514. DOMENICO E qual mais poderia ser? Quero dizer, que outra coisa gostaria de fazer na vida?

ções quando somos jovens. 515. UMBERTO Quem sabe: tem tantas aspira

é toda uma co ção. Eu, por exemplo, como foi que 516. RICCARDO Isso, a vida, mbina arrumei uma loja em Chiaia? Porque namorava uma costureira!

(colhendo a oportunidade) ê namorou muitas garotas? 517. DOMENICO Voc

ão posso me queixar... (Domenico se levanta 518. RICCARDO Mais ou menos... n interessado, observando cada gesto de Riccardo para ver nele um gesto, um acento, que o remita à sua juventude) é? Não consigo achar o meu tipo. Vejo uma, Sabe o que “Esta, é ela...” E logo penso: “Vou casar”. Depois vejo outra que acho que gosto e digo: ão consigo me decidir: sempre tem uma mulher melhor que aquela gosto ainda mais. N que se conheceu antes!

(para Umberto) ê, ao contrário, é mais calmo, mais reflexivo, 519. DOMENICO Voc falando em mulheres.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 276

é certo ponto. Com as garotas de 520. UMBERTO At hoje, tem pouco para ser é difícil. O que posso reflexivo. Na rua, pra onde se olha, tem lindas garotas. A escolha é encontrar aquela que me agrade. fazer, continuo trocando at

(fica perturbado ao constatar também em Umberto a mesma 521. DOMENICO tendência de Riccardo. Para Michele ê?... Também você gosta de mulheres? ) E voc

522. MICHELE Eu me amarrei muito cedo. Conheci a minha mulher e... boa noite. és em um só sapato, com a minha mulher não se Agora tenho que ficar com dois p É assim, enten ão porque não gosto de mulheres... mas brinca... da, fico na minha. N porque fico com medo!

(desencorajado) ém você gosta de mulheres... (Pausa. 523. DOMENICO Porque tamb Depois tentando ainda observar) ávamos em sete, Eu quando jovem cantava. Nos junt época das serenatas. No restaurante, se almoçava e depois se oito amigos... Era a ões... Quem de vocês canta? acabava sempre cantando: bandolins, viol

ão. 524. UMBERTO Eu n

ém eu não. 525. RICCARDO Tamb

526. MICHELE Eu sim.

(feliz) ê canta? 527. DOMENICO Voc

ão cantasse como faria para trabalhar? Dentro da minha 528. MICHELE E como! E se n oficina canto sempre.

(ansioso) C 529. DOMENICO ante algo.

(tímido, arrependido pela ostentação) 530. MICHELE Eu? E o que vou cantar?

ê quiser. 531. DOMENICO O que voc

é?... Aqui me sinto acanhado. 532. MICHELE Sabe o que

ê não canta? 533. DOMENICO E dentro da oficina voc

é uma outra coisa... Você conhece: ”Munastero ‘e Santa 534. MICHELE Mas ”?234 é linda! (Começa a acenar a canção com voz sem cor e desafinada) Chiara Como “Munastero ‘e Santa Chiara – ‘o core scuro scuro – é pecché ogne sera – tengo ma pecch ’era...”. penzo a Napule comm

(interrompendo-o) ém eu.... Onde está a 535. RICCARDO Mas assim sei cantar tamb voz?

(quase ofendido) ão é v ão?... 536. MICHELE E esta n oz, n

234 Monastero Santa Chiara ção popular napolitana muito conhecida na Itália inteira. O autor escolhe : can ção porque provavelmente quer criar uma ponte entre o pal éia. É o equivalente de esta can co e a plat cantar o Hino ao Senhor do Bonfim em Salvador. pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 277

é, eu mesmo canto. 537. UMBERTO Com esta voz at

ão? 538. RICCARDO E eu n

Para Riccardo) 539. DOMENICO Com esta voz, pode cantar qualquer um. ( . Tente ê. voc

ão ouso. Não tenho a cara de pau dele. Só se for assim... 540. RICCARDO Eu n (acena o motivo “Munastero ‘e Santa Chiara – ‘o core scuro scuro – é ) tengo ma pecch é ogne sera – ’era...”. (Umberto continua a frase junto com pecch penzo a Napule comm ele). “Penzo a Napule comm’é...” (Michele também canta) “No... nun é overo... No . ”. nun ce crero...

Assim nasce um coral desafinado e inumano.

(interrompendo-os) (Os três calam-se) 541. DOMENICO Chega. Chega... Fiquem é melhor... Estão emocionados... Não é possível...Três napolitanos que não calados: sabem cantar!

(entra da esquerda em um vistoso vestido novo. Penteado alto “à 542. FILUMENA napolitana”, duas fileiras de pérolas no pescoço. Brincos “de pressão”. O seu aspecto ficou quase juvenil. Fala com Teresina, a costureira, que a segue com Rosalia e Lucia)

ão minha, Ter ’, está com defeito sim! Mas que impress esi

(é uma daquelas costureiras napolitanas que não desistem: no 543. TERESINA sentido que as queixas das freguesas decepcionadas não a tocam minimamente. A sua calma chega a ser até irritante). é só a senhora que vê defeitos Mas , dona Filumena ão vejo nada demais, e são muitos anos que costuro para a senhora... querida. Eu n

ê tem cara de pau! Seria capaz de negar o que está estampado na 544. FILUMENA Voc cara.

á com defeito? 545. TERESINA Quer porque quer que diga que est

ãe. 546. MICHELE Boa noite, mam

ções. 547. RICCARDO Boa noite e congratula

ções. 548. UMBERTO Boa noite e congratula

(agradavelmente surpresa) ês estão aqui? Boa noite! (Para 549. FILUMENA Voc Teresina, obstinada) á com defeito ê cortou Quer saber por que est ? Porque quando voc ço para fazer um vestido para sua filhinha... o pano achou que podia tirar um peda

é isso! 550. TERESINA Que

á fui lá... E vi a pequeneninha tua, com o vestido feito com o pano 551. FILUMENA J ê fez sobrar do vestido me que voc u.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 278

(Em outro tom) 552. TERESINA Se a senhora falar assim, vou ficar ofendida. Claro (Filumena a olha repressiva) que quando sobra pano... Mas nunca prejudico a cliente. ência não deixaria. Minha consci

(admirada) ’, Você es á linda! Uma linda noiva! 553. ROSALIA Dona Filume t

554. TERESINA Mas como devia ser este vestido?

(lívida) ão tinha que roubar o pano; entendeu? 555. FILUMENA N

(um pouco ofendida) ão diga isso... O que acha, faço a bainha? 556. TERESINA N (faz o gesto para indicar uma quantidade Tenho que ver quanto tem de sobra.... pequena).

(que até naquele instante assistiu a cena com impaciência, 557. DOMENICO completamente mergulhado na sua idéia fixa, para Filumena) ’ eu tenho que Filume ê um instante. falar com voc

(dá alguns passos em direção de Domenico, mas capenga por causa 558. FILUMENA dos sapatos novos que doem) Nossa Senhora... estes sapatos...

ão doendo? Tire e bote outro par. 559. DOMENICO Est

ê tem para me dizer? 560. FILUMENA O que voc

’, ós agradecemos. 561. DOMENICO Teresi se for embora n

ão? Já estou indo. (Dobra um pano que tinha consigo e o 562. TERESINA Como n bota no braço) éns e boa sorte. (Para Lucia encaminhando-se para o fundo) Parab Me ê (Sai seguida por Lucia) diga querida, mas como devia faz -lo aquele vestido? .

para os três jovens) ês por fafor poderiam ir na sala e entreter 563. DOMENICO ( Voc ça algo para beber. Rusali’ os acompanhe. o compadre e a comadre. Lhe ofere

(consentindo) (para os três jovens) (Sai pelo 564. ROSALIA Senhor sim. Venham. escritório).

(aos irmãos) 565. MICHELE Embora, venham.

(zombando-o) ê errou de profissão, você devia ser segurança. 566. RICCARDO Voc

ês jovens saem pelo escritório. Rindo, os tr

(olha Filumena, a admira) ê está linda ’... Voltou 567. DOMENICO Como voc Filume ça... E se estivesse tranqüilo, despreocupado, diria que você ainda de novo a ser mo ça a um homem. pode fazer perder a cabe

(quer evitar, a todo custo, o assunto que está perturbando Domenico 568. FILUMENA e do qual ela intuiu o tom. Evasiva) ão falta nada. Fiquei assim aérea hoje. Acho que n

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 279

ário não estou por nada tranqüilo, estou preocupado. 569. DOMENICO Eu, pelo contr

(fazendo-se de desentendida) üilo? Aqui 570. FILUMENA E como poderia ficar tranq ó se pode contar com Lucia. A ão dois velhos... s lfredo e Rosalia s

(retoma o discurso começado) ão mude de assunto, Filume’; não 571. DOMENICO N ê está pensando o mesmo que estou pensando eu... mude de assunto porque voc (continuando) üilidade, a despreocupação, só você pode ’... E a tranq me dar, Filume

572. FILUMENA Eu?

ê viu que eu fiz tudo como você queria. Depois da anulação do 573. DOMENICO Voc á ão uma só vez, muitas vezes... porque você mandava dizer casamento, fui cham -la. E n ão estava. Fui eu que fui até você e falei “Filume’, vamos casar”. que n :

574. FILUMENA E esta noite vamos casar.

ê está feliz?... Assim eu creio. 575. DOMENICO Voc

ão deveria? 576. FILUMENA E por que n

ê tem que me fazer feliz também. Sente 577. DOMENICO E por isso voc -se e escute. (Filumena senta-se) ê soubesse quantas vezes, nestes últimos meses, tentei falar e Se voc ão consegui. Tentei, com todas as minhas forças, vencer este meu senso de pudor mas n ão tive coragem. Entendo que o assunto é delicado e faz mal também para mim deixá n - la constrangida para responder; mas vamos nos casar. Em breve, estaremos ajoelhados ão como dois jovens que ali estão para achar que o amor é um em frente a Deus, n sentimento que podia ser satisfeito e exaurido no mais simples e natural dos modos... ’, nós, a n üenta e dois anos passados e Filume ossa vida a temos vivida... eu tenho cinq ê tem quarenta e oito: duas consciências formadas que têm o dever de entender com voc óprio gesto e enfrentá frieza o pr -lo, assumindo em cheio toda a responsabilidade dele. ê sabe por ão. Eu sei somente que caso porque você falou Voc que vai se casar: mas eu n ês é filho meu... que um daqueles tr

ó por isso? 578. FILUMENA S

ão... Porque quero o seu bem, ficamos juntos vinte e cinco anos, e 579. DOMENICO N ças, saudades, vida a dois... entendi vinte e cinco anos representam uma vida: lembran ém, porque eu acredito nisso; são coisas que se que sozinho ficaria perdido... e tamb ço você muito bem e por isso estou falando assim. (Grave, sentem, e eu as sinto. Conhe com sentimento) à noite, não ão dez meses, desde aquela noite, Eu, consigo dormir. S ê lembra?... que não acho mais paz. Não durmo, não como, não me distraio... não voc ê não sai de dentro deste meu coração... É algo que me prende a respiração... vivo! Voc ço assim... (como para respirar um bocado de ar) (mostra Fa e o ar fica parado, aqui... a garganta) ê não pode me deixar viver assim. Você tem coração, é uma mulher voc é me querer um pouco de bem. Não pode me deixar vivida, que me entende e pode at ê lembra de quando falou: “Não jure...” e eu não jurei. E agora, viver assim! Voc ’ posso pedir esmola... E a peço como você quer: ajoelhado, beijando as suas Filume ãos, o vestido ... Fale, Filume’. m

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 280

’ diga quem é o meu filho, qual é a minha carne... o meu sangue... Tem que me Filum e ópria, , para não parecer que está falando por chantagem ... Eu contar, por vontade pr ê mesmo assim, juro! caso com voc

(depois de uma longa pausa, na qual olha demoradamente o homem 580. FILUMENA dela) é bastante dizer: “Seu f é aquele” e assim Quer saber?... E eu digo. Para mim ilho ê que faria? Vai tentar levá voc -lo sempre contigo, vai pensar em lhe dar um futuro ê estudará todos os jeitos para dar mais dinheiro para ele melhor, e naturalmente, voc que para os outros dois...

581. DOMENICO E com isso?

(doce, insinuante) 582. FILUMENA Que assim seja: ele precisa, tem quatro filhos.

(com ânsia interrogativa) ário? 583. DOMENICO O oper

(confirmando) áulico, como fala Rosalia. 584. FILUMENA O hidr

(para si mesmo, sempre mais se exaltando em seus raciocínios) 585. DOMENICO úde. Por que se casou tão cedo? Com ...Um bom rapaz.... com bom porte... de boa sa É uma arte também esta. Com capital à uma pequena oficina quanto pode ganhar?... ção, poderia montar uma oficina bem melhor com operários, ele se disposi r o dono: uma áulicos modernos... (De repente olha Filumena com suspeita) loja de aparelhos hidr áulico! Claro, é aquele casado, quem mais Olha, olha... logo o encanador... o hidr precisa...

(fingindo estar desapontada) ãe o que dev 586. FILUMENA E uma m ia fazer?... Tem ê não acreditou... Você é sabido... É Riccardo, que tentar ajudar o mais fraco... Mas voc o comerciante.

587. DOMENICO O camiseiro?

ão, é Umberto, o escritor. 588. FILUMENA N

(exasperado, violento) 589. DOMENICO Ainda... Ainda quer me botar com a cara na é o último! parede?... At

(comovida pelo tom aflito e abatido com que Domenico pronunciou 590. FILUMENA as suas palavras, tenta recolher todos seus sentimentos mais íntimos para trazer, em síntese, a fórmula de um discurso persuasivo, que finalmente possa dar ao homem umas explicações concretas e definitivas) ção, Domé’, e depois não vamos Escute com aten (Com um ímpeto de amor há muito tempo contido) ê com mais falar disso. Amei voc ças da minha vida! Aos meus olhos ê foi um Deus... e ainda amo você, e todas as for , voc (Considerando de repente a surpresa e a dificuldade em talvez mais do que antes... compreeder dele) é que eu fiz, Domé’!... Quis fazer sofrer você à toa... Deus Ah, o que úd ência, dinheiro.... e eu: e eu, para não tinha lhe dado tudo para ser feliz: sa e, boa apar ê sofrer, teria ficado calada, nunca teria falado, nem em ponto de morte... e fazer voc ê, você teria sido o homem generoso que teria ajudado a três desgraçados... (Pausa) voc ão me pergunte mais, porque ão vou falar. Não posso dizer... E você tem que ser N n ão me perguntar isto nunca mais, porque, pelo bem que te quero, homem honrado e n

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 281

é’... e seria a nossa ruína. Você viu que, logo que em um momento de fraqueza, Dom áulico, logo você começou a pensar no dinheiro... o eu disse que o seu filho era o hidr ê se preocupa e “ta” certo, porque você diz: “O capital... a grande loja... Por que voc é meu”. E começa a pensar: “E porque não posso lhe dizer que sou o pai?” “E dinheiro ão?” “ êm?” Seria um inferno!... Você entende os outros dois quem s Que direitos eles t ância os botaria um contra outro... São três homens, não são três crianças. que a gan ão pense em você, não pense em mim... pense Seriam capazes de se matar entre eles... N é’, O melhor dos ós o perdemos!... Filhos são aqueles que se neles. Dom filhos n ços, quando são pequenos, que lhe dão preocupação quando ficam carregam nos bra ão sabem dizer o que estão sentindo... Que correm a seu encontro com os doentes e n çinhos abertos, dizendo: “Papai!”... A ãozinhas bra queles que voltam da escola com as m ão grandes, quando frias e o nariz vermelho e o rodeiam de coisas boas... Mas quando s ão todos filhos juntos , ou são inimigos... Não é ainda tarde demais. ficam homens, os s ão te quero mal... Vamos deixar as ão, e cada um vai pela própria N coisas como est estrada!

ão órgão Internamente v -se ouvir os primeiros acordes de teste de um

(do “escritório” seguida pelos três jovens) 691. ROSALIA Chegou... chegou o padre...

ãe!... 692. MICHELE Mam

(levanta-se da mesa e olha todos demoradamente. Depois, como 693. DOMENICO por uma decisão repentina) ão, cada um vai pela Vamos deixar as coisas como est ópria estrada... (Aos rapazes) ês... (Todos esperam em pr Eu preciso falar com voc suspence) ão posso enganar vocês. Ouçam... Eu sou um homem de bem e n

ÊS Sim, papai! 594. OS TR

(comovido olha Filumena e decide) ão sabem quanto 595. DOMENICO Obrigado, N (Recompondo-se) é sempre o pai isso me deu prazer... Assim... Quando dois se casam é o altar. Aqui pais não existem... Há os filhos. Dois acompanham a que leva a esposa at esposa e um acompanha o esposo.

ãe nós vamos acompanhá (Encaminha-se para Filumena 596. MICHELE A mam -la Convidando Riccardo a fazer o mesmo).

(lembrando de repente) ão? 597. FILUMENA Que horas s

598. RICCARDO Faltam cinco minutos para as seis.

(Aproxima-se de Rosalia) ’... 599. FILUMENA Rosali

üila, as seis em ponto vão ser acesas as velas também lá. 600. ROSALIA Fique tranq

(apoiando-se no braço de Michele e no de Riccardo) 601. FILUMENA Vamos... (Entram no escritório).

(para Umberto) ê me acompanha... 602. DOMENICO E voc

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 282

“escritório”. Rosalia comovida, mansa como Formam o curto cortejo e entram no órgão sempre, fica no seu lugar batendo palmas e segurando a cortina. Internamente, o “Marcha Nupcial”. Agora Rosalia chora. Pouco depois chega Alfredo, e juntos toca a à cerimonia. Também Lucia junta assistem -se a eles. As luzes se apagam em “resistência” até a completa escuridão. Do terraço chega devagar um raio de lua, e bem ária. Passou algum tempo. devagarinho se acende a luz da lumin

(seguida de Umberto, Michele e Rosalia entra do “escritório” 603. FILUMENA rapidamente, vai para esquerda) ço, Nossa Senhora! Que cansa

ém nos va ã temos que 604. MICHELE Agora pode descansar. Tamb mos. Amanh trabalhar.

(com uma bandeja com alguns copos vazios) éns, parabéns, 605. ROSALIA Parab éns... Que linda função! Cem anos tem que viver, filha minha! parab

(do “escritório”) ção. 606. RICCARDO Foi mesmo uma linda fun

(para Rosalia) ’, um copo de água. 607. FILUMENA Rusali

(acentuando) É pra já, senhora... (Sai pelo fundo) 608. ROSALIA .

(do “escritório”, levando uma garrafa de vinho “especial” com a 609. DOMENICO tampa selada com cera) Nada de convidados, nada de banquete, mas uma garrafinha ília, temos que bebê Pega o abridor no móvel do fundo) em fam -la... Esta nos á para dormir. (abre a garrafa). acompanhar

(volta com um copo de água em um prato como se usa no napolitano) 610. ROSALIA á a água. Aqui est

água? 611. DOMENICO E o que temos que fazer com a

(como para dizer: “Foi dona Filumena quem pediu”) 612. ROSALIA A senhora.

água traz azar. E chame 613. DOMENICO Pode dizer, para senhora, que, esta noite, a ém Lucia... Quase esquecia... chame também Alfr “montador” e tamb edo Amoroso: ém de conhecedor de cavalos de corrida. guiador al

(chama para o fundo à direita) ’... Alfre’, venha, venha tomar 614. ROSALIA Alfre ’ venha também você. um copo de vinho com o senhor... Luci

(do fundo, seguido por Lucia) presinte. 615. ALFREDO Estou aqui,

(encheu os copos e começa a distribuí-los) ’, beba. 616. DOMENICO Toma Filume (para os outros) Bebam.

(bebendo) À saúde! 617. ALFREDO

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 283

(olha o seu fiel amigo com ternura e saudade) ’, 618. DOMENICO Lembra, Alfre quando os nossos cavalos corriam?

619. ALFREDO Por Deus!

ás. E eu não queria 620. DOMENICO Agora pararam... Pararam muito tempo atr á acreditar, na minha fantasia os via sempre correndo. Mas agora entendi, que pararam j á muito tempo! (mostra os jovens) ão eles que têm que correr! Têm que h Agora s ão jovens, são puro ão a gente faria se correr estes cavalos aqui, s -sangue! Que papel éssemos ainda fazer correr os nossos cavalos? Que vexame daríamos, Alfre’! quis

621. ALFREDO Por Deus!

’... (Todos bebem) ão filhos! É a 622. DOMENICO Beba, Alfre . Os filhos s ência. E sempre, sempre... quando, em uma família, se tem três ou quatro, sempre provid acontece que o pai fica de olho em um em particular, como dizer, um cuidado especial é mais feio, porque está doente, ou porque é mais para um dos quatro. Ou porque çudo... E os outros filhos não ficam de mal... acham justo. É arrogante, ou mais cabe ós isto não pode acontecer, porque a nossa família se quase um direito do pai. Entre, n reuniu tarde demais. Talvez seja melhor assim. Quer dizer que aquele amor que eu teria í ês. (Bebe) À saúde! o direito de querer a um dos meus filhos... vou divid -lo entre os tr (Filumena não responde, Retira do seio um pequeno buquê de flores de laranja e, de quando em quando, aspira o perfume. Domenico fala com os três jovens, amistoso)

ã vocês vão comer aqui. Rapazes, amanh

ÊS Obrigado. 623. OS TR

(aproximando-se da mãe) ós vamos porque é tarde e 624. RICCARDO Agora n ãe quer descansar. Passar bem, mamãe. (a beija) éns e ã. mam Parab nos veremos amanh

(imitando o irmão) 625. UMBERTO Passar bem.

éns... 626. MICHELE Boa noite e parab

(aproximando-se de Domenico e sorrindo-lhe docemente) 627. UMBERTO Boa noite, papai...

(saudando juntos) 628. RICCARDO e MICHELE Papai, boa noite.

(olha os jovens com gratidão. Pausa) êem (Os três, 629. DOMENICO D -me um beijo! um depois do outro, beijam com carinho Domenico) é amanhã. At

ÊS (saindo seguidos por Alfredo, Rosalia e Lucia) é amanhã. 630. OS TR At

ões sentimentais. Agora Domenico os segue com o olhar, pensativo nas suas reflex aproxima-se da mesa e enche novamente o copo.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 284

(senta-se na poltrona e tira os sapatos) 631. FILUMENA Nossa Senhora, que ço! Estou toda moída! cansa

(com afeto compreensivo) ção... 632. DOMENICO O dia todo se mexendo... e a emo últimos dias... mas agora pode ficar tranqüila e descansar. todos os preparativos destes (Pega o copo e se aproxima ao terraço) É mesmo uma linda noite! (Filumena repara

algo na garganta que a faz gemer. Emite sons quase parecidos com uma lamúria. Assim fixa o olhar no vazio como em espera de algo. O rosto se molha de lágrimas como a água pura nas pedras limpas e lisas. Domenico preocupado aproxima-se) ’ o Filume que foi?

(feliz) é’, estou chorando... Co é lindo chorar... 633. FILUMENA Dom mo

(apertando-a amorosamente para si) ão é nada... não é nada 634. DOMENICO N ê correu... correu... teve medo... caiu... levantou... se arranhou... Você pensou, e Voc ão tem mais que correr, não tem mais que pensa pensar cansa... Mas n r... Descanse!... (Volta a mesa para beber, ainda um gole de vinho) ão filhos... E são todos Os filhos s ê tem razão, Filume’, Você tem razão!...(E engole o seu vinho, enquanto iguais... Voc cai o pano).

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 285

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 286

Técnica da representação teatral. ção ADL ER, Stella. Rio de Janeiro: Civiliza Brasileira,1992.

Dona flor e seus dois maridos. ão Paulo: Martins, 1969. AMADO, Jorge. S

Memórias de um sargento de milícias ão Paulo: ALMEIDA, Manuel Antonio de. : S Ática, 1973.

ário. Macunaíma ANDRADE, M . Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 2004

ênio; SAVARESE, A Arte secreta do ator ão Paulo: BARBA, Eug Nicola. S Hucitec, 1996.

Eduardo. BARSOTTI, Anna. , Torino: Giulio Einaudi, 2003.

Nota storico-critica. Cantata dei giorni pari. BARSOTTI, Anna. in: DE FILIPPO E. Torino: Einaudi, 1998.

Realism in modern literature. BECKER, T. George. New York:Frederick Ungar, 1980

Mae coragem e seus Filhos ção Brasil BRECHT, Bertold. : Rio de Janeiro: Civiliza eira, 1976.

Teatro do oprimido e outras poéticas políticas BOAL, Augusto. . Rio de Janeiro: ção Brasileira, 1975. Civiliza

Il Mattino BONTEMPELLI, Massimo. [Critica teatral]. l, NAPOLI, 16 giugno 1932.

A estética do teatro BORNHEIM, Gerd A. . Rio de Janeiro: Graal, 1992.

O sentido e a máscara. ão Paulo: Perspectiva, 1969. BORNHEIM, Gerd A. S

Teatro: a cena dividida BORNHEIM, Gerd A. . Porto Alegre: LPM, 1983.

Storia del Teatro. ílio, 2000. BROCKETT, G. Oscar. Venezia: Mars

Eduardo. La vita è dispari. CALCAGNO Paolo. Napoli: Pironti, 1985.

Titina De Filippo, Vita di uma donna di teatro. CARLONI, Augusto. Milano: Rusconi, 1984.

Teoria do teatro: estudo histórico-critico, dos gregos à CARLSON, Marvin. atualidade ão Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997. . S

Natureza e sentido da improvisação teatral ão Paulo: Perspectiva, CHACRA, Sandra. . S 1983.

´ AJETA, de Miro Barbara. La figura della donna nel teatro di Eduardo De Filippo. D ápoles: N Liguori, 2002.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 287

La Napoli di Bellavista. DE C RESCENZO, Luciano. Milano: Arnoldo Mondadori, 2002.

Bene mio e core mio. DE FILIPPO, Eduardo. Torino: Giulio Einaudi, 2004a.

Cantata de giorni dispari. DE FILIPPO, Eduardo. Torino: Giulio Einaudi, 1995.

Cantata dei giorni pari. DE FILIPPO, Eduardo. Torino: Giulio Einaudi, 1998a.

Chi é cchiú felice ‘e me! DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004b.

ção]. Cinema, DE FLIPPO, Eduardo. [Cita Roma, 14 apr. 1952.

Scenario DE FILIPPO, Eduardo. Colloqui com Pirandello: , p 163-165, apr. 1937. Nos “L´abito nuovo”. ensaios de

De Pretore Vincenzo DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004c.

ção]. Discorso all´ accademia dei Lincei, DE FILIPPO, Eduardo.[Cita Roma, dic. 1972.

Ditegli sempre di si DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004d.

Filumena Marturano DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004e.

Gli esami non finiscono mai DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004f.

Il figlio di pulcinella DE FILIPPO, Eduardo. . Torino:Giulio Einaudi, 2004g.

Il Tempo, DE FILIPPO, Eduardo. [Entrevista]. Roma: 13 luglio 1983.

Io, l’erede DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004h.

La Domenica Del Corriere DE FILIPPO, Eduardo. [Entrevista]. , Milano, 23 magg. 1954.

La Stampa, DE FILIPPO, Eduardo. [Entrevista a Enzo Biagi]. Milano, 5 apr. 1959.

L’erede di Shylock DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004i.

ção]. L’Europeo DE FLIPPO, Eduardo. [Cita , Milano, 1 sett. 1966.

Le bugie com le gambe unghe DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 1998b.

Lezioni di teatro. DE FILIPPO, Eduardo. Torino: Giulio Einaudi, 1986.

Mettiti al passo DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004j.

Mia familia DE FILIPPO, Eduardo. . Torino:Giulio Einaudi, 2004l.

Napoli Milionaria, DE FILIPPO, Eduardo. Padova:Fabbri, 2005.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 288

Natale in casa Cupiello DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2002.

ção]. Oggi, DE FLIPPO, Eduardo. [Cita Milano, 21, magg, 1980.

Peppino Girella DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004m.

ção]. Roma DE FLIPPO, Eduardo. [Cita , Roma 7 magg. 1969.

Sabato, domenica e lunedí DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004n.

Tommaso d’Amalfi DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004o.

Tre adattamenti teatrali DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004p.

Un punho d’acqua DE FILIPPO, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 2004q.

. Vita, opere, 1900-1984, álogo de mostra]. A cura de DE FILIPPO, Eduardo [Cat Quarantotti De Filippo e Martin. Mondadori: Milano, 1985.

Una Famiglia difficile. ápoles: Marotta, 1976. DE FILIPPO, Peppino. N

Eduardo, polemiche, pensieri, pagine inedite DE FILIPPO, Quarantotti. . Milano: Bompiani, 1985a,

Vita e morte del San Carlino, él em: DON MARZIO. 1976 Disponiv . Acesso em 14/10/2006.

ção Nello Pepe, A cura de Maurizio Giammuso. EDUARDO racconta Eduardo. Dire Torino: Giulio Einaudi. VHS (40 min.), som, cor.

ENCICLOPEDIA multimediale delle lettere: Poeti e scrittori italiani del novecento. ção Nello Pepe, A cura de Maurizio Giammuso.Roma: RAI Radio Televisio Dire ne Italiana. 1 DVD (41 min.), som, cor.

ÍA, Santiago. Teoria e prática do teatro ão Paulo: Hucitec, 1988. GARC . S

Intervista sul teatro. GASSMAN, Vittorio. Palermo: Sellerio, 2002.

Vita di Eduardo. GIAMMUSSO, Maurizio. Roma: Elleu Multimedia, 2004.

Eduardo racconta Eduardo. GIAMMUSSO, Maurizio. Torino: Giulio Einaudi, 2004.

Filumena marturano, in Dodici donne. Figura del destino nella GRANDE, Maurizio, literatura drammatica . Parma: Pratiche, 1994.

Revista Repertório Teatro & Dança, HACKLER, Ewald. A mochila de Mascate: v.1, n. 1, p. 107-109,1988.

O grotesco. ão Paulo: KAISER, Wolfang. S Pespectiva, 1986.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 289

ábato. O texto no teatro ão Paulo: Perspectiva: Edusp, 1989. MAGALDI, S . S

Eduardo MAGLIUOLO, Gennaro. . Bologna: Cappelli, 1959.

. Fra Totò e Gadda: sei invenzioni sprecate dal teatro italiano MELDOLESI, Claudio .

Roma: Bulzoni, 1987

Dicionário do teatro ão Paulo: Perspectiva, 1999. PAVIS, Patrice. . S

L´Umorismo PIRANDELLO, Luigi. . Milano: Arnoldo Mondadori, 1992.

Liolá Cosí é (se vi pare) PIRANDELLO, Luigi. . Torino: Arnoldo Mondadori, 1992.

Sei personaggi in cerca di autore PIRANDELLO, Luigi. . Torino: Giulio Einaudi, 1994.

Uno, nessuno e centomila PIRANDELLO, Luigi. . Torino: Giulio Einaudi, 1994.

Lo spettatore col binocolo. QUARENGHI, Paola. Milano: Kappa, 1995.

Prismas do teatro ão Paulo: Perspectiva, 1993. ROSENFELD, Anatol. . S

Miseria e nobiltá SCARPETTA, Eduardo. . Torino: Giulio Einaudi, 1994.

á, Corriere della Sera SIMONI, Renato, I De Filippo interpreti: fra tradizione e novit , Milano,16 mar. 1934.

Il teatro in televisione. SPADARO, Damiana. Firenze: Atheneum, 2004.

Hans Jacob Christoffel von Grimmelshausen 1676/1976 STOLL, Christoph. . Munich: Heinz Moos Verlag, 1976.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 290

REFERÊNCIAS DAS FIGURAS

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 291

Pulcinella innamorato. Figur a 1 TIEPOLO, Giandomenico. 1797, Affresco strappato , cm. 196 x 147. Venezia, Ca' Rezzonico - Museo del Settecento Veneziano, Villa di Zianigo-Camera dei Pulcinella.

ônimo]. O Almoço de Pulcinella. Figura 2 [An [Imagem da Internet], www.google.it/pulcinella.

. L´altalena dei Pulcinella. Figura 3 TIEPOLO, Giandomenico 1793, Affresco, Venezia, Ca' Rezzonico - Museo del Settecento Veneziano, Villa di Zianigo-Camera dei

Pulcinella.

Pulcinella. Figura 4 CALCESE. [Imagem da Internet], www.google.it/pulcinella.

Mondo Nuovo. Figura 5 TIEPOLO, Giandomenico. 1791, Affresco. Venezia, Ca' Rezzonico - Museo del Settecento Veneziano, Villa di Zianigo.

Saltimbanchi e Pulcinella Figura 6 TIEPOLO, Giandomenico. . 1791-1793, Affresco. Venezia, Ca' Rezzonico - Museo del Settecento Veneziano, Villa di Zianigo-Camera dei Pulcinella.

ônimo] Pulcinella nos trajes do séc. XVIII. Figura 7 [An . [Imagem da Internet], www.google.it/pulcinella.

Pulcinella. Figura 8 PERRUCCI. 1699, [Imagem da Internet], www.google.it/pulcinella.

ônimo]. Pulcinella apaixonado. Figura 9 [An [Imagem da Internet], www.google.it/pulcinella

ônimo]. Pulcinella Gravura do século XVIII. Figura 10 [An . [Imagem da Internet], www.google.it/pulcinella.

ônimo]. Punch Figura 11 [An [Imagem da Internet], www.google.it/punch.

ônimo]. Simplicissimus Teutsch. Figura 12 [An 1668, Gravura sobre cobre.

ônimo]. Der Seltzame Springinsfeld. – Figura 13 [An 1683 1684, Gravura sobre cobre.

ônimo]. [Sem titulo]. ção da Figura 14 [An 1670, Gravura sobre cobre da primeira edi Courasche de 1670.

Simplicius Simplicissimus Figura 15 ERLER, Erich. . 1921, Gravura.

Árvore genealógica da família Scarpetta Figura 16 NICOLIN, Diego. . 2004.

ônimo]. Retrato de Eduardo De Filippo. Figura 17 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 292

ônimo]. De Filippo em Veneza. Figura 18 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. De Filippo com Totó. Figura 19 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Eduardo De Filippo com Titina. Figura 20 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Companhia humorística “I De Filippo”. Figura 21 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Eduardo e Titina De Filippo em “Nápoli milionaria”. Figura 22 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. De Filippo em “Nápoli milionaria”. Figura 23 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. De Filippo em “Natale in casa Cupiello”. Figura 24 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. De Filippo em “Natale em casa Cupiello”. Figura 25 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Eduardo e Titina De Filippo em “Filumena Marturano”. Figura 26 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Eduardo e Titina De Filippo em “Filumena Marturano”. Figura 27 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Eduardo e Titina De Filippo em “Filumena Marturano”. Figura 28 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Eduardo De Filippo.

ônimo]. Bahia - Movimentada rua entre o velho mercado Modelo e o Figura 29 [An Elevador Lacerda. ção: Ewald Hackler. Papel formato e impresso POST 191-, Cole CARD c/ marca no anverso ARA, i, e. American Recriation Association.Legenda no anverso: MARKET STREET BAHIA BRASIL

ônimo]. Bahia - Mercado informal na beira da praia. ção: Figura 30 [An 193-, Cole ão Ewald Hackler. Papel com marca SATRAP PHOTO, pontilhado no formato de cart postal.

ônimo]. Bahia - Mercado de rua, venda de panelas de barro. Figura 31 [An 194-, ção: Ewald Hackler. Cartão fotográfico em formato de cartão postal, sem lay Cole -out. Legenda: BAHIA PANELAS DE BARRO, no anverso.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 293

ônimo Bahia - Feira livre avançando da calçada até a rua pública. Figur a 32 [An ]. ção: Ewald H 195-, Cole ackler. Papel com marca WESSEL, pontilhado e formato de ão postal. Legenda: BAHIA TYPICA – cart Feira livre, no anverso

ônimo]. Bahia - Feira livre avançando da calçada até a rua pública. Figura 33 [An ção: Ewald Hackler. Papel sem marca, cortado ão postal. 194-, Cole em formato de cart Legenda: BAHIA Feira livre, no anverso.

ônimo]. Bahia - Feira livre no porto. ção: Ewald Hackler. Figura 34 [An 193-, Cole Editor: Ocean Confort Company m.b.h., Bremen NORDDEUTSCHER LLOYD, Bremen. Legenda no verso: BAHIA

ônimo]. Bahia - Feira livre. ção: Ewald Hackler. Papel com Figura 35 [An 194-, Cole ça de cavalo. Pontilhado e formato de cartão postal, sem legenda. marca ferradura, cabe

ônimo]. Bahia - Baianas vendendo mercadorias na rua pública. Figura 36 [An 193-, ção: ão fotográfico, copiado em papel com a marca Agfa, em Cole Ewald Hackler. Cart ão de cartão postal, sem legenda. formato e divis

ônimo]. Bahia - Antigo Mercado na Praia da Preguiça. ção: Figura 37 [An 1913, Cole ção João Pedroso, Bahia. Ewald Hackler. Editor: Edi Legenda: Antigo Mercado na Praia ça 35. da Pregui

ônimo]. Bahia - Rua Chile. ção: Ewald Hackler. Figura 38 [An 1912, Cole ção da Miscellanea. Legenda no anverso: No Editor: Edi 18 Rua Chile.

ônimo]. Bahia - Caes de Ouro. (Praça Deodoro). ção: Ewald Figura 39 [An 1912, Cole ção da Miscellanea. Hackler. Editor: Edi Legenda no anverso: N8,8, Caes de Ouro. ça Deodoro). (Pra

ônimo]. Nápoles - Teatro San Carlo. ção: Ewald Hackler. Figura 40 [An 1909, Cole – Legenda no anverso: 596 NAPOLI R. Teatro S. Carlo.

ônimo]. Roma - Rua Nazionale com o “Teatro Drammatico Figura 41 [An Nazionale”. ção: Ewald Hackler. 193-, Cole Editor: STA 7555. Legenda no anverso: – Roma Via Nazionale (ultimo tratto) col Teatro Drammatico Nazionale.

Nápoles – Teatros romanos. ção: Ewald Hackler. Figura 42 De Luca e C. 190-, Cole – Legenda no anverso: De Luca e C. Napoli.

ônimo]. Nápoles - Rua Santa Lucia. ção: Ewald Hackler. Figura 43 [An 1901, Cole Editor: 120 E.J.R.N. Leganda no anverso: Napoli

ônimo]. Nápoles – Fábrica de maçarão. ção: Ewald Hackler. Figura 44 [An 1904, Cole Editor: Edit. E. Ragozino, Galeria Umberto - Napoli. Legenda no anverso: Fabbrica di Maccheroni.

ônimo Nápoles – Napolitanos comendo espaguetes. ção: Figura 45 [An ]. 1909, Cole Ewald Hackler. Editor: Stab. Deutsche Erfindungen - MILANO. Legenda no anverso: NAPOLI Maccheroniai napoletani presa dal vero.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 294

ônimo]. Nápoles – Rua e Ponte de Chiaia. ção: Ewald Figura 46 [An 194-,Cole Hackler. Editor: G BLUMLEIN & CO., FRANKFORTES, M. RAPP. C. IMPERIALE – – NAPOLI. Legenda no anverso: Napoli Via e Ponte di Chiaia. 11.

ônimo]. Nápoles – Plano inclinado (Início séc. XIX). Figura 47 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Napoli Antica.

ônimo]. Nápoles – Rua Caracciolo (Início séc. XIX). Figura 48 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Napoli Antica.

ônimo Nápoles – Torretta (Início séc. XIX). Figura 49 [An ]. [Imagem da Internet], www.google.it/Napoli Antica.

ônimo]. Nápoles – Camponeses napolitanos dançando a “Tarantella”. Figura 50 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Napoli Antica.

ônimo]. Nápoles – Ruela Figura 51 [An . [Imagem da Internet], www.google.it/Napoli Antica.

ônimo]. Nápoles – Pescadores em Posillipo (Início séc. XIX). Figura 52 [An [Imagem da Internet], www.google.it/Napoli Antica.

Nápoles - Venda de hortaliças na rua Figura 53 DE CRESCENZO, Luciano. . 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

– Venda de hortaliças na rua. 2001. Figura 54 NICOLIN, Diego. Salvador 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Engraxate. Figura 55 DE CRESCENZO, Luciano. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Fotógrafo de rua (Lambe–lambe). Figura 56 DE CRESCENZO, Luciano. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Venda de carnes na rua. Figura 57 DE CRESCENZO, Luciano. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Salvador – Venda de carnes na rua. 2001. Figura 58 NICOLIN, Diego. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Rua completamente tomada por Figura 59 DE CRESCENZO, Luciano. vendedores irregulares (camelôs). 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Rua completamente tomada por Figura 60 DE CRESCENZO, Luciano. vendedores irregulares (detalhe). 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

. Nápoles - Nas ruas pode-se comprar Figura 61 DE CRESCENZO, Luciano qualquer tipo de mercadoria. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 295

– Tabuleiro de camelô. Figur a 62 NICOLIN, Diego. Salvador 2001. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

ápoles Venda de cigarros contrabandeados Figura 63 DE CRESCENZO, Luciano. N - . 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Sobre uma mesinha improvisada, Figura 64 DE CRESCENZO, Luciano. – joga se baralho. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Salvador – Vendedora improvisada na calçada. 2001 Figura 65 NICOLIN, Diego. . 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Carrinho/Empresa. Figura 66 DE CRESCENZO, Luciano. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

. Nápoles – Vendedor ambulante de comida. Figura 67 DE CRESCENZO, Luciano 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles - Flanelinha. Figura 68 DE CRESCENZO, Luciano. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Nápoles – Venda de frutas no meio da praça. Figura 69 DE CRESCENZO, Luciano. 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Salvador – Nas ruas pode–se encontrar uma variedade Figura 70 NICOLIN, Diego. incrível de produtos. 2001. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

. Nápoles – Venda de roupas. Figura 71 DE CRESCENZO, Luciano 19--. 1 fotografia preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Salvador – Venda de roupas. 2001. Figura 72 NICOLIN, Diego. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

– Nas ruas pode–se encontrar peças de tudo Figura 73 NICOLIN, Diego. Salvador . 2001. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

Salvador – Mercado Sete Portas. 2001 Figura 74 NICOLIN, Diego. . 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

– Verduras a venda disputam espaço com Figura 75 NICOLIN, Diego. Salvador materiais de construção. 2001. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

– Nos carros de mão vendem–se frutas no Figura 76 NICOLIN, Diego. Salvador meio da rua. 2001. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

. Salvador – A frente da casa torna–se lugar para se Figura 77 NICOLIN, Diego vender de tudo. 2001. 1 fotografia, preto e branco, 15 cm x 10 cm.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 296

ANEXOS

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 297

ANEXOS

Biografia em datas.

ápoles Ed 1900. Nasce em N uardo De Filippo filho natural de Eduardo Scarpetta, ém ator e dramaturgo, e Luisa de Filippo tamb

éia como criança japonesa em “La geisha” de autoria do pai. 1904. Estr

ês irmãos De Filippo: Titina, Eduardo e Peppino, estão juntos no palco nas 1909. Os tr ções da peça “Nu ministro mmiez’ e guais” de autoria do pai apresenta

É internado em um colégio, mas nos períodos de férias continua a representar. 1911. ência no cinema, mas termina cedo. Tenta uma experi

“Babilonia” de Rambaldo ã 1912. Participa da revista (Rocco Galdieri), junto a sua irm Titina.

ático e popular 1913.Recita com Enrico Altieri, considerado o maior ator dram “Assunta Spina” de Salvador Di Giacomo. A napolitano depois do sucesso obtido com ção popular, opere “Teatro D’Arte” e, todas sextas companhia encena dramas na tradi e feiras uma farsa. Enquanto nos dramas para Eduardo sobram pequenas partes, nas farsas ão entregues os papéis principais. O trabalho é duríssimo: ensaio: das 10:00 até às lhe s ça às 13:00 começam as apresentações, três por dia. No palco do teatro 12:00 almo -se e Orfeo ém o mundo do teatro de Varietá Macchiette Eduardo descobre tamb e das , e faz “di quello sporco locale” (daquele sujo lugar) que para ele amizade em um camarim “pare bello e sontuoso” (parece lindo e requintado) c ó (Antonio De Curtis). om Tot íodo o adolescente Eduardo trabalha também na Compagnia Italiana de Luigi Neste per Cancrini.

1914. Entra na companhia de Vincenzo Scarpetta.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 298

ês De Filippo reúnem ência têm a duração de 1917 .Os tr -se, pela primeira vez, esta experi é pela Itália Centro alguns meses em uma tourn -meridional

é encarregado de organizar espetáculos 1920. Chamado a servir o exercito em Roma, ã Titina o ajuda nas partes femininas). De noite têm permissão para para as tropas (A irm Valle É neste período que Eduardo começa sua atividade como autor atuar no teatro . ça “Farmacia di turno”. escrevendo e publicando a pe

éia na companhia de Vincenzo Scarpetta a peça “Farmacia de turno”. 1921. Estr

“Ho fatto il 1922. Dispensado pelo exercito, volta na companhia de Vincenzo. Escreve ó!” comédia em três atos que será montada três anos mais tarde com o guaio? Riparer “Uomo e Galantuomo”. titulo

à companhia de revistas de Peppino Villani. 1924. Associa-se

ão Peppino, assina contrato como ator na c 1926. Junto ao irm ompanhia de Luigi Carini onde atua junto com Camillo Piloto e Arturo Falconi.

“Ditegli sempre di si” 1927. Volta na companhia de Vincenzo onde escreve e monta édia em dois atos. áculo “La com No mesmo ano, com Michele Galdieri monta o espet á”. rivista... che non piacer

áculo “Prova generale”, três 1929. Eduardo e Peppino fazem grande sucesso com o espet jeitos de fazer rir (O riso simples, o maldoso e o grotesco).

ãos Titina e Peppino forma a companhia “Teatro Umoristico i De 1931. Com os dois irm ”. á até 1944. Neste mesmo ano fazem várias montagens mas a mais Filippo Que durar á a estréia de “Natale in casa Cupiello” considerada uma das obras primas importante ser ém: Pietro Carloni, Agostino Salvietti, Dolores de Eduardo. Integram a companhia tamb Palumbo, , Luigi Di Martino, Alfredo Crispo e Gennaro Pisano.

avanspettacolo 1932. Eduardo e Peppino conseguem passar do para um teatro “verdadeiro” assinando contrato com o empresário do teatro Sannazzaro, Armando

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 299

Sannazzaro, é um teatro elegant üentado por um público refinado, Ardo vino. O e, freq á como sede estável da companhia até 1934. intelectuais e artistas, este ficar íodo é datado o primeiro encontro da companhia com Luigi Pirandello depois Neste per ção de “Chi é cchiú felice ‘e me”. de uma representa é pela Itália: Turim, Ligúria, Bolonha, Roma e Seguidamente a companhia faz uma tourn ão, conseguindo sucesso a nível nacional. Mil

ça o ciclo Pirandelliano a companhia apresenta em dialeto napolitano 1934. Come “Loilá” no Odeon ão. de Mil

édia “Uno coi capelli bianchi”. 1935. Eduardo escreve a com

ção do “Il berretto a sonagli”. Eduardo, com a colaboração do autor, 1936. Encena “L’ abito nuovo” em comédia napolitana em três atos. transforma a novela

éia “L’abito nuovo” 1937. Tina deixa, com o esposo Pietro Carloni, a companhia. Estr Manzoni ão. no teatro em Mil

éia “Uno coi capelli bianchi”no teatro Quirino 1938. Estr em Roma.

“Non ti pago” comédia em três atos. 1940. Entre outras Eduardo escreve

édia “Io l’erede” a companhia Estréia no te La Pergola 1942. Com a nova com atro em ça. No mesmo ano é representada, em Turim, “La fortuna com l’effe maiuscola” Floren édia escrita com Armando Curcio. com ções entre Eduardo e Peppino começam a ficar mais tensas. Mesmo No entanto as rela ês anos no qual estabelece á assim foi assinado um contrato de tr -se que Eduardo cuidar écnico ística e Peppino da administração da companhia. No mês outubro, da parte t -art ém Titina volta a integrar novamente a companhia. com a ajuda de Renato Simoni, tamb

ápo 1944. Os De Filippo regressam em N les de onde faltavam desde 1941.

“Napoli milionaria”, torna ão Peppino. 1945. Escreve -se definitiva a ruptura com o irm Forma-se a companhia De Filippo.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 300

éia “Questi fantasmi”, e logo depois, com grande sucesso, estréia “ Filumena 1946. Estr ” que á Titina no papel de protagonista. Marturano consagrar

éia de um teatro próprio o San Ferdinando ído durante 1947. Surge a id que ficou destru ão escritas e encenadas entre as quais “Le bugie com le gambe a guerra. Outras obras s ”. lunghe

éiam “La grande ma ” e “Le voci di dentro”. ão enriquecer um 1948. Estr gia Que v ório sempre mais extraordinário. repert

éia “La paura numero uno”. 1951. Estr Eduardo compra o terreno onde surgira o antigo San Ferdinando ção Eduardo suspende os Necessitando de recursos para reconstru trabalhos da companhia e dedica-se ao cinema.

“Bottega 1953. Recusa o convite de Giorgio Strehler para interpretar dom Marzio em é” de Goldoni mas volta ao teatro para representar no teatro Mediterraneo del caff de ápoles a peça “Miseria e nobiltá” de Eduard ário de N o Scarpetta para celebrar o centen nascimento do pai.

ção do teatro San Ferdinando “Palummella zompa e vola” de 1954. Re-inaugura com ça, sempre no San Ferdinando às Antonio Peito. Depois de uma longa doen Titina volta “Monsignor Perelli” d ção de Roberto cenas com e Francesco Gabriele Starace com dire á seu último espetáculo. Rossellini, este ser

édia “Bene mio core mio”. 1955. Escreve a com

ção da companhia funda uma outra “La Scarpettiana” 1956. Mesmo continuando na dire ém dirigida por ele mesmo, por sem participar como ator. Esta nova companhia que atua San Ferdinando ório paterno, participam no tem como objetivo fazer reviver o repert desta Beniamino e Pupella Meggio, Salvatore Cafiero, Franco Sportelli, Carla Del ’Alessio. Neste Poggio, Franca May, Vera Nandi, , Pietro De Vico e Ugo D ça seus trabalhos para televisão. mesmo ano Eduardo come

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 301

édia “De Pretore Vincenzo” e trabalha intensamente no cinema 1957 . Termina a com “Fortunella”. onde colabora com Federico Fellini no filme

É repres ção de R. Simonov, “Filumena Marturano”. 1958. entada em Moscou, sob dire

ça o período das direções “Líricas” com “La pietra di paragone” de G. 1959. Come Quirino é montada a sua nova comédia “Sabato Domenica Rossini. No teatro em Roma í”. e Luned

éia “ á”. 1962. Estr Il sindaco del rione sanit

éia “Tommaso D’Amalfi” com a companhia de Domenico Modugno. No ato 1963. Estr único “Dolore sotto chiave” atua Franco Parenti.

“L’ Arte della commedia” comparada com “L’ impromptu” de Moliére. 1964. Escreve

éia “I ”. 1966. Estr l cilindro

éia “Ogni anno punto e a capo”, espetáculo de variedade sobre os anos trinta 1971. Estr ção de: Franco Parenti, Ombretta Colli, Ivana Monti, Paolo Graziosi e com participa Luisa Rossi.

éia “Na santarella” de Eduardo Scarpetta com Ang 1972. Estr elica Ippolito. Em Maio World Theatre Season participa do de Londres representando com a sua companhia “Napoli Milionaria”. Recebe na Academia dei Lincei, “Premio Internazionale o ”. Feltrinelli

“Gil ” e, no mesmo ano, n Old Vic é 1973. Encena esami non finiscono mai o de Londres “Sabato domenica e lunedí” com direção de Franco Zefirelli e representada ção de Laurence Oliver. interpreta

“Gil esami non finiscono mai” têm os sintomas de um 1974. Enquanto representava íaco e submete ção de um pace colapso card -se a uma cirurgia para instala -maker. ções da peça. Mesmo assim continua as apresenta

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 302

ários trabalhos para a televisão inaugura o “Festival dei due mondi” 1977. Depois de v írica “Napoli milionaria” composta por Nino Rota. Na de Spoleto com a opera l Honoris causa universidade de Birmingham recebe o diploma .

ça e recebe pela universidade La Sapienza 1980. Abre a escola de dramaturgia de Floren Honoris Causa de Roma o diploma em letras.

çam no teatro La Pergola ça as representações da companh 1981. Come de Floren ia do La Sapienza é dada a cátedra de filho Luca De Filippo. Na universidade de Roma lhe É nomeado senador vitalício. dramaturgia.

érie de recitais com Carmelo Bene na Itália e no exterior cujo 1982. Participa de uma s é destinado aos garotos dos ref órios Filangeri ápoles e Fornelli lucro ormat de N de Bari.

ções de “Bene mio e core mio”, para a companhia de , 1983. Cuida das dire “Tre cazune fortunate” e “Nu turco napoletano” para a companhia de Luca De Filippo. “ ” de Shakespeare. Traduz para o dialeto napolitano A tempestade

“Cuore” de Luigi Comencini. Recebe o prêmio Taormina-Arte 1984. Participa do filme “Una vita per il teatro”. Falece em Roma em 31 de outubro.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 303

Elenco obras teatrais.

Farmacia di turno ato único , 1920. Uomo e galantuomo Ho fato il guaio? Riparerò ês atos, 1922. , titulo original: !, tr Ditegli sempre di sì . Dois atos, 1927. Filosoficamente único, 1928. ato Sik-Sik, l'artefice magico, único, 1929. ato Quei figuri di trêsnt'anni fa, úlo original: La bisca, único, 1929. tit ato È arrivato "o trêsntuno"!, ónimo Tricot, revista, 1930. com o pseud Natale em casa Cupiello, único, depois ampliado para três atos, 1931. ato Ogni anno punto e da capo emedito único, 1931. , ato I morti non fanno paura úlo original: Requie all'anema soia único, 1932. , tit , ato L'ultimo bottone, único, 1932. ato La voce del padrone único, 1932. , ato Una bella trovata, único, 1932. ato Gennareniello, único, 1932. ato Noi siamo navigatori, único, 1932. ato Il thè delle cemque único, 1932. , ato Cuoco della mala cucema único, 1932. , ato Il dono di Natale único, 1932. , ato Parlate al portiere, dois atos, 1933. Três mesi dopo único, 1934. , ato Quemto piano ti saluto!, único, 1934. ato Uno coi capelli bianchi ês atos, 1935. , tr Occhio alle ragazze único, 1936. , ato L'abito nuovo, ês atos, 1936. tr Che scemenza!, único, 1937. ato Pericolosamente único, 1938. , ato La parte di Amleto, único, 1940. ato Basta il succo di limone, revista em dois tempos, 1940. Non ti pago!, ês atos, 1940. tr Io, l'erede, ês atos, 1942. tr La fortuna con la effe maiuscola ês atos, 1942. , tr Napoli milionaria, ês atos, 1945. tr

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 304

Questi fantasmi!, ês atos, 1946. tr Filumena Marturano ês atos, 1946. , tr Le bugie con le gambe lunghe ês atos, 1947. , tr La grande magia, ês atos, 1948. tr Le voci di dentro ês atos, , tr 1948. La paura numero uno ês atos, 1950. , tr Amicizia único 1952. , ato Mia famiglia, ês atos, 1955. tr Bene mio e core mio ês atos, 1955. , tr De Pretore Vemcenzo , em duas partes, 1957. Il figlio di Pulcemella, ês atos, 1958. tr Dolore sotto chiave, único, ato 1958. Sabato, domenica e lunedì, ês atos, 1959. tr Il semdaco del Rione Sanità, ês atos, 1960. tr Peppemo Girella, édia para televisão em seis atos, 1963. com Tommaso d'Amalfi, édia em dois atos, 1963. com L'arte della commedia, ólogo mais de dois atos, 19 pr 64. Il cilemdro, único, 1965. ato Il contrato, ês atos, 1967. tr Il monumento, ês atos, 1970. tr Gli esami non femiscono mai ólogo e três atos, 1973. , pr Napoli milionaria, ópera lírica em três atos, 1977.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 305

Film ografia.

“Tre uomini in frack”, direção 1932 de Mario Bonnard. Interpretes: Tito Schipa, Eduardo De Filippo (Gilberto, l'impresario), Peppino De … Filippo, Assia Noris, Maria Wronska, Milly, Camillo Pilotto

“Quei due”, direção de Gennaro Righelli 1935 è parcialmente inspirado do ato único Tema e enredo de Eduardo De Filippo. (Il filme de Eduardo Sik-Sik, l'artefice magico). Interpretes: Eduardo De Filippo (Sik-Sik), , Assia Noris, Maurizio … D'Ancora, Lamberto Picasso, Luigi Almirante,

“Il cappello a tre punte”, ção de Mario Camerini. dire Interpretes: Eduardo De Filippo (don Teofilo, o governador), Peppino De Filippo, Leda … Gloria, Dina Perbellini, Cesarino Barbetti, Enrico Viarisio, Arturo Falconi, Tina Pica

“Sono stato io!”, direção de Raffaello Mataraz 1937 zo. Interpretes: Eduardo De Filippo (Giovannino Apicella), Peppino De Filippo, Alida … Valli, Titina De Filippo, Isa Pola, Pietro Carloni

“L'amor mio non muore”, direção de Giuseppe Amato 1938 Enredo de Eduardo Peppino e Titina De Filippo, Raffaello Matarazzo Interpretes: Eduardo De Filippo (Lorenzo), Peppino De Filippo, Alida Valli, Titina De … Filippo

“Il marchese de Ruvolito”, direção de Raffaello Matarazzo. 1939 Enredo de Eduardo De Filippo, Ernesto Grassi, Raffaello Matarazzo ês de Ruvolito/o professor Bousquez), Interpretes: Eduardo De Filippo (o marqu … Peppino De Filippo, Rosina Anselmi, Angelo Pelliccioni, Leda Gloria, Tina Pica

“In campagna è caduta una stella”, direção de Eduardo De Filippo.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 306

édia de Peppino De Filippo A Cop è caduta una stella. Enredo de Inspi rado na com erchia úsicas de Eduardo De Filippo, Peppino De Filippo, Riccardo Freda, Ernesto Grassi. M Cesare Andrea Bixio. Interpretes: Eduardo De Filippo (Pasquale Montuori), Peppino De Filippo, Rosina … Lawrence, Dolores Palumbo, Ruggero Capodaglio

“Il sogno de tutti”, direção de Oreste Biancoli e Laszlo Kish. 1940 Interpretes: Lia Marini, Paolo Bonecchi, , Gino Cervi, Cesco Baseggio, … Eduardo De Filippo (o professor), Peppino De Filippo, Dina Galli,

“A che servono questi quattrini?”, direção de Esodo Pratelli. 1942 Interpretes: Eduardo De Filippo (o professor Parascandolo), Peppino De Filippo, Clelia … Matania, Paolo Stoppa, Enzo Petito

“Non ti pago!”, direção de .

Interpretes: Eduardo De Filippo (dom Ferdinando Quagliuolo), Titina De Filippo (sua mulher), Peppino De Filippo (Procopio Bertolini), Vanna Vanni, Giorgio De Rege, … Paolo Stoppa

“Casanova farebbe così”, direção de Carlo Ludovico Bragaglia.

Interpretes: Eduardo De Filippo (dom Ferdinando Cacciuolo), Peppino De Filippo, … Clelia Matania, , Giorgio De Rege,

“Non mi muovo!”, direção de Giorgio C. Simonelli 1943 édia de Diego Petriccione 'O quatto 'e maggio) (inspirado na com Enredo de Eduardo De Filippo Interpretes: Eduardo de Filippo (Carlo Mezzetti), Peppino De Filippo, Titina De Filippo, … Vanna Varni, Mino Doro, Renao Cialente

“Il fidanzato di mia moglie”, direção de Carlo Ludovico Bragaglia.

… e com Interpretes: Vera Carmi, Leonardo Cortese, Aroldo Tieri, Sergio Tofano Eduardo De Filippo (empregado municipal)

“Ti conosco, mascherina!”, direção de Eduardo De Filippo. 1944

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 307

édia de Eduardo Scarpetta Il romanzo de un farmacista povero (1882), Inspi rado na com ção de Eduardo De Filippo. Enredo adapta de Alessandro De Stefani. Interpretes: Lida Baarova, Eduardo De Filippo (Carmine, criado), Peppino De Filippo, … Enzo Gainotti, Titina De Filippo, Paolo Stoppa

“La vita ricomincia”, direção de Mario Mattoli. 1945 Interpretes: Alida Valli, Fosco Giachetti, Eduardo De Filippo (o professor), Carlo … Romano, Maria Donati

“Uno tra la folla”, direção de Ennio Cerlesi e Piero Tellini. 1946 Interpretes: Eduardo De Filippo (Paolo Bianchi), Titina De Filippo, Adriana, Benetti, … Enzo Fiermonte, Carlo Campanini, Enrico Viarisio

“Assunta Spina”, direção de Mario Mattoliù 1948 ônimo de Salvatore de Giacomo) (inspirado no drama hom ção de Gino Capriolo) Enredo de Eduardo De Filippo (com a colabora Interpretes: Anna Magnani, Eduardo de Filippo (Michele Boccadifuoco), Antonio é… Centa, Titina De Filippo, Aldo Giuffr

“Campane a martello”, direção de . 1949 … Interpretes: , Yvonne Sanson, Eduardo De Filippo (Dom Andrea)

“Yvonne la Nuit”, direção de Giuseppe Amato.

ò, Frank Latimore, Giulio Stival, Eduardo De Filippo (o Interpretes: , Tot à, John Strange, … advogado Rubini), Gino Cervi, Arnoldo Fo

“Napoli milionaria”, direção de Eduardo De Filippo. 1950 édia homônima de Eduardo. Enredo de Piero Tellini, Edu Dalla com ardo De Filippo, úsicas de Nino Rota. Produzido por Dino De Laurentiis Amedeo Majuri. M -Eduardo De Filippo. ò, Interpretes: Eduardo De Filippo (Gennaro Jovine), Leda Gloria, Delia Scala, Tot é, Giacomo Titina De Filippo, Carlo Ninchi, Michael Tor, Mario Soldati, Aldo Giuffr é Rondinella, Pietro Carloni, Carlo Giuffr

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 308

“Cameriera bella presenza offresi…”, direção de Giorgio Pastina. 1951 Interpretes: Elsa Merlini, Gino Cervi, Peppino De Filippo, Delia Scala, Titina De Filippo, , Vittorio De Sica, Isa Miranda, Milly Vitale, Aroldo Tieri, ática),… Alberto Sordi, Eduardo De Filippo (Raffaele, professor de matem

“Porca miseria!”, direção de Giorgio Bianchi

Tema de Eduardo de Filippo (remake do filme Quei due de Gennaro Righelli)

“Filumena ”, direção de Eduardo De Filippo. Marturano édia homônima de Eduardo. Dalla com Enredo de Eduardo De Filippo, Piero Tellini. úsicas de Nino Rota. Produzido por Luigi De Laurentiis para a Arco Filme. M Interpretes: Titina De Filippo, Eduardo De Filippo (Domenco Soriano), Tamara Lees, é, Luigi De Filippo,… Tina Pica, Carlo Pennetti, Aldo Giuffr

“Le ragazze di piazza di Spagna”, direção de Luciano Emmer. 1952 è, Cosetta Greco, Liliana Bonfatti, Ave Ninchi, Leda Gloria, Interpretes: Lucia Bos … e com Renato Salvatori, , Giorgio Bassani, Galeazzo Benti, Eduardo De Filippo (o senhor Vittorio).

“Marito e moglie”, direção de Eduardo De Filippo.

ódios, o primeiro inspirado na novela de Guy De Maupassant Toine, Filme em dois epis único de Eduardo Gennareniello. Enredo de Eduardo De Filippo, o segundo do ato úsicas de Nino Rota. Produzido por Filme Costellazione. Diego Fabbri, Turi Vasile. M ódio) Eduardo De Filippo (Dom Matteo Cuomo), Tina Interpretes: (primeiro epis …; (segundo episódio) Eduar Pica, do De Filippo (dom Gennaro Imparato), Titina De … Filippo, Tina Pica,

“I sette peccati capitali”, direção de Eduardo De Filippo.

a episodi de cui Eduardo ha diretto il primo Avarizia e ira, inspirado na novela Filme Acte de probitè de é Bazin. Enre Herv do de Eduardo De Filippo e Charles Spaak. Produzido por Filme Costellazione. ódio) Eduardo (Eduardo Germini, professore de clarino), Interpretes: (primeiro epis Paolo Stoppa, Isa Miranda.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 309

“Cinque poveri in automobile”, direção de Mario Mattoli

Scenaggiatura de Eduardo De Filippo, Titina De Filippo, , Ruggero Maccari, , Steno, Cesare Zavattini í), Aldo Fabrizi, Titina De Interpretes: Eduardo De Filippo (Eduardo Moschettone, gar è, Isa Barziz à, Raimondo Vianello, Filippo, , Aldo Giuffr za, Arnoldo Fo … Luigi Cimara, Pietro Carloni,

“La macchina ammazzacattivi”, direção de Roberto Rossellini

Tema de Eduardo De Filippo, Fabrizio Sarazani

“Ragazze da marito”, direção de Eduardo De Filippo.

úsicas Tema de Steno, Age e Scarpelli. Enredo Age, Scarpelli ed Eduardo De Filippo. M de Nino Rota. Produzido por Domenico Forges Davanzati. Interpretes: Eduardo De Filippo, Titina De Filippo, Peppino De Filippo, Anna Maria … Ferrero, Delia Scala, Carlo Campanini,

“Un l ”, direção de Domenico Paolella adro in Paradiso Tema livremente inspirado no poema de Eduardo De Filippo, Vincenzo De Pretore

“Napoletani a Milano”, direção de Eduardo De Filippo. 1953 úsicas de Ren Tema e enredo de Eduardo De Filippo, Age e Scarpelli. M zo Rossellini. Produzido por Virtus-Volonteri. Interpretes: Eduardo De Filippo (Salvatore Aianello, o "Sindaco"), , … frank Latimore, Vittorio Sanipoli,

“Traviata '53”, direção de Vittorio Cottafavi.

…; Interpretes: Barbara Laage, Armando Francioli, Gabrielle Dorziat, Marcello Giorda, e com Eduardo De Filippo

“Villa Borghese”, direção de Gianni Franciolini.

ódio) Eduardo de Filippo(Donato Ventrella), Margherita Interpretes: (quarto epis … Antuori, Leda Gloria,

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 310

“Cento anni d' ” (filme a episodi), direção de Lionello De Felice 1954 amore Enredo de Giorgio Prosperi, Lionello De Felice, Leo Benvenuti, Oreste Biancoli, Eduardo De Filippo, Franco Brusati, Suso Cecchi D'Amico, Alba De Cespedes, Giuseppe Marotta, Vittorio Nino Novarese, Guido Rocca, Pietro Paolo Trompeo, Fabrizio Sarazani, Vincenzo Talarico, Gino Visentini, Riccardo Redi, Serge Veber, Fabio Rinaudo ódio) Eduardo De Filippo (o soldado Vincenzo Pagliero), Interpretes: (terceiro epis … Angiola Faranda, Titina De Filippo,

“T ” (filme em episódios), direção de Alessandro Blasetti empi nostri é Puget, Age e Scarpelli, Enredo de Vasco Pratolini, Giuseppe Marotta, Claude Andr Suso Cecchi D'Amico, Ennio Flaiano, Giorgio Bassani, Alessandro Blasetti, Alessandro Continenza, Eduardo De Filippo ódio) Vittorio De Sica, Eduardo De Filippo (o controlador Interpretes: (quinto epis … Amedeo Stigliano), Maria Fiore, Vittorio Caprioli,

“L'oro de Napoli”, direção de Vittorio De Sica.

ódio) Eduardo De Filippo (don Ersi Interpretes: (sesto epis lio Miccio), Tina Pica, Gianni … Crosio, Nino Imparato,

ção de Luigi Comencini Pane, amore e gelosia, dire Enredo de Ettore Maria Margadonna, Luigi Comencini, Eduardo De Filippo, Vincenzo Talarico

“Questi fantasmi!”, direção de Eduardo De Filippo.

édia homônima de Eduardo. Inspirado na com Enredo de Eduardo De Filippo, Giuseppe Marotta, Mario Soldati. Produzido por Eduardo De Filippo para a San Ferdinando Filme.

“Cortile”, direção de Antonio Petrucci. 1956 Interpretes: Georges Poujouly, Eduardo De Filippo (o senhor Luigi, tocador ambulante), … Peppino De Filippo, ,

“L'uomo dai calzoni corti” 1957

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 311

“Fortunella”, direção de Eduardo De Filippo. 1958 Tema e enredo de Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli ed Eduardo De Filippo. úsicas de Nino Rota. Produzido por Dino De Laurentiis Cinematografica. M Interpretes: Giulietta Masina, Alberto Sordi, Paul Douglas, , Carlo …; e com Eduardo De Filippo (o cavaleiro Cesare Dapporto, Carlo Delle Piane, ômico da Mattaroni, capoc "Tespi viaggiante").

“Vento de passione”, direção de Richard Wilson.

… Interpretes. Esther Williams, Jeff Chandler, Eduardo De Filippo (Urbano),

“L'amore più bello”, direção de Glauco Pellegrini.

“puparo”), Interpretes: Edoardo Nevola, Alida Valli, Eduardo De Filippo (Gennaro, o … Francisco Rabal, Memmo Carotenuto,

“Sogno de una notte de mezza sbornia”, direção de Eduardo De Filippo. 1959 ônimo espetáculo inspirado de uma comédia de Athos Setti, L'agonia Inspirada no hom de schizzo, adaptada em napolitano por Eduardo. Produzido por Gilberto Carbone para a Titanus. … Interpretes: Eduardo De Filippo (Pasquale Grifone), , Pietro De Vico,

“Ferdinando I Re de Napoli”, direção de Gianni Franciolini.

Interpretes: Peppino De Filippo, Eduardo De Filippo (Pulcinella), Titina De Filippo, … Vittorio De Sica, Aldo Fabrizi, Marcello Mastroianni, Renato Rascel,

“Tutti a casa”, direção de Luigi Comencini. 1960 Alberto Sordi, Serge Reggiani, Martin Balsam, Claudio Gora, Mario Feliciani, Carla …; e com Eduardo De Filippo (o pai de Alberto) Gravina,

“Fantasmi a Roma”, direção de Antonio Pietrangeli. 1961 Interpretes: Marcello Mastroianni, , , Eduardo De Filippo ípe Annibale de Roviano),… (o princ

“Ieri, og ” (filme em episódios), direção de Vittorio De Sica 1963 gi e domani

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 312

Tema de Eduardo de Filippo, Alberto Moravia, Cesare Zavattini. Enredo de Eduardo De Filippo, Isabella Quarantotti, Cesare Zavattini, Billa Billa Zanuso

“Oggi, domani, dopodomani”, direção de Eduardo De Filippo. 1965 ódios em que Eduardo dirigiu o segundo, L'ora de punta, inspirado no ato Filme em epis único de Eduardo Pericolosamente, ovvero San Carlino 1900… e tanti. Enredo de úsicas de Nino Rota. Eduardo De Filippo e Isabella Quarantotti. M Produzido por Carlo Ponti para a Champion (Roma) - Les Filmes Concordia (Parigi).

“Racconti a due piazze” (filme em episódios) Episódio "Morire per vivere", 1966 ção de Gianni Puccini. Tema de Eduardo De Filippo dire

“Spara forte, più forte…Non ca ’, direção de Eduardo De Filippo. pisco! édia Le voci de dentro de Eduardo De Filippo. Enredo de Eduardo De Filippo e Da com úsicas de Nino Rota. Suso Cecchi D'Amico. M Produzido por Pietro Notarianni para a Master Filme. Interpretes: Marcello Mastroianni, Raquel Welch, Leopoldo Trieste, , …; e com Eduardo De Filippo (zi' Nicola) Franco Parenti,

“Cuore”, (filme televisivo), direção de Luigi Comencini. 1984 Interpretes: Johnny Dorelli, Giuliana De Sio, Bernard Blier, Andrea Ferreol, Lina Sastri, …; e com a participação de Eduardo De Filippo (o maéstro Crosetti)

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 313

EDUARDO DE FILIPPO

FILUMENA MARTURANO Versione in Italiano

EDUARDO DE FILIPPO

FILUMENA MARTURANO (1946)

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 314

Personaggi:

Filumena Marturano Domenico Soriano, ricco dolcere Alfredo Amoroso, 'o cucchieriello Rosalia Solimene, confidente de Filumena Diana, Giovane "fiamma" di Soriano Lucia, cameriera Umberto, studente Riccardo, commerciante Michele, operaio L' avvocato Nocella Teresina, sarta Primo Facchino Secondo Facchino

ATTO PRIMO

In casa Soriano. Spaziosa stanza da pranzo in un deciso "stile 900"sfarzosamente arredata, con gusto, ò, alquanto medio. Qualche quadro e qualche ninnolo, che ricordano teneramente per l'epoca umbertina e che, evidentemente, un tempo completarono l'arredamento della casa paterna di Domenico Soriano, disposti con cura alle pareti e sui mobili, stridono è quella che violentemente con tutto il resto. La porta, in prima quinta a sinistra,

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 315

intro duce nella camera da letto. In seconda quinta, sempre a sinistra, taglia l'angolo della stanza un grande telaio a vetri che lascia vedere un ampio terrazzo fiorito, protetto da una tenda di tela a strisce colorate. In fondo a destra, la porta di ingresso. A destra, la stanza si spazia inoltrandosi profondamente in quinta e lasciando scorgere, attraverso di à di una tenda serica, lo "studio" del padrone di casa. un grande vano e l'apertura a met à preferito lo "stile 900" Anche per l'arredamento del suo "studio" Domenico Soriano h . È di questo stile anche il mobile vetrinato che protegge e mette in mostra una grande à di coppe di vario metallo e di differenti dimensioni e forme: "Primi quantit í suoi cavalli da corsa. Due "bandiere" incrociate sulla parete di premi"guadagnati da fronte, dietro uno scrittoio, testimoniano le vittorie conseguite alla festa di Montevergine. Non un libro, non un giornale, non una carta. Quell'angolo, che soltanto è ordinato e lindo, ma senza vita. Il tavolo Domenico Soriano osa chiamare "lo studio", è apparecchiato per due coperti, con un certo gusto ed centrale, nella stanza da pranzo, anche ricercatezza: non vi manca un "centro" di rose rosse freschissime. Primavera È l'imbrunire. Le ultime luci del giorno dileguano per il terraz inoltrata: quasi estate. zo. In piedi, quasi sulla soglia della camera da letto, le braccia conserte, in atto di sfida, sta Filumena Marturano. Indossa una candida e lunga camicia da notte. Capelli in disordine e ravviati in fretta. Piedi nudi nelle pantofole scendiletto. I tratti del volto di questa à un aspetto donna sono tormentati: segno di un passato di lotte e di tristezze. Non h ò nascondere la sua origine plebea: non lo vorrebbe grossolano, Filumena, ma non pu è sempre franco e nemmeno. I suoi gesti sono larghi e aperti; il tono della sua voce deciso, da donna cosciente, ricca d' intelligenza istintiva e di forza morale, da donna che à che conosce le leggi della vita a modo suo, e a modo suo le affronta. Non h à dagli occhi quantarantotto anni, denunziti da qualque filo d'argento alle tempie, non gi è pallida, che hanno conservato la vivezza giovanile del "nero" napolitano. Ella è fatta protagonista, quella cioè di lasciarsi cadaverica, un po' per la finzione di cui si à ritenere prossima alla fine, un po' per la bufera che, ormai, inevitabilmente dovr à paura: è in atteggiamento, anzi, da belva ferita, pronta a affrontare. Ma ellla non h spicaccare il salto sull' avversario. Nell' angolo opposto, precisamente in prima quinta a destra, Domenico Soriano affronta à di colui il quale non vede limiti né ostacoli, pur di far la donna con la decisa volont trionfare la sua sacrosanta ragione, pur di spezzare l'infamia e mettere a nudo, di fronte al mondo, la bassezza con cui fu possibile ingannarlo. Si sente offeso, oltraggiato, ò né intende confessare. Il colpito in qualque cosa, secondo lui, di sacro, che non pu fatto, poi, che egli possa apparire un vinto al cospetto della gente, gli sconvolge È un uomo robusto, sano, sui addirittura il cervello, gli fa perdere i lumi della ragione. cinquant' anni. Cinquant'anni ben vissuti. Gli agi e la cospicua posizione finanziaria lo hanno conservato di spirito acceso e di aspetto giovanile. La "buonanima" di suo padre, ú ricchi e furbi dolcieri di napoli, che aveva fabbric Raimondo Soriano, uno tra i pi he ai è negozi accorsatissimi a Toledo e a Foria, non aveva occhi Vergini ed a Forcella, nonch che per lui. I capricci di don

í"), non Domenico (da giovanotto era conosciuto come: " 'O Signurino don Mim é per la loro stravaganza, né pe à . Fecero epoca; si avevano limiti, n r la loro originalit è capace di trascorrere raccontano ancora a Napoli. Appassionato amatore di cavalli, ú mezze giornate a rievocare con amici le prodezze agonistiche, le "gesta" dei pi è lí, in importanti esemplari equini che passarono per le sue nutrite scuderie. Ora pantalone e giacca da pigiama, sommariamente abbottonati, pallido e convulso di fronte è stata trattata da lui come a Filumena, a quella donna "da niente" che, per tanti anni, una schiava e che ora lo tiene in pugno, per schiacciarlo come un pulcino.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 316

A sin istra della stanza, nell' angolo, quasi presso il terrazzo, si scorge, in piedi, la mite ed umile figura di donna Rosalia Solimene. Ha settantacinque anni. Il colore dei suoi è incerto: piú deciso per il bianco ch capelli e per il grigio. Indossa un vestito scuro, à. Abitava in un "basso'', al vico "tinta morta" . Un po' curva, ma ancora piena di vitalit San Liborio, di fronte a quello abitato dalla famiglia Marturano, di cui conosce "vita, ú tenera età, Filumena; le fu vicina nei momenti morte e miracoli". Conobbe, fin dalla pi ú tristi della sua esitenza, senza mai lesinarle quelle parole di conforto, di pi comprensione, di tenerezza che soltanto le nostre donne del popolo sanno prodigare e che sono un vero balsano al cuore di chi soffre. Ella segue, ansiosa, i movimenti di Domenico, senza perderlo d'occhio un istante. Conosce, per dura esperienza, gli effetti à di quell'uolo, per cui, pervasa dal terrore, non batte ciglio, come dell'irascibilit impietrita. È un Nel quarto angolo della stanza si scorge un altro personaggio: Alfredo Amoroso. simpatico uomo sui sessant' anni, di strutura solida, nerboruto, vigoroso. Dai compagni “´O cucchieriello”. Era bravo, infatti, come guidatore gli fu appioppato il nomignolo di di cavalli, per cui fu assunto da Domenico, ed al suo fianco rimase in seguito, ricoprendo il ruolo i uomo di fatica, capro espiatorio, ruffiano, amico. Egli riassume tutto il passato del suo padrone. Basta osservare il modo com cui guarda Domenico, per comprendere fino a qual punto gli sia rimasto fedele e devoto, con la massima abnegazione. Indossa una giacca grigia un po' "risicata" ma di taglio perfetto, pantalone “scorz' e nucella" messo sul capo un po' a sghembo. Ostenta, di altro colore e berretto a È in atteggiamento di attesa. È, forse, il piú al centro del panciotto, una catena d'oro. sereno di tutti. Conosce il suo padrone. Quante volte le ha buscate per lui! Quando va su í troviamo i quattro personaggi, in questa posizione da "quattro cantoni il sipario, cos ". í, per divertirsi come dei bimbi; ed è la vita invece che li ha Sembra che stiano l í, l'uno contro l'altro. scharaventati cos Pausa lunga.

1. DOMENICO (shiaffeggiandosi ripetutamente con veemenza ed esasperazione) Pazzo, pazzo, pazzo! Ciento vote, mille vote!

2. ALFREDO (con un timido gesto interviene) Ma che ffacite?

à preso da una Rosalia si avvicina a Filumena e le pone sulle spalle uno scialle che avr sedia sul fondo.

3. DOMENICO Io songo n' ommo 'e niente! Io m'aggia mettere nnanz' 'o specchio e nun à maie 'e me sputà nfaccia. (Con un lampo di odio negli occhi a m'aggi' 'a stanc Filumena) Vicino a tte aggio iattata 'a vita mia: vinticinc'anne 'e salute, 'e forza, 'e ú cervella, 'e giuvent !

ò? C'ato t'ha da da' Domenico Soria E che ato vu no? Pure 'o riesto 'e sta pelle, che è) Tutti nn'avite fatto chello ch'avite voluto vuie? (Inveendo contro tutti, come fuori di s hanno fatto chello che hanno vuluto! (Contro se stesso con disprezzo) Mentre tu te ú Cristo sciso nterra, tutte qua credive Gies nte facevano chello ca vulevano Domenico d' 'a pella toia! (Mostrando un po' tutti, con atto d'accusa) Tu, tu, tu...'o vico, 'o quartiere, Napule, 'o munno... Tutte quante m'hanno piglilato pe' fesso, sempe! (Il pesiero del tiro giuocatogli da Filumena gli torna alla mente d'improvviso e gli fa ribollire il sangue) Io à! Già, me l'avev' 'a aspettà! Sulamente na femmena comm' a tte, nun ce pozzo penz à addò si' arrivata tu! Nun te putive smentí! Vinticinnc' annne nun te puteva arriv

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 317

à! Ma nun te c putev ano cagn redere ch' he vinciuto 'o punto: 'o punto nun ll'he vinciuto! Io t'accido e te pavo tre sorde! Na femmena comm' a tte tanto se pava: tre sorde! E a èdeco,'o prèvete... (mostrando Rosalia che tutte chille ca t'hanno tenuto mano: 'o mi è tranquillo, con aria minacciosa) ... sti duie schifuse, ca trasale e Alfredo che, invece, à pe' tant'anne... v'accido a tutte quante!... (Risoluto)'O rivòlvere... ll'aggio dato a magn àteme 'o rivòlvere! D

à. Comme 4. ALFREDO (calmo) 'E ppurtaie tutt' e dduie addu l'armiere p' 'e ffa' pulezz ísteve vuie. dic

ícere afforza! 5. DOMENICO Quanta cose aggio ditto io... e quante me n'hanno fatto d è fernuta, 'o vvi'! Me so' scetato, aggio capito! ... (A Filumena) Tu te ne vaie... e Ma mo à ddinto. Nun ce sta si nun te ne vaie tu cu' 'e piede tuoie, overamente morta iesce 'a cc ò peigà a Domenico Soriano. Attacco 'e falzo a tutte legge, nun ce sta Padreterno ca p quante! Ve faccio ji' ngalera 'E denare 'e ttengo e abballammo, Filume'! Te faccio à comme dich' io. Qaunn' aggio fatto s é chi si' stata tu, e 'a copp' a qua' casa te abball ap à, m'hann' 'a da' ragione afforza! E te distruggo, Filume', te distruggo! venette a pigli (Pausa).

6. FILUMENA (niente affatto impressionata, sicura del fatto suo) He fernuto? He 'a ú? dicere niente cchi

à, nun me fido 'e te sèntere! (Basta la 7. DOMENICO (di scatto) Statte zitta, nun parl voce di queila donna per sconvolgerlo).

à ncoppo,'o vvi'? 8. FILUMENA Io quanno t'aggio ditto tutto chello che tengo cc ú nfaccia, e ú! (mostra lo stomaco) nun te guardo cchi 'a voce mia nun 'a siente cchi

9. DOMENICO (con disprezzo) Malafemmena! Malafemmena si' stata, e tale si'rimasta!

è bisogno d' 'o dícere accussí, comm' 'o ddice tu? Ched' è, na 10. FILUMENA E c' à? Nun 'o ssanno tutte quante, io chi so' stat ò stevo? Però, addò stev' io, ce nuvit a, e add é t'avev' 'a trattà 'e venive tu... Tu nzieme all' ate! E comm' all' ate t'aggio trattato. Pecch n' ata manera, a te? Nun songo tutte eguele ll' uommene? Quello che ho fatto, me lo à nun me mòveno manco 'e piango io e la mia coscienza. Mo te so' mugliera. E 'a cc carabiniere!

11. DOMENICO Mugliera? Ma mugliera a chi? Filume', tu me stisse danno 'e úmmere, stasera? A chi te si' spusata? n

12. FILUMENA (fredda) A te!

è palese. 13. DOMENICO Ma tu si' pazza! L'inganno Tengo 'e testimone. (Mostra Alfredo e Rosalia).

14. ROSALIA (pronta) Io nun saccio niente... (Non vuole essere tirata in ballo in una è coricata, s'è aggravata questione tanto grave) Io saccio sulamente ca donna Filumena s' è messa in agonia. Niente e si m'ha ditto e niente aggiu capito.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 318

15. D OMENICO (ad Alfredo) Tu nemmeno saie niente? Tu nemmeno sapevi che l'agonia era una finzione?

16. ALFREDO Don Dummi', p'ammor' 'a Madonna! Chella, donna Filumena me tene ncopp' 'o stommaco, faceva 'a cunfidenza a me?

èvete?... Il prete, chi m'ha ditto d' 'o ji' a 17. ROSALINA (a Domenico) E 'o pr à? Nun me l'avite ditto vuie? chiamm

é essa... (mostra Filumena) 'o cercava. E io p' 'a fa' cuntenta... 18. DOMENICO Pecch

é nun te pareva overo ca 19. FILUMENA Pecch io me ne ievo all' atu munno. Nun ce stive dint'' e panne, penzanno ca finalmente me te levave 'a tuorno!

èvete, doppo che 20. DOMENICO (dispettoso) Brava! Ll' he capito! E quanno 'o pr è l'único suo aveva parlato cu'te, me dicette: "Sposatela in extremis, povera donna, desiderio; perfezionate questo vincolo con la benedizione del Signore"... io dicette...

È questione 'e n'atu paro 21. FILUMENA ... "Tanto che ce perdo? Chella sta murenno. È rimasto male, don Do d'ore e m' 'a levo 'a tuorno ". (Beffarda) menico, quanno, è ghiuto 'o prèvete, me so' mmenata 'a dint' 'o lietto e ll'aggio ditto: Don appena se n' Dummi'tanti auguri: simmo marito e mugliera! "

è venuta chella resata! (Ne ride ancora) 22. ROSALIA Io aggio fatto chilu zumpo! E m' ú, ma comme à fatta naturale tutta 'a malatia. Gies l'h

àgonia! 23. ALFREDO E pure l

24. DOMENICO Vuie stateve zitte, si no ve metto in agonia a tutti' 'e duie! à di debolezza da parte sua) Nun pò essere, nun pò (Escludendo qualsiasi probabilit essere! (D'un tratto, ricordando un altro persanaggio che, secondo lui, potrebbe essere il èdico? Ma comme, tu si' mièdicco... ! 'A scienza addò è solo responsabile) E 'o mi í? Tu si' mièdico e nun te nàdduone ca chella sta bona, ca te sta facenno ghiuta a fern scemo?

è sbagliato. 25. ALFREDO Forse, secondo me, si

èdico pava! 26. DOMENICO (con disprezzo) Statte zitto, Alfre'. (Deciso) E 'o mi Isso è certo Dio! Pecché isso à stato d'accordo, nun pò essere in buona fede. pava pe' quant' à mangiato, è ov (A Filumena, con malizia) H e'?... Ll' he dato denare...

27. FILUMENA (nauseata) E chesto capisce tu: 'e denare! E cu' 'e denare t'he accattato é tu ire don Mimí tutto chello ca he voluto! Pure a me t'accattaste cu' 'e denara! Pecch Soriano: 'e meglie sarte, 'e meglie cammesare... 'e cavalle tuoie currevano: tu 'e ffacive correre... Ma Filumena Marturano ha fatto correre essa a te! E currive senza ca te à 'o sango a capí comme se n'addunava... E ancora he 'a correre, ancora he ' a iett èd à creduto campa e se prucede 'a galantomo! 'O mi ico nun sapeva niente. Ce h ísso, e ce avev' 'a credere! Qualunque femmena, doppo vinticinc' anne che hà pur passato vicino a te, se mette in agonia. T'aggio fatto 'a serva! (A Rosalia e Alfredo) 'A è vinticinc' anne, e vuie serva ll'aggio fatta p 'o ssapite. Quanno isso parteva pe' se

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 319

à: Londra, Parigge, 'e ccorse, io facevo 'a carabbiniera: d' 'a fabbrica a Furcella, a spass írgene e dint' 'e magazzine a Tuledo e a Furia, pecché si no 'e dipendente chella d' 'e V íeno spugliato v suoie ll'averr ivo! (Imitando un tono ipocrita di Domenico) "Si nun tenesse a te..." "Filume', si' na femmena!" Ll'aggio Purtata 'a casa nnanze meglio 'e na mugliera! Ll'aggio lavate 'e piede! E no mo ca so' vacchia, ma quann'erro figliola. E maie ca me fosse sutenta vicin'a isso apprezzata, ricununciuta, maie! Sempe comm'a na ò mettere for' 'a porta! cammarera c' 'a nu momento all'ato se p

28. DOMENICO E maie ca t'avesse visto sottomessa, che ssaccio? Commpresiva, in fondo, della situazione reale che eisteva tra me e te. Sempe cu'na faccia storta, strafuttente... ca tu dice: "Ma avesse tuorto io?... Ll' avesse fatto quacche cosa?" Avasse visto maie na lagrima dint'a chill'uocchie! Maie! Quant'annne simmo state nzieme, nun ll'aggio vista maie 'e chiagnere!

29. FILUMENA E avev' 'a chiagnere pe' te? Era trppo bello 'o mobile.

30. DOMENICO Lassa sta 'o mobile. Un'anima in pena, senza pace, maie. Una donna í. N'ànema che non piange, non mangia, non dorme. T'avesse visto maie 'e durm dannata, chesto si'.

è 'e durmí, tu? 'A strada d' 'a casa t' 'a 31. FILUMENA E quanno me vulive ved scurdave.'E mmeglie feste, 'e meglie Natale me ll'aggio passate sola comm'a na cana. ò avé! Ma Filumena Saie quanno se chiagne? Quanno se cunnosce 'o bbene e nun se p Marturano bene nun ne cunosce... e quanno se cunosce sulo 'o mmale nun se chiagne. è! Comm' 'A suddisfazione 'e chiagnere, Filumena Marturano, nun l'ha pututa maie av all'ultima femmena m'he trattato, sempe! (A Rosalia e Alfredo, unici testimoni delle à ch sacrosante verit e dice) E nun parlammo 'e quannn'isso era giovane, che uno puteva úrdemo, a cinquantaduie dicere:; " Tene 'e sorde, 'a presenza..." Ma mo all''urdemo all' anne, se retira cu' 'e fazzulette spuorche 'e russetto, ca me fanno schifo ... ( A Rosalia ) ó stan Add no?

32. ROSALINA Stanno cunservate.

à: " È mmeglio ca'e llevo 'a 33. FILUMENA Senza nu poco 'e prudenza, senza penz à, si chella 'e ttrova, e che ffa? Chi è essa? Che diritto miezo... si chella 'e ttrova? " Ma gi tene? E se nzallanisce appriesso a chella...

34. DOMENICO (come colto in fallo reagisce, furente) A chella chi?... A chella chi?

35. FILUMENA (niente affatto intimidita, con maggiore violenza di Domenico) Appriesso a chella schifosa! Che te cride ca nun l'avevo capito? Tu buscie nun ne saie è 'o difetto tuio. Cinquantaduie anne, e se permette 'e se mettere cu' na dicere, e chisto figliola 'e vintiduie! Nun se ne mette scuorno! E mm' 'a mette dint' 'a casa, dicennno ca é isso se credeva overo ca io stevo murenno...( C era l'infermiera... Pecch ome ú tarde 'e n'ora fa, prima ca veneva 'o raccontando una cosa incredibile) E nun cchi èvete pe' ce spusà, se credevano ca io stevo pe'da'll'anema a Dio e nun 'e vvedevo, pr vicin' 'o lietto mio s'abbracciavano e se vasavano! (Con irrefrenabile senso di nausea) Madonna... quanto me faie schifo! E se io stevo morenno overamente, tu chesto avisse

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 320

à, io murevo, e 'a tavola apparicchiata (la indica) pe' isso a chella morta fatto? Gi allerta...

é, tu murive e io nun avev' 'a magnà cchiú? N 36. DOMENICO Ma pecch un m'avev' 'a é? susten

37. FILUMENA Ch'e rrose mmiez' 'a tavula?

38. DOMENICO Ch'e rrose mmiez' 'a tavula!

39. FILUMENA Rosse?

é, nun ero padrone d''e 40. DOMENICO (esasperato) Rosse, verde, paunazze. Ma pecch mmettere? Nun ero padrone 'e me fa piacere ca tu murive?

41. FILUMENA Ma io nun so'morta! (Dispettosa) E nun moro pe' mo, Dummi'.

è il piccolo contrattempo. (Pausa). Ma io nun me faccio 42. DOMENICO E questo é, secondo t capace. Si tu m'he trattato sempre comm'a tutte quante ll'ate, pecch e, à a mme? E se io me so' ll'uommene so' tutte eguale, che te mpurtava 'e te spus à... e mm' 'a sposo, pecché io a nnammurato 'e n'ata femmena e mm' 'a vulevo spus Diana m' 'a sposo, che te ne mporta si tene o nun tene vintiduie anne?

43. FILUMENA (ironica) Quanto me faie ridere! E quanto me faie pena! Ma che me ne mporta ' e te d' 'a figliola che t'ha fatto perdere 'a capa, 'e tutto chello ca me dice? Ma tu te cride overo ca io ll'aggio fatto pe'te? Ma io nun te curo, nun t'aggio maie curato. Na femmena comm'a mme, ll'he ditto tu e mm' 'o stai dicenno 'a vinticinc'anne, se fa 'e cunte. Me sierve... Tu, me sierve! Tu te credive ca doppo vinticinc'anne c'aggiu fatto 'a í, cu'na mano nnanze e n'ata areto? vaiassa vicino a tte, me ne ievo accuss

44. DOMENICO ( con aria trionfante, credendo di aver compresa la ragione recondita ía date? Socondo te, Domenico della beffa di Filumena) 'E denare! E nun te l'avarr ú importanti e seri dolcieri di Soriano, figlio a Raimondo Soriano (borioso) uno dei pi ía penzato a te mettere na casa, e a nun te fa' avé cchiú bisogno 'e Napoli, nun avarr nisciuno?

è 45. FILUMENA (avvilita per l'incomprensione, con disprezzo) Ma statte zitto! Ma possibile ca vuiate uommene nun capite maie niente?... Qua' denare, Dummi'? È n'ata cosa che voglio 'a te... e m' 'a daie! Tengo Astipatille cu bbona salute 'e denare. tre figlie, Dummi'!

Domenico e Alfredo rimangono sbalorditi. Rosalia rimane, invence, impassibile.

46. DOMENICO Tre figlie?! Filume' , ma che staie dicenno?

47. FILUMENA (macchinalmente, ripete) Tengo tre figlie, Dummi'!

48. DOMENICO (smarrito) E... a chi so' figlie?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 321

è sfuggito il timore di Domenico, fredda) A ll' uommene 49. F ILUMENA (a cui non comm' a tte!

50. DOMENICO Filume'... Filume', tu staie pazzianno c' 'o ffuoco! Che vo' dicere: "A ll' uommene comm' a tte"?

é site tutte eguale. 51. FILUMENA Pecch

íveve? 52. DOMENICO (a Rosalia) Vuie 'o ssap

í, chesto 'o ssapevo. 53. ROSALIA Gnors

54. DOMENICO (ad Alfredo) E tu?

55. ALFREDO (pronto per scagionarsi) No. Donna Filunmena mi odia, ve l'ho detto.

à dei fatti, come a se stesso) Tre 56. DOMENICO (non ancora convinto della realt èneno? figlie! (A Filumena) E quante anne t

ú gruosso tene vintisei anne. 57. FILUMENA 'O cchi

58. DOMENICO Vintisei anne?

59. FILUMENA E nun fa' sta faccia! Nun te mettere paura: nun so'figlie a te.

òsceno? Ve parlate, sanno che tu si' 'a 60. DOMENICO (alquanto rinfrancato) E te cun mamma?

61. FILUMENA No. Ma'e vveco sempe e ce parlo.

ò stanno? Che ffann àmpano? 62. DOMENICO Add o? Comme c

63. FILUMENA Cu' 'e denare tuoie!

64. DOMENICO (sorpreso) Ch' 'e denare mieie?

65. FILUMENA Eh, cu' ' e denare tuoie. T'aggio arrubbato! T'arrubbavo 'e denare 'a dint' ' o portafoglio! T'arrubbavo dint' all' uocchie.

66. DOMENICO (con disprezzo) Mariola!

67. FILUMENA (imperterrita) T'aggio arrubbato! Te vennevo 'e vestite, 'e scarpe! E nun te ne si' maie accorto! Chill'aniello c' 'o brillante, t' 'o ricuorde? Te dicette ca ll'avevo perduto: m' 'o vennette. Cu' 'e denare tuoie, aggio crisciuto ' e figlie mieie.

68. DOMENICO (disgustato) Io tenevo 'a mariola dint' 'a casa! Ma che femmena si'tu?

69. FILUMENA (come se non lo avesse ascoltato, continua) Uno tene 'a puteca 'o vicolo appriesso: fa 'o stagnaro.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 322

70. ROSALIA ( alla quale non sembra vero di parlarne, corregge) L'idrauliche...

71. DOMENICO (che non ha capito) Comme?

72. ROSALA (cercando di pronunziare meglio la parola) L'idraulico. Comme se dice: acconcia 'e rubinette, spila 'e ffuntane... (Poi alludendo al secondo figlio) L'altro... è bello! Nu piezz' 'e comme se chiamma? (Ricordando a volo il nome) Riccardo. Quant' guaglione! Sta a Chiaia, tene 'o magazzino dint' 'o purtone 'a nnummero 74, fa 'o cammesaro... le camicie. E tene na bella clientela. Umberto poi...

à. Fa 'o ragiuniere e scrive pure ncopp' 73. FILUMENA ... ha studiato, ha vuluto studi 'e ggiurnale.

74. DOMENICO (Ironico) Ci abbiamo pure lo scrittore in famiglia!

è stata! 75. ROSALIA (esaltando i sentimenti materni di Filumena) E che mamma ch' à maie niente! E io mo nce vo', so' vecchia e , al piú presto Nun ll'ha fatto manc possibile, mi devo trovare davanti alla presenza dell'Ente Supremo, che tutto vede, considera e perdona, e ca chiacchiere nun se ne mmocca... Da quando erano piccoli, in ícole... fasce, nun ll'ha fatto mancare il latte delle form

íneco! 76. DOMENICO ...cu' 'e denare 'e don Dumm

àveve 'e 77. ROSALIA (spontenea, con instintivo senso di giustizia) Vuie 'e ghitt denare!

78. DOMENICO E avev' 'a da' cunto a quaccheduno?

ò, cu' ssalute! Ma manco ve ne site accorto... 79. ROSALIA Gnern

80. FILUMENA (sprezzante) Ma nun 'o date retta! Vuie 'o rispunnite pure?

ó pògnere? 81. DOMENICO (dominando i suoi nervi) Filume', tu afforza me vu í all'impossibile? Ma tu 'o Avimm'asc ccapisce chello c'he fatto? Tu m'he miso in à comm' a n' ommo 'e paglia! Insomma sti tre signure, ca nun 'e condizioni 'e me fa'tratt ccunosco manco pe' prossimo, ca nun saccio 'a do' so' asciute, a nu certo punto me é pen ponno ridere pure nfaccia! Pecch zano: " Va buo', ce stanno 'e denare 'e don íneco''! Dumm

ò, chesto no! E che ne sanno lloro?... 82. ROSALIA (escludendo questa ipotesi) Gnern Donna Filumena ha fatto sempe 'e ccose comme ll'avev' 'a fa': cu' prudenza e cu' 'a capa ncapo. 'O nutaro cunsignaie 'e sorde all'idraulico, quann' arapette 'a puteca 'o òscere... E viculo appriesso, condicendo che una signora ca non si voleva fare accan í facette pure c' 'o cammesaro. E 'o nutaro tiene l'incombenza di passare il mensile accuss à. No, no... voi non c'entrate proprio! a Umberto p' 'o fa studi

83. DOMENICO (amaro) Io aggio pavato sulamente!

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 323

84. F ILUMENA (con uno scatto improvviso) E ll'avev' 'a accidere?... Chesto avev' 'a í, è ove', fa', neh, Dummi'? Ll'avev' 'a accidere comme fanno tant'ati ffemmene? Allora s ía stata bbona? (Incalzando) Rispunne!... E chesto me cunzigliavano allora Filumena sarr à ncoppo... (Allude al lupanare) " A chi aspetti? Ti togli il tutt''e ccumpagne meie 'e ll ía miso 'o penziero! E chi à cu' nu pensiero! " (Cosciente) M' 'avarr avesse pututo camp rimorso 'e chillo? E po', io parlaie c' 'a Madonna. (A Rosalia) 'A madunnella d' 'e rrose, v' 'a ricurdate?

85. ROSALIA Comme, 'a Madonna d' 'e rrose! Chella fa na grazia 'o giorno!

86. FILUMENA (rievocando il suo incontro mistico) Erano 'e tre doppo mezanotte. P' ' à me n'ero iuta 'a sei mise. (Alludendo alla a strada cammenavo io sola. D' 'a casa mia gi à) Era ' a primma vota! E che ffaccio? A chi 'o ddico? sua prima sensazione di maternit Sentevo ncapo a me 'e vvoce d' 'e ccumpagne meie: " A chi aspetti! Ti togli il pensiero! è, cammenannocammenanno, me truvaie Io cunosco a uno molto bravo..." Senza vul í (Punta i dint''o vico mio, nnanz' all'altarino d''a Madonna d''e rrose. L'affruntaie accuss pugni sui fianchi e solleva lo sguardo verso una immaginaria effige, come per parlare é me alla Vergine da donna a donna): "C'aggi' 'a fa'? Tu saie tutto... Saie pure pecch í trovo int' 'o peccato. C'aggi' 'a fa'? " Ma essa zitto, nun rispunneva.(Eccitata) " E accuss è ov ú nun parle e cchiú 'a gente te crede?.. Sto parlanno cu'te! (Con ffaie, e'? Cchi arroganza vibrante) Rispunne!" ( Rifacendo macchinalmente il tono di voce di qualcuno ò da ignota provenienza) 'E figlie so' a lei sconosciuto che, in quel momento, parl í, ferma. (S'irrigidisce fissando l'effige ffiglie!" Me gelaie. Rummanette accuss ía visto o capito 'a do' veneva ' a voce: 'a so, 'a immaginaria) Forse si m'avutavo avarr é proprio a chistu mumento? Che ne sape 'a copp' a na fenesta... Ma penzaie: "E pecch È stata Essa, allora... È stata 'a Madonna! S'è vista affruntata a ggente d' 'e fatte mieie? à... Ma, allora, ' a Madonna pe' parlà se serve 'e nuie... E tu per tu, e ha vuluto parl è stata pur'essa ca m' 'ha ditto, pe quanno m'hanno ditto: "Ti togli il pensiero!", ' me mettere 'a prova!... E nun saccio si fuie io o 'a Madonna d' 'e rrose ca facette c' 'a capa í! (Fa un cenno col capo come dire: "Sí, hai compreso") 'E figlie so' ffiglie! "E accuss ò so' rimasta tant'anne vicino a te ... Pe' lloro ag giuraie. Ca perci gio suppurtato tutto chello ca m' he fatto e comme m'he trattato! E quanno chillu giovane se nnammuraie 'e à, te ricuorde? Stevemo già nzieme 'a cinc'anne: tu, ammogliato, me, ca me vuleva spus 'a casa toia, e io a San Putito, dint' 'a chelli tre cammere e cucina... 'a primmma casarella évamo, finalmente, me levaste 'a ca me mettiste quanno, doppo quatt'anne ca ce cunusc à ncoppo! (Allude al lupanare) E mme vuleva spusà, 'o povero giovane... Ma tu faciste ll à. Si chisto te 'o geluso. Te tengo dint' 'e rrecchie: "Io so' ammogliato, nun te pozzo spus é sposa..." E te mettiste a chiagnere. Pecch

saie chiagnere, tu ...Tutt' 'o cuntrario 'e me: tu, saie chiagnere! E io dicette: "Va buo', è 'o destino mio! Dummineco me vo' bbene, cu tutt' 'a bbona voluntà ò chisto nun me p à; è ammogliato.. E ghiammo nnanze a San Putino dint` `e tre cammere!" Ma, po', spus doppo duie anne, tua moglie murette. 'O tiempo passava... e io sempre a San Putino. E È giovane, nun se vo' attaccà pe' tutt' 'a vita cu n'ata femmena. à 'o pennzavo: " Venarr mumento ca se calma, e cunsidera 'e sacrificie c'aggiu fatto! "E aspettavo. E quann'io, 'e è spusato?... Chella figliola ca steva 'e rimpetto a me vvote, dicevo: "Dummi', saie chi s' dint' 'e fenestelle...", tu redive, te mettive a ridere, tale e quale comm'a quanno saglive, ò stevo io, primma 'e San Putito. Chella resata ca nun è cull'amice tuoie, ncopp' add

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 324

è sempe 'a stessa, overa . Chella resata c'accumencia 'a miez' 'e scale... Chella resata ca ía acciso, quanno redi í! (Paziente) E aspettammo. E chiunque 'a fa! T'avarr ve accuss aggio aspettato vinticinc'anne! E aspettammo 'e grazie 'e don Dummineco! Oramaie è viecchio! Addò? Ca pozza iettà 'o sango, chillo se crede tene cinquantaduie anne: sempe nu giuvinuttiello! Corre appriesso 'e nennelle, se nfessisce, porta 'e fazzulette élla mo dint' 'a spuorche 'e russetto, m' 'a mette dint' 'a casa ! (Minacciosa) Miettamm èvete ce casa, mo ca te so' mugliera. Te ne caccio a te e a essa. Ce simmo spusate. 'O pr è casa mia! ha spusate. Chesta

Campanello interno. Alfredo esce per il fondo a destra.

87. DOMENICO Casa toia? (Ride forzatamente ironico) Mo me staie facenno ridere tu a me !

88. FILUMENA (invogliandolo, con perfidia) E ride... Ride! Ca, oramaie, me fa é, comm' a tanno, nun saie ridere cchiú. piacere 'e te sentere 'e ridere... Pecch

à dire. Alfredo torna, guarda un po' tutti, preoccupato per quanto dovr

ò? 89. DOMENICO (scorgendolo, sgarbatamente lo apostrofa) Tu che vu

90. ALFREDO Eh... che voglio?... Hanno purtat' 'a cena!

é nun avev' 'a mangià, secondo voi? 91. DOMENICO Ma pecch

92. ALFREDO (come per dire: " io non c'entro") Eh... don Dummi'! (Parlando verso il fondo a destra) Trase!

Entrano due facchini, garzoni di un ristorante, che recano un portavivande e un cesto con la cena.

à. 93. PRIMO FACCHINO (sevizievole, strisciante) Qua sta 'a cena. (All'altro) Miette cc è uno solo (Poggiano a terra il cesto nel punto indicato dal facchino). Signo', il pollastro é è grande e può saziare pure a quattro persone. Tutto quello è perch che avete ordinato à. (Si accinge ad aprire la vivandiera). di prima qualit

94. DOMENICO (fermando il garzone con un gesto irritato) Oini', mo sa' c'he 'a fa'? Te n'he 'a ji'.

í, signo'. (Prende dal cesto un dolce e poggiando 95. PRIMO FACHINO Gnors lo sul è il dolce che piace alla signorina...(E posando una bottiglia) E chesto è tavalo) Questo ú profondo silenzio. Ma l'uomo non si dà 'o vino. (Le parole del fachino cadono nel pi per vinto: parla ancora. Questa volta per chiedere qualcosa, con tono mellifluo) E ... ve site scurdato?

96. DOMENICO 'E che?

à 'a cena, ve 97. PRIMO FACCHINO Comme? Quanno site venuto ogge p'urdin íveve nu cazone viecchio. E vuie avite ditto: "Viene ricurdate? Io v'aggio cercato si ten

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 325

ú tarde succede stase ra, e si cchi na cosa che dich'i', si aggio avuta na bella nutizia, tengo è cupo. Pausa. Il nu vestito nuovo nuovo... 'o piglio e t' 'o regalo". (Il silenzio degli altri è ingenuamente dispiaciuto). Nun è succiesa 'a cosa ca dicíveve vuie? facchino (Attende risposta. Domenico tace). Nun l'avite avuta 'a bbona nutizia?

ènne! 98. DOMENICO (aggressivo) T'aggiu ditto vatt

99. PRIMO FACCHINO (meravigliato pel tono di Domenico) Ce ne stiamo andando...(Guarda ancora Domenico, poi con tristezza) Iammuncenne, Carlu', nun l'ha avuta 'a bbona nutizia... 'A furtuna mia! (Sospira) Bbona serata. (Esce per il fondo a íto dal compagno). destra segu

è, nun mange? T' 100. FILUMENA (dopo pausa, sarcastica a Domenico) Mangia. Ched' è passat' 'appetito? '

ú tarde bevo e mangio! 101. DOMENICO (impacciato, rabbioso) Mangio! Cchi

à: quanno 102. FILUMENA (alludendo alla giovane donna nominata poco prima) Gi vene 'a morta allerta.

È una bella giovane di ventidue anni, o meglio, si 103. DIANA (entra dalla comune. È di una eleganza affettata, un po' sforza di dimostrarne ventidue, ma ne ha ventisette, snobistica. Guarda tutti dall'alto in basso. Nell'incedere parla un po' con tutti senza rivolgersi direttamente ad alcuno dei presenti che mostra di disprezzare in blocco. Non s'accorge, quindi, della presenza di Filumena. Reca dei pacchetti di medicinali che àmice bianco da poggia, macchinalmente, sul tavolo. Prende da una sedia un c infermiera e lo indossa) Folla, folla in farmacia. (Sgarbata, con fare da padrona) Rosalia, preparatemi un bagno. (Scorge le rose sul tavalo) Oh, le rose rosse...! Grazie, Domenico. (Annusando le vivande) Che profumino: ho un po' di appetito. (Prendendo dal tavolo una scatola di fialette) Ho trovato la canfora e l'adrenalina. Ossigeno niente. è come fulminato. Filumena non batte ciglio: attende. Rosalia e Alfredo (Domenico sono quasi divertiti. Diana siede accanto al tavolo di fronte al pubblico e accende una sigaretta) Pensavo: se... mio Dio, non vorrei dirla la parola, ma ormai... se muore stanotte, domattina parto di buon'ora. Ho trovato un posto nella macchina di una mia ú fastidio che altro. A Bologna, invece, ho certe cosette da fare, tanti amica. Qui darei pi ò fra dieci giorni. Verrò a vedervi, Domenico. affarucci da mettere a posto. Torner È venuto il prete? (Alludendo a Filumena) E... come sta?... Sempre in agonia?...

104. FILUMENA (dominandosi con affettata cortesia, s'avvicina lentamennte alla è venute... (Diana sorpresa si alza e indietreggia di qualche passo)... e giovane) Il preto èvate 'o càmmese! confromme ha visto che stavo in agonizzazione... (Felina) L 105. DIANA (che veramente non ha compreso) Come?

èvate 'o càmmese! 106. FILUMENA (c. s.) L

107. ROSALIA (s'accorge che Diana neanche questa volta ha compreso e per evitare il peggio, le consiglia prudentemente) Levatevi questo. (E su se stessa scuote, con due

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 326

é, finalmente, Diana possa compredere a volo che dita, la comiciola del suo abito, perch àmice d'infermiera). Filumena allude al c

àmice. Diana, con timore istintivo, si toglie il c

íto il gesto di Diana, senza staccarle gli occhi di dosso) 108. FILUMENA (che ha segu òsalo ncopp' 'a seggia.. Pòsalo ncopp' 'a seggia. P

109. ROSALIA (prevedendo l'incompresione di Diana) Mettetelo sopra la sedia.

Diana esegue.

110. FILUMENA (riprende il tono cortese di prima) Ha visto che agonizziavo e ha à. (Allude al consigliato a don Domenico Soriano di perfezionare il vincolo in estremit prete. Diana per darsi un contegno, non sapendo che fare, prende dal "centro" una rosa e finge di aspirarne il profumo. Filumena la fulmina con il tono opaco della sua voce) Pos' 'a rosa!

111. ROSALIA (pronta) Posate la rosa.

Diana, come obbedendo a un ordine teutonico, la rimette sul tavolo.

é ha 112. FILUMENA (ridiventa cortese) E don Domenico l'ha trovato giusto perch È giusto, sta disgraziata sta vicino a mme 'a vinticinc'anne..." E tante altre penzato: " È venuto vicino al conseguenze e sconseguenze che non abbiamo il dovere di spiegarvi. letto (sempre alludendo al prete) e ci siamo sposati... con due testimoni e la benedizione è che mi sono sentita subito del saciardote. Saranno i matrimoni che fanno bene, cert' meglio. Mi sono alzata e abbiamo rimandata la morte. Naturalmente, dove non ci sono infermi malati non ci possono essere infermieri... e le schifezze... (con l'indice della mano destra teso assesta a Diana dei misurati colpetti sul mento, che costringono la donna e dire repentini e involontari: "No" col capo)... le purcarie... (ripete il gesto) é davanti a una che sta murenno... pecch tu sapive che io stavo murenno...'e vaie a ffa' 'a òreta! (Diana sorride come un'ebete, come per dire: "Non la conosco") casa 'e s àteve n'ata casa, no chesta. Andatevene con i piedi vostri e truv

113. DIANA (sempre ridendo indietreggia fino al limitare della porta d'ingresso) Va bene.

ò 114. FILUMENA E se vi volete trovare veramente bene, dovete andare sopra add stevo io... (Allude al lupanare).

115. DIANA Dove?

116. FILUMENA Ve lo fate dire da don Domenico, che quelle case le frequenteggiava e le frequenteggia ancora. Andate.

117. DIANA (dominata dallo sguardo rovente di Filumena, quasi presa da un subito orgasmo) Grazie. (Si avvia per il fondo a destra).

è di che. (E ritorna al suo posto a sinistra). 118. FILUMENA Non c'

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 327

119. DIANA Buonanotte. (Esce).

è rimasto pensoso, assorto in strane 120. DOMENICO (che fino a quel momento í l'he trattata, è ove'? elucubrazioni, alludendo a Diana, si rivolge a Filumena) Accuss

èreta. (Gli fa un gesto di dispetto). 121. FILUMMENA Comme se mm

èntere na cosa. Tu si' na diavula... Uno cu' te ha da 122. DOMENICO Ma 'assamme s ènere a mente, sta' cu' tantu nu paro d'uocchie apierte... 'E pparole toie s'hann' 'a t à. Te cunosco, mo. Si comm' a na tarla. Na tarla velenosa c'addò se posa,, s'hann' 'a pes È distrugge. Tu poco primma he ditto na cosa e io mo ce stevo penzanno. He ditto: "... é 'o ssaie ca te ll'avarríe n'ata cosa ca voglio 'a te... e mm' 'a daie! 'E denare no, pecch ó 'a me? Che te si' mmise ncapo? C'h date... (Come ossessionato) Che ato vu e penzato, e nun m'he ditto ancora?...Rispunne!

à) Dummi', 'a saie chella canzone?... (Ne accenna 123. FILUMENA (con semplicit l'aria con allusione) "Me sto criscenno nu bello cardillo... quanta cose ca l'aggia à"... mpar

124. ROSALIA (alzando gli occhi al cielo) Ah, Madonna!

125. DOMENICO (guardingo, sospettoso, pavido a Filumena) E che significa?

126. FILUMENA (precisa) 'O cardillo si' tu!

à cchiú cu' mme... Me faie piglià 127. DOMENICO Filume', parla chiaro... Nun pazzi 'a freva, Filume'...

128. FILUMENA (seria) 'E figlie so'ffiglie!

129. DOMENICO E che vou' dicere?

è chi è 'a mamma... Hann' 'a sapé chello c'ha fatto pe' 130. FILUMENA Hann' 'a sap é bene!(Infervorata) Nun s'hann' 'a mettere scuorno vicino lloro... M'hann' 'a vul í avvilite quanno vanno pe' caccià na carta, nu all'at'uommene: nun s'hann' 'a sent documento: 'a fimiglia, 'a casa... 'a fimiglia ca s'aunisce pe' nu cunziglio, pe' nu sfogo... à comm' a mme! S'hann' 'a chiamm

131. DOMENICO Comm' a me che?

132. FILUMENA Comme me chiamm' io...Simmo spusate: Soriano!

133. DOMENICO (sconvolto) E io l'avevo capito! Ma 'o vvulevo sentere 'a te... 'o àuce, vvulevo sentere 'a sta vocca sacrilega, pe' , e fa' capace ca, pure si te ne caccio a c è c pure si te scamazzo 'a capa, ome si 'a scamazzasse a na serpe: na serpa velenosa ca à. (Alludendo al se distrugge pe' liberazione d' 'e povere cristiane ca ce ponno capit à, ccà? Dint' 'a casa mia? C' 'o nomme mio? Chille figlie 'e... piano di Filumena) Cc

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 328

134. FILUMENA (aggressiva per impedirgli di pronunciare la parola) 'E che?

135. DOMENICO Tuoie!... Si m'addimanne: 'e che? te pozzo risponnere: tuoie! Si é nun 'o ssaccio! E manco tu 'o m'addimanne: 'e chi? nun te pozzo risponnere, perch à 'a fa ssaie! Ah!, te credive d'accunci cenna, 'e te mettere a posto cu' 'a cuscienza, 'e te à d' 'o peccato, purtanno dint' 'a casa mia tre estranei?... S'hann' 'a nzerrà ll'uocchie salv à dinto! (Solenne) Ncopp' all'anema 'e pàtemo... mieie! Nun ce mettarranno pede cc

136. FILUMENA (repentinamente con uno scatto sincero lo interrompe come per metterlo sull'avviso di un castigo che gli potrebbe venire da un sacrilegio commesso per à! Ca io, p'avè fatto nu giuramento, te sto cercanno 'a cause imponnderabili) Nun giur òsena 'a vinticinc'ann à pecché è nu giuramento ca nun putisse lemm e... Nun giur é... E murrarisse dannato, si nu iuorno nun me putarrisse cercà 'a lemmòsena tu manten a me...

137. DOMENICO (suggestionato dalle parole di Filumena, come uscendo di senno) Che ato staie penzanno?... Strega che si'! Ma io nun te temo! Nun me faie paura!

é 'o ddice! 138. FILUMENA (sfidandolo) E pecch

139. DOMENICO Statte zitta! (Ad Alfredo, togliendosi il pigiama) Damme 'a giacchetta! (Alfredo esce per lo "studio" senza parlare). Dimane te ne vaie! Me metto È stato nu traniello. Tengo 'e testimone... E si 'a mmano all'avvocato, te denunzio. legge m'avess' 'a da' tuorto, t'accido Filume'! Te levo d' ' o munno!

ò me miette? 140. FILUMENA (ironica) E add

ó stive! (È esasper 141. DOMENICO Add ato, offensivo. Alfredo ritorna recando la giacca, Domenico gliela strappa di mano e la indossa, dicendogli) Tu, dimane, vaie a à l'avvocato mio, 'o saie?... (Alfredo fa cenno di sí col capo). E parlammo, chiamm Filume'!

142. FILUMENA E parlammo!

è Domenico Soriano e di che panne veste (Si 143. DOMENICO Te faccio cunoscere chi avvia verso il fondo).

éttate... ca he 'a tènere famma pure 144. FILUMENA (indicando la tavola) Rosali', ass tu! (Siede vicino al tavolo di fronte al pubblico).

145. DOMENICO Statte bbona... Filumena 'a napulitana!...

146. FILUMENA (canticchia) "Me sto criscenno nu bello cardillo"...

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 329

147. DOMENICO (sul canticchiare di Filumena, ride sghignazzando come per schernire e oltraggiare volutamente Filumena) T'arricuorde sta resata... Filumena Marturano!... íto da Alfredo, dal fondo a destra, mentre cade la tela sul primo atto). (Ed esce segu

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 330

ATT O SECONDO

L'indomani. La medesima scena del primo atto. Per pulire il pavimento la serva ha spostato tutte le sedie: qualcuna portandola sul terrazzo, altre adagiandole, capovolte, sul tavolo, altre, ancora, confinandole nello " studio" di Domenico. è piegato su se stesso ai quattro lati. Il tappeto, sul quale fa centro il tavolo da pranzo, Luci normali di una bella mattina di sole. è la serva di casa: simpatica e sana ragazza sui ventitré anni. Ha completato il suo Lucia lavoro. Strizza per l'ultima volta lo strofinaccio nel secchio dell'acqua sudicia, quindi va a riporre tutti gli arnesi di pulizia sul terrazzo.

148. ALFREDO (stanco, assonnato, entra dalla comune, mentre Lucia si accinge a rimettere a posto il tappeto) Luci', buongiorno.

149. LUCIA (fermandolo con il tono risentito della voce e col gesto) Nun accuminciate à cu' 'e piede! a cammen

150. ALFREDO E mo cammino cu 'e mmane!

151. LUCIA Io, mo ho finito di buttare il sangue... (Mostra il pavimento ancora in parte bagnato) Vuie ve presentate cu sti ppedagne!

152. ALFREDO 'E ppedagne?... Io sto acciso! (Siede presso il tavolo) He capito che significa acciso? Tutt' 'a notte appriesso a don Dummineco, senza chiudere uocchie, assettato ncopp' 'o parapetto d' 'a Caracciolo. Mo accumencia a fa' pure frischetto... Ca il Padreterno mi doveva far capitare proprio a me alle dipendenze di lui! No ca mi lamento, p'ammor' 'a Madonna! Io ho campato mi ha dato a vivere, e abbiamo avuto anche momenti di fasti, io con lui e lui con me. 'O Signore lo deve far campare mille ò ffa' cchiú 'e anni, ma cuieto, tranquillo! Tengo sissant'anne, mica un giorno! Chi 'e p è. nnuttate appriesso a isso... Luci', damme na tazzulella 'e caf

153. LUCIA (che ha rimesso a posto le sedie, senza dare ascolto allo sfogo di Alfredo, à) Non ce n'è! con semplicit

è? 154. ALFREDO (contrariato) Non ce n'

è. C'era quello di ieri 155. LUCIA Non ce n' : una tazza me la sono presa io, un'altra donna Rosalia non l'ha voluta e l'ha portata a donna Filumena, e un'altra l'ho conservata a don Domenico, caso mai viene...

156. ALFREDO (fissandola poco convinto) Caso mai viene?

è nun l'ha fatto. 157. LUCIA Eh, caso mai viene. Donna Rosalia 'o ccaf

158. ALFREDO E nun 'o pputive fa' tu?

è, io? 159. LUCIA E ssaccio fa' 'o ccaf

è saie fa'. E pecché nun l'ha fatto Rosalia? 160. ALFREDO (sprezzante) Manco 'o ccaff

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 331

È uscita presto. Dice che doveva 161. LUCIA portare tre lettere urgenti di donna Filumena

162. ALFREDO (sospettoso) ... Di Donna Filumena? Tre lettere?

163. LUCIA Eh, tre: una, due e tre.

è me 164. ALFREDO (considerando il suo stato di esaurimento) Ma io nu surzo 'e caf à. Sa' ó fa'. Luci'?... 'A tazza 'e don Domenico la dividi in due e dint' ll'aggia pigli che vu 'o ssuio ce miette ll'acqua.

165. LUCIA E si se n'addona?

è difficile ca vene. Steva nquartato 'e chella manera... E po', si 166. ALFREDO Chillo ú abbisuogno io vene, aggio cchi ca so' viecchio, ca lui. Chi ce l'ha fatto fa' 'e sta' mmiez' 'a via tutti' 'a nuttata?

167. LUCIA Io mo v' 'o scarfo e v' 'o pporto. (S'avvia per la comune a sinistra, ma vedendo giungere Rosalia dal lato destro, si ferma e avverte Alfredo) Donna Rosalia... è? (Vedendo che Alfredo la guarda senza parlare) Che ffaccio? V' 'o pporto 'o ccaf

ú che sta veneno donna Rosalia! Fa il caffè fresco per don 168. ALFREDO Tanto pi Domenico. Meza tazza ne voglio! (Lucia esce. Rosalia entra dalla comune e s'accorge ò di non averlo visto e, tutta compresa in una della presenza di Alfredo. Finge per è sfuggito missione, s'avvia alla camera da letto di donna Filumena. Alfredo a cui non l'atteggiamento di Rosalia, la fa giungere fin quasi al limitare della porta sinistra, poi, è... he perza 'a lengua? ironicamente, la richiama). Rosali', ched'

169. ROSALIA (indifferente) Nun t'aggio visto

ólice ncopp' 'a sta seggia? 170. ALFREDO Nun t'aggio visto? E che sso' nu p

ólice c' 'a tosse... (T 171. ROSALIA (ambigua) Eh, nu p ossicchia)

172. ALFREDO (che non ha compreso l'allusione) C' 'a tosse?... (Cercando di indagare) Si' asciuta ampressa?

à. 173. ROSALIA (enigmatica) Gi

ó si' ghiuta? 174. ALFREDO E add

175. ROSALIA A messa.

176. ALFREDO (incredulo) A messa?! E po' he purtato tre lettere 'e donna Filumena...

é 177. ROSALIA (come colta in fallo, dominandosi) E una volta che lo sapevi, perch hai domandato?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 332

í, a titolo di esportazione. E a 178. ALFREDO (simulando anch'egli indifferenza) Cos chi ll'he purtate?

ólice c' 'a tosse. 179. ROSALIA Te l'ho detto prima: si' nu p

180. ALFREDO (impermalito, per non aver compreso, torvo) 'A tosse? Ma che ce trase sta tosse?

181. ROSALIA (come per dire: "Non sai mantenere un segreto") Parle, vaie parlanno. E po': si' spione!

é, quacche vota aggio spiunato atte? 182. ALFREDO Pecch

à. Limpida comm' all'acqua 183. ROSALIA A me? E a me nun ce sta niente 'a spiun ò. (Come una cantinela che, ormai, per surgiva surgente. 'E fatte mieie so' chiare, tit à q averla ripetuta chiss uante volte, conosce a memoria) Nata il '70. Fatt' 'o cunto quant'anne tengo. Da poveri ed onesti genitori. Mia madre, Sofia Trombetta, faceva 'a lavannara, e mio padre, Procapio Solimene, 'o maniscalco. Rosalia Solimene, ca sono io, e Vincenzo Bagliore che aggiustava mbrelle e cufenatore, contrassero regolare í due novembre 1887... matrimonio add

184. ALFREDO 'O iuorno d' 'e muorte?

évem' 'a da' cunto a te? 185. ROSALIA Av

186. ALFREDO (divertito) No. (Invogliandola a parlare) Iamme nnanze.

187. ROSALIA Da questa riunione vennero al mondo tre figli in una sola volta. ò la notizia a mio marito che stava al vicolo appresso, intento al Quando la lavatrice port éa... suo lavoro,'o truvaie c' 'a capa dint' a na scafar

188. ALFREDO S' 'a steva sciacquanno!

189. ROSALIA (con tono marcato, ripete la frase, come per fargli intendere à dello scherzo) ... cu 'a capa dint' a na scafaréa per sincope sopravvenuta l'inopportunit che, immaturamente, lo rapiva. Orfana di genitori, ambodue...

190. ALFREDO E terno 'e tre...

191. ROSALIA (c. s.) ... ambodue e con tre figli da crescere, andai ad abitare al vicolo San Liborio, basso numero 80, e mi missi a vendere sciosciamosche, cascettelle p' 'e muorte e cappielle 'e Piererotta'. 'E sciosciamosche li fabbricavo io stessa e guadagnavo quel poco per portare avanti i miei figli. Al vivolo San Liborio ebbi a conoscere donna Filumena, che, bambina, giocava ch' 'e tre ffiglie mieie. Doppo vintun'anno, 'e figlie mieie, nun truvanno lavoro, se 'andaiene uno in Australia e duie in America... e nun ú nutizie. Rimanette io sola; io, 'e sciosciamosche e 'e capielle 'e aggio avuto cchi Piererotta. E nun ne parlammo, si no me va 'o sango ncapo! E si nun fosse stato pe' donna

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 333

í con don Domenico, sarei finita Filum ena che mi prese con lei, in casa, quando si arriun è fernuta 'a a chiedere l' elemosina sopra le scale di una chiesa! Arrivederci e grazie, pellicola.

192. ALFREDO (sorridendo) Domani nuovo programma! Ma a chi he purtato 'e tre è pututo sapé lettere, nun s' !

è stata profferta, non la posso 193. ROSALIA Questa incombenza delicata che mi sprofferire per farla diventare di dominio pubblico.

à t'ha 194. ALFREDO (deluso, con dispetto) Quanto si' antipatica! 'A malignat sturzellata tutta quanta. E quanta vote si' brutta!

195. ROSALIA (sostenuta) Non devo trovare il partito!

196. ALFREDO (dimenticando lo scambio di offese, col tono abituale di confidenza) òsere stu bottone vicino a sta giacchetta. (Mostra il punto). M'he 'a c

197. ROSALIA (avviandosi in camera da letto, con lieve senso di ritorsione) Domani, se tengo tempo.

ósere pure na fettuccia mpont' 'a mutanda! 198. ALFREDO E m'he 'a c

òso. Permesso. (Dignitosa esce per la 199. ROSALIA Comprate la fettuccia e ve la c porta di sinistra).

à di caffè. Si ode il Dal fondo a sinistra entra Lucia recando una tazzina riempita a met campanello. Ella, che era diretta verso Alfredo, torna indietro ed esce per la comune.

íto da 200. DOMENICO (dopo una pausa, pallido, assonnato, entra dal fondo segu è) È ccafè, chesto? Lucia. Scorge il caff

201. LUCIA (dando un'occhiata d'intenzione ad Alfredo che, alla venuta di don è alzato) Sissignore. Domenico, si

à. (Lucia porge la tazza a Domenico che ne beve il 202. DOMENICO Damme cc è! contenuto quasi d'un fiato) 'O ddesideravo nu poco 'e caf

203. ALFREDO (rabbuiato) Io pure.

è. (Siede al tavolo, il volto tra le 204. DOMENICO (a Lucia) Portale na tazza 'e caf mani, assorto in cupi pensieri).

à della ta è che Lucia fa comprendere ad Alfredo, con i gesti, che l'altra met zza di caff à portargli, è stata già stata diluita in acqua. dovr

205. ALFREDO (spazientito, rabbioso) Portalo 'o stesso.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 334

Lucia esce per il fondo a sinistra.

è stato? 206. DOMENICO Ch'

è è friddo. Aggio ditto: 207. ALFREDO (sorridendo forzatamente) Ha ditto c' 'o ccaf portalo 'o stesso.

208. DOMENICO Lo riscalda e lo porta. (Tornando al suo pensiero) Si' stato dall'avvocato?

209. ALFREDO Comme no.

210. DOMENICO E quanno vene?

211. ALFREDO Appena tene tiempo. Ma in giornata senz'altro.

è. Si avvicina ad Alfredo e gliela Lucia entra dal fondo recando un'altra tazza di caff porge guardandolo ironicamente, quindi, divertita, esce per il fondo. Alfredo, sfiduciato, si accinge a sorbire la bevanda.

è 212. DOMENICO (completando ad alta voce il suo pensiero, con apprensione) ... E si malamente?

è, con rassegnazione) 213. ALFREDO (credendo che Domenico alluda al suo caff C'aggia fa', don Dummi', nun m' 'o ppiglio. Vo' dicere ca quanno scengo m' 'o ppiglio 'o bar.

214. DOMENICO (disorientato) Che cosa?

è. 215. ALFREDO (convinto) 'O ccaf

è, Alfre'. Io dico: si è malamente chello 216. DOMENICO Che me ne mporta d' 'o ccaf ò ffa' niente... ca sto facenno... nel senso che l'avvocato me dice ca nun se p

è con una smorfi di disgusto) 217. ALFREDO (dopo di aver sorbito un sorso di caff è possible... (Va a deporre la tazza su di un mobile, in fondo). Non

218. DOMENICO Che ne sai, tu?

È una schifezza! 219. ALFREDO (da intenditore) Comme che ne saccio?

è una schifezza. Proprio í. L'ha fatto male. Nun l'ha 220. DOMENICO Bravo: cos saputo fa'...

221. ALFREDO Don Dummi', nun l'ha saputo maie fa'!

222. DOMENICO Ma io ricorro in tribunale, in appello, 'a Corte suprema!

è! 223. ALFREDO (sbalordito) Don Dummi', p'ammor' 'a Madonna! Pe' nu surzo 'e caf

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 335

ó cu' stu ccafè? Io sto parlanno d' 'o fatto mio! 224. DOMENICO Ma tu che vvu

225. ALFREDO (non ha ancora compreso, vago) Ecco... (comprende divertito l'equivoco) Ah!... (Ride) Eh... (Poi temendo l'ira di don Domenico, diviene d'un tratto à dello stato d'animo del padrone) Ah.. eh.. Perdío! compartecipe alla gravit

è sfuggita la metamorfosi spirituale del suo 226. DOMENICO (al quale non interlocutore, s'intenerisce, rassegnato ad accettare l'incompresione di Alfredo) Che á cu' te? D' 'o ppassato...Ma te pozzo parlà d' 'o parlo a ffa'cu`te ? 'E che pozzo parl ppresente?... (Lo guarda come se allora lo avesse conosciuto. La sua voce assume un à, gua'... Alfredo Amoroso, come sei ridotto! 'A faccia tono di sconforto) Guarda ll appesa, 'e capille ianche, ll'uocchie appannate, miezo rimbambito...

é non oserebbe mai contraddire il 227. ALFREDO (ammettendo tutto, anche perch à) Perdío! padrone e come rassegnandosi ad una fatalit

íto le metamorfos 228. DOMENICO (considerando che anch'egli, in fondo, ha sub i à e delle vicende umane, rievoca) Gli anni passano e passano per tutti quanti... T' dell'et í Soriano, don Mimí, t' 'o ricuorde? 'o ricuorde a Mim

ò, don Dommi'. è 229. ALFREDO (colto soprappensiero, falsamente interessato) Gnern muorto?

È muorto, proprio accussí. Don Mimí Soriano è 230. DOMENICO (con amarezza) morto!

íveve... Don Mimí... 231. ALFREDO (comprendendo a volo la gaffe) Ah...vuie dic ío! (Serio) Ma... perd

232. DOMENICO (come rivedendo la sua immagine giovanile) 'E mustaccielle nire! Sicco comm' a nu iunco! 'A notte 'a facevo iuorno... Chi durmeva maie?

233. ALFREDO (sbadigliando) M' 'o ddicite a me?

234. DOMENICO T' 'a ricuorde chella figliola ncoppo Capemonte?... Che bella guagliona: Gesummina! - " Fuimmencenne", - 'a tengo dint' 'e rrecchie... E 'a mugliera d' 'o veterinario?

à! Chella po' teneva na cainata ca 235. ALFREDO Comme... Ah, che me facite ricurd faceva 'a capera. Io mi ci misi appresso ma nun se facevano 'e carattere...

236. DOMENICO 'E meglio attacche, quanno scennevo abbascio 'a Villa! Tanno ce steva ancora 'o truttuarre.

237. ALFREDO Iveve nu figurino!

238. DOMENICO O "nuasetto" o grigio: chille erano 'e culure mieie. Cappello duro, 'a cravascia mmano... 'E meglie cavalle erano 'e mieie. T'arricuorde "Uocchie 'argiento"?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 336

ío! "Uocchie 'argiento", 'a storna? 239. ALFREDO Co}me nun m' 'a ricordo?... Perd ...(Con nostalgia) Che grande cavalla! Ci aveva un di dietro che era una luna piena! Quanno se guardava 'e faccia il di dientro, sembrava una luna piena nel momento del ò me lassaie cu 'a capera. risorgimento! Io me n'anammmuraie 'e chella cavalla! E pirci ísteve, Alfredo Amoroso ebbe un grande dolore. E quanno v' 'a venn

240. DOMENICO (abbandonandosi al volo dei suoi ricordi) Parigi, Londra... 'e ccorse... Me sentevo nu Padreterno! Me sentevo ca putevo fa' chello ca vulevo io: senza ègula, senza cuntrollo... (Infervorandosi) Ca nisciuno, maie, manco Dio, me puteva r à 'a copp' 'o munno! Me sentevo padrone d' 'e muntagne, d' 'o mare, d' 'a vita m lev ia à, senza entusiasmo! E chello che stessa... E mo? Mo me sento finito, senza vulunt è dimustrà a me stesso ca nun è overo, ca songo ancora forte, ca ffaccio, 'o ffaccio p í naturale, pozzo ancora vencere l'uommene, 'e ccose, 'a morte... E 'o ffaccio accuss ca se credo, me cunvinco, me stono,,, e cumbatto! (Risoluto) Aggia cumbattere! è succiesso ccà? Domenico Sorianno non si piega. (Ripigliando il suo tono deciso) Ch' He saputo niente?

241. ALFREDO (reticente) Eh... "He saputo niente?" Qua mi tengono all'oscuro. ò vedé. Vulesse sapé che ll'aggio fatto... Rosalia, Donna Filumena, 'o ssapite, nun me p pe' ditto 'e Lucia e confermato da Rosalia medesima, dice che la purtato tre lettere orgente pe' cunto 'e donna Filumena.

242. DOMENICO (ruminando, ma sicuro delle sue supposizioni) A chi?

Alfredo fa per rispondere qualcosa, ma si arresta vedendo entrare, da sinistra, Filumena.

íta da Rosalia che reca delle 243. FILUMENA (in abito da casa, un po' in disordine, segu lenzuola e finge di non vederli. Chiama verso la comune) Luci'... (A Rosalia) Dateme 'a chiave.

244. ROSALIA (porgendo le chiavi) Eccomi a voi.

245. FILUMENA (intascandole, spazientita, alludendo a Lucia che ritarda) E vvi' si íi forte e vene chella... (Chiama con un tono di voce un po' pi perentorio) Luci'!

è stato, signo'? 246. LUCIA (entra dal fondo a sinistra, premurosa) Ch'

ígliete sti lenzole. (Rosalia consegna la 247. FILUMENA (tagliando corto) P biancheria). 'O saluttino, vicino 'o studio, se sta n'ottomana, l'accuonce a lietto.

248. LUCIA (un po' sorpresa) Va bene. (Fa per andare).

249. FILUMENA (fermandola) Aspetta. 'A cammera toia me serve. (Lucia cade dalle nuvole). Cheste so' 'e llenzole pulite: doie mute. Tu te faie 'a branda dint' 'a cucina.

à pure 'a 250. LUCIA (visibilmente contrariata) Va bene. E 'a rrobba mia? Aggi' 'a lev rrobba mia?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 337

251. FILUMMENA T'aggio ditto ca me serve 'a cammera!

ó 'a metto? 252. LUCIA (alzando un po' il tono della voce) E 'a rroba mia add

253. FILUMENA Te piglie 'o stipo dint' 'o curridore.

254. LUCIA Va bene. (Esce per il fondo a sinistra).

255. FILUMMENA (fingendo di scorgere solo allora Domenico) Tu stive lloco?

í, stevo ccà nterra... (Freddo) Se pò ssapé ched'è sta 256. DOMENICO S transformazione in casa mia?

257. FILUMENA Comme no? E che ci sono sicreti fra marito e moglie? Mi servono altre due camere da letto.

258. DOMENICO E pe' chi servono?

259. FILUMENA (categorica) P' 'e figlie mieie. Sarebbero state tre, ma siccome uno 'e ammogliato e tene pure quatto guagliune, se sta 'a casa soia, p' 'e fatte suoie.

è?! Ce stanno pure 'e niputine?... (Provocatore) E comme 260. DOMENICO Ah, mb ú che tenive astipata? se chiamma sta trib

ú in là 261. FILUMENA (sicura del fatto suo) Pe' mo portano 'o nomme mio... Pi purtarranno 'o nomme tuio.

262. DOMENICO Senza 'o cunsenzo mio, nun credo!

263. FILUMENA Ce 'o daie, Dummi'... ce'o daie! (Esce per la porta di sinistra).

264. ROSALIA (a Domenico con ostentato senso di rispetto) Permesso. (Segue Filumena).

265. DOMENICO (con un incontenibile scatto grida attraverso la porta a Filumena, alludendo ai figli) N' 'e ccaccio! He capito? N' 'e ccaccio!

266. FILUMENA (dall'interno, con voce ironica) Nchiudite 'a porta, Rusali'.

La porta si chiude sul muso di Domenico.

267. LUCIA (entra dal fondo e si rivolge a Domenico con tono riservato) Signo', fore ce sta 'a signurina Diana, con un altro signore.

í. 268. DOMENICO (interessandosi) E falla tras

í. Io ho insistito, ma ha ditto che 269. LUCIA Nun vo' tras andate voi for' 'a sala. Se mette appaura 'e donna Filumena.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 338

270. DOMENICO (esasperato) Vuie vedite 'o Pateterno! Aggio miso 'o cammurrista àseno perché ci sono io qua. dint' 'a casa! (Alludendo a Diana) Dincello che tr

Lucia esce.

271. ALFREDO Chella si 'a vede... (accompagnando la parola col gesto, come per dire: éa... "la picchia")... 'a scutul

272. DOMENICO (gridando in modo da farsi ascoltare anche oltra la porta chiusa della à, A à, camera da letto, come per prevenire il caso) C'ha dda scutuli lfre'?! Ma cc è overamente facimmo?... Io songo 'o padrone! (Alludendo a Filumena) Essa nun ímmece capace tutte quante dint' a sta casa! niente! Fac

273. LUCIA (ritorna dal fondo e a Domenico) Signo', non ha voluto entrare. Dice che lei non risponde dei suoi nervi.

274. DOMENICO Ma chi ce sta cu essa?

275. LUCIA Nu signore. Essa l'ha chiamato avvocato. (Considerando) Ma me pare ca se mette appaura pur'isso...

276. DOMENICO Ma comme?... Siamo tre uomini!

é, comme stongo stammatina, 277. ALFREDO (sincero) A me non mi contate... Pecch à... Me vaco a ffà na sciacquata 'e faccia vaco tre sorde! (Deciso) Anzi, vuie avit' 'a parl dint' 'a cucina. Se mi volete, mi chiamate... (Senza attendere risposta, esce per il fondo a sinistra).

278. LUCIA Signo', c'aggi' 'a fa'?

279. DOMENICO Mo ce vaco io! (Lucia esce per il fondo a sinistra, Domenico per il fondo a destra, introducendo subito dopo, Diana e l'avvocato Nocella) Non lo dite è casa mia. neanche per ischerzo! Questa

280. DIANA (ferma sotto la soglia, con alle spalle l'avvocato, in preda ad evidente orgasmo) No, caro Domenico, dopo la scenata di ieri non intendo assolutamente di ritrovarmi a faccia a faccia con quella donna.

281. DOMENICO (rassicurandola) Ma vi prego, Diana, mi mortificate. Entrate, non dovete avere paura.

282. DIANA Paura, io? Ma neanche per sogno! Non voglio giungere a degli eccessi.

è il caso. Ci sono io qua. 283. DOMENICO Non

284. DIANA Ieri sera pure, c'era lei.

í all'improvviso... Ma vi ass 285. DOMENICO Ma fu cos icuro che non dovete temere niente. Entrate, avvoca', accomodatevi.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 339

è? 286. DIANA (avanzando di qualche passo, allude a Filumena) Dov'

287. DOMENICO Vi ripeto: non vi preoccupate. Accomodatevi, sedetevi.(Porge le sedie. I tre seggono intorno al tavolo: Nocella nel mezzo, Domenico a destra, Diana a sinistra. Ella non perde d'occhio la camera da letto). Dunque?

è un uomo sui quarant'anni, normale, insignificante. Veste con una 288. NOCELLA ( í a parlare del caso Soriano é vi è stato trascinato certa eleganza sobria. Si trova l perch da Diana. Si nota, infatti, nel tono della voce, un certo disinteresse) Io abito nella à ci siamo conosciuti tempo fa. pensione dove abita la signorina. E l

ò dire chi sono e che vita faccio. 289. DIANA L'avvocato pu

290. NOCELLA (che non vuole immischiarsi) Ci vediamo la sera, a tavola. Io, poi, in pensine ci sto raramente... Tribunale, clienti; e, di solito, non m'interesso.

291. DIANA (non riuscendo a trattenere la sua apprensione, dopo aver guardato ancora una volta a sinistra la porta donde ha timore debba uscire Filumena da un momento all'altro, a Domenico) Scusi, Domenico... Preferisco sedere al posto suo. Ha à?... difficolt

292. DOMENICO Vi pare...

I due cambiano posto.

293. DIANA (ripigliando il discorso iniziato da Nocella) E proprio a tavola, ieri sera, io raccontai il caso suo e di Filomena.

à... ci facemmo un sacco di risate... 294. NOCELLA Gi

Sguardo significativo di Domenico.

295. DIANA Oh, no, no, io non ne risi per niente.

Nocella la guarda con intenzione.

é io la feci fingere infermiera. 296. DOMENICO La signorina si trovava qua, perch

297. DIANA Mi fece fingere? Ma neanche per sogno! Sono infermiera, e come: con tanto di diploma! Non gliel'ho mai detto, Domenico?

298. DOMENICO (sorpreso) No, veramente.

é avrei dovuto dirglielo?... (Ripigliando il discorso) 299. DIANA Bah, in fondo, perch Dissi il suo stato d'animo e la sua preoccupazione di dover rimanere legato ad una ò donna, senza averne avuto mai il minimo desiderio. E l'avvocato spieg esaurientemente...

Campanello interno.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 340

300. DOMENICO (preoccupato) Scusate, vi dispiace di passare nello studio? Hanno suonato il campanello. Lucia attraversa il fondo da sinistra a destra.

í, forse è meglio. 301. DIANA (alzandosi) S

Nocella si alza anche lui.

302. DOMENICO (mostrando loro la "studio") Accomodatevi.

303. NOCELLA Grazie. (Esce per primo).

à? 304. DOMENICO Ci sono novit

à) Sentirai... (Domenico è impaziente). Sei 305. DIANA (a Domenico con intimit í dicendo palliduccio... (Cos , Diana accarezza la guancia di lui ed esce. Domenico interdetto, la segue).

306. LUCIA (introducendo Umberto) Accomodatevi.

è un giovane alto, ben piantato. Veste con dignitosa modestia. Ama 307. UMBERTO ( lo studio con convinzione. Il suo modo di parlare, il suo sguardo acuto da osservatore, ànno un senso di soggezione. Entrando) Grazie. d

308. LUCIA Se vi volete sedere... nun saccio si donna Filumena esce subito.

í, mi seggo volentieri. (Siede a sinistra al limitare del 309. UMBERTO Grazie, s é. Lucia si avvia terrazzo. Si mette a scribacchiare su di un quaderno che ha recato con s verso la porta di sinistra ma santendo trillare il companello d'ingreso torna sui suoi passi ed esce dal fondo a destra. Dopo una breve pausa ritorna introducendo Riccardo) Entrate.

è un giovane svelto, simpatico, vestito con vistosa eleganza. 310. RICCARDO ( Nell'entrare guarda l'orologio da polso) Nenne', na cosa 'e ggiorno... (Lucia fa per raggiungere la porta di sinistra. Riccardo che l'ha sbirciata, la ferma con una scusa) è, siente... (Lucia gli si avvicina).'A quanto tiempo staie ccà? Neh, gu

È un anno e mezzo. 311. LUCIA

312. RICCARDO (galante alla buona) 'O ssaie ca si' na bella piccerella?

313. LUCIA (lusingata) Si nun me guasto c' 'o tiempo...

314. RICCARDO Viene 'a part' 'o magazzino mio...

315. LUCIA Tenite 'o magazzino?

316. RICCARDO Numero 74, a Chiaia, dint' 'o purtone... Te faccio 'e ccammise.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 341

317. LUCIA Overo? E che mme mettite 'e ccammise 'a ommo? Iatevenne!

318. RICCARDO Eh! Io servo uomini e donne... All'uommene, ce metto 'e cammise, a 'e ffemmene comm'a tte... ce le levo! (Dicendo quest'ultima battuta fa per abbracciare la ragazza).

ússeve 319. LUCIA (divincolandosi, offesa) Neh, neh! (Riesce a liberarsi) Vuie f pazzo? Pe' chi m'avite pigliata? Io ce 'o ddico 'a signora. (Alludendo ad Umberto che íto la scena senza attribuire ad essa alcun peso) Cu' chillo llà... ha segu

Campanello interno. Lucia si avvia verso il fondo.

è, overo... Io non l'avevo visto. 320. RICCARDO (osservando Umberto, divertito) Gu

321. LUCIA (risentita) E vuie nun vedite manco 'e ffigliole per bene ca se fanno 'e fatte lloro... (Si avvia).

322. RICCARDO (insinuante) Ce viene 'o magazzino?

323. LUCIA (sostenuta) A' nnummero 74?... (Guardando il giovane con ammirazione, sorride).

324. RICCARDO (con un cenno che vuol significanre: "ti aspetto") A Chiaia...

325. LUCIA Eh... e ce vengo! (Ed esce per il fondo a destra lanciando a Riccardo un ultimo sorriso d'intesa).

326. RICCARDO (passegia un po' per la camera, guarda Umberto e vistosi fissato È sente il bisogno di giustificare il suo modo di comportarsi nei riguardi di Lucia) carina...

327. UMBERTO E a me che me n'importa?

é, faci 328. RICCARDO (un po' risentito) Ma pecch te 'o prevete, vuie?

Umberto non risponde e continua a scribacchiare.

329. LUCIA (dal fondo, introducendo Michele) Trase Miche', 'a chesta parte.

330. MICHELE (in tuta blu da stagnino e con la borsa dei ferri, avanza semplicemente. È un giovane di buona salute, florido e grassoccio. Ha un carattere semplice e gioviale. è stato? 'O bagno scorre n'ata vota? Io ce facette chella Si sberretta) Luci', ma ch' saldatura...

332. LUCIA No, funziona.

332. MICHELE E allora che ato ve scorre?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 342

à a donna 333. LUCIA Oi ni', a nuie nun ce scorre niente. Aspetta, mo vaco a chiamm Filumena. (Esce a sinistra).

334. MICHELE (a Riccardo, rispettoso) Servo. (Riccardo risponde al saluto con un lieve cenno del capo). Tengo 'a puteca sola... (Trae dalla tasca una cicca) Tenete un cerino?

335. RICCARDO (superbo) Nun 'o tengo.

336. MICHELE E nun fumammo. (Pausa). Voi siete parente?

337. RICCARDO E voi siete 'o giudice istruttore?

338. MICHELE Come sarebbe?

à, io no. 339. RICCARDO Vuie tenite genio 'e parl

ísseve pure tené. Fússeve o' Pateterno? 340. MICHELE Ma nu poco 'e maniera 'a putar

è 'o Pateterno... è scostumato. 341. UMBERTO (intervenendo) No, nun

342. RICCARDO Come sarebbe?

343. UMBERTO E scusate, voi siete entrato e, senza badare che vi trovate in casa d'altri, ve site menato ncuoll' 'a cammarera... Truvate a mme, manco p' 'a capa ... Mo ve mettite a sfottere a chillu povero dio...

é, secondo te, io songo 'o tipo 'e 344. MICHELE (risentito, a Umberto) Oh, ma pecch è fatte suoie... (A Riccardo) me fa' sfottere.. Tu vide 'o Pateterno... Uno iesce d' 'a casa p à ncoppa. Avite ragione ca stammo cc

à ncoppo 345. RICCARDO 'O ssaie ca m'he scucciato? Mo te dongo nu bbuffo cc stesso...

346. MICHELE (diviene pallido d'ira. Lascia cadere in terra la borsa e si avvicina é. lentamente, minaccioso) Famme ved

é?... Me 347. RICCARDO (gli va incontro con la stessa calma apparente) Ma pecch mettesse appaura 'e te?

è avvicinato ai due per intervenire e prevenire l'iniziativa Umberto si dell'uno o dell'altro.

348. MICHELE (rabbioso) Stu piezz' 'e... (Con gesto rapido fa per dare un manrovescio a Riccardo, ma costui lo previene, anche per l'intervento di Umberto. Ad Umberto) Let' 'a miezo, tu...

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 343

Ha i nizio la zuffa fra Michele e Riccardo, nella quale si trova coinvolto Umberto. ú si Volano calci e manrovesci che non raggiungono mai gli obiettivi. I tre giovani pi accaniscono, mormorando, fra i denti, parole d'ira e di offesa.

è stato?... 349. FILUMENA (dalla sinistra, entrando, intervienne in tono energico) Ch' íta si ferma alle sue spalle. I tre giovanotti, al richiamo, si (Rosalia che l'ha segu compongono assumendo un attegiamento d'indiferenza, si schierano al cospetto della donna). Che ve credite? Che state mmiez' 'a via?

350. UMBERTO (toccandosi il naso dolorante) Io dividevo!

351. RICCARDO Io pure.

352. MICHELE Anch'io.

353. FILUMENA E chi deva?

354. I TRE ( all'unisono) Io no...

355. FILUMENA (deprecando) Purcarie! L'uno contro all'ato! (Pausa. Filumena ripiglia il suo atteggiamento abituale) Dunque, guagliu'... (Non trova il modo per iniziare il suo dire) Gli affari come vanno?

356. MICHELE Ringraziammo a Dio!

357. FILUMENA (a Michele) E i bambini?

358. MICHELE Bene. 'A settimana scorsa ci ebbi il mezanno con un poco di febbre. Ma mo sta bene. Se mangiaie duie chile d'uva 'e nascosto d' 'a mamma. Io non c'ero. Fece una panza tosta che sembrava un tamburo. Sapete, quattro bambini... o l'uno o ànno sempre da fare. Pè furtuna ca l'olio di ricino l'altro vi d piace a tutt'e quatto. àteve ca, quanno purgo a uno, ll'ati tre arrevòtano 'a casa : pianti, strilli... E si nun Figur ésceno. Se mettono tutt'e quatto, in fila, sopra 'e purgo pure a lloro nun 'a fern rinalielle... So' bambini.

359. UMBERTO Signora, io ho ricevuto un suo biglietto. Il suo nome, sic et simpliciter, non mi diceva niente. Per fortuna c'era l'indirizzo e mi sono ricordato che, questa donna Filomena, l'incontro quasi ogni sera, quando esco per andare al giornale, e é non che, una volta, ebbi il piacere di accompagnarla proprio a questo indirizzo perch í ho ricostruito e... ce la faceva a camminare, a causa di un piede che le doleva. Cos

à, me faceva male 'o pede. 360. FILUMENA Gi

ú esplicito) 'E che se tratta? 361. RICCARDO (pi

362. FILUMENA (a Riccardo) 'O negozio va bene?

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 344

é avess' 'a ji' malamente? 363. RICCARDO E pecch Certo che se avessi tutte clienti come voi, dopo un mese, dovrei chiudere. Quando vinite voi dentr' 'o magazzino mio aggio na mazzata ncapo. Mi fate prendere tutte le pezze di stoffa: questa no, quella no... ci debbo pensare... E la sciate un negozio ca p' 'o mettere a posto ce vonno 'e facchine.

ò piú fastidio. 364. FILUMENA (materna) Vuol dire che non vi dar

365. RICCARDO Che c'entra, voi siete la padrona, ma io sudo na cammisa 'a vota!

366. FILUMENA (quasi divertita) Dunque, io vi ho mandato a chiamare per una cosa ú seria. Se volete entrare un momento qua... (indica la prima a sinistra) stiamo pi tranquilli.

íto dall'avv 367. DOMENICO (dallo studio, segu ocato Nocella, interviene. Ha ripreso il suo tono normale di uomo sicuro del fatto suo. Si rivolge a Filumena con energia è il caso d'imbrogliare maggiormente le tue cose... bonaria) Lascia sta' Filume', non (All'avvocato) Io, senza essere avvocato, lo dissi prima di voi. Era chiaro. (Filumena lo è l'avvocato Nocella che può darti tutti gli guarda dubbiosa). Dunque, qua c' è sbagliata. Vi ha incomodati schiarimenti che vuoi. (Ai tre ragazzi) La signora si inutilmente. Vi chiediamo scusa e .... se volete andare...

368. FILUMENA (fermando i tre che si avviano) Nu mumento... Io nun me so' à io. Che c'entri tu? sbagliata. Ll'aggio mannate a chiamm

à nnanz' 'a gente? 369. DOMENICO (con intenzione) Avimm' 'a parl

è avvenuto, per cui l'andamento 370. FILUMENA (ha compreso che qualcosa di serio è completamente mutato. Il tono calmo della voce di Domenico le ha dato delle cose ò. Si rivolge ai tre giovanotti) Scusate, cinque minuti... Volete aspettare conferma di ci for' 'a loggia.

Umberto e Michele si avviano un po' interdetti.

371.RICCARDO (consultndo l'orologio) Sentite! Ma a me mi pare che si abusi della cortesia altrui! Io ho da fare...

è, ccà se tratta 'e na cosa seria, t'aggio ditto! 372. FILUMENA (perdendo la calma) Gu (Trattandolo da moccioso, con un tono che non ammette replica) Cammina for' 'a loggia. Comme aspettano ll'ate, aspiette pure tu.

373. RICCARDO (sconcertato dal tono deciso di Filumena) Va bene! (Segue gli altri ò, a malincuore). due, sempre, per

è. 374. FILUMENA (a Rosalia) Dalle na tazza 'e caf

à bbascio... (Indica un 375. ROSALIA Subito. (Ai tre) Iate for' 'a loggia. Ve mettite l è. (Esce per il fondo a sinistra mentre i tre punto) Mo ve porto na bella tazza 'e caf giovanotti escono fuori al terrazzo).

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 345

376. FILUMENA (a Domenico) Dunque?

377. DOMENICO (indifferente) Qua sta l'avvocato, 'o vi'?... Parla cu isso.

378. FILUMENA (spazientita) Io cu 'a legge ce tengo poca amicizia. Ad ogni modo, 'e che se tratta?

379. NOCELLA Ecco qua, signora. Ripeto, io in questa faccenda non c'entro.

380. FILUMENA E allora, che ce site venuto a ffa'?

è mio cliente, né 381. NOCELLA Ecco, non c'entro, nel senso che il signore qua non mi ha mandato a chiamare.

382. FILUMENA Allora ce site venuto?

383. NOCELLA No...

384. FILUMENA (ironica) Ve ce hanno mannato?

È difficile ch'io consenta a qualcheduno di mandarmivici. 385. NOCELLA No, signo'.

ò fa'parlà? 386. DOMENICO (a Filumena) 'O vu

387. NOCELLA Di questo fatto me ne ha parlato la signorina... (Non vedendola dietro é, guarda verso lo studio) Dove sta? di s

388. DOMENICO (impaziente di riportare la discussione nei suoi termini essenzialli) Avvoca', io... lei... chi ve ne ha parlato, non ha importanza. Venite alla conclusione.

389. FILUMENA (alludendo a Diana con sarcasmo feroce ma contenuto nel tono à dinto, è ove'? Nun tene 'o curaggio d'ascí ccà fore. Iammo dell'interrogazione) Sta ll nnanze, avvoca'.

è 390. NOCELLA Per il caso espostomi da lui... dall'altra... insomma... p' 'o fatto ch' è succieso, c' l'articolo IOI, che io ho transcrito qua. (Trae di tasca un foglio e lo mostra) Articolo IOI: Matrimonio in imminente pericolo di vita. "Nel caso di imminnente à. Ma l'imminente pericolo di vita non c'è pericolo di vita... ecc..." spiega tutte le modalit é la vostra, secondo la versione del signore qua, è stata una finzione. stato, perch

391. DOMENICO (pronto) Tengo i testimoni: Alfredo, Lucia, 'o guardaporta, Rosalia...

392 FILUMENA L'infermiera...

èvete se n'è ghiuto, s'è 393. DOMENICO L'infermiera! Tutte quante! Appena 'o pr alzata dal letto... (mostra Filumena) e ha detto: "Dummi', simmo marito e mugliera!"

è a suo vantaggio l'articolo 122: Violenza ed 394. NOCELLA (a Filumena) E allora c' ò essere impugnato da qu errore. (Legge) "Il matrimonio pu ello degli sposi il cui

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 346

è stato estorto con violenza o escluso per effetto di errore". L'estorsione c'è conse nso stata: in base all'articolo 122, il matrimonio viene impugnato.

395. FILUMENA (sincera) Io nun aggio capito.

396. DOMENICO (convinto di dare una interpretazione giusta all'articolo del codice, a é dovevi morire... Filumena, volendo soverchiarla) Io ti ho sposata perch

ò essere sottoposto a condizioni, C'è 397. NOCELLA No, il matrimonio non pu l'articolo... mo nun m' 'o ricordo... Insomma dice: " Se le parti aggiungono un termine o ò procedere alla una condizione, l'ufficiale di stato civile, o il sacerdote, non pu celebrazione del matrimonio".

è stato... 398. DOMENICO Voi avete detto che l'immininte pericolo di vita non c'

399. FILUMENA (brusca) Statte zitto, ca manco tu he capito. Avvoca', spiegateve 'a napulitana.

è l'articolo. Leggetelo voi 400. NOCELLA (porgendo il foglio a Filumena) Questo stessa.

401. FILUMENA (strappa il foglio senza neanche guardarlo) Io nun saccio leggere e po' carte nun n'accetto!

402. NOCELLA (un po' offeso) Signo', siccome nun site stata mpunt' 'e morte, 'o matrimonio s'annulla, nun vale.

èvete? 403. FILUMENA E 'o pr

404. NOCELLA Ve dice 'o stesso. Anze, ve dice ch'avite oltraggiato il sacramento. Non vale!

í? 405. FILUMENA (livida) Nun vale? Avev' 'a mur

406. NOCELLA (pronto) Eco.

407. FILUMENA Si murevo...

408. NOCELLA Allora sarebbe stato validissimo.

è rimmasto impassibile) E lui si poteva 409. FILUMENA (mostrando Domenico che ammogliare un'altra volta, poteva avere dei figli...

à, ma sempre da vedovo. Quest'altra probabile donna avrebbe 410. NOCELLA Gi sposato della defunta signora Soriano.

411. DOMENICO Lei sarebbe diventata la signora Soriano... Morta!

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 347

412. FILUMENA (ironica, ma con amarezza) Bella soddisfazione! Allora io aggio è furmà na famiglia, e 'a legge nun m' 'o permette? E chesta è giustizia? spiso na vita p

ò sostenere un vostro principio, sia pure umano, 413. NOCELLA Ma la legge non pu rendendosi complice di un espediente perpetrato ai danni di un terzo. Domenico Sorianno non intende unirsi in matrimonio con voi.

414. DOMENICO E ci devi credere. Se hai qualche dubbio, chiama un avvocato di tua fiducia.

é m' 'o ddi 415. FILUMENA No, ce credo. No pecch ce tu che hai tutto l'interesse... No é m' 'o ddice l'avvocato, pecché io ll'avvucate nun 'e ccunosco... Ma guardànnote pecch nfaccia. Te pienze ca nun te cunosco? He pigliato n'ata vota 'a stess'aria 'e padrone. Te à nfaccia, cu ll'uocchie si' calmato... Na buscia me l'avarrisse ditta senza me guard é tu buscie nun n' he sapute maie dicere. È overo... nterra... pecch

416. DOMENICO Avvoca', voi procedete.

417. NOCELLA Se mi date mandato.

418. FILUMENA (rimane per nun attimo assorta. D'un tratto risponde all'ultima frase è altero, ma va crescendo di fervore, fino allo che le aveva rivolto Nocella. Il suo tono scatto) E io manco! (A Domenico) Io nemmeno te voglio! (A Nocella) Avvoca', è overo ca stevo mpunt procedete. Nun 'o voglio nemmeno io. Nun ' 'e morte. Vulevo à nu cugnome! Ma cunuscevo sulo 'a legge mia: chella fa'na truffa! Me vulevo arrub legge ca fa ridere, no chella ca fa chiagnere! (Grida verso il terrazzo) A vvuie, venite 'a à! cc

ó ferní? 419. DOMENICO (accomodante) Ma 'a vu

420. FILUMENA (Inviperita) Statte zitto! (Dal terrazzo ricompaiono i tre giovanotti un po' disorientati ed avanzano di qualche passo nella camera. Dal fondo, quasi è, contemporaneamente, Rosalia entra recando un vassoio con tre tazze de caff comprende la delicatezza del momento e, dopo aver appoggiato il vassoio su di un mobili, si pone in ascolto avvicinandosi quindi a Filumena, la quale, rivolta ai filgli, í apertamente parla loro) Guagliu', vuie site uommene! Stateme a sentí. (Mostra cos à sta 'a ggente: 'o munno. 'O munno cu' tutt' 'e llegge e cu' Domenico e Nocella) Cc tutt' 'e diritte... 'O munno ca se difende c' 'a carta e c' 'a penna. Domenico Soriano e à ce sto io: Filumena Marturano, chella ca 'a l'avvocato... (Mostrando se stessa) E cc è ca nun sape chìagnere. Pecché 'a ggente, Domenico Soriano, me l'ha ditto leggia soia sempe: " Avesse visto maie na lacrema dint' a chill'uocchie!" e io senza chiagnere... ''o vvedite?! ll'uocchie mieie so' asciutte comm' all'esca... (Fissando in volto i tre giovani) Vuie me site figlie!

421. DOMENICO ... Filume'!

ó mpedí 'e dicere, vicin' 'e figlie 422. FILUMENA (risoluta) E chi si' tu, ca me vu mieie, ca me so' ffiglie? (A Nocella) Avvoca', chesto 'a legge d' 'o munno m' 'o ú aggressiva permette, no?... (Pi che commossa) Me site figlie! E io so' Filumena à. Vuie site giuvinotte e avite ntiso parlà 'e me. Marturano, e nun aggio bisogno 'e parl

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 348

(I tre giovani rimangono impietriti: Umberto sbiancato in volto, Riccardo gli occhi a terra come vergognoso, Michele con la sua aria imbambolata per la meraviglia e la commozione. Filumena inncalza) 'E me nun aggi' 'a dicere niente! Ma 'e fino a quanno í. (Pausa). Avvoca', 'e ssapite chilli vascie... (Marca la parola) I tenevo diciassett'anne, s írgene, a Furcella, 'e Tribunale, 'o Pallunetto! Nire, bassi... A San Giuvanniello, a 'e V ó 'a stagione nun se rispira p' 'o calore pecché 'a gente è assaie, e 'a affummecate... add ò nun ce sta luce manco a mieziuorno... Io vvierno 'o friddo fa sbattere 'e diente... Add è luce nemmeno a mezzogiorno... Chin' 'e parlo napoletano, scusate... Dove non c' ó è meglio 'o friddo c' 'o calore... Dint' a nu vascio 'e chille, 'o vico San ggente! Add èramo? Na folla! Liborio, ce stev'io c' 'a famiglia mia. Quant' é. Nun m' 'o Io 'a famiglia mia nun saccio che fine ha fatto. Nun 'o vvoglio sap àvemo rricordo!... Sempe ch' 'e ffacie avutate, sempe in urto ll'uno cu'll'ato... Ce coric àvemo senza di: "Bongiorno!" Una parola bbona, me senza di': "Buonanotte!" Ce scet àtemo... e quanno m' 'arricordo tremmo mo pè tanno... Tenevo ricordo ca m' 'a dicette p ídece anne. Me dicette: " Te staie facenno grossa, e ccà nun ce sta che magnà, 'o ssaje? tr à. 'A " E 'o calore!... 'A notte, quanno se chiudeva 'a porta, nun se puteva rispir sera ce èvemo attuorno 'a tavula... Unu piatto gruosso e nun saccio quanta furchette. Forse mett nun era overo, ma ogne vota ca mettevo 'a furchetta dint' 'o piatto, me sentevo 'e à. Pareva comme si m' 'avesse arrubbato, chellu magnà!... Tenevo dic guard iassett'anne. àveno 'e ssignurine vestire bbene, cu' belli scarpe, e io 'e guardavo...... Passàveno Pass sott' 'o braccio d' 'e fidanzate. Na sera ncuntraie na cumpagna d' 'a mia, che manco 'a ú bello tutte cunuscette talmente steva vestuta bbona... Forse, allora, me pareva cchi í... cosí... cosí...." Nun durmette tutt' 'a notte... E 'o cose... Me dicette (sillabando): "Cos à, te ricuorde?... Chella calore... 'o calore... E cunuscette a tte! (Domenico trasale). L "casa" me pareva na reggia... Turnaie na sera 'o vico San Liborio,'o core me sbatteva. Pensavo: "Forse nun me guardaranno nfaccia, me mettarrannno for' 'a porta!" Nessuno mi disse niente: chi me deva 'a seggia, chi m'accarezzava... E me guardavano nomm' a à soggezione... à, quanno 'a iette a salutà, teneva una superiore a loro, che d Sulo mamm ú! (Quasi gridando) Nun ll'uocchie chin' 'e lagreme... 'A casa mia nun ce turnaie cchi ll'aggio accice 'e figlie! 'A famiglia... 'a famiglia! Vinticinc'anne ce aggio penzato! (Ai giovanotti) E v'aggio crisciuto, v'aggio fatto uommene, aggio arrubbato a isso (mostra è ve crescere! Domenico) p

423. MICHELE (si avvicina alla madre commosso) E va bbuono, mo basta! (Si ú) Certo ch'avivev' 'a fa' cchiú 'e chello ch'avite fatto?! commuove sempre pi

424. UMBERTO (serio, si avvicina alla madre) Vorrei dirvi tante cose, ma mi riesce ò una lettera. difficile parlare. Vi scriver

425. FILUMENA Nun saccio leggere.

ò io stesso. (Pausa) 426. UMBERTO E ve la legger

427. FILUMENA (guarda Riccardo in attesa che le si avvicini. Ma egli esce per il è andato... fondo senza dire parola) Ah, se n'

È carattere. Non ha capito. Domani, passo io per il 428. UMBERTO (comprensivo) suo negozio e gli parlo.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 349

è picco 429. MICHELE (a Filumena) Voi ve ne potete venire con me. 'A casa la, ma c'entriamo. Ce sta pure 'a luggetella. (Con gioia sincera) Chille, 'e bambine, domandavano sempe: 'A nonna... 'a nonna... e io mo dicevo na fessaria, mo ne dicevo à siente Pierer n'ata... Io quanno arrivo e dico: 'a nonna! (come dire: "Eccola!") ll otta! (Invogliando Filumena) Iammo.

í, vengo cu'tte. 430. FILUMENA (decisa) S

431. MICHELE E ghiammo.

432. FILUMENA Nu mumento. Tu aspettame sott' 'o purtone. (A Umberto) Scendetevene insieme. Dieci minuti. Aggia dicere na cosa a don Domenico.

433. MICHELE (felice) Allora, ampressa ampressa. (A Umberto) Voi scendente?

í, scendo, ti accompagno. 434. UMBERTO S

435. MICHELE (sempre allegro) Signori a tutti. (Avvindosi verso il fondo) Io mi ò volevo parlare... (Esce sentivo una cosa... Perci con Umberto).

436. FILUMENA Avvoca', scusate, duie minute... (Mostra lo "studio").

437. NOCELLA No, io me ne vado.

438. FILUMENA Duie minute sulamente. Me fa piacere che ci siete pure voi, dopo che ho parlato con don Domenico. Accomodatevi. (Nocella, a malincuore, esce per lo "studio". Rosalia, senza lasciarselo dire, esce per prima a sinistra. Filumena, posando le chiavi sul tavolo) Io me ne vaco, Dummi'. Di' all'avvocato che procedesse per vie legali. Io non nego niente e ti lascio libero.

439. DOMENICO 'O ccredo! Te pigliave na somma 'e denare senza fa tutte sti storie...

à 'a rrobba mia. 440. FILUMENA (sempre calmissima) Dimane me manno a pigli

441. DOMENICO ( un po' turbato) Si', na pazza, chesto si'. Hai voluto guastare la pace é glielo hai detto? di quei tre poveri giovani.Chi te l'ha fatto fa'? Perch

é uno 'e chilli tre è figlio a te! 442. FILUMENA (fredda) Pecch

443. DOMENICO (rimane con lo sguardo fisso su Filumena inchiodato a quell'assurda à. Dopo una pausa, cercando di verit reagire alla piena dei suoi sentimenti) E chi te crede?

è figlio a te! 444. FILUMENA Uno 'e chilli tre

à) Statte zitta! 445. DOMENICO (non osando gridare, con gravit

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 350

446. FILUMENA Te putevo dicere ca tutt'e tre t'erano figlie, ce avarrisse creduto... T' è overo. T' 'o pputevo dicere primma? Ma tu ll'avarrisse 'o ffacevo credere! Ma nun à. disprezzate all'ati duie... E io e'vvulevo tutte eguale, senza particularit

è overo! 447. DOMENICO Nun

È overo, Dummi', è overo! Tu nun te ricuord 448. FILUMENA e. Tu partive, ive a Londra, Parigge, 'e ccorse, 'e ffemmene... Na sera, una 'e chelli tante, ca, quanno te ne é ca ive, me regalave na cart' 'e ciento lire... na sera me diciste: "Filume', facimm' avved ce vulimmo bene", e stutaste 'a luce. Io, chella sera te vulette benne overamente. Tu, é... no, tu avive fatto avved

E quanno appicciaste 'a luce n' ata vota, me diste 'a soleta carta 'e ciento lire. Io ce segnaie 'a data e 'o giorno: 'o ssaie ca 'e nummere 'e ssaccio fa... Tu po' partiste e io t'aspettaie comm'a na santa!... Ma tu nun te ricuorde quanno fuie... E nun te dicette niente...Te dicette c''a vita mia era stata sempe'a stessa... E, infatti, quanno me n'addunaie ca nun avive capito niente, fuie n'ata vota 'a stessa.

449. DOMENICO (con tono perentorio che maschera il suo inconsapevole orgasmo) E è! chi

450. FILUMENA (decisa) E... no, chesto nun t' 'o ddico! Hann' 'a essere eguale tutt' 'e tre...

451. DOMENICO (dopo un attimo di esitazione, come obbedendo ad un impulso) Nun è overo. ò essere overo! Me l'avresti detto allora, per legarmi, pe' ,e tené stritto .. Nun p ía stata nu figlio... e tu Filumena Marturano, di dint' a na mano. L'unica arma sarr quest'arma te ne saresti servita subito.

ídere.. 452. FILUMENA Me l'avarrisse fatto acc . Comm' 'a penzave tu, allora... E pure ídere! Me mo! Tu nun te si' cagnato! No una, ma ciento vote, me l'avarrisse fatto acc è vivo 'o figlio tuio! mettette appaura 'e t' 'o ddicere! Sulo per me,

è? 453. DOMENICO E chi

454. FILUMENA Hann' 'a essere eguale tutt' 'e tre!

455. DOMENICO (esasperato, cattivo) E songo eguale!... So' ffiglie tuoie! E nun 'e é. Nun 'e ccunosco... nun 'o cunosco... Vatténne! vvoglio ved

à, ca murarrisse 456. FILUMENA Te ricuorde, aiere, quanno te dicette: "Nun giur à 'a lemmòsena tu a mme" ? Perciò t' 'o dannato, si nu iuorno nun me putisse cerc órdate: si chello ca t'aggio ditto 'o ddice a 'e ddicette. Statte bbuono, Dummi'. E ricu figlie mieie... t'accido! Ma no comm' 'o ddice tu, ca me l'he ditto pe' venticinc'annne... comme t' 'o ddice Filumena Marturano: t'accido! He capito!??...(Verso lo "studio" energica) Avvoca', venite... (Alludendo a Diana) Viene pure tu, nun te faccio niente... He vinciuto 'o punto. Me ne vaco. (Chiamando verso sinistra) Rosali', viene. Me ne à 'a rrobba mia. vaco. (Abbraccia Rosalia che entra e a lei) Dimane me manno a pigli íto da Diana, mentre dal fondo, senza parlare, (Dallo "studio" compare Nocella, segu

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 351

entra Alfredo). Statevi bene, ve saluto a tutte quante. Pure a vvuie, avvoca', e scusate. à) T' 'o (Dal fondo viene anche Lucia). He capito, Dummi'... (Con ostentata giovialit ddico nnnanz' 'a ggente: nun dicere niente 'e chello che t'aggio ditto. A nisciuno! Tienatello pe' te. (Prende dal seno un medaglione, lo apre e ne estrae, ripiegato diverse volte, un consunto biglietto da cento. Ne strappa un pezzetto, poi a Domenico) Ci avevo segnato sopra un conticino mio, nu cunticiello ca me serve. Tiene. (Poggia il biglietto sul tavolo e, con tono quasi allegro, ma profundamente sprezzante, gli dice) 'E figlie àvano! (Esce per il fondo a sinistra dicendo ) Bona iurnata a tutte quante. nun se p

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 352

ATT O TERZO

La medesima scena degli atti precedenti. Fiori un po' da per tutto. Non mancano cesti ben confezionati com, appuntati in cima, i biglietti dei donatori. I fiori saranno di colore delicato, non rossi, ma nemmeno bianchi. Un'aria di festa traspira da ogni angolo della casa. La tenda, che divide la camera da è completamente chiusa. Sono trascorsi dieci mesi dal s pranzo dallo studio, econdo atto. È quasi sera.

Rosalia entra dal fondo a destra in abito da festa. Contemporaneamente dallo studio è completamente mutato. Non un gesto, non una intonazione che entra Domenico: È d caratterizzavano la sua natura autorevole, si scorgono in lui. ivenuto mite, quasi ú bianchi. Vedendo Rosalia che si avvia a sinistra, la umile. I capelli sono un po' pi ferma.

è, site asciuta, vuie? 457. DOMENICO Ched'

458. ROSALIA Sono andata a fare una commissione per donna Filumena.

459. DOMENICO Che commissione?

è, site geluso? Sono andata al vicolo San 460. ROSALIA (insinuante, bonaria) Ched' Liborio...

461. DOMENICO A ffa' che?

è, chillo overamente è geluso! 462. ROSALIA (scherzosa) Gu

463. DOMENICO Ma che geluso. Me ne so' addunato ampressa.

464. ROSALIA Io scherzo. (Guardando con circospezione verso la stanza di é nun 'o vo' fa' Filumena) Io v' 'o ddico... ma nun dicite niente a donna Filumena, pecch é. sap

465. DOMENICO E allora nun m' 'o ddicite.

é è una cosa che 466. ROSALIA E no... Io, po', penso che faccio bene a dirvelo, perch à mille lire e cinquanta candele 'a Madonna d' 'e rrose 'o le fa onore. M'ha fatto purt vico San Liborio. E m'ha fatto da' l'incarico a na vecchia d' 'o vico, che provvede sempre p' 'e fiore, p' 'a lampa, p' 'a cerca, di accendere le candelle alle sei precise. E sapite é? Pecché alle sei è fissato 'o matrimmonio. Mentre spusate ccà, s'accendono 'e pecch candele nnanz' 'a Madonna d' 'e rrose.

467. DOMENICO Ho capito.

è anche ringiovanita. Pare na 468. ROSALIA Na santa, ve pigliate, na santa. E s' è bella! E io ce 'o dicevo: "Ve pare che don Dummíneco se scorda 'e figliulella: quant' à 'o matrimonio pe' puntiglio... Ma io 'a funzione è comme si 'a vuie? Ha vuluto annull tenesse nnanz' all'uocchie".

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 353

469. DOMENICO (un poco infastidito dalla cicalata di Rosalia) Va buo', donna Rosali', iate dint'addu Filumena.

470. ROSALIA Sto andando. (Ma, quasi suo malgrado, continua a parlare) E si nun era per lei... finivo male, io. Mi prese in casa e qua so' rimasta, e qua resto, e qua moro.

471. DOMENICO Fate voi!

472. ROSALIA Io tengo tutto pronto. C'aggi' 'a fa'?... (Alludendo al suo ultimo abbigliamento) 'A camicia bianca lunga cu' 'o pezzotto 'e merletto, 'a mutanda, 'e ccalze bianche, 'cuffia. Sta tutto dint' a nu tiretto conservato. E lo sappiamo io e donna è, io nun tengo a nisciuno. Si turnassero 'e figlie Filumena. Essa mi deve vestire. Emb miei, che io ci tengo sempre la speranza... Permettete. (Ed esce a sinistra).

473. DOMENICO (rimasto solo, gira un po' per la stanza, osserva i fiori, legge qualche biglietto, poi, macchinalmente, completa ad alta voce il suo pensiero) E va bene!

Dal fondo a destra si udranno le voci confuse di Umberto, Riccardo e Michele.

è alle sei. 474. MICHELE (dall'interno) Alle sei. La funzione

à un appuntamento... 475. RICARDO (c. s.) Ma quando uno d

476. UMBERTO (c. s.) Ma io sono stato puntuale.

I tre giovanotti entrano sempre parlando.

477. MICHELE Ma noi abbiamo detto alle cinque. Io tre quarti d'ora ho tardato.

478. RICCARDO E he ditto niente!

479. MICHELE E va bene, ma l'apputamento s'intende sempre una mezz'ora dopo. Se è alle cinque... alle cinque per le cinque e mezza, le sei meno un quarto...

480. RICCARDO (ironico) ... 'o giorno appresso, 'o mese che trase...

ú... Pecché 481. MICHELE Oi ni', io tengo quattro figlie e orologge nun n'accatto cchi chille ca tenevo l'hanno scassato tuttu quante!

482. UMBERTO (scorgendo Domenico saluta rispettosamente) Don Domenico, buonasera.

483. RICCARDO (con lo stesso tono rispettoso) Don Domenico...

484. MICHELE Don Domenico

E tutti e tre si schierano di fronte a Soriano, in silenzio.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 354

è, e non parlate piú? Stíveve 485. DOMENICO Buonasera. (Lunga pausa). Mb parlanno.

à... 486. UMBERTO (un po' confuso) Gi

è... si parlava e poi... cosí. 487. RICCARDO Emb

évem' 'a ferní 'e parlà. 488. MICHELE Na vota av

489. DOMENICO Appena m'avite visto... (A Michele) Si'arrivato tarde all'appuntamento?

490. MICHELE Sissignore, don Dome'.

491. DOMENICO (a Riccardo) E tu si' arrivato in orario.

492. RICCARDO Sissignore, don Dome'.

493. DOMENICO (a Umberto) E tu?

494. UMBERTO In orario, don Dome'.

495. DOMENICO (ripete come parlando a se stesso) In orario, don Dome'... (Pausa) . è alle sei. Il tempo c'è. Alle sei viene E sedetevi. (I tre giovanotti seggono). La funzione il sacerdote. E... noi siamo fra di noi. Filomena non ha voluto nessuno. Vi volevo dire... io ve l'ho detto pure un'altra volta... Mi sembra che questo "don Dome"... A me nun me piace.

à. 496. UMBERTO (timido) Gi

à. 497. RICCARDO (c. s.) Gi

à. 498. MICHELE (c. s.) Gi

499. UMBERTO Ma non ci avete detto come vorreste essere chiamato.

é a ísseve capito vuie. 500. DOMENICO E non ve l'ho detto perch vrei voluto che l'av à preso l'appuntamento con l'avvocato per la pratica Stasera sposo vostra madre; ho gi che vi riguarda . Domani vi chiamerete come me: Soriano...

I tre giovani si guardano interrogandosi vicendevolmente sul modo di come risponndere. Ciascuno aspetta che l'altro si decida a parlare per primo.

é penso che 501. UMBERTO (facendosi coraggio) Ecco, vedete... rispondo io, perch tutti e tre siamo pervasi dallo stesso sentimento. Non siamo dei bambini, siamo degli uomini... e non possiamo, con disinvoltura, chiamarvi come, giustamente e generosamente, ci proponete di chiamarvi. Certe cose... bisogna sentirle dentro.

502. DOMENICO (con ansia interrogativa) E tu, dentro, non senti questo... diciamo à di chiamare a uno... a me, per esempio, papà? bisogno... questa necessit

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 355

503. UMBERTO Non vi saprei mentire e non lo meritereste. Almeno per il momento: no!

504. DOMENICO (un po' deluso, rivolgendosi a Riccardo) E tu?

505. RICCARDO No, io nemmeno.

506. DOMENICO (a Michele) Allora tu?

507. MICHELE Io nemmeno, don Dome'!

à, col tempo, uno ce fa l'abitudine. Mi fa piacere, sono contento 508. DOMENICO Gi é siete tre bravi ragazzi. Ognuno di voi lavora, chi di trovarmi con voi, sopra tutto perch à, con la stessa tenacia. in nu campo, chi in un altro; ma con la stessa buona volont Bravi. (A Umberto) Tu sei impiegato e, per quanto mi risulta, svolgi il tuo lavoro con à ed orgoglio. Scrivi degli articoli. seriet

509. UMBERTO Qualche novelletta.

à... 510. DOMENICO Gi la tua ambizione sarebbe quella di diventare un grande scrittore.

511. UMBERTO Non ho questa pretesa.

é? Sei giovane. Capisco che per riuscire in questo campo si 512. DOMENICO E perch deve avere transporto, ci si deve nascere...

513. UMBERTO E io non credo di esserci nato. Sapeste quante volte, preso dalla è un'altra". sfiducia, dico fra me e me: "Umbe', hai sbagliato... La tua strata

514. DOMENICO (interessato) E quale altra potev'essere? Voglio dire, che ata cosa te ía piaciuto 'e fa' ne sarr lla vita?

è ragazzi. 515. UMBERTO Chi lo sa: sono tante le aspirazioni di quando si

è tutta una combinazione. Io, per esempio, 516. RICCARDO Quella poi, la vita, é facevo l'amore con una camiciaia! comme me trovo 'o negozio a Chiaia? Perch

517. DOMENICO (cogliendo a volo) He fatt' 'ammore con molte ragazze, tu?

í... non c'è male... (Domenico si alza interessato, scrutando ogni 518. RICCARDO Cos atteggiamento di Riccardo per scorgere in lui un gesto, un accento, ricollegabile alla sua íte ched'è? Non arrivo a trovare il tipo mio. Veco a una, me piace e giovinezza) Sap è essa..." E subito penzo: "M' 'a sposo". Poi, veco a n'ata e me pare ca me dico: "Chesta ú assaie. Nun me faccio capace: ce sta sempe na femmena meglio 'e chella ca piace cchi uno ha cunusciuto primma!

ú calmo, piú riflessivo, in materia di 519. DOMENICO (a Umberto) Tu, invece, sei pi donne.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 356

è poco da essere 520. UMBERTO Fino ad un certo punto. Con le ragazze di oggi, c' ó v'avutate vedete be è difficile. riflessivo. Vuie, p' 'a strada, add lle ragazze. La scelta C'aggi' 'a fa', tante ne cambio fino a che trovo chella che dich'i'.

521. DOMENICO (rimane turbato nel constatare anche in Umberto la medesima àceno 'e ffemme tendenza di Riccardo. A Michele) E tu?... A te pure te pi ne?

522. MICHELE Io me nguaiaie ampressa ampressa. Conobbi a mia moglie e... ti saluto. Adesso devo stare con due piedi in una scarpa, con mia moglie non si scherza... é le ragazze non mi piacessero... E allora, capite, mi faccio i fatti miei. Non perch ma é mi metto paura! perch

é pure a te te piàceno 'e ffemmene... (Pausa. 523. DOMENICO (scoraggiato) Perch Poi tentando ancora di scrutare) Io quando ero giovane cantavo. Ci univamo sette, otto amici... Allora era l'epoca delle serenate. For' 'a loggia, si cenava e poi finiva sempre a canzone: mandolini, chitarre... Chi canta 'e vuie?

524. UMBERTO Io no.

525. RICCARDO Io nemmeno.

í. 526. MICHELE Io s

527. DOMENICO (felice) Tu cante?

à? Din 528. MICHELE Comme! E si no, comme facesse a lavor t' 'a bottega canto sempe.

í quacche cosa. 529. DOMENICO (ancioso) Famme sent

í? 530. MICHELE (schivo, pentito della sua ostentazione) Io? E che ve faccio sent

ó tu. 531. DOMENICO Chello che vu

è?... Ca me metto scuorno. 532. MICHELE Sapete ched'

533. DOMENICO E tu dint' 'a puteca nun cante?

è n'ata cosa... 'A sapite: "Munastero 'e Santa Chiara"? Quant'è 534. MICHELE Ma bella! (Comincia ad accennare la canzone con voce incolore e stonata) "Munastero 'e é pecché ogne sera Santa Chiera - tengo 'o core scuro scuro- ma pecch - penzo a Napule comm'era..."

í saccio cantà pur'io... Addó 'a tiene 'a 535. RICCARDO (interrompendolo) E accuss voce?

è voce? 536. MICHELE (quasi offeso) Chesta nun

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 357

537. UMBERTO Con questa voce posso cantare anch'io.

538. RICCARDO E io no?

ò cantare chiunque. (A Riccardo) Famme sentí 539. DOMENICO Con questa voce pu tu.

540. RICCARDO Ma io non mi permetto. Nun tengo 'a faccia tosta 'e chisto. Appena, appena... (Accenna il motivo) "Munastero 'e Santa Chiara - tengo 'o core scuro scuro... é, pecché ogne sera Ma pecch - penzo a Napule comm'era..." (Umberto continua la frase è... (Michele canta anche lui). No... nun overo... insieme a lui) Penzo a Napule comm' No nun ce crero...

Ne nasce un coro scordato e inumano.

è 541. DOMENICO (interrompendoli) Basta, basta... (I tre zittiscono). Stateve zitte: è possibile... Tre napulitane ca nun sanno cantà! meglio... State emozionati... Non

542. FILUMENA (entra da sinistra in un vistosissimo abito nuovo. Pettinatura alta è "alla napolitana", due file di perle al collo. Orecchini a "toppa". Il suo aspetto diventato quasi giovanile. Parla a Teresina, la sarta, che la segue con Rosalia e Lucia) Tu qua' impressione, Teresi', 'o difetto ce sta!

è una 543. TERESINA ( di quelle sarte napoletane che non disarmano: nel senso che le è addirittura irritante) offese delle clienti deluse non la sfiorano nemmeno. La sua calma Ma 'o vedite vuie stu difetto, donna Filumena mia. Io, mo nce vo, so' tant'anne ca ve servo...

à a ffaccia a ffaccia. 544. FILUMENA Tu tiene 'a faccia tosta! Si' capace 'e neg

545. TERESINA Allora aggi' 'a dicere ca ce sta 'o difetto?

à. 546. MICHELE Buonasera, mamm

547. RICCARDO Buonasera e auguri.

548. UMBERTO Buonasera e auguri.

549. FILUMENA (lietamente sorpresa) Vuie state lloco? Bonnasera! (A Teresina, é ce sta 'o difetto? Pecché quanno haie nu taglio 'e stoffa cocciuta) E ssaie pecch í 'o vestetiello p' 'a piccerella toia... mmano, he 'a fa' asc

550. TERESINA Uh, guardate!

à ce capitaie... 'A vedette io, 'a piccerella toia, cu' nu vestito fatto 551. FILUMENA Io gi é 'a nu vestito mio. cu' 'a stoffa ca faciste rimman

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 358

í, me facite piglià collera. (Con altro tono) Certo 552. TERESINA Si dicite accuss quanno 'a stoffa resta... (Filumena la guarda con rimprovero). Ma nun sacrifico maie 'a ía cuscienza. cliente. Nun sarr

553. ROSALIA (ammirata) Donna Filume', vuie state na bellezza! Site proprio 'a sposa!

í stu vestito? 554. TERESINA Ma comme avev' 'a ven

à 'a rrobba; he capito? 555. FILUMENA (livida) Nun t'aviv' 'a arrub

í nun avit' ''a dícere... Allora faccio 'a 556. TERESINA (un po' offesa) E accuss é 'a mala nutizia si è rimasta tanto 'e rrobba... (Fa il gesto per mariola? Aggio av à irrisoria indicare una quantit )

557. DOMENICO (che fino a quel momento ha assistito alla scena com impazienza, à tutto assorto in una sua idea fissa e corrucciante, a Filumena) Filume', io t'aggi' 'a parl nu mumento.

558. FILUMENA (fa qualche passo verso Domenico, ma zoppica a causa delle scarpe nuove che le fanno dolore) Madonna... sti scarpe...

559. DOMENICO Te fanno male? Levatelle e te miette n'atu paro.

ícere? 560. FILUMENA Che m'he 'a d

561. DOMENICO Teresi' se ve ne andate ci fate piacere.

é e 562. TERESINA Comme no? Mo me ne vado. (Piega un panno nero che aveva con s lo mette sul braccio) Auguri e buona fortuna. ( A Lucia avviandorsi per il fondo) Neh, e íta da Lucia). comme avev' 'a ji', chillu vestito? (Esce segu é 'o cumpare e 563. DOMENICO (ai tre giovanotti) Vuie iate dint' 'o salotto a tratten àgnale. 'a cummara. 'E ddate a bere qualche cosa. Rusali', accump

í. (Ai tre giovanotti) Venite.. (Esce per lo studio) 564. ROSALIA (annuisce) Gnors

565. MICHELE (ai fratelli) Iammo, venite.

566. RICCARDO (irridendolo) Tu he sbagliato professione. A viv' 'a ji' a San Carlo.

Ridendo, i tre giovanotti escono per lo studio.

567. DOMENICO (guarda Filumena, l'ammira) Comme staie benne, Filume'... Si' ía che tu puo' fa' turnata n'ata vota figliola... E si stesse tranquillo, sereno, te diciarr ancora perdere 'a capa a n'ommo.

568. FILUMENA (vuole evitare, a tutti i costi, l'argomento che sta a cuore a Domenico e del quale ella ha intuito il tenore. Evade) Me pare ca nun manca niente. So' stata í stunata, ogge accuss .

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 359

569. DOMENICO Io invece nun stongo traquillo e nun stongo sereno.

ó sta' tranquillo? Uno pò fa' 570. FILUMENA (fraintendendo ad arte) E che vu affidamento sulo su Lucia. Alfredo e Rosalia so' duie viecchie...

à discorso, Filume'; nun 571. DOMENICO (riprende il discorso iniziato) Nun cagn à discorso pecché tu staie penzanno chello che sto pensanno io... (Continuando) E cagn à, sta serenità, m' 'a puo' da' tu sola, Filume'... sta tranquillit

572. FILUMENA Io?

573. DOMENICO Tu he visto c'aggio fatto chello ca vulive tu. Dopo l'annullamento del à. E no una vota ma tanta vote ... pecché tu facive matrimonio te venette a chiamm dicere ca nun ce stive. So' stato io, ca so' venuto addu te e t'aggio ditto: "Filume', àmmece". spus

574. FILUMENA E stasera ce spusammo.

575. DOMENICO E si' felice?... Almeno, credo.

576. FILUMENA Comme no?

éttate, stamme a sentí. 577. DOMENICO E allora m'he 'a fa' sta' felice pure a me. Ass (Filumena siede). Si tu sapisse quanta vote, in questi ultimi mesi, ho cercato di parlarti e non ci sono riuscito. Ho tentato con tutte le mie forze di vincere questo senso di pudore è mancato il coraggio. Capisco, l'argomento è delicato e fa male a me stesso e me n' à. Tra metterti di fronte all'imbarazzo delle risposte; ma nuie ce avimm' 'a spus poco ci troveremo inginocchiati davanti a Dio, non come due giovani che ci si trovano per aver ú semplice creduto amore un sentimento che poteva essere soddisfatto ed esaurito nel pi e naturale dei modi... Filume', nuie 'a vita nosta ll'avimmo campata... io tengo cinquantaduie anne passate e tu ne tiene quarantotto: due coscienze formate che hanno il dovere di comprendere con crudezza e fino in fondo il loro gesto e di affrontarlo, à. Tu saie pecché me spuse: ma io assumendone in pieno tutta la responsabilit no. Io é m'he dito che uno 'e chilli tre è figlio a me... saccio sulamente che ti sposo pecch

578. FILUMENA Sulo pe' chesto?

é te voglio bene, simme state nzieme vinticinc'anne, e 579. DOMENICO No... Pecch vinticinc'anne rappresentano una vita: ricordi, nostalgie, vita in comune... l'ho capito da é ce credo; sono cose che si sentono, e io lo me che mi troverei sbandato... e po' , pecch ò te sto parlanno accussí. (Grave, accorato) Io 'a notte sento. Ti conosco bene e perci ú nun dormo. So' diece mise, 'a chella sera, te ricuorde?... che nun aggio truvato cchi pace. Nun dormo, nun mangio, nun me spasso... nun campo! Tu nun saie dint' a stu core í... (come per respirare una che tengo... Na cosa ca me ferma 'o respiro... Faccio accuss à... (mostra la gola) e tu nun me può fa' campà boccata d'aria) e 'o respiro se ferma cc í. Tu tiene core, si' na femmena c'ha campato, che capisce e m'aviss' 'a vulé pure accuss ò fa' campà accussí! Te ricuorde quanno me diciste: "Nun nu poco 'e bbene. Nun me p à..." e io n à l'elemosina... E t' 'a cerco giur un giuraie. E, allora, Filume', t' 'a pozzo cerc ó tu: inginocchiato, baciannote 'e mmane, 'a vesta... Dimmello, Filume' comme vu

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 360

è figliemo, 'a carne mia... 'o sango mio... E me l'he 'a dicere, pe' te stes dimme chi sa, pe' nun da' l'impressione che staie facenno nu ricatto... Io te sposo 'o stesso, t' 'o giuro!

580. FILUMENA (dopo una lunga pausa, durante la quale ha lungamente quardato il ó sapè?... E io t' 'o ddico. A me basta che te dico: "Tuo è chillu suo uomo) 'O vvu figlio à". Allora tu che faie? Cercherai di portartelo sempre con te, penserai a dargli un l ú denaro a lui che avvenire migliore e, naturalmente, studierai tutti i modi per dare pi agli altri due...

è? 581. DOMENICO B

582. FILUMENA (dolce, insinuante) E aiutalo allora: ha bisogno, tene quatto figlie.

583. DOMENICO (con ansi interrogativa) L'operaio?

584. FILUMENA (assentendo) L'idraulico, comme dice Rosalia.

585. DOMENICO (a se stesso, man mano esaltandosi nei suoi ragionamenti) ... Un é si è ammogliato cosí presto? Con buon ragazzo... ben piantato... di buona salute. Perch ò guadagnà?... È un''arte anche quella. Con un capitale a una piccola bottega che p ò mettere una piccola officina con operai, lui fa da padrone: un negazi dispisizione p o di apparecchi idraulici moderni... (D'un tratto guarda Filumena con sospetto) Guarda, à, quallo ammogliato, il piú bisognoso... guarda... proprio 'o stagnaro... l'idraulico! E gi

586. FILUMENA (fingendo disappunto) E na mamma ch' da fa'?... Deve cercare di ú debole... Ma tu nun l'he creduto... Tu, si' furbo, tu... È Riccardo, 'o aiutare il pi commerciante.

587. DOMENICO 'O camiciaio?

è Umberto, 'o scrittore. 588. FILUMENA No,

ó mettere 589. DOMENICO (esasperato, violento) Ancora... ancora me vu cu' 'e spalle nfaccia 'o muro?... Fino all'ultimo!

590. FILUMENA (commossa per il tono accorato e affranto con cui Domenico ha ú intimi per pronunciato le sue parole, cerca di raccogliere tutti i suoi sentimenti pi trarne, in sintesi, la formula di un discorso persuasivo, che finalmente dia all'uomo delle énteme buono, Dummi', e po' nun ce turnammo spiegazioni concrete e definitive) Si ú ncoppa. (Con uno slancio d'amore da lungo tempo contenuto) T'aggio vuluto cchi bene cu' tutt' 'e fforze d' 'a vita mia! All'uocchie mieie tu ire nu Dio... e ancora te voglio bene, e forse meglio 'e primma... (Considerando d'un tratto l'inavvedutezza e í afforza... 'O l'incompresione di lui) Ah, c'he fatto, Dummi'!... 'E vuluto suffr padreterno t'aveva dato tutto p'essere felice: salute, presenza, denaro... a me: a me, ca pe' ía stata zitta, nun avarría parlato manco mpunt' 'e morte... e nun te da' nu dulore, me sarr tu, tu sarrisse stato ll'ommo generoso c'aveva fatto bene a tre disgraziate... (Pausa). Nun à cc ú pecché nun t' 'o ddico. Nun t' 'o pozzo dicere... E tu devi essere m' 'addimann hi é, p' 'o bbene che te voglio, in un momento galantuomo a non domandarmelo mai, pecch

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 361

di de bolezza, Dummi'... e sarebbe la nostra rovina. Ma nun he visto che, non appena io à ai denari... 'o ti ho detto c' 'o figlio tuio era l'idraulico, subito he cominciato a penz é tu ti preoccupi e giustamente, pecché tu dice: "E capitale... il grande negozio... Pecch à: "E pecché nun ce 'o ppozzo dicere ca denare so' 'e mieie". E accumience a penz èneno?" L'inferno!... Tu capisci songo 'o pate?" " E ll'ati duie chi songo?" "Che diritto t che l'interesse li metterebbe l'uno contro l'altro... Sono tre uomini, nun no' tre guagliune. íano capace 'e s'accídere fra di loro... Nun penzà a te, nun penzà Sarr a mme... pienz' a loro. Dummi', 'o bello d' 'e figlie l'avimmo perduto!... 'E figlie so' chille che se teneno ànno preoccupazione quanno stanno malate e nun mbraccia, quanno so' piccerille, ca te d ènteno... Che te corrono incontro te sanno dicere che se s cu' 'e braccelle aperte, dicenno: à!"... Chille ca 'e vvide 'e vení d' 'a scola cu' 'e manelle fredde e 'o nasillo russo e "Pap te cercano 'a bella cosa... Ma quanno so' gruosse, quanno song'uommene, o so' figlie tutte quante, o so' nemice... Tu si' ancora a tiempo. Male nun te ne voglio... Lasciammo sta 'e ccose comme stanno, e ognuno va p' 'a strada soia!

Internamente si udranno i primi accordi di prova di un organo.

íta daí tre giovani) È venuto... è venuto 'o r 591. ROSALIA (dallo "studio" segu icco sacerdote...

à!... 592. MICHELE Mamm

593. DOMENICO (si alza dal tavolo e guarda tutti lungamente. Poi, come una decisione immediata) Lasciammo sta' 'e ccose comme stanno, e ognuno va p' 'a strada soia... (Ai ragazzi) Io vi devo parlare... (Tutti attendono sospesi). Sono un galantuomo í... e non mi sento d'ingannarvi. Stateme a sent

í, papà! 594. I TRE S

595. DOMENICO (commosco guarda Filumena e decide) Grazie. Quanto m'avite è sempre il padre che fatto piacere... (Riprendendosi) Allora... Quando due si sposano accompagna la sposa all'altare. Qua genitori non ce ne sono... Ci sono i figli. Due accompagnano la sposa, e uno accompagna lo sposo.

à 'accumpagnammo nuie. (Si avvia verso Filumena e invita 596. MICHELE A mamm Riccardo a fare altrettanto).

597. FILUMENA (improvvisamente ricordando) Che ore songo?

598. RICCARDO Mancano cinque minuti alle sei.

599. FILUMENA (si avvicina a Rosalia) Rosali'...

ícceno 'e ccannéle pure llà 600. ROSALIA Nun ce penzate. Alle sei precise s'app .

601. FILUMENA (appoggiandosi al braccio di Michele e a quello di Riccardo) Iammo... (Ed entrano nello studio).

602. DOMENICO (a Umberto) E a me m'accumpagne tu...

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 362

Form ano il breve corteo ed entrano nello "studio". Rosalia commosa, mite come sempre, rimane al suo posto battendo le mani e guardando la tenda. Internamente, l'organo intona la "Marcia Nuziale". Ora Rosalia piange. Poco dopo la raggiunge Alfredo, ed insieme seguono la cerimonia. Anche Lucia si unisce a loro.Le luci scendono in "resistenza" fino al buio completo. Dal terrazzo giunge lentamente un È passato del tempo. raggio lunare, e pian piano si accende la luce del lampadario.

íta da Umberto, Michele e Rosalia entra dallo "studio" difilato, 603. FILUMENA (segu va verso sinistra) Che stanchezza, Madonna!

604. MICHELE E mo v'arrepusate. Ce ne iammo pure nuie. Dimane tengo ' 'a puteca.

605. ROSALIA (con una guantiera contenente dei bicchieri vuoti, verso Filumena) î, augurî, augurî... Che bella funzione! Cient'anne he ' à, figlia mia, ca Augur a camp figlia me puo' essere!

È stata proprio na bella funzione. 606. RICCARDO (dallo "studio")

607. FILUMENA (A Rosalia) Rusali', nu bicchiere d'acqua.

608. ROSALIA (marcando) Subito, signora.... (Esce dal fondo)

609. DOMENICO (dallo "studio", recando una bottiglia di vino "speciale" con il tappo cosparso di ceralacca) Niente invitati, niente banchetto, ma na butteglia in famiglia, ce évere... (Prende il cavatappi sul mobile di fondo) Questo ci accompagnerà l'avimm' 'a v a dormire. (Stappa la bottiglia).

610. ROSALIA (ritorna con un bicchiere d'acqua in un piatto all'uso napolitano) Ecco l'acqua.

611. DOMENICO C'avimm' 'a fa' cu ll'acqua?

612. ROSALIA (come per dire "Me l'ha chiesto donna Filumena") 'A signora.

è malaugurio. E 613. DOMENICO Dincello, 'a signora, che, di questa serata, l'acqua chiamma pure a Lucia ... Mo me scurdavo... chiama pure Alfredo Amoroso: montatore e é conoscitore di cavalli da corsa. guidatore nonch

énete a bere 614. ROSALIA (chiama verso il fondo a destra) Alfre'... Alfre', viene, vi nu bicchiere 'e vino cu 'o signore... Luci', viene tu pure.

íto da Lucia) Eccomi prisento. 615. ALFREDO (dal fondo, segu

616. DOMENICO (ha riempito i bicchieri ed ora li distribuisce) Teh, Filume', vive. (Agli altri) Bevete.

617. ALFREDO (trincando) 'A salute!

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 363

618. DOMENICO (guarda il suo fedele con tenerezza e nostalgia) Te ricuorde, Alfre', quanno 'e cavalle nuoste currevano?

ío! 619. ALFREDO Perd

620. DOMENICO Se so' fermate... Se fermaieno tantu tiempo fa. E io nun 'o vvulevo credere, e dint' 'a fantasia mia 'e vvedevo sempe 'e correre. Ma, mo, aggiu capito ca à 'a nu sacco 'e tiempo! (Mostra i giovanotti) Mo hann' 'a correre s'erano fermate gi à úvene, so' pullidre 'e sango! Che figura lloro! Hann' 'a correre sti cavalle cc , ca so' gi íamo si vuléssemo fa' correre ancora 'e cavalle nuoste? íamo ridere faciarr Ce faciarr nfaccia, Alfre'!

ío! 621. ALFREDO Perd

622. DOMENICO Bive, Alfre'... (Tutti bevono) 'E figlie so' ffiglie! E so' pruvvidenza. E sempre, sempre... quando, in una famiglia, ce ne sono tre o quattro, sempre succede che il padre ha un occhio particolare, che so io, un riguardo speciale per uno dei quattro. é è cchiú brutto, o pecché è malato, o pecché è cchiú prepot ú O pecch ente, cchi È quasi un capuzziello... E gli altri figli non se l'hanno a male... lo trovano giusto. é la nostra famiglia si è diritto del padre. Fra noi questo non ha potuto accadere, perch è meglio. Vuol dire che quel bene che riunita troppo tardi. Forse io avrei avuto il dirito di volere ad uno dei miei figli... lo divido fra tutti e tre. (Beve) 'A salute! (Filumena non risponde. Ha preso, dal seno, un mazzolino di fiori d'arancio e , di tanto in tanto, ne aspira il profumo. Domenico si volge ai tre giovani, bonario) Guagliu', dimane ve ne à ccà. venite a mangi

623. I TRE Grazie.

é è tardi e 624. RICCARDO (avvicinandosi verso la madre) Ora vi lasciamo perch à se vo' arrepusà. Stàteve bbona, mammà. (La bacia) Auguri e ce vedimmo mamm dimane.

àteve bbona. 625. UMBERTO (imitando il fratello) St

626. MICHELE Buonascera ed auguri...

627. UMBERTO (avvicinandosi a Domenico e sorridendogli teneramente) Buonanotte, à... pap

à, buonanotte. 628. RICCARDO e MICHELE (salutano insiene) Pap

629. DOMENICO (guarda i tre giovanotti con riconoscenza. Pausa) Dateme nu bacio! (I tre, l'uno dopo l'altro, bacianno con effusione Domenico) Ce vedimmo dimane.

630. I TRE (uscendo seguiti da Alfredo, Rosalia e Lucia) A domani.

Domenico li ha seguiti con lo sguardo, assorto nelle sue riflessioni sentimentali. Ora si avvicina al tavolo e si versa ancora da bere.

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now! 364

è seduta sulla poltrona e si è tolta le scarpe) Madonna, ma che 631. FILUMENA (si stanchezza! Tutta mo m' 'a sento!

632. DOMENICO (con affeto comprensivo) Tutta la giornata in movimento... poi òsati. l'emozione... tutti i preparativi di questi ultimi giorni... ma mo statte tranquilla e rip È pure na bella serata! (Filumena (Prende il bicchiere e avvicinandosi al terrazzo) avverte qualche cosa alla gola che la fa gemere. Emette dei suoni quasi simili a un lamento. Infatti fissa lo sguardo nel vuoto come in attesa di un evento. Il volto le si riga di lacrime come acqua pura sulla ghiaia pulita e levigata. Domenico preoccupato le si è stato? avvicina) Filume', ch'

è bello a chiàgnere... 633. FILUMENA (felice) Dummi', sto chiagnennno... Quant'

è) È niente... è niente. He curruto... he 634. DOMENICO (stringendola teneramente a s curruto... te si' mmisa appaura... si' caduta... te si' aizata... te si' arranfecata... He penzato, à stanca... Mo nun he 'a correre cchiú, non he 'a penzà cchiú... e 'o ppenz òsate!...(Ritorna al tavolo per bere, ancora, un sorso di vino) 'E figlie so' ffiglie... E Rip so' tutte eguale... Hai ragione, Filume', hai ragione tu!... (E tracanna il suo vino, mentre cala la tela).

pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now!