Pontifícia Universidade Católica Do Rio Grande Do Sul Escola De Humanidades Programa De Pós-Graduação Em Ciências Sociais
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE HUMANIDADES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS JANINE BENDOROVICZ TREVISAN A ATUAÇÃO POLÍTICA PENTECOSTAL EM CONFRONTO COM O MOVIMENTO LGBT NO BRASIL REDEMOCRATIZADO. Porto Alegre, 2015. Janine Bendorovicz Trevisan A ATUAÇÃO POLÍTICA PENTECOSTAL EM CONFRONTO COM O MOVIMENTO LGBT NO BRASIL REDEMOCRATIZADO. Versão final da Tese apresentada como requisito parcial para a qualificação no curso de doutorado em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dr. Emil Albert Sobottka Porto Alegre, 2015. JANINE BENDOROVICZ TREVISAN A ATUAÇÃO POLÍTICA PENTECOSTAL EM CONFRONTO COM O MOVIMENTO LGBT NO BRASIL REDEMOCRATIZADO. Versão final da Tese apresentada como requisito parcial para a qualificação no curso de doutorado em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Aprovada em: 31 de agosto de 2015. BANCA EXAMINADORA: ______________________________________________ Prof. Dr. Ricardo Mariano - USP ______________________________________________ Prof. Dr.Ari Pedro Oro - UFRGS ______________________________________________ Prof. Dr. Émerson Alessandro Giumbelli - UFRGS ______________________________________________ Prof. Dr. Emil Albert Sobottka - Orientador Porto Alegre 2015 Para Amanda e Manuela, com amor. AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pela oportunidade de formação acadêmica. À Rosane Andrade, secretária do Programa de Pós Graduação, pela dedicação e disponibilidade com que sempre me auxiliou e orientou nas questões administrativas do curso. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, pela bolsa concedida para meus estudos no Brasil e no Canadá, durante o estágio de doutorado. Ao Ricardo Mariano pela generosidade, dedicação, paciência e empenho com que me acolheu, introduziu e orientou no campo de estudos da Sociologia da Religião. Agradeço por todo aprendizado, motivação, conversas, escutas e orientações, presenciais e virtuais. E também pela leitura criteriosa e as contribuições e sugestões para o texto da qualificação. Ao Emil pelo respeito, paciência e assertividade com que me recebeu e conduziu para que eu conseguisse concluir essa etapa de minha formação. Ao Peter Beyer pelo afetuoso acolhimento em meu período de estudos na Universidade de Ottawa, pelas conversas, indicações de leitura, pela preocupação e interesse demonstrados por minha pesquisa e pelas sempre relevantes e instigantes dicas e sugestões ao meu trabalho. Da mesma forma, agradeço a Heather Shipley e Lori Beaman por tão bem me receberem e incluírem nas atividades e discussões do Religion and Diversity Project. À Kathleen, Patrick e suas filhas Hannah e Ceilidh pela calorosa receptividade oferecida a mim e minha família quando chegamos ao rigoroso inverno canadense para o meu estágio de doutorado. Sem nos conhecer e sem esperar nada em troca, nos acolheram, auxiliaram e tornaram-se grandes amigos, que levo para a vida. Ao Émerson Giumbelli, pelas contribuições na qualificação, pela disponibilidade em participar da banca final e por tantas outras trocas e conversas em eventos acadêmicos. Ao Ari Oro, pelas contribuições para o texto na qualificação e pela disponibilidade em participar da banca final desta tese. A todos os colegas, amigos e amigas que fiz durante o curso de doutorado, na Puc e em outras universidades e que, mesmo sem saber, contribuíram de alguma forma para minha formação acadêmica, me motivando a seguir superando as dificuldades ao longo do caminho. Em especial, ao André Girardi, Vagner Vargas, Carolina Rispoli, Jair Cordeiro, Fernanda Bestetti, Mariana Ramos, Marcio Hoff e todos os demais colegas do CBPD, pela parceria, convivência, conversas e sugestões ao meu trabalho. A todas as pessoas que, de alguma forma, intermediaram o meu contato com possíveis entrevistados para essa pesquisa. Em especial, meu agradecimento para, Julia Genro, Saulo Baptista e Tatiane Duarte. A todos os parlamentares, assessores e assessoras que cederam parte do seu tempo para me receber em seus locais de trabalho em Brasília e que, mesmo sem me conhecer, confiaram-me valiosas informações. O compromisso com o anonimato de suas identidades me impede de agradecê-los nominalmente. Sem eles, a realização desse trabalho não teria sido possível. À Sílvia, Guilherme e Lucélia pelo auxílio na transcrição das entrevistas. Aos colegas, alunos e direção do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, campus Bento Gonçalves, por compreenderem a necessidade de minha dedicação para finalização dessa tese nas importantíssimas últimas semanas. À minha super amiga e irmã do coração Ana Cristina Ostermann, pela mais profunda e sincera amizade, pelo carinho e respeito em todos os momentos, por estar sempre ao meu lado, mesmo em silêncio, mesmo à distância, sempre interessada e preocupada comigo e com o andamento da tese. Agradeço pelas leituras atentas ao texto, pelas sugestões e incansáveis ponderações. Por me ajudar de todas as formas possíveis para que essa tese alcançasse seu fim e por acreditar, na maior parte das vezes mais do que eu mesma, na minha capacidade intelectual e analítica. A tantos amigos e amigas que compreenderam o momento ermitão que a escrita acadêmica nos impõe. Em especial, Ângela Schröder, Veridiana Strack, Claudia Meine, Melissa Ferraz, Nuria Gonçalves e Vanessa Kuyven, pela sempre disponibilidade em conversar e buscar alternativas para superar as contornáveis dificuldades da vida. À minha grande família, sempre acolhedora e compreensiva por minhas tantas ausências neste período do doutorado. Impossível nomear a todos. A meus pais, Ary e Olga, e minha irmã Aline, por sempre estarem ao meu lado, compreendendo o momento e sempre, sempre, sempre tentando encontrar alguma maneira de ajudar, mesmo quando a única ajuda possível fosse simplesmente o distanciamento. Obrigada por acreditarem em mim e por serem pessoas tão altruístas. O exemplo de vocês me inspira. Ao Edson, pela parceria de duas décadas, pelas conversas, leituras, críticas e sugestões ao texto da tese. E por estar sempre ao meu lado, especialmente durante o último ano de redação desta tese, mesmo que a milhares de quilômetros de distância. Às minhas filhas Amanda e Manuela, por serem as meninas maravilhosas que são, por compreenderem minha ausência e meu distanciamento. Por demonstrarem, com tão pouca idade, tanta maturidade, independência e discernimento, me enchendo sempre de muito orgulho. Por me ensinarem, motivarem e inspirarem a ser um pouco melhor a cada dia. A vocês duas dedico esta tese. RESUMO A modernidade retirou a centralidade da religião da vida social e política e a instauração da república no Brasil em 1889 separou juridicamente a Igreja Católica Romana do Estado Brasileiro. Ainda assim, igrejas e grupos religiosos mantêm a reivindicação pela sua atuação na definição de leis e políticas públicas junto ao Estado Brasileiro. Com o fim da ditadura militar na década de 1980, a crescente participação política de diferentes grupos sociais e a expansão demográfica dos evangélicos pentecostais, esse grupo passa a participar da política partidária elegendo parlamentares e mobilizando apoio a candidaturas ao cargo maior da nação. O objetivo dessa tese consistiu em mapear a atuação dos pentecostais na política partidária brasileira no período de 2003 a 2014. Para tanto foram analisados materiais de imprensa, internet, bem como entrevistas gravadas com parlamentares e assessores no interior do Congresso Nacional. Os resultados sugerem que os parlamentares pentecostais buscam transportar suas doutrinas religiosas para o conjunto da população brasileira através da proposição de alteração na legislação referente às questões comportamentais. Os discursos em torno da justificação/defesa ou da recusa da relação da religião com a política possuem, no seu fundo, uma disputa em torno da reivindicação por um modelo de família cristã tradicional (heterossexual). A luta para impedir a criminalização da homofobia revelou uma bandeira importante do grupo no período investigado, especialmente com a argumentação de que a aprovação dessa lei poderia criminalizar suas pregações e condenações bíblicas contra a homossexualidade, restringindo assim sua liberdade religiosa e de expressão. Nesse sentido, a discursividade encontrada na década de 1980, período de inserção pentecostal na política, é retomada e ressemantizada assumindo o movimento LGBT como possível limitador de sua liberdade de expressão. Palavras chave: Pentecostais na política; Sociologia da Religião; Movimento LGBT. ABSTRACT Modernity has taken the centrality of religion from social and political life. The establishment of the republic in 1889 legally separated the Roman Catholic Church from the Brazilian State. Still, churches and religious groups maintain a claim for his role in the definition of public laws and policies in the Brazilian State. With the end of military dictatorship in the 1980s and the increasing political participation of different social groups and also the population growth of Pentecostals, this group became part of party politics and elected parliamentarians. They also mobilize support for presidential candidates. The objective of this thesis was to map the performance of the Pentecostals in Brazilian party politics from 2003 to 2014. For that purpose, press materials, internet,