Paraná Eleitoral Revista Brasileira De Direito Eleitoral E Ciência Política
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ISSN 1414-7866 Paraná Eleitoral revista brasileira de direito eleitoral e ciência política tre-pr nusp/ufpr ninC/ufpr v. 3 n. 1 2014 TRE_3_1.indb 1 10/09/14 17:27 Paraná Eleitoral: Revista Brasileira de Direito Eleitoral e Ciência Política. Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira/Núcleo de Investigações Constitucionais – UFPR – v. 3, n.1 (2014) –. Curitiba: TRE, 2014 - Quadrimestral ISSN 1414-7866 Título Anterior: Paraná Eleitoral N.1 (1986) N.74 (2010) 1. Direito Eleitoral 2. Ciência Política I. Paraná. Tribunal Regional Eleitoral II. Núcleo de Pesquisa Sociologia Política Brasileira – UFPR CDD 341.2805 Bibliotecária: Roseli Bill CRB9-541 TRE_3_1.indb 2 10/09/14 17:27 Paraná Eleitoral revista brasileira de direito eleitoral e ciência política ISSN 1414-7866 Paraná Eleitoral Curitiba v. 3 n. 1 abril p. 1-202 2014 TRE_3_1.indb 3 10/09/14 17:27 Paraná Eleitoral: revista brasileira de direito eleitoral e ciência política ISSN 1414-7866 Publicação quadrimestral (abril; agosto; dezembro) A missão do periódico é estabelecer um contato efetivo entre a área de Ciência Política e de Direito, publicando a contribuição de cientistas políticos e juristas no campo eleitoral. Reformas institucionais e constitucionais, teoria e organização dos partidos políticos, demografia eleitoral, campanhas políticas, sistemas de votação, discussões jurídicas referentes à legislação eleitoral, direito político comparado, eleições legislativas e sociografia de elites políticas são alguns dos temas que Paraná Eleitoral trata, além de outros assuntos afins vinculados à temática e próprios tanto do direito eleitoral como da ciência política. TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARANÁ NÚCLEO DE PESQUISA EM SOCIOLOGIA POLÍTICA BRASILEIRA – UFPR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA – UFPR Presidente: Des. Edson Luiz Vidal Pinto Vice-Presidente / Corregedor / Diretor da EJE/PR: Des. Jucimar Novochadlo Direção Geral: Ana Flora França e Silva Editores: Editor chefe: Fernando José dos Santos – Direito (TRE/PR) Editor associado: Adriano Codato – Ciência Política (UFPR) Editores executivos: Ciência Política Bruno Bolognesi (UNILA) Luiz Domingos Costa (Facinter) Direito Político e Eleitoral Eneida Desiree Salgado (UFPR) Orides Mezzaroba (UFSC) Ana Claudia Santano Conselho Editorial Ciência Política André Borges (UnB) André Marenco (UFRGS) Denise Paiva (UFG) Emerson Urizzi Cervi (UFPR) Fabiano Santos (IESP) Fernando Bizzarro Neto (University of Notre Dame) Luciana Veiga (UFPR) Lúcio Rennó (UnB) Maria do Socorro Sousa Braga (UFSCar) Oswaldo Amaral (Unicamp) Paolo Ricci (USP) Paulo Peres (UFRGS) Rachel Meneguello (Unicamp) Rodrigo Bordignon (UFRGS) Sérgio Braga (UFPR) Direito Político e Eleitoral Adriano Soares da Costa Ana Claudia Santano Ana Flora França e Silva (TRE-PR) Clèmerson Merlin Clève (UFPR; UniBrasil) Eneida Desiree Salgado (UFPR) Orides Mezzaroba (UFSC) René Ariel Dotti (UFPR) Torquato Jardim Capa: Fórmula geométrica para a representação do pinhão. Lange de Morretes (1892-1954) Projeto gráfico: Adriano Codato Editoração eletrônica: Tikinet Edição Ltda. Revisão técnica: Nara Lasevicius / Tikinet Impressão e acabamento: Tiragem desta edição: 1 500 exemplares Os conceitos, informações e interpretações contidos nos trabalhos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Os artigos submetidos à revista Paraná Eleitoral serão recebidos a título gratuito. As contribuições devem ser inéditas. Enviar colaboração para: [email protected] Consulte nossas normas para publicação no fim do volume. Revista PARANÁ ELEITORAL Seção de Jurisprudência Rua João Parolin, 224 – Prado Velho – Telefones: (41) 3330-8517 e 3332-6748 CEP 80220-902 Curitiba – PR – BRASIL TRE_3_1.indb 4 10/09/14 17:27 Paraná Eleitoral: revista brasileira de direito eleitoral e ciência política 5 Sumário Convenção partidária e a questão 7 Wagner Luiz Zaclikevis da anulação das deliberações Lei nº 12.891/2013: restrição à 29 Vagner Felipe Kühn atividade de imprensa nas prévias Maurício Zandoná partidárias: isonomia eleitoral e direito à informação, segundo o princípio constitucional da proporcionalidade Partidos, elecciones y dinero: el 53 Óscar Sánchez Muñoz modelo canadiense Redes de financiamento eleitoral 103 Rodrigo Rossi Horochovski nas eleições de 2008 no Litoral do Ivan Jairo Junckes Paraná Edson Armando Silva Neilor Fermino Camargo Leandro Batista de Almeida Joseli Maria Silva Partidos na arena eleitoral: o 133 Rodrigo Dolandeli dos Santos financiamento das listas de candidatos a deputado federal no Rio de Janeiro em 2010 As diferenças entre a direita do 171 Flávia Roberta Babireski Brasil, Chile e Uruguai: análise dos programas e manifestos partidários Normas para publicação 199 TRE_3_1.indb 5 10/09/14 17:27 Nota da Presidência No momento em que se aproxima um novo pleito eleitoral, é com grata satisfação que anuncio o lançamento de mais uma edição da Paraná Eleitoral. Certamente, a educação em sentido mais amplo, está intrinseca- mente ligada ao processo político eleitoral. As eleições periódicas e o processo de avaliação e escolha dos candidatos promovem o ama- durecimento do eleitorado. A cada pleito novas experiências e novos ensinamentos resultam no esperado aprimoramento democrático. Por esses motivos, apraz-me verificar esta valiosa contribuição no campo da formação acadêmica e profissional de iniciativa deste TRE/PR, em associação com a academia, e que certamente propor- cionará reflexos positivos na construção do Direito Eleitoral e no ramo da Ciência Política. Aproveito a ocasião, para convocar os interessados na matéria eleitoral a enviarem suas contribuições para análise de nossos pare- ceristas, observando as normas pertinentes à publicação constantes no site institucional do TRE/PR. Cumprimento, ainda, os autores pelas excelentes contribuições científicas e os editores por mais esta edição da nossa Paraná Eleitoral. Des. Edson Luiz Vidal Pinto Presidente do TRE-PR TRE_3_1.indb 6 10/09/14 17:27 Artigo Paraná Eleitoral v. 3 n. 1 p. 7-27 Convenção partidária e a questão da anulação das deliberações Wagner Luiz Zaclikevis1 Resumo O artigo faz uma análise das convenções partidárias para a escolha dos candidatos e coligações, lançando um olhar mais aprofundado sobre a autonomia partidária, as normas de eficácia da convenção, bem como o caráter nacional das agremiações polí- ticas que levam à anulabilidade das deliberações tomadas nas convenções estaduais e municipais pelo órgão de direção nacional. Para tanto, parte-se da observação da le- gislação em vigor, buscando sua matriz constitucional, analisando como se posicionam a doutrina e a jurisprudência. Palavras-chave: convenção partidária; autonomia partidária; caráter nacional dos partidos políticos; anulabilidade das decisões; escolha de candidatos. Abstract This article is dedicated to make a review on the caucuses to choose candidates and coalitions, getting a closer look on party autonomy, in the effectiveness standards of the caucus, as well as in the national character of political communities that lead to the annulment of resolutions taken at state and municipal caucuses by the national authority. To do so, we start from the observation of the law in force, seeking its con- stitutional matrix, analyzing how doctrine and jurisprudence take sides. Keywords: Caucus; party autonomy; national character of political parties; annulment of resolutions; candidate selection. Artigo recebido em 20 de novembro de 2013; aceito para publicação em 15 de dezembro de 2013. Introdução Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, os parti- dos políticos receberam uma relevância ímpar no processo eleitoral, uma vez que restou estabelecido como condição de elegibilidade a filiação partidária. Sobre o autor Pós-graduando em Direito Administrativo pelo Instituto Romeu Felipe Bacellar e em Direito Eleitoral pela Universidade Positivo. E-mail: [email protected]. TRE_3_1.indb 7 10/09/14 17:27 8 Wagner Luiz Zaclikevis: Convenção partidária e a questão da anulação das deliberações Frente à tamanha importância dos partidos políticos na forma- ção da vontade política, Gilmar Ferreira Mendes (2011, p. 782) traz que a “ação política realiza-se de maneira formal e organizada pela atuação dos partidos políticos. Eles exercem uma função de mediação entre o povo e o Estado no processo de formação da von- tade política, especialmente no que concerne ao processo eleitoral”. Tendo em vista esse caráter mediador dos partidos políticos, esses devem ser espelho dos princípios constitucionais inerentes ao Estado e à sociedade. Tanto assim, que se faz necessária dentro da esfera partidária a democracia interna para escolha de seus candidatos, em suma, representantes do partido que serão apresentados à população para serem avaliados. Orides Mezzaroba (2005, p. 51-2) expõe com maestria tal necessidade: Na perspectiva democrático-partidária de Leibholz (1980), por exem- plo, a Democracia Intrapartidária constitui-se em pressuposto mínimo para que se mantenha a racionalidade da formação da vontade do Estado, traduzindo um tipo de representação política radicalmente democrática. Isto é, aquela que se coaduna com a organização racional dos mecanismos de aferição da vontade coletiva, entendendo-se aqui a racionalidade como princípio democrático da formação da vontade do Estado. As estruturas intrapartidárias de perfil não-comprometido com os ditames democráticos excluem a possibilidade de plena realização das potencialidades políticas do partido. Tal modelo de partido lembra a famosa e já mencionada