Minha Cidade Tem Uma Orquestra Sinfônica
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Foto: Claudia Velho Minha cidade tem uma Orquestra Sinfônica A Universidade de Caxias do Sul conta- bilizou trajetórias importantes em 2016, como o trigésimo ano de seu Campus Universitário da Região das Hortênsias, fortalecendo a sua vocação comunitária, o Jubileu de Prata do Programa UCS Sênior, valorizando o processo de envelhecimento e a aprendizagem ao longo da vida, e os 15 anos de sua Orquestra Sinfô- nica, a OSUCS, a qual vem difundindo, com excelência, as expressões mais belas da música erudita para a população regional. A OSUCS nasceu em outubro de 2001 e presenteou Caxias do Sul com a estreia de seu primeiro concerto no dia 22 de novembro do mesmo ano. Ao longo de sua história, a Orquestra tem sido um importante instrumento de propagação cultural dentro e fora da Univer- sidade, através de seus espetáculos temáticos e de uma programação que abrange movimentos artísticos, como o Barroco, o Classicismo, o Romantismo, o Impressionismo e o Modernismo, com composições, respectivamente, de Bach, Händel, Mozart, Haydn, Beethoven, Berlioz, Dvořák, Rachmaninoff, Rimsky- -Korsakov, Debussy, Ravel, Prokofiev, Stravinsky, Mignone, Villa-Lobos, Guarnieri, Guerra-Peixe, dentre tantos outros. Além de popularizar importantes gêneros musicais e de fortalecer os laços da Universidade com a sua comunidade, ao longo de sua harmoniosa travessia, a OSUCS recebeu maestros e solistas internacionais e brasileiros como Mark Cedel, Rebecca Burkhardt, Jorge Salgueiro, Ernani Aguiar, Carlos Moreno, Emmanuele Baldini, Laurent Albrecht Breuninger, Christoph Hartmann, Michel Bellavance, François Rabbath, Brett Shuster, Guigla Katsarava, Olinda Allessandrini, Susie Georgiadis, Carmelo de Los Santos, Flavio Gabriel, bem como ícones da música popular brasileira como Renato Borghetti, Toquinho, Hique Gomes e Simone Rasslan. Sob a regência e a direção artística do maestro Manfredo Schmiedt, a OSUCS tem desenvolvido um trabalho que, além do repertório tradicional de uma orquestra sinfônica, busca a ampliação da sensibilidade artística através de concertos dedicados às crianças, ao grande público ao ar livre, e a interação com outras artes como a dança e o teatro. Sua estrutura se constitui por uma coordenação artística, uma equipe de produção e apoio, e, claro, por um grupo seleto de músicos que têm tornado a OSUCS referência cultural não só da Universidade, mas de todo o estado do Rio Grande do Sul, através de seus espetáculos de abrangência regional. A UCS, ao celebrar o seu cinquentenário, vem expressar sua gratidão por uma Orquestra que, por meio da música, vem difundindo uma tradição cultural e contribuindo para o desenvolvimento dos moradores das cidades de abrangência da universidade com vistas à construção de uma sociedade musicalmente enriquecida. Prof. Dr. Evaldo Antonio Kuiava Reitor da Universidade de Caxias do Sul Querido público! Sejam muito bem-vindos à nossa nova temporada de concertos. Neste ano em que temos a felicidade de celebrar os 50 anos da nossa UCS, apresentaremos um repertório selecionado para contemplar a música brasileira, os grandes clássicos e obras inéditas que certamente irão desenvolver a nossa sensibilidade musical. Nesta revista você encontrará toda a programação da Série “Quinta Sinfônica”, a nova Série “Grandes Concertos”, os Concertos de Integração, Concertos ao Entardecer, atividades da Escola de Música e várias informações sobre o Coro e a Orquestra Sinfônica da UCS. Como na primeira edição, esta possui em seu interior textos elaborados pelos nossos músicos, solistas convidados e que tem como objetivo aproximar você das músicas que iremos apresentar, bem como conhecer mais a fundo a trajetória artística dos solistas, maestros, narradores, coros e da própria orquestra. Você poderá levar para casa, ler com calma cada uma das informações, colecionar, coletar autógrafos, marcar as suas músicas preferidas e, acima de tudo, se organizar para não perder nenhum de nossos espetáculos. Tenho certeza que será mais um ano incrível e que iremos emocionar você através desta arte que entregamos em cada um de nossos concertos com tanto amor e dedicação. Para começar a temporada 2017, homenagearemos os 130 anos de nascimento de nosso maior compositor: Heitor Villa-Lobos. Para tanto gostaria de citar uma de suas frases mais emblemáticas: “Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que transporto instintivamente para tudo que escrevo.” Que esta autenticidade possa nos guiar por este novo ano e que possamos sentir cada artista como uma cor especial, um brilho particular capaz de despertar sentimentos incríveis dentro de nós através da música e/ou da forma de tocar. Que Deus abençoe a todos nós neste ano de 2017! Maestro Manfredo Schmiedt Manfredo Schmiedt Diretor Artístico e Maestro Titular da OSUCS Com Mestrado em Regência pela Univer- sidade da Geórgia (EUA) e Graduação em Regência pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Manfredo Schmiedt participou de cursos de regência na Alemanha, na Holanda, na Argentina, nos Estados Unidos e no Brasil. Estudou com renomados maestros, como Eleazar de Carvalho, Roberto Duarte, Lutero Rodrigues, Ernani Aguiar, Carlos Alberto Pinto da Fonseca, Emilio de César, Arlindo Teixeira, Hans van Homberg, Helmut Rilling, Jean Fournet, Eric Ericson, Mark Cedel, Foto: Ricardo Jaeger Ricardo Foto: Melinda O’Neal e Yoel Levi. Em virtude de seu destacado desempenho acadêmico, recebeu duas importantes condecorações nos Estados Unidos: “Pi Kappa Lambda Music Honor Society” e “Direc- tor’s Excellence Award”. Foi regente convidado no “High School Workshop”, promo- vido pela Universidade da Geórgia. Obteve, em duas oportunidades, o primeiro lugar no “Concurso Jovens Regentes”, promovido pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA). Recebeu o “Prêmio Açorianos de Música” por sua participação como maestro na peça “A História do Soldado”, de Stravinsky. Em sua experiência como regente de coros, destacam-se seus trabalhos com o Coro Sinfônico da OSPA, Coral 25 de Julho, de Porto Alegre, e Coro de Câmara Ars Vocalis. Foi, durante dois anos, regente-assistente da Orquestra Sinfônica da Universidade da Geórgia (EUA), e durante quatro anos na OSPA. Além de suas atividades na OSUCS e na OSPA, foi convidado para reger as seguintes orquestras: Orquestra Sinfônica do Sodre (UR), Orquestra Sinfônica Provincial de Rosário (AR), Orquestra da Universidade de Cuyo de Mendoza (AR), Orquestra Filarmônica de Mendoza (AR), Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de San Juan (AR), Orquestra Petrobrás Sinfônica (RJ), Orquestra da USP (SP), Orquestra Filarmônica de São Caetano do Sul (SP), Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (SP), Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (ES), Camerata SESI–Vitória (ES), Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (RN), Orquestra de Câmara da Ulbra (RS), Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro (RS), Orquestra de Câmara SESI-Fundarte (RS), Orquestra Filarmônica de Belgrado (Sérvia), Orquestra Sinfônica da Radio y Televisão (Sérvia), Northern Iowa Symphony Orchestra (USA) e Albany Symphony Orchestra (USA). Manfredo Schmiedt nasceu em Porto Alegre. Com dez anos iniciou seus estudos musicais estudando trompete e, atualmente, é o Maestro Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul - OSUCS e regente do Coro Sinfônico da OSPA. 5 O Coro e a Orquestra da Universidade de Caxias do Sul: uma história musical Foto: Pedro Giles Pedro Foto: O Coro da UCS Coro, está o lançamento de seu LP, em 1981, gravado no XIII Encontro de Coros O Coro da Universidade de Caxias do Sul Universitários Gaúchos – ECUG, e a sua foi criado em 1968 com o objetivo de manter classificação entre os dezesseis melhores e divulgar o canto coral na comunidade de coros gaúchos que participaram do Festival Caxias. Internacional de Coros, em 1986. Seu primeiro maestro foi Nestor Wennholz Em 1996, o Coro da UCS se filiou à Fede- e seus ensaios aconteciam no prédio da antiga ração dos Coros do Rio Grande do Sul - Escola de Belas Artes, uma das formadoras FECORS - ao qual contribui até os dias de da Universidade de Caxias do Sul. O Coro hoje. E, em 1997, sob a regência do maestro participou de Festivais de Coros em âmbito Renato Filippini, produziram o espetáculo estadual, de Festivais Internacionais no Salão cênico-musical Terra, considerado um dos de Atos da UFRGS e de Encontros de Corais melhores programas musicais que acontece- Universitários. ram em Caxias do Sul na retrospectiva reali- De 1973 a 1976 atuou sob a regência da zada pelo Jornal Pioneiro na época. maestrina Anita Bergmann Campagnolo O Coro sempre esteve aberto à participa- substituindo Nestor Wennholz, que estava ção de cantores da comunidade além de pro- na Alemanha a estudos. Neste período, fessores, estudantes e funcionários da UCS. teve como preparador vocal Decápolis de Desenvolve sua arte dentro dos mais varia- Andrade. Quando retornou de viagem, reas- dos gêneros musicais, sendo que desde a sua sumiu o maestro Nestor Wennholz. Em 1995, reestruturação, em 2014, tem como objetivo assumiu a batuta o maestro Renato Filippini formar um Coro Sinfônico para atuar junto e em 2014, Anita Bergmann Campagnolo à Orquestra Sinfônica da Universidade e de- voltou ao cargo. A maestrina permanece no senvolver um repertório próprio de músicas comando da direção artística até os dias de à capela e músicas de câmara. hoje, contando com o auxílio de preparação Completará, em 2018,