Dissertação Abraão Sapalalo MRIEE Final

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Dissertação Abraão Sapalalo MRIEE Final UNIVERSIDADE DE ÉVORA ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Os vectores determinantes na condução da diplomacia da UNITA no período da guerra civil de Angola de 1975 a 2002 – numa dimensão de Relações Internacionais. Abraão Sapalalo Orientação: Prof. Doutor Marco António Gonçalves Barbas Baptista Martins Mestrado em Relações Internacionais e Estudos Europeus Dissertação Évora, 2014 Esta dissertação inclui as críticas e as sugestões feitas pelo júri UNIVERSIDADE DE ÉVORA ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Os vectores determinantes na condução da diplomacia da UNITA no período da guerra civil de Angola de 1975 a 2002 – numa dimensão de Relações Internacionais. Abraão Sapalalo Orientação: Prof. Doutor Marco António Gonçalves Barbas Baptista Martins Mestrado em Relações Internacionais e Estudos Europeus Dissertação Évora, 2014 Esta dissertação inclui as críticas e as sugestões feitas pelo júri 2 RESUMO Os vectores determinantes na condução da diplomacia da UNITA no período da guerra civil de Angola de 1975 a 2002 – numa dimensão de Relações Internacionais. Depois de uma diplomacia itinerante feita nos países da europa do Leste, África e Ásia, sem ter obtido o sucesso desejado, Jonas Malheiro Savimbi concebe a ideia de criar a UNITA, em Champaix na Suíça, em conversa com Tony da Costa Fernandes e foi aí que os seus Estatutos foram redigidos por ambos em 1964. A criação da UNITA completava a estrutura tripartida do nacionalismo angolano para combater o colonialismo português, desenvolvendo uma acção diplomática de relevo que levo-o ocupar o lugar de membro observador da ONU em 1975, no combate contra o colonialismo português. Na última fase do conflito (1992-2002), houve uma derrocada da diplomacia que culminou em condenação pela ONU e a consequente morte do líder Jonas Malheiro Savimbi no combate 22.2.2002, na província e na localidade onde tinha constituído este Movimento há 36 anos. PALAVRAS-CHAVE: Angola, UNITA, Conflito Armado, Política Externa, Relações Internacionais. 3 ABSTRACT The vectors determining to the conduct of diplomacy of the National Union for the Total Independence of Angola (UNITA) during the civil war Angola from 1975 to 2002 – in a dimension of International Relations There have been analyzed the following aspects: after an unsuccessful itinerant diplomacy made with countries in East Europe, Africa and Asia, which did not achieved the goals intended, Jonas Malheiro Savimbi gave birth to the idea of creating the UNITA at Champaix in Switzerland during a conversation with Tony da Costa Fernandes, that´s where its constitutional by-laws were written by both in 1964. The creation of UNITA integrate the tripartite structure of Angola’s nationalism to fight the portuguese colonialism, developing a substantial diplomatic action, which led him to occupy a place as an observer state in the UN in 1975, in its combat against Portuguese colonialism. In the last period of the conflict (1992-2002), there was a collapse of its diplomacy and culminated its condemnation by UN and the death of the leader Jonas Malheiro Savimbi in combat on 02.22.02, in the province where this Movement had been created 36 years ago. KEY WORDS: Angola, UNITA, Armed Conflict, Foreign Affairs, International Relations. 4 ÍNDICE INTRODUÇÃO.................................................................................................12 CAPÍTULO I - ANTECEDENTES HISTÓRICOS.............................................18 1.1 ORIGEM DA UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDENCIA TOTAL DE ANGOLA (UNITA)..................................................................................................................................18 1.2. PORTUGAL FACE A ANGOLA .......................................................................................19 1.3. A TRANSIÇÃO DE ANGOLA PARA A INDEPENDENCIA...............................................26 1.4. O ACORDO DE ALVOR...................................................................................................36 1.5. A CONFLUENCIA DOS AMBIENTES INTERNOS E EXTERNOS NA INDEPENDENCIA DE ANGOLA ..........................................................................................................................40 CAPÍTULO II - A FORMULAÇÃO DA POLÍTICA EXTERNA DA UNITA DE 1975 A 2002.....................................................................................................46 2.1. A DISTRIBUIÇÃO DE PODERES NA DEFINIÇÃO DA POLITICA EXTERNA ................46 2.2. OS VECTORES ESTRATEGICOS DA UNITA NO DOMINIO EXTERNO.........................59 2.3. O PROCESSO NEGOCIAL PARA A PAZ NO SUDOESTE AFRICANO (OS ACORDOS DE NOVA IORQUE).....................................................................................................................63 2.4 ANGOLA RUMO A PACIFICAÇÃO-ACORDOS DE BICESSE-PORTUGAL 1991..............72 2.5. AS PRIMEIRAS ELEIÇÕES MULTIPARTIDARIAS ........................................................78 2.6. AS CAUSAS E AS CONSEQUENCIAS DO FRACASSO DE BICESSE ...............................80 CAPÍTULO III-A REDEFINIÇÃO DA POLÍTICA EXTERNA DA UNITA DE 1992 A 2002..............................................................................................................84 3.1. A CONTENÇÃO DEMOCRATICA DURANTE O CONFLITO POS-ELEITORAL.............84 3.2 AS NAÇÕES UNIDAS E O PROTOCOLO DE LUSAKA.....................................................88 3.3 OPERAÇÃO RESTAURO E O FIM DA GUERRA CIVIL................................................102 CRONOLOGIA COMPARATIVA DE EVENTOS EM ANGOLA E NO MUNDO 1482 E ENTRE 1929 A 2012.........................................................................107 CAPÍTULO IV – O REFORÇO DA DIPLOMACIA DA UNITA NO PÓS- CONFLITO.....................................................................................................116 4.1. A IMPORTANCIA GEOPOLITICA DE ANGOLA NA REGIÃO DA ÁFRICA - AUSTRAL E NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. ...................................................................................................................116 5 4.2. UMA OU DUAS POLITICAS EXTERNAS (UNITA – MPLA)?......................................................121 4.3. PARA UMA DIPLOMACIA ANGOLANA....................................................................................124 CONCLUSÕES..............................................................................................125 ENTREVISTAS REALIZADAS:.....................................................................131 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................132 6 Lista de siglas, acrónimos e abreviaturas ANC – African National Congress (Congresso Nacional Africano) ANGOP – Angola Agency Press (Agência de Noticias angolana) CASA-CE – Convergência Ampla de Salvação-Coligação Eleitoral CCPM – Comissão Conjunta Político-Militar CE – Comunidade Europeia CFB – Caminho-de-Ferro de Benguela CIA – Central Intelligence Agency (Agência Central de Informação, EUA) CNE – Conselho Nacional de Eleições CRU – Comité Renovador da UNITA ELNA – Exército de Libertação Nacional de Angola (exército da FNLA) EUA – Estados Unidos da América FAA – Forças Armadas Angolanas FALA – Forças Armadas de Libertação de Angola (exército da UNITA) FAPLA – Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (exército do MPLA) FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola FNLC – Frente Nacional de Libertação do Congo FLEC – Frente Para a Libertação do Encrave de Cabinda FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique GRAE – Governo Revolucionário de Angola no Exílio GURN – Governo de Unidade e Reconciliação Nacional JNS – Junta de Salvação Nacional MFA – Movimento das Forças Armadas MLN – Movimento de Libertação Nacional MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola MIREX – Ministério das Relações Exteriores NATO – North Atlantic Treaty Organasition (Organização do Tratado Atlântico Norte) NSC – National Security Council (Conselho de Segurança Nacional, EUA) OUA – Organização de Unidade Africana ONU – Organização das Nações Unidas PAIGC – Partido Africano Para a Independência da Guine e Cabo Verde PIDE – Polícia Internacional de Defesa do Estado PDA – Partido Democrático de Angola PLUA – Partido da Luta Unida dos Africanos de Angola RDC- República Democrática do Congo RPA – República Popular de Angola SADCC – Southern African Development Conference Countries (Conferência de Coordenação para o Desenvolvimento dos Países da África Austral) SADC – Comunidade Para o Desenvolvimento da África Austral SADF – South African Defense Forces (Forças Armadas Sul-Africanas) SWAPO – South West Africa People’s Organization (Organização dos Povos do Sudoeste Africano - Namíbia) S/D – Sem data UA – União Africana UNAVEM I, II e III – Unit Nations Angola Verification Mission (Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola) UNOA – United nations Office in Angola (Escritório das Nações Unidas em Angola) UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola UPA – União das Populações de Angola UPNA – União das Populações do Norte de Angola URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ZOPACAS- Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul 8 DEDICATÓRIA À minha mãe e à minha esposa, aos meus sogros, à minha única e aos meus irmãos (as) e cunhados (as), que dão um amor de vida e uma vida de amor a tudo isto. Em memória do meu pai, visto que, consigo aprendi a crer e esperar. Aos anónimos, que me ensinaram a respeitar as pessoas que os outros não dão valor, afinal de contas, não somos tão diferentes assim. À todo povo no mundo vítima dos apocalípticos resultantes da
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