Memórias De Um Golpe: O 27 De Maio De 1977 Em Angola

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Memórias De Um Golpe: O 27 De Maio De 1977 Em Angola INÁCIO LUIZ GUIMARÃES MARQUES Memórias de um golpe: o 27 de maio de 1977 em Angola Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal Fluminense, como requisito para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: História Social Orientador: Prof. Dr. Marcelo Bittencourt Niterói 2012 INÁCIO LUIZ GUIMARÃES MARQUES Memórias de um golpe: o 27 de maio de 1977 em Angola Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal Fluminense, como requisito para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: História Social Banca Examinadora: ______________________________________ Prof. Dr. Marcelo Bittencourt - Orientador Universidade Federal Fluminense – Departamento de História _____________________________________ Prof. Dr. Alexsander Gebara Universidade Federal Fluminense – Departamento de História _____________________________________ Prof. Dr. Vantuil Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro – Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) Niterói 2012 2 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao meu orientador, Marcelo Bittencourt, pelos comentários, empréstimos de livros e de documentação, indicações bibliográficas e muito mais, sem os quais essa dissertação não poderia ter sido realizada. Cabe também agradecer aos professores Augusto Nascimento e Alexsander Gebara, pelas excelentes observações feitas durante a qualificação, que permitiram mudar os rumos deste texto. Agradeço a minha Tatiana, pela dedicação e paciência, ajuda e parceria durante os últimos oito anos, especialmente nesses dois últimos. Não poderia deixar de agradecer ao carinho da querida Tita, sempre incentivando e nos pequenos gestos que lhes são peculiares, deixando os dias em “cativeiro” menos penosos. Por fim, agradeço ao apoio da CAPES, que me concedeu uma bolsa de estudos, fundamental para o bom andamento desta pesquisa. 3 RESUMO No dia 27 de maio de 1977 ocorreu em Luanda, capital de Angola uma tentativa de golpe de Estado, comandada por um grupo que pertencia as fileiras do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a organização politica que geria o Estado independente, desde novembro de 1975. Este trabalho investigará não apenas as razões desta crise politica interna, mas, sobretudo, as memórias e os diferentes enfoques produzidos sobre o 27 de maio. Palavras-chave: Angola, MPLA, 27 de maio, memórias. ABSTRACT On May 27, 1977 took place in Luanda, Angola's capital an attempted coup, led by a group that belonged to the ranks of the Popular Movement for the Liberation of Angola (MPLA), the political organization which managed the independent state since November 1975. This paper investigates not only the reasons for this internal political crisis, but, above all, the memories and the different approaches produced on May 27. Keywords: Angola, MPLA, May 27, memories. 4 SUMÁRIO GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS .....................................................06 APRESENTAÇÃO .................................................................................................08 CAPÍTULO I ............................................................................................................11 LUTAS E CRISES NO MOVIMENTO POPULAR DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA 1.1 A LUTA ANTICOLONIAL .....................................................................................11 1.2 A LUTA NA 1ª REGIÃO POLITICO-MILITAR ...................................................13 1.3 A 2ª E A 3ª REGIÕES POLITICO-MILITARES ....................................................23 1.4 CRISE, REAJUSTAMENTO E DISSIDÊNCIA NO LESTE ................................30 1.5 CRISE, REAJUSTAMENTO E DISSIDÊNCIA NO NORTE ................................36 1.6 O CONGRESSO DE LUSAKA E A PARTICIPAÇÃO DESTACADA DE NITO ALVES ....................................................................................................................46 1.7 A CONFERÊNCIA INTER-REGIONAL ................................................................51 CAPÍTULO II ...........................................................................................53 TRANSIÇÃO, INDEPENDÊNCIA, CRISE E A TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO 2.1 O PERIODO DE TRANSIÇÃO: NEGOCIAÇÃO E CONFLITO ..........................53 2.2 OS DESAFIOS DA JOVEM REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA .................58 2.3 A FORMAÇÃO DO GRUPO NITISTA ..................................................................62 2.4 O CENÁRIO DA CRISE .........................................................................................67 2.5 “AS TREZE TESES EM MINHA DEFESA” ..........................................................73 2.6 A TENTATIVA DE GOLPE DE 27 DE MAIO DE 1977 .......................................76 CAPÍTULO III ..........................................................................................88 MEMÓRIAS DO 27 DE MAIO 3.1 A DÉCADA DE 1990: A CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO DE DISCUSSÃO SOBRE O 27 DE MAIO ..............................................................................................................88 3.2 O CONCEITO DE MEMÓRIA................................................................................91 3.3 MEMÓRIA DA LUTA CONTRA O “FRACCIONISMO”.....................................95 3.4 MEMÓRIA DO NITISMO COMO ALTERNATIVA POLÍTICA .......................102 3.5 MEMÓRIA DA VIOLÊNCIA DO ESTADO ........................................................110 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................122 FONTES E BIBLIOGRAFIA ...........................................................................125 5 GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS CAC – Comitê Amílcar Cabral CEA – Centro de Estudos Africanos CEI – Casa dos Estudantes do Império CIA – Central Intelligence Agency CIR – Centro de Instrução Revolucionária CLILA – Comitê de Luta para a Independência e Liberdade de Angola CONCP – Conferencia das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas CPB – Comissão Popular de Bairro CRL – Comitê Regional de Luanda CSLA – Conselho Supremo da Libertação de Angola (FNLA e MPLA) CVAAR – Corpo Voluntário Angolano de Assistência aos Refugiados DGS – Direcção Geral de Segurança DIA – Departamento de Informação e Análise DIAMANG – Companhia de Diamantes de Angola DISA – Departamento de Informação e Segurança de Angola DOM – Departamento de Organização de Massas DOP – Departamento de Organização Política FAPA/DAA – Força Aérea Popular de Angola/Defesa Aérea Antiaérea FAPLA – Forças Armadas Populares de Libertação de Angola FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola FRAIN – Frente Revolucionaria Africana para a Independência Nacional GETRA – Grupo de Estudantes e Trabalhadores Revolucionários de Angola GRAE – Governo Revolucionário de Angola no Exílio IAN/TT – Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Lisboa 6 JMPLA – Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola MFA – Movimento das Forças Armadas MNE – Ministério dos Negócios Estrangeiros MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola MRPP – Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado MUD – Movimento de Unidade Democrática OCA – Organização Comunista de Angola ODP – Organização de Defesa do Povo OMA – Organização das Mulheres de Angola ONU – Organização das Nações Unidas OUA – Organização da Unidade Africana PCA – Partido Comunista Angolano PCP – Partido Comunista Português PCUS – Partido Comunista da União Soviética PDA – Partido Democrático de Angola PIDE – Polícia Internacional e de Defesa do Estado PRD – Partido Renovador Democrático RPM – Região Político-Militar SADAF – South Africa Defense Force UEC – União dos Estudantes Comunistas UPA – União das Populações Angolanas UPNA – União das Populações do Norte de Angola UNTA – União Nacional dos Trabalhadores de Angola UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 7 APRESENTAÇÃO O interesse pelo tema da dissidência do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e da tentativa de golpe de Estado de 27 de maio de 1977, em Angola, surgiu ainda durante a graduação em História feita na Universidade Federal Fluminense. No 1º semestre de 2005, me inscrevi em uma disciplina que atraia os alunos pela novidade: História da descolonização e neocolonialismo – Angola. Era, naquela altura, a primeira disciplina ministrada na graduação pelo recém-contratado africanista, Marcelo Bittencourt. Desde o início das aulas, Angola me pareceu um país com uma história instigante, dado o prolongado período de conflitos armados. Foram 13 anos de luta contra Portugal e entre os próprios nacionalistas angolanos (1961-1974), que se dividiram em três movimentos de libertação – o MPLA, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita). Depois de proclamada a independência, em 11 de novembro de 1975, o MPLA tornou-se gestor da jovem República Popular de Angola, tendo que enfrentar uma sangrenta guerra civil que durou até 2002. O tema propriamente da tentativa de golpe apareceu para mim pela primeira vez como um das propostas de trabalho da citada disciplina. A partir de então, resolvi encarar o desafio de estudar um assunto difícil, polemico, obscuro e contraditório. Como diz o ditado popular angolano, “mexer no 27 de maio é por a mão num ninho de marimbondos.” (FIGUEIREDO, 2010, p.151) Mas estava motivado pelo fato de saber que o período pós-independente é pouco tratado pela historiografia no Brasil sobre a África, que se concentra no período do tráfico de escravos
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  • As Memórias Do 27 De Maio De 1977 Em Angola
    As memórias do 27 de maio de 1977 em Angola Inácio Luiz Guimarães Marques 27 de maio de 1977. Há 34 anos aconteceu em Angola um dos episódios mais polêmicos, controversos e violentos de sua história recente. 18 meses após a Independência, proclamada pelo MPLA em 11 de novembro de 1975, a crise nitista evidenciou o alcance das contradições internas no MPLA. A expressão nitista, ou nitismo, refere-se a um dos principais lideres da contestação, Alves Bernardo Baptista, Nito Alves, guerrilheiro da 1ª região Político-militar durante a guerra de libertação, que aparece com mais evidencia no Movimento durante o Congresso de Lusaka, em 1974, defendendo as posições do presidente Agostinho Neto. Como aliado chegou aos altos escalões do Movimento, o que lhe rendeu o cargo de Ministro da Administração Interna no primeiro governo independente, em 1975. Durante o ano de 1976, grosso modo, sua posição político-ideológica – a favor do estabelecimento de um governo marxista- leninista – foi progressivamente conquistando adeptos e, ao mesmo tempo, provocando atritos com o Governo, que ao contrário insistia em uma chamada Revolução democrática e popular que não ameaçasse sua legitimidade. Em outubro deste mesmo ano foi acusado, juntamente com seus principais aliados, José-Van-Dunem e Sita Vales, de traição, o que lhe custou a perda do cargo de Ministro. Apesar disso, não cedeu aos pedidos para que se calasse, o que rendeu a Nito Alves – e também a Van-Dunem – a expulsão formal em 20 de Maio de 1977 dos quadros do Movimento. Apenas uma semana depois, no dia 27, tentaria sem sucesso derrubar o Governo.
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