RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

3 ………………..…………………………………………………….……………………A CCAM EM NÚMEROS

7 ……….……………………………………………………………………………..MENSAGEM DA DIRECÇÃO

10...... INFORMAÇÃO DE GESTÃO

38...... PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

40...... PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DE CAPITAL

43...... BALANÇO E CONTAS

50...... ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

100...... RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

102...... ORGANIZAÇÃO DA CCAM DO NOROESTE

104...... MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

107...... COLABORADORES

2 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

3 U

– Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro – Barcelos

– Estrada da Papanata – Viana do Castelo

Arcos de Valdevez Arcos de Valdevez Rua Soares

Caminha Av. Manuel Xavier Caminha Âncora Intermarché - Gelfa

Melgaço Melgaço Lg. Hermenegildo Solheiro

Monção Monção Av. 25 de Abril

Paredes de Coura Paredes de Coura Rua Conselheiro Miguel Dantas

Ponte da Barca Ponte da Barca Rua Diogo Bernardes

Ponte de Lima Passeio 25 de Abril

Arca - Ponte de Lima Rua Foral Dª Teresa Ponte de Lima Viana do Castelo S. Julião de Freixo Largo da Feira

S. Martinho da Gandra Lugar do Terreiro

Valença Valença Av. Miguel Dantas

Viana do Castelo Rua de Aveiro

Abelheira - Viana do Castelo Rua Eça de Queirós Viana do Castelo Barroselas Rua dos Reis Magos

Castelo do Neiva Av. Central

Darque Rua do Pinheiro Manso

Vila Nova de Cerveira Vila Nova de Cerveira Av. Heróis do Ultramar

Barcelos Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro

Macieira de Rates Avenida Central

Carapeços Urbanização da Fariota Braga Barcelos Vila Sêca Lugar da Gandra

Silveiros Rua Principal

Arcozelo * Av. Nª Sr.ª de Fátima

* Abre Brevemente

TOTAL……………………………………………24 AGÊNCIAS

4 2009 2008 Var. % U Activo líquido total 383.472.367 361.319.400 6,13% Activo líquido médio 372.395.883 342.138.883 8,84% Depósito a prazo na Caixa Central 77.090.168 92.869.683 -16,99% Crédito total concedido 276.343.752 243.384.091 13,54% Crédito líquido concedido 269.410.785 236.683.439 13,83% Imobilizado líquido 12.205.267 12.171.319 0,28% Depósitos totais 340.439.155 321.261.200 5,97% Depósitos à ordem 75.505.086 74.165.114 1,81% Depósitos a prazo e de poupança 264.934.069 247.096.086 7,22% Volume de negócios 616.782.907 564.645.290 9,23% Depósito a prazo na Caixa Central / Activo líquido 20,10% 25,70% Crédito líquido concedido / Activo líquido 70,26% 65,51% Crédito total concedido / Depósitos totais 81,17% 75,76% Imobilizado líquido / Activo líquido 3,18% 3,37% Depósitos à ordem / Depósitos totais 22,18% 23,09% Depósito a prazo e de poupança / Depósitos totais 77,82% 76,91% U Margem financeira 8.180.691 10.648.413 -23,17% Comissões líquidas 2.580.883 2.189.878 17,86% Produto bancário 11.059.807 14.420.220 -23,30% Custos de estrutura 7.721.319 7.253.525 6,45% Custos com pessoal 3.790.788 3.700.330 2,44% Resultado antes de impostos 1.747.553 5.169.748 -66,20% Margem financeira / Activo líquido médio 2,20% 3,11% Custos com pessoal / Custos de estrutura 49,10% 51,01% Custos com pessoal / Custos totais 14,25% 14,68% Nº de funcionários 104 103 Nº de balcões 23 22 Activo líquido / Nº de funcionários 3.687.234 3.507.955 7,23% Depósitos totais / Nº de funcionários 3.273.453 3.119.041 8,58% Volume de negócios / Nº de funcionários 5.930.605 5.481.993 7,11% Volume de negócios / Nº de balcões 26.816.648 25.665.695 16,85%

5 2009 2008 Var. % Cash flow 2.975.309 6.456.373 -53,92% Resultado do exercício 1.384.374 4.459.426 -68,96% Cash flow / Activo líquido médio 0,80% 1,89% Resultado do exercício / Activo líquido médio 0,37% 1,30% Resultado do exercício / Capital próprio médio 4,22% 15,21% Rácio de eficiência 74,22% 52,95% Provisões totais 10.237.892 9.299.176 10,09% Amortizações acumuladas 3.243.682 2.793.339 16,12% Capital próprio 33.994.607 31.566.864 7,69% Capital próprio médio 32.780.735 29.322.599 11,79% Provisões p/crédito vencido / Crédito concedido bruto 2,46% 1,87% Crédito vencido / Crédito total concedido 3,48% 4,28% Capital próprio / Activo líquido 8,86% 8,74% Imobilizado líquido / Capital próprio 35,90% 38,56% Imobilizado líquido / Fundos próprios 36,46% 43,83% Rácio de solvabilidade 14,31% 13,85% Fundos próprios 32.223.022 27.771.999 20,53% Grande risco 3.222.302 2.777.200 20,53% Limite de grande risco 8.055.755 6.943.000 20,53% Limite agregado de grande risco 257.784.175 222.175.992 20,53%

6 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

7 Prezados Associados Cooperadores:

Na mensagem que anualmente dirigimos aos nossos estimados Associados, Clientes e Amigos através do respectivo “Relatório e Contas”, elegemos sempre um tema considerado relevante para a gestão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL.

Em 2009, a imagem que nos ocorre é, talvez, negativa, pois como se sabe foi um ano de crise financeira mundial que a todos tocou de uma forma ou de outra.

Os reflexos dessa crise acabaram por atingir também a Caixa do Noroeste como se poderá constatar do “Relatório e Contas” que se segue. É o caso da quebra do resultado do exercício que, apesar de positivo (€ 1.384.374), ficou aquém do alcançado em 2008 (€ 4.459.426) por efeito da evolução negativa das taxas do mercado, especialmente a Euribor, conjugada com o encarecimento generalizado dos recursos, do que resultou a quebra de 23,2% na margem financeira. Nada, porém, que possa macular a imagem de crescimento consolidado que a Instituição de índole cooperativa, tem vindo a demonstrar há mais de uma década. Diremos, por exemplo, que o Activo Líquido Total cresceu 6%, o Crédito Total Concedido 14%, os Depósitos Totais 6%, o Capital Próprio 8% e os Fundos Próprios 16%. O Rácio de Solvabilidade, que prudencialmente não deve ser inferior a 8%, foi em 2009 superior a 14%.

No Relatório de 2008, falou-se de “pontes”…. Pontes que a Caixa do Noroeste procurou estabelecer para congregar todos os Concelhos do Alto Minho e também o de Barcelos, numa só Instituição cada vez maior e mais forte.

Este ano destacamos a estratégia em curso de implementar o controle de gestão comercial com base no agrupamento das 23 Agências da Caixa em três núcleos correspondentes aos três grandes vales hidrográficos que caracterizam a Região:

- Vale do Minho, Vale do Lima e Vale do Cávado

Estes agrupamentos permitem, ainda, compatibilizar a nomenclatura dos Órgãos Sociais, elegendo pessoas (associados) representativos de cada um desses três vales e respectivos Concelhos.

É uma forma de, tanto quanto possível, corresponder à tradição da representatividade das antigas Caixas locais dando uma imagem de proximidade tão grata ao Grupo Crédito Agrícola. E é por isso que, ao longo das páginas seguintes incluímos, recorrentemente, imagens das idílicas paisagens dos nossos três grandes Rios: o Minho, o Lima e o Cávado, amenizando a leitura, talvez fastidiosa, da imensidade de números e quadros das páginas deste Relatório.

Uma nota final para referir a situação de quatro grandes iniciativas em curso, determinantes para a vida da nossa Caixa:

- Nova Sede da Abelheira – Viana do Castelo :

Projecto de arquitectura na fase final de aprovação. Após a entrega dos projectos das especialidades prevê-se o lançamento da empreitada ainda no primeiro semestre de 2010;

8 - Nova agência de Paredes de Coura em edifício próprio :

Projecto concluído prestes a ser apresentado à Câmara Municipal;

- Nova Agência de (Barcelos):

Substituindo a Agência que estava prevista para a Várzea, optou-se por localizar prioritariamente uma nova Agência na área urbana da Cidade de Barcelos, concretamente em Arcozelo, que iniciará a actividade ainda no primeiro trimestre de 2010.

- Fundação Caixa Agrícola do Noroeste (FCAN):

A Caixa continua a apoiar a implementação da Fundação que aguarda reconhecimento da Presidência de Conselho de Ministros (Gabinete da Secretaria de Estado).

Viana do Castelo, Março de 2010

A Direcção

9 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

10 U

A evolução da economia e do sector financeiro foi, em 2009, profundamente afectada pelo impacto da crise internacional que eclodiu há mais de dois anos com origem no segmento do crédito habitacional subprime dos EUA, mas que rapidamente se alargou a outras áreas, em virtude do elevado grau de integração dos mercados que actualmente se verifica.

A crise exacerbou-se após a falência do banco americano Lehman Brothers em Setembro de 2008, conduzindo a um declínio muito acentuado do nível de actividade económica e a uma vincada recessão em 2009, aliás já manifesta em muitos países na parte final de 2008.

A economia mundial registou assim, no ano findo, um recuo de 0,8%, o que marca um significativo contraste com o forte crescimento que ininterruptamente apresentara desde há quase uma década. Mesmo em 2008, apesar de um expressivo afrouxamento, o crescimento a nível mundial ainda fora de 3%. Acompanhando a retracção na actividade económica, o comércio mundial de bens e serviços, que nos anos de grande crescimento se expandira a taxas anuais de mais de 7%, sofreu em 2009 uma quebra brutal, de mais de 12%, depois da desaceleração muito pronunciada que já evidenciara em 2008 (incremento de apenas 2,9%).

2010 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Prev.) 2010 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Prev.)

10,6 9,3 7,4 7,3 5,3 5,1 5,2 5,8

2,8 3,9 3,9 3,0

1,8

-12,3 -0,8

11

Fonte: FMI, World Economic Outlook (várias edições)

Os efeitos da crise manifestaram-se em todos os principais pólos da economia mundial, com abaixamentos muito fortes do nível de actividade na generalidade dos países mais desenvolvidos e notória desaceleração nas economias emergentes, nomeadamente China e Índia, que no entanto continuaram a crescer a taxas comparativamente elevadas. Nos países emergentes, a excepção foi a Rússia e outros países dependentes da exportação de produtos básicos, e em especial petróleo bruto, que se ressentiram da menor procura para esses produtos e queda do seu preço nos mercados internacionais.

No conjunto dos países desenvolvidos, a actividade económica regrediu 3,2% em 2009, contra uma situação de quase estagnação em 2008 (crescimento de 0,5%), com os EUA a evidenciarem uma contracção de 3,2%, face a uma quase estagnação em 2008 (+0,4%), e a economia japonesa a cair mais de 5%, acentuando a quebra já observada em 2008 (- 1,2%). Na Zona Euro, a queda do produto foi de 3,9%, seguindo-se a um modesto crescimento de 0,6% em 2008, sendo mais acentuada na Alemanha – cuja economia, sofrendo o impacto directo da queda do comércio mundial, apresentou em 2009 uma contracção de 4,8% - e na Itália – que igualmente registou uma quebra de 4,8%, após uma descida de 1% em 2008. A vizinha Espanha, por sua vez, que em 2008 ainda crescera 0,9%, registou uma queda no produto de 3,6%, para o que muito contribuiu a profunda retracção no sector imobiliário, que fora, ao longo de vários anos, um dos principais motores da economia. Fora da Zona Euro, mas ainda na UE, assinale-se a queda do produto, em 4,8%, evidenciada pela economia britânica - onde igualmente se formara uma bolha imobiliária -, após uma quase estagnação em 2008 (+0,5%).

∆ 2009 2009 2007 2008 (E) (P)

Países Desenvolvidos 2,7 0,5 -3,2 2,1 do qual, Zona Euro 2,7 0,6 -3,9 1,0 Países emergentes 8,3 6,1 2,1 6,0 Mundo 5,2 3,0 -0,8 3,9

Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (várias edições)

12 Sublinhe-se que, apesar da enorme contracção do nível de actividade económica em grande número de países, a evolução poderia ser mais negativa sem as extraordinárias medidas de emergência no domínio da política monetária e orçamental, as quais, para além de terem assegurado a sustentação do sector financeiro, contribuíram para atenuar as principais consequências da crise sobre a actividade económica e o emprego.

No campo monetário, as medidas envolveram a redução das taxas directoras para níveis mínimos extremos – por vezes, como nos EUA e no Reino Unido, de quase 0%, e na Zona Euro de 1% -, a cedência massiva de liquidez aos bancos e ainda operações completamente alheias à ortodoxia monetária, como a realização de financiamentos directos a entidades não financeiras e, fora da Zona Euro, o financiamento dos défices públicos pelos bancos centrais.

Em resultado destas medidas, o nível das taxas de juro do mercado interbancário – no caso da Zona Euro as taxas euribor – desceu continuamente ao longo de 2009, passando, no caso da taxa a 3 meses, de 3,29% em Dezembro de 2008 para 0,71% em Dezembro findo (médias mensais).

2008 2009

Mar Jun Set Dez Mar Jun Set Dez

5,02 3,29 1,64 1,23 0,77 0,71 EB 3 meses 4,60 4,94 EB 6 meses 4,59 5,09 5,22 3,37 1,77 1,44 1,04 1,00 (*) Valores médios mensais

O esboço de retoma que, com oscilações e incertezas, se começa a divisar a nível internacional, através da evolução mais favorável dos principais indicadores de actividade na parte final de 2009, é em parte apreciável explicável por estas medidas. O processo de reconstituição dos “stocks” que, como resposta das empresas à crise, tinham sido reduzidos para níveis mínimos, terá sido, porém, também um factor relevante na recuperação que se está a observar, do mesmo modo que a reanimação, mais pronta do que se antevia, das economias emergentes – nomeadamente da Ásia, com impacto favorável nas exportações do Japão, da Zona Euro – sobretudo Alemanha – e dos EUA. Perspectiva-se assim para 2010

13 uma recuperação económica já significativa nos principais pólos económicos, embora mais forte nos EUA e no Japão e mais modesta na Zona Euro. No caso da Espanha, a economia deverá voltar a recuar em 2010.

A contracção económica levou, em muitos países, a um aumento da taxa de desemprego, que se situa acima dos 10% nos EUA, na Zona Euro e até na própria China – apesar do seu forte ritmo de crescimento - e já atinge quase 20% na Espanha, país que regressou, assim, aos elevados níveis de desemprego que apresentava no início dos anos 90, e que se tinham reduzido significativamente com o surto de crescimento que conseguira.

Em contrapartida, porém, as tensões inflacionistas que tinham começado a manifestar-se com alguma intensidade em 2008 em resultado da subida do preço do petróleo – que atingiu níveis máximos, da ordem de 150 USD por barril, em meados de 2008 - esbateram-se consideravelmente perante a menor procura que a queda da actividade económica induziu, conduzindo a uma inflação praticamente nula, em termos de média anual (+0,1%) nos países desenvolvidos – contra 3,4% em 2008 - e a um significativo abrandamento da taxa de inflação nos países emergentes (subida nos preços ao consumidor de 5,2% em 2009 contra 9,2% em 2008). Note-se, porém, que na parte final de 2009, sobretudo como resultado da gradual recuperação do preço do petróleo, se tem assistido a um ligeiro incremento das taxas de inflação em base mensal, mantendo-se, no entanto, em níveis relativamente contidos.

Na esfera financeira, as medidas de estabilização e de apoio aos bancos adoptadas pelas autoridades monetárias e pelos governos de muitos países, contribuíram para conter o movimento de fuga ao risco por parte dos investidores e para desfazer o receio que se apoderara do público em geral, conduzindo a uma acalmia e normalização dos mercados, que gradualmente se consolidou.

Paralelamente, assistiu-se a uma certa normalização do mercado internacional do crédito, mas certas operações, de grande relevância anteriormente à eclosão da crise, continuam basicamente paralisadas, como é o caso da titularização de créditos. Também não se verificou, ainda, o regresso a uma situação de perfeita normalidade no mercado interbancário, continuando a generalidade das instituições a concentrar as suas operações

14 nos mercados domésticos e nos principais bancos.

A descida das taxas de juro do mercado bancário, associada à progressiva normalização do sentimento em relação ao risco por parte dos investidores, e a algum optimismo quanto às perspectivas de retoma - e também como reflexo da própria queda abrupta que o mercado, no auge da crise, sofrera -, conduziram, ao longo de 2009, a uma expressiva recuperação das cotações das acções de muitas empresas, nos diversos sectores de actividade. Os principais índices bolsistas registaram assim subidas muito significativas, embora ficando ainda bastante abaixo dos picos que haviam atingido antes da crise, movimento que igualmente se verificou no índice PSI- 20 da bolsa portuguesa, que subiu 39,9%, ao longo de 2009, em relação ao final de 2008.

O impacto adverso da crise nas receitas dos Estados, e o aumento da despesa, quer na componente automática – onde sobressai o subsídio de desemprego - quer na componente discricionária - em que se inserem as medidas de apoio aos bancos nos casos que implicaram efectivo dispêndio de fundos e as de estímulo fiscal à economia - está a pressionar enormemente as finanças públicas da generalidade dos países.

O défice das contas públicas em 2009 ultrapassou os 10% do PIB num conjunto alargado de países, em que se incluem os EUA, o Reino Unido e o Japão e, no seio da Zona Euro, a Irlanda e a Grécia. É no entanto de referir que outros países se aproximam de níveis comparáveis de défice público e que praticamente em todos se verifica um agravamento nas contas do Estado em relação à situação de 2008, ano em que já se notava deterioração significativa face a 2007.

Neste contexto de crise internacional, a economia portuguesa, que mesmo anteriormente à crise já vinha registando níveis de crescimento muito modestos, sofreu em 2009 uma queda pronunciada, que se traduziu num decréscimo do PIB, em relação a 2008, de 2,7%, decréscimo que só encontra paralelo em 1975.

Com efeito, a economia portuguesa ressentiu-se fortemente da queda muito pronunciada das exportações, quer de mercadorias quer de serviços, que em conjunto decaíram 12,5% em termos reais, com impacto negativo substancial no nível de actividade, já grandemente

15 deprimido devido à contracção no sector da construção, e dos sectores a ele ligados, que sofreram o embate inicial da crise.

Assistiu-se assim a uma forte retracção, de 11,7%, no investimento, que resultou quer do investimento empresarial – que aprofundou a evolução já negativa de outros anos -, quer do habitacional, e o próprio consumo privado, em anos anteriores o principal sustentáculo da actividade económica, registou uma evolução negativa (variação de -0,9% em relação a 2008).

Neste quadro, o desemprego tem vindo a aumentar consideravelmente, atingindo no final de 2009 já cerca de 525 mil pessoas, colocando a taxa de desemprego em 9,3%, nesta altura uma das mais elevadas da Zona Euro, embora significativamente inferior à que se observa em Espanha. Note-se que, até há alguns anos atrás, a taxa de desemprego em era uma das mais baixas da Zona Euro.

Em contrapartida, à semelhança do ocorrido noutros países, e na Zona Euro em geral, a inflação contraiu-se consideravelmente, vindo a ser mesmo negativa no conjunto do ano (- 0,9%), face ao nível de 2,7% observado em 2008. Perspectiva-se para 2010 o regresso a uma situação de inflação positiva, que de acordo com as previsões actuais rondará os 0,7%.

Também como noutros países, as contas públicas foram pressionadas pela queda das receitas provocada pela diminuição da actividade, que por outro lado fez subir as despesas da segurança social – em especial o subsídio de desemprego. Assim, apesar de os gastos do Estado expressamente dirigidos ao combate à crise terem tido menor expressão do que noutros países, o défice público em 2009 acabou por atingir 9,3% do PIB. Ainda no terceiro trimestre, a estimativa do Governo apontava para um défice de 5,9%, mas a generalidade dos analistas já antevia um défice mais expressivo para o conjunto do ano.

Finalmente note-se que o défice da economia portuguesa face ao exterior se atenuou, embora mantendo-se elevado (8,2% do PIB), pois apesar da redução das exportações, as importações também caíram, devido ao menor nível de actividade, e além disso Portugal beneficiou da baixa do preço do petróleo.

16 Prevê-se para a economia portuguesa uma ligeira recuperação em 2010, com o PIB a crescer 0,7%, mas esta previsão está naturalmente afectada por um considerável grau de incerteza, estando em especial dependente do comportamento das exportações e do consumo privado, e de uma evolução menos negativa do investimento.

Naturalmente, a situação do mercado bancário não poderia ficar imune à conjuntura económica e financeira global.

A descida acentuada das taxas euribor está a penalizar sobremaneira a margem financeira das instituições, em especial nos casos em que os financiamentos concedidos indexados às taxas euribor detêm peso elevado nas carteiras, já que o custo médio dos recursos de clientes, que constitui em todas as instituições a componente de base do seu funding , desceu muito menos que a remuneração dos activos. Isto porque, por um lado, as taxas dos depósitos não descem abaixo de determinados níveis mínimos e, por outro, porque a concorrência entre as instituições pela captação de recursos, que se mantém muito viva, esbate, no tocante ao seu custo médio, o efeito da descida das taxas Euribor.

∆∆∆

Depósitos até 2 anos 2,04 2,06 2,72 3,58 3,72 3,99 2,38 1,92 -2,07

Crédito a empresas * 4,31 4,41 5,39 6,15 6,29 6,14 4,02 3,43 -2,71

Crédito à habitação 3,78 3,73 4,79 5,51 5,63 5,86 3,08 2,07 -3,79

Crédito pessoal 7,60 7,68 8,07 8,75 8,98 9,03 7,98 7,48 -1,55 (consumo…)

* Sociedades não financeiras

Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010

Não surpreende pois que a descida da taxa média dos depósitos, embora significativa em si mesma, não tenha acompanhado em 2009 a baixa das taxas euribor em termos comparáveis ao que tem ocorrido nas taxas médias do crédito, tanto mais que também se verifica uma preferência dos depositantes por depósitos de prazos mais longos, nesta conjuntura de taxas baixas.

17 Assim, entre Dezembro de 2008 e Novembro de 2009, o nível médio das taxas de juro nos depósitos até 2 anos baixou de 3,99% para 1,92% (-2,07 pp), quando a euribor, nesse período (considerando, a título ilustrativo a euribor a 6 meses), se reduziu em 2,38 pp, passando de 3,37% em Dezembro de 2008 para 0,99% em Novembro de 2009.

No mesmo período, a descida nas taxas médias do crédito foi consideravelmente mais vincada, de 6,14% para apenas 3,43% no crédito a empresas (-2.71 pp) e de 5,86% para 2,07% no crédito à habitação (-3,79%), sendo a descida mais moderada apenas no caso do crédito pessoal a particulares (de 9,03% para 7,48%, ou seja, -1,55 pp). A descida na taxa média do crédito à habitação é particularmente forte e explica-se, naturalmente, pelo facto de, na esmagadora maioria, os contratos respectivos, de longa duração, se encontrarem rigidamente indexados à euribor a 6 meses.

A desfavorável conjuntura macroeconómica conduz por outro lado a que não existam condições propícias para a expansão do negócio bancário na vertente creditícia, uma vez que o abaixamento no nível de actividade origina uma retracção da procura por parte das empresas, verificando-se também menor procura dos particulares, em virtude dos baixos níveis de confiança.

A este efeito do lado da procura, associa-se, do lado da oferta, uma maior selectividade e rigor na concessão por parte dos bancos, dadas as profundas alterações no ambiente de negócio, que originam um agravamento dos riscos, e também em consequência das restrições de balanço em algumas instituições, por razões de liquidez ou de solvabilidade.

Crédito a Empresas ** 2,5 5,0 7,1 11,2 12,3 10,5 2,6

Crédito à Habitação 10,5 11,1 9,9 8,5 7,1 4,3 2,5

Crédito pessoal 4,4 4,5 10,1 11,3 10,6 6,2 1,8 (consumo,…)

* Com base nos saldos médios ajustados de operações de titularização ** Sociedades não financeiras

Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010

18 Observa-se assim que o saldo do crédito a empresas no conjunto do sistema bancário, que ainda em Junho de 2008 apresentava um crescimento de 12,3% sobre o mês homólogo do ano transacto, cresceu apenas 2,6% em Novembro de 2009, o que traduz uma redução muito substancial em termos de crédito novo, que se foi acentuando de modo manifesto ao longo da segunda metade do ano. A desaceleração mais acentuada tem-se, porém, no crédito a particulares, com o crédito à habitação a evidenciar em Novembro de 2009 um crescimento de apenas 2,5% (em termos de saldo) e o crescimento do crédito pessoal, em que se inclui o crédito ao consumo, a ficar em apenas 1,8%. Esta situação contrasta de modo bem marcante com o que se verificava antes do início da crise, em que quer o crédito à habitação, quer o crédito ao consumo, apresentavam taxas de expansão da ordem de 10% em termos homólogos.

No que se refere aos depósitos de particulares e de empresas (i.e., sociedades não financeiras), depois de um crescimento significativo, que em termos homólogos atingiu 5,9% no caso das empresas e 9,8% nos particulares, entre Junho de 2008 e Junho de 2009, evidenciaram na parte final do ano uma quase estagnação. Este comportamento explica-se pelo facto de as aplicações alternativas aos depósitos tradicionais – fundos de investimento e seguros de capitalização – terem de novo ganho, ao longo de 2009, interesse junto do público aforrador, devido à remuneração cada vez mais baixa dos depósitos e à maior estabilidade e recuperação nos mercados financeiros, com impacto nas expectativas dos investidores.

Noutro plano, o impacto da crise económica está a manifestar-se, em termos bastante impressivos, na evolução do crédito mal parado, que, no conjunto do sistema bancário, se elevou de 1,7% em Dezembro de 2007 para 4,5% em Novembro último no segmento empresarial, e nos particulares subiu, no mesmo período, de 1,5% para 1,8% no crédito à habitação, e de 3,5% para 6,9% no crédito ao consumo.

No segmento de particulares, no período referido, o crescimento do crédito mal parado em valor absoluto atingiu quase 570 milhões de euros no crédito ao consumo, e 663 milhões no crédito à habitação.

No segmento empresarial, o aumento do crédito mal parado foi particularmente importante nas actividades ligadas ao imobiliário, em que passou de 254 milhões de euros em

19 Dezembro de 2007 – representava apenas 0,7% do valor total da carteira – para 1.535 milhões no passado mês de Novembro (3,7% da carteira). O aumento do crédito vencido neste sector, desde Dezembro de 2007, totaliza quase 1.281 milhões de euros, ou seja, 1/3 do incremento total do crédito vencido de empresas registado pelo conjunto dos bancos neste período. Globalmente, o acréscimo do crédito vencido no segmento empresarial atingiu, em valor absoluto, cerca de 3.825 milhões de euros! Encontravam-se com crédito vencido cerca de 20% das empresas, cujas dificuldades se repercutem, naturalmente, sobre outras por via dos atrasos nos pagamentos entre si, facto agravado pela demora que o próprio Estado regista nas liquidações aos seus fornecedores.

U

O Crédito Agrícola registou ao longo dos últimos anos uma evolução bastante favorável em todos os aspectos da sua actividade, que se traduziu num considerável reforço da sua solidez financeira e em melhorias visíveis no plano operativo, na modernização da sua imagem e na notoriedade do Grupo.

Apesar da actual crise económica e financeira internacional, que faz sentir os seus efeitos desde meados de 2007, o Crédito Agrícola, globalmente, realizou ainda resultados positivos muito expressivos quer nesse ano quer já em 2008, totalizando cerca de 240 milhões de euros, dando continuidade à evolução muito favorável que vinha registando.

Entretanto, com o aprofundamento da crise, e sobretudo como consequência da política monetária do BCE, fazendo descer as taxas euribor para níveis mínimos extremos, os resultados sofreram no corrente exercício uma contracção, em consequência do estreitamento da margem financeira, mantendo-se porém amplamente positivos, na ordem de 55 milhões de euros. Com efeito, uma parte muito importante – mais de 70%, segundo análise recente do Departamento de Fiscalização, Orientação e Acompanhamento – da carteira de crédito das Caixas encontra-se indexada às taxas euribor, pelo que a descida destas taxas originou uma substancial redução nos proveitos gerados pela carteira de crédito, num contexto em que os custos dos recursos se mantêm pressionados.

Note-se que os lucros do Crédito Agrícola, dada a sua natureza de instituição bancária

20 cooperativa, se destinam quase totalmente ao reforço da sua situação líquida, que nesta altura já ultrapassa os 1.000 milhões de euros. Com o reforço da sua situação líquida, o Grupo incrementa a sua robustez, aumentando simultaneamente a capacidade das Caixas para agirem como alavancas financeiras no desenvolvimento sócio-económico das suas regiões.

Este contínuo reforço dos capitais próprios, a par com a manutenção de uma postura de prudência na expansão do negócio, traduziu-se na incessante melhoria, ao longo dos últimos anos, do rácio de solvabilidade do Grupo. Assim o Crédito Agrícola é, presentemente, o grupo financeiro com o valor mais elevado neste rácio chave, quer em termos do seu valor global (13%) quer na componente respeitante aos fundos próprios de base (11,9%), estando os respectivos níveis muito acima dos mínimos definidos ou recomendados pelo Banco de Portugal.

Entretanto, o activo líquido total do Grupo é já, por sua vez, de 12, 6 mil milhões de euros, com o crédito a perfazer 8,8 mil milhões, para um valor total dos depósitos de 9,8 mil milhões.

O rácio crédito/depósitos do Crédito Agrícola, que nos últimos anos raramente atingiu os 90%, espelha a gestão, igualmente muito prudente, do Grupo no tocante à liquidez, que o coloca em situação privilegiada, e praticamente única, no sistema financeiro nacional, ao deter uma posição interbancária líquida credora, perante outros bancos de primeira linha, que hoje se aproxima dos 2.000 milhões de euros (mercado monetário e títulos de dívida emitidos por outras instituições).

Deste modo, após mais de dois anos de crise económica e financeira global, o Crédito Agrícola não teve necessidade – e continua a não ter – de recorrer a qualquer das medidas especiais de apoio aos bancos decididas pelo Governo, face à perturbação nos mercados financeiros que se seguiu à falência do Banco Lehman nos EUA.

Comparando a situação do Grupo com a de outros bancos com peso relevante no mercado, constatamos que o Crédito Agrícola tem apresentado posição bastante favorável em termos

21 de rentabilidade, eficiência, solvabilidade e liquidez, sendo também de destacar a sua posição nos índices de reclamações de clientes, de longe os mais baixos da banca portuguesa - como aliás também sucede com os bancos cooperativos de outros países europeus, como é reconhecido num recente estudo internacional citado na revista britânica “The Economist”. Apenas no crédito vencido, o Grupo aparece ainda em posição menos favorável, embora tendo registado, nos últimos anos, uma aproximação significativa à média do sector. No contexto da actual crise, aliás, o crédito vencido no Crédito Agrícola tem aumentado menos que no conjunto do sector bancário.

Rácio de transformação 1º (o melhor) Rácio de eficiência 2º melhor Rentabilidade do activo 2º melhor Solvabilidade Tier1 1º (o melhor) Rentab. dos capitais próprios 4º melhor

Índices de reclamações: - Depósitos 15º (o melhor) - Crédito à habitação 14º (2º melhor) - Cheques 13º (o melhor)

A evolução do negócio do Grupo fez-se acompanhar da expansão gradual e ponderada da sua rede, a qual actualmente totaliza já 681 agências, mantendo-se como uma das maiores redes bancárias a nível nacional. À excepção da Região Autónoma da Madeira, o Crédito Agrícola está presente em todo o território nacional, chegando a sua rede, em alguns distritos, a perfazer mais de 30% da rede bancária total aí implantada. Como é, porém, sabido, o Crédito Agrícola tem ainda reduzida presença nos grandes centros de Lisboa e Porto, o que diminui o seu peso global a nível nacional, tendo porém a Caixa Central, como entidade do Grupo que cobre esses centros, iniciado recentemente a expansão da sua rede, o que prosseguirá quando a melhoria do ambiente económico geral criar condições propícias para o efeito.

Para além das Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra ainda um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, da gestão de activos e de consultadoria. Merece destaque, neste contexto, a importância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as duas companhias – a CA

22 Vida e a CA Seguros –, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao reconhecimento da CA Seguros, em 2009, como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento dimensional, galardão que obteve pelo segundo ano consecutivo. A CA Vida fora igualmente distinguida, noutro ano, com o prémio da melhor seguradora do ramo vida no nosso país em termos absolutos.

As perspectivas do Grupo para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira e pelo impacto no mercado bancário da política monetária do BCE de resposta a essa crise, que para o Crédito Agrícola é um factor totalmente exógeno.

Embora seja de contar que o crédito mal parado possa ainda aumentar, como normalmente ocorre em situações de recessão económica, a esperada subida das taxas euribor em 2010, mesmo que moderada, criará condições para a melhoria da margem financeira e dos resultados.

É também de considerar o contributo que advirá da expansão dos proveitos de comissões decorrentes da venda cruzada, nomeadamente de seguros e fundos de investimento, o qual já foi relevante quer em 2008 quer em 2009, sobretudo no tocante aos seguros, mas mantém significativo potencial de crescimento.

23 U

(SICAM)

Evolução do Activo Líquido e dos Depósitos de Clientes

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000 Valores em milhões de euros de milhões em Valores 2.000

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Set-09 Ano

Activo Líquido Depósitos de Clientes

Evolução da Situação Líquida

1.200

1.000

800

600

400

Valores em Milhões de euros de Milhões em Valores 200

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Set-09 Ano

Situação Líquida

O ano de 2009 foi marcado pelo registo da fusão por incorporação da Caixa Agrícola de Barcelos na Caixa Agrícola do Alto Minho, adoptando a nova designação de Caixa Agrícola do Noroeste, bem como pelo averbamento no Banco de Portugal, da referida fusão e dos titulares dos Órgãos Sociais para o triénio 2009-2011.

Em Abril de 2009 foi inaugurada uma nova Agência em Âncora e está autorizada a abrir mais uma, em Arcozelo no concelho de Barcelos. Assim, neste momento a Caixa tem 23 Agências e deverá encerrar o exercício de 2010 com 24.

24 A criação da Fundação Caixa do Noroeste – 1.ª Fundação do sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) – constituiu também um marco histórico no ano de 2009. As preocupações desta Instituição são de ordem social, educativa, artística e filantrópica. O início da sua actividade está agora dependente do reconhecimento a ser efectuado pela Secretaria de Estado da Presidência, que se prevê para breve.

No seguimento do processo de fusão, e tendo em conta as linhas estratégicas enunciadas pela Caixa Central, designadamente ao nível da dinamização da actividade comercial e da segregação de funções entre a Área de Análise de Risco e a Área Comercial, foi implementado um novo modelo organizacional com a colaboração do Departamento de Consultoria e Organização da Caixa Central.

Cumpre ainda destacar que no ano de 2009, volvidos mais de dezoito anos sobre a aprovação do Regime Jurídico do crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo, foi este revisto com a entrada em vigor do DL 142/2009 de 16 de Junho.

Um dos principais objectivos do referido Decreto-lei era adaptar o modelo de governação das Caixas de Crédito Agrícola às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais. Decorrente da entrada em vigor do novo Regime Jurídico, em Dezembro de 2009, a Caixa do Noroeste viu aprovadas pelo Banco de Portugal as alterações dos seus Estatutos.

Ao nível dos Órgãos Sociais as principais alterações foram a criação do Conselho Geral e de Supervisão, do Conselho de Administração Executivo e da obrigatoriedade da existência do Revisor Oficial de Contas.

A título prévio e antes de ser efectuada a análise à situação patrimonial e aos resultados da Caixa, refira-se que fruto da fusão por incorporação da Caixa de Barcelos, foi efectuado o apuramento dos resultados da ex. Caixa de Barcelos até ao momento da fusão em termos contabilísticos, mais concretamente até ao dia 28 de Dezembro de 2008. Estes foram integrados na rubrica ‘Outras reservas e resultados transitados’.

Assim, no que concerne ao ano de 2008, a Demonstração de Resultados apresentada apenas contém a exploração da ex. Caixa de Barcelos dos dias 29 ao dia 31 de Dezembro de 2008. De forma a permitir a comparabilidade dos dados foram elaborados o Balanço e

25 Demonstração de Resultados Pró-forma.

O exercício de 2009 confirmou mais uma vez a Caixa do Noroeste como uma das que mais cresce no universo das Caixas pertencentes ao sistema Integrado de crédito Agrícola Mútuo (SICAM), com a manutenção de um crescimento robusto da actividade que consolidou a Caixa do Noroeste como a 5.ª maior Caixa do País (do SICAM). O crescimento do activo cifrou-se em 6%.

O crédito aumentou 13,5% face ao ano anterior, merecendo especial destaque o contributo da Caixa do Noroeste no crédito às Empresas, com 40%, reflectindo a opção de aumentarmos a nossa presença em este segmento.

Os recursos de clientes de balanço cresceram 6%, impulsionados quer por Campanhas que desenvolvemos ao longo do ano quer no esforço de protecção e defesa da base de captação de depósitos com o consequente sacrifício da margem financeira.

Como podemos constatar o crescimento da carteira de crédito não foi inteiramente financiado pelo crescimento dos recursos de Clientes, tendo também sido suportado pela diminuição dos recursos depositados na Caixa Central, que decresceram cerca de 17%.

A combinação do efeito do reembolso antecipado pela Caixa Central de 20% dos Títulos de Investimento 2007 (2.ª Emissão), no valor de € 243.000, e do endosso por parte da Caixa do Noroeste de Títulos no valor de € 500.100 a um Cliente, com o objectivo de reforçar os seus fundos próprios, justifica a redução de 18,8% na rubrica dos activos financeiros disponíveis para venda.

Os montantes registados em ‘Activos não correntes detidos para venda’ correspondem, essencialmente, a imóveis recebidos em dação em pagamento de dívidas referentes a crédito concedido. Periodicamente são efectuadas avaliações destes imóveis e caso o valor de avaliação, deduzidos dos custos estimados a incorrer com sua venda, seja inferior ao valor do balanço, são registas perdas por imparidade. O valor dos imóveis por recuperação de crédito aumentou cerca de 47,2% enquanto o valor das imparidades registadas aumentou cerca de 305,6%, daqui resultando uma variação de 34,6%, no valor da rubrica referida.

26 Na rubrica de outros activos tangíveis merecem especial destaque as obras de adaptação efectuadas no Intermarché de Vila Praia de Âncora onde a Caixa instalou uma Agência e das instalações, arrendadas, onde funcionam os serviços administrativos, que desde o ano de 2009 estão situados em Viana do Castelo (Avenida da Papanata).

O racional subjacente à mudança, dos serviços administrativos de Ponte de Lima para Viana do Castelo, prende-se com o facto de se pretender antecipar a mudança prevista com a construção da nova sede e com a necessidade de modernização das instalações de Ponte de Lima (Arca) para uma agência de atendimento porque não reúne condições para albergar uma sede administrativa.

No final do ano de 2008 lançamos uma campanha para a angariação de Títulos de Investimento (outros recursos de clientes – passivo subordinado) e, no mês de Janeiro de 2009, foram subscritos 1.050 títulos no valor de € 525.000, resultado daqui uma variação positiva de 15% na rubrica outros passivos subordinados.

No que concerne à rubrica do Capital Próprio é importante referir-se que a Caixa do Noroeste, com o apoio de uma campanha no final do ano, reforçou o seu nível de solvabilidade para um rácio de 14,31%. Este facto, conjugado com a incorporação de reservas, justifica a variação de 99% na rubrica de capital, que aumentou de € 14.175.295 em 2008 para € 28.228.370 em 2009.

Ao longo do ano, 142 associados pediram a exoneração e reúnem os requisitos necessários à sua aprovação, a submeter à Assembleia-geral.

***

A crise financeira internacional, iniciada em meados de 2007, que se traduziu numa enorme crise de confiança que afectou o mercado interbancário e também o relacionamento entre os bancos e os seus clientes, levou a intervenções directas dos estados e bancos centrais nos sistemas financeiros quer através de aumentos forçados no capital dos bancos, quer via emissão de garantias, num esforço de estabilização, manutenção de confiança e obtenção de liquidez.

27 O Resultado Líquido da Caixa do Noroeste foi severamente afectado pela referida crise, ficando em € 1.384.374 em Dezembro de 2009 versus € 4.459.427 em Dezembro de 2008.

A evolução das taxas de mercado (com a Euribor a três meses a fechar em 0,7% em 31 de Dezembro de 2009, o seu valor mais baixo de sempre), conjugada com o encarecimento generalizado dos recursos, influenciou o comportamento da margem financeira ao longo do exercício, que acabou por registar uma variação negativa de 23,2%, ou € 2.467.722.

Ainda no que concerne ao indicador da margem financeira, importa referir que os juros recebidos dos depósitos efectuados na Caixa Central registaram uma variação negativa de 59,1% (cerca de € 2.346.196).

Pese embora a actualização em alta do preçário e o aumento da remuneração pelos serviços de intermediação de seguros (Vida e Não Vida) que provocaram um aumento de 18,6% nos rendimentos de serviços e comissões, o produto bancário registou uma variação negativa de 23,3%, em linha com a redução verificada na margem financeira, nomeadamente porque a rubrica outros resultados de exploração, onde se enquadra a recuperação de créditos incobráveis, registou uma variação negativa de 86,4%, ou € 1.333.165.

Os custos com pessoal tiveram um acréscimo de 2,4%. É importante referir-se que, em Dezembro de 2009, a Caixa do Noroeste teve de efectuar um esforço contributivo adicional para o fundo de pensões no valor de € 130.196.

Os gastos gerais administrativos cresceram cerca de 10,6%, porém refira-se que, parte das obras de remodelação da sede social em Barcelos, contabilizadas como custos de manutenção e reparação, no valor de € 299.292, representam 79% do valor absoluto do aumento verificado (€ 377.337).

A Caixa do Noroeste tem uma política orientada para a valorização dos seus recursos humanos enquanto activo no qual investe em permanência. A aposta nos Colaboradores da Caixa é também uma aposta na nas suas competências e na sua formação.

Em 31 de Dezembro de 2009, a Caixa do Noroeste contava com 104 Colaboradores, 28 nos Serviços Administrativos e 76 nas 23 Agências. Durante o ano foram efectuadas as seguintes formações :

28 Nº Formandos U UU U U U UUU U UU UUU U U U UU U

U A abordagem comercial em torno das necessidades financeiras dos Clientes motivou a realização de várias campanhas ao longo do ano de 2009:

Crédito Pessoal 2009 De 05/01/2009 a 06/02/2009 SDI 2009 De 09/02/2009 a 27/03/2009 Crédito Habitação 2009 De 02/02/2009 a 27/03/2009 Comércio e Serviços 2009 De 02/02/2009 a 03/04/2009 Clientes Isolados – Acidentes Pessoais De 06/04/2009 a 01/05/2009 Clientes Isolados – Automóvel De 04/05/2009 a 29/05/2009

29 Poupança Máxima Tradição – Novos Clientes De 04/05/2009 a 29/05/2009 Soluções Empresas e Empresários Agrícolas De 06/04/2009 a 29/05/2009 Conta Completa De 04/05/2009 a 29/05/2009 Cartão Contacto De 11/05/2009 a 29/05/2009 CA Rendimento Seguro De 13/04/2009 a 05/06/2009 CA “Família Segura 2009” De 01/06/2009 a 03/07/2009 CAS Novos Clientes De 01/06/2009 a 03/07/2009 Viagem – Seguro Acidentes Pessoais De 01/06/2009 a 03/07/2009 Poupança Mais De 01/07/2009 a 03/07/2009 Crédito Pessoal De 01/06/2009 a 03/07/2009 CA Euribor II De 08/06/2009 a 17/07/2009 CAS Família Segura De 06/07/2009 a 31/07/2009 CA Aforro – Novos Clientes De 06/07/2009 a 31/07/2009 Soluções de Poupança CA De 24/06/2009 a 13/08/2009 Crédito Seguro De 06/07/2009 a 21/08/2009 Junte Mais De 03/08/2009 a 04/09/2009 CA Poupança Futuro De 03/08/2009 a 04/09/2009 CA Emigrante De 20/07/2009 a 04/09/2009 Protecção Completa De 07/09/2009 a 02/10/2009 CAS Habitação Segura De 07/09/2009 a 02/10/2009 Proteja-se na Estrada De 07/09/2009 a 02/10/2009 CA Associados De 07/09/2009 a 02/10/2009 CA Noroeste Rendimento + De 06/07/2009 a 09/10/2009 Mais Saúde De 06/10/2009 a 30/10/2009 CA & Companhia De 06/10/2009 a 30/10/2009 Protecção Pagamentos De 02/11/2009 a 04/12/2009 Protecção Casa De 02/11/2009 a 04/12/2009 CA Solução Poupança De 19/10/2009 a 11/12/2009 CA Saúde Valorização De 09/11/2009 a 18/12/2009 Empresa Segura De 02/11/2009 a 31/12/2009 CA Painéis Solares De 08/06/2009 a 31/12/2009 On-Line Particulares De 26/10/2009 a 31/12/2009 CA Cartões Premier e Classic De 16/11/2009 a 31/12/2009 CA Soluções de Reforma De 19/10/2009 a 31/12/2009 Angariação de Capital Social De 09/11/2009 a 31/12/2009 Promoção Pierre Cardin ----- Viagens e Programas de Fidelização ----- Promoção Cartões de Crédito – Informática ----- Promoção Panasonic 2009 ----- Informática – Regresso às Aulas ----- Viagens Halcon Natal 2009 -----

A capacidade de distribuição é um factor fundamental para o reforço do posicionamento competitivo da Caixa do Noroeste, resultando daqui a abertura de uma nova Agência em Âncora.

30 Em 2009 o crédito a Clientes ascendeu a € 276.019.965, registando um crescimento de 13,69% face aos € 242.607.942 relevados em 31 de Dezembro de 2008. O crédito à habitação, cuja carteira se cifra em € 72.149.187, representa 26% do total da carteira de crédito.

300.000

250.000

200.000

150.000 Un: milUn: euros

100.000 2007 2008 2009 Exercícios

Reflectindo o comprometimento no apoio às empresas suas Clientes e em sintonia com os Programas de Apoio criados pelos Organismos Públicos, a Caixa, desde o início do Programa PME Investe, já apresentou várias candidaturas, respeitante a 22 empresas.

Ao nível da qualidade de crédito e, mais uma vez num ano marcado pela forte desaceleração económica, a Caixa do Noroeste manteve o rácio de crédito vencido bruto controlado nos 3,48% face aos 4,28% do ano anterior. Adicionalmente, o grau de cobertura do crédito vencido por provisões aumentou de 44% em Dezembro de 2008 para 76% em Dezembro de 2009.

Com um crescimento de 6,07%, os recursos de clientes, principal fonte de recursos da Caixa do Noroeste, ascenderam no final de 2009 a 344 milhões de euros.

31

350.000

300.000 250.000

200.000

Un: milUn: euros 150.000

100.000 2007 2008 2009 Exercícios

O quadro seguinte regista o montante de recursos captados por produto. A componente à vista verificou uma taxa de crescimento inferior à das componentes a prazo e de poupança, tal como havia sucedido em 2008. Esta situação é em parte motivada pela transferência de depósitos à ordem para produtos de campanhas. Assim, os depósitos à vista atingiram o montante de 76,8 milhões de euros, mais 0.,24% que o valor registado no ano anterior. Os depósitos a prazo e de poupança registam um crescimento de 7,77%, atingindo o montante de 263,6 milhões de euros.

Un: mil euros RECURSOS TOTAIS PRODUTOS 2009 2008 2007 Var.% (09/08) Var.% (08/07) Depósitos à Ordem 76.845 76.661 71.406 0,24% 7,36% Dep. à Prazo / Poup. 263.594 244.599 211.715 7,77% 15,53% Títul. de Invest.03 0 0 2.500 0,00% --- Títul. de Invest.04 0 0 0 0,00% 0,00% Títul. de Invest.06 2.500 2.500 2.500 0,00% 0,00% Títul. de Invest.08 1.567 1.042 0 --- 0,00% SUB-TOTAL 344.506 324.802 288.121 6,07% 12,73% Fundos de Invest. 2.824 2.871 4.083 -1,64% -29,68% Off-Shore 1.338 1.330 1.270 0,60% 4,72% TOTAIS 348.668 329.003 293.474 5,98% 12,11%

Os recursos fora do balanço registaram uma quebra de 0,9%, influenciada pelo comportamento dos activos sob gestão da CA Gest, condicionada pelo desempenho desfavorável dos mercados financeiros.

32 O projecto de Bancassurance resulta de um protocolo estabelecido com as Companhias de Seguro do Grupo Crédito Agrícola, a CA Seguros e a CA Vida, com o objectivo de potenciar a captação para as Seguradoras de Clientes da Caixa do Noroeste. No que concerne à CA Seguros, verifica-se que a taxa de penetração efectiva se cifra em 17,1%, ou seja, por cada 100 Clientes da Caixa cerca de 17 têm seguros ramos real.

A evolução dos prémios comerciais de seguros reais é a que se verifica no quadro seguinte:

Un: euros PRÉMIOS / REAIS DELEGAÇÕES 2009 2008 2007 Var.% (09/08) Var.% (08/07) Viana do Castelo 66.546 79.419 84.283 -16,21% -5,77% Arcos de Valdevez 49.481 40.046 43.562 23,56% -8,07% Caminha 31.534 34.612 36.813 -8,89% -5,98% Melgaço 55.015 48.252 39.188 14,02% 23,13% Monção 48.454 51.059 47.653 -5,10% 7,15% Paredes de Coura 170.237 158.828 96.703 7,18% 64,24% Ponte da Barca 60.845 46.877 39.454 29,80% 18,82% Ponte de Lima 75.280 74.800 79.693 0,64% -6,14% Valença 55.279 49.475 52.110 11,73% -5,06% Vila Nova de Cerveira 233.204 249.740 257.310 -6,62% -2,94% São Julião de Freixo 65.390 65.680 48.318 -0,44% 35,93% Sede Administrativa 44.921 40.709 27.488 10,35% 48,10% São Martinho da Gandra 3.591 3.145 1.830 14,17% 71,92% Barroselas 52.056 45.892 27.306 13,43% 68,07% Castelo de Neiva 41.413 36.072 27.523 14,81% 31,06% Abelheira 29.153 20.573 14.865 41,71% 38,40% Darque 19.947 2.244 0 788,94% ….. Âncora 3.780 0 0 ….. ….. Barcelos 554.465 609.601 674.504 -9,04% -9,62% Macieira de Rates 85.424 95.801 91.742 -10,83% 4,42% Vila Sêca 82.589 80.119 72.028 3,08% 11,23% Carapeços 49.166 35.759 13.826 37,49% 158,63% Silveiros 9.279 1.456 0 537,33% 0,00% TOTAIS 1.887.047 1.870.160 1.776.198 0,90% 5,29%

Os prémios correspondentes a seguro automóvel representam ainda a maior proporção na carteira de seguros, apesar de ter uma taxa de crescimento negativa (-2,5%) face ao ano anterior, resultado do esforço já desenvolvido em anos anteriores de captação de seguros com menor índice de sinistralidade e das politicas comerciais da CA Seguros, visando a não aceitação de apólices de maior risco. O maior crescimento absoluto verificou-se ao nível dos Acidentes Pessoais, devido a uma campanha onde era oferecida a primeira anuidade do seguro e resultante também do seguro de Protecção Financeira (22,3%).

33 Un: euros PRÉMIOS / REAIS PRODUTOS 2009 2008 Var.% (09/08) Var. Abs Acidentes Trabalho 389.132 417.299 -6,7% -28.167,40 Acidentes Pessoais 165.165 135.081 22,3% 30.083,70 Automóvel 804.513 825.264 -2,5% -20.750,46 Máquinas Agrícolas 75.571 78.523 -3,8% -2.952,79 Habitação 198.239 175.133 13,2% 23.105,45 Comércio e Serviços 82.266 85.527 -3,8% -3.260,47 Riscos Industriais 37.619 38.090 -1,2% -470,73 Construções 21.794 20.507 6,3% 1.287,32 Resp. Civil 26.056 25.637 1,6% 419,02 Outros 86.693 69.099 25,5% 17.593,45 TOTAIS 1.887.047 1.870.160 0,9% 16.887,09 Em 2009 os custos totais com sinistros de clientes da CCAM do Noroeste foram 1.251 mil euros. Estes custos tão elevados fazem com que o nosso rácio total de sinistros/prémios emitidos seja de 66,3%.

Tal com em 2008, em 2009 não foram atingidos os objectivos acordados com a CA Vida para comercialização de seguros de vida puros e de capitalização. O índice de concretização foi de 52,39%, apesar da dinâmica das delegações comerciais na colocação destes produtos e das campanhas desenvolvidas pela própria CA Vida e pela Caixa do Noroeste.

Unidades Nº DE APÓLICES / VIDA PRODUTOS 2009 2008 2007 Var.% (09/08) Var.% (08/07) Plano Poup. Invest. 253 241 243 4,98% -0,82% Plano Poup. Reforma 329 150 125 119,33% 20,00% Plano Poup. Educaç. 3 11 9 -72,73% 22,22% Protec. Cred. Habit. 134 176 106 -23,86% 66,04% Protec. Cred. Pess. 300 277 230 8,30% 20,43% Protecção Família 80 63 68 26,98% -7,35% TOTAIS 1.099 918 781 19,72% 17,54%

Com um total de 1.099 apólices de seguros do ramo vida, mais 181 que em 2008, em termos de prémios cobrados houve uma diminuição de 1,69% contra um decréscimo de 22.68% verificado em 2008. Este decréscimo deveu-se ao facto de terem sido reembolsados vários PPI’s constituídos em 2004.

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Un: euros PRÉMIOS / VIDA PRODUTOS 2009 2008 2007 Var.% (09/08)Var.% (08/07) Plano Poupança Investimento 1.199.580 1.431.824 2.362.458 -16,22% -39,39% Plano Poupança Reforma 864.710 754.964 761.189 14,54% -0,82% Plano Poupança Educação 87.416 87.306 91.980 0,13% -5,08% Protecção Crédito Habitação/Pessoal 622.330 541.554 463.904 14,92% 16,74% Protecção Família 108.943 117.009 113.586 -6,89% 3,01% TOTAIS 2.882.978 2.932.658 3.793.117 -1,69% -22,68%

Os produtos com maior taxa de crescimento face a 2008 foram os PPR’s, a PCH e PCP- Protecção Crédito Habitação e Protecção Crédito Pessoal (14,54% e 14,92% respectivamente) devido a campanhas realizadas em 2009 para aumento dos recursos e crédito, quer crédito habitação, quer crédito pessoal.

Após a realização da escritura de fusão entre a Caixa do Alto Minho (cooperativa incorporante) e a Caixa de Barcelos (cooperativa incorporada), o ano de 2009 ficou marcado pela reorganização e consolidação da actual .

Na história desta entidade, registamos em Junho de 2009, a deslocalização dos Serviços Administrativos sedeados em Ponte de Lima para instalações provisórias na Estrada da Papanata em Viana do Castelo, enquanto se desenrola a construção do novo edifício na Rotunda da Abelheira, também nesta cidade, onde se estabelecerá finalmente a Sede Administrativa da Caixa do Noroeste. Apesar de todas as dificuldades sentidas, próprio de uma nova dimensão da Caixa do Noroeste e de um processo de reorganização dos Serviços, com a aplicação do novo modelo organizacional e incorporação de novas funções, verificamos e registamos, com satisfação, o empenho de todos neste enorme projecto, que contribuiu para o sucesso desta transição e para o desenvolvimento da Caixa. Fazendo agora referência aos objectivos propostos para a Área Administrativa e Financeira (que deu origem à actual Área de Suporte Técnico e Operacional, após a constituição da Caixa do Noroeste), consideramos terem os mesmos sido alcançados, nomeadamente:

35 - O processamento da informação relativa a crédito, das várias modalidades e ainda dos seguros dos ramos não-vida, em estreita ligação com a CA Seguros e a Caixa Central nos casos específicos; - Organização da Secção de Contabilidade e Reporting – processamento, contabilização e reporte periódico da informação financeira e preparação/adaptação ao novo Sistema de Normalização Contabilístico (SNC), que entra em vigor no dia 01 de Janeiro de 2010; - Levantamento da situação do património da Caixa, dando maior ênfase ao acompanhamento, gestão e venda dos imóveis resultantes de recuperação de crédito; - Interlocução com a CA Informática e CA Serviços nos projectos de modernização e reformulação de agências; - Obras de manutenção e conservação nas instalações da Caixa, nomeadamente nas Agências de Macieira de Rates, Caminha, Monção e S. Julião de Freixo. Procedeu-se ainda à uniformização e melhorias na imagem das agências; - Abertura da Agência de Âncora (22 de Abril de 2009); - Instalações provisórias para os Serviços Administrativos na Estrada da Papanata em Viana do Castelo; - Pedido de autorização para a alteração da abertura da nova Agência inicialmente prevista para a freguesia da Várzea e actualmente alterada para a freguesia de Arcozelo, ambas no concelho de Barcelos; - Desenvolvimento do Projecto de Construção da nova Sede Administrativa em Viana do Castelo; - Adjudicação do projecto de Arquitectura de novas Instalações para a agência de Paredes de Coura; - Adjudicação do projecto de Arquitectura de novas Instalações para a agência de Arcozelo no concelho de Barcelos; - Adjudicação do projecto de Arquitectura para renovar as instalações da agência de Vila Nova de Cerveira e para as antigas instalações da Sede Administrativa em Ponte de Lima, passando a denominar-se agência de Ponte de Lima - Arca; - Instalação de novos equipamentos ATM’s em vários locais estratégicos nomeadamente, no Distrito de Viana do Castelo, na freguesia de Roussas do concelho de Melgaço, na freguesia de Lanhelas do concelho de Caminha e, atendendo a solicitação de clientes, no Distrito de Viseu, na freguesia do Mezio do concelho de Castro Daire e no Distrito de Vila Real, na freguesia de Santa Marta da Montanha do concelho de Vila Pouca de Aguiar;

36 - Implantação em todos os balcões do Projecto TREVO+

Adicionalmente ainda foram desenvolvidos outras iniciativas, nomeadamente:

- Adopção de medidas para o cumprimento das normas do Banco de Portugal e da legislação portuguesa e decorrentes da celebração do contrato com o Banco de Portugal no âmbito da Recirculação de Notas de Euro; - Contrato de Prestação de Serviços – Desenvolvimento no âmbito de Workflow de concessão de crédito; - Gestão Frota de Viaturas; - Gestão de Facturas; - Levantamento da situação dos contratos de assistência e manutenção dos equipamentos da Caixa (sistemas de segurança, ar condicionado, comunicações, equipamentos, etc); - Levantamento dos Seguros da Caixa e adequação aos riscos associados.

37 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

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38 U

De acordo com os Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste e com o Código Cooperativo, pelo menos 20% dos resultados líquidos deverão ser afectos obrigatoriamente à reserva legal, no máximo 5% para reserva para educação e formação cooperativas e para mutualismo e no máximo 10% para reserva destinada à Fundação Caixa Agrícola do Noroeste.

Consequentemente, a Direcção propõe a seguinte aplicação dos resultados líquidos do exercício no montante de € 1.384.374,38:

Para reserva legal - 748.000,00 Para fundo para remuneração atribuída ao capital social previsto no - 415.000,00 código cooperativo

Para reserva para educação e formação cooperativas - 69.000,00

Para reserva para mutualismo - 206,50

Para Reserva para a Fundação Caixa Agrícola do Noroeste - 130.000,00

Resultados transitados - 22.167,88

39 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

U

40 U

Mantendo a política de remuneração do capital social seguida nos últimos anos pelas Caixas do Alto Minho e de Barcelos e como forma de estimular a participação dos associados nos destinos da Caixa Agrícola do Noroeste, a Direcção propõe que:

a) O capital social realizado até ao dia 31/12/2008 tenha uma remuneração bruta de 3,75% (em termos de juro) durante o ano 2009;

b) O capital realizado durante o exercício de 2009 tenha uma remuneração bruta de 3,75% (em termos de juro) durante o ano de 2009, mas proporcional ao prazo que decorre entre a data de realização e 31/12/2009;

A Direcção deseja expressar o seu reconhecimento às pessoas e entidades que de alguma forma foram importantes para se alcançarem os resultados apresentados, destacando-se muito em especial:

• Os associados e clientes pela confiança que continuaram a manifestar no seu relacionamento com a Caixa;

• As empresas do grupo Crédito Agrícola, pelo apoio que prestaram à Caixa;

• As entidades de supervisão, a Caixa Central, à Fenacam e aos Órgãos de fiscalização (Conselho Fiscal e Auditorias) pela atenção que dispensaram a esta Caixa;

• A todos os colaboradores da Caixa, especialmente à Comissão Delegada, pelo empenho, esforço e competência que sempre demonstraram ao longo do ano, no exercício das suas funções;

Viana do Castelo, Março de 2010

41

Avelino Meira do Poço - Presidente

José Júlio Faria da Costa - Secretário

Vítor António Gonçalves Barrocas - Tesoureiro

Américo Gonçalves da Cunha – Vogal

Joaquim Martins Mariz – Vogal

Alfredo Ferreira da – Vogal

Manuel Araújo da Costa – Vogal

Alberto Gerpe Saraiva de Meneses – Vogal

José Gonçalves Correia da Silva – Vogal

João José Lopes Gonçalves – Vogal

Álvaro Viana Gomes Barbosa – Vogal

Manuel Rodrigues Soares – Vogal

Manuel Joaquim Domingues – Vogal

Mário Melo de Mendes – Vogal

Cândido Ascensão Azevedo Bouça – Vogal

42 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

43

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

2009 2008 Provisões , Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 2009 2008

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 2.796.682 - 2.796.682 2.582.065 Recursos de bancos centrais 22 - - Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 7.876.789 - 7.876.789 3.942.956 Passivos financeiros detidos para negociação 23 4.469 5.927 Activos financeiros detidos para negociação 7 4.469 - 4.469 5.927 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - - Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - - - Recursos de outras instituições de crédito 25 - - Activos financeiros disponíveis para venda 9 3.255.298 2.494 3.252.804 4.010.617 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 340.439.155 321.261.200 Aplicações em instituições de crédito 10 77.090.168 77.090.168 92.869.683 Responsabilidades representadas por títulos 27 - - Crédito a clientes 11 276.343.752 6.932.968 269.410.785 236.683.439 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - - Investimentos detidos até à maturidade 12 - - - - Derivados de cobertura 14 - - Activos com acordo de recompra 13 - - - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - - Derivados de cobertura 14 - - - - Provisões 30 2.433.158 2.087.537 Activos não correntes detidos para venda 15 6.116.955 477.571 5.639.384 4.191.184 Passivos por impostos correntes 20 - - Propriedades de investimento 16 - - - - Passivos por impostos diferidos 20 9.766 9.766 Outros activos tangíveis 17 10.065.750 3.162.166 6.903.584 6.866.219 Instrumentos representativos de capital 31 - - Activos intangíveis 18 83.330 81.515 1.815 5.133 Outros passivos subordinados 32 4.096.209 3.570.169 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 5.307.353 7.385 5.299.967 5.299.967 Outros passivos 33 2.495.004 2.817.937 Activos por impostos correntes 20 368.691 - 368.691 515.494 Total do Passivo 349.477.760 329.752.535 Activos por impostos diferidos 20 1.739.804 - 1.739.804 1.648.061 Outros activos 21 3.471.740 384.316 3.087.424 2.698.654 Capital 35 28.228.370 14.175.295 Prémios de emissão 35 - - Outros instrumentos de capital 36 - - Reservas de reavaliação 36 120.605 123.323 Outras reservas e resultados transitados 36 4.261.257 14.758.190 Lucro do exercício 36 1.384.374 2.510.055 Dividendos antecipados - - Total do Capital 33.994.607 31.566.864 Total do Activo 394.520.783 11.048.416 383.472.367 361.319.400 Total do Passivo e do Capital 383.472.367 361.319.400

O anexo faz parte integrante destes balanços.

44

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2009 2008

Juros e rendimentos similares 37 14.708.811 14.490.895 Juros e encargos similares 38 6.528.120 6.977.799 Margem financeira 8.180.691 7.513.096

Rendimentos de instrumentos de capital 39 - 5.600 Rendimentos de serviços e comissões 40 2.942.793 1.817.847 Encargos com serviços e comissões 41 361.910 223.482 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 - - Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 - - Resultados de reavaliação cambial 44 5.078 (1.656) Resultados de alienação de outros activos 45 83.066 3.112 Outros resultados de exploração 46 210.088 645.494 Produto bancário 11.059.807 9.760.012

Custos com pessoal 47 3.790.788 2.991.314 Gastos gerais administrativos 48 3.930.531 2.678.224 Amortizações do exercício 17 e 18 487.293 310.548 Provisões líquidas de reposições e anulações 30 326.187 377.632 Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 424.062 384.381 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - - Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 353.394 36.192 Resultado antes de impostos 1.747.553 2.981.720

Impostos correntes 20 454.922 886.254 diferidos 20 (91.743) (414.589) Resultado líquido do exercício 1.384.374 2.510.055

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

45 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

2009 2008

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimento de juros e comissões 17.651.604 16.308.741 Pagamento de juros e comissões (6.890.030) (7.201.280) Pagamentos ao pessoal e fornecedores (7.721.319) (5.669.539) Contribuições para o fundo de pensões -- (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (363.179) (471.665) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 215.166 643.838 Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 2.892.243 3.610.096

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV (1.458) 5.927 Activos disponíveis para venda (757.813) 2.474.948 Aplicações em instituições de crédito (15.779.515) (13.526.607) Crédito a clientes 33.131.972 48.118.893 Investimentos detidos até à maturidade - (1.283.970) Activos não correntes detidos para venda 1.713.354 1.029.282 Outros activos 333.711 231.287 18.640.250 37.049.759 Aumentos (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura (1.458) 5.927 Recursos de clientes e outros empréstimos 19.177.955 36.133.036 Outros passivos (322.934) (1.226.569) 18.853.563 34.912.393

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento Impostos pagos Caixa líquida das actividades operacionais 3.105.555 1.472.730

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Variação de activos tangíveis e intangíveis 526.513 1.451.599 Recebimento de dividendos - (5.600) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 1.476.405 Caixa líquida das actividades de investimento 526.513 2.922.404

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Aumento de capital 14.053.075 454.775 Variação de passivos subordinados 526.040 (1.456.956) Variação de reservas (13.009.707) 1.523.700 Caixa líquida das actividades de financiamento 1.569.408 521.519

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 4.148.450 (928.155)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 6.525.021 7.453.176 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 10.673.471 6.525.021

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

46

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Outras Reservas e resultados transitados Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de 2008 14.175.295 - 123.324 12.761.668 47.152 12.808.820 4.459.426 31.566.864 Aplicação do resultado do exercício de 2008: Reserva legal - - - (8.527.000) - (8.527.000) (2.473.000) (11.000.000) Distribuição de dividendos - - - (25.999) - (25.999) (360.000) (385.999) Gratificação ao pessoal ------Reserva para educação e formação cooperativas - - - 66.896 - 66.896 (250.000) (183.104) Reserva Fundação ------(400.000) (400.000) Reserva para mutualismo - - - 5.144 - 5.144 (5.144) - Resultados transitados ------(971.282) (971.282) Aumento de capital 14.189.515 ------14.189.515 Reembolso de capital (136.440) ------(136.440) Reservas de reavaliação - - (2.718) - - - - (2.718) Resultados transitados Diferenças resultantes da alteração políticas contabilisticas - - - - (66.602) (66.602) - (66.602) AjustamentosOutras reavaliações ------Resultado líquido do exercício de 2009 ------1.384.374 1.384.374 Saldos em 31 de Dezembro de 2009 28.228.370 - 120.605 4.280.708 (19.450) 4.261.257 1.384.374 33.994.607

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

47

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L. (PRÓ-FORMA)

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

2009 2008 Provisões, Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 2009 2008

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 2.796.682 - 2.796.682 2.582.065 Recursos de bancos centrais 22 - - Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 7.876.789 - 7.876.789 3.942.956 Passivos financeiros detidos para negociação 23 4.469 5.927 Activos financeiros detidos para negociação 7 4.469 - 4.469 5.927 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - - Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - - -Recursos de outras instituições de crédito 25 - - Activos financeiros disponíveis para venda 9 3.255.298 2.494 3.252.804 4.010.617 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 340.439.155 321.261.200 Aplicações em instituições de crédito 10 77.090.168 77.090.168 92.869.683 Responsabilidades representadas por títulos 27 - - Crédito a clientes 11 276.343.752 6.932.968 269.410.785 236.683.439 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - - Investimentos detidos até à maturidade 12 - - - - Derivados de cobertura 14 - - Activos com acordo de recompra 13 - - - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - - Derivados de cobertura 14 - - - - Provisões 30 2.433.158 2.087.537 Activos não correntes detidos para venda 15 6.116.955 477.571 5.639.384 4.191.184 Passivos por impostos correntes 20 - - Propriedades de investimento 16 - - - -Passivos por impostos diferidos 20 9.766 9.766 Outros activos tangíveis 17 10.065.750 3.162.166 6.903.584 6.866.219 Instrumentos representativos de capital 31 - - Activos intangíveis 18 83.330 81.515 1.815 5.133 Outros passivos subordinados 32 4.096.209 3.570.169 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 5.307.353 7.385 5.299.967 5.299.967 Outros passivos 33 2.495.004 2.817.937 Activos por impostos correntes 20 368.691 - 368.691 515.494 Total do Passivo 349.477.760 329.752.535 Activos por impostos diferidos 20 1.739.804 - 1.739.804 1.648.061 Outros activos 21 3.471.740 384.316 3.087.424 2.698.654 Capital 35 28.228.370 14.175.295 Prémios de emissão 35 - - Outros instrumentos de capital 36 - - Reservas de reavaliação 36 120.605 123.323 Outras reservas e resultados transitados 36 4.261.257 12.808.819 Lucro do exercício 36 1.384.374 4.459.426 Dividendos antecipados -- Total do Capital 33.994.607 31.566.864 Total do Activo 394.520.783 11.048.416 383.472.367 361.319.400 Total do Passivo e do Capital 383.472.367 361.319.400

*Inclui resultados da Caixa de Barcelos (1.949.371 Euros): apuramento até 29 Dezembro de 2008, data da efectivação da fusão; transferidos para efeito de apresentação comparativa para os resultados do exercício.

O anexo faz parte integrante destes balanços.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L. (PRÓ-FORMA)

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Noroeste (*) Barcelos RUBRICA Notas2009 2008 31-12-2008 29-12-2008

Juros e rendimentos similares 37 14.708.811 19.920.036 14.490.895 5.429.141 Juros e encargos similares 38 6.528.120 9.271.623 6.977.799 2.293.825 Margem financeira 8.180.691 10.648.413 7.513.096 3.135.317

Rendimentos de instrumentos de capital 39 - 6.300 5.600 700 Rendimentos de serviços e comissões 40 2.942.793 2.481.499 1.817.847 663.652 Encargos com serviços e comissões 41 361.910 291.620 223.482 68.139 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 - - - - Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 - - - - Resultados de reavaliação cambial 44 5.078 2.782 (1.656) 4.437 Resultados de alienação de outros activos 45 83.066 29.594 3.112 26.481 Outros resultados de exploração 46 210.088 1.543.253 645.494 897.760 Produto bancário 11.059.807 14.420.220 9.760.012 4.660.208

Custos com pessoal 47 3.790.788 3.700.330 2.991.314 709.016 Gastos gerais administrativos 48 3.930.531 3.553.194 2.678.224 874.970 Amortizações do exercício 17 e 18 487.293 381.761 310.548 71.213 Provisões líquidas de reposições e anulações 30 326.187 977.957 377.632 600.325 Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 424.062 600.625 384.381 216.244 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - 412 - 412 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 353.394 36.192 36.192 - Resultado antes de impostos 1.747.553 5.169.748 2.981.720 2.188.028

Impostos correntes 20 454.922 1.124.910 886.254 238.657 diferidos 20 (91.743) (414.589) (414.589) - Resultado líquido do exercício 1.384.374 4.459.427 2.510.055 1.949.371

(*) Os dados da Caixa do Noroeste englobam os dados da Caixa do Alto Minho até à data da fusão, mais os 3 dias da Caixa do Noroeste, após fusão.

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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50 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Noroeste) é uma instituição de crédito constituída em 10 de Dezembro de 1994 sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

A Caixa opera através de uma rede de 23 balcões situados nos concelhos de Arcos de Valdevez, Barcelos, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

Ocorreu, no exercício de 2008, o processo de fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Barcelos, C.R.L. na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Minho, C.R.L., alterando-se a sua denominação social para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, C.R.L.. A nova Caixa passou a ter mais cinco balcões (Barcelos, Macieira de Rates, , Carapeços e Silveiros. A escritura notarial da fusão teve lugar a 28 de Dezembro de 2008, tendo o apuramento dos valores e resultados incorporados e a transição para uma contabilidade unificada sido efectuados em 29 de Dezembro de 2008.

Do processo de fusão resultou ainda a alteração da sede social, que passou a situar-se na Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro, freguesia e concelho de Barcelos.

Para efeitos de apresentação das contas considerou-se a posição financeira já resultante da fusão e, em termos de resultados e fluxos do exercício, os valores consolidados das duas entidades. Tendo em vista proporcionar comparabilidade, os saldos dos quadros apresentados, referentes ao ano de 2008, reflectem igualmente a soma dos saldos da Caixa do Alto Minho e da Caixa de Barcelos (Nota 2.2).

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções n.º 23/2004 e n.º 9/2005, do Banco de Portugal.

51 As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis , quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber são, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo adoptado o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Benefícios aos empregados: reconhecimento através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal n.º 4/2005 de 21 de Fevereiro e n.º 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS foi adoptada a aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode se estender até 31 de Dezembro de 2011.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2009 estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Direcção da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

52 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso n.º 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução n.º 4/96.

Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3.

No âmbito dos procedimentos contabilísticos da fusão, o resultado líquido apurado pela Caixa de Barcelos a 29 de Dezembro de 2008 foi transferido para a rubrica “Reservas” da Caixa do Noroeste.

Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, nos quadros globais de apresentação foram considerados os resultados e fluxos consolidados das duas entidades, incluindo os que estão representados por aquele apuramento intercalar e nas notas do anexo relativas à demonstração de resultados foi acrescentada uma coluna com os resultados da Caixa de Barcelos à data do seu encerramento. Os comparativos de 2008, quer do balanço quer dos resultados, correspondem assim à soma dos valores das contas das duas entidades tal como foram aprovadas.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam- se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

53 c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados.

Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

54 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso n.º 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

55 iii) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso n.º 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro

56 de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

57 O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

58 iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso n.º 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

59 Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros, registando os respectivos ajustamentos, para além dos que resultam das provisões para crédito de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites

60 no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

Derivados de cobertura

Trata-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados

61 em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

62 A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil

Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

63 • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A..

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

64 Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

65 Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill ; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. m) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

66 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 959.327 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos:

Valor Impacto Valor Bruto Fiscal Líquido

Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com o PCSB 23.525.671 23.525.671

Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 (644.277) - (644.277) Activos intangíveis IAS 38 - - - Responsabilidades com pensões IAS 19 (8.297) - (8.297) Prémio de antiguidade IAS 19 (332.310) - (332.310) Encargos com saúde IAS 19 (11.617) - (11.617) Impostos diferidos IAS 12 415.135 - 415.135 Provisões IAS 37 - - - Activos detidos para venda IFRS 5 - - -

Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capital --- Diferimento de comissões associadas a operações de crédito IAS 18 (377.962) (377.962) Reavaliação de instrumentos financeiros derivados De cobertura --- De negociação --- Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura - - - Mais valias potenciais --- Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizadoIAS 39 - - -

(959.327) - (959.327)

Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com as NCA 22.566.344

O montante total dos ajustamentos de 959.327, levado à conta de resultados transitados, foi anulado no exercício de 2008 no âmbito da aplicação da distribuição de resultados de 2007.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, não tem aplicação a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio, pois o mesmo foi exclusivamente Banca Comercial .

67 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Caixa: Moedas nacionais 2.652.111 2.406.436 Moedas estrangeiras 144.571 175.629 2.796.682 2.582.065

De acordo com o Regulamento n.º 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

No caso da Caixa do Noroeste, a base de incidência das reservas mínimas é exclusivamente constituída pelos depósitos de clientes, que, conforme analisado na nota 26 representam 339.097.853 euros (318.764.816 euros em 2008). O depósito junto do Banco Central é constituído conjuntamente para o SICAM pela Caixa Central, a partir dos depósitos mantidos pela Caixa naquela central (ver nota 10).

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem 5.845.873 1.515.243 Cheques a cobrar 2.027.926 2.427.712 Outras disponibilidades -- 7.873.799 3.942.956

68 7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Instrumentos financeiros derivados 4.469 5.927 Imparidade --

4.469 5.927

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Títulos de Investimento Caixa Central 2004 - - Títulos de Investimento Caixa Central 2007 (1ª emissão) 51.000 51.000 Títulos de Investimento Caixa Central 2007 (2ª emissão) 228.900 972.000 Títulos de Investimento Caixa Central 2008 2.970.500 2.970.500

Instrumentos de capital -- Epralima 249 249

Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida -- Instrumentos de capital -- Outros --

Juros a receber 2.155 16.868

Imparidade -- 3.252.804 4.010.617

69 Na sequência de deliberação do respectivo Conselho de Administração Executivo, a Caixa Central procedeu ao reembolso antecipado de 20% (243.000 euros) dos Títulos de Investimento de 2007 (2ª emissão), montante que, nos termos da lei e normas aplicáveis, deixa, nessa data de ser considerado para o cômputo dos seus fundos próprios.

A diminuição entre 2009 e 2008 deve-se também ao facto da CCAM do Noroeste ter endossado Títulos no montante de 500.100 euros a um cliente.

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Aplicações em Instituições de Crédito no País: No Banco de Portugal: Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário -- Depósitos 76.717.801 92.088.095 Empréstimos -- Operações de compra com acordo de revenda - - Outras aplicações -- 76.717.801 92.088.095

Juros a receber 372.367 781.588 77.090.168 92.869.683

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2009 31-12-2008

Até três meses 63.225.000 78.500.000 Entre três meses e um ano 9.915.312 11.088.095 Entre um ano e três anos 3.577.489 2.500.000 Entre três e cinco anos - - Mais de cinco anos - - 76.717.801 92.088.095

70 11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Crédito interno Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.255.598 2.652.736 Empréstimos 221.460.351 183.509.495 Créditos em conta corrente 16.051.297 19.232.598 Descobertos em depósitos à ordem 897.047 1.160.023 Locação Financeira 732.559 - Créditos ao consumo 24.501.703 25.459.863

Crédito externo Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos 29.023 - Créditos em conta corrente -- Descobertos em depósitos à ordem -- Créditos ao consumo 634.215 501.532 266.561.792 232.516.247

Juros a receber 672.869 1.067.934

Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido - - Receitas com rendimento diferido (521.166) (616.558) (521.166) (616.558)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 266.713.495 232.967.623

Crédito e juros vencidos Crédito vencido 9.458.173 10.091.695 Juros e despesas de crédito vencido 172.085 324.773 Total crédito e juros vencidos 9.630.258 10.416.468 276.343.753 243.384.091

Provisões Para crédito e juros vencidos (6.810.160) (4.550.139) Para crédito de cobrança duvidosa (122.808) (2.150.513) (6.932.968) (6.700.652)

269.410.785 236.683.439

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 2.318.046 euros e 2.087.537 euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

71 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Não existem operações desta natureza.

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não existem operações desta natureza.

14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não existem operações desta natureza.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Activos não correntes detidos para venda: Imóveis por recuperação de crédito 5.617.808 3.817.714 Outros - por recuperação de crédito 60.877 59.377 Outros 438.271 438.271 6.116.955 4.315.361

Imparidade: Imóveis por recuperação de crédito (469.052) (115.658) Outros - por recuperação de crédito (8.520) (8.520) Outros -- (477.570) (124.177)

5.639.384 4.191.184

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2009 pode ser apresentado da seguinte forma:

31-12-2008 31-12-2009 Valor Utilização Dotações Reposições Transf. de Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade Imparidade bruto Imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis por recuperação de crédito 3.817.714 (115.658) 2.459.194 (659.100) - (357.675) 4.281 - 5.617.808 (469.052) 5.148.756 Outros - por recuperação de crédito 59.377 (8.520) 1.500 - - - - - 60.877 (8.520) 52.358 Outros 438.271 ------438.271 - 438.271 5.256.051 (124.177) 5.131.874 (659.100) - (357.675) 4.281 - 6.116.956 (477.571) 5.639.384

72

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Não existem operações desta natureza.

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2009 foi o seguinte:

31-12-2008 31-12-2009 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências Exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos 711.615 ------711.615 Edificios 3.906.535 (852.196) - - - (99.066) - - - 2.955.273 Outros ------Obras em imóveis arrendados 637.080 (148.286) - 181.427 - (60.539) - - - 609.683 Outros imóveis ------5.255.230 (1.000.482) - 181.427 - (159.604) - - - 4.276.570 Equipamento: - Mobiliário e material 404.310 (257.713) - 25.200 - (33.558) - - - 138.239 Máquinas e ferramentas 160.081 (119.441) - 10.287 - (11.474) - - (33) 39.420 Equipamento informático 266.122 (258.510) - 5.591 - (6.331) - - - 6.872 Instalações interiores 518.487 (359.423) - 276.160 - (58.743) - - - 376.481 Material de transporte 546.015 (163.280) - 222.161 - (107.122) - - (10.220) 487.554 Equipamento de segurança 269.572 (110.880) - 112.534 - (31.348) - - - 239.879 Outro equipamento 654.534 (417.175) - 93.756 - (75.770) - - - 255.344 2.819.122 (1.686.423) - 745.689 - (324.345) - - (10.254) 1.543.788 Equipamento em locação financeira: - Imóveis ------Equipamento 20.805 (20.805) ------Outros activos em locação financeira ------20.805 (20.805) ------Outros activos tangíveis: - Património artístico 723 ------723 Outros 200 (46) - - - (25) - - - 129 ------Activos tangíveis em curso 1.477.896 - - 476.003 - - - (871.526) - 1.082.373 9.573.975 (2.707.756) - 1.403.119 - (483.974) - (871.526) (10.254) 6.903.584

Do imobilizado em curso foi feita a transferência, durante o ano de 2009, 537.561 euros para as obras da Sede Social em Barcelos, 45.615 euros para a obras das novas instalações do balcão de Âncora e 202.145,96 euros para as obras da Sede Administrativa (provisória) em Viana do Castelo.

Manteve-se em curso um total de 1.082.373 Euros, referente ao investimento com a nova sede administrativa (910.581 euros), com as futuras instalações do balcão de Paredes de Coura (160.985 euros) e com a remodelação do balcão de Ponte de Lima (10.807 euros).

73 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante o exercício de 2009 foi o seguinte:

31-12-2008 31-12-2009 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências Exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 83.330 (78.197) - - (3.318) - - - 1.815 Outros activos intangíveis ------Activos intangíveis em curso ------83.330 (78.197) - - - (3.318) - - - 1.815

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor de Imparidade Imparidade efectiva (%) balanço balanço Empresa 31-12-2009 31-12-2009 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008

CA Informática, SA 0,11% 36.322 (7.385) 36.322 (7.385) CA Vida, SA 0,33% 247.311 - 247.311 - Fenacam 0,01% 140 - 140 - CCCAM 0,45% 5.023.580 - 5.023.580 (0) 5.307.353 (7.385) 5.307.353 (7.385)

O Banco de Portugal autorizou a reposição da provisão constituída para a participação da Caixa Central, mas tendo presente o disposto nas normas transitórias do n.º 13.º-A do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95. Segundo essa autorização essa provisão deixou de estar afecta à participação das CCAM no capital da Caixa Central, sendo, em vez disso, usada para a cobertura de riscos da actividade, nomeadamente, riscos de crédito, ou seja, até ao montante da variação líquida positiva ocorrida nas provisões para esses riscos. Cumpridas estas condições, a Caixa do Noroeste repôs no exercício de 2008, a totalidade da provisão anteriormente constituída para a participação da Caixa Central, no valor de 1.410.406 euros.

74 Em 31 de Dezembro de 2009, os dados financeiros (provisórios; não auditados) mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido

CA Informática, SA 36.667.697 5.352.412 711.780 CA Vida, SA 797.607.681 43.198.647 6.015.353 Fenacam 9.591.823 3.443.949 277.143 Caixa Central 4.668.955.420 149.061.056 1.236.674

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes:

31-12-2009 31-12-2008

Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias 1.739.804 1.648.061 Por prejuízos fiscais reportáveis - - 1.739.804 1.648.061

Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias (9.766) (9.766) (9.766) (9.766)

Activos por impostos correntes Pagamentos por conta -- Outros -- Imposto sobre o rendimento a recuperar 368.691 515.494 368.691 515.494

Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar - - --

75 O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2009 foi o seguinte:

Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em 31-12-2008 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2009

. Activos tangíveis e imparidade 73.752 - (19.841) - - 53.911 . Activos intangíveis ------. Prémio de antiguidade 76.870 - 20.496 - - 97.366 . Fundo de pensões ------. Encargos com saúde 12.036 - - - - 12.036 . Encargos com saúde (9.735) - - - - (9.735) . Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa 21.389 - - - - 21.389 Provisões para crédito vencido 1.300.140 - - - - 1.300.140 Provisões para riscos gerais de crédito 116.660 - 45.561 - - 162.220 Provisões para riscos bancários gerais ------Provisão para aplicações financeiras ------Provisões para imóveis - - 61.398 - - 61.398 Provisões para outras aplicações ------Provisões para outros riscos e encargos ------. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente ------. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados ------. Valias fiscais (31) - - - - (31) . Prejuízos fiscais reportáveis ------. Comissões 47.215 - (15.871) - - 31.344 . Valorização dos activos disponíveis para venda ------. Carteira de títulos detidos até à maturidade ------1.638.295 - 91.743 - - 1.730.038

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2009 31-12-2008 Impostos correntes 454.922 886.254

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (91.743) (414.589) Prejuízos fiscais reportáveis - - -91.743 (414.589)

Total de impostos reconhecidos em resultados 363.179 471.665

Lucro antes de impostos 1.747.553 2.981.720

Carga fiscal 20,78% 15,82%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2005 a 2008 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

76 Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser demonstrada como segue:

31-12-2009 31-12-2008 Taxa de Taxa de imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 1.747.553 2.981.720

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,55% 376.537 21,16% 631.021

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 8,15% 142.415 18,19% 542.490 Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% - Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% - Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% - Valias fiscais 0,00% - 0,00% -

Diferenças permanentes -- Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% - Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% - Variações patrimoniais positivas 0,10% 1.788 0,26% 7.671 Variações patrimoniais negativas (3,25%) (56.828) (1,87%) (55.816) Multas e penalidades 0,00% - 0,00% - Reintegrações e amortizações não aceites 0,08% 1.468 0,09% 2.668 Donativos não aceites 0,25% 4.290 0,31% 9.289 Perdas relativas a exercícios anteriores 2,86% 49.925 0,13% 3.906 Redução de provisões 0,00% - 0,00% - Outras diferenças permanentes (4,26%) (74.480) (1,11%) (33.106) Benefícios Fiscais (10,42%) (182.119) (14,91%) (444.499) Outras deduções à colecta 0,14% 2.506 0,84% 25.081 Derrama 0,58% 10.101 1,26% 37.456 Tributação autónoma 2,05% 35.862 0,95% 28.349 Imposto corrente sobre o lucro do exercício 311.464 754.510

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos (5,23%) (91.473) (13,90%) (414.589)

Custo com imposto do exercício 12,59% 219.991 11,40% 339.921 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 143.189 131.744 Impostos correntes sobre lucros 20,78% 363.179 15,82% 471.665

77 21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Outros activos Bonificações a receber 139.691 148.499 Devedores diversos 732.846 683.847 Numismática e medalhística 30.583 30.226 903.119 862.572

Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões 102.116 121.141 SAMS 333.039 380.616 Fornecedores 53.282 30.423 Outros 938 858 489.375 533.038

Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar - - Operações activas a regularizar 1.900.505 1.581.324 Outras 178.741 106.035 2.079.246 1.687.360

Imparidade – Outros activos Devedores diversos (384.316) (384.316) (384.316) (384.316)

3.087.424 2.698.654

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não existem operações desta natureza.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Vendas a descoberto Empréstimos de títulos Instrumentos derivados com justo valor negativo 4.469 5.927 Outros passivos financeiros --

4.469 5.927

78 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Não existem operações desta natureza.

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Depósitos À ordem 75.419.063 74.119.338 A prazo 109.414.501 105.512.380 De poupança 154.179.114 139.087.322 Outros recursos de clientes - - Cheques e ordens a pagar 75.565 42.858 Outros 9.610 2.918 339.097.853 318.764.816

Juros a pagar 1.341.302 2.496.384 340.439.155 321.261.200

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2009 31-12-2008

Até três meses 224.912.186 213.799.170 Entre três meses e um ano 95.753.151 93.608.672 Entre um ano e três anos 11.159.944 9.449.308 Entre três e cinco anos 6.598.751 1.245.304 Mais de cinco anos 673.821 662.362 339.097.853 318.764.816

79

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não existem operações desta natureza.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Não existem operações desta natureza.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Não existem operações desta natureza.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2009 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em 31-12-2008 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2009

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa 2.150.513 907.774 (2.916.044) (19.450) 15 122.808 - Crédito e juros vencidos 4.550.139 7.734.806 (5.302.474) (1.787.748) 1.615.437 6.810.160 - Risco-país ------6.700.652 8.642.580 (8.218.518) (1.807.197) 1.615.452 6.932.969 Provisões: - Riscos gerais de crédito 2.087.537 453.660 (242.586) (538.024) 557.458 2.318.046 - Outros riscos e encargos - 124.875 (9.762) - - 115.113 - Riscos bancários gerais ------2.087.537 578.535 (252.348) (538.024) 557.458 2.433.159

Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros 9.879 - - - - 9.879 - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda 115.658 357.675 (4.281) - - 469.052 Outros activos tangíveis 8.520 - - - - 8.520 Outros activos 384.316 - - - - 384.316 518.373 357.675 (4.281) - - 871.767

9.306.562 9.578.789 (8.475.147) (2.345.221) 2.172.910 10.237.893

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Não existem operações desta natureza.

80 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2009 31-12-2008

Empréstimos subordinados: Titulados -- Não titulados -- --

Outros passivos subordinados: Emitidos Títulos de Investimento 2003 -- Títulos de Investimento 2004 -- Títulos de Investimento 2006 2.500.000 2.500.000 Títulos de Investimento 2008 1.566.500 1.041.500 Readquiridos -- 4.066.500 3.541.500

Juros a pagar 29.709 28.669

4.096.209 3.570.169

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do saldo em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 analisa-se como segue:

31-12-2009 31-12-2008

Até três meses - - Entre três meses e um ano - - Entre um ano e três anos - - Entre três e cinco anos 4.066.500 3.541.500 Mais de cinco anos - - 4.066.500 3.541.500

81 33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Responsabilidades com pensões 230.074 219.202 230.074 219.202

Credores e outros recursos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte 216.531 331.988 Contribuições para a Segurança Social 53.771 51.343 Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.254 15.838 Cobranças por conta de terceiros 2.327 3.817 Contribuições para outros sistemas de saúde 12.188 11.645 Fornecedores 202.828 235.682 Credores diversos Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - - Outros credores 319.304 429.951 Dos quais: aquisição de terreno (nova sede) -- 809.201 1.080.263 Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados -- Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - - Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias 447.678 431.991 Prémio de antiguidade 406.129 362.633 SAMS -- Remunerações variáveis 38.000 175.000 Outros -- Por gastos gerais administrativos -- Outros 7.946 10.167 899.752 979.791

Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas 29.613 19.131 Outras -- 29.613 19.131 Valores a regularizar Posição cambial -- Operações sobre valores mobiliários a regularizar - - Outras operações a regularizar 526.363 519.550 526.363 519.550

2.495.004 2.817.937

82 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2009 31-12-2008

Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados 9.762.483 6.628.404 Aceites e endossos -- Créditos documentários abertos -- Outros passivos eventuais 1.066.455 1.228.362

Garantias recebidas Garantias pessoais 500.726.615 402.567.783 Garantias reais 330.964.483 289.660.308

Compromissos perante terceiros -- Contratos a prazo de depósitos -- Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis 14.713.273 15.354.684 Compromissos revogáveis 11.512.160 6.208.999 Por subscrição de títulos -- Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Operações cambiais e Instrumentos derivados Instrumentos de negociação Opções-negociação 135.000 135.000

Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores 2.369.726 2.527.134 Valores recebidos para cobrança 2.198.588 2.309.612 Valores administrados pela instituição -- Outras --

Outras contas extrapatrimoniais Créditos abatidos ao activo 6.455.069 7.018.150 Juros vencidos 986.975 1.104.659 Despesas de crédito vencido 689.183 600.367 Contas de conversão - 30.965 Locação Financeira 856.278 -

882.436.287 735.374.427

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a estrutura do capital social da Caixa é a seguinte:

31-12-2009 31-12-2008

Títulos de capital ordinário 8.365.420 6.329.785 Títulos de capital por incorporação de reservas 19.862.950 7.845.510 28.228.370 14.175.295

83 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Reservas de reavaliação Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda -- De inv. em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

Reservas de reavaliação do imobilizado 120.605 123.323 Reservas por impostos diferidos -- De activos financeiros disponíveis para venda --

120.605 123.323

Reserva legal 4.116.146 12.643.146 Reserva p/ formacão e educação cooperativa 119.778 52.882 Reserva para mutualismo 44.783 39.640 Outras reservas - 25.999 Resultados transitados Resultados transitados aprovados 2.718 2.718 Diferenças de alteração políticas contabilisticas (22.168) 44.434 4.261.257 14.758.190 Lucro do exercício 1.384.374 4.459.426 * 5.766.237 17.391.569

Nota (*) Inclui os resultados da Caixa de Barcelos (1.949.371 Euros) apurados até 29 Dezembro de 2008, data da efectivação da fusão.

De acordo com os Estatutos da CCAM e com o Código Cooperativo, pelo menos 20% dos resultados líquidos deverão ser afectos obrigatoriamente à reserva legal, no mínimo outros 20% deverão ser afectos a uma reserva especial para reforço da situação líquida das Caixas que tenham sido objecto de procedimentos de recuperação ou saneamento (alínea b do nº2 do artigo 44º do Dec-Lei 320/97 de 25/11), pelo menos 2,5% deverá ser afecto à reserva para educação e formação cooperativa, no máximo 5% para reserva para mutualismo e no máximo 10% para reserva destinada à Fundação da CCAM.

84 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal - - - - Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - - - - Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 15.521 15.790 8.057 7.733 Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - - - - Juros de outras disponibilidades ---- Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país 1.623.552 3.969.748 2.679.701 1.290.048 Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - - - - Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Desconto e outros créditos titulados por efeitos 296.475 216.329 129.381 86.947 Empréstimos 8.473.803 10.683.278 7.618.992 3.064.286 Créditos em conta corrente 1.045.825 1.472.117 1.174.515 297.603 Descobertos em depósitos à ordem 446.896 456.383 385.707 70.675 Locação Financeira 6.882 - - - Créditos ao consumo 1.833.042 1.964.365 1.795.449 168.916

Crédito externo Desconto e outros créditos titulados por efeitos ---- Empréstimos 1.022 1.819 10 1.809 Créditos em conta corrente ---- Descobertos em depósitos à ordem 18 12 12 - Créditos ao consumo 17.613 15.620 15.620 -

Juros de crédito vencido 841.134 939.425 508.394 431.031

Juros de títulos de investimento subordinados 107.028 151.636 141.543 10.093

Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes - 33.513 33.513 -

Outros juros e rendimentos similares ----

14.708.811 19.920.036 14.490.895 5.429.141

85 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Juros de recursos de outras instituições de crédito no país 2.521 21.740 12.005 9.735 no estrangeiro ---- Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 6.368.688 9.036.771 6.862.687 2.174.084 Juros de passivos financeiros de negociação instrumentos financeiros derivados - - - - Juros de derivados de cobertura ---- Juros de passivos subordinados 152.119 211.282 102.573 108.709 Outras comissões pagas: operações de crédito ---- Outros juros e encargos similares 4.792 1.830 534 1.297 6.528.120 9.271.623 6.977.799 2.293.825

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais ---- Investimentos em associadas - - - - CA Vida, S.A. - 6.300 5.600 700 Investimentos em empreendimentos conjuntos - - - - No estrangeiro Investimentos em filiais ---- Investimentos em associadas - - - - Investimentos em empreendimentos conjuntos - - - - - 6.300 5.600 700

Outros instrumentos de capital ---- - 6.300 5.600 700

86 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008 Por garantias prestadas Garantias e avales 181.925 140.087 122.651 17.436 Fianças e indemnizações (contragarantias) ---- Créditos documentários abertos ---- Outras garantias prestadas ---- 181.925 140.087 122.651 17.436 Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis 123.642 108.013 86.499 21.513 Subscrição de títulos ---- Outros compromissos irrevogáveis ---- Compromissos revogáveis ---- 123.642 108.013 86.499 21.513 Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito ---- Outras operações sobre instrumentos financeiros ------Por serviços prestados Depósito e guarda de valores 5 10 - 10 Cobrança de valores 21.939 21.856 18.182 3.673 Administração de valores 307 753 - 753 Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão ---- Comissão de emissão de unidades de participação - - - - Comissão de resgate de unidades de participação - - - - Transferência de valores 27.770 26.751 18.715 8.036 Gestão de cartões 2.895 2.887 2.199 688 Anuidades 103.417 100.915 78.139 22.776 Montagem de operações ---- Operações de crédito Por operações de factoring ---- Outras operações de crédito 975.319 873.900 670.571 203.329 Outros serviços prestados 927.870 621.308 423.094 198.213 2.059.521 1.648.379 1.210.900 437.479 Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa ---- Em operações fora de Bolsa ---- Outras operações realizadas por conta de terceiros - 185 185 - - 185 185 -

Outras comissões recebidas 577.705 584.835 397.611 187.224 2.942.793 2.481.499 1.817.847 663.652

87 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Por garantias recebidas ---- Por compromissos assumidos por terceiros - - - - Por serviços bancários prestados por terceiros - Depósito e guarda de valores 24.386 23.957 15.376 8.581 Operações de crédito ---- Gestão de Consórcios 300 - - - Cobrança de valores 924 12.504 12.504 - Administração de valores ---- Transferência de valores 74.348 44.757 31.151 13.606 Cartões 202.268 166.134 126.051 40.083 Outros 59.623 44.185 38.316 5.869 Por operações realizadas por terceiros - - - - Outras comissões pagas 60 84 84 - 361.910 291.620 223.482 68.139

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

A Caixa não tem ganhos nem perdas com Activos Financeiros Disponíveis para venda. Em 2009 e 2008 recebeu juros no montante de 107.028 euros e 151.636 euros, respectivamente, registados na rubrica “Juros de Títulos investimento Subordinados” (Nota 37).

88 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Perdas em diferenças cambiais (94.229) (74.846) (29.699) (45.147) Perdas em depósitos estruturados (1.458) (3.794) (1.320) (2.474) Ganhos em diferenças cambiais 99.308 77.628 28.043 49.585 Ganhos em depósitos estruturados 1.458 3.794 1.320 2.474 5.078 2.782 (1.656) 4.437

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Resultados em activos não financeiros Outros activos tangíveis ---- Menos valias realizadas - outros activos tangíveis (5.245) (13.000) (13.000) - Mais-valias-Outros activos tangíveis 72 78 78 -

Resultados em activos não corr.detidos p/venda Ganhos realizados-Activos não corr.detidos p/venda 113.240 42.904 16.423 26.481 Perdas realizadas-Activos não corr.detidos p/venda (25.000) (389) (389) - Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos ----

Outros ---- 83.066 29.594 3.112 26.481

89 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional ---- Ganhos em operações descontinuadas ---- Reembolso de despesas 6.054 34.902 869 34.033 Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis 770.391 1.526.938 704.334 822.604 Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 591.237 459.315 363.818 95.497 Rendimentos da prestação de serviços diversos 74.363 353.237 232.142 121.095 Outros ganhos e rendimentos operacionais 68.405 54.512 50.741 3.772 1.510.450 2.428.904 1.351.904 1.077.001

Outros encargos de exploração Quotizações (51.875) (46.699) (34.412) (12.287) Donativos (65.925) (70.136) (63.142) (6.994) Contribuições para o Fundo Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (517.436) (422.597) (303.706) (118.891) Anulação de juros vencidos (582.732) (246.809) (220.100) (26.709) Outros encargos e gastos operacionais (71.429) (87.730) (76.814) (10.916) Impostos (10.965) (11.681) (8.236) (3.445) (1.300.362) (885.651) (706.410) (179.241)

210.088 1.543.253 645.494 897.760

90 47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização 88.689 80.343 52.307 28.036 Empregados 2.913.829 2.888.559 2.332.652 555.907

Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões 141.068 97.479 97.479 - Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família - - - - Segurança Social 476.938 467.324 376.951 90.373 SAMS 136.634 132.636 106.527 26.109 Outros ---- Outros encargos sociais obrigatórios: Subsídio por morte ---- Outros 25.289 28.879 21.559 7.320 Outros ----

Encargos sociais facultativos - - - -

Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais 2.734 850 850 - Outros 5.606 4.261 2.990 1.271 3.790.788 3.700.330 2.991.314 709.016

O número médio de colaboradores da Caixa em 2009 e 2008 apresenta a seguinte composição:

31-12-2009 31-12-2008

Direcção 1 1 Chefias e gerência 20 22 Quadros técnicos 78 73 Outros 5 7 104 103

91 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Noroeste Barcelos 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2008 29-12-2008

Com fornecimentos: Água, energia e combustíveis 147.629 150.542 127.340 23.203 Material de consumo corrente 100.099 144.507 79.846 64.661 Publicações 1.423 438 438 - Material de higiene e limpeza 3.167 3.460 3.225 235 Outros fornecimentos de terceiros 70.149 40.423 40.423 - 322.466 339.370 251.271 88.099 Com serviços: Rendas e alugueres 529.779 174.035 46.140 127.895 Comunicações 426.835 375.015 303.949 71.066 Deslocações, estadas e representação 275.558 349.669 291.227 58.443 Publicidade e edição de publicações 390.623 303.790 246.080 57.711 Conservação e reparação 159.576 123.775 66.899 56.876 Transportes 21.568 26.650 13.993 12.657 Formação pessoal - 7.425 - 7.425 Seguros 68.232 51.121 37.108 14.013 Serviços especializados: Avenças e honorários 109.962 140.884 79.402 61.482 Judiciais contencioso e notariado 6.723 63.372 15.490 47.882 Informática 878.442 1.049.681 884.880 164.801 Segurança e vigilância 8.908 6.543 5.503 1.040 Limpeza 44.171 39.292 27.587 11.705 Informações e bancos de dados 8.476 37.879 10.865 27.014 Outros serviços especializados: Tratamento de valores 176.006 137.191 99.443 37.748 Avaliadores externos 36.206 41.041 23.094 17.947 Outros serviços de terceiros 467.000 286.461 275.294 11.168 3.608.065 3.213.824 2.426.953 786.871

3.930.531 3.553.194 2.678.224 874.970

Os custos com o aluguer do equipamento informático, que em 2008 eram contabilizados na rubrica “Serviços especializados – Informática”, passaram a ser contabilizados, em 2009, na rubrica “Rendas e alugueres”, representando um total de 422.225 euros.

As despesas com as obras de remodelação da Sede Social em Barcelos, excluindo o investimento em equipamentos novos adicionais, foram levadas a custos. Na rubrica “Outros serviços de terceiros” estão contabilizados os custos ocorridos em 2008 no montante de 215.292 euros e na rubrica “Conservação e reparação” 84.000 euros dispendidos no exercício de 2009, num total de 299.292 euros imputados ao exercício.

92 49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

31-12-2009 31-12-2008 Associadas Coligadas Cx. Central Total Associadas Coligadas Cx. Central Total Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 5.486.547 5.486.547 - - 1.512.927 1.512.927 Activos financeiros detidos para negociação - - 4.469 4.469 - - 5.927 5.927 Activos financeiros disponíveis para venda - - 3.252.804 3.252.804 - - 4.010.368 4.010.368

Aplicações em instituições de crédito - - 77.090.168 77.090.168- - - 92.869.683 92.869.683 - Investimentos 247.311 36.462 5.023.580 5.307.353 247.311 36.462 5.023.580 5.307.353 - Crédito a clientes ------Outros activos - - 27.327 27.327 101 90.315 32.272 122.688

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação ------Recursos de outras instituições de crédito ------Recursos de clientes e outros empréstimos ------Responsabilidades representadas por títulos ------Passivos subordinados ------Outros passivos - 101.191 34.899 136.090 200 85.268 34.899 120.367

Custos (pós-fusão):

Juros e encargos similares - - 2.521 2.521 - - 155.191 155.191 Encargos com serviços e comissões - - 207.008 207.008 - - 155.494 155.494 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - 1.458 1.458- - - 3.794 3.794 - Custos com pessoal 22.803 - - 22.803 25.121 - - 25.121

Gastos gerais administrativos 68.232 1.565.366 12.159 1.645.757- 51.121 1.520.158 62.271 1.633.550 - Outros resultados de exploração - 49.475 - 49.475 - 40.371 - 40.371

Proveitos (pós-fusão):

Juros e rendimentos similares - - 1.639.073 1.639.073 - - 2.687.758 2.687.758 Rendimentos de instrumentos de capital - - - 6.300 - - 6.300 Rendimentos de serviços e comissões 261.057 - 59.917 320.975 8.422 2.064 128.200 138.686 Outros resultados de exploração 6.203 4.070 12.035 22.308 253.927 2.127 10.419 266.473

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: ------Garantias recebidas ------Compromissos perante terceiros ------Operações cambiais e instrumentos derivados - - 135.000 135.000 - - 135.000 135.000

Associadas: CA Seguros, S.A.; CA Vida, S.A. Coligadas: Fenacam, F.C.R.L.; CA Informática, S.A.; CA Serviços, S.A.; CA Gest, S.A.

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

93 50. PENSÕES DE REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo.

Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.

Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007 Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB 409.209 A.2. Impacto da transição para IAS 19: 245.182 A.2.1. Tábua de mortalidade 36.726 A.2.2. Pressupostos financeiros 208.456 A.3. Responsabilidades IAS 19 654.391 A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 481.810 A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo Pensões (A.3. - A.4.) 172.581

1-01-2007 Encargos com saúde (SAMS): B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 413.563 B.2. Com licenças sem vencimento - B.3. Com pré-reformados - B.4. Com pensões em pagamento 85.996 B. Total 499.559

1-01-2007 Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 332.310 C.2. Com licenças sem vencimento - C. Total 332.310

94 De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a Data limite de diferir diferimento A.2.1. Alteração da tábua de mortalidade 31.480 9 anos 2016 A.2.2. Alteração dos pressupostos financeiros 166.765 7 anos 2014 A.2.3. Excesso de cobertura em PCSB 58.081 7 anos 2014 B. Encargos com saúde (SAMS) 428.193 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

A.2.1.2009 Alteração da tábua de mortalidade 3498 A.2.2.2009 Alteração dos pressupostos financeiros 23824 A.2.3.2009 Excesso de cobertura em PCSB 8297 B.2009 Encargos com saúde (SAMS) 47577 2009 TOTAL 83196

95

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM NOROESTE com referência a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 foram os seguintes:

31/12/2009 31/12/2008 Pressupostos financeiros: Taxa de desconto 5,5% 5,5% Taxa de rendimento 5,52% 4,5% Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 3% 3% Taxa de crescimento das pensões 2% 2%

Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade de reforma 65 65 Método de avaliação “Projected “Projected Unit Credit” Unit Credit”

Em 31 de Dezembro de 2009, o valor actual das responsabilidades com complemento de pensões de reforma e respectiva cobertura, são as seguintes:

31-12-2009 F.2009 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 1573564

F.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 810810 F.2. Com licenças sem vencimento - F.3. Com pré-reformados - F.4. Com pensões em pagamento 762754

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM NOROESTE é o que a seguir se apresenta:

G.1. + Custo do serviço corrente 57460 G.2. + Custo dos juros 77164 G.3. - Rendimento esperado dos activos do Fundo de Pensões 55629 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 27133 G.5. + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 58.765 antecipadas G.6. = Acréscimo anual de responsabilidades 164893

96 referente à CCAM NOROESTE foi o seguinte:

A.4.2008 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2008 1003695 H.1. (+) Contribuições efectuadas 162937 H.1.1. Pela CCAM NOROESTE 130.196 H.1.2. Pelos empregados 32741 H.2. (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 69649 H.3. (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 51.474 H.3.1. Por reformas antecipadas 5.854 H.3.2. Outros 45.620 H.4. (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 7857 H.5.2009 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2009 1176950 H.6. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2009 173255 (H.5.2009 – A.4.2008)

durante o exercício de 2009 relativo ao por serviços passados foi o seguinte:

F.2008 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2008 1398353 G.1. (+) Custo do serviço corrente 57460 G.2. (+) Custo dos juros 77164 G.4.1. (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 41153 G.5. (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 58.765 antecipadas H.3. (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 51.474 H.3.1. Por reformas antecipadas 5.854 H.3.2. Outros 45.620 H.4. (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 7857 F.2009 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2009 1573564 K. Variação nas responsabilidades em 2009 (F.2009 – F.2008) 175211

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2009, de acordo com o Aviso 4/2005 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F. Valor actual das responsabilidades com serviços passados 1573564 I.1. Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2009 389831 I.2. Responsabilidades por serviços passados (Aviso 4/2005) 1157896 I.3. Nível de cobertura (Aviso 4/2005) (%) 102

97 Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado dos fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor dos fundos de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no mínimo, um montante correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos colaboradores no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial.

Em 31-12-2009 a decomposição do corredor é a seguinte:

J.2009 Corredor 2009 157356

G.4.2008 (+) Desvios actuariais por amortizar em 31-12- 222542 (Saldo) 2008 J.2008 (Ganhos) e perdas actuariais dentro do 139835 corredor J.1.2008 (Ganhos) e perdas actuariais fora do corredor 82707 J.3.2009 (-) Amortização de desvios actuariais em 2009 3308

G.4.Ano (+/-) Desvios actuariais gerados em 2009 27133 G.4.2.Ano Desvio financeiro [(Ganho)/Perda] -14020 G.4.1.Ano Desvio actuarial [(Ganho)/Perda] 41153 G.4.2009 (=) Desvios actuariais por amortizar em 31-12- 246367 (Saldo) 2009 (G.4.2008 – J.3.2009 + G.4.Ano)

J.Dentro_2009 Ganhos e perdas actuariais dentro do corredor 157356 em 31-12-2009

J.Fora_2009 Ganhos e perdas actuariais fora do corredor em 89.011 31-12-2009

J.2. Tempo de serviço médio futuro dos activos do 25 fundo

J.3.2009 Amortização dos desvios em 2009 3308

98 A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2008 N.1.2008 Com trabalhadores no activo 362633 N.2.2008 Com licenças sem vencimento - N.2008 Total 362633

Prémio de Antiguidade 31-12-2009 N.1.2009 Com trabalhadores no activo 406129 N.2.2009 Com licenças sem vencimento - N.2009 Total 406129

Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no activo 43496 O.2. Com licenças sem vencimento - O. Com licenças sem vencimento 43496

51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Não existem operações desta natureza.

A DIRECÇÃO O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

Avelino Meira do Poço Daniela Moura José Júlio Faria da Costa Vítor António Gonçalves Barrocas

99 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

100

Senhores Associados:

Vem o Conselho Fiscal da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO NOROESTE, CRL, ainda em funções apresentar o seu relatório e dar parecer sobre o relatório e contas apresentados pela Direcção, respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009.

1. No exercício das suas funções, compete ao Conselho Fiscal acompanhar e fiscalizar a actividade da cooperativa e os actos da Direcção, através dos elementos da contabilidade bem como de outras informações e esclarecimentos obtidos.

2. Na apreciação das contas e da actividade da cooperativa verifica-se uma quebra substancial nos resultados finais do exercício em resultado da evolução da utilização da Euribor como referencial das taxas de crédito concedido, o que poderá determinar ainda efeitos importantes nos resultados da instituição nos próximos exercícios. Em função disso, o Conselho Fiscal entende recomendar à Direcção o reforço de todas as medidas possíveis no sentido de obviar os efeitos dessa tendência.

3. Fazendo uma apreciação global positiva das actividades e das contas do exercício, o Conselho Fiscal é de parecer que a Assembleia Geral:

- aprove o Relatório, as Contas e Anexo, referentes ao exercício de 2009, apresentados pela Direcção;

- aprove as propostas de aplicação de resultados e de afectação de reservas contidas no Relatório da Direcção.

Barcelos, 5 de Março de 2010

Eduardo Maria de França Machado José Carlos Gonçalves Sousa Alcides José Pires

101 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

102

Agências: : Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cerveira e Âncora : Viana do Castelo, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima, S. Julião de Freixo, Arca – Ponte de Lima, S. Martinho da Gandra, Barroselas, Castelo do Neiva, Abelheira e Darque : Barcelos, Macieira de Rates, Vila Seca, Carapeços, Silveiros e futuramente Arcozelo.

103

RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

104 Sebastião Camilo Oliveira Ramos Bernardo Antero Pereira Silva Barbosa José Gomes dos Santos Novais

Eduardo Maria de França Machado José Carlos Gonçalves de Sousa Alcides José Pires

Avelino Meira do Poço José Júlio Faria da Costa Vítor António Gonçalves Barrocas Américo Gonçalves da Cunha Joaquim Martins Mariz Alfredo Ferreira da Silva Manuel Araújo da Costa Alberto Gerpe Saraiva de Meneses José Gonçalves Correia da Silva João José Lopes Gonçalves Álvaro Viana Gomes Barbosa Manuel Rodrigues Soares Manuel Joaquim Domingues Mário Melo de Oliveira Mendes Cândido Ascensão Azevedo Bouça

105

José Maria Coutinho de Almeida José Rodrigues de Castro Cooperativa Agrícola de Barcelos, CRL António Oliveira Machado Luís ramos Casanova José Eduardo Silva Brito Manuel Augusto Miranda Senra Domingos Pinheiro Miranda Mário Torres Santos APPACDM – Viana do Castelo Simão Daniel Moreira Alves Cooperativa Agrícola de Viana do Castelo, CRL Vítor Alberto Gonçalves Silveira Noé Gonçalves Gomes Maria Alberta Mimoso Martins Ana Paula Paiva Alves Pereira Adega Cooperativa Regional de Monção Cesário Ferreira Gomes José Amândio Brito Lago Jorge Manuel Coutinho Gonçalves Lino Luís Temporão Construções, SA Luís Manuel Santos Fernandes Ramos António Luís Rodrigues Cruz Sebastião da Rocha Barbosa Susana Maria Zamith Soares Pereira Dário Humberto Lourenço Barata Sérgio Manuel Gama Nogueira João Fernando Brito Nogueira

106 RELATÓRIO E CONTAS DE 2009

107 José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Sónia Isabel Correia Ferreira Júlio Orlando da Costa Soares

José Fernandes do Souto Paulo Jorge Godinho Guimarães da Silva Raul Dias da Silva Carlos Manuel de Sousa Rocha Carlos Alberto Lourenço Fernandes Helena Isabel Pereira de Melo Paula Cristina Alves Pereira de Sá Gabriela Maria Barbosa Lajinha Viana Maria da Conceição Lopes Jácome de Carvalho Cristina Maria Creio Costa Caldas Viana Daniela Patrícia da Costa Silva Gonçalves de Moura Judite da Conceição da Cruz Labandeiro Mónica Marques dos Santos Carteado Sónia Edith Vieitas de Barros Soares Catarina Alexandra Pinto Correia Pires

António Manuel Alves da Silva Maria Manuel Gomes de Oliveira Paulo Alexandre Simões Pereira da Silva

Joaquim Manuel Loureiro Rodrigues José Torcato Peixoto Fernandes Jorge Alberto Ferraz Cacheira Alves

Paula Alexandra Delgado Amaro Amorim Barreto Moura Laurence Karine Perez Lages Ramalhosa Carla Susana Barbeitos de Sousa

José Augusto Domingues João Paulo Lourenço Gomes Susana de Sousa Ferreira Cristina Carina Domingues

108 António Adão Teixeira da Silva Laura Maria Rodrigues da Silva Soares Cidália Barbosa Costa

Fernando Jorge Moreira Lima Viana Sónia da Rocha Monteiro Maria Elisabete Barbosa da Costa

Paulo Jorge Pereira Araújo Carla Elisa Gomes Barbosa Joaquim Manuel Varela de Sousa José Manuel Martins de Sousa

João José Lopes Gonçalves João Mário da Cunha Pinto Gentil José Amorim Gonçalves

João Manuel Morais Lemos (Balcão)

Jorge de Moura Rodrigues Cláudio Ferreira da Silva Nicolau Cátia Filipa Torres Gomes Correia

Rui Alberto Rodrigues da Cruz Guilherme da Silva Rodrigues José Carlos Segadães Barroso Rui Manuel Ribeiro da Purificação Paulo Sérgio Carvalho Marques Santos José Carlos Oliveira Martins Maria Magdalena de Deus Anselmo Silva Ferreira

Luís Manuel Luciano Vieira Caçador

Alberto Dionísio Martins Conde João Pedro Soares Balinha Dinis Manuel da Silva Rodrigues

109 Rui Fernando Teixeira da Silva Sousa Anabela Maria Abreu Ramos Seixas Ângela Sofia da Costa Silva Gonçalves de Moura

Américo José Fernandes Iolanda Susana Freitas de Barros Coelho

António Adelino de Sousa Sampaio de Morais Ana Paula Gonçalves Barreiro Miguel

Victor Manuel Dantas Martins Sandra Isabel de Melo Sárria Marques da Silva Teixeira

Maria Goreti Matos Costa Ana Maria Loureiro Martins Carlos Alberto Carvalho Brito Rui Manuel Coelho Esteves Maria Madalena da Silva Figueiredo Matos Carlos Filipe Carvalho Abreu Mónica Alexandra Pereira Correia

Sónia Alexandra Pereira da Costa e Silva José Augusto Caravana Martins Zélia Cristina Pereira Dias Bruno Ricardo da Costa Magalhães José Pedro Fraga de Moura Luísa Micaela Novais Gomes de Sousa Paulo César de Araújo Vasconcelos Alberto Magno Miranda Campinho Cristina Isabel Góis Sala Daniel Ramos Araújo Loureiro Maria Carmélia Fernandes Silva Alberto José da Silva Castro Forte Joaquim Fernando Casa Nova Fonte Cristiano David da Silva Correia Ricardo Manuel Garrido Azevedo

110 Rui Manuel Gomes Garrido Maria Olívia Neves Vale Rosendo Marco Paulo Oliveira de Carvalho

111