RELATÓRIO & CONTAS

2014

1 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

ÍNDICE

3 ………………..…………………………………………….……..………………A CCAM EM NÚMEROS

8 ...... MENSAGEM DO PRESIDENTE DO PRESIDENTE DO C.G.S.

11 ...... MENSAGEM DO PRESIDENTE DO C.A.E.

15...... INFORMAÇÃO DE GESTÃO

42...... CONTEXTO INTERNO

55...... PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

57...... PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DE CAPITAL

60...... BALANÇO E CONTAS

66...... ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

117...... RELATÓRIO ANUAL DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

122...... PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

125...... RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

129...... ORGANIZAÇÃO DA CCAM DO NOROESTE

132...... ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO DA CCAM DO NOROESTE

146...... RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ANUAL DAS POLITICAS DE REMUNERAÇÃO

152...... MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

156...... COLABORADORES

161...... CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

2 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

A CCAM EM NÚMEROS

3 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL.

AGÊNCIAS

Nº Distrito Concelho Localidade Local Funcionários Arcos de 4970-465 Arcos de Valdevez 3 Rua Soares , nº130 Valdevez 4910-133 Caminha 2 Av. Manuel Xavier Caminha 4910-387 Vila Praia de Âncora 2 Rua 5 de Outubro, nº 7

Melgaço 4960-551 Melgaço 3 Lg. Hermenegildo Solheiro, nº 1

Monção 4950-427 Monção 3 Av. 25 de Abril, Bl. 3, R/C Esq.

Paredes de 4940-529 Paredes de Coura 3 Rua Conselheiro Miguel Dantas, nº32 Coura

Ponte da 4980-628 Ponte da Barca 4 Rua Diogo Bernardes, nº2 Barca

4990-058 Ponte de Lima 2+1 Passeio 25 de Abril

4990-209 Arca - Ponte de Lima 2+1 Rua Foral Dª Teresa Ponte de

Lima 4990-448 S. Julião de Freixo 2+1+1 Largo da Feira Viana do Castelo 4990-643 S. Martinho da Gandra 1 Lugar do Terreiro

Valença 4930 678 Valença 3 Av. Miguel Dantas, ED. Avenida, Lj 2 R/C

4900-495 Viana do Castelo 2+1+1 Rua de Aveiro, nº119

4900-557 Abelheira - Viana do Castelo 3 Praça Dr. António Feio Ribeiro da

4905-386 Barroselas 3 Rua dos Reis Magos, 205 - Loja 1 Viana do Castelo 4935-573 Castelo do Neiva 3 Av. Central, R/C- Lugar de Santiago

4935-169 Darque 2 Rua do Pinheiro Manso, nº 17 - r/c Esq

4900-557 Viana Castelo 23+1 Praça Dr. António Feio Ribeiro da Silva Sede Administrativa Vila Nova 4940-275 Vila Nova de Cerveira 3+1 Av. Heróis do Ultramar de Cerveira 4750-297 Barcelos – Sede Social 5+3 Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro

4755-266 Macieira de Rates 3 Avenida Central - Ed. Senhor dos Passos, 750

4750-437 Carapeços 2 Urbanização da Fariota, Lugar de Pereiro

Braga Barcelos 4755-552 Vila Sêca 2+1 Lugar da Gandra

Rua Principal, nº 1855, Loja 9- Edifício 4775-237 Silveiros 3 Magnólias

4750-154 2 Av. Nª Sr.ª de Fátima, 175

TOTAL……………………………24 AGÊNCIAS Ver distribuição na página 156 e seguintes.

4

2014 2013 Var. % VOLUME DE NEGÓCIOS (euros) Activo líquido total 463.960.360 462.805.821 0,25% Activo líquido médio 463.383.090 454.243.953 2,01% Depósito a prazo na Caixa Central 123.824.809 134.585.345 -8,00% Crédito total concedido 299.000.562 281.248.298 6,31% Crédito líquido concedido 285.117.136 271.578.762 4,99% Imobilizado líquido 20.664.707 17.345.774 19,13% Depósitos totais 410.246.661 388.500.904 5,60% Depósitos à ordem 101.951.140 88.330.030 15,42% Depósitos a prazo e de poupança 308.295.521 300.170.874 2,71% Volume de negócios 709.247.223 669.749.201 5,90% Depósito a prazo na Caixa Central / Activo líquido 26,69% 29,08% Crédito líquido concedido / Activo líquido 61,45% 58,68% Crédito total concedido / Depósitos totais 72,88% 72,39% Crédito líquido concedido / Depósitos totais 69,50% 69,90% Imobilizado líquido / Activo líquido 4,45% 3,75% Depósitos à ordem / Depósitos totais 24,85% 22,74% Depósito a prazo e de poupança / Depósitos totais 75,15% 77,26% RESULTADOS CONSOLIDADOS (euros) Margem financeira 9.558.320 8.300.078 15,16% Comissões líquidas 4.416.990 4.354.741 1,43% Produto bancário 14.568.903 13.601.392 7,11% Custos de estrutura 8.530.722 8.711.658 -2,08% Custos com pessoal 4.150.726 4.141.279 0,23% Resultado antes de impostos 367.987 1.532.397 -75,99% Margem financeira / Activo líquido médio 2,06% 1,83% Custos com pessoal / Custos de estrutura 48,66% 47,54% Custos com pessoal / Custos totais 13,99% 12,55% COLABORADORES E BALCÕES Nº de funcionários 97 102 -4,90% Nº de agências 24 24 - Activo líquido / Nº de funcionários 4.783.096 4.537.312 5,42% Depósitos totais / Nº de funcionários 4.229.347 3.808.832 11,04% Volume de negócios / Nº de funcionários 7.311.827 6.566.169 11,36% Volume de negócios / Nº de balcões 29.551.968 27.906.217 5,90%

5

2014 2013 Var. % RENTABILIDADE (euros) Cash flow 5.901.009 4.530.781 30,24% Resultado do exercício 230.815 1.173.444 -80,33% Cash flow / Activo líquido médio 1,27% 1,00% Resultado do exercício / Activo líquido médio 0,05% 0,26% Resultado do exercício / Capital próprio médio 0,62% 3,11% Resultado antes de impostos / Activo líquido médio 0,08% 0,34% Resultado antes de impostos / Capital próprio médio 0,99% 4,06% Produto bancário / Activo líquido médio 3,14% 2,99% Rácio de eficiência 63,48% 69,46% Custos com pessoal / Produto bancário 28,49% 30,45% SOLVABILIDADE (euros) Provisões totais 18.524.766 14.195.664 30,50% Amortizações acumuladas 6.248.308 5.595.499 11,67% Capital próprio 37.583.709 37.132.689 1,21% Capital próprio médio 37.358.199 37.750.681 -1,04% Provisões p/crédito vencido / Crédito concedido bruto 4,06% 3,28% Crédito vencido / Crédito total concedido 5,88% 5,92% Crédito com incumprimento / Crédito total 5,74% 5,81% Crédito com incumprimento, líquido / Crédito total, líquido 1,15% 2,45% Crédito em risco / Crédito total 8,95% 9,18% Crédito em risco, líquido / Crédito total, líquido 4,52% 5,94% Capital próprio / Activo líquido 8,10% 8,02% Imobilizado líquido / Capital próprio 54,98% 46,71% Imobilizado líquido / Fundos próprios 48,76% 45,95% Rácio de solvabilidade 15,08% 14,51% Rácio de Adequação de Fundos Próprios 15,08% 14,51% Rácio de Adequação de Fundos Próprios de Base 13,28% 12,51% Rácio Core Tier I 13,28% 12,51% Rácio Core Tier II 1,80% 2,35% Fundos próprios 42.382.949 37.749.183 12,28% Grande risco 4.238.295 3.774.918 12,28% Limite de grande risco 10.595.737 9.437.296 12,28% Limite agregado de grande risco 339.063.589 301.993.464 12,28%

6 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

Área Geográfica da Caixa do Noroeste

7 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

8 Mensagem do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão

O Conselho Geral e de Supervisão a que tenho a honra de presidir apreciou, oportunamente, em conformidade com os Estatutos, o “Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2014”, emitindo parecer favorável e congratulando-se com o rigor e qualidade dos documentos apresentados, aliás como é apanágio do Conselho de Administração Executivo.

A gestão da Caixa do Noroeste continua a demonstrar resultados positivos de forma global, como se pode constatar nos variados documentos que nos são apresentados, apesar da persistente crise económica e financeira geral que tem afectado o nosso País.

É certo que o nosso ritmo de crescimento diminuiu um pouco em relação ao verificado após as fusões operadas.

Mesmo assim, continuamos a ser uma das maiores Caixas Agrícolas do País, como revelam as estatísticas internas.

Para esse desenvolvimento consolidado, contribui a nossa expansão através das 24 Agências dispersas por todo o Alto Minho e Concelho de Barcelos, incluindo a Sede Administrativa em Viana do Castelo, inaugurada em 2013.

Temos privilegiado os nossos contactos com o tecido empresarial, com as autarquias locais e com as associações de carácter social, destacando-se, neste último sector, os apoios concedidos no âmbito do ensino, da cultura, do desporto e das IPSS’s.

Como expoente da intervenção no plano social, salientamos ainda a acção da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, que continua a desenvolver o seu meritório trabalho.

Uma referência especial ao apoio da Caixa Central do Crédito Agrícola, em cujos

9 órgãos sociais participa o nosso Presidente do Conselho de Administração Executivo.

O Conselho Geral quer agradecer, de uma maneira geral, a todos os seus estimados colaboradores, cuja dedicação muito tem contribuído para atingirmos o patamar cimeiro no panorama do Crédito Agrícola de .

Da mesma forma agradece aos associados e clientes o seu contributo para o desenvolvimento desta Instituição.

Por último, convidamos os Senhores Associados a fazerem uma análise cuidada do Relatório e Contas apresentado que, esperamos, confirme o sentido positivo desta nossa mensagem.

Barcelos, 27 de Fevereiro de 2015

Presidente Conselho Geral e de Supervisão

Avelino Meira do Poço

10 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

11 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração Executivo

Prezados Associados,

Em nome do Conselho de Administração Executivo, dirijo-me a todos os associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, para fazer um balanço e uma reflexão sobre o exercício que terminou em Dezembro de 2014.

O último exercício marca uma viragem nas condições de exploração de que destacamos a recuperação da margem financeira (+15% do que em 2013) em virtude de uma gestão mais ativa na redução dos custos financeiros, aproveitando as condições macroeconómicas derivadas da política monetária do BCE. O produto bancário cresceu cerca de 7% pese embora o volume de comissões se mantivesse estável.

Devemos destacar o esforço colocado na otimização dos gastos administrativos, mantendo-se estáveis os custos com pessoal e conseguido uma redução de 4% nos gastos gerais administrativos. Procedemos também a um reajustamento do quadro de pessoal que originou a saída de 5 colaboradores.

No entanto os resultados têm um decréscimo substancial fixando-se em 231 mil euros (em 2013 o resultado foi de 1.173 mil euros) devido ao elevado esforço de provisionamento de cerca de 5 milhões de euros para correção das diversas classes de ativos, mas fundamentalmente para o crédito vencido e créditos de cobrança duvidosa, espelhando os efeitos da crise e o seu impacto no sector imobiliário.

O desempenho comercial foi importante para o crescimento do balanço, pois no primeiro dia de 2014 devolvemos cerca de 20 milhões de euros dos denominados Direitos Adicionais de Crédito. Ora, este foi também o montante do crescimento dos recursos de clientes, que permitiu um crescimento das aplicações em crédito

12 (crescimento de 6,4% em termos brutos).

Assistimos ainda a um ligeiro crescimento dos imóveis para venda em consequência da recuperação de crédito vencido, atingindo cerca de 20 milhões de euros em termos brutos.

Uma das medidas que sintetiza a solidez das instituições de crédito é rácio de solvabilidade. A partir de 2014 e por força da aplicação de nova regulamentação passamos a calcular o denominado Common Equity Tier 1 (rácio entre o capital e os ativos ponderados pelo risco) que atingiu 13,3% no final do exercício, valor confortavelmente superior ao mínimo exigido.

À solidez da estrutura financeira da Caixa procuramos associar também a qualidade do serviço, uma boa dinâmica comercial e a captura de sinergias com as instituições relevantes da nossa área de ação.

A todos os colaboradores, desejamos mostrar o nosso reconhecimento pela sua disposição, entusiasmo e perseverança pelo desempenho demonstrado.

Queremos também mostrar o nosso agradecimento aos nossos sócios e clientes e àqueles a quem de forma direta ou indireta, através da confiança manifestada, nos ajudaram a cumprir a nossa obrigação e tornaram possível que a Caixa Agrícola do Noroeste seja hoje, uma das maiores caixas do país.

Como nota final não queremos deixar de manifestar o nosso mais sentido pesar pelos falecimentos de dois membros dos órgãos sociais da Caixa.

O Sr. António Machado que durante muitos anos foi membro dos órgãos sociais da Caixa de Barcelos e que era membro do Conselho Consultivo da Caixa do Noroeste.

O Sr. Mário Melo de Oliveira Mendes que foi funcionário da Caixa de Paredes de Coura desde os inícios da década de 50 do século passado até à reforma e que foi

13 membro dos órgãos sociais da Caixa de Paredes de Coura, Caixa do Alto Minho e era agora vogal do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa do Noroeste.

Já depois de elaborado o relatório tomamos conhecimento com muita tristeza, do falecimento do Sr. Manuel Rodrigues Soares que durante muitos anos foi presidente da direção da Caixa de Monção e que pertenceu ainda à direção da Caixa do Alto Minho e ao Conselho Consultivo da Caixa do Noroeste. Às suas famílias endereçamos as mais sentidas condolências.

Barcelos, 27 de Fevereiro de 2015

O Presidente do Conselho de Administração Executivo

José Gonçalves Correia da Silva

14 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

INFORMAÇÃO DE GESTÃO

15 I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1. ECONOMIA MUNDIAL

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial em 2014 manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%. As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas tenha crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014. Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento face aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram revistos em baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a materialização de vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos, no forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma da zona Euro. O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo 1, mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das fracas expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias emergentes e desenvolvidas.

Variação anual do PIB (em percentagem) Evolução Económica Mundial 2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7% Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4% Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3% Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4% Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8% Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7% Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0% China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3% Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5% Brasil 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5% Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3% Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica- se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.

16 A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro e do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros e nas taxas de juro), na política fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda. Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações, entre a Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento ou refinanciamento da dívida 2 contraída junto do BCE e do FMI. A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o consumo em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção, significa que a elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente financiada, sendo de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na Ásia emergente. A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a anexação da Crimeia) têm afectado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e têm levado à depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de crescimento das economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da Europa.

Evolução Económica Internacional 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

3,6% 2,8% 2,4% 3,3% 1,8% 2,2% 1,5% 1,4% 1,2% 1,4% 1,6% 0,8% 0,8% 0,6% 0,1%

-0,5% -0,7% -0,6% Estados Unidos Zona Euro Japão China 2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015 Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram registar um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego via criação líquida de empregos que, conjugados com os factos observados noutras regiões do globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As projecções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada na redução dos

2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.

17 custos energéticos, no ajustamento fiscal mais moderado, sendo expectável, no entanto, um aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano pela Fed. Nos mercados financeiros internacionais são perspectivados riscos de alteração do clima de investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de alteração dos fluxos de capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a actividade das maiores economias e a suspender ou alterar o percurso expectável de normalização da política monetária americana.

2. ECONOMIA PORTUGUESA

Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014, as projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual iniciada em 2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz numa expectativa de evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro. A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna que, a concretizarem-se, permitirão manter os excedentes da balança corrente e de capital. Muito embora tenha vindo a ser efectuada uma afectação de recursos aos sectores transaccionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos sectores público e privado, a evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de mão-de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola) continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro. Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para abrandamento do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a Rússia. Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha. Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso dos países não europeus nos seus mercados exportadores.

18 Indicadores da Economia Portuguesa ∆ % anual PIB 1,5% 1,6% 0,9%

-1,3% -1,4%

-3,2% 2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P Fonte: Boletim Económico BdP

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola 3 e a imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de proteccionismo à produção local. Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3 normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro de 2014.

Indicadores da Economia Portuguesa ∆ % anual Procura Interna 4,2% 3,5% 2,2% 2,2% 2,1% 1,3% 0,5%

-1,9% -0,5% -0,5% -3,3% -1,4% -4,8% -6,3% -5,1% -5,4% -10,5% -14,3%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF) Fonte: Boletim Económico BdP Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2% embora a sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total registou um crescimento de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor redução do investimento em habitação, que no entanto ainda representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000. A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajectória de redução registada desde 2009 que implicou uma contracção deste agregado em cerca de 30%. Em

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

19 2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que compensada por um crescimento assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às máquinas e equipamentos, à semelhança do que vinha sendo observado desde o final de 2013. O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013, registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de consolidação orçamental. O crescimento das importações reflectiu a já referida evolução das rubricas da procura global com maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros. Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de reorientação para os sectores transaccionáveis, incluindo investimento em bens com elevado conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e no investimento empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da actividade, dada a necessidade de repor níveis médios de stocks , após períodos de redução ou de menor manutenção dos bens de capital sujeitos a depreciação.

Indicadores da Economia Portuguesa ∆ % anual Sector Externo 6,9% 6,4% 6,3% 5,0% 4,2% 4,7% 3,2% 3,6% 2,6% 3,1%

-5,3% -6,6% 2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P Exportações Importações Fonte: Boletim Económico BdP Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de 6,3%, o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em 2013, resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os bens energéticos, os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014. As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo contributos semelhantes entre a componente de bens e a de serviços e reflectindo um menor contributo para o crescimento do PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projecções para as exportações de bens e serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi generalizado às principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor

20 (IHPC), excepto os bens energéticos. De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do PIB nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes, entre outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no período homólogo de 2013, igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do aumento de capital no Banif. Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de 3,3%, reflectindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada pelo aumento dos impostos directos 4). A despesa também registou um aumento, embora bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das despesas com pessoal e com prestações sociais. A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até Novembro tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões de euros). As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros no final de 2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8% do PIB. A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de Novembro, o que se traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no mês anterior. O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final do 3º trimestre, registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre anterior. Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o final de 2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida no último trimestre de 2014 em 5,1 mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-se que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a magnitude desse desvio dependerá do PIB nominal que o Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da previsão do Ministério das Finanças. Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português emitiu dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de investidores por dívida pública dos países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis historicamente baixos. No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em bilhetes de tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da tesouraria

4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.

21 e da dívida pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de euros através da emissão bruta de obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2015 situa-se em cerca de 11 mil milhões de euros. Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma trajectória descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade das obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de 10 anos, em Janeiro de 2015, nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados em Janeiro de 2013).

Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida Alemã

Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha 35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0% jul-13 jul-12 jul-11 jul-10 set-13 set-12 set-11 set-10 jan-13 jan-12 jan-11 jan-10 fev-13 fev-12 fev-11 fev-10 jun-13 jun-12 jun-11 jun-10 abr-13 abr-12 abr-11 abr-10 out-13 out-12 out-11 out-10 dez-13 dez-12 dez-11 dez-10 ago-13 ago-12 ago-11 ago-10 nov-13 mai-13 nov-12 mai-12 nov-11 mai-11 nov-10 mai-10 mar-13 mar-12 mar-11 mar-10

Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou 2,1% no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma consistente com a evolução da actividade económica, complementado com o acréscimo de volume de emprego gerado por políticas activas de emprego, donde se destacam os estágios profissionais comparticipados pelo Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o crescimento homólogo do emprego privado por conta de outrem, registado no 3º trimestre de 2014. É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora estes valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius (Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial

22 português está, na sua maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de 2014, foram criadas 32.257 empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com uma redução homóloga de 22%).

3. MERCADOS FINANCEIROS

Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por um prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá conduzir mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objectivo de assegurar o cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objectivo de assegurar a manutenção de um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim de Agosto do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com condições atractivas durante um período de até quatro anos a todos os bancos que cumpram determinados referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à economia real” ;

• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada ( Asset- Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de permitir a flexibilização do balanço das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito para os -0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de activos em grande escala para emissões de dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e instituições europeias (medida lançada em 2015). O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento à economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de emprego e inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos activos financeiros (acções e obrigações). A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de activos que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por mês, foi vista como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os níveis

23 assumidos pelo mandato do BCE. Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos práticos da adopção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma alteração da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo crescimento e menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.

Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos países da zona Euro apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido atingidos sucessivos níveis mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance dos países periféricos 5 – Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“ spread ”) existente entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos). Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na zona Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em muitos países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido, divergências políticas internas na zona Euro ou confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza, partido que se apresenta como de esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram saturados com a presente situação da União Europeia e que não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto entre visões antagónicas de organização e condução da política comum europeia. Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas, adoptada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte significativa da sua carteira de crédito indexada a este indexante (situação particularmente relevante no caso do crédito à habitação contratado antes da início da crise financeira).

5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos) e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%, respectivamente.

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Também os mercados accionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito particularmente dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42% (em 2014, estes índices registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente). Por sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções mais modestas, registando crescimentos de 4% e 12%, respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-se em 37% durante este período.

Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contracção da economia nacional verificada entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afectada pela crise registada no Grupo Espírito Santo. Efectivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos (acumulando uma descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de 2014 uma queda de 27% para o nível de 4.802 pontos.

A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20, consequências negativas directas – BES, ESFG e PT – e consequências indirectas, associadas a um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro teria sobre a economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a situação financeira dos credores afectados e a perda de confiança dos mercados internacionais relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

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Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está directamente relacionada com as expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a adoptar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas extraordinárias de combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro (€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina, tendo-se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês. A tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes. As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse é também, embora não expresso, um dos objectivos da política europeia de modo a permitir importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a dinamizar as exportações. No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio atingido um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida pública soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na Grécia.

26 Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio mínimo de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço face ao Euro.

No que diz respeito às commodities , resultado da divulgação de projecções económicas que indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de 2013 o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando o barril a ser transaccionado por apenas 45 USD. Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em aproximadamente 1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na zona Euro assim como do escalar das pressões políticas extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

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Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%, para em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global e para o aumento do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de soja, negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em 2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma valorização significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

II. EVOLUÇÃO DO MERCADO BANCÁRIO

A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos investimentos e activos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efectivas e potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido pelo Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos em situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No final do 3º trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o activo total situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1

28 resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%. Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições de liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda que em condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas contas de exploração e nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção das taxas directoras em níveis historicamente baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito vencido difíceis de recuperar e à ainda reduzida actividade e procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse directa ou indirecta dos bancos. Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de endividamento da economia portuguesa, que afecta de forma transversal todos os agentes económicos e que provoca uma significativa contracção do negócio bancário. O activo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil milhões de euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de 2013, verificou-se uma significativa redução dos activos justificados pela redução da carteira de crédito concedido. Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-se, em larga medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando comparada com a respectiva situação líquida (ou valor contabilístico das acções). Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de variação anuais negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento disponível das famílias e dos elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas, da erosão de rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de margem e pelo muitas vezes insustentável peso da dívida na estrutura dos balanços, factor particularmente crítico nas micro e pequenas empresas.

AGREGADOS DE CRÉDITO Taxa de variação anual 2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014 Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2 Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7 Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9 Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8 Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1 A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflecte a redução do crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente, procuram

29 aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria. Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa negativa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de -3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%. No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para aquisição de habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%. A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário atingiu os +2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%. A qualidade do crédito 6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros activos) e do consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES). O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0% 7. No que se refere ao crédito vencido de empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os sectores de actividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as actividades imobiliárias a registarem volumes de crédito vencido persistentes.

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Regiões Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8 Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7 Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014 RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Tipologia Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8 Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1 Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014 A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento actuais com os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.

6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras, 17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação. 7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

30 RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Regiões Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0 Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2 Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9 Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0 Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4 Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5 Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014 A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do crédito vencido a verificar-se independentemente do montante de crédito concedido. Apesar de se manter a tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros, o agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de intensidade nos últimos anos, tendo sido significativo em 2014.

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Intervalos em euros Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set < 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7 20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1 50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4 100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9 200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4 400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1 1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4 > 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4 Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014 No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de 2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez. No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram variações divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

31 TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período) 2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014 Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61 Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96 Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43 Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17 Fonte : BdP-Indicadores de Conjuntura

III. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 1. ANÁLISE FINANCEIRA DO SICAM (N EGÓCIO BANCÁRIO DO GRUPO CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2014, constituem valores provisórios e não auditados.

Demonstração de Resultados Em milhares de euros Variação 2013 2014 Abs. % Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1% Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0% Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0% Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3% Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0% Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5% Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3% Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6% Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6% Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9% Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1% Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7% Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2% Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6% Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023 1528,4%

32 BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de euros Variação 2013 2014 Abs. % Activo Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2% Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6% Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6% Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0% Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5% Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1% Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%

Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

Passivo + Capital Recursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1% Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0% Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8% Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5% Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863 2,1% Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736 5,3% Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por um lado, uma elevada retracção da procura de crédito por parte das famílias e das empresas com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos. O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à generalidade dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

33 Valores em milhões de euros Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14 Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1 Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6 SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5 Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding , à continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM, através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e consequentemente para os resultados líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente 101 milhões de euros, decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa Central, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM para os 126%. É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante uma sã e prudente política de constituição / reforço de provisões e imparidades, que aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 31 de Dezembro de 2014.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens Produto Bancário - SICAM 2012 2013 2014 Δ Abs. Δ % Margem Financeira 318 251 248 -2 -1% Comissões líquidas 130 132 129 -3 -2% Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116% Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39% Margem Complementar 147 222 306 84 38% Produto Bancário 465 473 554 82 17% A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de: 1. quebra registada na concessão de crédito; 2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor); 3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e 4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das taxas de remuneração dos depósitos. É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se verifique uma redução destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar a

34 convergência para as taxas de mercado. É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e consequentemente para o Grupo Crédito Agrícola. A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos resultados obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como sejam a política acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do crédito (gerador de um volume significativo de comissões). Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado de 473 milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.

Valores em milhões de euros Margem Comissões Res. Op. Margem Produto Financeira Líquidas Financeiras Complementar Bancário Caixas Associadas 252 106 4 12 375 Caixa Central -5 23 166 185 181 SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554 Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do esforço de contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar,

35 porém, que algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM 2012 2013 2014 Δ Abs. Δ % Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1% Custos de Pessoal 163 164 165 1 1% Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2% Amortizações 15 15 14 -1 -4% Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens Provisões/Imparidades do Exercício 2012 2013 2014 Δ Abs. Δ % Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56% Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8% Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20% Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. - É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014, aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários negativos no futuro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens Evolução da carteira de crédito 2012 2013 2014 Δ Abs. Δ % Crédito total sobre clientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6% Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1% Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em 2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de outros activos, dada a incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

36 Evolução do Activo Líquido (em milhões de euros)

13.748

13.279

13.027 12.969

2011 2012 2013 2014 (reexpresso)

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%), contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de imparidades do exercício (+20%).

Crédito a clientes 2012 2013 2014 Δ Abs. Δ % Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6% Imparidades 649 707 848 142 20,0% Crédito líquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6% O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital registou um aumento de 59 milhões de euros.

Valores em milhões de euros Capitais Activo Passivo Próprios Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171 Caixa Central 6.001 5.702 298 SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se reduziu de 80,1% para 76,7%, está actualmente situado num nível bastante baixo quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma adequada remuneração dos fundos próprios.

37 Evolução do Crédito e Recursos de Clientes (em milhões de euros) 12.000 10.178 10.234 10.620 89,0% 10.000 8.365 8.199 8.147 84,0% 8.000 82,2% 6.000 79,0% 80,1% 4.000 76,7% 74,0% 2.000

0 69,0% 2012 2013 2014 Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens Evolução do crédito e recursos de clientes 2012 2013 2014 Δ Abs. Δ % Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6% Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8% Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

2. OUTROS FACTOS RELEVANTES

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os portugueses mais confiam. A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem vindo a ser regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas em Portugal. A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em 2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos, oferece diversos fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em

38 2014. O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236 balcões em funcionamento. Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de mercado. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014, atingindo os 79 milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções mensais por equipamento). Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos +3,5% do mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do mercado), o que se traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade de cartões (de 8,1% para 7,8% nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de crédito). Não obstante, no mesmo período, verificou-se um aumento do número de transacções de cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de transacções), assim como, um aumento do volume de transacções (+ 5,6% para os 4.781 milhões de euros). Em termos de penetração do canal on-line , em 2014, o número de adesões activas nas empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%. O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito Agrícola, o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de protecção e, no decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do mercado imobiliário, demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e solvabilidade) ímpares. Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas, suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com referência à situação financeira de 2013.

39

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se 175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a concurso. As provas cegas e a atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direccionada de produtos e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas tradições.

40 Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g. ADRAL, Energie). No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não residentes, super crédito pessoal), soluções ( bundles ) dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria para empresas e empresários, soluções de micro-crédito com garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre outros. No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias iniciativas do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura de inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo, incentivando e premiando projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram seleccionados 12 projectos finalistas; e

• a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro Comunitário, de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano, cobriram as todas as regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e contaram com a presença de centenas de empresários, agricultores e entidades do sector primário e agro-industrial.

41 CONTEXTO INTERNO

Resultados

O resultado líquido do exercício ascendeu a 231 mil euros (-80% que em 2013) marcado pelo elevado esforço de provisionamento para crédito vencido e para créditos de cobrança duvidosa.

Aproveitando o ambiente macroeconómico em que as taxas de juro atingiram níveis bastante reduzidos, a margem financeira cresceu 15% em virtude uma forte contenção nos custos financeiros (-25%) apesar de um crescimento de 5,6% nos recursos captados de clientes.

As comissões recorrentes da atividade bancária e da prestação de serviços não tiveram variação significativa, não obstante as limitações legais para a cobrança de determinadas comissões.

Os gastos administrativos globalmente considerados tiveram uma redução. O aumento dos gastos com pessoal (crescem 0,23%) e são o resultado de ajustamentos nos custos pela redução de 5 colaboradores, numa perspetiva de otimização de recursos, a partir do final do terceiro trimestre. Os gastos gerais administrativos têm uma variação negativa (-4%) bem como as amortizações (-2%).

As perdas pela deterioração de ativos de crédito, derivados em grande parte pela coexistência de duas regras, conceptualmente distintas, atingiram 4,2 milhões de euros, afetando de forma significativa o resultado do exercício.

Na carteira de ativos não correntes detidos para venda, fundamentalmente imóveis, que teve um ligeiro acréscimo (+3%) as imparidades foram menores que no ano anterior.

42 Atividade

A comparação do valor global do balanço é prejudicada pelo facto de que em 1 de Janeiro de 2014 a Caixa ter devolvido cerca de 22 milhões de euros dos denominados Direitos Adicionais de Crédito. Retirando este efeito o crescimento é de cerca de 4,4%.

O volume de negócios, considerando os recursos captados de clientes e o crédito concedido, atingiu 709 milhões de euros quando em 2013 era de 670 milhões de euros (crescimento de 6%). O crescimento de cada uma daquelas rubricas foi bastante homogéneo (5,6% nos depósitos e 6,3% no crédito).

O rácio de transformação dos depósitos em crédito passou de 72% em 2013 para 73% em 2014, mantendo-se ainda nos termos das regras do grupo, uma grande capacidade de crescimento em crédito.

A carteira de crédito a empresas mostra uma estrutura diversificada por sectores económicos e no que diz respeito a particulares mantem-se um claro enviesamento para o crédito à habitação.

O crescimento na rubrica de Investimentos em Associadas deve-se à transferência dos títulos de investimento perpétuos da Caixa Central, contabilizados em Ativos Financeiros Disponíveis para Venda, para capital da Caixa Central.

Em Novembro de 2014 deu-se início a um novo programa do BCE por dois anos, do qual a Caixa em Dezembro detinha cerca de 1,5 milhões de euros.

Os recursos de clientes modificam a sua estrutura pelo forte crescimento dos depósitos à ordem. Ainda em recursos captados de clientes assistimos à diminuição dos títulos de investimento (passivo subordinado) pelo facto de ter chegado ao fim de vida a emissão de 2008.

43 Gestão do capital

Dada a variabilidade do capital da cooperativa, uma sã gestão deve preocupar-se pela não concentração do capital detido pelos associados. Por isso a campanha feita em 2014 para a captação de associados limitava o valor máximo de 1.000 euros por associado.

Também se alterou a forma de distribuição de resultados, pela entrega de novos títulos e não pela distribuição em dinheiro.

O rácio CET1 fixou-se em 13,3% confortavelmente superior ao mínimo regulamentar, o que conforta a capacidade para a assunção de mais risco.

Capital

O capital social da Caixa ascendeu em 31 de Dezembro de 2014 a 28.516 mil euros, dos quais mais de 70,4% provenientes da acumulação de resultados e são pertença da própria Caixa. O capital representado por títulos pertencentes aos associados são cerca de 8,4 milhões de euros tendo havido um acréscimo de 535 mil euros no capital directamente detido pelos associados . (c.f. nota 35 do anexo às demonstrações financeiras).

As reservas, que também representam acumulação de resultados, no montante de cerca de 8,6 milhões de euros, tiveram um crescimento de cerca de 553 mil euros resultantes da aplicação dos resultados de 2013. Nesta rubrica estão incluídos 477 mil euros que constituem um fundo de estabilização para remuneração de títulos de capital. (c.f. nota 36 do anexo às demonstrações financeiras).

No início do ano de 2014 a Caixa contava com 10.042 associados activos. Considerando os movimentos correntes ao longo do ano de 2014, registamos a saída de 18 associados por falecimento/cessação de actividade e outras situações de saída (17 exclusões e 82 pedidos de demissão), finalizando o ano de 2014 com 10.919

44 associados activos.

Sócios Sócios Activos em 2013 10.042 Falecimento / Cessação de Actividade 18 Exclusão 17 Pedido Demissão 82 Outros/Regularização 2 Admissões 994 Sócios Activos em 2014 10.919

Eficiência

O rácio de eficiência (calculado como a soma dos custos com pessoal, gastos gerais administrativos e amortizações a dividir pelo produto bancário), estando já habitualmente fora dos limites recomendados, melhorou de 69,46% em 2013 para 63,48% em 2014, devido ao aumento do produto bancário, redução dos custos administrativos e manutenção dos custos com o pessoal.

Em 31 de Dezembro de 2014 a Caixa do Noroeste contava com 24 Agências, estando uma integrada nas instalações da Sede Administrativa.

Solvência

No final de 2014, os fundos próprios totais superaram o montante de 42 milhões de euros.

O rácio core Tier I (calculados com os capitais de primeiro nível) atingia os 13,28%, que supõe uma elevada qualidade de solvabilidade da Caixa, bastante acima dos níveis mínimos exigidos regulamentarmente.

45 Capital Humano

Durante o exercício a Caixa continuou a apostar mais no desenvolvimento profissional dos colaboradores do que no aumento dos seus efetivos. O quadro de pessoal tem uma idade média de 43,06 anos e com uma antiguidade média de 17,08 anos.

O compromisso e a motivação que são pilares estratégicos para a gestão de pessoas devem estar ligados também à formação. A Caixa proporcionou em 2014 um total de 2.802 horas de formação aos seus colaboradores (formação profissional e pós graduações), para além de apoiar os colaboradores na frequência de licenciatura em Gestão Bancária.

Certificação da Qualidade

Na sequência da auditoria de concessão concluída em Maio de 2012 pela APCER e da 1ª auditoria de acompanhamento realizada em Abril de 2013, no âmbito da Norma NP EN ISO 9001, a CCAM do Noroeste obteve e mantém a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade por si implementado e baseado nos oito princípios da qualidade.

Este objectivo alcançado e mantido pela Caixa teve como propósito principal assegurar, de uma forma eficaz, eficiente e sistematizada, a satisfação das expectativas dos seus Associados e Clientes relativamente aos produtos e serviços por si fornecidos, e dos seus Colaboradores no que respeita ao ambiente e condições de trabalho proporcionados.

O Sistema de Gestão da Qualidade implementado proporciona melhores condições para a satisfação dos objectivos estratégicos da Caixa e para o cumprimento da Política da Qualidade por si estabelecida, optimizando, harmonizando e sistematizando processos, definindo

46 claramente responsabilidades e tarefas, fomentando e gerindo indicadores da qualidade, e melhorando assim a sua capacidade de resposta aos novos desafios que o mercado e a crescente exigência de qualidade dos clientes impõem, actuando numa óptica de melhoria contínua.

A Caixa entende ainda que a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade por si implementado reforça a sua imagem de competência e a credibilidade, e aporta vantagens competitivas ao diferenciar pela qualidade do serviço fornecido.

EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO

Área Comercial

Em 2014, a Caixa do Noroeste, manteve os seus vectores estratégicos fundamentais, nomeadamente procurando aumentar o seu posicionamento como força motriz da economia local. Neste sentido, a acção comercial evidenciou um enfoque crescente no financiamento às empresas.

A Caixa do Noroeste, no contexto do SICAM, mantém o 1.º lugar no ranking das Caixas considerado o valor do seu activo líquido, o 2.º lugar se considerarmos como critério o volume de recursos dos Clientes e alcançou também o 1.º lugar, se consideramos como critério o volume da carteira de crédito.

A estratégia de crescimento tem permitido atingir consecutivos ganhos de quota de mercado, que atingiu os 8,3% e 8,1%, respectivamente nos depósitos e no crédito.

Captação de Recursos

A actividade de captação de recursos, de balanço e fora de balanço, saldou-se por um crescimento de 7,41%, influenciado pelo volume captado sob as formas de

47 depósitos, fundos de investimento mobiliário (CA Gest) e seguros de capitalização.

Actividade Comercial (Recursos) Unidade: €uro Variação período Indicador 2013-12-31 2014-10-31 2014-11-30 2014-12-31 homologo Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 388.500.903 € 404.038.119 € 406.442.188 € 410.246.661 € 5,60 % Títulos de Investimento emitidos pela CCAM 10.261.217 € 8.634.170 € 8.663.175 € 8.692.179 € -15,29 % Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest 2.525.686 € 6.896.495 € 7. 141.963 € 7.323.922 € 189,98 % Fundos de Investimento Imobiliário CA Património 234.728 € 763.198 € 808.693 € 852.835 € 263,33 % Crescente (Square Asset Management) Seguros de Capitalização CA Vida 31.092.026 € 36.225.865 € 36.942.713 € 37.550.966 € 20,77 % TOTAL 432.614.562 € 456.557.849 € 459.998.733 € 464.666.564 € 7,41 %

Crédito Concedido

Em 2014, o crédito bruto concedido a Clientes ascendeu a € 299.000.561, registando uma variação positiva de 6,31% face aos valores de 2013. O crédito à habitação mantém a sua proporção na carteira global de crédito, cerca de 27%, atingindo o valor de € 80.712.851.

No que concerne à qualidade de crédito, o rácio de crédito vencido bruto atingiu os 5,9%, que representa a manutenção do valor registado em 2013. Adicionalmente, importa referir que o rácio de crédito vencido bruto há mais de 90 dias registou uma variação negativa de 3,02% (5,46% em Dezembro de 2014 versus 5,63% em Dezembro de 2013).

Seguros Ramo Real

O projecto de Bancassurance resulta de um protocolo estabelecido com as Companhias de Seguro do Grupo Crédito Agrícola, a CA Seguros e a CA Vida, com o objectivo de potenciar a captação para as Seguradoras de Clientes da Caixa do Noroeste.

A evolução dos prémios comerciais de seguros ramo real é a que se verifica no quadro seguinte:

48 PRÉMIOS / REAIS DELEGAÇÕES 2014 2013 2012 Var.% (14/13) Var.% (13/12) Viana do Castelo 85.870 96.480 90.818 -11,00% 6,23% Arcos de Valdevez 86.568 95.886 70.418 -9,72% 36,17% Caminha 43.500 35.725 37.051 21,77% -3,58% Melgaço 56.869 58.380 55.028 -2,59% 6,09% Monção 52.831 55.382 54.113 -4,61% 2,34% Paredes de Coura 215.765 209.490 247.427 3,00% -15,33% Ponte da Barca 92.874 95.380 90.920 -2,63% 4,91% Ponte de Lima 86.852 93.921 75.235 -7,53% 24,84% Valença 57.840 54.267 54.440 6,58% -0,32% Vila Nova de Cerveira 128.399 138.969 157.319 -7,61% -11,66% São Julião de Freixo 64.174 54.459 56.599 17,84% -3,78% Ponte de Lima - Arca 64.152 57.268 66.075 12,02% -13,33% São Martinho da Gandra 2.857 2.910 2.465 -1,82% 18,04% Barroselas 60.912 56.180 48.977 8,42% 14,71% Castelo de Neiva 89.096 96.526 111.509 -7,70% -13,44% Abelheira 47.459 43.084 36.630 10,15% 17,62% Darque 93.952 90.938 77.178 3,31% 17,83% Âncora 19.702 16.925 14.133 16,40% 19,76% Barcelos 400.647 426.774 461.564 -6,12% -7,54% Macieira de Rates 112.946 108.234 96.476 4,35% 12,19% Vila Sêca 106.830 96.602 98.386 10,59% -1,81% Carapeços 105.084 101.212 94.935 3,83% 6,61% Silveiros 41.992 41.371 38.479 1,50% 7,52% Arcozelo 37.525 30.327 26.529 23,73% 14,32% TOTAIS 2.154.695 2.156.691 2.162.703 0,09% 0,28%

A carteira de seguros da Caixa do Noroeste, em termos de prémios comerciais emitidos, registou uma variação negativa de 0,09%, a que não é alheia a política de subscrição da CA Seguros, que tem apostado no crescimento da carteira de produtos com elevada rentabilidade – onde se destacam o CA Habitação, CA Acidentes Pessoais e o CA CliniCard, mas onde merecem também referência o CA Saúde, CA Comércio e Serviços, o CA Caçadores e o CA Responsabilidade Civil – em detrimento da carteira de seguros de Acidentes de Trabalho (- 1,74%) e Automóvel (- 3,74%).

Os prémios correspondentes ao seguro automóvel representam ainda a maior proporção na carteira de seguros, apesar de ter decrescido face ao ano anterior, resultado do esforço já desenvolvido em anos anteriores de captação de seguros com menor índice de sinistralidade e das politicas comerciais da CA Seguros, visando a não aceitação de apólices de maior risco. O maior crescimento absoluto verificou- se ao nível do ramo de Acidentes Pessoais, cuja carteira alcançou um total de prémios de € 236.519.

49 PRÉMIOS / REAIS PRODUTOS 2014 2013 Var.% (14/13) Var. Abs Acidentes Trabalho 425.790 433.320 -1,74% -7.530 Acidentes Pessoais 236.519 210.608 12,30% 25.911 Automóvel 703.484 730.787 -3,74% -27.303 Habitação 284.038 273.129 3,99% 10.909 Comércio e Serviços 143.132 142.540 0,41% 591 Resp. Civil 43.870 42.141 4,10% 1.729 Outros 317.862 324.165 -1,94% -6.303 TOTAIS 2.154.695 2.156.691 0,09% 1.996

Em 2014 os custos totais com sinistros de clientes da CCAM do Noroeste foram € 1.350.390. Estes custos fazem com que o rácio ‘total de sinistros/prémios emitidos’ seja de 63%.

Seguros Ramo Vida

Em 2014 foram atingidos os objectivos acordados com a CA Vida para comercialização de seguros de vida, devido à grande dinâmica das Agências na colocação destes produtos e das campanhas desenvolvidas pela própria CA Vida e pela Caixa do Noroeste.

PRÉMIOS / VIDA PRODUTOS 2014 2013 2012 Var.% (14/13) Var.% (13/12) Plano Poupança Investimento 5.804.629 6.309.839 4.616.027 -8,01% 36,69% Plano Poupança Reforma 1.474.505 2.398.397 2.059.135 -38,52% 16,48% Plano Poupança Educação 29.582 34.336 36.807 -13,84% -6,71% Protecção Crédito Habitação/Pessoal 877.684 856.060 803.783 2,53% 6,50% Protecção Família 228.738 193.782 162.172 18,04% 19,49% TOTAIS 8.415.138 9.792.414 7.677.924 -14,06% 27,54%

Com um total de 2.070 apólices de seguros do ramo vida, em termos de prémios cobrados, houve uma redução de 14,06%.

Nº DE APÓLICES / VIDA PRODUTOS 2014 2013 2012 Var.% (14/13) Var.% (13/12) Plano Poup. Invest. 672 740 664 -9,19% 11,45% Plano Poup. Reforma 217 401 362 -45,89% 10,77% Plano Poup. Educaç. 0 0 0 0,00% 0,00% Protec. Cred. Habit. 200 134 123 49,25% 8,94% Protec. Cred. Pess. 531 820 645 -35,24% 27,13% Protecção Família 450 315 339 42,86% -7,08% TOTAIS 2.070 2.410 2.133 -14,11% 12,99%

50 Quer em volume de prémios quer em n.º de apólices, destacam-se pela positiva, em termos de taxa de crescimento face a 2013, dois produtos de risco, o Protecção Crédito à Habitação e o Protecção Família.

Área de Suporte Técnico e Operacional

Após a realização da escritura de fusão entre a Caixa do Alto Minho e a Caixa de Barcelos, o ano de 2009 e 2010 ficaram marcados pelo esforço na reorganização e consolidação da actual Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL . Em Junho de 2009, os Serviços Administrativos até aí sedeados em Ponte de Lima foram deslocalizados para instalações provisórias na Estrada da Papanata em Viana do Castelo. Em Julho de 2013, quatro anos após a mudança dos serviços administrativos, foi inaugurada o novo edifício, localizado na Praça Dr. António Feio Ribeiro da Silva , em Viana do Castelo, estabelecendo-se aí a Sede Administrativa da Caixa do Noroeste. É com grande satisfação que continuamos a assistir ao empenho de todos os colaboradores por acompanhar as diversas mudanças no sector e nas condições do mercado, no aumento de obrigações de carácter legal (incremento de tarefas de reporte e de serviço junto dos clientes e incorporação de novas funções no cumprimentos de normas e regulamentos comunitários), e contribuindo largamente para o sucesso e para o desenvolvimento da Caixa. No ano a que nos reportamos, foram igualmente alcançados os objectivos inicialmente propostos pela Área de Suporte Técnico e Operacional:

- Organização da Secção de Contabilidade e Reporting – processamento, contabilização e reporte periódico da informação financeira. Contínua formação e adaptação às novas exigências legais, operacionais e de mercado em conformidade com os desafios de Basileia II e III; A criação da União Bancária Europeia e o actual enquadramento legal e regulamentar da actividade bancária, com as constantes transformações e adaptações/actualizações que o sector bancário tem sentido, representa um desafio que não podemos menosprezar no Crédito Agrícola. No âmbito da implementação de Basileia III foi aprovado um conjunto único de

51 requisitos prudenciais no contexto europeu (Mecanismo Único de Supervisão), com efeitos a partir de Janeiro de 2014, materializados na Capital Requirements Directive (CRD IV) e Capital Requirements Regulation (CRR) aplicável a instituições de crédito, criando necessidades adicionais na forma de trabalhar e na adopção de novos modelos para dar respostas às actuais exigências do sector. A CRR mandatou a Autoridade Bancária Europeia (EBA) para propor normas técnicas de implementação (ITS - Implementing Technical Standards ) relativas a definições e requisitos de reporte uniformes: Common Reporting (COREP) e Financial Reporting (FINREP), pelo que no decurso do corrente ano foram desenvolvidos novos reportes periódicos, envolvendo partilha de informação do Grupo Crédito Agrícola com a EBA , compreendendo o tratamento de milhares de atributos e validações, de acordo com os regulamentos e Directivas europeias. Considerando este cenário, a Banca e Instituições de Crédito tem-se deparado com um elevado grau de exigência e nível de qualidade, relativamente à prestação de informações em tempo útil, tendo necessidade de continuar a fomentar a formação do pessoal nesta Área face aos novos desafios que surgem. - Acompanhamento da situação do património da Caixa, dando a maior atenção à gestão, manutenção e venda dos imóveis resultantes de processos de recuperação de crédito. Refira-se neste âmbito que durante o ano de 2014 foram adquiridos, em resultado desses processos, 38 prédios distribuídos entre 4 rústicos e 34 urbanos, no valor total de €4.061.714,96. Por sua vez e no que toca à alienação de património, foram vendidos 37 imóveis, 6 rústicos e 31 urbanos, no valor total de €2.924.138,60. Refira-se ainda que nos imóveis vendidos e considerando apenas os valores das transações (compra/venda), estes deram um resultado positivo de €5.284,25. - Continuamos com obras de manutenção, conservação e melhoria, nas diversas instalações da Caixa, procedendo à uniformização e melhoria, na imagem de cada uma dessas instalações; - Continuação das tarefas de licenciamento do projecto, para o arranque da construção da nova Agência de Paredes de Coura; - Continuação da política de instalação de equipamentos ATM’s em novos locais estratégicos, nomeadamente, no concelho de Barcelos, em março, na junta de freguesia de e em agosto, na junta de freguesia de . No concelho de

52 Viana do Castelo, em março, na junta de freguesia de Outeiro, em junho na junta de freguesia de Chafé e ainda em Esposende, no mês de janeiro, no posto de combustíveis da Repsol. - Análise da rentabilidade das ATM’s no sentido de procurar a sua melhor rentabilidade, com eventual implementação de ações que permitam rentabilizar algumas, que pela sua localização apresentam resultados negativos. - Interlocução com a CA Informática e CA Serviços nos projectos de modernização e reformulação de agências; - Adjudicação de diversos projectos de Arquitectura e licenciamento, para a recuperação de imóveis detidos pela Caixa por recuperação de crédito, no qual se destaca no ano de reporte e dado o reconhecido interesse turístico, o imóvel sito na freguesia da Gemieira, concelho de Ponte de Lima; - Implantação em todos os balcões do Projecto TREVO+ - O processamento da informação relativa a crédito, das várias modalidades e ainda dos seguros dos ramos não-vida, em estreita ligação com a CA Seguros e a Caixa Central nos casos específicos.

Adicionalmente ainda foram desenvolvidos outras iniciativas, nomeadamente:

- Adopção de medidas para o cumprimento das normas e regulamentos do Banco de Portugal e da legislação portuguesa, decorrentes da celebração do contrato com o Banco de Portugal no âmbito da Recirculação de Notas de Euro; - Contrato de Prestação de Serviços – Desenvolvimento no âmbito de Workflow de concessão de crédito; - Gestão Frota de Viaturas; - Gestão de Facturas e Controlo de Custos; - Implementação da Facturação Automática; - Levantamento da situação dos contratos de assistência e manutenção dos equipamentos da Caixa (sistemas de segurança, ar condicionado, comunicações, equipamentos, etc); - Levantamento dos Seguros da Caixa e adequação aos riscos associados; - Gestão Documental e Arquivo;

53 - Gestão dos Contratos de Cofres de Aluguer; - Sistema Biométrico de Gestão de Acessos e Registo de Ponto; - Desenvolvimento da Aplicação e Implementação do Modelo de Análise de Rentabilidade dos Clientes e Agências.

54 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

55 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

De acordo com os Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste e com o Código Cooperativo, pelo menos 20% dos resultados líquidos deverão ser afectos obrigatoriamente à reserva legal, no máximo 5% para reserva para educação e formação cooperativas e para mutualismo e no máximo 10% para reserva destinada à Fundação Caixa Agrícola do Noroeste.

Consequentemente, o Conselho de Administração Executivo propõe a seguinte aplicação dos resultados líquidos do exercício no montante de € 230.814,57:

a) Para reserva legal - 47.000,00

b) Para reserva para remuneração a atribuir ao capital social - 69 .000,00 previsto no código cooperativo

c) Para reserva para educação e formação cooperativas - 5.000,00

d) Para reserva para mutualismo - 273,77

e) Para r eserva para a Fundação Caixa Agrícola do Noroeste - 23.000,00

f) Para reservas l ivres - 32.000,00

g) Resultados transitados - 54.540 ,80

230.814,57

56 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DE CAPITAL

57 PROPOSTA DE REMUNERAÇÃO DOS TÍTULOS DE CAPITAL

Mantendo a política de remuneração do capital social seguida nos últimos anos pelas Caixas do Alto Minho e de Barcelos e como forma de estimular a participação dos associados nos destinos da Caixa Agrícola do Noroeste, o Conselho de Administração Executivo propõe que:

a) O capital social realizado até ao dia 31/12/2013 tenha uma remuneração bruta de 3,0% (em termos de juro) durante o ano 2014;

b) O capital realizado durante o exercício de 2014 tenha uma remuneração bruta de 3,0% (em termos de juro) durante o ano de 2014, mas proporcional ao prazo que decorre entre a data de realização e 31/12/2014;

c) A remuneração será incorporada em títulos de capital.

NOTA FINAL

O Conselho de Administração Executivo deseja expressar o seu reconhecimento às pessoas e entidades que de alguma forma foram importantes para se alcançarem os resultados apresentados, destacando-se muito em especial:

• Os associados e clientes pela confiança que continuaram a manifestar no seu relacionamento com a Caixa;

• As entidades de supervisão, a Caixa Central, a Fenacam e aos Órgãos de fiscalização (Conselho Geral e de Supervisão e Revisor de Contas) pela atenção que dispensaram a esta Caixa;

• As empresas do grupo Crédito Agrícola, pelo apoio que prestaram à Caixa;

58 • Todos os colaboradores da Caixa, pelo empenho, esforço e competência que sempre demonstraram ao longo do ano, no exercício das suas funções.

Barcelos, 27 de Fevereiro de 2015

O Conselho de Administração Executivo

José Gonçalves Correia da Silva - Presidente do Conselho de Administração Executivo

José Carlos Manuel Lay Alves - Administrador Executivo

Júlio Orlando da Costa Soares - Administrador Executivo

José Júlio Faria da Costa - Administrador Executivo

59 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

BALANÇO E CONTAS

60 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014 31-12-2013 Provisões, Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-12-2014 31-12-2013

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 3.602.070 - 3.602.070 3.912.415 Recursos de bancos centrais 22 - - Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 5.894.081 - 5.894.081 8.493.069 Passivos financeiros detidos para negociação 23 - - Activos financeiros detidos para negociação 7 - - -Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - - Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - -Recursos de outras instituições de crédito 25 1.505.483 21.641.533 Activos financeiros disponíveis para venda 9 3.017 2.494 523 3.908.738 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 410.246.661 388.500.904 Aplicações em instituições de crédito 10 123.824.809 123.824.809 134.585.345 Responsabilidades representadas por títulos 27 - - Crédito a clientes 11 299.000.562 13.883.426 285.117.136 271.578.762 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - - Investimentos detidos até à maturidade 12 - - Derivados de cobertura 14 - - Activos com acordo de recompra 13 - -Passivos não correntes detidos para venda 29 - - Derivados de cobertura 14 - - Provisões 30 2.743.803 2.555.589 Activos não correntes detidos para venda 15 20.019.329 1.755.773 18.263.556 17.719.019 Passivos por impostos correntes 20 573.453 - Propriedades de investimento 16 - - Passivos por impostos diferidos 20 8.424 10.754 Outros activos tangíveis 17 17.647.853 6.161.357 11.486.497 12.045.335 Instrumentos representativos de capital 31 105 - Activos intangíveis 18 88.135 86.951 1.184 412 Outros passivos subordinados 32 8.692.179 10.261.218 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 9.184.412 7.385 9.177.026 5.300.026 Outros passivos 33 2.606.542 2.703.134 Activos por impostos correntes 20 - 26.139 Total do Passivo 426.376.651 425.673.131 Activos por impostos diferidos 20 2.187.426 2.187.426 1.656.548 Outros activos 21 4.537.936 131.884 4.406.052 3.580.012 Capital 35 28.515.900 27.790.145 Prémios de emissão 35 - - Outros instrumentos de capital 36 - - Reservas de reavaliação 36 171.046 56.348 Outras reservas e resultados transitados 36 8.665.948 8.112.752 Lucro do exercício 36 230.815 1.173.444 Dividendos antecipados -- Total do Capital 37.583.709 37.132.689 Total do Activo 485.989.630 22.029.270 463.960.360 462.805.821 Total do Passivo e do Capital 463.960.360 462.805.821

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares José Júlio Faria da Costa

O anexo faz parte integrante destes balanços.

61 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 31-12-2014 31-12-2013

Juros e rendimentos similares 37 15.748.148 16.556.310 Juros e encargos similares 38 6.189.827 8.256.232 Margem financeira 9.558.320 8.300.078

Rendimentos de instrumentos de capital 39 11.003 11.000 Rendimentos de serviços e comissões 40 4.846.963 4.806.934 Encargos com serviços e comissões 41 429.973 452.193 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 - Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 357.019 Resultados de reavaliação cambial 44 10.795 4.333 Resultados de alienação de outros activos 45 18.023 94.330 Outros resultados de exploração 46 553.773 479.891 Produto bancário 14.568.903 13.601.392

Custos com pessoal 47 4.150.726 4.141.279 Gastos gerais administrativos 48 4.379.996 4.570.380 Amortizações do exercício 17 e 18 717.953 735.899 Provisões líquidas de reposições e anulações 30 385.417 325.766 Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 4.497.725 1.993.716 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - - Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 69.099 301.957 Resultado antes de impostos 367.987 1.532.397

Impostos correntes 20 670.379 (22.544) diferidos 20 (533.207) 381.498 Resultado líquido do exercício 230.815 1.173.444

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares José Júlio Faria da Costa

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

62 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014 31-12-2013

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimento de juros e comissões 20.595.111 21.363.244 Pagamento de juros e comissões (6.619.800) (8.708.425) Pagamentos ao pessoal e fornecedores (8.528.351) (8.680.448) Contribuições para o fundo de pensões (2.371) (31.210) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (137.172) (358.953) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 564.567 484.224 Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 5.871.984 4.068.431

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV -- Activos disponíveis para venda (3.908.215) (378.225) Aplicações em instituições de crédito (10.760.536) 16.518.359 Crédito a clientes 18.036.098 5.575.258 Investimentos detidos até à maturidade - (9.536.715) Activos não correntes detidos para venda 500.950 2.194.347 Outros activos 1.437.347 (454.362) 5.305.644 13.918.662 Aumentos (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito (20.136.050) 10.779.937 Recursos de clientes e outros empréstimos 21.745.758 7.338.954 Outros passivos 277.434 (1.160.952) 1.887.141 16.957.939

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento Impostos pagos Caixa líquida das actividades operacionais 2.453.481 7.107.708

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Variação de activos tangíveis e intangíveis 147.983 4.409.807 Recebimento de dividendos (11.003) (11.000) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 3.877.000 59 Caixa líquida das actividades de investimento 4.013.980 4.398.865

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Aumento de capital 725.755 - Diminuição de capital - (1.781.525) Variação de passivos subordinados (1.569.039) 1.076.015 Variação de reservas (505.550) (627.902) Caixa líquida das actividades de financiamento (1.348.834) (1.333.413)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (2.909.332) 1.375.429

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 12.405.484 11.030.055 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 9.496.152 12.405.484

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares José Júlio Faria da Costa

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

63 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 29.571.670 112.450 7.424.805 (55.729) 7.369.077 1.315.475 38.368.673

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (66.602) (66.602) - (66.602) Aplicação do resultado do exercício de 2012: Transferência para resultados transitados - - - 55.728 55.728 (55.728) - Reserva legal - - 725.000 - 725.000 (725.000) - Distribuição de dividendos - - (3.273) - (3.273) (394.000) (397.273) Reserva para educação e formação cooperativas - - 29.357 - 29.357 (40.000) (10.643) Reserva Fundação - - - - - (100.000) (100.000) Reserva para mutualismo - - 747 - 747 (747) - Outras Reservas ------Aumento de capital 439.420 - - - - - 439.420 Reembolso de capital (2.220.945) - - - - - (2.220.945) Reservas de Reavaliação - (56.102) - 2.718 2.718 - (53.384) Alterações de justo valor líquidas de imposto ------Resultado liquido do exercício de 2013 - - - - - 1.173.444 1.173.444

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 27.790.145 56.348 8.176.636 (63.884) 8.112.752 1.173.444 37.132.689

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) - - - (66.602) (66.602) - (66.602) Aplicação do resultado do exercício de 2013: Transferência para resultados transitados - - - 66.602 66.602 (63.884) 2.718 Reserva legal - - 235.000 - 235.000 (235.000) - Distribuição de dividendos - - 56.276 - 56.276 (350.000) (293.724) Reserva para educação e formação cooperativas - - (20.734) - (20.734) (5.000) (25.734) Reserva Fundação - - - - - (100.000) (100.000) Reserva para mutualismo - - 560 - 560 (560) - Outras Reservas - - 272.750 - 272.750 (419.000) (146.250) Aumento de capital 964.815 - - - - - 964.815 Reembolso de capital (239.060) - - - - - (239.060) Reservas de Reavaliação - 114.699 - 9.343 9.343 - 124.042 Alterações de justo valor líquidas de imposto ------Resultado liquido do exercício de 2014 - - - - - 230.815 230.815

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 28.515.900 171.046 8.720.488 (54.541) 8.665.948 230.815 37.583.709

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares José Júlio Faria da Costa

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. 64 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

2014 2013

Resultado individual 230.815 1.173.444 Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - - Impacto fiscal - - Transferência para resultados por alienação - - Impacto fiscal - - Pensões - regime transitório (66.602) (66.602) Outros movimentos - - Total Outro rendimento integral do exercício (66.602) (66.602) Rendimento integral individual 164.213 1.106.842

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares José Júlio Faria da Costa

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

65

NOROESTE

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

66 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, C.R.L. (adiante designada por CAIXA ou CCAM do Noroeste) é uma instituição de crédito constituída em 10 de Dezembro de 1994 sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da CAIXA a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A CAIXA forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

À data a que se reporta esta informação, a CAIXA opera através da sua sede social situada na Praceta Dr. Francisco Sá Carneiro em Barcelos, da sua sede administrativa localizada na Praceta Dr. António Feio Ribeiro da Silva em Viana do Castelo e através de uma rede de 24 agências situadas nos concelhos de Arcos de Valdevez, Barcelos, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da CAIXA foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções n.º 23/2004 e n.º 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

2.1.1. Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor;

2.1.2. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e

67 contas a receber são, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

2.1.3. No provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

2.1.4. Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo adoptado o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”;

2.1.5. Foi permitido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios da Norma IAS 19 – Benefícios de Empregados, dos custos e responsabilidades assumidos relativamente a pensões, custos com saúde e outros benefícios a que os colaboradores da Caixa têm direito após o período activo de trabalho.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal n.º 4/2005 de 21 de Fevereiro e n.º 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

A Caixa adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros, Divulgações, a qual se tornou efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007. O Impacto da adopção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão do capital (nota 51).

Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações financeiras.

68 As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014 encontram-se pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação

Conforme permitido pelo Aviso n.º 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução n.º 4/96.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

2.3.1. Especialização dos exercícios

A CAIXA adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

2.3.2. Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

2.3.3. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a CAIXA exerce controlo sobre a gestão das mesmas.

As empresas associadas são entidades nas quais a CAIXA exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

69 As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na IAS 21.

2.3.4. Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

2.3.5. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

2.3.6. Provisão para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso n.º 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

2.3.6.1. Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

70 A CAIXA classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a CAIXA abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

2.3.6.2. Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso n.º 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

a. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; b. Estarem em incumprimento há mais de seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos, doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos e vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. • Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

2.3.6.3. Provisão para risco país

Quando existente, destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

71

• Das participações financeiras;

• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso n.º 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

• Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

A CAIXA não tem qualquer provisão constituída para esta finalidade à data a que se reporta este relatório.

2.3.6.4. Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

• 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

2.3.7. Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo

72 com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

2.3.7.1. Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a CAIXA optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

73 2.3.7.2. Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

2.3.7.3. Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, tendo sido objecto de decisão da CAIXA mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

2.3.7.4. Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso n.º 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

74 No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

2.3.7.5. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

2.3.7.6. Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

À data em análise assim como à data de comparação, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo FGCAM.

2.3.7.7. Imparidade em activos financeiros

A CAIXA efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros, registando os respectivos ajustamentos, para além dos que resultam das provisões para crédito de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto 2.3.4.

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para

75 títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados.

2.3.8. Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

2.3.8.1. Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

2.3.8.2. Derivados de cobertura

Trata-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da CAIXA. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

76 Para todas as relações de cobertura, a CAIXA prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a CAIXA reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

2.3.8.3. Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

77 • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

2.3.9. Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela CAIXA com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

2.3.10. Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela CAIXA para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil estimada Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da CAIXA, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela

78 correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

2.3.11. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da CAIXA. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

2.3.12. Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

2.3.13. Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da CAIXA, de acordo com o IAS 37 (nota 30).

2.3.14. Benefícios de empregados

A CAIXA subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de

79 reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da CAIXA com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a CAIXA integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A..

De acordo com os estatutos da CAIXA, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

80 O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A CAIXA regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permitiu diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso acima referido.

Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões.

Os ganhos e perdas actuarias resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo numa rubrica de desvios actuariais e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor.

De acordo com o método do corredor os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do valor actual das responsabilidades totais ou do valor do fundo, dos dois o maior, reportados igualmente ao início do ano, são imputados a resultados durante o período estimado de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Os ganhos e perdas actuarias acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resultados.

2.3.15. Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a CAIXA assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

81 A CAIXA determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “ Projected Unit Credit ”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades

2.3.16. Impostos sobre os lucros

A CAIXA é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill ;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a CAIXA tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

82 Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

2.3.17. Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 959.327 euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB. O montante total dos ajustamentos, levado à conta de resultados transitados, foi anulado no exercício de 2008 no âmbito da aplicação da distribuição de resultados de 2007.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da CAIXA resultaram de operações efectuadas em Portugal.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, não tem aplicação a segmentação dos resultados da CAIXA por linhas de negócio, pois o mesmo foi exclusivamente Banca Comercial.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica é composta por moedas nacionais e moedas estrangeiras conforme o quadro seguinte discrimina, sendo que as moedas estrangeiras foram valorizadas de acordo com a cotação das respectivas divisas no final do mês.

31-12-2014 31-12-2013 Caixa Moedas nacionais 3.487.308 3.813.061 Moedas estrangeiras 114.762 99.354 3.602.070 3.912.415

83

De acordo com o Regulamento n.º 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes.

A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

No caso da CCAM do Noroeste, a base de incidência das reservas mínimas é exclusivamente constituída pelos depósitos de clientes, que, conforme analisado na nota 26 representam 408.319.901 euros (385.989.325 euros em 2013). O depósito junto do Banco Central é constituído conjuntamente para o SICAM pela Caixa Central, a partir dos depósitos mantidos pela CAIXA naquela central (ver nota 10).

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

As disponibilidades em outras instituições de crédito dizem respeito quase em exclusivo aos saldos na conta junto da Caixa Central. Fazem parte ainda os cheques que aguardam cobrança em compensação.

31-12-2014 31-12-2013 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País Depósitos à ordem 3.461.094 5.880.359 Cheques a cobrar 2.432.987 2.612.710 Outras disponibilidades -- 5.894.081 8.493.069

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem operações desta natureza.

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

84 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Títulos Instrumentos de dívida - 3.887.200 Títulos de Investimento Caixa Central 2007 (1ª emissão) - 14º Cupão: 1,125% - 10.200 Caixa Central 2008 (1º emissão) - 12º Cupão: 0,750% - 2.970.500 Caixa Central 2011 (1ª emissão) - 6º Cupão: 6,700% - 906.500 Instrumentos de capital 3.017 2.743 Epralima 249 249 Adega Cooperativa de Melgaço 2.494 2.494 Fundo Compensação de Trabalho 274 - Juros a receber - 21.289 Imparidade (2.494) (2.494) 523 3.908.738

Em 28 de Março de 2014 procedeu-se ao reembolso antecipado das emissões de dívida subordinada e, em simultâneo, à sua substituição por títulos de capital da Caixa Central em igual montante (nota 19).

O reforço de capital social de Caixa Central veio assegurar o cumprimento em base individual do rácio CET1 não inferior ao mínimo de 7%, exigido pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2013. A Lei nº 70/2013, de 30 de Agosto estabeleceu o regime jurídico do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT), aplicável às admissões de trabalhadores a partir de 1 de Outubro de 2013. Foi igualmente publicada a Portaria nº 294-A/2013, de 30 de Setembro, que regulamenta este regime.

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Em outras instituições de crédito 122.728.719 133.336.057 Depósitos a prazo 121.228.719 113.167.057 Aplicação Direitos adicionais de crédito - * 18.669.000 Aplicação Subordinada 1.500.000 1.500.000 Juros a receber 1.096.090 1.249.288 123.824.809 134.585.345

85 * Nos termos da Instrução n.º 28/2013, a Caixa Central procedeu, em 31 de Dezembro de 2013, à desmobilização dos portefólios de empréstimos bancários que foram entregues ao Banco de Portugal. Na sequência desta desmobilização, foi também desmobilizado, no seu vencimento (a 1 de Janeiro), o Depósito a Prazo constituído pela Caixa Central junto da CAIXA para transferência do financiamento obtido junto do Eurosistema e o depósito a Prazo construído pela CAIXA junto da Caixa Central para a aplicação dessa liquidez (notas 25 e 34).

A Aplicação Subordinada visa reforçar os capitais permanentes e os fundos próprios da Caixa Central, revestindo a natureza de divida subordinada. Tem uma vida de 7 anos, contados a partir de 28 de Março de 2013, sendo reembolsada no dia 28 de Março de 2020. O empréstimo vencerá juros a uma taxa anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações diárias da taxa Euribor (Base 30/360) a 6 meses, durante o mês anterior a cada período semestral de contagem e arredondada à milésima de ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida de 3,75% durante todos os catorze períodos semestrais de contagem de juros.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013 Até três meses 54.500.000 91.835.894 Entre três meses e um ano 61.046.394 39.766.500 Entre um ano e três anos - 233.664 Entre três e cinco anos -- Mais de cinco anos 7.182.325 1.500.000 122.728.719 133.336.057

86 11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Crédito interno 278.324.943 262.540.416 Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.281.506 1.426.997 Empréstimos 237.348.058 221.548.693 Créditos em conta corrente 16.311.559 15.987.675 Descobertos em depósitos à ordem 1.340.109 1.525.012 Locação financeira 1.796.998 1.261.378 Créditos ao consumo 15.246.713 15.790.661 Papel comercial a desconto 5.000.000 5.000.000 Crédito externo 3.149.173 1.904.455 Empréstimos 2.778.689 1.549.435 Descobertos em depósitos à ordem - 3.161 Créditos ao consumo 370.483 351.859 Juros a receber 673.715 896.575 Receitas com rendimento diferido (725.718) (729.690) Total crédito não vencido 281.422.113 264.611.756 Crédito vencido 17.231.832 16.151.278 Juros e despesas de crédito vencido 346.617 485.264 Total crédito e juros vencidos 17.578.449 16.636.542 Crédito antes de Imparidade/Provisões 299.000.562 281.248.298 Provisões Para crédito e juros vencidos (12.128.823) (9.218.070) Para crédito de cobrança duvidosa (1.754.603) (451.466) Total de Provisões (13.883.426) (9.669.536) Crédito Líquido 285.117.136 271.578.762

A Caixa Central celebrou um contrato de organização, colocação, garantia de subscrição, registo e agente pagador do programa de emissões de papel comercial, com a GALP ENERGIA, SGPS, SA nos termos do qual a Caixa Central organizou o Programa de Emissões de Papel Comercial da GALP ENERGIA, SGPS, SA, no montante máximo de 140.000.000 euros e pelo prazo de seis anos, ao abrigo do qual presta os serviços de Organizador, Colocador, Garante de Subscrição, Agente Pagador e Instituição Registadora.

A CAIXA participou na subscrição do Programa referido adquirindo para o efeito uma parcela do papel comercial emitido em cada uma das suas emissões, no montante de 5.000.000 euros. Esta operação constitui uma forma de colocação de excedentes, numa aplicação de prazo total longo com uma rentabilidade interessante, perante um nível de risco considerado baixo.

87 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais do crédito concedido apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013 Até três meses 25.800.550 22.607.827 Entre três meses e um ano 21.538.594 22.193.067 Entre um ano e cinco anos 47.820.164 48.007.084 Mais de cinco anos 184.440.169 169.925.519 Indeterminado 19.401.085 18.514.801 299.000.562 281.248.298

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a CAIXA dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 2.449.543 euros e 2.265.166 euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (nota 30).

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Não existem operações desta natureza.

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não existem operações desta natureza.

14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não existem operações desta natureza.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Activos não correntes detidos para venda 20.019.329 19.641.473 Imóveis - por recuperação de crédito 19.760.859 19.516.827 Outros imóveis 102.657 66.551 Outros - por recuperação de crédito 154.463 56.746 Outros 1.350 1.350 Imparidade (1.755.774) (1.922.455) Imóveis - por recuperação de crédito (1.711.753) (1.878.434) Outros imóveis (35.501) (35.501) Outros - por recuperação de crédito (8.520) (8.520) 18.263.556 17.719.019

88 O movimento desta rubrica durante o exercício de 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

31-12-2013 Imparidade 31-12-2014 Aquisições Alienações Valor Imparidade Utilização Dotações Reposições Valor Imparidade Líquido Imóveis - por recuperação de crédito 19.516.827 (1.878.434) 4.060.430 (3.816.398) 129.213 (125.938) 163.406 19.760.859 (1.711.753) 18.049.106 Outros imóveis 66.551 (35.501) 36.106 - - - - 102.657 (35.501) 67.156 Outros - por recuperação de crédito 56.746 (8.520) 107.217 (9.500) - - - 154.463 (8.520) 145.944 Outros 1.350 ------1.350 - 1.350 19.641.473 (1.922.455) 4.203.754 (3.825.898) 129.213 (125.938) 163.406 20.019.329 (1.755.774) 18.263.556

31-12-2012 Imparidade 31-12-2013 Aquisições Alienações Valor Imparidade Utilização Dotações Reposições Valor Imparidade Líquido Imóveis - por recuperação de crédito 17.559.542 (1.900.441) 7.557.259 (5.599.974) 436.674 (1.096.632) 681.964 19.516.827 (1.878.434) 17.638.393 Outros imóveis 179.591 (68.541) - (113.040) 33.040 - - 66.551 (35.501) 31.050 Outros - por recuperação de crédito 61.996 (8.520) 66.750 (72.000) - - - 56.746 (8.520) 48.227 Outros 1.350 ------1.350 - 1.350 17.802.478 (1.977.502) 7.624.009 (5.785.014) 469.714 (1.096.632) 681.964 19.641.473 (1.922.455) 17.719.018

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Não existem operações desta natureza.

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2013 31-12-2014 Alienações e Descrição Valor Amortizações Aquisições Amortizações Regulariz. Valor Imparidade abates bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido Imóveis 11.716.340 (2.201.769) - - 20.503 (290.121) - - (56.609) 9.188.345 De serviço próprio 10.516.461 (1.538.975) - - 20.503 (210.533) - - (56.609) 8.730.848 Terrenos 1.578.355 ------(14.152) 1.564.203 Edificios 8.938.106 (1.538.975) - - 20.503 (210.533) - - (42.457) 7.166.645 Outros ------Obras em imóveis arrendados 1.199.879 (662.794) - - - (79.588) - - - 457.497 Outros imóveis ------Equipamento 5.605.744 (3.285.909) - 141.324 44.227 (427.287) - - (63.182) 2.014.918 Mobiliário e material 966.966 (400.614) - 3.474 - (89.149) - - - 480.678 Máquinas e ferramentas 273.958 (230.779) - 38.497 - (25.719) - - - 55.957 Equipamento informático 319.352 (288.656) - 11.862 - (16.890) - - - 25.669 Instalações interiores 1.417.942 (672.289) - - - (113.809) - - - 631.844 Material de transporte 800.301 (470.589) - - 44.227 (39.255) - - (63.182) 271.502 Equipamento de segurança 634.083 (296.751) - 3.412 - (47.773) - - - 292.972 Outro equipamento 1.193.140 (926.230) - 84.079 - (94.692) - - - 256.296 Equipamento em locação financeira 20.805 (20.805) ------Imóveis ------Equipamento 20.805 (20.805) ------Outros activos em locação financeira ------Outros activos tangíveis 3.948 (171) - 9.782 - (25) --- 13.534 Património artístico 3.748 - - 9.782 - - - - - 13.530 Outros 200 (171) - - - (25) - - - 4 Activos tangíveis em curso 207.152 - - 62.549 - - - - - 269.701 17.553.988 (5.508.654) - 213.656 64.731 (717.433) - - (119.791) 11.486.497

89 31-12-2012 31-12-2013 Alienações e Descrição Valor Amortizações Aquisições Amortizações Regulariz. Valor Imparidade abates bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido Imóveis 5.758.092 (1.785.984) - 6.064.359 - (415.785) - - (106.111) 9.514.571 De serviço próprio 4.662.315 (1.225.203) - 5.960.258 - (313.772) - - (106.111) 8.977.486 Terrenos 711.615 - - 882.750 - - - 90.102 (106.111) 1.578.355 Edificios 3.950.700 (1.225.203) - 5.077.508 - (313.772) - (90.102) - 7.399.131 Outros ------Obras em imóveis arrendados 1.095.778 (560.780) - 104.101 - (102.014) - - - 537.085 Outros imóveis ------Equipamento 4.089.053 (2.991.772) - 1.551.707 - (318.946) -- (10.208) 2.319.834 Mobiliário e material 449.116 (370.092) - 518.264 - (30.936) - - - 566.353 Máquinas e ferramentas 273.425 (205.082) - 1.858 - (26.785) - - (236) 43.179 Equipamento informático 292.996 (274.221) - 26.356 - (14.436) - - - 30.696 Instalações interiores 827.263 (618.189) - 590.679 - (54.100) - - - 745.653 Material de transporte 764.761 (439.552) - 68.780 - (54.305) - - (9.972) 329.711 Equipamento de segurança 406.745 (265.522) - 227.338 - (31.229) - - - 337.332 Outro equipamento 1.074.747 (819.114) - 118.432 - (107.155) - - - 266.910 Equipamento em locação financeira 20.805 (20.805) ------Imóveis ------Equipamento 20.805 (20.805) ------Outros activos em locação financeira ------Outros activos tangíveis 923 (146) - 3.025 - (25) --- 3.777 Património artístico 723 - - 3.025 - - - - - 3.748 Outros 200 (146) - - - (25) - - - 29 Activos tangíveis em curso 1.658.806 - - 6.018.845 - - - (7.470.500) - 207.152 11.527.680 (4.798.706) - 13.637.936 - (734.757) - (7.470.500) (116.320) 12.045.335

Mantem-se em curso um total de 237.152 euros referente às futuras instalações da agência de Paredes de Coura.

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante o exercício de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2013 31-12-2014 Alienações e Descrição Valor Amortizações Aquisições Amortizações Regulariz. Valor Imparidade abates bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido Sistema de tratamento automático de dados 86.843 (86.431) - 1.292 - (520) - - - 1.184 Outros activos intangíveis ------Activos intangíveis em curso ------86.843 (86.431) - 1.292 - (520) - - - 1.184

31-12-2012 31-12-2013 Alienações e Descrição Valor Amortizações Aquisições Amortizações Regulariz. Valor Imparidade abates bruto acumuladas Transf. Exercício Imparidade líquido Sistema de tratamento automático de dados 86.843 (85.289) - - - (1.142) - - - 412 Outros activos intangíveis ------Activos intangíveis em curso ------86.843 (85.289) - - - (1.142) - - - 412

90 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Valor de Valor de Participação Imparidade Imparidade Empresa balanço balanço efectiva (%) 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013 31-12-2013 CA Informática 0,64% 36.322 (7.385) 36.322 (7.385) CA Vida 1,43% 247.311 - 247.311 - Fenacam 0,03% 140 - 140 - CCCAM 2,94% 8.900.580 - 5.023.580 - CA Seguros 0,00% 59 - 59 - 9.184.412 - (7.385) - 5.307.412 - (7.385)

Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros (provisórios; encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas) mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido CA Informática 21.697.337 6.621.974 314.140 CA Vida 1.756.573.536 81.186.832 4.059.390 Fenacam 7.690.521 5.279.851 91.220 Caixa Central 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035 CA Seguros 191.845.453 42.341.431 3.394.131

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 eram os seguintes:

31-12-2014 31-12-2013 Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias 2.187.426 1.656.548 Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias (8.424) (10.754) Activos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a recuperar - 26.139 Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar 573.453 -

91 O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2014 foi o seguinte:

Saldo em Adopção da Variação em Variação Saldo em 31-12-2013 IAS 39 Resultados Reservas 31-12-2014 Activos tangíveis e imparidade ----- Activos intangíveis ----- Prémio de antiguidade 153.627 - (512) - 153.115 Encargos com saúde (SAMS) 2.300 - - - 2.300 Provisões não aceites fiscalmente: - - Provisões para crédito vencido 1.196.486 - 519.158 - 1.715.644 Provisões para riscos gerais de crédito 209.038 - 20.582 - 229.620 Provisões para riscos bancários gerais ----- Provisão para aplicações financeiras ----- Provisões para imóveis 21.328 - (2.063) - 19.265 Provisões para outras aplicações 2.615 - (253) - 2.362 Provisões para outros riscos e encargos 71.154 - (6.034) - 65.119 Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (10.754) - - 2.330 (8.424) Reavaliação de instrumentos financeiros derivados ----- 1.645.794 - 530.877 2.330 2.179.003

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2014 31-12-2013 Impostos correntes 670.379 (22.544) Imposto sobre lucro 668.202 63.687 Correções de Imposto de Exercícios Anteriores 2.177 Restituição de Impostos de Exercícios Anteriores - (86.231)

Impostos diferidos (533.207) 381.498 Registo e reversão de diferenças temporárias (533.207) 381.498

Total de impostos reconhecidos em resultados 137.172 358.954 Lucro antes de impostos 367.987 1.532.398 Carga fiscal 37,28% 23,42%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da CAIXA relativas aos anos de 2010 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração Executivo, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.

92 No cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 (IRC) há que atender ao benefício do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei n.º 49/2013, de 16 de Julho, que transitou do ano de 2013, permitindo uma dedução à colecta de 274.331 euros.

Adicionalmente, a CCAM do Noroeste é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrada como segue:

31-12-2014 31-12-2013 Taxa de Taxa de Montante Montante imposto imposto Resultado antes de impostos 367.987 1.532.398 Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 25,61% 94.234 26,16% 400.875 Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 226,47% 833.380 (71,11%) (261.664) Diferenças permanentes 0,00% - 0,00% - Variações patrimoniais positivas 0,00% - 0,00% - Variações patrimoniais negativas (1,79%) (6.590) (17,14%) (63.076) Multas e penalidades 0,02% 86 0,11% 396 Reintegrações e amortizações não aceites 0,12% 443 1,40% 5.164 Donativos não aceites 2,82% 10.393 1,50% 5.501 Perdas relativas a exercícios anteriores 0,27% 1.009 0,60% 2.222 Outras diferenças permanentes 1,81% 6.664 (0,53%) (1.945) Benefícios Fiscais (82,57%) (303.858) (15,90%) (58.516) Outras deduções à colecta 0,00% - 0,00% - Tributação autónoma 8,82% 32.441 9,44% 34.730 Imposto corrente sobre o lucro do exercício 181,58% 668.202 17,31% 63.687 Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos (144,90%) (533.207) 103,67% 381.498 Custo com imposto do exercício 181,58% 668.202 17,31% 63.687 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,59% 2.177 (23,43%) (86.231) Impostos correntes sobre lucros 182,17% 670.379 (6,13%) (22.544)

O apuramento definitivo do IRC relativo a 2013 comportou uma correcção de 2.177 euros para mais em relação à estimativa considerada no encerramento das contas.

A CAIXA, à data de 31 de Dezembro de 2014, tem a situação regularizada perante a Segurança Social e a Administração Tributária.

93 21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Outros activos 1.244.720 694.300 Bonificações a receber 28.475 29.449 Devedores diversos 1.187.861 636.548 Numismática e medalhística 28.384 28.303 Despesas com encargo diferido 227.421 245.935 Fundo de Pensões 102.145 168.747 Fornecedores 123.666 75.733 Outros 1.611 1.455 Valores a regularizar 3.065.795 2.677.982 Operações activas a regularizar 2.906.466 2.436.190 Outras 159.329 241.792 Imparidade – Outros activos (131.884) (38.205) Devedores diversos (131.884) (38.205) 4.406.052 3.580.012

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não existem operações desta natureza.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem operações desta natureza.

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Recursos de instituições de crédito no país 1.503.793 21.639.500 Depósitos (Direitos adicionais de crédito) - 18.669.000 Depósitos a prazo 1.503.793 2.970.500 Descobertos -- Juros a pagar 1.690 2.033 1.505.483 21.641.533

94

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2013 31-12-2013 Até três meses 1.503.793 18.669.000 Entre três meses e um ano - 2.970.500 Entre um ano e três anos -- Entre três e cinco anos -- Mais de cinco anos -- 1.503.793 21.639.500

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Recurso de clientes 408.319.901 385.989.325 Depósitos 408.221.189 385.926.264 À ordem 101.851.045 88.266.045 A prazo 192.038.248 181.990.958 De poupança 114.331.896 115.669.261 Outros recursos de clientes 98.712 63.061 Cheques e ordens a pagar 80.236 59.413 Outros 18.476 3.649 Juros a pagar 1.926.760 2.511.578 410.246.661 388.500.904

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013 Até três meses 229.052.902 217.110.069 Entre três meses e um ano 175.346.741 164.102.461 Entre um ano e três anos 3.096.350 3.468.232 Entre três e cinco anos 623.318 1.222.787 Mais de cinco anos 101.878 85.776 408.221.189 385.989.325

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não existem operações desta natureza.

95 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Não existem operações desta natureza.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Não existem operações desta natureza.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da CAIXA durante o exercício de 2014 e 2013 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em Reforços Utilizações Transferências 31-12-2013 anulações 31-12-2014 Provisões específicas: 9.669.536 10.366.629 (5.868.904) (345.712) 61.878 13.883.426 Créditos de cobrança duvidosa 451.466 2.329.420 (1.026.283) - - 1.754.603 Crédito e juros vencidos 9.218.070 8.037.209 (4.842.621) (345.712) 61.878 12.128.823 Provisões gerais: 2.555.589 1.078.393 (692.976) (197.204) - 2.743.803 Riscos gerais de crédito 2.265.166 724.852 (540.476) - - 2.449.542 Outros riscos e encargos 290.423 353.541 (152.500) (197.204) - 294.260 Imparidade 1.970.539 243.787 (174.687) (142.102) - 1.897.536 Títulos e participações financeiras 9.879 - - - - 9.879 Activos não correntes detidos para venda 1.922.456 125.938 (163.406) (129.213) - 1.755.775 Outros activos 38.204 117.848 (11.281) (12.889) - 131.882 14.195.663 11.688.809 (6.736.567) (685.018) 61.878 18.524.766

Saldos em Reposições e Saldos em Reforços Utilizações Transferências 31-12-2012 anulações 31-12-2013 Provisões específicas: 8.401.404 10.622.974 (8.629.258) (1.178.361) 452.777 9.669.536 Créditos de cobrança duvidosa 130.434 1.229.392 (908.360) - - 451.466 Crédito e juros vencidos 8.270.970 9.393.582 (7.720.898) (1.178.361) 452.777 9.218.070 Provisões gerais: 2.229.824 932.862 (607.097) - - 2.555.589 Riscos gerais de crédito 2.229.824 636.102 (600.760) - - 2.265.166 Outros riscos e encargos - 296.760 (6.337) - - 290.423 Imparidade 2.247.607 1.129.478 (827.521) (579.024) - 1.970.539 Títulos e participações financeiras 9.879 - - - - 9.879 Activos não correntes detidos para venda 1.977.502 1.096.004 (677.356) (473.694) - 1.922.456 Outros activos 260.226 33.473 (150.165) (105.330) - 38.204 12.878.834 12.685.314 (10.063.876) (1.757.385) 452.777 14.195.664

96 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo: Outros instrumentos Emitidos 105 - Readquiridos -- 105 -

Capital social pendente de subscrição no ano de 2015.

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Outros passivos subordinados 8.605.500 10.172.000 Títulos de Investimento 2008 - * 1.566.500 Títulos de Investimento 2011 - 7º Cupão: 3,750% 2.941.500 2.941.500 Títulos de Investimento 2011 / Soliditas - 6º Cupão: 4,292% 4.593.000 4.593.000 Títulos de Investimento 2012 / Fraternitatis - 4º Cupão: 3,792% 1.071.000 1.071.000 Juros a pagar 86.679 89.218 8.692.179 10.261.218

Valor Data de Juro em DescriçãoQuant. Moeda nominal venc. vigor em Data de Saldo Reemb. Emissões Saldo unitário dos juros 31-12-2014 venc. 31-12-2013 31-12-2014 Tit. Inv./2008 3133 Euro 500 02-fev 02-02-2014 1.566.500 1.566.500 - - Tit. Inv./2011 5883 Euro 500 03-mar 3,7500% 30-09-2016 2.941.500 - - 2.941.500 Tit. Inv./2011 9186 Euro 500 02-abr 4,2920% 02-04-2017 4.593.000 - - 4.593.000 Tit. Inv./2012 2142 Euro 500 02-abr 3,7920% 02-04-2018 1.071.000 - - 1.071.000 10.172.000 1.566.500 - 8.605.500

* Em 02 de Fevereiro de 2014 procedeu-se ao reembolso dos Títulos de Investimento de 2008.

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do saldo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 analisa-se como segue: 31-12-2014 31-12-2013 Até três meses - 1.566.500 Entre três meses e um ano - - Entre um ano e três anos 7.534.000 - Entre três e cinco anos 1.071.000 7.534.500 Mais de cinco anos - 1.071.000 8.605.000 10.172.000

97 33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Responsabilidades com pensões 304 124.782 Credores e outros recursos 887.638 868.405 Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte 276.452 308.538 Contribuições para a Segurança Social 67.504 72.316 Imposto sobre o Valor Acrescentado 6.160 22.233 Cobranças por conta de terceiros 5.268 5.287 Contribuições para outros sistemas de saúde 12.513 12.682 Fornecedores 226.021 238.510 Credores diversos 293.721 208.840 Encargos a pagar 1.031.057 1.038.925 Provisão para férias e subsídio de férias 515.255 535.117 Prémio de antiguidade 493.196 457.070 Por gastos gerais administrativos 22.605 46.738 Receitas com rendimento diferido 56.815 45.163 Comissões sobre garantias prestadas 47.839 36.559 Outras 8.975 8.604 Valores a regularizar 630.728 625.858 2.606.542 2.703.134

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013 Garantias prestadas e outros passivos eventuais 14.839.198 139.116.756 Garantias e avales prestados 11.397.011 9.415.289 Outros passivos eventuais 2.161.684 2.247.410 Créditos dados em garantia - Ao BdP - 127.364.261 Créditos dados em garantia - À CCCAM 1.280.502 89.797 Garantias recebidas 823.255.155 738.210.126 Garantias pessoais 481.649.763 431.510.617 Garantias reais 341.605.393 306.699.509 Compromissos perante terceiros 23.948.024 19.563.521 Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis 14.192.679 13.215.156 Compromissos revogáveis 9.755.345 6.348.365 Responsabilidades por prestação de serviços 3.549.670 3.780.052 Depósito e guarda de valores 2.362.866 2.552.020 Valores recebidos para cobrança 1.186.804 1.228.032 Outras contas extrapatrimoniais 12.188.000 11.658.358 Créditos abatidos ao activo 6.660.795 7.092.485 Juros vencidos 1.257.982 1.328.486 Despesas de crédito vencido 2.013.052 1.595.138 Locação Financeira 2.256.171 1.642.249 877.780.047 912.328.813

98 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da CAIXA é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a estrutura do capital social da CAIXA é a seguinte:

31-12-2014 31-12-2013 Títulos de capital ordinário 8.429.220 7.893.510 Títulos de capital por incorporação de reservas 20.086.680 19.896.635 28.515.900 27.790.145

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Reservas de reavaliação 171.046 56.348 Imobilizado 97.670 109.732 Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais 73.376 (53.384) Outros instrumentos de capital 8.665.948 8.112.752 Reserva legal 7.828.236 7.593.236 Reserva p/ formacão e educação cooperativa 93.214 113.947 Reserva para mutualismo 49.235 48.675 Reserva para remuneração de títulos 477.054 420.779 Reservas Livres 272.750 - Resultados transitados Resultados transitados aprovados 12.061 2.718 Diferenças de alteração políticas contabilisticas (66.602) (66.602) Lucro do exercício 230.815 1.173.444 9.067.809 9.342.544

De acordo com os Estatutos da CCAM e com o Código Cooperativo, pelo menos 20% dos resultados líquidos deverão ser afectos obrigatoriamente à reserva legal, no mínimo outros 20% deverão ser afectos a uma reserva especial para reforço da situação líquida das Caixas que tenham sido objecto de procedimentos de recuperação ou saneamento (alínea b do n.º2 do artigo 44º do Dec-Lei 320/97 de 25/11), pelo menos 2,5% deverá ser afecto à reserva para educação e formação cooperativa, no máximo 5% para reserva para mutualismo e no máximo 10% para donativo destinado à Fundação da CCAM.

99 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 6.905 5.844 Aplicações em instituições de crédito no país 3.369.915 4.099.909 Juros de crédito a clientes 11.526.541 11.466.338 Crédito interno 11.425.418 11.407.996 Desconto e outros créditos titulados por efeitos 111.032 153.215 Empréstimos 8.449.171 8.089.024 Créditos em conta corrente 1.001.356 1.284.182 Descobertos em depósitos à ordem 511.370 557.886 Locação Financeira 51.666 23.182 Créditos ao consumo 1.129.116 1.212.070 Papel comercial a desconto 171.708 88.437 Crédito externo 101.124 58.342 Desconto e outros créditos titulados por efeitos -- Empréstimos 87.070 51.291 Créditos em conta corrente -- Descobertos em depósitos à ordem 707 309 Créditos ao consumo 13.347 6.742 Juros de crédito vencido 822.673 843.591 Juros de títulos de investimento subordinados 22.114 85.472 Juros de investimentos detidos até à maturidade - 55.158 Títulos de dívida emitidos por residentes - 34.152 Amortização Desconto Obrigações do Tesouro - 21.006 15.748.148 16.556.310

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Juros de recursos de outras instituições de crédito 26.055 104.599 Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 5.817.037 7.805.223 Juros de passivos subordinados 346.731 346.410 Outros juros e encargos similares 5 - 6.189.827 8.256.232

100 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos CA Vida, SA 11.000 11.000 CA Seguros, SA 3 - 11.003 11.000

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Por garantias prestadas - garantias e avales 330.796 262.350 Por compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros 294.527 292.415 Por serviços prestados 3.162.984 3.119.745 Depósito e guarda de valores 8 15 Cobrança de valores 21.616 20.051 Transferência de valores 59.884 66.699 Gestão de cartões 1.372 1.245 Anuidades 186.344 180.597 Operações de crédito 1.169.758 1.181.999 Outros serviços prestados Comissão interbancária - cartões 742.621 788.185 Comissão colocação e comercialização 760.199 796.983 Outras comissões 221.182 83.970 Outras comissões recebidas 1.058.656 1.132.425 Manutenção de conta 339.453 320.454 Cheques e ordem de levantamento 326.837 339.166 Mora ou contencioso 311.067 404.332 Outras comissões 81.299 68.472 4.846.963 4.806.934

101 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores 5.715 8.382 Operações de crédito -- Gestão de Consórcios 3.075 2.312 Cobrança de valores 247 422 Administração de valores - 1.017 Transferência de valores 116.451 97.190 Cartões 218.548 265.779 Outros 85.938 77.094 429.973 452.193

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem operações desta natureza.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Não existem operações desta natureza.

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Perdas em diferenças cambiais (142.862) (20.043) Ganhos em diferenças cambiais 153.657 24.376 10.795 4.333

102 45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Resultados em activos não financeiros 11.903 (37.132) Mais-valias realizadas - outros activos tangíveis 11.903 627 Menos-valias realizadas - outros activos tangíveis - (37.759) Resultados em activos não correntes detidos p/venda 6.119 131.463 Ganhos realizados 75.707 279.713 Perdas realizadas (69.588) (148.250) 18.023 94.330

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Outros rendimentos de exploração 1.717.101 1.999.669 Reembolso de despesas 562.173 545.057 Recuperação de créditos incobráveis 118.859 569.669 Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 619.414 663.886 Rendimentos da prestação de serviços diversos 100.321 78.981 Outros ganhos e rendimentos operacionais 316.334 142.075 Outros encargos de exploração (1.163.328) (1.519.778) Quotizações (30.568) (31.105) Donativos (69.839) (113.731) Contribuições para o Fundo Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (154.942) (215.185) Anulação de juros vencidos (783.577) (1.042.714) Outros encargos e gastos operacionais (31.172) (45.125) Impostos (93.230) (71.918) 553.773 479.891

103 47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Salários e vencimentos 3.263.321 3.240.965 Órgãos de Gestão e Fiscalização 459.499 531.328 Empregados 2.803.823 2.709.637 Encargos sociais obrigatórios 881.297 895.363 Fundos de Pensões 33.405 65.324 Encargos relativos a remunerações Caixa de Abono de Família -- Segurança Social 673.006 656.503 SAMS 138.759 136.158 Outros 36.127 37.379 Outros custos com pessoal 6.108 4.951 Indemnizações contratuais 2.000 1.104 Outros 4.108 3.846 4.150.726 4.141.279

O número médio de colaboradores da CAIXA em 2014 e 2013 apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Administração 4 4 Chefias e gerência 21 21 Quadros técnicos 6 6 Administrativos 63 68 Outros 3 3 97 102

104 As remunerações dos membros dos Órgãos de Administração, de Fiscalização e dos Colaboradores (ao abrigo do Aviso 10/2011 do Banco de Portugal) analisam-se como segue:

31-12-2014 Conselho Geral e de Supervisão 31-12-2013 Remumeração Rem. Var. Total Avelino Meira do Poço (Presidente) 14.400 - 14.400 15.761 Alberto Gerpe Saraiva de Menezes 7.200 - 7.200 7.695 Alfredo Ferreira da Silva 7.200 - 7.200 7.324 Alvaro Viana Gomes Barbosa 7.200 - 7.200 4.571 Américo Gonçalves Cunha 7.200 - 7.200 6.124 Eduardo Maria de França Machado 7.200 - 7.200 5.066 João José Lopes Gonçalves 46.769 - 46.769 48.091 Joaquim Martins Mariz 7.200 - 7.200 7.324 Luis Manuel Santos Fernandes Ramos 7.200 - 7.200 3.371 Manuel Joaquim Domingues 7.200 - 7.200 7.324 Vitor António Gonçalves Barrocas 7.200 - 7.200 7.324 125.969 - 125.969 119.975

31-12-2014 Conselho de Administração Executivo 31-12-2013 Remumeração Rem. Var. Total José Gonçalves Correia da Silva (Presidente) 136.276 11.720 147.996 139.061 José Carlos Manuel Lay Alves 78.226 5.860 84.086 76.856 Sónia Isabel Correia Ferreira - - - 45.890 Júlio Orlando da Costa Soares 73.891 5.860 79.751 74.031 José Júlio Faria Costa 45.036 5.860 50.896 45.036 333.430 - 362.730 380.874

31-12-2014 Revisor Oficial de Contas 31-12-2013 Remumeração Rem. Var. Total Serviços de auditoria 20.000 - 20.000 20.000 Outros serviços ---- 20.000 - 20.000 20.000

31-12-2014 Compliance 31-12-2013 Remumeração Rem. Var. Total Raúl Dias da Silva 51.048 1.900 52.948 50.393 51.048 1.900 52.948 50.393

31-12-2014 Auditoria Interna 31-12-2013 Remumeração Rem. Var. Total José Fernandes do Souto 45.861 1.200 47.061 52.445 45.861 1.200 47.061 52.445

31-12-2014 Gestão de Riscos 31-12-2013 Remumeração Rem. Var. Total Sónia Isabel Correia Ferreira 70.364 3.500 73.864 25.632 70.364 3.500 73.864 25.632

105 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013 Com fornecimentos 414.405 460.067 Água, energia e combustíveis 257.976 271.985 Material de consumo corrente 80.167 86.380 Publicações 578 323 Material de higiene e limpeza 5.486 4.255 Outros fornecimentos de terceiros 70.199 97.123 Com serviços 3.965.592 4.110.312 Rendas e alugueres 86.224 115.023 Comunicações 365.092 421.414 Deslocações, estadas e representação 123.787 154.160 Publicidade e edição de publicações 302.772 269.742 Conservação e reparação 226.534 219.001 Transportes 43.777 40.641 Seguros 80.703 73.203 Serviços especializados Avenças e honorários 584.083 511.608 Judiciais contencioso e notariado 8.356 15.882 Informática 1.246.811 1.275.607 Segurança e vigilância 18.694 82.748 Limpeza 79.550 79.139 Informações e bancos de dados 64.072 65.690 Outros serviços especializados Serviços Multibanco 323.331 270.044 Avaliadores externos 43.117 71.903 Outros serviços de terceiros 368.689 444.508 4.379.996 4.570.380

106 49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (nota 19), a CAIXA consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da CAIXA incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

31-12-2014 31-12-2013 Associadas Coligadas Cx. Central Total Associadas Coligadas Cx. Central Total Activos Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 3.461.094 3.461.094 - - 5.880.359 5.880.359 Activos financeiros detidos para negociação ------Activos financeiros disponíveis para venda ------3.908.489 3.908.489

Aplicações em instituições de crédito - - 123.824.809 123.824.809- - - 134.585.345 134.585.345 - Investimentos 247.369 36.462 8.900.580 9.184.411 247.369 36.462 5.023.580 5.307.411 Crédito a clientes ------Outros activos 458.320 4.366 16.068 478.754 445.417 24.661 16.597 486.676

Passivos Passivos financeiros detidos para negociação ------Recursos de outras instituições de crédito - - 1.505.483 1.505.483 - - 21.641.533 21.641.533 Recursos de clientes e outros empréstimos ------Responsabilidades representadas por títulos ------Passivos subordinados ------Outros passivos - 89.626 29.867 119.493 - 115.642 39.484 155.126

Custos Juros e encargos similares - - 26.055 26.055 - - 122.274 122.274 Encargos com serviços e comissões - - 255.357 255.357 - - 230.691 230.691 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados ------Custos com pessoal 30.104 - 30.104 32.613 - 32.613

Gastos gerais administrativos 80.703 1.944.160 55.510 2.080.373- 73.203 1.936.104 56.891 2.066.198 - Outros resultados de exploração - 29.179 - 29.179 - 29.966 - 29.966

Proveitos Juros e rendimentos similares - - 3.376.820 3.376.820 - - 4.191.224 4.191.224 Rendimentos de instrumentos de capital 11.003 - - 11.003 11.000 - - 11.000 Rendimentos de serviços e comissões 747.449 - 114.050 861.499 712.186 - 87.950 800.137 Outros resultados de exploração 16.187 368 1.399 17.954 263 1.945 928 3.136

Extrapatrimoniais Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - 1.280.502 1.280.502 -- 89.797 89.797 Garantias recebidas ------Compromissos perante terceiros ------Operações cambiais e instrumentos derivados ------

Associadas: CA Seguros, S.A.; CA Vida, S.A. Coligadas: Fenacam, F.C.R.L.; CA Informática, S.A.; CA Serviços, S.A.; CA Gest, S.A.

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

107

50. PENSÕES DE REFORMA

A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados.

O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013.

Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista.

As principais alterações são:

Reconhecimento

• Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem;

• Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos".

Apresentação

• Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;

• Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);

• Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano.

108 Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

01-01 -2007 Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB 409.209 A.2. Impacto da transição para IAS 19: 245.182 A.2.1. Tábua de mortalidade 36.726 A.2.2. Pressupostos financeiros 208.456 A.3. Responsabilidades IAS 19 654.391 A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 481.810 A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo Pensões (A.3. - A.4.) 172.581

01-01 -2007 Encargos com saúde (SAMS): B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 413.563 B.2. Com licenças sem vencimento - B.3. Com pré-reformados - B.4. Com pensões em pagamento 85.996 B. Total 499.559

01-01 -2007 Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 332.310 C.2. Com licenças sem vencimento - C. Total 332.310

De acordo com o Aviso n.º 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

109 De acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso n.º 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

N.º anos a Data limite de 31-12-2007 diferir diferimento A.2.1. Alteração da tábua de mortalidade 31.480 9 anos 2016 A.2.2. Alteração dos pressupostos 166.765 7 anos 2014 financeiros A.2.3. Excesso de cobertura em PCSB 58.081 7 anos 2014 B. Encargos com saúde (SAMS) 428.193 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados: 31-12-2014

A.2.1 .2013 Alteração da tábua de mortalidade 3.498 A.2.2.2013 Alteração dos pressupostos financeiros 23.824 A.2.3.2013 Excesso de cobertura em PCSB 8.297 B.2013 Encargos com saúde (SAMS) 47.577 2013 TOTAL 66.601

110 Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2014

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM do Noroste com referência a 31 de Dezembro de 2014 e de 2013 foram os seguintes:

31/12/2014 31/12/2013 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade de reforma (**) 65 Método de avaliação “Projected Unit “Projected Unit Credit” Credit”

Pressupostos financeiros: Taxa de desconto (*) (*) Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65% Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46% - de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25% Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00% Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2014 F.2014 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 2.008.760

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 882.350 F.2 Com licenças sem vencimento 60.170 F.3 Com pré-reformados - F.4 Com pensões em pagamento 1.066.240

111 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM do Noroeste é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 43.229 G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” (1.779) G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais (126.760) G.4. 1. Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados (156.451) G.4. 2. Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos 29.691 planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas - G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades (85.310)

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM do Noroeste foi o seguinte:

A.4.2013 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2013 1.869.279 H.1 (+) Contribuições efectuadas 39.080

H.1 .1 Pela CCAM do Noroeste - H.1.2 Pelos empregados 39.080 H.2 (+) Capitais recebidos de seguro - H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 168.352 H.4 (-) Prémios de seguro pagos 31.034 H.9 (+) Participação de resultados no seguro 31.123 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 58.343 H.5 .1 Por reformas antecipadas 13.939 H.5 .2 Outros 44.404 H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 10.001 H.7 .20 14 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 2.008.456 H.8 . Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014 139.176 (H.7.2014 – A.4.2013)

112 O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.20 13 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 1.994.062 G.1 (+) Custo do serviço corrente 43.229 G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 4.149 H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 39.080 G.2 (+) Custo dos juros 69.063 G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades (29.251) G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas - H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 58.343 H.5 .1 Por reformas antecipadas 13.939 H.5.2 Outros 44.404 H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 10.001 F.20 14 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 2.008.760 K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2013) 14.698

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso n.º 4/2005 do Banco de Portugal e de acordo com o ISP, era o seguinte:

F. 2014 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 2.008.760 I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 99.145 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 1.866.394 I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 108

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2014, era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 1.358.478 I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 148

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

113 No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2013 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2013 (53.383) RI.ano Desvios actuariais gerados em 2014 – Ganhos e perdas actuariais 126.760 RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2014 73.377

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31 -12 -20 13 N.1.20 12 Com trabalhadores no activo 413.559 N.2.20 12 Com licenças sem vencimento 43.511 N.20 12 Total 457.071 Prémio de Antiguidade 31 -12 -20 14 N.1.20 13 Com trabalhadores no activo 443.060 N.2.20 13 Com licenças sem vencimento 50.137 N.20 13 Total 493.197 Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no activo 29.501 O.2. Com licenças sem vencimento 6.626 O. Total 36.126

51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Não existem operações desta natureza.

52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A CCAM do Noroeste está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de

114 Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CAIXA efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas agências da CAIXA. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CAIXA recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CAIXA e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CAIXA nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 201 2 201 3 2014 % por Origem 2014

Ramos Não Vida CA Seguros 284.683 323.364 355.691 47,6%

Ramo Vida CA Vida 317.676 382.613 383.405 51,3%

Fundos de Pensões CA Vida 4.409 6.210 8.353 1,1%

Total 60 6.768 712.187 747.449 100,0%

A CAIXA não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CAIXA.

53. FUNDOS PRÓPRIOS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as

115 regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola: Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em euros 2011 2012 2013 2014 Δ 13/14

Fundos Próprios totais 37.036.479 39.890.283 37.749.182 42.382.949 12,3% Common equity tier 1* ------37.326.564 --- Tier 1* 33.457.372 33.294.417 32.550.329 37.326.564 14,7% Tier 2 4.121.016 7.591.437 6.101.090 5.056.280 -17,1%

Posição em risco de activos e equivalentes 414.614.120 456.190.960 470.137.704 479.235.863 1,9%

Requisitos de fundos próprios 240.944.812 249.252.308 260.120.294 281.033.859 8,0% Crédito 215.672.788 222.585.533 231.857.548 251.964.528 8,7% Operacional 25.272.024 26.666.775 28.262.746 29.069.331 2,9% CVA ------

Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* ------13,3% --- Tier 1 * 13,9% 13,4% 12,5% 13,3% 0,8 P.P Tier 2 1,7% 3,0% 2,3% 1,8% -0,5 P.P Total* 15,4% 16,0% 14,5% 15,1% 0,6 P.P * Incorporando o resultado líquido do exercício. (a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

A Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Executivo

Daniela Moura José Gonçalves Correia da Silva José Carlos Manuel Lay Alves Júlio Orlando da Costa Soares José Júlio Faria da Costa

116 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

RELATÓRIO ANUAL DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

117

Relatório ANUAL da Comissão para as Matérias Financeiras

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CRL

Exercício de 2014

l Introdução

A Comissão para as Matérias Financeiras (CMF) da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo do Noroeste CRL (CCAM do Noroeste), constituída no âmbito do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) e cujos actuais membros foram nomeados na reunião do CGS realizada em 22 de Maio de 2013, vem apresentar o relatório anual da sua acção fiscalizadora, elaborado para cumprimento, nomeadamente, do disposto no n.º 2 do artigo 31º dos Estatutos e do n.º 4 do artigo 444º do Código das Sociedades Comerciais.

Nos termos das disposições legais, regulamentares e estatutárias aplicáveis, compete à CMF o desempenho entre outras, das seguintes funções:

• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte, assim como a situação de quaisquer bens ou valores possuídos pela sociedade a qualquer título;

• Verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

• Dar parecer sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;

• Fiscalizar a eficácia dos sistemas de gestão de riscos, de controlo interno e de auditoria interna;

118 • Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação de informação financeira;

• Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Caixa Agrícola;

• Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais.

II – Actividades desenvolvidas

Para o desempenho das suas actividades, a CMF reuniu regularmente com o Presidente do Conselho de Administração Executivo e obteve do Revisor Oficial de Contas as informações necessárias e consideradas adequadas para o desempenho das suas funções.

Ao longo de 2014, a CMF as conclusões das reuniões realizadas foram apresentadas ao CGS.

No desenvolvimento efectivo das suas funções, a CMF solicitou e obteve as informações e esclarecimentos relevantes para o efeito, as quais incluíram, designadamente, as verificações julgadas oportunas e adequadas sobre o cumprimento dos estatutos e dos preceitos legais e regulamentares aplicáveis, não se deparando com qualquer constrangimento à sua actuação.

Ao longo do exercício, a CMF desenvolveu, especificamente, as seguintes actividades:

Supervisão do processo de preparação e divulgação da informação financeira

A CMF apreciou as principais políticas contabilísticas aplicadas, de acordo com as normas IAS/IFRS com os ajustamentos definidos pelo Banco de Portugal, bem como

119 os aspectos em discussão a elas referentes, em particular aquelas com impacto ao nível das demonstrações financeiras da CCAM do Noroeste.

A CMF acompanhou regularmente as maiores exposições de crédito e imparidades da CCAM do Noroeste.

Com base na informação disponibilizada, a CMF apreciou as demonstrações financeiras trimestrais e os resultados e principais indicadores financeiros. Analisou também periodicamente os rácios de liquidez, de eficiência e de solvabilidade da CCAM do Noroeste.

Com referência ao final do exercício, a CMF apreciou o Relatório de Gestão e Contas elaborado pelo CAE e a Certificação Legal das Contas emitida sem reservas ou ênfases.

Tendo em consideração o resultado dos trabalhos efectuados, a CMF recomendou ao CGS a emissão de parecer favorável sobre o Relatório de Gestão e Contas da CCAM do Noroeste, que inclui as demonstrações financeiras, do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.

Fiscalização da eficácia dos sistemas de gestão de riscos, de controlo interno e de auditoria interna

A CMF acompanhou os trabalhos de elaboração do Relatório de Controlo Interno da responsabilidade do CAE - com o contributo da Auditoria Interna e Compliance Monitor - e do parecer do CGS, remetidos ao Banco de Portugal.

Fiscalização da actividade do Revisor Oficial de Contas

A CMF analisou as conclusões do trabalho de auditoria às demonstrações financeiras do exercício de 2014, realizado pelo Revisor Oficial de Contas.

A CMF analisou as conclusões relativas ao Sistema de Controlo Interno apresentadas pelo Revisor Oficial de Contas no seu parecer sobre o processo de preparação e divulgação de informação financeira

120

A CMF fiscalizou a independência do Revisor Oficial de Contas.

III — Agradecimento

A CMF expressa o seu agradecimento aos Órgãos Sociais e aos Serviços da CCAM do Noroeste com que contactou, por toda a colaboração prestada no exercício das suas funções.

Barcelos, 12 de Março de 2015.

Avelino Meira do Poço Eduardo Maria França Machado Manuel Joaquim Domingues

121 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

122 PARECER DA COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

AO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE CRL

1. A Comissão para as Matérias Financeiras, nos termos do n.º 2 do Artigo 31º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CRL, informou regularmente o Conselho Geral e de Supervisão dos trabalhos desenvolvidos e conclusões obtidas quanto à acção fiscalizadora que desenvolveu relativamente ao exercício de 2014.

2. No cumprimento das suas competências, a Comissão para as Matérias Financeiras apreciou o relatório de gestão e as contas referentes ao exercício de 2014 elaborados pelo Conselho de Administração Executivo e a Certificação Legal das Contas apresentada pelo Revisor Oficial de Contas sobre as demonstrações financeiras, emitida sem reservas ou ênfases.

3. A Comissão para as Matérias Financeiras debateu e dissecou o relatório de gestão e contas com o Conselho de Administração Executivo e com o Revisor Oficial de Contas, solicitando todas as informações e esclarecimentos considerados pertinentes para o desempenho das suas funções, as quais incluíram, designadamente, as verificações julgadas oportunas e adequadas sobre o cumprimento dos estatutos e preceitos legais aplicáveis.

4. Os subscritores declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação financeira analisada foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL, contendo uma descrição apropriada dos principais riscos e incertezas com que se defronta .

123 5. Em conclusão e em resultado dos trabalhos efectuados, a Comissão para as Matérias Financeiras recomenda ao Conselho Geral e de Supervisão a emissão de parecer favorável sobre o relatório de gestão e contas da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, elaborado pelo Conselho de Administração Executivo.

Barcelos, 12 de Março de 2015.

Avelino Meira do Poço Eduardo Maria França Machado Manuel Joaquim Domingues

124 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

125

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo do Noroeste CRL

Exercício de 2014

Senhores Associados:

No cumprimento da alinea d) do artigo 29º dos Estatutos e da alinea h) do n.º 1 do artigo 441º do Código das Sociedades Comerciais, vem o Conselho Geral e de Supervisão da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL, apresentar o seu relatório e dar parecer sobre o relatório de gestão e contas apresentados pelo Conselho de Administração Executivo, respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.

1. No exercício das suas funções, compete ao Conselho Geral e de Supervisão acompanhar e fiscalizar a actividade da Cooperativa e os actos do Conselho de Administração Executivo através dos elementos da contabilidade bem como de outras informações e esclarecimentos obtidos.

2. O Conselho Geral e de Supervisão reuniu formalmente ao longo de 2014, catorze vezes, visando com este acompanhamento periódico a avaliação da gestão que estava a ser desenvolvida.

3. Ao longo do ano o Conselho Geral e de Supervisão foi sempre mantido informado pelo Presidente do Conselho de Administração Executivo de todos os factos considerados relevantes.

126 4. A Comissão para as Matérias Financeiras prestou ao Conselho Geral e de Supervisão as informações e esclarecimentos relevantes sobre o desempenho das suas funções, as quais incluiram, designadamente as verificações julgadas oportunas e adequadas sobre o cumprimento dos Estatutos e preceitos legais aplicáveis.

5. No âmbito das suas competências, o Conselho Geral e de Supervisão recebeu o o Relatório de Gestão e Contas do Exercicio de 2014, preparado pelo Conselho de Administração Executivo, acompanhado do Parecer favorável emitido pela Comissão para as Matérias Financeiras, tendo igualmente apreciado a Certificação Legal das Contas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, sobre as demonstrações financeiras e com cujo teor concorda.

6. O Conselho Geral e de Supervisão apreciou e adoptou o parecer da Comissão para as Matérias Financeiras e emite Parecer favorável sobre o Relatório de Gestão e Contas do Exercicio findo em 31 de Dezembro de 2014, propondo a respectiva aprovação pela Assembleia Geral.

7. O Conselho Geral e de Supervisão dá o seu acordo à proposta de Aplicação dos Resultados e de Afectação de Reservas do Conselho de Administração Executivo.

8. O Conselho Geral e de Supervisão propõe à Ex.ma Assembleia Geral que aprove a remuneração do capital nos termos apresentados pelo Conselho de Administração Executivo.

9. O Conselho Geral e de Supervisão não pode deixar de referir a sua profunda tristeza pelo falecimento em 2014, do Conselheiro Mário Melo de Oliveira Mendes, que além de distinto membro deste Órgão Social, muito contribuiu com o seu empenho, para o desenvolvimento do Crédito Agrícola e desta Caixa em particular.

10. Em face do exposto o Conselho Geral e de Supervisão deseja deixar expresso o seu reconhecimento explícito de apreço pela forma dedicada, empenhada e profissional como desenvolveram a sua actividade ao longo do exercício quer da parte do Conselho de Administração Executivo, quer dos Colaboradores na sua globalidade.

127

Barcelos, 12 de Março de 2015.

O Conselho Geral e de Supervisão,

Avelino Meira do Poço

Vítor António Gonçalves Barrocas

Manuel Joaquim Domingues

Alberto Gerpe Saraiva de Menezes

João José Lopes Gonçalves

Joaquim Alfredo Afonso Pinheiro

Alfredo Ferreira da Silva

Américo Gonçalves Cunha

Joaquim Martins Mariz

Eduardo Maria França Machado

Álvaro Viana Gomes Barbosa

Luis Manuel Santos Fernandes Ramos

128

● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

ORGANIZAÇÃO DA CCAM DO NOROESTE

129

MODELO DE ORGANIZAÇÃO DA CAIXA DO NOROESTE

Assembleia Geral |

Agências :

Zona Comercial 1: Viana do Castelo, Barroselas, Castelo do Neiva, Abelheira, Darque, Caminha, Vila Praia de Âncora, Melgaço, Monção, Valença e Vila Nova de Cerveira.

Zona Comercial 2: Barcelos, Macieira de Rates, , Carapeços, Silveiros, Arcozelo, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, S. Julião de Freixo, Arca – Ponte de Lima, S. Martinho da Gandra.

130 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO DA CCAM DO NOROESTE

131 Estrutura e Práticas de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL.

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL adopta o modelo de governação, constituído pelo Conselho de Administração Executivo, Conselho Geral e de Supervisão, Revisor Oficial de Contas e Conselho Consultivo.

Os membros dos Órgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos, sendo que os actuais Órgãos Sociais foram eleitos na Assembleia Geral de 29 de Dezembro de 2012 e iniciado funções, o Conselho Geral e de Supervisão em 22 de Maio de 2013 e o Conselho de Administração Executivo em 29 de Agosto de 2013.

2. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

2.1. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

 Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

 Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

132  Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

 Deliberar a forma de distribuição dos excedentes;

 Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

 Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central e de organismos cooperativos de grau superior;

 Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

 Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, mandatários ou membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho Consultivo;

 Deliberar a alteração dos Estatutos.

3. Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo é composto por um número de membros efectivos, no mínimo de três.

Actualmente o Conselho de Administração Executivo é composto por quatro membros, com mandato para o triénio 2013/ 2015.

3.1. Competências do Conselho de Administração Executivo

As competências do Conselho de Administração Executivo decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

133  Administrar e representar a Caixa Agrícola em juízo e fora dele, activa e passivamente, podendo contrair obrigações, propor e seguir pleitos, desistir ou transigir em processos, comprometer-se em árbitros, assinar termos de responsabilidade e, em geral resolver acerca de todos os assuntos que não caibam na competência e, em geral, resolver acerca de todos os assuntos que não caibam na competência de outros órgãos;

 Contratar os trabalhadores da Caixa Agrícola, estabelecendo as respectivas condições contratuais, exercer em relação aos mesmos o correspondente poder directivo e disciplinar;

 Constituir mandatários para a prática de determinados actos ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos;

 Adquirir quaisquer bens ou direitos e, com o consentimento prévio do Conselho Geral e de Supervisão, alienar ou onerar esses mesmos bens;

 Com o consentimento prévio do Conselho Geral e de Supervisão, decidir sobre a aquisição, alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da Caixa Agrícola;

 Elaborar, para apreciação do Conselho Geral e de Supervisão e votação pela Assembleia Geral, uma proposta do relatório de gestão e as contas do exercício.

3.2. Reuniões do Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e uma reuniões em 2014.

134 3.3. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração Executivo

O Conselho de Administração Executivo deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma:

Dr. José Gonçalves Correia da Silva (Presidente):

• Presidência e Representação da Caixa;

• Recuperação e Contencioso;

• Planeamento e Controlo de Gestão;

• Controlo Interno / Gestão dos Riscos / Compliance ;

• Gestão da Qualidade e Atenção ao Cliente;

• Gabinete de Apoio ao Associado.

• Risco de Crédito

Dr. José Carlos Manuel Lay Alves:

• Suporte Técnico à Actividade.

Eng. José Júlio Faria Costa:

• Suporte Operacional à Actividade.

Dr. Júlio Orlando da Costa Soares:

• Área Comercial.

135

4. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete ao Conselho Geral e de Supervisão e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da Lei e dos Estatutos.

4.1. Conselho Geral e de Supervisão.

O Conselho Geral e de Supervisão é composto por um número de membros efectivos, superior ao número de administradores executivos, no máximo de quinze, estando obrigatoriamente cada Vale (Cávado, Lima e Minho) representado em número igual de membros, sendo atribuído ao seu Presidente voto de qualidade

Actualmente o Conselho Geral e de Supervisão é composto por doze membros efectivos e três suplentes, com mandato para o triénio 2013/ 2015.

4.1.1. Competências do Conselho Geral e de Supervisão

 Designar, suspender e destituir os administradores executivos, incluindo o administrador que servirá de presidente do Conselho de Administração Executivo;

 Dar consentimento prévio ao Conselho de Administração Executivo para a aquisição, alienação e oneração de imóveis, que façam parte do imobilizado permanente da Caixa Agrícola;

136  Definir a estratégia geral, nomeadamente as politicas de gestão de riscos a seguir pelo Conselho de Administração Executivo;

 Dar parecer sobre a proposta do relatório de gestão e contas do exercício;

 Dar parecer sobre o plano de actividades e do orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

 Aplicar aos associados as sanções previstas na Lei e nos Estatutos;

 Propor à Assembleia Geral a forma de distribuição dos excedentes anuais;

 Vigiar pela Observância da Lei e dos Estatutos da Caixa Agrícola;

 Fiscalizar as actividades do Conselho de Administração Executivo;

 Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte, assim com a situação de quaisquer bens ou valores possuídos pela Caixa Agrícola a qualquer título;

 Verificar as politicas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela Caixa Agrícola conducentes a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

 Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna;

137  Receber as comunicações de irregularidades apresentadas pelos Associados, Colaboradores da Caixa Agrícola ou outros;

 Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação da informação financeira;

 Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Caixa Agrícola;

 Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais.

4.1.2. Reuniões do Conselho Geral e de Supervisão

O Conselho Geral e de Supervisão reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2014 um total de catorze reuniões.

4.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo:

Efectivo: Carlos Teixeira, Noé Gomes & Associado, SROC, Lda inscrita na OROC sob o n.º 28, com sede na Rua da Torrinha n.º 228 H, 6.º Andar, Sala 1, Porto, pessoa colectiva n.º 501 381 171, representada por Dr. Noé Gonçalves Gomes.

Suplente: Paula Saraiva & Manuel Pereira, SROC, inscrita na OROC sob o n.º 79, com sede na Rua da Torrinha, n.º 228 H, 6.º Andar, sala 4, Porto, pessoa Colectiva n.º 502 427 850, representada por Ana Paula Monteiro Barbeitos Saraiva e Silva.

138

5. Conselho Consultivo.

O Conselho Consultivo é composto por um número de membros não superior a trinta, mas nunca inferior a onze, designados pelo Conselho Geral e de Supervisão, de entre associados não representados no Conselho Geral e de Supervisão e na Mesa da Assembleia Geral.

Actualmente o Conselho Consultivo é composto por vinte e três membros com mandato para o triénio 2013/2015.

5.1. Competências do Conselho Consultivo

 O Conselho Consultivo é o órgão de consulta, apoio e participação na definição das linhas gerais e de actuação da Caixa Agrícola;

 Poderá formular recomendações ou pareceres à Assembleia Geral ou aos demais Órgãos Sociais da Caixa Agrícola, sem carácter vinculativo, por sua iniciativa ou quando solicitado.

5.2. Reuniões do Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2014 um total de quatro reuniões.

6. Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL.

6.1. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização (MOAF)

139

1. Em 21 de Dezembro de 2013, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste, CRL, apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no n.º 1 do Art.º 2.º, da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.

2. Nos termos e para os efeitos do n.º 4 do Art.º 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

A) DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL.

Nos termos da Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho, e do Aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração Executivo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L., submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a politica de remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2014:

1) Para os Membros do Conselho Geral e de Supervisão a Remuneração consiste em:

Aos titulares efectivos que não são detentores de vínculo laboral com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L:

- Atribuir uma remuneração mensal de € 600,00 (seiscentos euros) para cada Vogal e de € 1.200,00 (mil e duzentos euros) para o Presidente.

- As despesas de transportes necessárias para estarem presentes nas reuniões serão compensadas até ao limite dos quantitativos estabelecidos para os servidores do Estado.

140 Aos titulares efectivos que por exercerem tais funções, são obrigados nos termos da legislação em vigor a suspenderem o seu contrato de trabalho com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L:

- Atribuir a remuneração pelo exercício da função estatutária equivalente ao valor da retribuição líquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores, de forma que estes titulares mantenham um estatuto remuneratório idêntico ao que detinham enquanto trabalhadores, sendo encargo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L todos os custos já suportados enquanto estes titulares eram seus trabalhadores.

2) Para os Membros do Conselho de Administração Executivo:

A) Remuneração Fixa:

Aos titulares efectivos que não são detentores de vínculo laboral com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L:

- Atribuir uma remuneração correspondente ao nível 18 (dezoito) do Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) do Crédito Agrícola, acrescida do valor de uma hora de isenção de horário, a pagar 14 vezes ao ano.

Aos titulares efectivos que por exercerem tais funções, são obrigados nos termos da legislação em vigor a suspenderem o seu contrato de trabalho com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L:

- Atribuir a remuneração pelo exercício da função estatutária equivalente ao valor da retribuição líquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores, de forma que estes titulares mantenham um estatuto remuneratório idêntico ao que detinham enquanto trabalhadores, sendo encargo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L todos os custos já suportados enquanto estes titulares eram seus trabalhadores

B) Remuneração Variável , o Banco de Portugal define que a remuneração dos Administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente

141 variável, cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho realizada pelos órgãos competentes da Instituição, de acordo com critérios mensuráveis pré- determinados, que considere, para além do desempenho individual, o real crescimento da Instituição.

Propondo-se assim que aos Administradores Executivos, em conjunto, uma remuneração variável equivalente, no máximo, a 5% sobre os resultados líquidos do exercício anterior, após a sua aprovação pela Assembleia Geral, tendo como limite máximo e global o montante de €40.000,00 (quarenta mil euros).

B) MONTANTE ANUAL DE REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS MOAF DA CCAM DO NOROESTE, CRL, NO EXERCÍCIO DE 2014 (c.f. nota 47 do anexo às demonstrações financeiras)

C) MONTANTE E TIPOS DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL AUFERIDA PELOS MOAF, SEPARADOS POR REMUNERAÇÃO PECUNIÁRIA E OUTROS TIPOS, DE FORMA AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável .

D) DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE PARTE DA REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS MOAF, AINDA NÃO PAGO, DE FORMA AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável .

E) CASO O PAGAMENTO DE PARTE DA REMUNERAÇÃO DOS MOAF TENHA SIDO DIFERIDO, MONTANTES DA REMUNERAÇÃO DIFERIDA QUE SEJAM DEVIDOS, QUE TENHAM SIDO PAGOS OU QUE TENHAM SIDO REDUZIDOS DEVIDO A AJUSTAMENTOS INTRODUZIDOS EM FUNÇÃO DO DESEMPENHO INDIVIDUAL DOS RESPECTIVOS TITULARES, DE FORMA AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

142 Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável .

F) NÚMERO DE NOVAS CONTRATAÇÕES EFECTUADAS EM 2014, PARA O EXERCÍCIO DE CARGOS NOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO OU DE FISCALIZAÇÃO, DE FORMA AGREGADA E INDIVIDUALIZADA:

No decorrer do exercício de 2014, para o exercício de cargos nos órgãos de administração ou fiscalização da CCAM do Noroeste, não foram eleitos novos membros para o Conselho Geral e de Supervisão e Conselho de Administração Executivo.

G) MONTANTE DOS PAGAMENTOS QUE TENHAM SIDO EFECTUADOS OU SEJAM DEVIDOS ANUALMENTE EM VIRTUDE DA CESSAÇÃO ANTECIPADA DE FUNÇÕES DOS MOAF, NÚMERO DOS BENEFICIÁRIOS DE TAIS PAGAMENTOS E MONTANTE DO MAIOR PAGAMENTO EFECTUADO A UMA PESSOA INDIVIDUAL:

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM do Noroeste, CRL para o exercício de 2014, este tipo de remuneração não é aplicável .

6.2. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no n.º 3 do Art.º 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

i. Os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

143 ii. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

iii. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

iv. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.

v. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração, bem como o seu limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração Executivo.

vi. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.

vii. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transacto.

viii. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

144 ix. Atento o disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, em 2012 os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações (c.f. nota 47 do anexo às demonstrações financeiras):

- Montante da remuneração diferida não paga, de forma agregada – não aplicável;

- Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares – não aplicável;

- Número de novas contratações efectuadas no ano a que a informação respeita – não foi efectuada qualquer nova contratação no exercício de 2013;

- Montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual – não foram efectuados quaisquer pagamentos no exercício de 2013;

- Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade (ou seja, montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada área de actividade e abrangidos pelos deveres do Aviso nº 10/2011) - (c.f. nota 47 do Anexo às Demonstrações Financeiras).

145 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO ANUAL DAS POLITICAS DE REMUNERAÇÃO DA CCAM DO NOROESTE

146 Relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CRL.

(Estrutura Responsável pela Elaboração: Conselho Geral e de Supervisão)

Senhores Associados:

a) Nos termos do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal e do n.º 6 do Artigo 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras foi elaborado o presente Relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CR L, referente a 2014;

b) Nos termos do disposto no Art. 407º do Código das Sociedades Comerciais, o órgão de Fiscalização, ou seja o Conselho Geral e de Supervisão é o responsável pela apresentação da avaliação das políticas de remuneração em vigor à Assembleia Geral;

c) A elaboração deste Relatório teve a também a participação dos colaboradores Raul Silva, Compliance Monitor, José Fernandes do Souto, Auditor Interno e Judite da Conceição da Cruz Labandeiro, do Planeamento e Controlo de Gestão;

d) Em cumprimento do disposto no n.º 1 do Art. 2.º da Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho, em 21 de Dezembro de 2013, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste CRL deliberou que a politica de remuneração dos membros dos órgãos sociais para 2014 fosse a seguinte:

1) Para os Membros do Conselho Geral e de Supervisão a Remuneração consiste em: Aos titulares efectivos que não são detentores de vínculo laboral com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L: - Atribuir uma remuneração mensal de € 600,00 (seiscentos euros) para cada Vogal e de € 1.200,00 (mil e duzentos euros) para o Presidente.

147 - As despesas de transportes necessárias para estarem presentes nas reuniões serão compensadas até ao limite dos quantitativos estabelecidos para os servidores do Estado. Aos titulares efectivos que por exercerem tais funções, são obrigados nos termos da legislação em vigor a suspenderem o seu contrato de trabalho com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L: - Atribuir a remuneração pelo exercício da função estatutária equivalente ao valor da retribuição líquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores, de forma que estes titulares mantenham um estatuto remuneratório idêntico ao que detinham enquanto trabalhadores, sendo encargo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L todos os custos já suportados enquanto estes titulares eram seus trabalhadores. 2) Para os Membros do Conselho de Administração Executivo: A) Remuneração Fixa: Aos titulares efectivos que não são detentores de vínculo laboral com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L: - Atribuir uma remuneração correspondente ao nível 18 (dezoito) do Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) do Crédito Agrícola, acrescida do valor de uma hora de isenção de horário, a pagar 14 vezes ao ano. Aos titulares efectivos que por exercerem tais funções, são obrigados nos termos da legislação em vigor a suspenderem o seu contrato de trabalho com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L: - Atribuir a remuneração pelo exercício da função estatutária equivalente ao valor da retribuição líquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores, de forma que estes titulares mantenham um estatuto remuneratório idêntico ao que detinham enquanto trabalhadores, sendo encargo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L todos os custos já suportados enquanto estes titulares eram seus trabalhadores B) Remuneração Variável , o Banco de Portugal define que a remuneração dos Administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável, cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho realizada pelos órgãos competentes da Instituição, de acordo com critérios mensuráveis pré- determinados, que considere, para além do desempenho individual, o real crescimento da Instituição. Assim os Administradores Executivos, em conjunto, terão uma remuneração, variável equivalente a 2,5% sobre os resultados líquidos do exercício anterior, após a

148 sua aprovação pela Assembleia Geral, tendo como limite máximo e global o montante de € 40.000,00 (quarenta mil euros), e desde que esses resultados líquidos sejam superiores a um milhão de euros

e) A politica de remuneração dos Colaboradores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L em vigor consiste em: i. Os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. ii. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. iii. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. iv. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores. v. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração, bem como o seu limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração Executivo. vi. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. vii. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transacto. viii. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato

149 e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir;

f) Para a realização deste Relatório foram tidas em consideração as deliberações das Assembleias-Gerais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L , de 25 de Março de 2010, 18 de Dezembro de 2010, 25 de Março de 2011, 29 de Dezembro de 2012 e 21 de Dezembro de 2013 ;

As decisões do Conselho Geral e de Supervisão no que concerne ao pagamento da remuneração variável aos membros do Conselho de Administração Executivo;

A informação prestada pela Área de Gestão de Recursos Humanos no que concerne à remuneração dos Colaboradores e ao sistema em vigor de avaliação de desempenho (SAGE);

O Conselho de Administração Executivo informou qual o critério que teve em consideração para a decisão da remuneração variável dos colaboradores e para as promoções, quer as obrigatórias nos termos do ACTV, quer as facultativas, tendo igualmente comunicado da sua decisão de ainda não ter efectuado na totalidade as promoções por mérito, previstas no art.º 16 do ACTV;

g) Com base nos elementos analisados e fornecidos pelos Órgãos Sociais e das Áreas da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L envolvidas, não foram detectadas insuficiências graves, ou incumprimento de relevo, na execução das políticas aprovadas que comprometam a sua execução e que implicassem a implementação de medidas correctivas;

h) Não foram detectados na política de remuneração em vigor na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L efeitos negativos na gestão de riscos, de capital e de liquidez na Instituição ;

i) Em conclusão, tendo em consideração o que se encontra referido, a política de remuneração aprovada na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste C.R.L encontra-se a ser realizada de forma adequada, sendo compatível com a missão, visão e valores instituídos, não comprometendo a melhoria sustentada da rendibilidade e da solidez da estrutura patrimonial, sempre no quadro de uma gestão

150 prudente dos riscos, contribuindo para a formação e reconhecimento do mérito pessoal, de modo a contribuir na medida do possível, para um clima organizacional harmonioso e motivador.

Barcelos, 12 de Março de 2015.

151 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS ELEITOS PARA O TRIÉNIO 2013/2015

152 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL ORGÃOS SOCIAIS – TRIÉNIO 2013/2015

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente SEBASTIÃO CAMILO OLIVEIRA RAMOS Sócio nº 14200 907592 Vale do Minho Vice- BERNARDO ANTERO PEREIRA SILVA BARBOSA Sócio nº 14200 906811 Vale do Lima presidente Secretário JOSÉ GOMES DOS SANTOS NOVAIS Sócio nº 10400 001915 Vale do Cávado

CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

Presidente AVELINO MEIRA DO POÇO Sócio nº 14200 000003 Vale do Lima

Vogal ALBERTO GERPE SARAIVA DE MENEZES Sócio nº 14200 101476 Vale do Lima

Vogal JOÃO JOSÉ LOPES GONÇALVES Sócio nº 14200 790002 Vale do Lima

Vogal ÁLVARO VIANA GOMES BARBOSA Sócio nº 14200 601223 Vale do Lima

Vogal MANUEL JOAQUIM DOMINGUES Sócio nº 14200 300965 Vale do Minho

Vogal VITOR ANTÓNIO GONÇALVES BARROCAS Sócio nº 14200 902151 Vale do Minho

Vogal JOAQUIM ALFREDO AFONSO PINHEIRO Sócio nº 14200 4001778 Vale do Minho

Vogal LUÍS MANUEL SANTOS FERNANDES RAMOS Sócio nº 14200 901923 Vale do Minho

Vogal JOAQUIM MARTINS MARIZ Sócio nº 10400 001392 Vale do Cávado

Vogal AMÉRICO GONÇALVES DA CUNHA Sócio nº 10400 001617 Vale do Cávado

Vogal ALFREDO FERREIRA DA SILVA Sócio nº 10400 000855 Vale do Cávado

Vogal EDUARDO MARIA FRANÇA MACHADO Sócio nº 10400 002938 Vale do Cávado

Suplente PEDRO SANCHO VIEITES BARBOSA BARROTE Sócio nº 14200 908918 Vale do Lima

Suplente MANUEL CONCEIÇÃO FARIA MIRANDA Sócio nº 10400 001552 Vale do Cávado

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

Presidente JOSÉ GONÇALVES CORREIA DA SILVA Sócio nº 14200000 511

Vogal JÚLIO ORLANDO COSTA SOARES Sócio nº 14200 909387

Vogal JOSÉ CARLOS MANUEL LAY ALVES Sócio nº 14200 301542

Vogal JOSÉ JÚLIO FARIA DA COSTA Sócio nº 10400 002066

153

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL

CONSELHO CONSULTIVO – Triénio 2013/2015

CONSELHO CONSULTIVO Viana do Presidente JOSÉ MARIA COUTINHO DE ALMEIDA Castelo Viana do Vice-Presidente ELISIO FERNANDO MOREIRA BRANDÃO Castelo Vogal ADEGA COOPERATIVA REGIONAL DE MONÇÃO, CRL Monção Viana do Vogal ALCIDES JOSÉ PIRES Castelo Vogal ANTÓNIO JULIO MOTA MIRANDA Ponte de Lima

Vogal ANTÓNIO LUIS RODRIGUES DA CRUZ Caminha Viana do Vogal APPACDM – ASSOC PORTUG PAIS AMIGOS DO CIDADÃO DEFICIENTE MENTAL Castelo Arcos de Vogal CESÁRIO FERREIRA GOMES Valdevez Vogal COOPERATIVA AGRÍCOLA DE BARCELOS, CRL Barcelos Viana do Vogal COOPERATIVA AGRÍCOLA DE VIANA DO CASTELO, CRL Castelo Vogal DANIEL FERNANDES DOMINGUES Monção

Vogal DOMINGOS PINHEIRO MIRANDA Barcelos

Vogal JOÃO HERCULANO RODRIGUES LEMOS Barcelos Arcos de Vogal JOSÉ AMÂNDIO BRITO LAGO Valdevez Vogal JOSÉ RODRIGUES DE CASTRO Barcelos

Vogal LUIS RAMOS CASANOVA Barcelos

Vogal MANUEL ARAÚJO COSTA Barcelos

Vogal MANUEL AUGUSTO MIRANDA SENRA Barcelos

Vogal MARIA ALBERTA MIMOSO MARTINS Ponte de Lima Viana do Vogal MÁRIO TORRES SANTOS Castelo Vogal SEBASTIÃO DA ROCHA BARBOSA Ponte da Barca Vila Nova de Vogal SILVÉRIO JOSÉ ALVES CARVALHO Cerveira Viana do Vogal SIMÃO DANIEL MOREIRA ALVES Castelo

154

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NOROESTE, CRL

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

CARLOS TEIXEIRA, NOÉ GOMES & ASSOCIADO, SROC, LDA., inscrita na OROC sob o nº 28, com sede na Rua da Torrinha, nº 228 H, 6º Sala 1, 4050 – Efectivo: 610 Porto, pessoa colectiva nº 501 381 171, representada por Noé Gonçalves Gomes, Revisor Oficial de Contas nº 498.

PAULA SARAIVA & MANUEL PEREIRA, SROC., inscrita na OROC sob o n.º 79, com sede na Rua da Torrinha, nº 228 H, 6º, Sala 4, 4050 – 610 Porto, pessoa Suplente: colectiva nº 502 427 850, representada por Ana Paula Monteiro Barbeitos Saraiva e Silva, Revisor Oficial de Contas nº 678.

155 ● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

COLABORADORES

156

AGÊNCIAS

. Serviços Administrativos (Viana do Castelo) Ana Maria Loureiro Martins António Manuel Alves da Silva Carla Susana Barbeitos de Sousa Carlos Alberto Lourenço Fernandes Carlos Manuel de Sousa Rocha Catarina Alexandra Pinto Correia Pires Cidália Barbosa Costa Cristina Maria Creio Costa Caldas Viana Daniela Patrícia da Costa Silva Gonçalves de Moura Fabrício Cardoso Franco (*) Gabriela Maria Barbosa Lajinha Viana Helena Isabel Pereira de Melo Helena Maria Pereira da Silva (*) José Fernandes do Souto Judite da Conceição da Cruz Labandeiro Maria da Conceição Lopes Jácome de Carvalho Maria Goreti Matos Costa Natália Maria Pereira da Silva (*) Paula Cristina Alves Pereira de Sá Paulo Jorge Godinho Guimarães da Silva (**) Raul Dias da Silva Sónia Edith Vieitas de Barros Soares Sónia Isabel Correia Ferreira Nuno Virgílio Gonçalves da Rocha

(*) Contrato a Termo (**) Programa de Otimização de RH

. Viana do Castelo Paula Alexandra Delgado Amaro Amorim Barreto Moura (**) Maria Manuel Gomes de Oliveira Sandra Isabel de Melo Sárria Marques da Silva Teixeira

(**) Programa de Otimização de RH

. Arcos de Valdevez Joaquim Manuel Loureiro Rodrigues Jorge Alberto Ferraz Cacheira Alves José Torcato Peixoto Fernandes

157 . Caminha Iolanda Susana Freitas de Barros Coelho Nuno Miguel Silva Gomes

. Melgaço José Augusto Domingues Cristina Carina Domingues Susana de Sousa Ferreira

. Monção António Adão Teixeira da Silva João Paulo Lourenço Gomes Laura Maria Rodrigues da Silva Soares

. Paredes de Coura Fernando Jorge Moreira Lima Viana Maria Elisabete Barbosa da Costa Sónia da Rocha Monteiro

. Ponte da Barca Paulo Jorge Pereira Araújo Carla Elisa Gomes Barbosa Joaquim Manuel Varela de Sousa José Manuel Martins de Sousa

. Ponte de Lima Gentil José Amorim Gonçalves João Mário da Cunha Pinto

. Ponte de Lima – Arca Américo José Fernandes José Carlos Oliveira Martins João Manuel Morais Lemos (***)

(***) Acordo de Redução de Horário e Dispensa do Dever de Assiduidade

. Valença Jorge de Moura Rodrigues Cátia Filipa Torres Gomes Correia Cláudio Ferreira da Silva Nicolau

. Vila Nova de Cerveira Rui Alberto Rodrigues da Cruz (**) Guilherme da Silva Rodrigues José Carlos Segadães Barroso Rui Manuel Ribeiro da Purificação

158 (**) Programa de Otimização de RH

. São Julião de Freixo Paulo Sérgio Carvalho Marques Santos (**) Joaquim Fernando Casa Nova Fonte José Pedro Fraga de Moura

(**) Programa de Otimização de RH

. São Martinho Luís Manuel Luciano Vieira Caçador

. Barroselas Alberto Dionísio Martins Conde Dinis Manuel da Silva Rodrigues João Pedro Soares Balinha

. Castelo do Neiva Rui Fernando Teixeira da Silva Sousa Anabela Maria Abreu Ramos Seixas Ângela Sofia da Costa Silva Gonçalves de Moura

. Abelheira Mónica Marques dos Santos Carteado Catarina Mafalda Peixoto Rodrigues Cambão Paulo Alexandre Simões Pereira da Silva

. Darque António Adelino de Sousa Sampaio de Morais Ana Paula Gonçalves Barreiro Miguel

. Vila Praia de Âncora Victor Manuel Dantas Martins Laurence Karine Perez Lages Ramalhosa

. Barcelos (Serviços Administrativos) Carlos Alberto Carvalho Brito Carlos Filipe Carvalho Abreu Mónica Alexandra Pereira Correia

. Barcelos Sónia Alexandra Pereira da Costa e Silva Bruno Ricardo da Costa Magalhães José Augusto Caravana Martins Luísa Micaela Novais Gomes de Sousa Maria Madalena da Silva Figueiredo Matos

159 . Macieira de Rates Paulo César de Araújo Vasconcelos Alberto Magno Miranda Campinho Cristina Isabel Góis Sala

. Vila Seca Daniel Ramos Araújo Loureiro Alberto José da Silva Castro Forte Maria Carmélia Fernandes Silva (**)

(**) Programa de Otimização de RH

. Carapeços Cristiano David da Silva Correia Ricardo Manuel Garrido Azevedo

. Silveiros Rui Manuel Gomes Garrido Marco Paulo Oliveira de Carvalho Maria Olívia Neves Vale Rosendo

. Arcozelo Rui Manuel Coelho Esteves Zélia Cristina Pereira Dias

160

● RELATÓRIO E CONTAS DE 2014

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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