Estudos Ibero-Americanos ISSN: 0101-4064
[email protected] Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Brasil Alonso, Gustavo Os Vandrés do sertão: Música sertaneja, ufanismo e reconstruções da memória na redemocratização Estudos Ibero-Americanos, vol. 43, núm. 2, mayo-agosto, 2017, pp. 458-471 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=134651133017 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto HISTÓRIA, COTIDIANO E MEMÓRIA SOCIAL – a vida comum sob as ditaduras no século XX http://dx.doi.org/10.15448/1980-864X.2017.2.25062 Os Vandrés do sertão: Música sertaneja, ufanismo e reconstruções da memória na redemocratização Sertaneja music, protests, dictatorship and politics of memory Música sertaneja, protestas, dictadura y políticas de la memoria Gustavo Alonso* Resumo: A música sertaneja foi, em grande parte, embora não somente, marcada pelo apoio ao regime ditatorial inaugurado em 1964. Assim como a quase totalidade dos gêneros musicais brasileiros, muitos artistas sertanejos apoiaram ufanistamente o regime. Este artigo visa mostrar como os músicos sertanejos reconstruíram sua relação com a memória do período ditatorial, especialmente a partir dos anos 1980, quando se engajaram no processo de redemocratização, apagando laços com o passado apologeta. Mesmo fazendo tal percurso comum a quase totalidade da sociedade brasileira, os sertanejos não conseguiram ser vistos como artistas “politizados” e permaneceram com a pecha de “adesistas” por longos anos, tema que será problematizado neste artigo.