PRÊMIO VITOR MATEUS TEIXEIRA

VENCEDORES 2011

PPPORTO ALEGRE 2011 Assembleia Legislativa do Estado do Palácio Farroupilha - Praça Marechal Deodoro, 101 , RS – CEP 90010-300 - Brasil Fone: (51) 3210 2000 http://www.al.rs.gov.br

Dados Internacionais de catalogação na fonte (CIP – Brasil)

R585p Rio Grande do Sul. Assembleia Legislativa PrêmioVitor Mateus Teixeira : vencedores 2011 / Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul ; organização Divisão de Biblioteca. --. Porto Alegre: CORAG, 2011. --. 74 p. : il.

Contém dados biográficos.

1. Prêmio artístico. I. Título. II. Teixeira, Vitor Mateus.

CDU 869.0(816.5)

CDU: edição média em língua portuguesa Biblioteca Borges de Medeiros/ ALRS Sônia D. Santos Brambilla CRB-10/1679

Projeto: Divisão de Prêmios - DRPAC/ALRS Realização: Departamento de Relações Públicas e Atividades Cultu- rais - DRPAC / ALRS

Capa: Vanessa Thalheimer Revisão: Divisão de Prêmios / DRPAC Organização: Divisão de Biblioteca / DRPAC

As fotografias e os textos sobre os premiados foram cedidos pelos biografados.

Impressão: Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MESA 2011 PRESIDENTE: Dep. Adão Villaverde - PT 1º VICE-PRESIDENTE: Dep. José Sperotto - PTB 2º VICE-PRESIDENTE: Dep. Frederico Antunes - PP 1º SECRETÁRIO: Dep. Alexandre Postal - PMDB 2º SECRETÁRIO: Dep. Alceu Barbosa - PDT

3a SECRETÁRIA: Dep. Zilá Breitenbach - PSDB 4º SECRETÁRIO: Dep. Catarina Paladini - PSB 1º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Valdeci Oliveira 2º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Luciano Azevedo 3º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Raul Carrion 4º SUPLENTE DE SECRETÁRIO - Paulo Borges

Superintendência Geral Superintendente: Ricardo Arend Haesbaert Superintendência de Comunicação Social e Relações Institucionais Superintendente: André Luiz Simas Pereira Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais (DRPAC) Diretor: Luiz Carlos Barbosa da Silva Divisão de Prêmios / DRPAC Coordenador: Flávio Dalbosco de Oliveira

SUMÁRIO

Apresentação 7

Vida e Obra de Teixeirinha 9

Cronologia 14

Imagens de Teixeirinha 17

Vencedores do Prêmio Vitor Mateus Teixeira 23

Documentos do Prêmio Vitor Mateus Teixeira 67

Resolução nº 2.708 de 19 de agosto de 1997 69

Resolução de Mesa nº 1.073 de 19 de outubro de 2011 71

Comissão Julgadora 73

APRESENTAÇÃO

O Prêmio Vitor Mateus Teixeira, Teixeirinha, chega à sexta edição como uma iniciativa consolidada que demonstra a relação do Parlamento gaúcho também com a área da cultura, especialmente com o segmento da música. Afinal, a Assembleia Legislativa é dotada de um teatro, o Dante Barone, e desenvolve há 18 anos o projeto musical Sarau no Solar. Essas atividades reforçam a tradição da Assembleia, que vem dos anos 70, de abrigar a produção artística do Estado.

Mais que um Prêmio, o Vitor Mateus Teixeira configura duas ações importantes do Legislativo estadual. De um lado, é um incentivo aos instrumentistas, compositores, cantores, declamadores, grupos folclóricos e bandas do Rio Grande do Sul. Desejamos que sigam criando e recriando nossa expressão musical, tão diversa e tão rica em gêneros e estilos. E de outro, institucionaliza o reconhecimento popular de Teixeirinha, um artista pioneiro não só na música mas também no cinema, que atraiu a audiência do público gaúcho e brasileiro no tempo em que só o rádio era um veículo de comunicação verdadeiramente dinâmico.

Ao prestar homenagem a Teixeirinha e distinguir esses artistas, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul reitera que o fazer político requer sensibilidade e uma visão pluridimensional do ser humano que, afinal de contas, deve ser o centro das motivações e das consequências de nossa atividade.

Deputado Adão Villaverde Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul 7

VIDA E OBRA DE TEIXEIRINHA

TRIBUTO A TEIXEIRINHA

Havia um tempo sem Internet, quando a TV recém prosperava no Brasil e a comunicação tinha na distância seu maior obstáculo. Foi nesta época, pelas ondas do rádio, na cidade de , que a voz de Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, alcançou o país. O cantor, músico e compositor e mais tarde ator e cineasta, embora nascido em , em 3 de março de 1927, adotou Passo Fundo, antiga paragem de tropeiros paulistas no planalto médio do Rio Grande do Sul, como se fosse o seu rincão natal, celebrando o município como símbolo do Rio Grande do Sul e do povo gaúcho. “Me perguntaram se eu sou gaúcho/ E tá na cara repare o meu jeito/ Sou gaúcho do Rio Grande lá de Passo Fundo / Trato todo mundo com o maior respeito/ Mas se alguém me pisar no pala/ O meu revólver fala/ E o bochincho tá feito/...” Ao entoar versos simples como na letra da música “Gaúcho de Passo Fundo”, com acentuado ufanismo e ultrapassando os limites da música regional propriamente gaúcha, Teixeirinha transformou-se em um fenômeno da comunicação de massas, extrapolando inclusive as fronteiras nacionais, com apresentações em países da América do Sul, nos Estados Unidos e no Canadá, além de discos lançados em países de língua portuguesa. O professor e historiador passo-fundense Ney Eduardo Possapp d’Avila, estudioso da história do município com vários livros publicados, lembra-se da chegada de Teixeirinha na cidade, em meados dos anos 50. “Ele andava por aí com o violão e tinha um tiro ao alvo onde hoje se localiza o shopping Bella Citta. Alugávamos as espingardas dele para as quermesses que a gente fazia para arrecadar dinheiro para o grêmio estudantil”, detalha.

Teixeirinha em Paris

Segundo o historiador Ney d’Avila, diziam que Teixeirinha era de porque sua principal música na época era “Xote de Soledade”. Na verdade, o artista já havia passado por Santa Maria e , onde teve um programa de rádio. “Ele tinha sido operador de máquinas do DAER, mas quando chegou aqui já vivia da música e do tiro ao alvo”. Recorda ainda que um programa de Teixeirinha teria sido recusado na Rádio Carazinho, mas na Rádio Passo Fundo conseguiu um espaço. 11 Em Passo Fundo, segundo o advogado e escritor Israel Lopes, no livro Teixeirinha, O Gaúcho do Rio Grande (2007): “Teixeirinha cantava em teatros, circos e parques de diversões que apareciam na cidade, ganhando cachê. Apresentava diariamente o programa “Entardecer no Rio Grande”, das 17h30 às 18 horas, na Rádio Municipal”. Mas Teixeirinha venceu barreiras e conquistou uma projeção surpreendente, conforme mencionou o professor D’Ávila: “Em 1959, quando fui em um congresso de estudantes no Rio de Janeiro, ao dizer que era de Passo Fundo, o pessoal logo associou: Ah! Terra do Teixeirinha”. Anos mais tarde, na sua temporada de 17 anos na Europa, o historiador admirou-se em uma feira de discos usados nos arredores de Paris. “Encontrei uns dois ou três discos do Teixeirinha, perguntei quem comprava e o sujeito respondeu que os imigrantes portugueses viviam pedindo os discos deste tal de Teixeirinha”, relata. Mais recentemente, lendo a biografia do líder dos seringueiros Chico Mendes, outra surpresa. “Há um trecho sobre o trabalho na floresta, onde diz que levava um radinho toca-fita e escutava as músicas de Teixeirinha”, indica d’Avila.

A Porta da Chanteclair

“Coração de Luto”, inicialmente gravada em 1960 em disco de 78 rotações, vendeu mais de 1 milhão de cópias. Há quase 50 anos deste sucesso, o repertório do autor de “Saudades de Passo Fundo”, “Tropeiro Velho”, “Tordilho Negro” e “Querência Amada”, para citar algu- mas músicas de seu acervo de 1.200 composições – está sedimentado no imaginário popular, particularmente no Interior do Estado. Mas esse êxito teve na origem o apelo de um tal de Dionísio. Segundo Israel Lopes, no livro citado, “eram cartas e mais cartas que Teixeirinha recebia em seu programa de rádio, todas pedindo que fosse gravar. Conta o Pe. Antônio da Gruta que foi o vendedor paulista Dionísio de Souza, que mais tarde batizou a filha de Teixeirinha, Elizabeth, quem conversou com o pessoal da Chantecler, encaminhando-o para gra- var”. Conforme Elizabeth Teixeira, advogada e diretora da Fundação Vitor Mateus Teixeira, “o próprio Teixeirinha, em entrevista à RBS TV em 1985, contou que conheceu, em 1959, Dionísio, um paulista mas- cate, vendedor de imagens de santos, de passagem por Passo Fundo, que o levou até São Paulo, de trem (“Maria-fumaça”)”. 12 A Chantecler, através do Palmeira, na época diretor artístico da gravadora, foi quem produziu o disco de 78 rpm, contendo de um lado o Xote Soledade e do outro Briga no Batizado, lançado em 1959. Ainda neste ano, Teixeirinha, segundo Lopes, “viajou à Capital paulista e gravou o segundo disco de 78, lançado em novembro de 1959, com a canção Cinzeiro Amigo e a rancheira Tiro de Laço. Deixou gravado mais dois discos. Um deles, com Milonga da Fronteira e a valsa Velha Estância, teve lançamento em dezembro de 1959. O outro, com o xote Gaúcho de Passo Fundo e a toada-milonga Coração de Luto, foi lançado em junho de 1960, de acordo com Santos Barbalho, Severiano e Azevedo (1982)”.

Tributo ao Artista

Passo Fundo tornou-se o pólo mais importante da Região Norte do Estado. Mas a comunidade local não esqueceu o protagonista desta história que atravessou os anos 60 e 70 e, como se diria em fala gauchesca, deixou o pago em 4 de dezembro de 1985. Prova disto é que quatro anos após falecer, sua figura foi imortalizada em uma escul- tura no canteiro central da Avenida Brasil Oeste, no centro de Passo Fundo, que leva o nome de Praça Vitor Mateus Teixeira. Na base da escultura realizada por Paulo Siqueira está gravado no bronze mais um verso de Teixeirinha alusivo ao município: “Para ver as prendas mais lindas do mundo/ Chego a Passo Fundo no cantar do galo”. Vitor Mateus Teixeira expressa singularmente a história de um artista popular bem-sucedido, com mais de 700 músicas gravadas em 64 LPs em vinil, 22 discos de 78 rpm (de julho de 1959 a junho de 1964), e compactos duplos – vinis de 15 cm de diâmetro com duas músicas de cada lado. Foi um dos precursores na produção do cinema gaúcho. Após a estréia do filme “Coração de Luto”(setembro de 1967), homônimo de seu primeiro grande sucesso musical, protagonizou doze filmes de longa metragem, sendo que, desses, produziu dez. “Moto- rista sem Limites”, realizado em 1969 e produzido por Itacir Rossi, da Interfilmes, teve grande destaque. Simultaneamente a essa produção, nunca abandonou o rádio, veículo no qual atuou por 20 anos e que foi outra porta de entrada de sua carreira artística. Durante uma trajetória de mais de 27 anos, em boa parte em parceria com a cantora Mary Teresinha, Teixeirinha cole- cionou prêmios, troféus, discos de ouro e títulos de cidadão emérito. 13 CRONOLOGIA

1927 – Nasce em 3 de março, na cidade de Rolante/RS, filho de Ledurina e Saturnino Teixeira.

1949 – Consegue o primeiro emprego fixo, como operador de máqui- nas do DAER. Conhece Ezi Pereira, com quem teve dois filhos: Líria e Vitor Mateus Teixeira Filho. Apresenta-se na Rádio Progresso, em Novo Hamburgo.

1950 a 1956 – Passa a atuar regularmente em programas da Rádio Taquara, Rádio Independente de Lageado, Rádio Rio Pardo, Rádio Alto Taquari e Rádio Santa Cruz.

1957 a 1960 – Assume seu primeiro programa próprio de rádio, o Entardecer do Rio Grande, na Rádio Municipal de Passo Fundo. Casa- se com Zoraide Ferreira Lima, com quem teve quatro filhas. Passa a apresentar-se em importantes programas de rádio da Capital, como o Festança na Querência, apresentado por Paixão Côrtes e Dimas Cos- ta, na Rádio Gaúcha. Entre 1959 e 1960, grava quatro discos de 78 rpm.

1961 – A música Coração de Luto, gravada originalmente em disco de 78 rotações, em 1960, considerada um fenômeno de vendagens de discos, é incluída no primeiro LP O Gaúcho Coração do Rio Grande. Grava os LPs Um Gaúcho Canta para o Brasil e Assim é nos Pampas. Conhece Mary Terezinha, que compôs dupla com ele por 22 anos e com quem teve um casal de filhos.

1962 a 1965 - Grava diversos LPs, entre eles Bate, Bate, Coração. Em 1965, recebe a “Taça de Prata da Parada de Sucessos”, pela marca de dois milhões de cópias vendidas de Coração de Luto.

1966 – Escreve e encena o filme Coração de Luto, um retumbante sucesso de bilheteria.

1967 a 1971 - Grava diversos LPs, como Teixeirinha, o Rei. 14 1972 – Cria a Teixeirinha Produções Cinematográficas, tornando-se pro- dutor, ator e roteirista de seus filmes. Grava dois LPs.

1973 a 1982 – Grava mais de quinze LPs no período e realiza diversos filmes, entre os quais Carmen, a Cigana e Tropeiro Velho.

1983 – Grava o LP Chegando de Longe. Termina a união com Mary Terezinha. Lança o LP Quem é Você Agora, tendo como tema principal sua separação. Sofre enfarte em janeiro desse ano.

1984 a 1985 – Grava dois LPs: Guerra de Desafios e Amor aos Passa- rinhos.

1985 – Sua saúde sofre novo abalo, vindo a falecer no dia 4 de dezem- bro. É velado no Estádio Olímpico do “Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense” e sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia. Seu túmulo é, até hoje, um dos maiores pontos de visitação do Rio Grande do Sul.

REFERÊNCIAS

LOPES, Israel. Teixeirinha: o Gaúcho Coração do Rio Grande. Porto Alegre: EST: Fundação Vitor Mateus Teixeira, 2007.

MANN, Henrique. A História da Música do Rio Grande do Sul no Século XX. Porto Alegre: Tchê, 2002.

SILVA, Luiz Carlos Barbosa da. Passo Fundo Presta Tributo a Teixeirinha. Porto Alegre, Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, 8 set. 2006. Disponível em: . Acesso em: 9 nov. 2009.

Teixeira, Elizabeth. Teixeirinha: entrevista concedida ao jornalista Cunha Júnior. Porto ALegre: RBS TV, 1985.

15

IMAGENS DE TEIXEIRINHA

(Cedidas pela Fundação Vitor Mateus Teixeira)

Teixeirinha, cantor e radialista.

19 Teixeirinha recebe o Tro- féu Chico Viola, em 1961.

Sua figura foi imortalizada em uma escultura na Praça Vitor Mateus Teixeira, no centro de Passo Fundo.

20 O artista Teixeirinha

Na música

No cinema

21 PRÊMIO VITOR MATEUS TEIXEIRA EDIÇÃO 2010

Cerimônia de premiação, dia 1° de dezembro de 2010, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS. Foto de Marcelo Bertani / Agência de Notícias - ALRS.

22 VENCEDORES DO PRÊMIO VITOR MATEUS TEIXEIRA

EDIÇÃO 2011

VENCEDORES 2011

Cantor - Pedro Neves

Cantora - Juliana Spanevello

Declamador - Omair Trindade

Declamadora - Andréa Eloi

Trovador - Gonçalves Chaves Calixto (Cabeleira)

Trovadora - Tetê Carvalho

Compositor(a) - Mario Michelon

Instrumentista - Doly Carlos da Costa

Arranjador(a) - Paulo Bratt

Pajador(a) - Adão Bernardes

Produtor(a) Musical - Vinicius Lummertz

Capa de Disco - Canto e Encanto Nativo - volume 15 (designer Petter Campagna da Gravadora ACIT)

Veículo de Divulgação de Artista Gaúcho(a) - Programa Lagoa das Tradições do radialista Algemiro Trindade Vieira da Rádio Esmeralda de Vacaria

Grupo de Show - Quartchêto

Grupo de Baile - Eco do Minuano & Bonitinho

Grupo de Dança Gaúcha - União Gaúcha João Simões Lopes Neto

Bandinha Típica Alemã - Happy Brass

Conjunto ou Intérprete de Música Teuto-rio-grandense - Mauro Harff

Conjunto ou Intérprete de Música Ítalo-rio-grandense - Grupo de Filó (Felice Personne).

25

1º COLOCADO CATEGORIA CANTOR

PEDRO NEVES

Pedro Luiz Neves de Paula nasceu no dia 5 de abril de 1957, em Tapejara, município próximo a Passo Fundo, região do Planalto Médio, estado do Rio Grande do Sul. Desde pequeno, demonstrou interesse por música, ao cantar e tocar violão, sendo autodidata. Quando pequeno escutava, entre outros artistas nacionais da época, Teixeirinha, um de seus maiores ídolos, o qual vem a conhecer posteriormente, num encontro em Passo Fundo. Na década de 70, começa a fazer suas primeiras composições, sendo uma de suas marcas registradas a exaltação nativista aos costumes gauchescos e à tradição rio-grandense. Fez parte da invernada de danças do CTG Lalau Miranda, como cantor e violonista. Em 1978, começa profissionalmente sua carreira como vocalista de apoio do grupo “Os Fronteiriços”, que mesclava músicas gaúchas com o folclore argentino. Viajando para a Argentina, fez sua primeira participação em estúdio, gravando vocais no disco do grupo. Com Algacir Costa, proprietário do grupo, Pedro estudou música (partitura musical) e aprendeu saxofone, tocando, posteriormente, mais de 15 carnavais em clubes e associações, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nas décadas de 80 e 90. Após, grava mais um disco com o grupo “Os Tropeiros de Passo Fundo”, sendo o cantor de frente, juntamente com outros músicos da região, entre eles Davi Marcon, seu pai. Em 1985, lança seu primeiro disco solo independente, “Minuano Vento Bravo”, que o firmou como intérprete e violonista gaúcho, tendo como marca definitiva a exaltação nativista e galponeira, na sua mais forte essência. Morando a partir de 1986 em Esteio, Pedro apresenta-se em shows, eventos, tertúlias, festas e toca na noite de Porto Alegre em vários bares, incluindo o famoso bar de música nativista, “Pulperia”, tornando seu trabalho reconhecido por outros nomes da capital gaúcha. Pedro ainda foi cantor do maior grupo de projeção folclórica do Rio Grande do Sul, “Os Muuripás”, com o qual gravou um disco,

27 incluindo mais uma música sua de forte divulgação nas rádios da capital, “Querência Azul”. Em 1987, no VII Festival de Música crioula de Santiago, recebe o 2° lugar , com “Avançando” (Pedro Neves música/ Nenito Sarturi letra, com Grupo Itapevi e participação especial de Luiz Cardoso e Nelci Vargas). Após, torna-se cantor do grupo que até hoje, na linha galponeira gaúcha, é considerado o maior representante, Os Mirins. Com Oscar Soares, Albino Manique, Francisco Castilhos e Carlos Adenir, nos anos de 1988 e 1989, grava pela Chantecler dois discos, incluindo a música “Fandango dos Mirins”, de sua autoria, que rodaria muito nas rádios de Porto Alegre e de todo o estado. Ainda foi cantor e guitarrista do grupo “Som Campeiro”, junto com outros músicos como Beto Caetano, com quem gravou um disco que incluiu mais sucessos seus como, “Namoro com Bolo Frito” e “Bugio do Fole Solto”. Em 1990, no 1° Chamamento do Pampa, em Passo Fundo, ganha a música mais popular do festival, com “Duas Raças” (com João Vicente no acordeon, Geraldo Trindade, Miguel Castilhos e Clari Costa. No mesmo ano, na VI Pena da Canção Crioula de Lajeado, 2° lugar com a música “Ai que Saudade João”, com V aine Darde. Na mesma época, pelo selo Nova Trilha de Porto Alegre lança seu segundo disco, “Orgulho de Campeiro”, que trazia o seu 1° sucesso, “João Saudade”, música sua e letra de Vaine Darde, que marcaria sua carreira e rodaria quase que diariamente, em muitas rádios de cunho tradicionalista do RS e SC, sendo até hoje, em seus shows, muito pedida pelo público fã de seu trabalho. Em 1993, o grupo galponeiro “Renascença”, de Passo Fundo, grava a música que viria a marcar o seu nome como grande compositor, “De Chão Batido”. Esta vanera foi a música mais rodada nas rádios do RS neste período, recebendo este troféu no auditório Araújo Vianna em Porto Alegre. Ainda neste ano, no 4 ° Chamamento do Pampa, recebeu a premiação de música mais popular com “Eu vim aqui pra Dançar” e outra composição sua integrou o disco do festival, “Guitarreando Fantasias”, interpretada por Léo Almeida. Voltando a morar em Passo Fundo a partir de 1995, Pedro, então cantor do grupo, “Chiquito e Bordoneio”, que na época ainda tocava música galponeira, grava o disco “Fungando Poeira”, firmando mais músicas de sua autoria, como “Expresso da Rancheira”, “De Cantos”, entre outros sucessos.

28 No mesmo ano grava seu 3° trabalho solo, “Sonhando na Vanera”, pelo selo USA Discos, música que, em sua voz e posteriormente gravada pelo grupo “Os Monarcas”, viria a ser mais um sucesso das rádios e fandangos em CTGs, marcando sua carreira como compositor e cantor galponeiro. Pedro gravou ainda mais 5 trabalhos solos. Em 1998, “Rebentando a Peiteira”, pela gravadora Atração, de São Paulo; em 2001, “Marco da Tradição”, pela gravadora Kives; em 2003, “Por que sou Campeiro”, pela gravadora Acit; em 2008, “Campeiro para Sempre”, pela gravadora Vertical; e seu mais recente trabalho é “a Voz do Pago”, produção independente. Entre os festivais que participou, recebeu premiações no 1° Ronco dos Roncos (10° Ronco do Bugio), 1° Carreta Canção da Música Nativista de Passo Fundo, 1° Chamamento do Pampa, 4° Chamamento do Pampa, 13º Ronco do Bugio, 14º Escaramuça da Canção Gaudéria, 2° Cante uma Canção em V acaria, IV Serra, Campo e Cantiga, Veranópolis, VI Pena da Canção Crioula, Lajeado, entre outros festivais. Foto: divulgação do artista

29 Possui parcerias com compositores de renome do cenário gaúcho, como João Alberto Pretto, Vaine Darde, Martin Agnoleto, João Pantaleão G. Leite, Dionisio Costa, Tchê Zico, entre outros. Tem mais de 200 músicas gravadas em 30 anos de carreira dedicados ao gauchismo na sua mais pura forma de expressão, nativista e galponeira. Além destas, ainda existem gravações de composições suas por grupos e artistas do RS, SC, PR, SP, entre os quais: Grupo Candeeiro, Clóvis Mendes, Dante Ramon Ledesma, Gaúcho da Fronteira, Grupo Chiquito e Bordoneio, Grupo Os Mirins, Grupo Os Monarcas, Grupo Os Muuripás, Grupo Os Serranos, que gravou o seu Sucesso” De Chão Batido” no CD Sucessos Gaúchos, Grupo Os Veteranos, Grupo Renascença, Grupo Som Campeiro, Paulo Costa, Rodrigo Cavalheiro, Rui Biriva, entre outros artistas e conjuntos de todo o Brasil. Atualmente, Pedro mora em Passo Fundo, sua terra natal, e dedica-se a compor, preparando sempre músicas de cunho social, galponeiro e nativista. Faz parcerias com conjuntos do RS, SC e PR e além disso, é músico eclético. Toca cavaquinho, viola caipira, saxofone e possui um grande acervo de discos raros, que variam desde jazz, samba, ao sertanejo caipira e música nativista. Ministra aulas de violão popular para iniciantes e intermediários e em estúdio é seguidamente convocado para fazer arranjos para grupos e cantores. É pai de três filhos, também músicos, Paula, Jessé e Álvaro, sendo este campeão do rodeio internacional da Vacaria como melhor cantor no ano de 2010 e, em 2012, lançará seu 1° CD solo, que terá uma participação do pai no repertório.

30 1ª COLOCADA CATEGORIA CANTORA

JULIANA SPANEVELLO

Em março deste ano (2011), iniciou a turnê de lançamento do disco de Juliana Spanevello, Pampa e Flor, que passou por Caxias do Sul, Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas, dentre outras cidades, e ainda pretende percorrer mais localidades do Sul do Brasil. Juliana Spanevello, natural da cidade de Faxinal do Soturno, localizada no interior do esta- do, recentemente recebeu indicação como Melhor Cantora de Música Regional no 22º Prêmio da Música Brasileira, e duas indicações ao 20º Prêmio Açorianos de Música, como Cantora e Disco na categoria Re- gional, com esse novo projeto. “Pampa e Flor” vai além da gravação de um disco. É um projeto maior que tem como objetivo levar a música folclórica e campeira do Rio Grande do Sul para todo o país, valorizando a participação da mu- lher neste cenário. Com frequência, os shows de Juliana são transmi- tidos ao vivo pela internet por uma radioweb ligada à cultura gaúcha - www.radiosul.net - onde Juliana apresenta todas as quartas-feiras um programa que leva o nome do seu disco e que divulga a música gaú- cha. Juliana Spanevello esteve afastada dos palcos e agora retoma sua carreira de cantora em grande estilo em um disco com forte acen- tuação folclórica e campeira. No repertório figuram compositores res- peitados da música gaúcha, como Jayme Caetano Braun, Gujo Teixeira, Luiz Marenco, Joca Martins, Rodrigo Bauer entre outros. O álbum “Pampa e Flor” apresenta temas raramente cantados na voz feminina. Gravado no Estúdio Luvi em Pelotas, com produção executiva de Joca Martins e produção musical de João Marcos “Negrinho” Martins, o novo trabalho da cantora traz também participações especiais de nomes importantes do cenário musical gaúcho, a exemplo de Joca Martins e Luiz Marenco, que dividem, cada um, uma canção com Juliana. “Pampa e Flor” tem suas peculiaridades, uma delas é a utilização das imagens feitas na Expointer 2010 pelo fotógrafo José Guilherme Martini, reco- 31 nhecido internacionalmente pelo trabalho desenvolvido junto aos cria- dores de cavalo crioulo e importantes publicações do ramo; a outra, é a utilização do trecho de uma gravação do arquivo familiar numa das faixas do CD, onde Mano Spanevello, irmão da cantora, falecido em 2004, canta em trio com Juliana e Luiz Marenco. “Pampa e Flor” é um lançamento da Gravadora ACIT e já está disponível para venda no site da gravadora e nas lojas. Juliana canta desde os 11 anos de idade e tem uma passagem marcante em quase todos os festivais de música nativista no Estado do Rio Grande do Sul. Possui mais de 250 músicas registradas em sua voz nos discos dos festivais e foi inúmeras vezes premiada nestes eventos, com destaque para a premiação por 2 anos consecutivos na Califórnia da Canção de Uruguaiana como Melhor Intérprete. Gravou seu primeiro disco aos 13 anos, um trabalho que incluía o sucesso “Estrela Guria”. O segundo CD, lançado pela gravadora ACIT, teve como

destaque a canção “Nos Vagões daquele Trem”. Foto: divulgação da artista da divulgação Foto:

32 1º COLOCADO CATEGORIA DECLAMADOR

OMAIR TRINDADE

Tradicionalista, historiador, ator, compositor, homem de rádio, televisão e cinema, com vasta folha prestada em prol da cultura do Rio Grande do Sul, foi coordenador e conselheiro do MTG e conselheiro do IGTF. Foi palestrante dos 500 anos do Brasil em Salvador, no Centro Gaúcho da Bahia, e no evento alusivo aos 50 anos do CTG Rincão da Lealdade de Caxias do Sul. Recebeu da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul a comenda Honeyde Bertussi. É Cavaleiro da Paz, percorrendo a cavalo Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia e grande parte do Brasil. Juntamente com Elma Santana, é mentor do piquete de mulheres Anita Garibaldi, que derru- bou marcos históricos no Brasil e na Itália. Integrou a comissão de re- cepção do Papa João Paulo II, quando este veio pela primeira vez ao Brasil, no Rio Grande do Sul. Mentor do Monumento ao Cavalo, um estudo de resgate de gra- tidão a este animal ao qual tanto se deve, que hoje existe em Caxias do Sul, no distrito de Vila Oliva. Jurado da Califórnia da Canção Nativa em Uruguaiana, jurado do Festival Poético e Musical da Brigada Militar em Porto Alegre, jurado do Festival Ronco do Bugio em São Francisco de Paula, jurado da Sesmaria da Poesia Gaúcha em Osório, jurado e apre- sentador do Serra Campo e Cantiga em Veranópolis, jurado da 7ª edi- ção do Festival Cante uma Canção em Vacaria e também jurado do Festival dos 20 anos da Guianuba da Canção, em Sapucaia do Sul. Foi apresentador por vários anos do Rodeio Crioulo Internacio- nal de Vacaria, inclusive do comemorativo aos 50 anos do CTG Portei- ra do Rio Grande, e apresentador do Rodeio Crioulo Nacional e Interna- cional do Campo dos Bugres, em Caxias do Sul, por diversas vezes. Participou vários anos do intercâmbio cultural de Lãs Criojas, no Uru- guai. Também participou do Festival de Cosquim na Argentina. Apre- sentou-se no Festival Jesus Maria, Província de Córdoba, na Argentina, ganhando a Comenda Jesus Maria.

33 Foi apresentador de Encontros de Acordeonistas e Gaiteiros do Sul do Brasil, nos Municípios de Canela, Caxias do Sul, Erechim, La- goa Vermelha e São Marcos, onde cinco Estados do Brasil se fizeram presentes. Foi apresentador e Produtor do programa Chasque da RBS TV. Hoje, é apresentador da UCS TV e TV FUTURA no Programa TER- RA em Caxias do Sul, além de apresentador e produtor do programa Raízes na Rede Mais Nova FM 98.5 (maior rede de Rádio FM do Sul do Brasil). Foto: divulgação do artista

34 1ª COLOCADA CATEGORIA DECLAMADORA

ANDRÉA ELOI

Andréa Eloi nasceu em 10 de outubro de 1973, na cidade de Lajeado, Rio Grande do Sul. É instrutora de poesia gaúcha, com oficina em várias cidades da região. Foi ganhadora de vários rodeios regio- nais, estaduais e internacionais, como Rodeio Internacional de Imbé, Tramandaí, Capão da Canoa, Passo Fundo, Osório, campeã dos cam- peões de Osório, campeã do Rodeio Internacional de Vacaria em 2004, campeã do ENART em 2002. Foi participante de festivais de poesia gaúcha no estado, como Sesmaria da Poesia Gaúcha de Osóro, Pealo de Alegrete, campeã do Festival de Poesia Gaúcha Tropeado do Canto e Verso Sulino, de Caxias do Sul, entre outros. Avaliadora de vários rodeios regionais e internacionais, foi avali- adora do ENART em 2007, entre outros, por todo estado. Foi também diretora do Departamento Cultural da 24ª região tradicionalista, nos anos de 2002, 2003, 2005 e 2011. É conhe- cedora da arte declamatória há mais de 20 anos e presente em praticamente to- dos os eventos de poesia do es- tado, como avali- adora ou concor-

rente. Foto: divulgação da artista da divulgação Foto:

35 1º COLOCADO CATEGORIA TROVADOR

GONÇALVES CHAVES CALIXTO (CABELEIRA)

Gonçalves Chaves Calixto, popularmente chamado pelo apelido de Cabeleira, nascido em Santiago, em 10 de agosto de 1940, estudou até o quarto ano Primário e lá passou parte da sua infância, quando com 12 anos veio morar em Caxias do Sul, onde casou-se com Rosa Maria Calixto Menegat e tiveram 6 filhos e quatro netas. Trabalhou como engraxate, vendedor de revista, em empresa de vinho entre outras tantas. Com 15 anos, já participava do Programa Tradicionalista Venha pra Cancha Amigo, na Rádio Caxias. Há mais ou menos 30 anos foi fundador do CTG Saudade dos Pampas, na cidade de São Luiz, capital do Estado do Maranhão. Foi fundador da Associação dos Trovadores de Caxias do Sul, Peão Fundador da Querência da Poesia Chucra, Peão de Honra do CTG Rodeio Minuano, um dos peões fundadores do Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, no departamento de Arte e Cultura. Entre tantas homenagens recebidas, pode-se citar: “Medalha Honeyde Bertussi”, na Câmara Municipal de Caxias do Sul, Troféu Es- pora de Prata, melhor Poeta Declamador no ano de 1975, foi condeco- rado pelo MTG, com o título de Melhor Apresentador Gaúcho de Rádio dos últimos 50 anos, e Troféu Consiência Negra, pela dedicação e defesa do povo negro. Cabeleira é trovador, repentista e poeta. Já lançou os livros: Alma Xucra (10ª edição) e O Rio Grande e o Gaúcho (2ª edição), além de um DVD com suas poesias. Há 52 anos atua como radialista. Atualmente faz programa na Rádio 1010 e na TV Caxias, canal 14. Possui forte atuação comunitária e sempre trabalhou pela pro- moção e valorização dos artistas locais e regionais. É um incansável incentivador das trovas, poesias, e dos costumes tradicionalistas do homem do campo. 36 E como ele mesmo diz em um verso de poesia de sua autoria:

Sou o peazito que um dia Deixou o rancho em Santiago, Lá nas fronteiras do pago, Perto do solo Argentino. Me criei meio teatino, Tão longe do meu rincão, Deixei os campos do pampa Para viver na cidade Pra não morrer de saudade Eu vivo p’ra tradição. Foto: divulgação do artista

37 1ª COLOCADA CATEGORIA TROVADORA

TETÊ CARVALHO

Maria Tereza Carvalho, a Tetê Carvalho, conta com cinco CDs gravados, com músicas de autoria própria ou em parceria. Tem uma coletânea que reúne seus maiores sucessos, além de um CD exclusi- vo de trova, onde canta com os maiores trovadores do RS. Composito- ra, possui letras gravadas por vários artistas do cenário regional, bem como participações em CDs e DVDs. Tetê Carvalho já cantou em todos os programas de TV do esta- do, tais como, Galpão Crioulo, Galpão Nativo, Programa Volmir Martins, entre outros, além de participar por muitas vezes do Programa Alô Chê, apresentado por Ivan Taborda, para a TVE do Paraná. É trovadora oficial do Programa A Hora do Mate, apresentado por Ernesto Fagundes, na Rádio Rural AM 1.120/RBS. Também trovadora do Programa Comando Maior da Rádio Farroupilha, apresentado por Gugu Streit, onde foi eleita “A RAINHA DOS TROVADORES”, numa competição que durou 23 semanas, sendo desafiada por trovadores de todo o estado, logrando a vitória em todos eles, sendo eleita campeã por voto popular. Tetê Carvalho já ultrapassou as fronteiras do Rio Grande do Sul, para os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, levando a arte do improviso, cativando o público com sua forma irreverente de criar versos. É campeã de inúmeros festivais de trova. Atua como avaliadora (jurada) em festivais de trova, intérpretes vocais, declamações e causos de galpão. É apresentadora oficial do Festival Pua De Ouro, de Caçapava do Sul. É radialista, onde produz e apresenta o Programa Charla, Can- to e Querência pela Rádio Real AM de Canoas, aos sábados das 6 às 9h.

38 Participa como trovadora oficial do Programa Grande Rodeio Farroupilha, apresentado por Ernesto Fagundes, na Radio Farroupilha AM 680/RBS, todos domingos das 20 as 22h. É a Primeira Mulher Pajadora do Brasil. É acadêmica de Direito,

cursando bacharelado na Faculdade UNIRITTER, em Porto Alegre. Foto: divulgação da artista da divulgação Foto:

39 1º COLOCADO CATEGORIA COMPOSITOR

MARIO MICHELON

Caxias do Sul tem aparecido com destaque no cenário artístico dos grandes festivais de cultura italiana. Isso graças à vitoriosa partici- pação do compositor Mario Michelon, especialmente nas edições da Festitalia e no Festival Internacional: OSCAR DELLA MUSICA ITALIA- NA. Natural de Antonio Prado, em 1975 fixou residência em Caxias do Sul, lecionando Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Literatura Brasilei- ra. Professor Pós-graduado, também é licenciado em música. No Circolo Trentino fez o curso de Língua Italiana. Em 1987, iniciou uma trajetória em festivais tanto de cunho nativista quanto de cultura italiana, com a parceria de excelentes músicos e intérpretes:

1. 2ª Primavera da Canção Gaúcha (Caxias do Sul, 1987): a) O Peão e a Rainha (Mario Michelon e Luís Henrique Hopf). Premiação: Melhor Tema Serrano - Troféu: Nó de Pinho de Ouro; Música Mais Popular - Troféu: Parreiras da Serra. b) Noite de Inverno, Sonho de Primavera (Mario Michelon e Paulo Cardoso, com interpretação de Cesar Passarinho) - Troféu: Pinhão de Bronze. 2. IV Festival Serrano de Cultura Italiana (Serafina Corrêa, 1989): Innamorati (Letra e música de Mario Michelon). Conquista: 1º Lugar: Categoria Inédita - Troféu: A Criação. 3. 2ª e 3ª edições da Lagoa da Canção Nativista (Lagoa Vermelha): a) Lagoense (Mario Michelon, com interpretação de Ben-Hur Toledo) 1992. Premiação: 1º lugar, Melhor Composição e Música Mais Popular. b) Galope dos Sonhos (Mario Michelon e Paulo Cardoso) 1993. Premiação: 1º lugar e Melhor Intérprete: Cesar Passarinho. 4. XV e XVI Vindima da Canção Popular (Flores da Cunha). a) Vindimeira (Mario Michelon e Marly Zattera) 1991: Vencedor da Categoria Especial - Troféu: Garrafão de Ouro; 40 b) Ritorna, Primavera (Mario Michelon e Luiz Presotto) 1993: Premiação: Melhor Tema da Cultura Italiana e Melhor Visual de Pal- co – Troféu: Garrafão de Ouro. 5. Venceu a 8ª, 10ª, 11ª e 12ª edições da Festitalia de Serafina Correa, sendo distinguido com o troféu: La Nave Degli Immigranti. 6. 2º Canto da Lagoa (Encantado – 1994). Encantado de Encantos (Mario Michelon e Délcio Tavares): Premiação: 1º lugar, Melhor Tema (Mario Michelon), Melhor Intérpre- te (Délcio Tavares). A conquista foi registrada nos anais da Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul com Voto de Louvor.

Colaborou na filmagem de “O Quatrilho” e integrou o elenco da encenação do espetáculo Migração da Luz (Colégio São Carlos – 1995). Lançou o CD Sogno e Realtà na Abertura da Festa Nacional da Uva – 1996. Esta obra, eminentemente cultural, lhe valeu uma homenagem do Presidente de “I Paesi Della Regione Del Veneto”, Itália – 1996. Tam- bém lançou a obra Ecos de Mim (em CD) – 1996: uma retrospectiva da participação em festivais nativistas com a interpretação de Cesar Passarinho, Délcio Tavares e outros. Em 2000, publicou a obra IL PIACERE DI CANTARE: uma coletânea de músicas italianas com as res- pectivas partituras. O livro foi reeditado nas Festas da Uva de 2002, 2006 e 2010. Também lançou o CD AMORE MIO (2000). Produtor artístico do CD Festa Nacional da Uva 2000, 2002, 2006, 2008 e 2010, in- cluindo a autoria da música- tema MULHER IMIGRANTE, com Eduardo Zanrosso, arran- jos, gravação e interpretação da Banda Mr. Medley (2002); A

Foto: Fernando Koch Fernando Foto: ALEGRIA DE ESTARMOS JUNTOS, letra e música, com 41 interpretação de Délcio Tavares (2006); UMA VEZ IMIGRANTE, PARA SEMPRE BRASILEIRO, letra e música, com arranjos do Maestro Gil- berto Salvagni, interpretação de Patrícia Vianna e participação especial do Coral Municipal de Caxias do Sul (2008); NOS TRILHOS DA HISTÓ- RIA, A ESTAÇÃO DA COLHEITA, com Joel Vianna (2010). Compôs Nostalgia com Joel Vianna que, interpretado por Rafael Gubert, conquistou o Troféu Internacional “Oscar Della Musica” (Anzio, Litoral da Província de Roma, 2001). A distinção foi registrada nos anais da Câmara Federal por iniciativa do deputado federal Germano Rigotto. Em 2005, foi distinguido pela Câmara Municipal de Vereadores de Lagoa Vermelha com o título honorário de Cidadão Lagoense. Em 2006, venceu o concurso da Prefeitura de Cotiporã com a música do Hino de Cotiporã. Em 2008, foi homenageado pela Prefeitura Municipal de Caxias do Sul com o Troféu Imigrante. Também foi contemplado pela Presidência da Comissão Comunitária da Festa do Uva 2008 com o troféu POETA DA FESTA. Pelo sucesso do CD A ALEGRIA DE ES- TARMOS JUNTOS, do qual é autor da música-tema e do jingle, foi ho- menageado pela Gravadora ACIT com o DISCO DE OURO. Participou da criação dos temas: NOS TRILHOS DA HISTÓRIA, A ESTAÇÃO DA COLHEITA (2010) e A SAFRA DA VIDA NA MAGIA DAS CORES (2012). No dia 8 de junho de 2010, foi distinguido pela Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul com o título honorário de CIDADÃO CAXIENSE. Conforme palavras do proponente, vereador Mauro Perei- ra, “o nosso homenageado tem honrado Caxias, não apenas pela sua vitoriosa participação em festivais, mas, principalmente, pela sua dedi- cação e por expressar tão bem os sentimentos deste povo”. Falando em nome do Poder Executivo, o vice-prefeito Alceu Barbosa Velho afir- mou que “a principal característica do Mario é a humildade, própria dos corações nobres. Ele é o maior exemplo cultural de Caxias do Sul”. Na mesma cerimônia, recebeu do Deputado Cassiá Carpes a Medalha da 52ª Legislatura da Assembleia Legislativa ressaltando: “O trabalho poé- tico-musical de Mario Michelon ressoa por este Rio Grande, enrique- cendo o patrimônio cultural da Festa Nacional da Uva e do próprio esta- do”. Foi distinguido pela Prefeitura Municipal de Caxias do Sul com o troféu: MESTRE DA CULTURA POPULAR CAXIENSE.

42 1º COLOCADO CATEGORIA INSTRUMENTISTA

DOLY CARLOS DA COSTA

Nascido em Caçapava do Sul, é gerente aposentado do Banco do Brasil, advogado, músico. Também bandoneonista, compositor e arranjador. Iniciou seus estudos de música em Cachoeira do Sul, com a professora Dinah Nery Pereira. Desde 1946, ainda com 16 anos de idade, atuou durante seis anos com as orquestras dos maestros Pedro Becker, de Cachoeira do Sul e Bethania Andrade, de Santa Maria. De 1952 a 1956, tocou como músico contratado na Rádio Farroupilha de Porto Alegre. De 1956 a 1957, atuou no elenco musical da Rádio Gaúcha como instrumentista, arranjador e diretor da orquestra típica estável daquela emissora. De 1958 a 1980, dedicando-se à profissão de bancário, procurou desen- volver suas condições técnicas do Bandoneón, cultuando a música erudita. Em 1977, ainda bancário, convidado pelo compositor Marco Aurélio Vasconcellos, voltou aos palcos na 7ª Califórnia da Canção, de Uruguaiana. Nessa oportunidade, ambos fundaram o Grupo de Músi- ca Nativa OS POSTEIROS, do qual participou durante mais de 30 anos, grupo musical premiadíssimo nos Festivais do Rio Grande do Sul. Como compositor de música nativista, foi premiado inúmeras vezes, inclusive como instrumentista e arranjador. Foi também jurado em, praticamente, todos os festivais nativistas. No gênero TANGO, atuou e vem atuando em grandes orques- tras típicas, de câmara e sinfônicas, como: ORQUESTRA DE CÂMA- RA DO THEATRO SÃO PEDRO, ORQUESTRA SINFÔNICA DO PARANÁ, ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA) e ORQUESTRA DE CÂMARA DA UNISINOS. Participou do espetáculo de tangos LOS HERMANOS. Foi titu- lar, arranjador e diretor musical dos espetáculos O BRASIL E O ETER- NO TANGO e LA MAGIA DEL TANGO. 43 Em 2001, foi agraciado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul com a medalha SIMÕES LOPES NETO. Recentemente, participou como instrumentista, arranjador e di- retor de orquestra do filme média metragem TANGO, UMA PAIXÃO. Foto: divulgação do artista

44 1º COLOCADO CATEGORIA ARRANJADOR

PAULO BRATT

Paulo Bratt é músico, compositor, arranjador e produtor musi- cal. Como músico, participa ativamente dos festivais nativistas do RS, tendo sido premiado diversas vezes como melhor instrumentista. Atuou também como músico de apoio, fazendo shows com nomes consagrados da música gaúcha, como Luiz Carlos Borges, Daniel Tor- res, Chico Saratt, Eraci Rocha, Miguel Marques, entre outros. Como compositor, arranjador e produtor mu- sical, trabalha desde o fim dos anos 80 com publicida- de, criando, arranjando e pro- duzindo jingles, trilhas e vinhetas para o rádio e a TV. Também já fez trilhas para o teatro e o cinema. Paralelamente, fez a direção musical e produção em estúdio de inúmeros ar- tistas dos mais variados es- tilos, incluindo MPB, Gospel, Pop Rock, Nativista, Pagode, Clássico, entre outros. Den- tre os nomes estão Mário Barbará, Isa Martins, Enzo & Rodrigo, Juliana Spanevello e outros. Atualmente, reside em Santa Maria, RS. Foto: divulgação do artista

45 1º COLOCADO CATEGORIA PAJADOR

ADÃO BERNARDES

Adão Pedro Bernardes nasceu em São Francisco de Paula/RS, em 28 de junho de 1959. Atua nas áreas: trova, poesia, canção e pajada. Como compositor, conta com mais de 100 composições grava- das, nos gêneros gaúcho e sertanejo. Como poeta, é autor do livro Cantando em Mi Maior de Gavetão (1994) e participante como convida- do do livro Ronda do Carijo (1984). Como intérprete, gravou três CDs: ADÃO BERNARDES E SEUS CONVIDADOS (2001), ANTOLOGIA DA GUAMPA (2004), e A DOMA DO POTRO SINUELO (2010). Teve participação como convidado no CD Pajadores do Brasil da USA Discos (2001) e no CD Feras do Im- proviso em Trovas e Pajadas, da gravadora Portal X de Porto Alegre. Como concorrente, entre outros títulos, foi campeão de trovas do Rodeio do Campo dos Bugres de Caxias do Sul, Cancela do Imi- grante de Antônio Prado, Campo Verde de Campo Bom, Sinuelo da Saudade de Brasília, DF, Mi Maior de Gavetão de Sapucaia do Sul, De- safio de Trovadores de Cacequi, Grito do Verso Xucro de Sapiranga, Rodeio Internacional de Osório, Rodeio Internacional de Passo Fundo, Semana Crioula Internacional de Bagé, Campereada Internacional do Alegrete, Rodeio Internacional do Imbé, Rodeio Crioulo Nacional de Santo Augusto, Pajada Jaime Caetano Braun de Sapucaia do Sul, Rodeio Crioulo Nacional de Veranópolis, Encontro de Trovadores de São Luiz Gonzaga, Cachoeira de Versos de Camaquã, Invernada da Trova de Júlio de Castilhos, Cavaco da Trova de Gravataí, Rodeio Internacional de São José, SC, etc. Como compositor, venceu o 1º Bordoneio do Canto Ibiá de Montenegro e o 1º Sergapo de São Leopoldo. Como avaliador, já participou dos maiores festivais de trova do Rio Grande do Sul, inclusive o Rodeio Internacional da Vacaria e também de diversos eventos fora do estado.

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Foto: divulgação do artista 47 1º COLOCADO CATEGORIA PRODUTOR MUSICAL

VINICIUS LUMMERTZ

Músico, compositor e arranjador, desde cedo Vinicius Lummertz demonstrou sua vocação artística escrevendo rimas e pequenos ver- sos. Iniciou suas atividades musicais em 1999, tocando bateria e per- cussão em bandas amadoras e profissionais, tendo atingido execu- ções de algumas músicas nas rádios locais. Em 2003, torna-se artista solo e dá início à produção indepen- dente do seu primeiro álbum, com 10 faixas, “Sonho Natural”, assumin- do os vocais e tocando outros instrumentos. Somente em 2007, inicia- ram-se as sessões de captação, o que proporcionou um período para compor também “A Base Para Uma Nova Fundação” e “Herbalista”, outros dois álbuns com 10 faixas que, respectivamente, sob a mesma proposta, unem-se ao primeiro para formarem uma trilogia, intitulada: “Palavra, Som & Poder – Os 30 Frutos do Espírito”. Este trabalho recebeu a aprovação do Fundo Municipal de Apoio à Cultura. A partir de 2005, tem a oportunidade de profissionalizar-se na área do áudio, trabalhando no Studio1 – Produções Musicais, em Porto Alegre. Como técnico, engenheiro e captador, participou na pro- dução e gravação de álbuns de diversos artistas e bandas em diferen- tes gêneros. Somam-se outros trabalhos como: locuções, jingles e captações multipista ao vivo (padrão DVD), como a do artista Manoel Tchembo (Revelação Açorianos 2007), ocorrida no Teatro Renascen- ça. Como agente cultural, Vinicius foi o idealizador do projeto “Re- verência Cultural”, que teve sua primeira bem sucedida edição datada de 6 de dezembro de 2008, em meio às comemorações dos 80 anos da Usina do Gasômetro. Trata-se de um evento inovador na concepção de como levar as diferentes expressões artísticas ao público. Atua como produtor musical e também na ação e organização de projetos sociais, como o Projeto Oceano, no qual trabalha com crianças da periferia, proporcionando a oportunidade do acesso à cultura, através da arte 48 musical. Com a ação independente “Crianças do Ghetto” gravou, na faixa “Visão”, um coral composto apenas por crianças, material recor- dado em áudio e vídeo. Atualmente, ressalta-se o trabalho como coordenador musical do Projeto “MCs Para Paz”, do qual participam jovens apenados dos regimes semi-aberto e fechado, projeto de cidadania criado pelo Go- verno do Estado do RS, que visa reintegrar e socializar.

Principais Produções Musicais:

- Trilogia “Palavra, Som & Poder” (2011) - Projeto autoral, aprovado pelo Fumproarte. Participações de artistas renomados da cena local e apresentação de novos talentos. Incluindo Cedric Im Brooks, saxofo- nista acompanhante de Bob Marley e pioneiro em gravações na Jamaica. - Projeto MC’s Para Paz (2010), do Governo do Estado do RS, com jovens apenados em regimes semi-aberto e fechado. - Dada Yute e Tiago Sansão/Enoré (2011); - TJ MC’s, Mano Jorge e DNA MC’s (2009); - Manoel Tchembo (2007) - Prêmio Açorianos - Diversos jingles publicitários e de campanhas políticas (entre 2005 e 2008); diversas gravações semi-profissionais e amadoras no Studio1 Poa - Produções musicais (entre 2005 e 2008). Foto: divulgação do artista 49 1º COLOCADO CATEGORIA CAPA DE DISCO

CANTO E ENCANTO NATIVO, VOLUME 15 DESIGNER PETTER CAMPAGNA, GRAVADORA ACIT

CD “O Melhor do Canto e Encanto Nativo”, volume 15

Lançado pela Gravadora ACIT, o CD "O Melhor do Canto e Encanto Nativo”, volume 15, traz os mais conceituados nomes da música regional. A coletânea foi lançada em 1990 e completa em 2009 a sua 15ª edição. A iniciativa busca valorizar ainda mais os temas de raiz. Músicas que fazem parte da história do Rio Grande do Sul e são referência na cultura gaúcha. O CD apresenta as 17 melhores músicas nativas, interpretadas por artistas consagrados. Conta ainda com a participação especial de Ézio de Salles na voz e declamação na música “Raízes da Querência”.

Designer Petter Campagna, Gravadora ACIT

Petter Campagna Kunrath, nascido em 10 de março de 1976, residente na cidade de Caxias do Sul/RS, foi o fotógrafo e designer da capa do CD “O Melhor do Canto e Encanto Nativo”, vol. 15. Graduado em Artes Plásticas com habilitação em Computação Gráfica e pós- graduado em Marketing pela FGV, Petter é fotógrafo oficial e diretor de vídeo da Gravadora ACIT. Há mais de sete anos dedicando-se profissionalmente à fotografia, tem em seu currículo produções fotográficas para grandes nomes da música gaúcha, como Tchê Garotos, Tchê Barbaridade, Os Monarcas, Chiquito e Bordoneio, Grupo Rodeio, Délcio Tavares, Wilson Paim, Portal Gaúcho, San Marino, Walther Morais, Joca Martins, Rosa Tattooada, Acústicos e Valvulados, Reação em Cadeia entre outros. Como diretor de vídeo, atuou nas seguintes produções de DVDs: Délcio Tavares, Ítalo Gaúcho, Quero-Quero ao Vivo, Grupo Rodeio

50 (Portal da História e 25 anos ao vivo), Portal Gaúcho 10 anos ao vivo, Festa da Uva 2010, Wilson Paim ao vivo na Casa da Cultura, O Melhor do Canto e Encanto Nativo, vol. 02, Joca Martins 25 anos, entre outros trabalhos. É responsável também pela criação das capas de CDs e DVDs dos lançamentos da gravadora ACIT e Antídoto, assim como peças de apoio de todos os lançamentos, como banners, cartazes, camisetas, etc. : Daiane Daros Foto Designer: Petter Campagna

51 1º COLOCADO CATEGORIA VEÍCULO DE DIVULGAÇÃO DO ARTISTA GAÚCHO

PROGRAMA LAGOA DAS TRADIÇÕES RADIALISTA ALGEMIRO TRINDADE VIEIRA RÁDIO ESMERALDA, DE VACARIA

A Rádio Esmeralda vai completar em dezembro 51 anos de ati- vidades, sempre divulgando os eventos relacionados à Grande Vaca- ria. É uma empresa independente, comprometida com a comunidade e inovando em programas interativos. Tem um quadro de colaborado- res com experiência de mais de 30 anos em comunicação com o mai- or número de funcionários em atividade. A programação é de 24 horas com jornalismo, música, esporte e interação com o ouvinte que é, em diversos momentos, o repórter nas ruas da cidade. Nas pesquisas de opinião pública coordenadas pela Câmara da Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços e Câmara de Dirigentes Lojistas de Vacaria, realizadas pela Universidade de Caxias do Sul/ Campus Vacaria, a Rádio Esmeralda foi escolhida nos últimos três anos a primeira, ou seja, a mais ouvida, o que comprova o trabalho e a pro- gramação desenvolvidos pela Rádio. A emissora tem cobertura em toda a Região dos Campos de Cima da Serra e liderança absoluta de audiência na cidade .

Frequência: 93,1; potência:1.000Watts; horário de irradiação: 24 horas; abrangência: Vacaria, Bom Jesus, Antônio Prado, Esmeralda, Muitos Capões, Sananduva, Monte Alegre dos Campos, Campestre da Serra, São Marcos, Lagoa Vermelha, Ipê, Caxias do Sul e grande parte do Sul de Santa Catarina.

O programa Lagoa das Tradições é comandado pelo radialista Algemiro Trindade Vieira, ou simplesmente Lagoa das Tradições Vacarianas , nascido em Lagoa Vermelha, distrito de Pisamiglio, no dia 31 de maio de 1931. É filho de Fidelcino Firmino Vieira e Juvelina 52 Rodrigues Pereira e tem 10 irmãos. Sempre brincalhão, costuma dizer que seu pai não tinha televisão em casa. Quando guri, era chamado pelos familiares de “Chimosqui” que, segundo ele, é apelido de origem Judaica. Aos 19 anos, casou-se com Terezinha Fernandes Vieira e juntos tem sete filhos: Ermílio, Jussara, Sandra, Cleonice, Márcia, Fran- cisco e Claudia. Tem 20 netos e um bisneto. Lagoa foi criado na colônia trabalhando junto com os pais e, aos 17 anos, foi para a cidade, trabalhando de lavador de carros. Posterior- mente, aprendeu a profissão de mecânico. A convite de um amigo, veio para Vacaria aos 22 anos, indo trabalhar na Mecânica Dante Mondadori por sete anos. Logo abriu uma oficina mecânica, sendo um dos pionei- ros em garagem de revenda de carros em Vacaria. Também tornou-se músico, sendo que por cerca de 20 anos animou festas pela região. Ele fala brincando que, na época, o seu gru- po musical era um dos conjuntos que mais tinha cartaz (sucesso na linguagem da época), pois ele mandou fazer mais de dois mil cartazes para distribuição. Mas a sua grande paixão profissional iniciou no ano de 1967, quando, a convite, iniciou sua carreira de comunicador (animador) de rádio, sempre divulgando as tradições do Rio Grande. Lagoa está há mais de 43 anos no ar, sendo que na Rádio Esmeralda tem programas diários há 15 anos. artista Foto: divulgação do

53 1º COLOCADO CATEGORIA GRUPO DE SHOW

QUARTCHÊTO

Formado em 2001, o Quartchêto vem se destacando pela ino- vação na música instrumental brasileira. Nas raízes da música do sul do Brasil, Uruguai e Argentina, o Quartchêto busca a inspiração para criar uma música nova, universal e empolgante. Uma formação inédita com trombone, acordeon, violão e per- cussão, viaja com refinamento e bom humor por xotes, vanerões, chamamés, chacareras, milongas, rancheiras e bugios. São estas com- posições próprias do grupo, em shows vibrantes, que tem conquistado o Brasil. Seu primeiro CD (Quartchêto) foi premiado com quatro troféus no Prêmio Açorianos do ano de 2006, levantando também a premiação máxima, disco do ano. No segundo álbum (Bah), o grupo repetiu o feito, desta vez fo- ram três Açorianos e o disco do ano na edição de 2010. O grupo reali- zou turnê nacional com o projeto Circular Brasil patrocinado pela Petrobrás. Também foi escolhido pelo programa Rumos da Música Itaú em sua edição 2008. Realizou turnê nacional pelo Natura Musical e também excursionou com o projeto Instrumental RS, que apresentou-se em oito capitais brasileiras com o último espetáculo gravado ao vivo em Porto Alegre. Em abril de 2012, o Quartchêto fará sua primeira excursão à Europa, com vários shows na Alemanha. Julio Rizzo no trombone, Luciano Maia no acordeon, Hílton Vaccari no violão e Ricardo Arenhaldt na percussão formam o Quartchêto.

54 ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss sssssss Foto: divulgação dos artistas

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55 1º COLOCADO CATEGORIA GRUPO DE BAILE

ECO DO MINUANO & BONITINHO

O Grupo foi fundado em 22 de novembro de 1992. Idealizado e dirigido por Juliano Trindade Bonitinho, o grupo é composto por quatro instrumentistas: Marcos Marques (Gaita e Vocal), Cleber Marques (Gaita e Vocal), Willian Borba Silveira (Baixo e Vocal), Alex Farias (Bateria), com a produção Executiva de Rosane Buzzatti.

CDS: - 1982 - 1º CD Solo Bonitinho - 1992 - 1º CD Eco do Minuano & Bonitinho- Preserve a Natureza - 1994 - CD Eco do Minuano & Bonitinho – Bom de Dançar - 1996 - CD Eco do Minuano & Bonitinho – Bem Gaúcho - 1998 - CD Eco do Minuano & Bonitinho – Embalando o Rio Grande - 2000 - CD Eco do Minuano & Bonitinho – Gaúcho cento por cento - 2000 - 2º CD Solo Bonitinho - 2001 - CD Eco do Minuano & Bonitinho – Campeiro e Brasileiro - 2002 - CD Ao Vivo - 10 Anos Bailando com Eco do Minuano & Bonitinho - 2003 - CD Eco do Minuano & Bonitinho - Chamado na Fronteira - 2006 - CD Eco do Minuano & Bonitinho - Virando o Jogo - 2006 - 3º CD Solo Bonitinho - 2007- CD Eco do Minuano & Bonitinho - Vem dançar - 2009 - CD Eco do Minuano & Bonitinho - Nossa Tradição

56 PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DVD - DVD Festchê IV - Participação Eco do Minuano & Boniti- nho - música Louco pra Dançar - DVD Festchê IV - Participação Eco do Minuano & Bonitinho - Bonitinho Gaúcho Cento Por Cento - DVD O Melhor do Canto e Encanto Nativo, vol 1- Participação de Bonitinho- música Me Comparando ao Rio Grande - DVD O Melhor do Canto e Encanto Nativo, vol 2- Participação de Bonitinho- Música Tropa de Osso

PREMIAÇÕES

- Troféu Açorianos 2000 - Como melhor grupo regional da Música Gaúcha. Foto: divulgação dos artistas

57 - Troféu Tatu de Ouro - Como melhor grupo a se apresentar no estado do Paraná com a música regional gaúcha. - Troféus de: Melhor Grupo Vocal, Melhor Grupo Instrumental, Melhor Arranjo Instrumental.

Bonitinho busca o que há de melhor na tecnologia para qualificar o seu instrumento e demonstra um talento ímpar na criação e arranjo das suas composições. Isto lhe proporciona uma identidade e liderança sem igual com a juventude, cada vez mais apaixonada pela música do Rio Grande do Sul. Este instrumentista compõe, arranja, toca e canta suas canções e inovou o toque instrumental da guitarra. Passou a ser um modelo para os guitarristas do Rio Grande. Despontou no grupo que lidera, Eco do Minuano, e igualmente valorizou o seu instrumento perante os demais grupos musicais que, até então, tinham nos gaiteiros suas únicas vedetes. Sua preocupação é levar a jovem música tradicionalista para além fronteiras. Impossível descrever o número de apresentações realizadas, mas é bem possível dizer que já esteve em quase todo o território nacional, animando bailes e shows e “matando” a saudade de muitos gaúchos que estão “desgarrados” do estado. Isto faz de Juliano Trindade, o Bonitinho, um dos melhores guitarristas do sul do Brasil, sinônimo de sucesso em qualquer lugar onde se apresenta.

58 1º COLOCADO CATEGORIA GRUPO DE DANÇA GAÚCHA

UNIÃO GAÚCHA JOÃO SIMÕES LOPES NETO

Com 112 anos de fundação, a União Gaúcha João Simões Lopes Neto é a entidade tradicionalista mais antiga deste Rio Grande em funcionamento, e tem como objetivos relembrar, honrar e conservar as tradições e o patrimônio moral, histórico e cultural do povo sul-rio- grandense. Cultivando o espírito tradicional da honradez, da dignidade, da lealdade, do cavalheirismo, do patriotismo e da hospitalidade do gaúcho, lembrando através dos seus costumes e usanças, teve em seu lema instituída a frase: PELO RIO GRANDE E AS TRADIÇÕES: TUDO!, durante sua fundação em 19 de setembro de 1899, na cidade de Pelotas. Também tem em seus registros a liderança do ilustre escritor pelotense João Simões Lopes Neto, autor de Contos Gauchescos, Lendas do Sul, Causos do Romualdo e tantos outros. Tudo começou com a fundação do Grêmio Gaúcho por João Cezimbra Jacques, em 22 de maio de 1898, que começou a implantar no estado o culto às tradições crioulas, inspirado na Sociedad La Criolla do Uruguai, fundada em 24 de maio de 1894. Este sentimento e necessidade de preservar usos e costumes do gaúcho foi o que motivou 82 pelotenses a se reunirem em 10 de setembro de 1899, para a primeira reunião que daria nome à primeira entidade tradicionalista do Rio Grande do Sul. No dia 20 do mesmo ano, este grupo de “amantes do culto às tradições”, que foram os sócios-fundadores, reuniram-se novamente para aprovar os estatutos e eleger a primeira diretoria, empossada em primeiro de outubro de 1899. Em 1949, Barbosa Lessa e Paixão Cortes reuniram-se em Pelotas com os ginasianos e tradicionalistas, para reerguerem a União Gaúcha, pois depois de muitos anos, em função da Segunda Guerra, a Entidade havia paralisado as suas atividades, ressurgindo assim em 18 de setembro de 1950, reafirmando os princípios de defesa da cultura gaúcha, honradez, lealdade, hospitalidade, liberdade, patriotismo, dignidade, cavalheirismo, desprendimento, cumprimento do dever, 59 autenticidade e adotando o nome completo de União Gaúcha João Simões Lopes Neto, em homenagem ao grande tradicionalista e alma inconteste da entidade, que desde a sua fundação foi um dos membros mais atuantes. João Simões foi seu quarto presidente, empossado em 20 de setembro de 1905. A Lei 12.672, de 19 de dezembro de 2006, declara a centenária União Gaúcha João Simões Lopes Neto como bem integrante do Patrimônio Cultural do Estado, oriunda do projeto de lei nº 437/2006, apresentado pelo então Deputado Estadual Nelson Härter Filho. O Grupo de Danças Gaúchas Adulto da União Gaúcha tem emocionado plateias do Rio Grande do Sul, Brasil e do exterior, no decorrer de seus 112 anos de história. Além do trabalho com danças tradicionais - mais de 22 danças gaúchas - realiza pesquisas e criações coreográficas que retratam as peculiaridades do povo sulino. Considerado um dos embaixadores da cultura gaúcha em Pelotas, o grupo realizou, além de excursões pelo Brasil, temporadas na Rússia, , Espanha e Chile. Também considerado o maior participante do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha – ENART, festival destinado a divulgar a cultura gaúcha, onde mais de 2.500 artistas participam em cada edição, consagra-se desde 2001 entre os 15 melhores grupos na modalidade de Danças Tradicionais do Rio Grande do Sul. O grupo tem como instrutor de danças Ronaldo Estevo, como posteiros artísticos, Mauro Heidrich e Vanessa Peres, e coordenação geral de Marlene Lopes. Foto: divulgação dos artistas 60 1º COLOCADO CATEGORIA BANDINHA TÍPICA ALEMÃ

HAPPY BRASS

Fundada em 5 de julho 2003 pelo empresário Ari Gastão Petry, a Banda Happy Brass, da cidade de Salvador do Sul, surgiu através de alunos integrantes das bandas municipais de vários municípios, tendo como professor o Maestro Airton Guilherme Grave, iniciou suas ativida- des na garagem do empresário. O objetivo era formar uma banda para preservar a cultura musical e a principal característica da banda são os cinco instrumentos de sopro. No dia 18 de outubro de 2003, fez sua primeira apresentação na festa dos sócios da Sociedade Cultural Recreativa e Esportiva Concór- dia, em Linha São João, Salvador do Sul. Como os sócios gostaram, surgiu o contrato para tocar o baile nesta mesma sociedade. A partir desse baile, foram surgindo novas oportunidades e a banda apresenta- va-se em diferentes cidades em bailes, em casamentos, formaturas entre outras festas. Em 4 de setembro de 2004, lançou seu primeiro CD independen- te de gravadora, com o objetivo de mostrar seu trabalho e ganhar mais espaço. Novos bailes, de expressão cada vez maior, foram surgindo. No dia 8 de fevereiro de 2006, a banda recepcionou um grupo de alemães em Nova Petrópolis. Foi quando surgiu a oportunidade de ir tocar na Alemanha. E assim, no dia 26 de julho de 2007, já estava ani- mando os alemães nos bailes de Kerb e festas na região de Hunsrück na Alemanha, durante 15 dias. Uma experiência inesquecível. Existe até hoje e para sempre um grande elo de amizade. Em 30 de setembro de 2006, lançou seu segundo CD intitulado “Só te Amar”, lançado pela Gravadora Faixa Nobre. A partir daí, a divul- gação tornou-se mais intensa. Em 2008, a banda lançou seu terceiro CD, dando sequência a um projeto iniciado em 2003. Porém, com a troca de integrantes, a banda tornou-se ainda mais versátil e qualificada.

61 Em 2009, com a troca de gravadora, iniciou-se uma nova par- ceria de sucesso com a GRAVADORA VERTICAL lançando o CD FERNANDO, que foi o marco de uma nova era, expandindo ainda mais o seu trabalho, tocando festas maiores e melhores. O CD teve várias músicas que rodaram com frequência nas rádios, dentre elas, “O Cinquentinha”, que foi um grande sucesso. Em abril de 2011, a banda lançou o CD “Enchente de Chopp”, volume 6, com várias canções alegres e que já fazem a festa nos bai- les de chopp e nas demais festas do estilo. A banda possui um repertório variado de bandinhas instrumen- tais, entre outros ritmos para animar bailes de kerb, chopp, bailes de casais, festas e oktoberfests, principalmente no RS,PR e SC. Em 2011, a Banda Happy Brass foi convidada para tocar na Oktoberfest de Blumenau, esta que é a segunda maior festa alemã do mundo. Também se apresentou nas festas de outubro de , Igrejinha, Maratá no RS e ainda nas mais tradicionais festas alemãs de SC e PR, levando com muito orgulho o nome de Salvador do Sul para as mais diversas regiões do país. gação dos artistas Foto: divul

62 1º COLOCADO CATEGORIA CONJUNTO OU INTÉRPRETE DE MÚSICA TEUTO-RIO-GRANDENSE

MAURO HARFF

Mauro Harff possui curso superior em Música (Licenciatura Plena) e Bacharelado em Instrumento Musical pela Faculdade Musical Palestrina/PUC, além do curso de pós-graduação em Folclore. É fundador da Escola de Música Musisinos e do Grupo Caverá, produtor de discos e de televisão, regente de corais, arranjador, compositor, instrumentista e intérprete. Realizou sete tournês pelo Brasil, somando mais de 250 shows, apresentando-se em todas as capitais brasileiras com o Grupo Folclórico Gaúcho do Projeto Rondon (integração nacional pela cultura nativa). Gravou quatro trabalhos discográficos com o Grupo Caverá e sete CDs individuais como carreira solo, além de várias participações em trabalhos discográficos coletivos. Também realizou 12 tournês pela Alemanha, com mais de 300 apresentações, culminando com um show coletivo no Estádio Olímpico de Munich para mais de 50 mil pessoas. Desta experiência, surgiu o Projekt ALLES, uma trilogia musical brindando a cultura germânica vigente nas famílias de origem alemã:

- ALLES TCHÊ - Contemplando músicas folclóricas alemãs e músicas rio-grandenses traduzidas ao alemão. - ALLES BRASIL - Contemplando músicas folclóricas alemãs e músicas brasileiras traduzidas ao alemão. - ALLES DEUTSCH - a editar.

Além de se dedicar a este projeto o músico Mauro Harff desenvolve shows temáticos diversificados:

- Nosso Caminho Pede Paz, show multimídia, baseado na tríade do acorde, paz consigo, paz com os outros e paz com a natureza. 63 - Vozes da Natureza, concerto ecológico, reunindo música, poe- sia e imagens, reunindo fragmentos da essência brasileira através de sua miscigenação racial e musical, para compor uma consciência de preservação do que ainda resta de nosso patrimônio ambiental. - Música Nativista, o folclore, a tradição e os movimentos culturais rio-grandenses são a temática desta emocionante viagem pela música gaúcha, focalizando seu ritmo, sua origem e sua amplitude instrumental. - Cinco Séculos de Música do Brasil, é um recital didático a partir da música renascentista, exatamente para dar uma idéia do que já se fazia na Europa no momento em que o Brasil entrava para o mapa histórico. O programa se desenvolve focando as influências seculares do Classicismo, Romantismo e Modernismo, culminando com a Semana da Arte Moderna, momento em que a história é contada em décadas, até o contemporâneo. - Show Alles Natal, sedimentado no álbum ALLES NATAL, que contempla músicas alemãs originais e versões ao brasileiro, incluindo a música “Noite Feliz”, interpretada pela primeira vez em 1818 com sua letra original - Stille Nacht. - Show Alles Gospel, músicas baseadas no álbum musical ALLES GOSPEL, que inclui músicas próprias e músicas consagradas. do artista Foto: divulgação 64 1º COLOCADO CATEGORIA CONJUNTO OU INTÉRPRETE DE MÚSICA ÍTALO-RIO-GRANDENSE

GRUPO DE FILÓ FELICE PERSONNE

O grupo surgiu em 3 de agosto de 2003, numa brincadeira entre a Gema Dal Cero e Maximina Maschio, quando num domingo a Gema visitou a Maximina e passou o dia contando piadas e fazendo brincadei- ras. A Gema permaneceu na casa da Maximina de domingo a segun- da-feira. Neste dia apareceu o irmão da Maximina, o Sr. Laurindo Vedana, e começaram a conversar sobre a formação definitiva do grupo. No mesmo dia, as duas resolveram ir até o Esporte Clube União Forquetense para conversar com o presidente, na época, Alceu Montemezzo, para ver a possibilidade de ceder o clube para a realiza- ção de um filó. Ele aceitou e os convidou para se apresentarem na comemoração dos 70 anos do clube. No dia 23 de agosto de 2003, o grupo se apresentou, e a entrada foi marcada com luzes de ferrai (lam- pião a querosene), cantando a música “Mérica Mérica”. Desse dia em diante, começaram a surgir convites para outras apresentações. O grupo começou a marcar reuniões para os ensaios, que eram sempre na casa da Maximina, com muita comida e bebida. Numa dessas reuniões, surgiu o nome de Felice Personne, dado pela Dona Gema e aceito por todos. Isso aconteceu no dia 6 de dezembro de 2003. No início, as apresentações eram realizadas em shoppings e nas festas tradicionais, como: Nossa Senhora de Caravaggio, Festa da Uva/2004, Festa do Vinho Novo/2004, também em Carazinho, Arroio do Silva/2005 e muitos outros encontros. Felipe S. Giron ajudou a registrar em cartório o nome do Grupo como uma ONG folclórica, tornando-o apto a se apresentar publica- mente em qualquer tipo de evento. Na Festa da Uva 2006, 2008 e 2010, o grupo foi convidado pela comitiva para a divulgação do evento, em todas as grandes capitais do país e principais cidades do estado. Em 2010, apresentou-se na Festa das Etnias, na cidade de Campo Bom / RS, na noite italiana da 65 Federasul, em Alvorada/RS e na noite italiana da Expoijui/RS. O grupo é convidado para diversos eventos durante o ano (hotéis, clubes e par- ticulares) e está agendado para 2012, na Festa da Uva, de 16 de feve- reiro a 4 de março; em São Paulo, no dia 24 de março, para festejar os 100 anos da cidade de Capivari/SP; e no dia 14 de junho, para um grande filó no Memorial do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Ale- gre. Foto: divulgação dos artistas

66 DOCUMENTOS DO PRÊMIO VITOR MATEUS TEIXEIRA

EDIÇÃO 2011

RESOLUÇÃO Nº 2.708, DE 19 DE AGOSTO DE 1997. (atualizada até a Resolução nº 3.079, de 5 de outubro de 2011)

Institui o Prêmio “Vitor Mateus Teixeira” a ser conferido pela Assembléia Legislativa e dá outras providências.

Art. 1º - Fica instituído o Prêmio “Vitor Mateus Teixeira”, que será conferi- do, anualmente, pela Assembléia Legislativa do Estado, a cantor, compo- sitor, instrumentista, arranjador, produtor musical, capa de disco, veículo de divulgação do artista gaúcho, grupo de show, grupo de baile, bandinha típica alemã, conjunto ou intérprete de música teuto-riograndense e ítalo- rio-grandense, que se destacarem na divulgação da música regionalista, nativista e de projeção urbana no Rio Grande do Sul. Art. 1º - Fica instituído o Prêmio “Vitor Mateus Teixeira”, que será conferido, anualmente, pela Assembleia Legislativa do Estado ao cantor e à cantora, ao declamador e à declamadora, ao trovador e à trovadora, e ainda, a compositor(a), a instrumentista(a), a arranjador(a), a pajador(a), a produtor(a) musical, à capa de disco, a veículo de divulgação de artista gaúcho(a), ao grupo de show, ao grupo de baile, ao grupo de dança gaúcha, à bandinha típica alemã, ao conjunto ou intérprete de música teuto-rio-grandense e ítalorio- grandense, que se destacarem na divulgação da música regionalista, nativista e de projeção urbana no Rio Grande do Sul. (Redação dada pela Resolução nº 3.034/09) Art. 2º - O Prêmio “Vitor Mateus Teixeira” objetiva: I - reconhecer e valorizar o trabalho dos artistas e veículos de comunica- ção que enaltecem a música gaúcha; II - incentivar ações que divulguem a música e o artista gaúcho; III - firmar compromisso da Assembléia Legislativa de valorizar as pesso- as que fazem a música do Rio Grande do Sul. Art. 3º - O Prêmio será conferido mediante proposição de 1 (um) ou mais deputados, obedecendo os procedimentos dispostos a seguir: I - as indicações dos deputados restringir-se-ão a apenas uma por cate- goria, devendo ser encaminhadas por escrito e protocoladas nesta Casa até o dia 04 de setembro de cada ano. II - a Mesa Diretora da Assembléia nomeará comissão com a finalidade de avaliar e escolher os vencedores nas respectivas categorias, que será constituída por: a) dois (2) representantes do Sindicato dos Compositores Musicais do Estado do Rio Grande do Sul - SICOM/RS; b) dois (2) representantes da Associação Gaúcha dos Músicos Profissionais de Porto Alegre; 69 b) dois (2) representantes do Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio Grande do Sul; (Redação dada pela Resolução nº 2.969/06) c) dois (2) representantes da Associação Gaúcha de Artistas Regionais - AGAR; c) dois (2) representantes do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - IGTF; (Redação dada pela Resolução nº 2.969/06) d) um (1) representante do Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG; e) um (1) representante da Diretoria de Atividades Culturais da Assem- bléia Legislativa. f) um (1) representante da Fundação Vitor Mateus Teixeira. (Incluído pela Resolução nº 2.969/06) Parágrafo único - Em caso de empate na escolha de qualquer categoria premiada, a Mesa Diretora da Assembléia exercerá o voto de qualidade. III - A comissão de que trata o parágrafo anterior terá prazo até o dia 04 do mês seguinte para entregar à Mesa Diretora o resultado final. IV - O Presidente da Assembléia Legislativa promulgará o resultado final e constituirá objeto de resolução. Art. 4º - Publicada a resolução, o Presidente fará a entrega do prêmio, em solenidade especial, para a qual serão expedidos convites às autori- dades, representantes de veículos de comunicação, representantes de entidades ligadas aos setores premiados, personalidades, familiares de Vitor Mateus Teixeira, bem como a população em geral. Parágrafo único - O Prêmio será entregue por ocasião do aniversário da morte de Vitor Mateus Teixeira - dia 04 de dezembro, na semana de sua comemoração, em data a ser definida pela Mesa da Assembléia Legislativa. Art. 5º - O prêmio será registrado em livro especial, onde constará, detalhadamente, as causas do Prêmio, a síntese e os dados biográficos do premiado. Art. 6.º - O Prêmio será constituído de: (Redação dada pela Resolução n.º 3.079/ 11) I - diploma, contendo o brasão da Assembleia Legislativa, uma fotografia de Vitor Mateus Teixeira em marca d'água, a categoria e a identificação nominal do premiado; e (Redação dada pela Resolução n.º 3.079/11) II - troféu com o busto de Vitor Mateus Teixeira. (Redação dada pela Re- solução n.º 3.079/11) Art. 7º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário. Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 19 de agosto de 1997.

Legislação compilada pelo Gabinete de Consultoria Legislativa. 70 RESOLUÇÃO DE MESA Nº 1.073/2011 (publicada no DOAL nº 10117, de 19 de outubro de 2011)

Homologa o resultado final da edição 2011 do Prêmio “Vitor Mateus Teixeira”.

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRAN- DE DO SUL, no uso de suas atribuições, RESOLVE:

Art. 1.º Nos termos do inciso IV do art. 3.º da Resolução n. 2.708, de 19 de agosto de 1997, alterada pelas Resoluções n. 2.969, de 05 de se- tembro de 2006, e n. 3.034, de 09 de abril de 2009, ficam aprovados os seguintes nomes indicados pela comissão julgadora para receberem o Prêmio “Vitor Mateus Teixeira”, nas respectivas categorias:

I - Cantor: Pedro Neves; II - Cantora: Juliana Spanevello; III - Declamador: Omair Trindade; IV - Declamadora: Andréa Eloi; V - Trovador: Gonçalves Chaves Calixto (Cabeleira); VI - Trovadora: Maria Tereza Carvalho (Tetê Carvalho); VII - Compositor(a): Mario Michelon; VIII - Instrumentista: Doly Carlos da Costa; IX - Arranjador(a): Paulo Bratt; X - Pajador(a):Adão Bernardes; XI - Produtor(a) Musical: Vinicius Lummertz; XII - Capa de Disco: Canto e Encanto Nativo - volume 15 (designer: Petter Campagna da Produtora ACIT Comercial e Fonográfica Ltda); XIII - Veículo de Divulgação de Artista Gaúcho(a): Programa Lagoa das Tradições do comunicador Algemiro Trindade Vieira, da Rádio Es- meralda de Vacaria; XIV - Grupo de Show: Quartchêto, de Porto Alegre; XV - Grupo de Baile: Eco do Minuano & Bonitinho, de Canoas; XVI - Grupo de Dança Gaúcha: União Gaúcha João Simões Lopes Neto, de Pelotas; 71 XVII - Bandinha Típica Alemã: Happy Brass, de Salvador do Sul; XVIII - Conjunto ou Intérprete de Música Teuto-rio-grandense: Mauro Roberto Harff; e XIX - Conjunto ou Intérprete de Música Ítalo-rio-grandense: Grupo de Filó Felice Personne, de Caxias do Sul.

Art. 2.º Esta Resolução de Mesa entra em vigor na data da sua publica- ção.

Sala de Reuniões, em 18 de outubro de 2011.

72 COMISSÃO JULGADORA

- Adair Batista Antunes e Luiza Helena de Lima Rode, pelo Sindicato dos Músicos Profissionais do RS – SINDIMUS/RS;

- Luciana Borges Bencke Munitor, pelo Movimento Tradicionalista Ga- úcho – MTG;

- Izabel L’Aryan e Airton Pimentel, pelo Sindicato dos Compositores Musicais do Estado do Rio Grande do Sul – SICOM/RS;

- Marco Araújo e Ivonir Ávila Barbosa, pelo Instituto Gaúcho de Tradi- ção e Folclore – IGTF;

- Lairton Salles Pinheiro, pela Fundação Vitor Mateus Teixeira;

- Décio Magalhães Duarte, representante da Assembleia Legislativa/ DRPAC.

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