Internacionalização Da H.Stern: Um Negócio Da China?

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Internacionalização Da H.Stern: Um Negócio Da China? Internacionalização da H.Stern: Um Negócio da China? Autoria: Rafael Magalhães Costa, Talita Barbosa Matos Peixoto, Fábio de Matos Domingues, Carlos Falcão Maranhão, Paulo David Tostes dos Santos, Jorge Carneiro Resumo Desde que foi fundada no Brasil, em 1945, a H.Stern, uma das maiores e mais prestigiadas joalherias do mundo, enxergou o consumidor do exterior como um importante alvo de seus produtos. Enquanto a empresa se desenvolvia no Brasil, atendendo aos clientes nacionais, também ia construindo uma posição de visibilidade no mercado externo. – inicialmente, com a venda de joias de indiscutível qualidade a turistas estrangeiros em portos e hotéis brasileiros e posteriormente com a abertura de lojas em diversos países. A preocupação em sempre manter alto padrão de qualidade levou a empresa a verticalizar sua cadeia produtiva e a buscar certificações internacionais. Os principais atributos que a empresa almeja enfatizar em seus produtos são design, conforto, assinatura (a marca H.Stern), versatilidade e auto-gratificação – destacando-se, assim, de outros concorrentes no mercado de luxo. A empresa já construiu uma forte posição no Brasil (com lojas em 14 cidades) e no exterior (tendo aberto sua primeira loja em 1955 e atuando atualmente em 14 países) e quer continuar sua expansão. Christian Hallot, embaixador da H.Stern e um de seus principais executivos, reconhece o potencial do mercado chinês consumidor de joias. Contudo, Hallot também julga que as características deste consumidor e seu comportamento em relação às joias não são consistentes com a forma com que a H.Stern se habituou a operar. Os atributos ressaltados pela H.Stern não são ainda valorizados pelo mercado chinês, que prefere pedra grande a estilo e usa joia por ostentação e não por auto-gratificação. Hallot receia que, uma possível adaptação do produto aos gostos e hábitos do mercado chinês poderia por em risco a imagem e o posicionamento da H.Stern no mundo. Afinal, a empresa se orgulha de ter padronizado seu portfólio de produtos, a arquitetura de suas lojas e sua comunicação institucional em todos os países em que atua. Além disso, Hallot teme que os riscos de violação dos direitos de patente e de copyright, por parte de concorrentes chineses, impeçam a H.Stern de construir uma posição sólida em termos de volume, imagem de exclusividade e preço alto. Contudo, apesar dos riscos e das dificuldades antecipadas, o tamanho e o potencial de crescimento do mercado chinês de luxo não podem ser ignorados. Talvez a H.Stern pudesse tentar modificar os hábitos locais de compra e uso de joias. Talvez ela pudesse se valer de parceiros (um modelo que ela já vem empregando com sucesso em diversos outros países) para conhecer melhor o comprador e aproximar-se dele. Hallot sabe que precisa chegar a uma decisão: Entrar ou não no mercado chinês? Se sim, com qual posicionamento e com qual modo de operação? 1 Introdução A H.Stern, joalheria brasileira com presença global, revolucionou o mercado de joias ao utilizar pedras preciosas brasileiras e investir em design e inovação. Fundada em 1945, a empresa abriu sua primeira loja no exterior em 1955, com o foco de vender joias a turistas na América do Sul. Em 2011, com um cenário de incertezas nos mercados europeu e americano, a expansão dos negócios para mercados emergentes se mostrava uma opção bastante atraente. Com larga experiência em análise de mercados internacionais, um de seus principais executivos, Christian Hallot – há mais de 30 anos trabalhando na empresa – tem que tomar uma difícil decisão: a H.Stern deve iniciar atividades no mercado chinês? História da H.Stern Em 1945, a H.Stern inicia suas atividades no Rio de Janeiro. A pequena empresa de compra e venda de pedras preciosas foi fundada por Hans Stern, um imigrante alemão de 22 anos que havia chegado ao Brasil aos 17 anos, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, com sua família. Voltada para o segmento de alto luxo, principalmente turistas estrangeiros em passagem pelo Brasil, a H.Stern abriu em 1949 seu primeiro ponto de venda: no porto do Rio de Janeiro, na estação de desembarque de navios, na Praça Mauá. Em seguida, uma loja foi aberta no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, pólo turístico daquela época. Na seqüência, lojas da rede foram sendo abertas em hotéis e aeroportos do Rio de Janeiro. Como a qualidade das pedras brasileiras na década de 50 era muito baixa, a H.Stern iniciou um processo de verticalização visando à presença em todas as etapas da cadeia de produção, da mina até a venda ao consumidor final. Foram contratados ourives e lapidários europeus para a criação de oficinas dentro da empresa e a ampliação de produção de joias. A empresa criou o primeiro laboratório gemológico da América Latina com o fim de analisar pedras preciosas e metais nobres e pesquisar novas matérias-primas. Por meio de investimento em pesquisa e desenvolvimento de seus produtos, a H.Stern conseguiu enquadrá-los dentro das especificações do Gemological Institute of America (GIA), que determina os padrões de qualidade seguidos pelas maiores joalherias do mundo. Paralelamente, a H.Stern criou campanhas de marketing com o objetivo de divulgar a beleza, o valor e a qualidade das gemas coloridas, já que, naquela época, somente safiras, rubis, diamantes e esmeraldas eram considerados pedras preciosas, enquanto as demais pedras eram chamadas de semipreciosas. A percepção do mercado e dos consumidores em relação às pedras brasileiras começou a mudar e essa mudança incluía o interesse por pedras raras, cujas minas se encontravam localizadas somente em solo brasileiro, conferindo à H.Stern uma vantagem competitiva natural. Para sustentar a percepção de qualidade e valor de suas pedras, a H.Stern oferece a todos os seus clientes, desde a abertura de sua primeira loja, um certificado de garantia internacional que assegura, além da alta qualidade e do atendimento a rígidos padrões técnicos, também a troca ou conserto das joias em qualquer loja da rede no mundo. Outras ações para reforçar o posicionamento da marca foram a criação de um tour guiado pelas instalações da empresa, a inauguração de um museu de pedras preciosas e a realização do primeiro desfile de joias do Brasil. Nos anos 80, a H.Stern foi a primeira joalheria do país a criar joias com grandes personalidades, destacando-se as coleções assinadas pela atriz Catherine Deneuve e pelo 2 artista plástico ítalo-brasileiro Roberto Moriconi, que tiveram grande sucesso. Na década de 90, Roberto Stern, filho mais velho de Hans Stern assume a área de criação da empresa com uma visão totalmente nova dos negócios. O foco mudou juntamente com o comportamento do consumidor. A ostentação estava em baixa e criatividade, simplicidade e linhas retas e elegantes estavam em alta. Nascia o conceito de “joias design”. A H.Stern conseguiu rejuvenescer sem desrespeitar suas raízes; reinventou sua própria fórmula de sucesso e, hoje, é uma joalheria cada vez mais reconhecida internacionalmente. Atualmente, a H.Stern é uma das maiores redes de joalherias do mundo. A empresa possui 150 lojas próprias, das quais pouco mais da metade no Brasil, distribuídas em 15 países e 13 cidades brasileiras. A empresa conta com cerca de 2.300 funcionários no Brasil e 700 no exterior. Após 65 anos de atuação, a empresa agora é a maior joalheria no Brasil e na América Latina, e uma das maiores e mais conhecidas marcas de joias no mundo. A empresa espera terminar 2011 com cerca de 300 pontos de venda em todo o mundo. Hans Stern pode ser considerado um dos principais responsáveis pela valorização internacional nas gemas coloridas brasileiras. O principal foco do fundador eram as turmalinas, águas-marinhas e topázios de Minas Gerais; citrinos (uma variedade de quartzo) de Goiás e Rio Grande do Sul; e ametistas do Rio Grande do Sul. Seu interesse também icnluía outras pedras preciosas encontradas no Brasil: diamantes de Minas Gerais, Bahia, Pará e Mato Grosso; esmeraldas de Minas Gerais, Bahia e Goiás; opalas do Piauí; e ágatas do Rio Grande do Sul. A estrutura da H.Stern é muito verticalizada, com controle sobre todos os processos da cadeia de produção, desde a extração das pedras, a criação dos designs, a lapidação das pedras, até a comercialização das joias para o consumidor final. A empresa centraliza todas as suas operações de garimpo e de produção no Brasil e possui suas sedes, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Posicionamento da H.Stern A H.Stern entende que qualidade técnica é apenas um requisito indispensável para se competir no mercado de luxo, mas não é o bastante para se alcançar sucesso. A empresa procura se destacar por meio de inovação, designs exclusivos e excelência no atendimento aos clientes. Na década de 90, a empresa percebeu que seria necessária uma mudança em sua imagem. Roberto Stern, filho do fundador, liderou o processo de revitalização da marca. O foco em inovação, estilo e design, tornado as joias mais leves e modernas, passou a ser mais importante do que o tamanho ou o tipo da pedra. Segundo Hallot, “As jóias da H. Stern são versáteis e primam pelo conforto. [...] No mundo das jóias, fazer análise é muito mais fácil do que fazer a síntese, a simplicidade. É difícil limpar o barroco e fazer uma jóia com linhas simples. O conforto é essencial ao usar uma jóia.” Conforme consta do site da empresa: “A joia deve se adaptar ao corpo como uma segunda pele. Além disso, as peças precisam ser versáteis. Um brinco com uma face de ouro branco e outra de brilhantes, pode ser usado de um lado ou de outro conforme a ocasião. A jóia pode ter também pequenos detalhes que só o dono conhece: um pequeno brilhante no fecho de um colar ou a assinatura de estrelas da H.Stern escondida na parte interna de um anel.” O conceito de ‘joias de design’ é uma das principais estratégias da empresa.
Recommended publications
  • UM ESTUDO DE CASO DA JOALHERIA H. STERN Revista Eletrônica De Negócios Internacionais (Internext), Vol
    Revista Eletrônica de Negócios Internacionais (Internext) E-ISSN: 1980-4865 [email protected] Escola Superior de Propaganda e Marketing Brasil de Andrade Albino, José Coelho; Jurdi Guimarães, Felipe; Ribeiro de Oliveira, Adalberto; Freitas de Almeida, Bernardo; Mota Machado Gomes, Bruna; Tanajura Sepúlveda, Luiza INTERNACIONALIZAÇÃO DE MARCAS DE LUXO BRASILEIRAS: UM ESTUDO DE CASO DA JOALHERIA H. STERN Revista Eletrônica de Negócios Internacionais (Internext), vol. 4, núm. 1, enero-julio, 2009, pp. 100-129 Escola Superior de Propaganda e Marketing São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=557557870007 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto 100 INTERNACIONALIZAÇÃO DE MARCAS DE LUXO BRASILEIRAS: UM ESTUDO DE CASO DA JOALHERIA H. STERN José Coelho de Andrade Albino1 Felipe Jurdi Guimarães2 Adalberto Ribeiro de Oliveira3 Bernardo Freitas de Almeida4 Bruna Mota Machado Gomes5 Luiza Tanajura Sepúlveda6 RESUMO Este estudo analisa os desafios que envolvem a gestão de marcas globais que atuam no campo do luxo, principalmente aquelas com origem em países do terceiro mundo como o Brasil. Para a realização da pesquisa, adotou-se como estratégia metodológica o estudo de caso único, tendo-se como objeto empírico a joalheria H. Stern. O estudo se baseia em pesquisas bibliográficas; entrevistas em profundidade com os dirigentes da empresa; visitas técnicas à sua sede e principais lojas, pesquisa documental e análise de discurso das campanhas nacionais e internacionais da marca e dos seus principais concorrentes.
    [Show full text]
  • University of Southampton Research Repository Eprints Soton
    University of Southampton Research Repository ePrints Soton Copyright © and Moral Rights for this thesis are retained by the author and/or other copyright owners. A copy can be downloaded for personal non-commercial research or study, without prior permission or charge. This thesis cannot be reproduced or quoted extensively from without first obtaining permission in writing from the copyright holder/s. The content must not be changed in any way or sold commercially in any format or medium without the formal permission of the copyright holders. When referring to this work, full bibliographic details including the author, title, awarding institution and date of the thesis must be given e.g. AUTHOR (year of submission) "Full thesis title", University of Southampton, name of the University School or Department, PhD Thesis, pagination http://eprints.soton.ac.uk UNIVERSITY OF SOUTHAMPTON FACULTY OF BUSINESS AND LAW Winchester School of Art Brazil and the New Luxury An analysis of the consumption and creation of luxury apparel and accessories in Brazil by Antony Galsworthy BA Thesis for the degree of Master of Philosophy March 2014 UNIVERSITY OF SOUTHAMPTON ABSTRACT FACULTY OF BUSINESS AND LAW Winchester School of Art Thesis for the degree of Master of Philosophy BRAZIL AND THE NEW LUXURY An analysis of the consumption and creation of luxury apparel and accessories in Brazil Antony Galsworthy This research investigates how a rising nation’s consumers and producers are defining their relationship with luxury apparel and accessories. In the context of these products it seeks to identify the core attributes required to merit the luxury soubriquet, in order to arrive at a contemporary definition that also encompasses the impact of branding both of product and place of origin.
    [Show full text]
  • “The Luxury Market in Brazil: an Analysis of Its Complexity”
    FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO LORENZO DE RUGGIERO “The Luxury Market in Brazil: an analysis of its complexity” SÃO PAULO 2017 LORENZO DE RUGGIERO “The Luxury Market in Brazil: an analysis of its complexity” Thesis presented Escola de Administração de Empresas de São Paulo of Fundação Getulio Vargas, as a requirement to obtain the title of Master in International Management (MPGI). Knowledge field: Gestão e Competitividade em Empresas Globais. Adviser: Prof. Dr. Servio Tulio Prado Junior SÃO PAULO 2017 de Ruggiero, Lorenzo. “The luxury market in Brazil : an analysis of its complexity” / Lorenzo de Ruggiero. - 2017. 70. Orientador: Sérvio Túlio Prado Júnior Dissertação (MPGI) - Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 1. Objetos de luxo - Comercialização. 2. Comércio varejista. 3. Marketing. 4. Comportamento do consumidor. I. Prado Júnior, Sérvio Túlio. II. Dissertação (MPGI) - Escola de Administração de Empresas de São Paulo. III. Título. CDU 658.8 LORENZO DE RUGGIERO “The Luxury Market in Brazil: an analysis of its complexity” Thesis presented Escola de Administração de Empresas de São Paulo of Fundação Getulio Vargas, as a requirement to obtain the title of Master in International Management (MPGI). Knowledge field: Gestão E Competitividade em Empresas Globais. Approval Date: 21/11/2017 Committee members: Prof. Dr. Servio Tulio Prado Junior Prof. Dr. Ricardo Rochman Prof. Dr. Antonio Gellis Filho ABSTRACT The aim of the present research thesis is to investigate the luxury market in Brazil and how brand can survive in such context. All over the world this sector is becoming more and more crucial, due to many factors, such as the opening to new markets (Asia, Middle-East and so on), the increasing purchase power of consumers and the presence of much more differentiated products.
    [Show full text]
  • Luxury Branding
    Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Comunicação e Expressão Programa de Pós-Graduação em Design e Expressão Gráfica Claudia Polo dos Santos LUXURY BRANDING. A PARTICIPAÇÃO DO DESIGN GRÁFICO NA CONEXÃO EMOCIONAL ENTRE AS MARCAS DE LUXO E SEUS CONSUMIDORES. ESTUDO DE CASO: H.STERN. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Design e Expressão Gráfica da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Design e Expressão Gráfica. Orientador: Profº Luiz Salomão Ribas Gomez, Dr. Eng. Florianópolis, 2010 Claudia Polo dos Santos LUXURY BRANDING. A PARTICIPAÇÃO DO DESIGN GRÁFICO NA CONEXÃO EMOCIONAL ENTRE AS MARCAS DE LUXO E SEUS CONSUMIDORES. ESTUDO DE CASO: H.STERN. SELO BIBLIOTECA Dissertação apresentada ao Progra- ma de Pós-Graduação em Design e Expressão Gráfica da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Design e Expressão Gráfica. ________________________________________________ Profº. Ricardo Triska, Dr. – Coordenador do Programa BANCA EXAMINADORA __________________________________________________ Profº. Luiz Salomão Ribas Gomez, Dr. Eng. – UFSC – Orientador _________________________________________________ Profº. Richard Perassi Luiz de Sousa, Dr. – UFSC _________________________________________________ Profa. Sandra Regina Rech, Dra. Enga. - UDESC O essencial é invisível aos olhos. Antoine de Saint-Exupéry AGRADECIMENTOS A Deus. À minha família, à minha amada mãezinha Jeanete, à minha gene- rosa irmãzinha Carolina, ao meu bondoso irmãozinho Cleber e ao meu gentil cunhado Luciano que muito me incentivam e ajudam em tudo na vida, incluindo toda a jornada do mestrado. Muito obrigada. Ao meu orientador Professor Doutor Luiz Salomão Ribas Gomez que, acima de tudo, acreditou nessa pesquisadora. Obrigada por seus conhecimentos, talento e colaboração.
    [Show full text]
  • A História Do Homeme Da Empresa
    Hans Sterna história do homem e da empresa por Consuelo Dieguez Noite dos Cristais 7 Partida 19 Alumbramento 31 Uma experiência aterrorizante no paraíso 41 Ganhando o pão 45 High Society 55 Um jogo de futebol 63 Uma morte 69 Guerra 73 Carnaval 79 Pedras raras 85 Presente de aniversário 91 Prisão 97 Um acordeão sem uso 105 A invenção de um produto 119 Ruth 133 Está lá fora um general 145 Um vexame real 153 Ipanema 161 São Paulo era mesmo outro país 169 Uma revolução 177 Bota abaixo 189 Lago dos Cisnes 199 Nasce uma joia 207 Colaborações 223 Crise 237 Cerimônia de adeus 243 A família reassume 247 Gênesis 255 capítulo I Noite dos Cristais Madrugada de 9 para 10 de novembro de 1938 O engenheiro Kurt Stern está recostado em uma das mesas do escritório da sua empresa de instalações elétricas industriais, na cidade de Essen, na Renânia do Norte, Alemanha. Seu filho Hans, de 16 anos, encontra-se de pé, com o rosto colado na grande ja- nela envidraçada. Não muito longe dos dois, está Albert Kamp, sogro de Kurt e avô materno do rapaz, sentado em uma cadeira estofada. Ele tem as mãos apoiadas sobre os joelhos e bate com um dos pés no chão de forma cadenciada. Ninguém na sala ousa falar, parecem apenas tentar decifrar o silêncio, carregado de tensão, àquela hora da madrugada.um dos pés no chão. Ninguém na sala ousa falar, pa- recem apenas tentar decifrar o silêncio, carregado de tensão, àquela hora da madrugada. Três dias antes, em 7 de novembro, Herschel Grynszpan, um jovem de 17 anos, judeu refugiado, tocara a campainha da embaixada alemã em Paris trazendo um revólver escondido no bolso do sobretudo.
    [Show full text]
  • Cactus Flower
    TROUBLES AT ESPRIT/5 KAMALI, SPIEGEL BACK TOGETHER/21 WWDWomen’s Wear Daily • The Retailers’MONDAY Daily Newspaper • October 3, 2005 • $2.00 Accessories/Innerwear/Legwear Cactus Flower MILAN — There are many ways of interpreting the current less-is-more fashion message, and the one Donatella Versace chose for her spring Versace collection was particularly effective. She dropped overt dazzle and bright shades in favor of beautiful desert colors, including plenty of beige. But she didn’t give up drama — as this beauty in a cactus-patterned dress shows. For more on the season, see pages 6 to 13. Dresses to the Rescue: Save Otherwise Safe, Chaotic Milan Season By WWD Staff MILAN — It’s hard to be angry at pretty dresses. After a grueling, controversial and often-underwhelming Milan season, that key item cheered retailers, many of whom left the Italian fashion capital with a positive assessment about the feminine, if safe, direction for spring-summer. “It was a good, solid week with good commercial pieces,” said Robert Burke, senior vice president of fashion at Bergdorf Goodman. “I thought Milan was much more feminine and refined than it has been. We saw a lot of beautiful eveningwear.” See Dresses, Page11 PHOTO BY GIOVANNI GIANNONI GIOVANNI PHOTO BY 2 WWD, MONDAY, OCTOBER 3, 2005 WWD.COM Wal-Mart Shuffles Exec Pair WWDMONDAY By Katherine Bowers John seas operations.’’ Menzer Kurt Barnard, president of Accessories/Innerwear/Legwear BOSTON — Wal-Mart Stores Inc. Barnard’s Consulting Group, is flipping the roles of two of its said that, in trying executives top domestic and international in new roles, Scott is taking a FASHION executives as the world’s largest page from the playbook of Wal- Fashion is headed into quieter waters and for many designers that meant a retailer seeks to grow sales.
    [Show full text]
  • H.Stern: Capital Cultural Objetivado Em Jóias De Luxo1
    H.Stern: Capital Cultural Objetivado em Jóias de Luxo1 José Coelho de Andrade Albino – CEPEAD/UFMG E PUC-MG Ana Luísa Castro Almeida – PUC-MG Alexandre de Pádua Carrieri – CEPEAD/UFMG Bruna Mota Machado Gomes – PUC-MG Felipe Jurdi Guimarães – PUC-MG Luiza Tanajura Sepúlveda – PUC-MG2 RESUMO Este estudo analisa os desafios da gestão de marcas que atuam internacionalmente no campo do luxo, principalmente aquelas com origem em países emergentes como o Brasil. Para a realização da pesquisa, adotou-se como estratégia metodológica o estudo de caso único, tendo-se como objeto a joalheria H.Stern. O estudo se baseia em entrevistas em profundidade com dirigentes da empresa, análise documental e análise de discurso tanto das suas campanhas publicitárias como das dos seus principais concorrentes. Concluiu-se, ao final da pesquisa, que a empresa se encontra em fase de transição entre a primeira e segunda corrente do branding, conforme classificação proposta por Schultz, Antorini e Csaba (2005). Já com relação à gestão de marcas de luxo (BEVERLAND, 2004; MOORE, BIRTWISTLE, 2005), pode-se afirmar que a H.Stern gerencia, de forma consistente e integrada, sua marca em contexto global. Palavras-chave: Branding; Marca de Luxo; Internacionalização; Joalheria; Estratégia. INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem como objetivo levantar e analisar as práticas de branding de multinacionais (MNs) globais que atuam no campo do luxo, especificamente aquelas com origem em países emergentes como o Brasil. Entende-se por branding o processo pelo qual uma organização se questiona, constantemente, quanto à sua identidade para que possa se desenvolver de forma competitiva e inovadora. Branding também pode ser definido, segundo Schultz (2005), como a relação entre a origem e as práticas diárias dos membros da organização (cultura nas organizações); aonde a alta administração pretende chegar (visão estratégica); como a organização é percebida pelos stakeholders (imagem); tudo alinhado à forma como o conjunto do corpo funcional percebe que a organização seja (identidade).
    [Show full text]
  • Battle for the Ruhr: the German Army's Final Defeat in the West" (2006)
    Louisiana State University LSU Digital Commons LSU Doctoral Dissertations Graduate School 2006 Battle for the Ruhr: The rGe man Army's Final Defeat in the West Derek Stephen Zumbro Louisiana State University and Agricultural and Mechanical College, [email protected] Follow this and additional works at: https://digitalcommons.lsu.edu/gradschool_dissertations Part of the History Commons Recommended Citation Zumbro, Derek Stephen, "Battle for the Ruhr: The German Army's Final Defeat in the West" (2006). LSU Doctoral Dissertations. 2507. https://digitalcommons.lsu.edu/gradschool_dissertations/2507 This Dissertation is brought to you for free and open access by the Graduate School at LSU Digital Commons. It has been accepted for inclusion in LSU Doctoral Dissertations by an authorized graduate school editor of LSU Digital Commons. For more information, please [email protected]. BATTLE FOR THE RUHR: THE GERMAN ARMY’S FINAL DEFEAT IN THE WEST A Dissertation Submitted to the Graduate Faculty of the Louisiana State University and Agricultural and Mechanical College in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy in The Department of History by Derek S. Zumbro B.A., University of Southern Mississippi, 1980 M.S., University of Southern Mississippi, 2001 August 2006 Table of Contents ABSTRACT...............................................................................................................................iv INTRODUCTION.......................................................................................................................1
    [Show full text]
  • PRINT ISSUE EDITORIALIST.COM/SUBSCRIBE Your One-Stop-Shop to Sourcing Everything on Your Fall Wish List
    [ EDITORIALIST [ AT YOUR DOOR... subscribe to the PRINT ISSUE EDITORIALIST.COM/SUBSCRIBE Your one-stop-shop to sourcing everything on your fall wish list. You see it. You want it. We’ll find it. [email protected] /TABLE OF CONTENTS [ /TRENDS 12. ACCESSORIES TRENDS 21. EDITOR PICKS /STYLE 26. MOODY JEWELS 28. STYLE TRENDS /GUIDES 32. STYLE GUIDE /NEWS 40. WHAT’S NEW[S] 44. KICK START: Feiyue 45. ACCESSORIES REPORT /EXCLUSIVE 62. FIT TO BE TIED: Tyler Alexandra /FEATURES 64. UPTOWN GIRL: FALL / WINTER 2015 FALL Jill Kargman 78. FEELING GROOVY: Robin Katz 82. FAMILY JEWELS: Dannijo [Newsstand Cover] On Bella: VALENTINO Gown. PHYNE BY PAIGE NOVICK Ear Climber [E]. SANJAY KASLIWAL OF THE GEM PALACE, JAIPUR Diamond Necklace [E]. Photographed by Gilles Bensimon; Styled by Kate Davidson Hudson; Associate Editor: Alyssa Francois; Stylist Assistant: Marcelle Breibart; Photographer’s Assistants: Jon Brown, Aaron Austin; Digital Tech: Blake Ribbey; Model: Bella Hadid @ IMG; Hair: David Von Cannon @ Streeters; Make-Up: Misha Shahzada @ See Management; Manicure: Gina Eppolito. [Subscriber Cover] On Emily: BALMAIN Jumpsuit & Belt. LETTERS BY ZOE “J” Pendant [E]. SYDNEY EVAN Evil Eye Necklace & Cuff [E]. KHAI KHAI Ring [E]. EDITORIALIST Photographed by Derek Kettela; Styled by Michaela Dosamantes; Stylist Assistant: Keyla Marquez; Photographer’s Assistants: Douglas Markland, Johnathan Folds; Digital Tech: Marylene May; Model: Emily Ratajkowski @ Ford Models; Hair: Dennis Gots @ The Wall Group; Make-Up: Valery Gherman @ Art Dept; Manicure: Sarah Chue; Bookings Editor: Jaclyn Bloomfield. [ 150 /TABLE OF CONTENTS /INFLUENCER 67. STYLE BY THE NUMBERS: Hedvig Opshaug 70. MIXED MEDIA: Alina Cho 73. FIRST LADY: Jane Keltner de Valle 75.
    [Show full text]
  • 1 Universidade Federal De Pernambuco Departamento De Design Programa De Pós-Graduação Em Design Ana Neuza Botelho Videla Joal
    1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE DESIGN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN ANA NEUZA BOTELHO VIDELA JOALHERIA, ARTE OU DESIGN? RECIFE 2016 2 Ana Neuza Botelho Videla JOALHERIA, ARTE OU DESIGN? Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Design da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obtenção do título de doutora Orientadora: Profa. Dra. Kátia Medeiros de Araújo RECIFE 2016 Catalogação na fonte Bibliotecária Maria Valéria Baltar de Abreu Vasconcelos, CRB4-439 V652j Videla, Ana Neuza Botelho Joalheria, arte ou design? / Ana Neuza Botelho Videla. – Recife, 2016. 244 f.: il. Orientador: Kátia Medeiros de Araújo. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Design, 2016. Inclui referências e apêndices. 1. Desenho (Projetos). 2. Jóias. 3. Joalheria. 4. Arte. I. Araújo, Kátia Medeiros de (Orientador). II. Titulo. 745.2 CDD (22.ed.) UFPE (CAC 2016-147) 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Ricardo e Leoneide (in memorian). 6 AGRADECIMENTOS A CAPES, pelo apoio financeiro com a manutenção da bolsa no meu estágio doutoral na Cidade do México; À minha orientadora, Profa. Dra. Kátia de Araújo Medeiros, pela amizade, interlocução generosa e confiança em meu projeto; Ao meu tutor na Universidad Autónoma Metropolitana – UAM, Iztapalapa, na Cidade do México, Prof. Dr. Rodrigo Diaz Cruz, por sua contribuição na condução da minha investigação; Aos professores do PPG Design, pela enriquecedora parceria; Aos professores do PPG Sociologia, em especial à Maria Eduarda
    [Show full text]
  • Criando Clássicos: Um Estudo Sobre a Gestão Global Da Marca H.Stern
    Criando Clássicos: Um Estudo Sobre a Gestão Global da Marca H.Stern Autoria: Felipe Jurdi Guimarães, Bernado Freitas de Almeida, Adalberto Ribeiro de Oliveira Resumo Este estudo analisa as questões que evolvem a gestão de marca de luxo global, através do estudo de caso de uma empresa brasileira. Para tanto, adotou-se como estratégia metodológica o estudo de caso único, tendo-se como objeto empírico a joalheria H.Stern. O estudo se baseia em pesquisas bibliográficas, bem como entrevistas em profundidade com os dirigentes da empresa; visitas técnicas à sede da empresa, lojas da marca, pesquisa documental e análise de discurso das campanhas nacionais e internacionais da marca e dos seus principais concorrentes. Conclui-se que a empresa seguiu os pressupostos do modelo de gestão da marca corporativa proposto por Schultz, Antorini e Csaba (2005), bem como o modelo de marca de luxo proposto por Beverland (2004), gerenciando, de forma consistente suas múltiplas identidades. Introdução O estudo da marca H.Stern torna-se relevante por ser uma empresa nacional que obteve sucesso e destaque no cenário mundial do luxo, no qual o Brasil tem pouca tradição. Fundada em 1945, pelo alemão Hans Stern, é hoje a maior rede de joalherias do Brasil, de Israel e uma das maiores do mundo. Com apenas 60 anos de história, a empresa está entre as cinco maiores joalheiras do mundo, junto com a americana Tiffany & Co, as francesas Cartier e Van Cleef & Arpels e a italiana Bulgari, todas essas empresas centenárias. A partir da década de 90, a empresa iniciou um processo de reposicionamento liderado por Roberto Stern, que mudou a H.Stern em vários aspectos, desde o design de suas peças à arquitetura das lojas e sua comunicação.
    [Show full text]
  • Family Tree Maker 2005
    Stern and Löbl Family Genealogy Website - www.sternmail.co.uk/genealogy/ Name Name Birth location <Unnamed> Aida <Unnamed> Clara <Unnamed> Minna <Unnamed> Montoya ? Pauline ? ? Naomi ? ? Nancy ? ? Rabbi ? New York, USA ? Rachel ? ? Rosa ? ? Sarah ? ? Susie ? ? Yael ? ? Walter ? ? Tina ? ? Tatiana ? 1 Wife 1 3rd Charles WARREN 3rd Houston, TX, USA 3rd Thomas HERZ 3rd ABEL Marga Susanna Susie WERTHEIM ABEL Cologne, Germany ABEL Siegfried ABEL Cologne, Germany ABELES Sara ABELES Waltsch ABELES Rosi ABELES Waltsch Abenheimer Karl Abenheimer Mannheim Abenheimer Ruth Abenheimer Abraham Abraham ABRAHAM Lisette ABRAHAM ABRAHAM Nathan ABRAHAM Brandoberndorf, Germany Abraham Roeschen Abraham ABRAHAM Ruth Helen ABRAHAM San Fransisco, Calif. ABRAHAM Feist ABRAHAM Meudt, Germany ABRAHAM Hertz ABRAHAM ABRAHAM Harry ABRAHAM ABRAHAM Fraidgem ABRAHAM Quirnbach, Germany ABRAHAMOV Adva ABRAHAMOV Kibbutz Yakum, Israel ABRAHAMS Jaqueline ABRAHAMS Glasgow ABRAME Smadar ABRAME Afula, Israel ABRAME Bernard ABRAME Abrams Ellen Abrams ACKERMAN Hannchen ACKERMAN ACKERMANN Simon ACKERMANN ACKERMANN Emma ACKERMANN Wiesloch ADAMKIEWICZ Else ADAMKIEWICZ ADAMKIEWICZ Hugo ADAMKIEWICZ Adanso Isabel Jabat Adanso Adelson Lorraine Adelson Adelson Eugene Adelson Adelson Robert Adelson Adelson Robert Adelson ADLER Anna ADLER Adler Amy Adler Munich Adler Adler ADLER Anselm ADLER Adler Berta Adler ADLER Eva ADLER ADLER Gale ADLER Adler Josef Adler ADLER Joel ADLER Floehau ADLER Jette ADLER Edelfingen Adler Max Adler Wurzburg ADLER Ruth ADLER ADLER Selig ADLER Adler Siegfried
    [Show full text]