Leituras Sobre Capitalismo, Cotidiano E Sentido No Reassentamento De Cateme, Moçambique
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ANA CAROLINA RODRIGUES À DERIVA NO (DO) TEMPO: LEITURAS SOBRE CAPITALISMO, COTIDIANO E SENTIDO NO REASSENTAMENTO DE CATEME, MOÇAMBIQUE Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, para obtenção do título de Magister Scientiae. VIÇOSA MINAS GERAIS BRASIL 2014 FichaCatalografica :: Fichacatalografica https://www3.dti.ufv.br/bbt/ficha/cadastrarficha/visua... Ficha catalográfica preparada pela Biblioteca Central da Universidade Federal de Viçosa - Câmpus Viçosa T Rodrigues, Ana Carolina, 1988- R696d À deriva no (do) tempo : leituras sobre capitalismo, 2014 cotidiano e sentido no reassentamento de cateme, Moçambique / Ana Carolina Rodrigues. - Viçosa, MG, 2014. x, 172f. : il. (algumas color.) ; 29 cm. Inclui anexos. Orientador : Rennan Lanna Martins Mafra. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Viçosa. Referências bibliográficas: f.161-170. 1. Desenvolvimento rural - Tete, Moçambique. 2. Estilo de vida - Cateme, Moçambique. 3. Carvão, Minas e Mineração - Tete, Moçambique . I. Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Economia Rural. Programa de Pós-graduação em Extensão Rural. II. Título. CDD 22. ed. 338.9 2 de 3 11-11-2015 13:32 ANA CAROLINA RODRIGUES À DERIVA NO (DO) TEMPO: LEITURAS SOBRE CAPITALISMO, COTIDIANO E SENTIDO NO REASSENTAMENTO DE CATEME, MOÇAMBIQUE. Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, para obtenção do título de Magister Scientiae. APROVADA: _______________________________ ______________________________ Newton Narciso Gomes Douglas Mansur da Silva __________________________________________ Prof. Rennan Lanna Martins Mafra (Orientador) VIÇOSA MINAS GERAIS BRASIL 2014 A minha mãe e aos meus amigos, muitos dos quais se tornaram mais evidentes nos últimos anos, dedico mais do que um relato. A você, o meu desejo de que possam viver com intensidade e originalidade. Vai valer a pena, pode crer! ii AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, é importante agradecer a Deus, não só porque é a tradição de expressar humildade, mas por ser este ente etéreo o qual eu não compreendo muito bem, o sustentáculo da minha fé. Esta fé, por sua vez, tem sido o princípio de todas as minhas motivações diante da vida. Fé de que um dia viver-se-á em um mundo diferente, o que, permito-me a dúvida, talvez não melhor, mas que será produto também das minhas mãos. Pensei em muitos nomes para agradecer e em alguns para desagradecer também, mas, sinceramente, não vejo espaço para esse ranço. Este trabalho é uma confissão sobre alguns sentidos que captei ao longo da minha viagem por Moçambique sentidos dos outros e meus também e já não acho que haja qualquer espaço para as negativas protagonizadas por outros. Sendo assim, achei que fosse melhor organizar os nomes pelas referências espaço-temporais que eu tenho e que me fazem algum sentido, já que esse trabalho se trata exatamente dos sentidos sobre um espaço-tempo em transformação. Então, vamos lá! Agradeço a minha mãe, sem a qual eu jamais teria feito essa pesquisa, não só pela motivação e pelo ânimo, mas porque ela fez um empréstimo para pagar a minha passagem de ida e volta para Moçambique, haja vista a negativa da universidade em fazê-lo. Também as minhas tias e a toda a minha família, inclusive à parte dela que, talvez por ignorância, tenha se revelado em tons de preconceito com relação ao meu trabalho Agradeço aos meus amigos moçambicanos: Vicente de Moatize e Mamá (por vocês terem me adotado, me alimentado alguns dias e me dado tanto carinho); Vicente de Maputo e todo o pessoal da Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais (pelo trabalho incrível e pelo livro fofo que vocês me deram...eu amei!), todo o pessoal da União Nacional dos Camponeses em Maputo (por vocês terem me suportado o dia inteiro enchendo o saco e rindo das charges do jornal), Leandra (que agora tem um neném lindo!), Quinho (que fazia um guisado massa, mas não deixava o cabrito cozinhar direito...), todo o pessoal da Associação de Assessoria e Apoio Jurídico às Comunidades (pela companhia agradável); Abid e Safa (valeu pelas conversas malucas, pelas risadas, pelos cafés e pela preocupação compartilhada...Keep calm! Tete is not the end of the world!); Amit (nós não encontramos nenhum crocodilo, mas valeu a pena pelo pôr do sol!); Nico (pela carona inusitada porque se não fosse você dirigindo bêbado a noite pela estrada, eu teria dormido nas matas com a galera da RENAMO ou abraçada com uma hiena); Pastor Paulo e Mayara (vocês sabem o porquê); Paulo (pelas conversas e pelas dicas); Carlos (por compartilhar as experiência da vida latino- africana); Sr Cremildo (por aquele papelzinho que salvou a minha pesquisa); Paulo de Cateme (só posso dizer que a sua história me afetou sentimentalmente); Kiko (pelas fotos das calcinhas. Eu não usaria, mas...valeu!); Trombe (por compartilhar a sua experiência de adolescente órfão que vivia na pedreira quebrando pedras); a todos os moradores de Cateme indistintamente (pelo respeito, pela colaboração e, acima de tudo, pela confiança); e ao menino estranho que me esperou todos os dias no caminho pra iii casa durante mais de dois meses e eu esqueci o nome. Há duas pessoas, em especial, para as quais, além do meu profundo agradecimento, devo dedicar essa dissertação: meus amigos Jeremias (pela confiança, pela irmandade...você sabe que devo todo este trabalho a uma circunstância da vida na qual você foi o protagonista. De verdade, minha gratidão não cabe aqui!) e Rui (por ter me recebido com tanto carinho em sua casa, Agradeço aos meus amigos de Viçosa: Diego (pela amizade, por todas aquelas risadas, cafés, furos na orelha, festinhas de v... e porque até na hora de imprimir a dissertação eu altamente capitalista e sanguinária!); Renata (porque eu jamais me esqueceria de que, embora a vida tenha nos ditado outros caminhos, você é uma pessoa incrível e um dia ainda vamos rir disso tudo!); Fabinho (por ter evitado que eu me sujasse ainda mais); Romildo e Carminha (por suportarem meus atropelos e erros...eu sempre estive um pouco perdida Adriano e Alice; Álvaro, Emanuele e Antônio; a todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural da UFV indistintamente (pelas dicas, pelo apoio, pelas provocações ao debate...); a todos os concluintes do mestrado em extensão rural (foi muito divertido conhecer vocês!);e a todas as pessoas que dividiram alguma casa ou algum quarto comigo, inclusive aquela galerinha que frequenta o Hotel Central e aquela se foi chato conviver comigo ou se eu ronco um pouquinho a noite, só estava tentando ser legal). Há uma pessoa especial a quem eu preciso agradecer: ao meu orientador. Rennan, não era para ser assim e talvez eu pudesse fazer melhor. Desculpe-me por ter feito você perder cabelos, mas vou ficar muito feliz se você tiver, pelo menos, uma lembrança boa de mim. Eu tenho muitas de você. Agradeço aos meus amigos de Brasília: Edson e Angélica (por mais de 10 anos compartilhando alegrias e tristezas); ao antigo grupo Brasil e Desenvolvimento, atual Esquerda Libertária Anticapitalista (pelas oportunidades que ainda temo de refletir juntos); Queila e Paulinho (ela por não me dedurar quando eu durmo no trabalho e ele por ser tão fofinho!); Danniel Gobbi (porque você imagina quanta coisa uma única conversa pode mudar!); ao pessoal da embaixada e alguns membros de outras missões diplomáticas (porque, mesmo sem saber, vocês me ajudaram no que eu estava l be thankful forever!). Gostaria de agradecer, em especial, ao Professor Newton por... ops, não posso escrever mais uma página de agradecimento, embora fosse necessário... então, vou ter que resumir: obrigada por TUDO! O Senhor é um fofo! Agradeço a pessoas espalhadas pelo mundo: Irmã Anne, de São Luís (MA); Wael e toda a família (porque apesar de você ser notoriamente perturbado, eu te devo a oportunidade de esquecer um pouco este mundo e ter mais umas historinhas aí pra rechear o livro da vida); a todos aqueles que encontrei nessa jornada, embora eu não me lembre agora seus iv nomes, vocês me inspiraram de alguma forma, vivendo, a um só ritmo, as suas poesias de vidas. sacrificando-se dia a dia na luta cotidiana. Àqueles para os quais a insalubridade das minas ou do trabalho quase servil é, antes, um alento. Por mais terrível que pareça, todos os dias há quem vá perdendo a sua condição humana diante de qualquer renúncia ou da fome e da morte. Ocorre que, como me confessou um amigo e médico cubano que atuava em Tete, conviver com a desumanização do outro corrói também a nossa humanidade. Sinto, por essa conclusão, alguma empatia. Talvez em virtude disso, tive dificuldades com o retorno da pesquisa. As coisas ficaram mais evidentes, inclusive aquelas que faziam parte do meu cotidiano, mas que eu não compreendia em totalidade. Posso dizer que, para o bem e para o mal, as minhas lentes ficaram mais claras. Tive um professor na Faculdad cor-de- repetia. Bem, posso dizer, enfim, tirei as tais lentes cor-de-rosa, mas não reconheci nada do que ele havia me dito. Na verdade, entre os vôos sobre mundos tão distintos que me acompanharam nos últimos 2 anos, percebi que, por bem e apesar de tudo, há outras forças a moverem as pessoas. Estava grande, mas eu sei que quem chegou até aqui, curtiu! É que no início era só letra morta, mas quem se dispôs à leitura, cumpriu a narrativa, tá sentenciado a ler as próximas 150 páginas! =) v SUMÁRIO LISTA DE FOTOGRAFIAS.........................................................................................ix