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A EXPLORAÇÃO DE INSUMOS MINERAIS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR - RMS Abrangência da Área de Exploração de Insumos Minerais na RMS

. A área objeto de Exploração de insumos minerais para a construção civil contempla os municípios mais representativos da RMS - Salvador, Camaçari, , Candeias, Simões Filho e Dias D’Ávila. Principais insumos minerais ou agregados explorados como matéria prima com emprego imediato na construção civil na RMS

. areia, arenoso, argila, caulim, saibro, cascalho e brita. Denominação de agregados para a construção civil na RMS

• Agregado Graúdo (brita e cascalho): 4,8mm; • Agregado Miúdo para Concreto (areia e pó de pedra): 0,15 a 4,8mm; • Agregados para Argamassa (arenoso, terras de reboco, etc): material areno-argiloso de características variadas, dependendo da aplicação.

• Fonte: Vania Passos Borges e Marcos Donadello Moreira JUSTIFICATIVA DAS AÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO

. Grande potencial poluidor provocado pelas atividades de lavra aos ecossistemas;

. Formas de exploração: ilegal e ambiciosa contribuindo para a degradação do meio ambiente e abreviando a própria vida útil das jazidas minerais até mesmo daquelas atividades que dispõem de Licenciamento Ambiental;

. Ausência de fiscalização eficiente por parte das Prefeituras Municipais e do órgão gestor e fiscalizador da Política Ambiental do Estado - o Centro de Recurso Ambientais (CRA) - quanto ao cumprimento dos condicionantes exigidos para as atividades licenciadas de lavras de areia, arenoso, argila e rocha;

. As Prefeituras Municipais ainda não detêm o controle e gestão das atividades de exploração mineral em seus domínios municipais. Apenas Salvador, Lauro de Freitas e Candeias realizam Licenciamento Municipalizado. Licenciamento Municipalizado

. RESOLUÇÃO Nº 2965 DE 19 DE ABRIL DE 2002.O CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE – CEPRAM, Art. 1º Aprovar a Norma Administrativa NA - 001/2002 que estabelece as diretrizes para cooperação técnica e administrativa com os órgãos municipais de meio ambiente, visando a descentralização da gestão ambiental, ao licenciamento e à fiscalização de atividades de impacto ambiental local. Objetivo Estabelecer os critérios e procedimentos para subsidiar a cooperação técnica e administrativa com os órgãos municipais de meio ambiente visando à descentralização da gestão ambiental. Aplicação Aplica-se aos municípios que disponham de Sistema de Gestão Ambiental e que desejem celebrar convênio de cooperação técnica e administrativa com o Estado da através do Centro de Recursos Ambientais - CRA, visando ao licenciamento ambiental das atividades de impacto local e a correspondente fiscalização pela esfera municipal. ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA RMS

. Criação através da Promotoria de Justiça de Simões Filho da Comissão de Incentivo à Exploração Regular de Areia, Arenoso e Argila – CIERAAA. Solicitação para que o Grupo Ambientalista da Bahia – GAMBÁ realizasse levantamento da situação atual da produção dos insumos minerais com emprego direto na Construção civil na RMS.

. Consolidação através do CEAMA e das Promotorias de Justiça da RMS - instauração Inquéritos Civis.

. Envolvimento de diversos órgãos públicos e da iniciativa privada com o objetivo de buscar soluções sustentáveis para a regulamentação da exploração de insumos minerais e controlar à exploração ilegal de areia, arenoso, argila e rocha/brita. Principais objetivos do Projeto de Combate à Exploração Ilegal de Areia, Arenoso e Brita na RMS realizado Grupo Ambientalista da Bahia – GAMBÁ em 2005

1. Levantamento da situação atual da Levantamento exploração de bens minerais (areia, arenoso e brita), utilizados pela construção civil, nos municípios de Candeias, Camaçari, Lauro de Freitas, Salvador, Simões Filho e Dias D’Ávila.

2. Apresentação de sugestões visando: - implementar um sistema eficaz de controle e fiscalização da exploração mineral na RMS; - implementar programa de capacitação e qualificação dos gestores municipais; - orientar e conscientizar produtores e comerciantes. 39º00' 38º30' 38º00' 37º30' 12º00' 12º00'

IRARÁ Palame ARAMARI 116 PEDRÃO 101

ARAÇÁS CORAÇÃO DE FEIRA DE MARIA SANTANA TEODORO 099 SAMPAIO 093 CONCEIÇÃO DO JACUÍPE

TERRA NOVA Porto AMÉLIA Sauípe RODRIGUES S. GONÇALO DOS CAMPOS 110 Açu da Torre 12º30' CONCEIÇÃO SÃO SEBASTIÃO DE FEIRA DO PASSÉ MATA DE STO.AMARO 324 SÃO JOÃO Lamarão do S. FRANCISCO Passé Monte Gordo DO CONDE DIAS D'ÁVILA SÃO FÉLIX O C I Acupe T N Santiago do CANDEIAS Â Iguape L Mataripe CAMAÇARI T MADRE DE Coqueiros S. Francisco do A DEUS Paraguaçu Ilha de Maré O I. dos Frades N A SIMÕES FILHO 099 E S. Roque do C Paraguaçu Abrantes Guaí ITAPARICA O Bom Despacho LAURO DE FREITAS

Mar Grande Pirajuia VERA CRUZ 13°00' 13°00' Ilha de Jacuruna Itaparica 37º30' NAZARÉ SALVADOR Maragogipinho ESCALA GRÁFICA Ilha ARATUÍPE Carapeba 0 7,5km JAGUARIPE Cacha Pregos 13°15' 13°15' 39°00' 38º00'

Localização do Projeto Legenda

o

o 40 45 Capital Estrada de ferro Área de detalhamento para

o Materiais de Construção Civil 10 Cidades Limite municipal Localidades Hidrovia Folha Salvador, SD.24-X-A BAHIA Auto estrada Rios SALVADOR Estrada Terminal hidroviário

o 15 Imagem cedida pela CPRM Figura 1 - Área do Projeto A situação da mineração na RMS, segundo o Projeto do GAMBÁ, está relacionada aos seguintes fatores:

1. Atividade clandestina;

2.Carência de equipes técnicas especializadas para a fiscalização e análise de projetos ambientais - notadamente nas Prefeituras Municipais;

3.Falta de uma fiscalização mais rígida e sistemática;

4.Resistência de empresários em não considerar a variável ambiental como um fator essencial ao desenvolvimento correto de lavra. Principais Cláusulas do TAC firmado entre o Ministério Público e Prefeituras- da RMS . Intervenientes - DNPM e CRA

. Contratação de profissionais habilitados para proceder à fiscalização e orientação no município visando o combate à extração clandestina de material agregado fino de uso imediato na construção civil;

. Fiscalizar intensamente a atividade das construtoras, concreteiras e estabelecimentos comerciais - volume de material previsto para uso X notas de compra/venda de material;

. Promover e manter atualizado o registro dos estabelecimentos comerciais pertinentes;

. Promover a regularização da atividade dos caçambeiros e operadoras/alugadoras de máquinas, no sentido de: proibir atividades noturnas, incentivar cooperativas, padronização da pintura de veículos, instituição se um selo verde,

. Restringir a atividade mineradora às pessoas (física ou jurídica) com capital suficiente para implementar um PRAD; Principais Cláusulas do TAC firmado entre o Ministério Público e Prefeituras- da RMS

. Implementar um sistema eficiente e rápido para concessão de licença (anuência prévia);

. Promover levantamento de todos os processos que tramitam no município, visando criar um cadastro técnico das atividades de mineração e acompanhamento de PRAD’s;

. Elaborar um diagnóstico ambiental e levantamento minucioso das áreas de extração do município identificando as regulares e as clandestinas;

. Promover a inserção das atividades de mineração nos respectivos Planos Diretores, buscando estabelecer zoneamentos minerais no território municipal. Adequação ao Plano Diretor de Mineração para a RMS – 1992;

. Proceder estudo da potencialidade econômica da extração mineral no município;

. Promover curso de capacitação para as equipes dos municípios – MP e intervenientes. Situação atual da mineração na RMS segundo a CPRM

. A existência de abundantes recursos minerais para a construção civil não tem favorecido um abastecimento ambientalmente sustentável na RMS;

. Cenário onde ainda ocorre exploração mineral clandestina, devastando o meio ambiente e provocando clamor público. Situação atual da mineração na RMS segundo a equipe técnica do CEAMA / Complementar GAMBÁ e CPRM

. Em que pese à criação da Comissão de Incentivo à Exploração Regular de Areia, Arenoso e Argila - CIERAAA promovida pelo MP e iniciativas dos poderes públicos a exemplo do Ministério de Minas e Energia, instituindo o Plano Nacional para Aproveitamento de Agregados para Construção Civil, o cenário de degradação e ilegalidade lamentavelmente ainda persiste. Ainda é predominante a exploração mineral clandestina de areia, arenoso e argila. Mesmo as atividades licenciadas para a exploração de areia e arenoso, optam pelo desenvolvimento de lavras ambiciosas, explorando apenas parcialmente as suas jazidas e migrando sucessivamente para novas frentes de lavra sem que tivessem extraído toda a capacidade mineral daquelas áreas.

. Inexistência de zoneamentos através de Planos Diretores Municipais de modo que sejam asseguradas áreas apropriadas ao desenvolvimento das atividades de exploração mineral sem gerar conflitos com outras atividades. No contexto do Plano Diretor, os recursos minerais e as atividades de mineração devem estar integradas ao planejamento público municipal Algumas imagens de exploração mineral de agregados para a construção civil na Região Metropolitana de Salvador Exploração de Arenoso no município de Dias D´Ávila Exploração clandestina de arenoso em Candeias Exploração de arenoso em Simões Filho Lavra clandestina de areia – Área do Aeroporto de Salvador Imagem cedida pela CPRM Detalhe de lavra ambiciosa de areia em Camaçari. Imagem cedida pela CPRM. Frente de lavra da Pedreira Parafuso Foto cedida pela CPRM Exploração Pedreira Carangi em Simões Filho